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AACIONALISMO, AEAVtVAMENTOS E tw:OIAlIIIal � I t.tI!l.

ClSMO � li'1
OENOMtNACIONAUSMO,I&48-1789
REACOEs ORTOOOXIA PROTESTANTE
CAPITULO 34

RACIONALISMO, REAVIVAMENTOS E f'lETlSMO


Icooçto. .'ooç6w)
CATOLICISMO ROMANO

o séculO XVI foi marcado pelo surgimento do protestantismo e do desenVOlvi·


mento de suas idéias básicas graças 80s esforços de lideranças criativas como 85 de
calvino e Lutero, Inlelivnente, durante o século XVII o protestantismo desenvolveu
apenas um sistema ortodollO de doutrina para ser aceito intelectualmente, Este
sistema gerou um novo escolasticismo, particularmente entre os luteranos da Alema­
nha, interessados mais na teologia do que na prática da doutrina na vida. Esta Iria
vivência Intelectual do cristianismo, junto com IS duras guerras religiosas de .1560 a
1648 e o surgimento da filosolia racionalista e da ciência empirica, deu origem ao
lormalismo religioso entre 1660 e 1130 na Inglaterra, na Europa e, mais tarde. nos
Estados Unidos. Por outro lado, O cansaço da Iria ortodoxia dos filósofos e cientistas
racionalistas, o aparecimento da religiao natural e a Idéia da Igreis como um grupo de
crentes em harmonia com Deus e o próllimo. estão nas bases da libefdadereligiosa e
-
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do denomlnacionalismo. s" ..
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W�'�I
Nos séculos XVII e XVIII. desenvOlveram·se duas respostas aeste escolasticismo 'NhItel'ield
protestante; a primeira foi o racionalismo, que leve no deismo a sua expreS660 'c.MniJUlI
religiosa: a outra foi o reaYlvamento. Esteúltimoexpressou-se, em algunsC8SOS. numa
espécie de teologia da luz interior e. em oulros CMOS. numa ênlase à importância da
Biblia e á piedade pessoal. O diagrama seguinte ilustrará a relação entre estes vários
movimentos antre 1648 e 1789.

7�,
I. RACIO NALISMO E RELIGIÃO
O pensamento moderno encarece a importáncla da razão e do método cienl(fico
na descoberta da verdade e reluta a possibilidade de se chegar a ela pelas tradlçOes
do passadO. Estas idéias apareceram no periodo compreendido entreofim da Guerra '""'"
....... ..
dOS 30 AnOS e o inicio da Revolução Francesa. Em virtude do impacto dessas idéias "
.."'
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sobre a religião. alguma atenção será dada aos 'atores que as determinafilm. -
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A. A Origam do De/smo Moo wds


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Vériosfatores contrlbulram para o surgimento do racionalismo no século XVII O
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um lI.tem. de pensamento em que �ários axiomas seriam relacionados i certeza


hoolOl"lle cientifico .r.tgou-se grandemente .Ita"'" óo IllIblIlho de renomados c:lefl.­ m"emjtica. Para Descartes, c8f1os conceitos inerentes ii rado humana como tem­
tlsl.n. A ....,1'\11 \eoI1a de um univer$l g aoctnlnco cedeu lugar /I; teoria de um uni_50 po e espaço, capacitam a mente I organil8.J' os dados que os sentid� lhe levam.
halloç6nlrico.como desenYCI'lida por Nicolau Copérnico "-473-1543). II popularizada Embolll losse um dualista que 'ceitava • existência de um munclo mental e outro
por Galileu GaMIei (1564-1642). Isaac Newton tl642-112n, linda jovem se interessou material, ele .achava que poderia aceitar. existência de 0eIJ. e d. alms apenas pela
pela QtlestAo das leis béslcas que 8tUIIVlm n o universo) Em 1681, escreveu 0$ rllAo . Estas idéias. ampliadas por leibnitz e Spinoza, acaballlm porrelorçar . crença
Principia Ma/flemar/ca. em que desenvolveu II teona da lei da gravidade que daria . do homem �. sua ca�cld�de de alcançar o conheclmenlO apenas pela IlIdo e pelo
chave par. unificar o dominio da ciência. Até 11&1 substitulcsa pelo conceito darwlnl.­ m��o cientifico. A Illosofia raCionalista e as leis cientt1icu de Newton suscitaram .
no de evolução. o principio da lei natural foi tklo como básico; os homens, enlllO, OPl.mlo de que pela razio e pelo rn4Itodo cientifico O homem deSCobriria leis naturais
contemplavam o universo como uma m6quina ou mecanismo operado por leis e Viveria de acordO com elaa�
naturais Imutévels. O principio das leis naturai, descober1as pela raUlo foi aplicado II O delsmo. resultado natural destal �isoes cientlllcas-l!loa6t1cas do conheclmen-
multas outras éreasdo conhecimento, como II ciência politica. ecoooty1la II II rellgl80. 10, �urglu na lnglate�ra no século XVII e 81:1 propagou por França, Alem.nh. e Estados
Oe (luropel.ll enlraram também em contata com outra. culturas, quando comar­ Unidos. Era uma rehgllo natural ou uma religiloda razlo. O delsmo Criou um Sistema
clantes aventureiros chegaram aos mais distantes rlrlCOes da terra em busca de bons de lé �um Deus transcendenle que abandonou sua criaçAo ao gOV8fno das leis
negócios. A descoberta de religiões nàCKriStas UlCudiu a Europa e os l.IStudlosos oeturals descobertas pela razio. Deus, entao. tor nou-se um "Oeus susente'". Para o
começaram a compará-lascom o cristianismo. Como encofuraram semelhanças nos deí.ta. o.;n.s está acima e além da Sua criaçAo. Enquanto o pantelsta procura dar
princlplos, muitos comoçaram a il'llJagar se 1'160 havia uma roligllo natural básica ênlase i Imanência . de Deus em 5l.1li criaçAo, o deista laz questllo de afirmar que o
para lodos os homens independentemente da Biblla ou dos sacerdotes. AssIm. 01 Oeu � tra � ndente nlo é parte da Sua criaçAo. embolll esteja Imanente nela como
homens 10lllm levaoos ao deismo, que parecia estabelecer uma religiAo eo mesmo Providência e como um Redentor através de Cristo.
tempo natullll e cientifica.
O emplrilmo e o racionalismo também desaliaram a lnldiçlo em flOme da razio, a 03 Dogmas do Deismo
ao substltulrem I revetaçlo peLa IlIdo e peJos sentidos como os caminhos naTurais Deismo. uma rellgllo sem reYel açlo escrita, enfalil!8 o céu estrelado em clma e a
para o saber. Euas filosotlas 8(am seculares p o r se preocuparem mais com o sujello .
I� m01ll1 oe Temi. Um do. principais dogmas do Deismo - porqueos delsta.também
conhecedor, O homem, do que com a realidade a ser conhecida, DeUs. tinham seus dogmas: as leis naturais cta rellgilo encontrjvels pela razto era I crença
O empirismo olereceu ii ciência um método, método eSle que seria dei·
_

num Deus transcendente entendido como a Causa Primeira de umacriaçAomarcada


ricado pelos potitlvlstas e pragmatistas. Francis Bacon (1561-1626) pUblicou em _
pelas seqüências de um plano. Os delstas criam que Deus del�ou aUB crlaçAo
1620 o iklU Novum Organum, ondedesenvol�eu um método indutivo de Interpretaçlo
reger-se por lei. natural.; assim, nlo havia lugar para milagres, para a Blblla CQmo
da natureza. Este método, para ele. dell8ria substituir o método deóutivo de Aristóte­
rewlaçAo de Deus, para pratecia, para s providência ou para CrIsto como um Oeus­
les. de uso amplo pelos escolésticos na Idade Média. Pelo método indutivo, também
homem. Para eles, Cristo era apenu um mestre e por isto, SÓ Deus deWlria 58r
conhecido como método cientllico. O cientista relelta tudo O que seja baseado apenu
na aUlOrldlcle. Ele desenvotll8 uma hipótese. obler"\ll 01 latos relacionados i IUI: �ultuadO. Outro dog � era a crença em que "'li virtude e a P!edade-eram o c ulto mei.
'�portante que se podia prestar . Deu&, cujas leis éticas estlo na Blblia, um manual
idéia-tantativa, checa os latOl pela experimenlaçlo repetida e entlo desenvolve uma étiCO,_ e na natureza do homem, onde seriam descobenas pela IlIz1Q. O homem
deveria. �r _ do 8(1"0 e Yiver conlorme as leis éócas. potque a alma j lmortal e
lei geral. No anligo método dedutivo, concebia-se um principio geral. aceito i base da
epeoder
autoridade. e se propunha uma conclU!lAo sem sequer testar a validade do principiO está suleita i recompensa ou ao castigo depois d a mone.
geral.
O deísmo dominou o pensamento das dasses altas da Ingla\eml desde a epre­
A filosofia emplries de John Locke (1632-1704) reforçou a argumentaçlo de
sentaçAo dOI seus pontOl bUicos por Edward Herbert, Iord de Cherbury(1583-1648)
Bacon. Em seu "Ensaio Sobre a Compreensão Humana" IEsuy Cooceming Human
em t624, i publicaçlo claobra cte David Hume(1711-1776j. O pensamantodeHerbert
lInderslancling). de 1690. Locke negou a existência de Idéias 1i1\15 na mente, como
pode SIr resumido na seguInte frase: Oeusexiste. e podeser cultuado pelo arrependl­
tempa e espaço. e afirmou que a mente de uma criança é uma lábula rasa. O
mento e por uma vida de tal modo digna que a alma imortal possa receber a
conhecimento 118m i criança através dOI sentidos que provocam sensações ii mente,
recompensa eterne em vez do castigo. Olarles Btount (1654-1693) loi oulro deísta
a qual palo rellexo das sensaçOes cria o conhecimento. Esta IIgsçlo doconheclmen­
inlluente �Ohn Tolard (1670-1722). Lord 5haltesbury (1671-1713) e outros pregaram
to ii sensaçlo criou uma abordagem materialista da vida. embora Locke losse um :
que o cn5llanlsmo não 8(a um mistério e poderia tEM" sua autenticidade �ermcada pela
cri.tAo ortodoxo. A combinaçAo da! Idéias de Locke com as de Bacon provou • razAo. <? que nlio losse pro�ado pela rado deveria ser recusado.
exaltaçAo do método cientifico como melhor caminho par. se obter o conhecimento,
MUItas vozes se levantaram para defender o cristlanlSlTlO ortodoxo. Wiliam la....
(1�176�J, escrall8U em 1728 um livro ellCelente sobre • vida devoclonal do crlstAO"
\ A esçota racionalista também exaltou de inicio a capacidade do homem para
descobrir a Wlrdlde pela razão sem o concurso da revelaçAo. A teologia natural
IntItulado Uma Chamada Séria a uma Vida De�ta e Santa� IA Serlous Gil/I 10 a
deveria l8f O ponto de partida da teologia Rene Descartes (1596-1650) desenvolYeu
081'00' and Holy Ufa). além de'O Problema da Razao· (The Gilsa ,'" ReasonJ de
uma filosofl. C\Jjo ponlO central era O de dlJllidar de tudo. eJtCefo de sua própria
1132, onde sustenta que o homem nlo pode compreenóef o sentido da religrlo
consciêncl. e de SUl: capacidade de pensar. A partir desta aUlo-evidência, ele erigiu
lpen .. pelo proceslO racional. porque Deva estê Iclma óa razio. Ao "Analogll ÓI rellglolli que losaem racionais seriam livremente aceitas. Por crerem nl dignldada
Religl6o" (An.ogy of ReltgIoo� óe 1736. de JoseptIButlElf (1682-1752). mostl'l que 01 do homem como ser racionai. oa delstas também cooperaram com O!J crlstAoa
argumentos óos deistas usaóos pal'l o Deus óa Bíblia se aplicariam ao Deus Ól ortOdOxOS em vérl.. lIiVldades humanltlirias. O impvlso ao estudo também deixou
natureu se s razAo fosse a aulOfidade. ButLer usou a teoria óa probabllld&de plrl um saldo benltUco no camPQ da critica lelllual e da exegese. Os eapeclalistu se
óemonstl'lr que o criSlilU1iamo ortodoxo rlaponCIla melhOr aos problemu que o empenharam em deeenllOlver um 1f!�to delinitivo da Bíblia.para demonstrar que ela
deismO. WiLliam Paley (1713-1805) seMU-se 00 argumento teleológico para provar I chegou a nós !XIS autores originais em Ixcelente estado de pre$8rvaçAo. O uso d.
existência de um Deus que se reYelou na Blb�l. em Cristo e pelos milagres. I fim óe gramêtica e dIIl'IlSlooa pal'l uma correta exegese da Bíblia loi indlretamenteestlmula­
que o homem pudesse ser levaóo I uml vidl de obediêncila Deus e ele p!'eparaçlo do pelo movimento racionalista.
para I ImortallÓaóe. Concomitantemente ao racionalismo e .o deísmo. aurgiram na Europa Conti­
nental. na Inglaterra e nos Estados Uniclos InúrnefQ$ mOYimenlOS reaVlvamanllJtal
C. Difuúo do Deismo. Em algun. casos. estes movimentos se baseavam numa ênfase à ,UZ InterIOf". pela
O deismo óilundiu-se na Fl'lnça, encontrando II um clima propicio entre 01 qual o homem seria iluminado espiritualmente. independentemenle de Bíbli•. O
I�ósofos do .1.110 XVIII. e: que Ilguns óelstas Ingleses,como Herbert e Shaftesbury. OuJellsmo católico rom.no I o Ouakerismo Inglês Ilustram esta tendência. O reaYlva­
10000m " França I ti....flm seus h'fos traóuzlóOlJ I publicados amplamente; ademais. mento de base biblica pode sef ilustrado pelo pietismo e pelo metodlSfTlO nas Igrejas
algunl deiltallrance_. entre os qual, RouS$Nu I Voltaire. também toram à Ingll­ luterana e Anghcana.
lerra. O deismo Ól Rousseau 10i ólsenYOMóo 1'\0 Em/Ia e o ó e Voltaire estáem lodot
os seus escritos contra a Ig"eJa e a lavor da toIeJãncia. O'AIembert I Denis Diderot
II. MISTICISMO E RELIGIÃO
(1713-1784) adi laram a Endc:.",.... sobra o c:onhecimento unlYefSllJ amplamente
racionalista e óelsla. Na França a Igreja católica Romana lulava conba esses óels­
A. Os Movimentos n. Europa Comlnenl,'.
tas. l ivres pensadores que acabaram eK81coudo uma in/luência fortlssima sobra I O Oulelismo 101 um movimento mlstlco dentro) da tgreJa CatOlica Romana duran­
RevoluçAo de 1789. que se reHetlu em toda a Europa.. le o séculO )(\III que acentuava o acesso intuitivo Imediato a Deus pela alma passl�a.
Alt!im ÓOS escritos dOi delstas. I visita óe TOlanCI a Hanover e a estada de VOltaIre
aberta à Inlluêncla da luz Interior. Esta reaçlo contra a idéia d. racionaJlzaçAo dos
na corte óe Frederico. O Grandl. Introduziu a rellgl60 da razio na Alemanha. onóe
dogmas 1f!.... precursorM como Carlos Borromeo (1538-1584). cardeal e arcebispo
encontrou terreno propicio. apesar do trabalho anterior óos pietistas.
de Mllao. Ignéclo de Loyola. Sta. Teresa. da Espanha. e Francisco de Sale. (1567-
A Imlgraçlo de delstas Ingleses. a dlvulgaçlo óo. escritos delstas e a presença
1622). da França. A 'Int,oduç'o fi Vld. DellOta" (1609). deste ultimo. poderia ser Ilda
óe oficiais deillas ÓO exército Inglês nos E3tadoa Unidos durante a guerra de 1756-
hojl com proveito pelos prOleslantes. No séculO XVII. estes mfSlicos d. Ganll'l­
1763 ajudaram a introduzir O delsmo nlS col6nlll5. Benjamin Frar'lklin. Thomas
Relorma toram sucedidOS pelos quietistas.
JeUerson. Ethan Allen e Thomas Palne estavam entre os lideres d o deismo nO!J
MIChael Mollnos (l640-t697) em setJ "Guia Espiritual" (Spirifual Guide) (1675)
Estados Unidos. "A Idade da Razio" (AgfJ 01 Reuon), de Paine (1795). contribuiu
dest.cou a passividade da slma como uma torma de abertura à comunlcaçlo da luz
para popularizar IS idéias deisIas. Foi desse modo que os E3tados Unidos. a Inglater"
de Deus: neste HtaÓO. a vontade hum.na nAo deveria serellltn::fda. Suas Idéias/oram
ra. a França e a Alemanha. se expuseram às Inl!uênclas destn.Jtivas do deísmo.
_dotadas por Madama Guyon (1648-1717) que encareceu . contemplaçlo passiva
como objetlllO d. experi'nCil mlstlca do divino. Francis Fenelon (1651-1715).lutor
D. O Llfgad() do Defsmo. real. de/enóou-a cio. lIaqves de Bosauet.eem sua obra. "A Perfelçjo Cm"", que tem
O delsmo ajudou na rulstênc!a à idéia da oniPQténcl8. do Eslado; auto,." como
contriooldo para a vida devoclonal oe proteSlll ntes e catóticos. lez um a apresentaçao
Rousseav InsiSllram na orlgfJm natural do Eslldo. O argumento era de que oestado poIItiva cio quietismo.
originou nvm contrato social Intre o povo e o rei. sobefanamentl escolhido pelo O misticISmo proteSlanle pode ser Ilustrado pe J a obra do 9 rande cientista 1UeCO.
povo OS governantes eram di tal modo responsâveis perante o povo que se lracas­
.
Emanuel Sweó8nborv (1688-1772). que chegou à conclusao de que a espinha óO,..
sassem em svas larelas. o povo teria O direito de mtJdê-los.. O estado, aujeito somentl do mundo lisic:o da naturlZl correspondia a um mundoespirituat. Para eIe .• comunl"
li soberania do povo, é absoluto em tOdos os setOfM da vida, Foi o deismo ql.llaludou
caçlo entre HI8I dois mul'ldos era PQssSveI alra" da comunicaçlo com se,."
na lomentaçlo óa Id� di que a razjo humana, pelo uso do método cientifico. celestiais. Ele espiril\Ja/izou a SIbila para poder relacionà-18 com a f811Et1.çlo que
poderia descobrir uma ....dade
.. da validade universal. Contribuiu também no desen­ esse. vlsltanlet celMtiais the laziam. Por \loIIa de 1787. uma igreja 10i ol'ganizada na
volvimento do COOC8l to de bondade e per1e1ç1o essenciais. pelo que se poderia Inglalerl'l. sendo que atê hoje a denominaç4o ainda existe.
esperar que o continuo progresso humal'\O produzisse urna ordem mais perfeita na
tElfra. Claramente olimi!ta. o delsmo parecia ignorar o pecado humano. O liberalismo ' 8. N. Ingl.terra.
modema com lua ênlase sobrl o racionalismo deve multo ao deisrno. OS deistas Os quaklrs apareceram 1'\0 cenário religioso Inglês no perfodo ca6tico entre a
também ajudaram a criar o sistema moc\efno de aJ
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GuElfI'l CiVIl e a Commonweallh. Eles se afastaram da igreja organizada. da crença na
Enlnltanto. o cristianismo também lucrou com o ;.
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, , Bíbli. como re.... l.çlo única I linal da IIOnladedeOeus. substitulndO-'. pe Ja óOutrina
YltOria da tolerlnc,a religiosa. em par1e devida aOl! de/slas. "'Ira quem as idéias d. luZ Interior, atra ..... de qual o Espirito Santo daria conhecimento lmedlalo e dlreto ,
� �IiTOS I t.l.11lDSI«l fUNoIIO 321

de Deu.. Independentemente da BlbHa. Embora se assemelhassem aos montanlstas.


va titulas pomposos pata que os pobres lhes tirassem o chapéu. Em 1661. muitos
suai tendências misticas foram equilibradas felizmente peta sinceridade moral e pot'
q�cres foram presos, mas o m()VImento cresceu a despeito ou por causa da � ­
um grande amor pefo próJcimo.
gUlo;lo. Em 1660, havia cerca de 50 moil quacres na Inglaterra.
George Fo)t (1624-1691), filho de um tecetao e aprendiz de sapateiro. que tam­
William Penn (1644-1718) conseguiu atenuar a persegUlç;!lO quando Carlos Illhe
bém comerciava la. interessolrl8 peta "",rdade espiritual em 1643quandolold8lll fla­
deu em 1681 uma grande faixade181111 r'ICIsEstados Unidos como pagamento das 16míl
do por 6011 puritanos a uma rodada de bebida, em que o que parasse primeiro pagaria
libras devidas ao seu paI. Penn fundou Pennsylvanla em lsa2 /I ba$e de uma
e conta. Desgostoso, deixou a Igreja e só em 1646, depois de ume interessante expe­
completa liberdade religiosa e convidou asseitasperseguldllld aEuropa, Inclusive os
riência religiosa, sua busca cheQOu ao fim. O cristienismo, entlo. tornou-se para ele
Quacres. a se refugiarem lã. Foi ai e e m West Jersey que os quacres se tomaram mais
uma forma de viver, uma axperitncla mlstica em quese poderla lr diretamenta a Deus
numerosos.
Ele começou a pregar, formando em 1652 um grupo de teguldore5. que se Intitula­
. Os A,:"igoe têm ressaltado a pregaçio de sua te atravéa de um forte programa
vam Amigos. também chalTllldos de quacres. Em 1652. Margar8lh Fell (1614-1702).
mlsslonáno em que é dedicada lIençêo especial ao serviço social e /I educaçkJ, A
de Swarthmora Hall, s e conYII(\eu 80 quacrl5mO e sua C8$II se tomou o centrooficioso
lama das Universidades ele HaIel100:t e Swarthmore. como de outras InstitulçOes 6
do movimento. Mais tarde. Fu)t 18 casou com ela. A expando do quacrlsmo to.
um testemunho do interesse dos quacres na edtJC:açào. O movimento, entretanto. nio
rãpkla. depois que o seu ardor mUlsiooário e a perseguição que lhes moveram I'
este"", livre das ameaças de cismas e de enfraquecimento do vigor espiritual O
autoridades lorçararn--nos a sair da Inglaterl'll. Quando visitou as Treze Colónlls
desinteresse pela doutrina e II lalta de um modelo histórico abjetivo. como a slbiia,
(1672-'713), Fox encontrou muitos grupos de quacres. Em 1666, criaram-$EI reunlOM
têm levado em alguns casos a um misticismo exagerado 00 em oulrOI a um teísmo
mensais para 8stabe!acer a ordem II supervisionar a conduta da membresia.
vago em que a pessoa de Cristo nlo é sulicientemente exaltada.
Roberto Barclay (1648-1690) tornou-se o teólogo do movimento. Sua -Defeu
dOI qlAcres' (ApoJogy for lha QIJ,kers). de 1678, dé I essência de teologia QU8cre'
Era o Esponlo. o Revelador unlCO de Deus e a Fonteda Luz Interlor"denlro do homem. III. REAVIVAMENTO E RELIGIAO
qlJ9 lhe Humlfl8va a alma. COmo a Slblll era mail uma regra acessóna de lé, SUl!
Insplraçâo foi colocada no mesmo nlvel da in.spiraçAo de Fox ou de qualquer quacre A. No COnfmente.
As revelaçOu a um Amigo nAo contradiriam -nem I Blblla nem a razao correta e Bem d.lerente do misticismo da luz Interior 101 o movimento pietista da Alema­
perleila". Com esta Luz Inlerior. prescindia� do mInistério prolissionat: os doi, nha. surgido como uma correçao evangéfica para a ortodoxia Iria da igreja lulerana
sacramentOI, por serem Inleriores e espirilU8Js. nAo precisavam de slmbolOS e Cen­ d? século XVII. O pletismo acentuava um retorno sub)etivo e individual ao estudo
mOnlas materiais. Os quacres mo deviam se engajar na guerra: entre eles, a escrevi· blbllco e ./I oraç;!lo. A verdade blbllca se ITIIInifestarla diariamente numa vida de
dao 101 abolida. Jonh WOOIman (172G-ln2). quacre norte-americano, 101 um dos piedade. a leigos e a ministros Indistintamente.
primeiro. a pregar e ElSCrever em prol da abollçào da escravldao. Os juramentos nos Embora houvessem outros IlIores. o movimento pietista surgiu inicialmente
tribunais foram proibidos e 1$ honrarias humanas nao deviam ser aceitas. IsIO trouxe como fesultado dos esforço$ de Phll1p Spener (1635-1105), pastor luterano em
aos quacres muitas dificuldades (li Inglaterra elItista. em que a dasse atta ambiCiona- Frankfurt. desde 1666. Em '670. ele organizou aquilo que chamou ele "I;offegia
pietafl.". reuniOes para eSlwo blblJco prático e para • MSçA(} em casa. Seu "�
DesiOer/a " (1615) destacava estes ''ençonlros (:Ie oraçlo em (;41"'" como um auxilio
para o cultfvo da piedade pessoal entre os luteranol. Ele também sugeriu que a
educaçao mlnlster1al deveria ser blbllca e prática. com "táglos para os futuros
minIstros. Em 1696.loi para Dresden como pregador da corte. Dar saiu em 1691 para
um Inlll.l9nle pastotado em Barlln. onde permaneceria até a morte. O Pietlsmo
lIoresceu na Alemanha. Holanda e Escandinávia.
August Francke (1663-1721) e alguns amigos da Unl't'&ralclflele ele Leipzig tam­
bém lom'Iaram um grupo para o estudo da Biblia. Numa visita 41 Oresclen, Francke foi
influeociado por Spener. que finalmente conseguiria em 1691 um prolessorado na
.
Untversióade de Halle. logo transformada no centro do Plellsmo. Francke organizou
o -Paedagoglllm", uma 85(:oIa elementar livre para crianças pobres, em 1695, e dois
anos depois. uma escola secundária. Fundou também um orlana1o e inlluenclou na
cria�o de um in$tltuto blbllco. lundado por um grande amigo, para publIcar e
WI�m Pem. t...-..ilOor dt Ponlsytvarnl �ma repu­ distribuIr exemplares da Blblla.
tacllo pot ..sar �$ eleilanles, rrene.-as cortews O pletismo provocou um novo Interesse peto estudo. alscussAo da Blblla e
e laia 8Ioquente
aphcaçâo dela à vi da dIária e no cullivo de uma vida pia. A énfase recaia �re a
funçao do Esplnto Santo como Iluminador da Biblla e sobfe as boas obras como
e�press.ao da \ll&fdadeira religl60. Infundiu.. um novo vrgor espiritual na Igreja libras aos v i nte e quatro anos. Brigas de lOUros, ursos. raçosas e galos presos eram
Luterana. Halle 10m ou-se um cenlro d e e slOfço missionário. Um trabalho plO<'Ieiro lOi o passatempo predileto e uma série de e_BOJÇ6es por enlolcamenlo no Tybum Hill
começado na A/rica e nas Ilhasdo Pac/llco por missionários de Halle. Estimulou-se o era um momento de gala para a tamílla. Sem dúvida. este 101 um "século entermo"_
estudo cientifico de linguas e di história da Igreja. na IntençAo de se chegar ao Wesley era o 15� dos 191ilhos de Samuel e Susannah Wesiey. Ele quase nao
verdadeiro slgnilieado d a mensagem bíblica para a vida diiria. A negligência dos escapou 110 ineêndlo de sua casa em 1709. A partir desta experiência. ele geralmente
pietistas quanto l doutrina IeYOU-OS a adotar a filosofia se referia a si mesmo como um "tição arrancado do fogo". Em 1720. W9$leydo ganhou
iOealismo.
Além deste revigoIamenlo espiritua l na Igreja llJterana, o pielismo resultou na uma bolsa de estudos para a Llniversidad e d e Oxtord Oe 1126 a 1151 foi um "fellow"
lormação da Igreja Moniliia. do Lincoln Collegfl e em 1728 lo! ordenado ao pelo Condede
mInistério DepoiS de ajudar
Zinuodorl por dois
(1100-11601. Que e
Halle, no "Paedagoglllm" de FrancIle, e em 'Mttenberg, onde tez Direilo. Zlnzen. anos seu pai numa pequena parOquia perto ele Epworth, Wesley�oltouàs'uastarefa,
dor! Pfegava uma vida de 0eY0çj0 passeei. CriSl0. Em 1722. reltlgladol bo6mios de '1ellow" Tornou-se. enl60 o lidar do "Clube Santo", de que fBZla parte seu irmlo.
fundaram Hemntlul em Berthelsdorl. propriedade de Zinzendor!. que em 1127 se Charles. Os membros áeste grupo foram apeJfdadosóe Metodistas pelos estudantes.
lornou o "der da Of'ganizaçAo. Reconhecida como Independente em 1742,. Igreja por causa do seu estlJdo blbhco melódico. seus hábltoo de oraçlo e 'UU iniclati'las
Unhei em 1745 uma organizaçlo trlpllce de bt�. anciao e dlécono. O movimento de treQUentes de aÇao SOCial nas prlsOes e entre os pobres.
lorte vrsao mlsslonéria, enviou obreiros li [ndla Ocidental. Groenliodia e Alrica, nos
meados do século. Noo Estados Unidos. após um pequeno periodo na Geórgia. os
morávios mudaram-se pilr8 a Pennsylvilnia. onda Zinzendorl, em sua estada no pais,
tentou reunir todoR 0$ alemaes protestantes em tomo dos morá'fios. A apaixonada
devoçào a CrÍ'Sto. de Zinzendorl. e�pressa praticamente, 101 colocada em lin.guagem
teológica por AugUSI Spangei1Oerg. o teólogo do movrmento. � Interessante notar
Que o circulO da InlhJência se completou quando Westey fol levaoo /I fé pessoal em
Crislo pelos morlivios. Os ensinos de 'NycIlfle tinl'lam inlluenciado HIJS, o IInIacb
dos IrmAos Botmios. a panir dll qual emergiria a Igreja Mof{lvia, que e�erceria
influência marcante sobre a vida espiritual do Inglês John Wesley. Inlelizmente. a
Inl1uência Inglesa !.Obre a Europa Continental nOl séculOl XVII e XVlll lal'Orec:eu o
delsmo e ° racionalismo.

B. N& Inglarerr•.
O reavivamento metodista fOi o terceiro despertamento religioso na Inglaterra.
depois da reforma do século XVI e o Puritanismo do séclllO XVII. Ele está ligado ao
nome de John Wesley (1703-179\), que dominou o cenáriO religioso do século. Os
historiadores nAo têm dificuldade em reconhecer Que o metodismo é. Junto com a
Aevoluçlio Francesa e a Ael'OluçAo Industrial. um dos grandes fenOmenosda história
do século. Alguns acham até que a pregaçAo de WesIey" saNou a Inglaterra de uma
revolUçlio semelhante à da EurOpa. O Metodismo foi para o AnglicaniSmO O que o
Pielismo tol para o Luteranismo De 1735 I 1737 Wesley serviU como capellio na cOlôma de Og'elhorpe. na
Cedo. no Pais de Gales. o reavivamento 'leio através de Howeli Hams Geórgiaf. Ele 101 obrigado a VOltar porque sua lilurgia cerimonialista. sev rigor para
(1714-73), professor em Telgaith, e GriHilh Jonas (1683-1761), pastor. A Igreja Me\(). com 05 membros. 5\1a Inoenuidade e candura no !rato com n mulhel'fl� criAram-lhe
dista-Catvinista Galesa surgi u desse avivameolo. Jonas também deserwoIveu o s i $< algUmas diliculdades, otirigarm.o a voltar para casa em 1TJ7. Em 2 4 de maio de
tema de M:ui1OS de evangelizaçio. 1738, enquanto ouvia a leitura do prefacio ao Comenl�rio de Rom.IIO•• de lJJtero,
Vimos que a rellgllio racionalista do oosmo fOI amplamente 3Ceita entre as classes 'IesIey sentiu seu coração estramamente -aquecido" e aceitou a CriSIo como único
altas. Os sermos. na Igreja Oficiat eram geralmente apenas longas homilias sobre capaz de salvá-Io de seu pecado. Seu Irmlio Charles tivera uma experiência seme­
trivialidades morais. O alto clero era regiamente pago enquanto o baiJ(() clero. com o lhant e dois dias antes. Como a coragem dos rnorávios numa tempestade no mar a
pequeno satário anuel de 20 a 50 libras. dificilmente poderia ser eficiente . Muitos camInho ela Geórgia, as palaVf8S de Spangenberg na Geórgia� e os esfOlÇOS de Ps.
deles depencliam parasitariamente do senhor local e se envolviam em esport� t er BohIer", exerceram grande Influência em sua c:onv8fSâo: Wesley fez �tão de ir
g rOS5elrooe em rodas de bebidas. A moral. porCOf'lseguinte.atioglu o se u ponto maIS
a Hermhul para estudar a Igreja MooWI8 mais de perto.
bai�o Na prlfTlB1ra melade do Século. o indleede mortalidade. que cresceu assustado­ Em 1739. George Whltell8ld (1714-70). com quem Wesley mais tllde romperia
ramente. matou muita gente e mandou mUitos outros para OS hospicios. Jogava-se por causa da velha teolooia calvinista. convidou W8$ley para p�rtlcJpar de uma
excessivamente. Conta-se que Charles James Fo.>l. 11m lider potitico. perdeu cem mil pregaçlo ao ar livre em BrlSIOI. Assim começou ele a carreira de pregador ao ar li�re.
ao fim Cla qual tinha aneladO 200.000 milhas a cavalo, pela In.glaterra, ElCÕCla a elomlnlcal., Rober1 RaikH. I o lidar da retornl-l penltencllrta. John Howard. Ao
Irlanela. pregado cerca da 42 mil Hrmoe" escrito cerca oe 200 I"'ros I organizado tempo da $UI mOr1e, urna Igreja Metodista torta ié eKlstla nos Estados Unidos. Cerca
seul seguiClores. Ele organizou uml comunidade metodlstleconstruiu em 1139 urna da 70 mM seguidores na Inglaterra Jormaram uma Igreja nacional Iog? após a sua
capela em Bristol. No mesmo ano. comprou lambem o edlllcio �Founelary" em mOr1e. Foi, pois. este 1'Iomem, elegante. bailiO II abneQldo, que, a?&llIO de Deus,
Londr... que se tomou o quartel OIneral de seu trabalho. Whitefield, que se tomou IransfOtrrM)U a vida religiosa dos trabalhadores da Inglaterr•. O Reavovamento Evan­
cl1stlo em 1735, começou a pregar ao ar-llvre em 1139, organizou os conver1Ie108 em gélicO na Igreja Anglicana, C()(ol�rlo do reavlvamento metodista. transformaria a
socledaelal. usou pregaelores leigos. e tinha uma ênlase social com seu or!anato. classe alta da Inglaterra e ajudaria a Inglaterra a se tornar. grande IIder no conClrto
Os belos hinos que Charles Wesley (1101-88) compOs prestaram uma granda das naçOH e prOf1lo-.ef a paz mundial no século XIx. lMlitefleld 101 o proleta, John
aJucla nol cunos. Charles escreveu mals ele seis mil hinos. enltl os quais "Jasu., Wesley o organizador, I Charles o compositor do reallivamento metodista.
Amante di! Minha AJITIlI" (Jesus LOY8r 01 my Soul) I "Natal- Eis dos Anjos a Hannonla"
(Hark lhe HeraJeI Ange" Sing) sao uniYefSllmenle conhecittos. Seguindo as tnlhu
IV. O CATOLICISMO ROMANO
abertas poi" t$llllC Watts (1614-1748), tllÓlogocongregaclOOlll 1 "pai da hinódia ing!a­
se", Charles COIT'IIlÓS ainda outros hinos famosos. com Irect'os bIbIlcos. O grande e,fOtço mlssionArio da Igrlja Cat6llca nos séculos XVf e XVII. leito
Wealey MO quis romper com a Igreja Anglicana e . poi" Ilto. reuniu seus conll8rti­ pelos jlSU!tas, cfomlniCllflOs e franciscanos: o movimlnto lan..nl." do século XVII e.
dos em comunidades semelhantel ao -col/egia pierads-de Spaner. Eslas sociedades no mesmo século. o movimento ml$tlco Quietista. bem como a eKpulsAo dos hugue­
eram lubdividldas em grupos e depoi, em classes de 12 pessoas dirigidas por um notes da França, em 1685, IA loram descritos.
procuraram
Ilder leigo. Em 1144. reuniu-se em Londres a primeira conlerêncla anual de seus Durante O perioclo da absolutismo real. de 1648 a 1789. 011 monarcas
pregaclore. e em 1146. Wesley dividiu a Inglaterra em cinco circuitos. Em 1184, 111 limitar o poder papal em seus palses. A Sançlo PragmAUca da 1438 foi uma tentativa
ordenou dois ministros e óeu a Thomas Coke o cargo de superintendente da Igreja em
trancesa nessa Unha Essa tenelência na França foi conhecida como gaUcanlsmo
acima das
Metodista nos EUA.. Nessa ano. o Ato cfe DecIaraç.ao legalizou a conferência, permi­ oposlçto ao Ultramontanismo, I elltendo do poder politico do papa
tindo a propriedade e as capelas metodistas, e a Igreja organIzou-se com bases na­ hierarquias naciOnais. Os Artigos Gallcanot:de 1682,ISCritos por Bossuet. afirmav�
cionals próprias naquele pars. Somente depois da lTO'Ie de Wesley, os metodistu Que o rei 010 estA sujeito ao papa em assuntos temporall:1 que o papaestava sujeijlo
da Inglaterra organlzaram-se numa igreja Metodista separada da Igreja Anglicana. A aos concllioa gerais. sendo aeu poder IImitaclo pela conslilulçlo da Igreja francesa e
Inllu/lncla anglicana na Igreja Metodista permaneceu com a admlnlstraçlo episcopal do reino: e que embora ele! lICeltatsem suas definições de IA ele MO estava acima de
e a pr�tlca ela genulleKAo para receber a Ceia na barra do aliar. correçao. !:sle movimento francês teve sua conlraparte no Santo Império Romano.
Depoll que Wealey rompeu com Whltelleld, a Igreja Melodlsla aceitou a teologia no Josefl,mo, do reIno de Joseph I( (1741-90) de cujo nome o termo se derivou. O
anniniana, embora a principal dOlJtrina destacada por Weslay losse a da lustlllcaçto tenno "Febronlanl,mo-. o nome lItenlriO de Nikolas von Hontheim {1701-99). 10I
pala I. atraOlés de uma e"periéncia subita de conversao. Ele também deu granele usado na Alemanha para esta mesma tendência, a 11m deallrmar queo poder real ast!
d8$taque l doutrina di! perfrlçao cristA ou do perfeito amor, segunclo a qual era acima doi lidere, da Igreja enquanto obediente ii lé ela igreja. 1110 representou o
poss/Yat a parlelçlo crislA absoluta alnela nesta vida, porque o amOt de Deu. de tal progresso elo poder dos gOYlrTlan,es das novas naçoe.-estadol e o principio de
forma encheria o coraçlo do uentl que acabaria e"pulunelo o pecadoe produ�ndo sentimentos de nacionalismo.
a untldl!dl absoluta. Este processo progressivo d8Yta se Iniciar com um ato de fé.
Weally dli"ou bem claro que nlo propunha a perleiçlo sam pecadO nem a perlelçlo
V. A IGREJA ORTODOXA NA RÚSSIA
InlaUvel. maa, antes, a possibilidade ela santidade no coraçAo que 10$$11 completamen­
po. 'stollldela
te cheio pelo amor de Deus. OS Irro. de juIzo poderiam trazlr sérias conseqOênclas A Igreja Russa alcançou, em 1589, o patriarcado para seu arcebis .
palnarCIIS das
morais, mas a possibllldade da realizar o Ideal permanecia. e: isto que parecem uma Igreja nacional com seu lidar lanelo o mesmo papel doa outros
ensinar luaS cartas"e sau livro ·Um Sincero Rellllo sobre a PtJrleiçlJo CrisllJ-(A P/llln ntinoPI� para os
19re]aa ol1ental,. A queda de Roma para os bârbaros e a de Consta
AccOl.lnt aI cn,isrllln PlrlecrlonJ. da MoscOU como a terceira Roma.
muçulmanos 1m 1453 levou os ruSSOl a pensarem
ormar o rlhJ�1 da
Par. WesJey. o evangelh<l ÓlVia lnfluenciar a sociedadl. e ninguém Pode negar Logo depois de 1650, o f1OIIO patriarca, N1kon. procurou ref
leva�ao ln'"
o Impacto elo reallivamento metodista sobre a 5OCI8Oacfe Inglesa. Ele se oPÔ' ao Igreja oom prélicas tai, como lazer o sinal da crw: com tJts dadOll
poi" um clérigo de nome
tlcool, guerra e escravidlo. .... algumas razOes para se admitir que a Inglaterra teria de doi. como era o costume antigo. Um grupo liderado
como os "Antigos
uma revolta de trabalhadores semelhante ii ocorrida na França SI eles nao seconll8r· Avvakum opOs-se II esta e a outras muelanças eloram conhecidos
seus seguidores SI
Ie,sem a Crilto. A maioria cos futuros lideres oper�rlos aprenderam a falar em Crentea". Quando Avvakum 101 queimado numa estaca,em 1682.
publico nu clulu. A I18ndl de bebida cessou. em parta devido !I Influência do opuseram abertamente ii Igreja e formar3m um novo grupo. que ainda eKisle.
Grande. '
raavlv.mento, Wesley advogcu a aboliçAo da escravatura e mantinha vinculo, de A Igreja entrou mais dlretamlnte sob o controle estatal quando Pedro.o
Slnodo, que
amlzadl com os primeiros abollciOnl,tas. Seu Interesse pala medicina humanltérla aboliu o patriarcado em 1121 e colocou a Igreja sob o controle dO Santo
. Assim. a Igreja e o
amadora lellOu-o a criarem 1;460 primeiro dispensarlO m6dico gratuito da lnglater­ era dirIgido por um oficiai civil, responsável dlretamante a Pedro
umdeparta-
ra, Ele também Inlluenciou grandemente o fundadOt cio movimento de ",coi.. estado estavam estreitamente IlgaOOl: e a Igreja tornou-M. virtualmente.
REAVIVAMENTOS, MISSOES E
MODERNISMO. llat-1914
mento do estado até 1917, Quando a igreja e oeSlado foram separa
dos pelo Comunis­
mo, e a igreja elegeu novo patriarca. CAPiTULO 35

AS VITORIAS E AS VICISSITUDES DO
CATOLICISMO ROMANO (1789-1914)

A Igreja Católica Romana perdeu SUllll posses temporais e muito de sua influên­
cia politica no perlado entre 178ge ,9,4. O destino ignominioso do papedoduranle a
Revoluçlo Francesa contrastou com os avanços raatlzados A época da Contra­
Relom18. Com a reaçlo romlntlca que se seguiu às guerras napoleõoicas, a Igreja
católica recuperou seu prestigio e seu poder. A partir de 1870. até a Primeira Grande
Guerra. sua história é de perda de prestigio e do nascimento do anticlericalismo em
muitos países da Europa. Estes problemas su/glram com a questão do relacionamen­
to entre as igrejas nacionais e a Igreja universal do papa.

I. REVOLUçAo E O PAPADO, 1789--1815


Antes de se dellagrar a re�oluçlo na França. as péssimascondlçOes eoonOmicas.
politicas. sociais e juridicas e o bem sucedido exemplo da Revolução Inglesa de 1689
e a Revolução Norte-americana de !776, lavoreceram aemergênciade uma ideologia
Que legitima�a o direito da re.voluçlo popular contra Luis XVI. Esta Ideologia loi a
conseqüência dos ensinos 005 filósolos, entre os quais Rousseau. Montesquieu.
Oiderot e François Mo ·AroUet. ou como é melhor conhecido. Voltaire. Enquanto
Rousseau e Montesquieu lamentavam a ideologia politica para a RevoiuçAo. Voltaire
criticava a Igreja de Roma e pedia por liberdade. Tinha fundamentos sua criUca à
Igreja Católica Romana na França. cujas muitas terras eram a lonte de renda para a
maioria do alto clero. Voltaire Interessava-se mals por uma rellgl!lO da rauo 00 que
pela religi!lo dos corruptos lideres da Igreja Católica Aomana do seu pais. Mas esses
homens queriam mais uma relorma do que revoluç!lo.
A Assembléia Nacional da França declarou em novembro de 1789 que as terras
da igreja eram publicas e emitiu bónus resgatáveis nestas t8fras. Mais tarde. este
bOnus passaram a circular como dinheiro. No principio de 1790 os mosteiros foram
fechados por lei. No ver!lo de !790, a Assembléia aprol/Ou a ConstituiçAo Civil do
Clerol• pela qual o numero de bispos foi reduzido a 83.oque correspondiaao numero
de unidades provinciais. Os bispos seriam escolhidos pelos mesmos eleit� que
1
esco hlam 05 dirigentes civis e o papa seria apenas notificado desta escolha. Os
'"

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