Você está na página 1de 84

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETRÔNICA


TECNOLOGIA EM ELETRÔNICA – COMUNICAÇÃO DE DADOS

FABIANO LUIZ CHAVES NOGUEIRA


WILLIAN RUDY BOSLOOPER

LABORATÓRIO DIDÁTICO DE COMUTAÇÃO DIGITAL

TRABALHO DE DIPLOMAÇÃO

Curitiba
2007
FABIANO LUIZ CHAVES NOGUEIRA
WILLIAN RUDY BOSLOOPER

LABORATÓRIO DIDÁTICO DE COMUTAÇÃO DIGITAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


disciplina Trabalho de Diplomação, como requisito
parcial para obtenção de grau de Tecnólogo do
Curso de Tecnologia em Eletrônica, da
Universidade Tecnológica Federal do Paraná.
Orientador: prof. Luiz Carlos Vieira

Curitiba
2007
RESUMO

NOGUEIRA, Fabiano Luiz Chaves; BOSLOOPER, Willian Rudy. Laboratório


Didático de Comutação Digital. 2007. 82 p. Monografia (Graduação) – Curso de
Tecnologia em Eletrônica, UTFPR, Curitiba.
Devido ao processo de atualização e modernização do laboratório de
comunicações do Departamento Acadêmico de Eletrônica da UTFPR, foi proposta a
instalação e implementação de uma central privada de grande porte, com fins
didáticos.
Este trabalho apresenta todos os procedimentos utilizados para instalação e
configuração do sistema bem como, verificação do seu funcionamento. Foram
também elaborados alguns roteiros com exercícios que podem ser aplicados em
aulas práticas na área de telefonia. Ao final do trabalho são apresentadas as
conclusões obtidas e sugestões para futuras atualizações do PABX e melhorias no
ambiente do laboratório.

Palavras-chave

Telefonia, comutação digital, laboratório didático, PABX


ABSTRACT

NOGUEIRA, Fabiano Luiz Chaves; BOSLOOPER, Willian Rudy. Instructive


Digital Switching Laboratory. 2007. 82 p. Monograph (Graduation) – Electronics
Technology, UTFPR, Curitiba.
Due to the process of upgrading and modernization of the communications
laboratory at UTFPR Electronics Department, it was proposed the installation of the
large system private central for instructive purpose.
This work presents the procedures used for the installation and configuration
of the system, as well checking its functions. It was elaborated some exercises that
can be applied on practical classes in telephony areas. At the end are also presented
the conclusions obtained and suggestions of futures upgrading of the PBX and
improvement of the laboratory environment.

Key-words

Telephony, digital switching, teaching laboratory, PABX


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................................ 8
2 EMBASAMENTO TEÓRICO...................................................................... 12
2.2 A CENTRAL PABX..................................................................................... 14
2.3 SINALIZAÇÃO............................................................................................ 18
2.4 PABX SIEMENS HICOM............................................................................ 22
3 INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO DO SISTEMA................................... 34
3.2 DISTRIBUIDOR GERAL............................................................................. 35
3.3 CONFIGURAÇÃO DO HARD DISK DO PABX........................................... 36
3.4 ATIVAÇÃO DO TERMINAL DE SERVIÇO................................................. 40
3.5 ALTERAÇÃO DO HORÁRIO...................................................................... 43
3.6 CONFIGURAÇÃO DE LICENCIAMENTO.................................................. 43
3.7 CONFIGURAÇÃO DOS BASTIDORES DE PERIFERIA............................ 47
3.8 CONFIGURAÇÃO DO SISTEMA................................................................ 51
4 PLANO DE SELEÇÃO PARA ANÁLISE DE DÍGITOS..............................
55
4.1 CONFIGURAÇÃO DE DÍGITOS................................................................. 56
4.2 CATEGORIZAÇÃO DE RAMAIS PARA ACESSO À TRONCO..................60
4.3 CONFIGURAÇÃO DOS TRONCOS DE SAÍDA......................................... 62
4.4 CRIAÇÃO DE RAMAIS............................................................................... 64
4.5 PROGRAMAÇÃO DE CLASSES DE ACESSO.......................................... 69
5 FOLHAS-TAREFA SUGERIDAS............................................................... 73
6 CONCLUSÃO............................................................................................. 76
REFERÊNCIAS..................................................................................................... 77
ANEXOS................................................................................................................ 78
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Técnica Básica de Transdução………………………………………….. 12
Figura 2 - Funcionamento do canal telefônico tradicional e
necessidade de multiplexação............................................................................... 13
Figura 3 - Funcionamento básico de um PABX..................................................... 14
Figura 4 - Rede Brasileira de Telefonia................................................................. 15
Figura 5 - Fases da modulação PCM.................................................................... 17
Figura 6 - Sinalização telefônica............................................................................ 19
Figura 7 - Sinalização por Canal Comum: separação entre
entroncamentos e controle.................................................................................... 20
Figura 8 - Diagrama em blocos funcional.............................................................. 22
Figura 9 - Tipo do bastidor da central.................................................................... 27
Figura 10 - Esquema de alimentação.................................................................... 29
Figura 11 - Estrutura dos comandos..................................................................... 33
Figura 12 - disposição da central no laboratório.................................................... 34
Figura 13 - Patch panel de 24 portas.................................................................... 35
Figura 14 - Selecionando o destino....................................................................... 36
Figura 15 - Formatação de HD.............................................................................. 37
Figura 16 - Selecionando a interface..................................................................... 37
Figura 17 - Seleção de software............................................................................ 38
Figura 18 - Selecionando o software..................................................................... 38
Figura 19 - Janela de status da gravação............................................................. 39
Figura 20 - Fim da gravação do HD.......................................................................39
Figura 21 - Tela inicial do COMWIN...................................................................... 40
Figura 22 - Criação da conexão com o PABX....................................................... 41
Figura 23 - Configurando a porta serial................................................................. 41
Figura 24 - Aba de configuração RMX/COM......................................................... 42
Figura 25 - Sincronismo entre COMWIN e PABX..................................................42
Figura 26 - Chave da central por hardware (dongle)............................................. 44
Figura 27 - Atribuição de direitos........................................................................... 46
Figura 28 - Configuração do Primeiro bastidor...................................................... 47
Figura 29 - Configuração do segundo bastidor..................................................... 49
Figura 30 - Loop traseiro da DIUC......................................................................... 50
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Exemplo de matriz de comutação........................................................ 16
Tabela 2 - Descrição dos comandos disponíveis.................................................. 30
Tabela 3 - Pinagem do cabo de conexão.............................................................. 40
Tabela 4 - Licenças do PABX................................................................................ 44
Tabela 5 - Seleção para análise de dígitos........................................................... 55
8

1 INTRODUÇÃO

Desde o início da industrialização, tornou-se cada vez mais necessária a


comunicação dentro das corporações de forma econômica, rápida e segura. Com o
surgimento das primeiras centrais de comutação, alguns fabricantes começaram a
adaptá-las para que pudessem ser utilizadas dentro das grandes companhias e as
ligações locais fossem encaminhadas diretamente, sem necessidade de passar
pelas centrais públicas, reduzindo o custo e proporcionando maior segurança, uma
vez que o tráfego seria mantido dentro da empresa.
Durante essa fase, as linhas trafegavam apenas voz. A revolução que se
seguiu, trouxe novos desafios, entre eles, encontrar uma forma de trafegar volumes
cada vez maiores de dados através das linhas que, a princípio, tinham sido
projetadas apenas para o tráfego de voz. Isso fez com que os fabricantes
projetassem sistemas com maior capacidade para dados e desenvolvessem
técnicas para comutação e transporte da voz digitalizada.
Compreender a evolução dos sistemas de comutação privada e poder aplicar
esse conhecimento na prática trará um melhor entendimento em tecnologias de
telecomunicações e em como elas nos afetam pessoal e profissionalmente.
Este trabalho aborda o tema da comutação telefônica privada aplicada, de
forma didática, em atividades de laboratório na área de telecomunicações do
Departamento Acadêmico de Eletrônica (DAELN).

1.1 PROBLEMA

A central PABX (Private Automatic Branch Exchange) atualmente utilizada no


laboratório, modelo Saturno 5000, apesar de encontrar-se em funcionamento, possui
uma arquitetura ultrapassada e de complicado manuseio, servindo apenas para
comprovação de alguns fundamentos teóricos básicos, não disponibilizando uma
interface moderna e amigável para configuração e supervisão.
Algumas disciplinas ministradas pela instituição necessitam de equipamentos
modernos, e em perfeitas condições para aplicação da teoria. Com a doação da
central de comutação privada de grande porte marca Siemens Hicom 350E, foi
9

proposta, em acordo com o professor orientador, sua implantação para utilização


com fins didáticos no laboratório de comunicações do DAELN (Q201).

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

Este projeto final tem como principal objetivo implantar um PABX digital para
aplicação didática em atividades de laboratório de comutação digital, no âmbito do
Departamento Acadêmico de Eletrônica da UTFPR, contribuindo assim com a
melhoria da qualidade de ensino em Telecomunicações.

1.2.2 Objetivos Específicos

Para atingir o objetivo geral, é necessário observar alguns quesitos. Os


objetivos específicos deste trabalho são:

• Fazer um levantamento de dados técnicos sobre o PABX digital Siemens,


modelo Hicom 350E, dentre eles: protocolos de comunicação, tensão de
alimentação, tipos de cabeamento, tipos e funções de cada módulo;
• Definir a disposição (layout) dos equipamentos dentro do laboratório Q201 do
DAELN;
• Instalar e configurar o PABX digital Hicom 350E;
• Montar e mapear um distribuidor geral (DG) de pequeno porte;
• Programar e testar funcionalidades no PABX, as quais possam ser utilizadas
em aulas práticas;
• Simular um enlace digital de 2,048 Mbps (link E1);
• Elaborar material didático, com as principais funcionalidades de um PABX de
grande porte.
10

1.3 JUSTIFICATIVA

O curso de Tecnologia em Eletrônica - Modalidade Comunicações desperta


interesse em uma área que inova a cada dia e prepara profissionais que devem
buscar a atualização constante de conhecimentos.
Como o projeto trata de um assunto exigido por diversas disciplinas, sua
execução permitirá aos acadêmicos conhecerem a tecnologia e realizarem
experiências práticas propostas pelos professores, proporcionando uma melhor
preparação para atuar nas empresas.
Com a conclusão deste projeto, a instituição passará a disponibilizar de um
portfólio completo de comutação de voz, sem custos adicionais de implantação do
PABX.

1.4 METODOLOGIA

O processo de pesquisa foi feito de forma ampla, com base em manuais do


fabricante, livros técnicos, consulta a profissionais da área e experiências próprias
adquiridas no mercado de trabalho, documentando todas as etapas a partir da
observação dos resultados obtidos. O material didático foi elaborado em constante
contato com o professor orientador, para adequá-lo aos requisitos das atividades de
laboratório de comutação digital. Foram elaboradas folhas-tarefa, cada uma
contendo a descrição dos comandos e atributos necessários para que os alunos
possam programar e testar as facilidades em aulas de laboratório.
Tanto a instalação e configuração do PABX Hicom 350E, como também a
programação e teste das suas funcionalidades, foram realizados seguindo-se os
procedimentos definidos no manual do fabricante do equipamento. Na etapa inicial
de instalação e configuração, foi feito um levantamento dos módulos existentes e
testes para verificar se estavam funcionando. Em função de um problema detectado
no HD, foi necessária a sua formatação e a criação de toda base de dados. Após a
completa configuração, foram programadas e testadas as seguintes facilidades:

• Nomes das rotas;


• Regras de discagem;
11

• Grupos de tronco (digital e analógico);


• Ramais (digitais e analógicos);
• Desvio variável de ramal digital;
• Desvio variável de ramal analógico;
• Conferência a três via ramal digital;
• Conferência a três via ramal analógico;
• Ativar rechamada;
• Salvar último número discado;
• Bloqueio contra chamadas;
• Rediscagem último número;
• Captura de chamadas;
• Grupo de consecutivo

A simulação do link E1 foi feita através da conexão direta entre os canais Tx e


Rx utilizando cabo com interface proprietária da Siemens que será conectado na
parte traseira da central, conexão esta denominada “costa a costa”.
Para realização do projeto, foram necessários os seguintes equipamentos e
materiais:

• Central PABX Siemens Hicom 350E;


• Notebook, para a configuração do PABX via serial;
• Aparelhos telefônicos para a realização de testes;
• Cabos metálicos, e blocos de conexão para a montagem do distribuidor geral;
• Ferramentas gerais.

Além disso, foi necessário o uso dos softwares:

• Editores de texto;
• Ferramentas gráficas;
• Software de interface com o PABX, proprietário da Siemens, o COMWIN.
12

2 EMBASAMENTO TEÓRICO

2.1 INTRODUÇÃO À TELEFONIA

Segundo Jeszenski (2003), para permitir a conversação telefônica, é utilizada


uma técnica denominada transdução, que nada mais é do que a conversão de sinais
sonoros em sinais elétricos. Nessa técnica, a onda sonora incidente sobre um
microfone (MA) de um aparelho transmissor A (telefone) é convertida em sinais
elétricos transmitidos através de um par metálico de fios até o receptor RB do
aparelho receptor B, conforme demonstra a figura 1.

Figura 1 - Técnica Básica de Transdução

O primeiro tipo de microfone utilizado foi o microfone a carvão que possui


grânulos de carvão que são pressionados por uma membrana elástica sensível às
vibrações do ar, que são características da onda sonora, fechando um circuito de
resistência variável de acordo com a freqüência e a intensidade dessas ondas. A
corrente elétrica resultante é a representação da onda sonora em sinal elétrico, que
é recebido no receptor RB. Esse sinal elétrico provoca variação do campo magnético
do eletroímã, acionando um diafragma com a mesma freqüência e amplitude. A
vibração física do diafragma contra o ar, gera ondas sonoras com as mesmas
características das ondas originais. Esse processo ocorre nos dois sentidos,
possibilitando a conversação entre A e B.
Atualmente existe uma tendência ao uso de cápsulas transmissoras do tipo
eletrodinâmicas, piezoelétricas ou de eletretos. Elas apresentam vantagens em
13

relação à cápsula de carvão devido a qualidade da conversão acústica-elétrica e à


vida útil.
Os sinais de voz que partem do ser humano são analógicos e sonoros, ou
seja, o ar é empurrado com mais ou menos intensidade, um determinado número de
vezes por segundo, gerando uma onda que se propaga. Quando atinge um ouvido,
este decodifica as ondas sonoras e as transforma em percepções ao cérebro, que
identifica um padrão e monta uma mensagem.
A freqüência da voz humana é gerada pelas cordas vocais podendo ser mais
aguda (de maior freqüência) ou mais grave (de menor freqüência). Normalmente, o
ser humano consegue emitir sinais sonoros aproximadamente entre 100 Hz e 8.000
Hz (8 kHz). Um ouvido humano perfeito consegue captar aproximadamente de
16 Hz a 18.000 Hz. Entretanto, numa conversação normal, a maioria das
componentes de freqüência não ultrapassa 3kHz. Assim, visando utilizar melhor os
canais de telefonia, foi padronizada uma largura de banda de 4KHz para o canal de
voz.
Através do princípio da multiplexação é possível utilizar a mesma linha física
para transmitir vários canais, como na figura 2. A primeira técnica de multiplexação
usada em telefonia foi a Multiplexação por Divisão de Freqüência (FDM – Frequency
Division Multiplex), na qual cada canal de entrada, ocupa uma faixa de freqüência
diferente no meio de transmissão. Posteriormente, com a digitalização dos sinais de
voz, passou-se a utilizar a Multiplexação por Divisão no Tempo (TDM – Time
Division Multiplex), na qual a ocupação dos canais ocorre em determinados períodos
de tempo no meio de transmissão.

Figura 2 - Funcionamento do canal telefônico tradicional e


necessidade de multiplexação (fonte: www.teleco.com.br)
14

Em resumo, pode-se concluir que foi criada uma limitação de 4 kHz nos
canais de telefonia, permitindo multiplexar mais canais de voz nas comunicações
entre centrais públicas diferentes, gerando economia e dando uma resposta
satisfatória ao usuário.

2.2 A CENTRAL PABX

Um PABX tem a função de gerenciar a comunicação de voz dentro de uma


empresa. Tal equipamento deve possuir no mínimo uma placa mãe (que contém o
processador central e a memória), um dispositivo de armazenamento de dados
(disquete ou Hard Disk), placas de ramais (analógicos ou digitais) e placas de tronco
(analógicos ou digitais). Conforme a necessidade da empresa, o PABX pode
também possuir placas para diversas outras funções, como por exemplo: interfaces
ISDN (Integrated Services Dedicated Network), música em espera, interfaces de
ramais ou troncos VoIP (Voice over Internet Protocol), placas de tom de chamada
auxiliar, etc.
Em empresas pequenas, geralmente temos o esquema demonstrado na
figura 3, ou seja, uma mesa atendedora, placas de ramais analógicos e digitais e
placas de tronco.

Figura 3 – Funcionamento básico de um PABX (fonte: www.teleco.com.br)


15

O atendedor recebe as ligações através dos troncos (linhas) e as transfere


para os ramais solicitados, ao mesmo tempo em que os ramais podem acessar
esses troncos para realizar ligações saintes (fora da rede privada), ou efetuam
chamadas entre si, sem custos adicionais para a empresa. O fluxo de ligações pode
ser controlado por um tarifador, através do processamento dos bilhetes enviados
pela central. Esse tarifador registra todos os dados da chamada, ou seja, qual ramal
ligou, para que número, quando ligou, quanto tempo durou a ligação, qual tronco foi
ocupado, e outras informações que podem ser configuradas para atender as
necessidades de algum cliente específico.
A conexão do PABX com centrais da rede pública de Telefonia pode ser
realizada através de troncos E1 como exemplificada na figura 4. A Interface para um
Tronco E1 é um conjunto de dois cabos (coaxiais ou ópticos), um para transmissão
(TX) e outro para recepção (RX), por onde passam 30 canais de voz digitalizados e
um canal de sinalização telefônica.

Figura 4 - Rede Brasileira de Telefonia.

2.2.1 Comutação de Voz em Centrais Privadas

Em centrais privadas (PABX), pode-se utilizar tanto comutação analógica


como digital. Atualmente, a tendência de mercado é para a utilização de tecnologia
digital.
Um dos principais elementos de um PABX é a sua matriz de comutação, cuja
função é interconectar os ramais entre si ou com linhas externas.
16

2.2.1.1 A Matriz de Comutação Analógica

Na tecnologia analógica, os sinais de voz que são comutados através da


matriz estão no formato analógico. A matriz comutadora é composta por vários
pontos de conexão organizados na forma de linhas e colunas, de tal maneira que
quando um ponto é fechado ela interliga um elemento (circuito ou módulo) do PABX
com outro.
Um exemplo de matriz de comutação analógica é mostrado na tabela 1.
Nessa tabela a coluna de TOM é ligada, na placa base, a um gerador de tom
analógico que serve para dar tons aos ramais e troncos, os mais comuns são de
ocupado, interno, chamando e rechamada. A coluna dos detectores de MF (Multi-
Freqüência) é conectada a um chip de detecção de MF, que recebe o sinal
multifrequencial enviado pelo ramal e identifica qual o dígito correspondente. Da
mesma forma, os ramais e troncos estão ligados diretamente ao PABX, e a voz
cruza a matriz analógica na forma de sinais elétricos, que foram convertidos pela
cápsula transmissora do telefone do ramal.

Tabela 1 - Exemplo de matriz de comutação.

A matriz vista na tabela é para um PABX de 10 ramais (R9 a R208) e 3


troncos (T1,T2 e T3). Pode-se deduzir que o ramal 201 (R201) está conversando
com o tronco 1 (T1) e os ramais 200 (R200) e 204 (R204) estão conversando entre
si, pois os “X” na matriz representam a conexão fechada. O ramal R9 é a linha do
atendedor principal ou telefonista. As colunas E1 e E2 representam enlaces internos.
É através deles que se fazem as conexões entre os ramais. Assim, pode-se ver que
o enlace 1 (E1) está permitindo a conversa entre os ramais 200 e 204. Caso
17

existisse uma conferência entre três ramais, existiriam três pontos fechados através
do enlace (PINES,1978).

2.2.1.2 Matriz com Tecnologia Digital

Na tecnologia digital, a matriz utilizada para conectar os elementos é digital,


ou seja, tudo que entra e sai dela é formado por bits (0 ou 1). Nas centrais que
utilizam comutação digital, os sinais de voz precisam ser digitalizados antes de
chegarem à matriz comutadora. Isso é feito utilizando-se a técnica PCM (Pulse Code
Modulation). Neste caso, cada circuito ou órgão da central faz conexão com a matriz
através de enlaces PCM.
O PCM baseia-se, principalmente, em três operações para transmissão e
duas para recepção. Para transmissão, utiliza-se a amostragem, quantização e
codificação. Para recepção, é necessário decodificar e filtrar o sinal, como mostra a
figura 5.

Figura 5 - Fases da modulação PCM (fonte: www.teleco.com.br)

A matriz digital pode utilizar três técnicas de comutação: comutação temporal,


comutação espacial ou comutação temporal-espacial.
Na comutação temporal a matriz recebe as informações (palavras de código)
de cada circuito telefônico num time slot de uma linha multiplex (PCM) de entrada e
18

pode transferir estas informações para qualquer time slot de uma linha multiplex na
saída. Portanto, as palavras de código sofrem um deslocamento no tempo.
A matriz espacial comuta qualquer palavra de código de 8 bits de uma linha
multiplex de entrada a qualquer linha multiplex de saída sem trocar de time slot
dentro do quadro PCM. As palavras de código permanecem em seus time slots
originais durante e após a comutação, não havendo retardo. Há, no entanto, a
alteração da sua posição espacial (sua atribuição a diferentes linhas multiplex). A
principal finalidade dos comutadores espaciais é interconectar comutadores
temporais.
A matriz temporal-espacial é o resultado da combinação das duas técnicas
básicas. Existem duas combinações possíveis para esse tipo de matriz comutadora
(GOMES, 2001):
• O sistema STS (space-time-space);
• O sistema TST (time-space-time).

2.3 SINALIZAÇÃO

Em sistemas de telecomunicações, sinalização é o protocolo que os


dispositivos de um sistema telefônico e os diversos centros de comutação utilizam
para se comunicar entre si, durante o processo de estabelecimento de uma ligação
telefônica e por onde a conexão é encaminhada (figura 6). Serve, também, para
assegurar a supervisão e o controle das mesmas.
Este intercâmbio de informações é denominado sinalização, em oposição a
informação útil trocada entre usuários e que é transportada de forma transparente
pela rede de telecomunicações. Existem vários tipos de sinalização, entre os quais
podemos destacar:
19

Figura 6 - Sinalização telefônica. (fonte: www.teleco.com.br)

• A sinalização de assinantes: Ocorre entre o terminal telefônico e a central


local, podendo ser por pulsos ou por tons multifreqüenciais. A sinalização
acústica é realizada por sinais audíveis, denominados tons, que são
transmitidos para os terminais telefônicos indicando as condições da linha no
decorrer da chamada como, por exemplo, o tom de discar e o tom de
ocupado. A freqüência recomendada pela UIT (União Internacional das
Telecomunicações) é de 425 Hz para estes tons.

• A sinalização por canal associado: Ocorre entre centrais comutadoras. É


transferida sobre os próprios circuitos pelos quais a conversação será
estabelecida. São utilizadas, para isto, técnicas relativamente simples, como o
envio de pulsos, inversão de polaridade nos circuitos, envio de códigos
multifreqüenciais, etc. Envolve a sinalização de linha e sinalização entre
registradores:
o Sinalização de Linha: É a sinalização para ocupação e supervisão
dos circuitos entre as centrais. Existem os seguintes padrões:
§ Sinalização de Loop.
§ E + M contínua;
§ E + M pulsada;
§ R2 digital;
o Sinalização entre registradores: É o conjunto de sinais
multifreqüenciais compelidos (MFC), trocados entre registradores de
centrais de comutação de forma a possibilitar o estabelecimento da
20

chamada. Através desta sinalização, são enviados algarismos de


destino da chamada e a categoria dos assinantes.

• A sinalização por canal comum: Esta técnica surgiu com o advento do


controle por programa armazenado. A informação associada à supervisão e
controle de um grupo de circuitos ou a uma interação gerencial com propósito
qualquer é transferida sobre um mesmo canal de dados através de
mensagens binárias. Com a sinalização por canal comum, a informação deixa
de cursar os circuitos de conversação, para se realizar diretamente, e na
forma mais adequada, entre os processadores das centrais envolvidas na
conexão (figura 7).

Figura 7 - Sinalização por Canal Comum: separação


entre entroncamentos e Controle

A sinalização por canal comum apresenta uma série de vantagens quando


comparada aos sistemas convencionais:

• Com a utilização de canais dedicados para o tráfego de sinalização, há um


pequeno acréscimo na eficiência dos circuitos, que apresentam um tempo de
retenção médio menor, refletindo mais exatamente no tráfego de
conversação;
21

• Simplificação significativa nos equipamentos terminais associados aos


circuitos de conversação e sinalização;
• Redução de custos associados à implantação do equipamento que, na
maioria dos casos, justifica a utilização da sinalização por canal comum;
• Melhoria nos parâmetros de desempenho, como o tempo pós-discagem, por
exemplo;
• Flexibilidade de operação e gerência da rede comutadora. A rede de
sinalização pode acessar instruções, localizadas em centrais ou bases de
dados, de como processar determinados serviços, pode verificar a condição
ou as habilitações de assinantes específicos, antes de ocupar os circuitos
para lhes endereçar chamadas, etc. Com isso, o sistema passa a tomar
decisões "inteligentes" sobre uma chamada e sobre seu processamento ao
longo da rede (SILVEIRA; MATARAZZO, 2004).
22

2.4 PABX SIEMENS HICOM

2.4.1 Diagrama Funcional

Figura 8 – Diagrama em blocos funcional (fonte: Manual Hicom 350E)


23

O sistema Hicom é dividido em duas partes de software e hardware, a


Switching Unit (SWU) ou Unidade de Comutação, que consiste em toda a parte de
periferia, tais como as placas de ramais, troncos, mesa de telefonista, equipamentos
de anúncio, etc. E a Administration and Data Server e Administration and Data
Processor (ADS/ADP) ou Unidade de Administração responsável pelo
gerenciamento do disco rígido, bilhetagem, administração de portas seriais e
interface LAN, administração de usuários e senhas, supervisão de falhas, etc.

2.4.2 Funções da SWU

Existe apenas uma Line/Trunk Group (LTG) ou Grupo de Linha/Troncos para


toda a central, ela é composta pelas seguintes unidades:

A Line/Trunk Unit (LTU) ou Unidade de Linha/Troncos é a unidade que


funciona como interface de entrada e saída para os elementos periféricos, como
ramais, troncos, terminais de dados, entre outros. Apresenta interface com os
módulos periféricos, instalados em posições denominadas SLOTS. Além disso, a
LTU faz o acoplamento elétrico e lógico dos sinais entrantes/saintes, e os concentra
em vias digitais.
Uma LTG suporta um máximo de 15 LTUs. Cada LTU possui uma LTUC (LTU
controle) que faz a interface das LTUS com o sistema, concentrando os sinais de
voz/dados das unidades periféricas para a matriz de comutação, por intermédio de
quatro vias digitais multiplexadas (com 64 canais B) cada o que contabiliza 256 time-
slots PCM. A LTUC estabelece interface com a unidade de controle e
processamento dos sinais utilizados para sinalização dos circuitos.

A Switch Network (SN) ou Matriz de Comutação interliga ramais e troncos


através da técnica de comutação temporal-espacial. Troca sinais com a LTG para a
parte de comunicação e recebe os comandos da unidade de controle e
processamento, de modo a efetuar a comutação de circuitos. Possui acessibilidade
plena das linhas e baixa perda (menor que 0,1%). A matriz de comutação possui as
seguintes unidades: Memory Time Switch (MTS) ou memória de comutação
temporal, a qual possui a memória de comutação usada para comutação de circuitos
24

e a memória de controle, usada para registrar a seqüência de comandos vindos da


unidade de controle e processamento; a unidade de Conference (CONF) ou
conferência que pode estabelecer uma conferência de 3 a 8 ramais por conexão e a
Signaling Interface Unit Tones (SIU-TONES) unidade responsável pelo
armazenamento de dados referentes aos sinais de sinalização acústica dos circuitos
utilizados no estabelecimento de chamadas, possuindo um total de 64 tons.

O Comum Control (CC) ou controle comum faz a função de unidade de


controle e processamento da central. Apresenta uma estrutura de processamento
parcialmente centralizado, ou seja, é responsável pelo processamento das principais
rotinas de software, porém distribui funções de processamento independente a
outras unidades, através de procedimento de carga de programas em memórias
locais (loadware). Entre as suas várias funções, abaixo vemos uma descrição das
principais, de acordo com cada unidade funcional:

• Data Processor (DP) ou processador de dados: Possui a função de


processamento principal. Estabelece o processamento das chamadas Call
Processing (CP), tratamento de dispositivos Device Handler (DH) e
processamento de sinais para periféricos Peripherical Processing (PP).
Controla o uso do multibarramento, estabelece as prioridades e faz a
supervisão de falhas nos dispositivos da SWU, reportando as mesmas ao
Servidor de Administração (ADP).
• Memory (MEM) ou memória: Compõe as memórias do sistema. São
memórias tipo Ramdom Access Memory (RAM), que contém o software de
operação da central.
• Data Communication Link (DCL) ou link de comunicação de dados: Fornece a
interface de sinalização entre o controlador e os estágios de linha/tronco da
LTG ou unidade SIU – Tones. Ele controla o fluxo de sinalização de linhas.
• Clock Generator (CG) ou gerador de tempo: Faz a geração dos sinais de
relógio de sincronismo para as placas da central. Pode operar de forma
síncrona ou isoladamente.
• Signaling Interface Unit (SIU) ou Unidade de sinalização: É usada para
recepção e interpretação de sinais usados nas chamadas. Fornece
25

mensagens de anúncio interno em diferentes idiomas, música interna em


caso de espera, controle de envio dos tons sonoros para sinalização acústica,
e além disso, contém os receptores de tom de seleção e receptores DTMF.

2.4.3 Funções do servidor da ADP

Dentre as funções específicas para ADP, as principais são:

• Gerenciamento da Base de Dados do cliente e sistema aplicativo do software;


• Carga inicial do sistema;
• Gerenciamento de reinicializações;
• Supervisão do funcionamento dos módulos do ADP;
• Controle do multibarramento interno;
• Controle da interface SCSI;
• Gerenciamento de bilhetes;
• Gerenciamento de alarmes e falhas;
• Interpretação dos comandos homem-máquina.

MEM – Funções de Memória para ADP:

Possui um barramento do tipo Small Computer System Interface (SCSI) ou


interface de sistema para micro-computadores. Possui 8 interfaces controladoras. Os
controladores 1 e 6 são usados para carregamento do sistema. Os dispositivos de
carga utilizados são Hard Disk (HD) e Mangnetic Optic Disk (MOD), se houver.

SIOP-V24: É utilizada para controlar as portas seriais. Existem como padrão


para o Hicom, quatro interfaces que podem ser utilizadas para conexão local ou
remota com periféricos externos, como por exemplo, emuladores de terminais ou
tarifadores.
26

2.4.4 Classificação das centrais Hicom.

As centrais Hicom podem ser classificadas conforme classe de hardware,


modelo de arquitetura e montagem, tipo de arquitetura e modo de operação. A
classe de hardware é utilizada para definir a classificação das centrais com relação
ao tipo de projeto. Exemplos:

• Classe H40 – Centrais de pequeno porte. Ex.: Hicom 310H


• Classe H80 – Centrais de médio porte modulares. Ex.: Hicom 330E e 353
• Classe H600 – Centrais de grande porte. Ex.: Hicom 350E, 372, 382
• Classe H3000 – Centrais de grandíssimo porte. Ex.: Hicom 392

O modelo de arquitetura e montagem é como são conhecidas as centrais


Hicom comercialmente. O modelo da central utilizada, para cada tipo de montagem,
e o tipo de arquitetura, define qual é a configuração de hardware utilizada para cada
modelo de central. Pode haver um modelo, com várias configurações de Hardware
diferentes (Tipo de Processador, Memórias, posição de inserção de placas, etc.)
O modo de operação, define o tipo de operação da central, com relação à
quantidade de comandos e processadores. Pode-se ter os seguintes modos de
operação:

• DUPLEX : Com comando redundante (CC-A + CC-B) e processadores tipo


DUAL. Válido para central 350E/350H
• SIMPLEX DUAL: Com comando simplex (CC-A) e processador tipo DUAL
(um para CC-A e um para ADP). Válido para central 350E / 350H.
• SIMPLEX MONO: Com comando simplex (CC-A) e monoprocessador (um
processador para ADP e CC-A). Válido para centrais 310E/310H, 330E/330H
e 350E/350H.

O PABX do projeto em questão é uma central da classe H600 de grande


porte modelo HICOM 350E em modo de operação SIMPLEX MONO.
27

2.4.5 Arquitetura Hicom 350E

A Hicom 350E pode administrar até 5760 portas. Sua arquitetura permite a
utilização de módulos com 16 e 24 portas. Cada LTU tem capacidade para 16
módulos e 384 portas e uma única central pode controlar até 15 LTUs. A figura 9
apresenta o PABX HICOM 350E do projeto. Existem duas bandejas de periferia,
conhecidas como LTU, a unidade PSDX (Power Source Device Exchange) que
contém a fonte de alimentação do PABX, e a bandeja de comando, na qual estão
inseridos o Hard Disk do PABX e as placas de comando.

Figura 9 – Tipo do bastidor da central (adaptado do Manual Hicom 350E)

A Line Trunk Unit (LTU) ou Unidade de linha/tronco de banda larga oferece


posições de montagem para dois módulos de alimentação sendo que nesse caso,
um deles é redundante. Caso apenas uma fonte de alimentação seja instalada, ela
sempre deve ser colocada no SLOT à direita. Possui dezesseis posições de
montagem, conhecidas como SLOTS, para módulos periféricos com até 24 portas,
suportando um total de 384 portas, na capacidade máxima (16 SLOT x 24 portas).
Cada LTU deve possuir um módulo de controle periférico, conhecido como LTUCE.
28

2.4.5.1 Funções dos módulos de comando central

DM4L – Processador Mono 486 LAN

O módulo é dividido em três blocos: o processador principal, a interface de


conexão V.24 e o processador de sinais. O processador principal unifica a
funcionalidade do processamento e entrada e saída de dados, ainda com acesso ao
barramento local e de sistema. Possui uma interface frontal V.24, utilizada para a
conexão do Dongle que é um dispositivo serial responsável pelo controle de licenças
do PABX. Esse módulo possui memória EPROM de 128kB, slots DIMM para
aumento ou substituição de memórias, display de sete segmentos, que é
responsável por mostrar o estado funcional do PABX, botão de reset, bateria para
não perder dados de data/hora e uma Interface SCSI, para conexão com o HD. O
processador de sinais envia tons de comando para os ramais analógicos.

QDCL – Enlace interno de comunicação de dados

O módulo QDCL (Quad Data Communication Link) representa a interface


entre a periferia e o processador de dados central DM4L do sistema Hicom 350 E. O
módulo QDCL possui 16 enlaces bidirecionais, sendo quinze enlaces com as LTUs
mais um enlace com o módulo SICOE.Possui dois LEDs, um vermelho e um verde,
que realizam a sinalização de alarmes do módulo.

MTSCG - Comutador temporal de memória e gerador de clock

A MTSCG (Memory Time Switch With Clock Generator) reune as funções de


uma matriz de comutação MTS64 ou MTS128 e gerador de clock de rede.
Este módulo compreende tanto as funções de interconexão de canais, para
as highways (vias de comunicação dos backplanes), quanto às funções de
alimentação de clock, para o sistema tais como a aplicação e sincronização dos
clocks de referência internos e externos. A seção MTS do módulo somente
disponibiliza os primeiros 2048 Time Slots (LTU 1 até LTU 7). Os 2048 Time Slots
restantes encontram-se na SICOE.
SICOE - Unidade de sinalização com conferência
29

A SICOE (Signaling Unit Plus Conference Extended) executa as seguintes


funções: aplicação de tons, receptor de tons audíveis (DTMF), receptor de sinais
MFC, música em espera (MOH), e chamadas de conferência, além de possuir a
expansão da matriz de comutação. A SICOE consiste em:
• Unidade de sinalização e conferência (SICO);
• Expansão da matriz de comutação (MTS).

A expansão da matriz só é utilizada em clientes que possuem mais do que


sete LTUs. Nesse caso, o módulo MTSCG faz a matriz de comutação das LTUs de
um a sete e a SICOE fica encarregada da matriz das LTUs de oito a quinze.

2.4.5.2 Módulos de alimentação

O esquema da central utiliza dois módulos de fonte de alimentação, um


módulo denominado LPC80 que faz a conversão de corrente alternada para corrente
contínua (230 VAC para -48 VDC) e um módulo de corrente contínua denominado
PSUP que fornece as tensões para cada periferia (5 VDC e 12 VDC). Ao invés de
um módulo CA/CC para cada periferia, deve ser usado um conector de estrape de
alimentação adicional para distribuir a alimentação de -48 VDC.

Figura 10 – Esquema de alimentação


30

2.4.6 Comandos MML (AMOs)

AMO ou Administration, Maintenance Order é o nome dado aos comandos do


HICOM 350E para tarefas de:

• Administração: programação de ramais, troncos, etc.


• Manutenção: verificação de avisos de falha, colocação em serviço, etc.
• Operação: ativação de facilidades, coleta de dados de tarifação, etc.

Para isso são introduzidos no terminal de serviço uma seqüência de


caracteres, que consiste em:
VERBO - AMO: PARAMETRO = VALOR, ...
Onde:

• VERBO: Usado para definir a ação a ser executada pelo sistema com relação
ao processamento ou à base de dados. Apresentam uma ação escrita em
inglês e que pode apresentar abreviação. As ações mais utilizadas são:

Tabela 2 - Descrição dos comandos disponíveis

• AMO: Define qual é a função ou objeto a ser tratado no comando, por


exemplo: ramal analógico (SCSU), hora e data (DATE), identificação de
ramais e senhas (PERSI), etc.
• PARÂMETROS: São compostos pelo nome de parâmetro e valor de
parâmetro. Os parâmetros são separados por vírgulas e podem ser
obrigatórios ou opcionais, dependendo do AMO. Pode haver mais de um valor
para cada parâmetro.
31

2.4.6.1 Síntaxe para entrada de AMO

O sinal de dois pontos ”:” é utilizado para separar o código de comando AMO
do bloco de parâmetros, o sinal de ponto e vírgula “;” é o caractere de terminação da
linha de comandos. Quando este é usado, os valores para qualquer parâmetro
opcional, que possam ser introduzidos na linha de comandos não são solicitados
pelo sistema. Para introduzir a linha de comando, devem-se pressionar a tecla
ENTER, dependendo do tipo de terminal.

2.4.6.2 Modos de entrada de comandos

Os comandos de programação da Hicom 350E podem ser dados de três


maneiras:

a) ORIENTADO POR PALAVRA-CHAVE (KEYWORD):


A sintaxe deste modo é estruturada da seguinte forma:
(VERBO-AMO:param.3=valor3,param1=valor1,param.N=valor n;)
Com a entrada orientada por palavra-chave, os parâmetros a serem
introduzidos são identificados através da introdução do parâmetro respectivo, ou
seja, como cada parâmetro está indicado com a sua palavra chave de identificação,
a seqüência na linha de entrada não é importante; qualquer ordem é possível. A
seguir, encontra-se um exemplo desta sintaxe:
CHANGE-PERSI:TYPE=NAME, NEWNAME="UTFPR",STNO=1005 ;

b) ORIENTADO POR POSIÇÃO:


A estrutura da sintaxe desse modo é da seguinte forma:
(VERBO-AMO:valor1,valor2,,,valor5;)
Consiste em uma seqüência de valores de parâmetros, cada qual separado
por uma vírgula. Neste caso não é necessária a atribuição da palavra-chave do
parâmetro, porém, a seqüência de entrada de parâmetros deve ser respeitada,
conforme verificado no exemplo abaixo:
CHANGE-PERSI:TYPE=NAME,STNO=1005,NEWNAME="UTFPR";
32

c) INTERATIVO
O terceiro modo de se entrar com os comandos no PABX deve seguir a
seguinte sintaxe: (VERBO-AMO).
Neste modo, há uma interação direta entre o operador e a central. Uma vez a
linha de comando com VERBO-AMO iniciada, serão solicitados certos parâmetros
para completar a tarefa desejada.
Se for introduzido um sinal de interrogação “?”, o sistema irá indicar todos os
valores possíveis de parâmetros. Caso o usuário entre com um parâmetro
obrigatório errado nos modos por posição orientada ou palavra-chave, o sistema
indicará uma falha e o sistema entrará no modo interativo. Apresenta-se a seguir um
exemplo desta sintaxe:
CHANGE-PERSI
TYPE=NAME
STNO=1005
NEWNAME="UTFPR";

Após digitar o primeiro comando, deve ser pressionada a tecla “enter” para
que a próxima pergunta seja feita pelo sistema. Para finalizar o comando, basta
digitar “;” e um “enter”.

2.4.6.3 Padrão de Síntaxe dos Comandos

Quando os AMOs se referem à configuração e comutação de dispositivos


periféricos da SWU, eles apresentam um formato padrão de sintaxe. Os AMOs de
configuração são utilizados quando é necessária a configuração de unidades (LTG,
LTU, SIU), placas e equipamentos (ramais, troncos, mesa operadora).
Os AMOs de comutação são utilizados quando é necessário a programação
de uma mudança de estado de unidades, placas e circuitos PEN (Part Equipment
Number). A estrutura de sintaxe é vista a seguir:
33

Figura 11 – Estrutura dos comandos (fonte Manual Hicom 350E)

Através dessa sintaxe, é possível entender o significado de grande parte dos


AMOS. Por exemplo, para adicionar um ramal analógico utiliza-se o comando: ADD-
SCSU, onde S significa Ramal analógico, C de configuração, e SU para módulo de
periferia. Essa regra vale para todos os comandos básicos do PABX.
34

3 INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO DO SISTEMA

3.1 LAYOUT DO LABORATÓRIO

Para a instalação do equipamento, foi necessária uma reorganização no


layout do laboratório. Esse layout foi preparado já se pensando na central sendo
utilizada para fins didáticos, ou seja, a central teria que ficar em um lugar de fácil
acesso aos alunos, tanto para acesso à parte frontal quanto traseira. Além disso, era
importante que houvesse um local para a montagem do distribuidor geral e uma
bancada para os aparelhos telefônicos instalados para testes.

Figura 12 – Disposição da central no laboratório


35

3.2 DISTRIBUIDOR GERAL

Tento em vista um melhoramento para a didática de ensino, todos os ramais e


troncos do PABX foram ligados de forma estruturada em um distribuidor geral (DG).
O acesso a ramais e troncos é feito através de patch panels conectados atrás
das placas do PABX. Para os ramais analógicos e digitais, temos Patch Panels com
24 portas, correspondentes a cada circuito dessas placas. Para os troncos
analógicos, o Patch Panel possui oito (8) portas, correspondentes a cada circuito de
tronco.

Figura 13 – Patch panel de 24 portas


36

Na saída de cada porta do Patch Panel, temos um conector RJ11. Na parte


do distribuidor geral, foram fixadas tomadas padrão RJ11 também, possibilitando a
conexão física entre duas portas através de um cabo de par metálico. Dessa forma,
a conexão, desconexão ou inversão de um ramal ou tronco ficou prática, facilitando
as aulas didáticas, e dando mais mobilidade aos alunos e ao professor.

3.3 CONFIGURAÇÃO DO HARD DISK DO PABX

O primeiro passo para a ativação de um PABX HICOM 350E é a configuração


do seu Hard Disk (HD), que contém a arquitetura da central e os dados básicos das
placas de comando.
O HD que era utilizado na central anteriormente precisou ser substituído por
apresentar problemas. Para isso, foi necessário montar um computador com
interface SCSI e o uso de um software proprietário da Siemens, denominado PCHI-
Tool.
Após a instalação do software foi necessário seguir os seguintes passos para
a geração do HD:

Figura 14 – Selecionando o destino


37

Primeiramente, foi necessário selecionar o arquivo padrão para a versão de


central em questão, no caso a HICOM 350E V2.0. Esse arquivo é gerado pela
fábrica da Siemens na Alemanha, e não pode ser alterado. Na opção language é
selecionada a linguagem da instalação, no caso o inglês.
Após as opções serem selecionadas conforme a figura deve-se confirmar a
escolha em “Take over”. O próximo passo é abrir o menu “special” e selecionar a
opção HDD Initializing:

Figura 15 – Formatação de HD

As seguintes opções serão mostradas:

Figura 16 – Selecionando a interface


38

Então basta selecionar a opção “HD/MOD connected” over SCSI e então em


“Standard-Init” e aguardar cerca de 1 hora até que a mensagem “Device is OK for
Hicom” apareça. Após esses passos, o HD estará pronto para receber os dados
padrões de inicialização.
Deve-se então selecionar a opção “Hicom-HD” e então HD->Restore,
conforme a figura:

Figura 17 – Seleção de software

A seguinte tela será exibida:

Figura 18 – Selecionando o software


39

Nesse passo, é necessário selecionar a versão do software que será


executado no PABX. Foi gravada a última versão disponível para o sistema Hicom
300 V2.0. Além disso, a opção “Init all areas” deve estar como “yes” para que todas
as áreas do HD já sejam ativadas após a instalação do software.
Após o OK, a seguinte tela será mostrada:

Figura 19 – Janela de status da gravação

Pode-se acompanhar a instalação e inicialização do HD. Todo o processo


demora em torno de 30 minutos para ser finalizado.

Figura 20 – Fim da gravação do HD

Então basta clicar em OK e o HD está pronto para ser conectado ao PABX.


40

3.4 ATIVAÇÃO DO TERMINAL DE SERVIÇO

Para a conexão do terminal de serviço (PC) com o PABX HICOM 350E, foi
utilizado um cabo DB9 fêmea/DB25 macho, configurado com a pinagem abaixo:

DB25 (macho) DB9 (fêmea)


2 3
3 2
4 7
5 8
6 6
7 5
8 1
20 4
22 9
Tabela 3 - Pinagem do cabo de conexão

A ponta DB9 deve ser conectada no terminal de serviço, e a outra ponta


(DB25) é conectada na porta 1 ou 2 do PABX HICOM 350E.
Além da conexão do cabo, foi necessária a utilização de um programa
proprietário da Siemens, o COMWIN. A instalação do aplicativo é bem simples.
Geralmente, esse software é disponibilizado via CD para o cliente que adquiriu o
equipamento, caso haja alguém apto a operá-lo. Para este projeto, o software foi
adquirido diretamente da Siemens. A versão utilizada foi a 5.0.89, a mais atualizada.
Este software deve ser instalado em uma máquina que possua Windows 98 ou
superior.
Feito a instalação, executou-se o ícone “connect”, localizado em
iniciar/programas/Hipath 4000 Expert Access/Connect, sendo aberta a tela mostrada
na figura 21.

Figura 21 - Tela inicial do COMWIN

O segundo passo foi criar uma conexão com o PABX, no caso através da

porta COM 1 ou 2. Clicando no ícone , a tela da figura 22 foi mostrada:


41

Figura 22 – Criação da conexão com o PABX.

Para a criação de uma nova conexão, foi necessário clicar no botão New.
Após clicar no botão New, a tela da figura 23 é disponibilizada:

Figura 23 – Configurando a porta serial

Nesta tela, deve-se escolher um nome para a conexão, nesse caso COM1, e
caso a versão do sistema que será utilizado já seja conhecida, pode-se seleciona-la
na opção System variant, mas isso não é obrigatório, pois na primeira conexão com
o sistema é possível rodar uma macro do próprio COMWIN para que a versão do
PABX seja verificada.
Para finalizar a criação da conexão, foram necessárias algumas
configurações na aba RMX/COM, conforme figura 24 a seguir:
42

Figura 24 – Aba de configuração RMX/COM

Em line, foi selecionada a porta do terminal de serviço que está conectada ao


PABX. Os parâmetros de transmissão não são obrigatórios, mas para o HICOM
350E, os padrões são os que estão demonstrados na figura. Taxa de transferência
de 4800bps, paridade impar, tamanho da palavra igual a sete (7) e bit de parada
igual a um (1). Pode-se selecionar a opção “Add to favorite list” para que a conexão
seja adicionada a lista principal na tela de abertura do COMWIN. Desta forma, basta
clicar na conexão criada para que a seção com o PABX HICOM 350E seja iniciada.
É importante que na primeira conexão, seja selecionada a opção
Macro/Retrieve System Variant, para que o COMWIN sincronize a sua versão com a
do PABX.

Figura 25 - Sincronismo entre COMWIN e PABX


43

3.5 ALTERAÇÃO DO HORÁRIO

Concluída a ativação do terminal de serviço, foi definido o horário correto para


o PABX, pois enquanto uma data válida não for inserida, todos os comandos de
SWU (periferia) ficam bloqueados.
Para alterar o horário do PABX, executou-se o seguinte comando:
CHANGE-DATE:YEAR=2007,MONTH=04,DAY=22,HOUR=12,MINUTE=00,SECOND=30;

3.6 CONFIGURAÇÃO DE LICENCIAMENTO

Os pacotes de facilidades da HICOM 350E são protegidos por um dongle,


dispositivo conectado na serial frontal da placa de comando DM4L e por um código
de liberação (CODEWORD). Este código é combinado com o dongle, e verifica as
quantidades e facilidades adquiridas. Como a central do projeto foi doada pela
Siemens, utilizamos o CODEWORD que já possuía algumas licenças liberadas.
Para adicionar o codeword à HICOM 350E, foi utilizado o seguinte comando:
ADD-CODEW: CODEW1="XXXX",CODEW2="XXXX";

O codeword é enviado junto com o sistema e inserido através de um disquete


para liberação dos pacotes. Um novo codeword será necessário, caso sejam
requeridas mais licenças. Se as licenças forem excedidas, os comandos serão
bloqueados. A comercialização das facilidades é efetuada através de pacotes.
O código é dividido em duas partes, CODEW1 e CODEW2, e será fornecido
diretamente ao responsável pelo laboratório, pois é o código mais importante do
sistema. Sem ele, nada funciona.
44

Figura 26 – Chave da central por hardware (dongle)

A central utilizada no projeto possui as licenças descritas na tabela 4, que


podem ser verificadas através do comando “DIS-CODEW;”.
+-----------------------------------------------------+-------+-------+-------+
| | | | |
| UNIT | CON- | USED | FREE |
| | TRACT | | |
+-----------------------------------------------------+-------+-------+-------+
| OPERATING SYSTEM SOFTWARE VERSION 2.0 | 648 | 74 | 574 |
| BASIC SUBSCRIBER PACKAGE V1.0 | 560 | 6 | 554 |
| CO TRUNKS V1.0 | 68 | 68 | 0 |
| ATTENDANT CONSOLE V1.0 | 1 | 1 | 0 |
+-----------------------------------------------------------------------------+
Tabela 4 – Licenças do PABX

A licença de “Operating System Software Version 2.0” mostra o total de


licenças do PABX. Em “Basic Subscriber Package V1.0” é demonstrado o número
de licenças utilizado e disponível para criação de ramais analógicos e digitais. Para
a criação de troncos analógicos e digitais, é necessário licenças “CO Trunks V1.0”, e
por último, há uma licença para a criação de mesa de telefonista, “ Attendant
Console V1.0”, não utilizada neste projeto devido a falta da placa necessária para a
configuração da mesa disponível.
45

3.6.1 Configuração de usuários.

O acesso à programação do sistema somente pode ser obtido através de uma


identificação de usuário válida. O usuário deve identificar-se através do nome de
usuário e senha. Durante o registro dos comandos MML, o número de identificação
da ID (ID de usuário = UID) que está chamando os comandos é registrado. Um
usuário com ID de administrador de sistema pode administrar outros usuários.
Duas IDS de usuários são inicializadas na base de dados padrão da central:
1. ROOT com senha XXXXX (senha repassada ao professor orientador)
2. LROOT com senha XXXXXXX
Para impossibilitar o uso das IDs inicializadas por pessoas não-autorizadas,
as senhas com as IDs ROOT e LROOT devem ser mudadas imediatamente depois
de uma ativação em um cliente.
Novas IDs de usuário podem ser configuradas através do AMO USER. A
quantidade máxima de IDS é 40.
A identidade do usuário é definida através do nome do usuário (também
chamado ID de usuário ou nome de login), que pode ter um máximo de 8 caracteres
(maiúsculas, dígitos, e caracteres especiais em qualquer combinação). O nome não
deve ser ambíguo e deve ser atribuído apenas uma vez. O usuário irá então efetuar
o login usando este nome de usuário.
O administrador do sistema atribui e também modifica se necessário, os
nomes de usuário, em comum acordo com os usuários. Cada usuário deve ter o seu
próprio ID. Isto ajuda nos casos de acesso não-autorizado, a determinar qual ID de
usuário foi usado para a tentativa de acesso.
O administrador do sistema deve atribuir um ou mais direitos executivos
(também conhecidos como classes) para cada ID de usuário. Estes direitos
permitem ao usuário executar determinados comandos MML (ações AMO). A figura
27 apresenta os níveis de atribuição de direitos possíveis. O direito mais baixo é
Zero (0). Direitos maiores que dez (10) são reservados para usuários especiais e
apenas podem ser atribuídos por LROOT.
46

Figura 27 – Atribuição de direitos

Cada VERBO-AMO do PABX HICOM 350E possui uma classe. Um usuário


pode executar um comando apenas se a classe de AMO estiver contida no seu
catálogo de direitos executivos.
Se os direitos forem insuficientes, uma mensagem de erro é apresentada e a
ação do AMO não é executada. A ação apenas pode ser realizada se for usada uma
ID de usuário com os direitos necessários.
O administrador do sistema pode modificar as classes de comando através do
AMO AUTH.
Foram programados dois usuários, através dos comandos:
ADD-USER:NAME="UTFPR",PASSW="XXXXX",AUTH=10,OPTIONS=C&E&P&T,
RETRIES=99;
ADD-USER:NAME="ALUNO",PASSW="XXXXXX",AUTH=8,OPTIONS=C&E&P&T,
RETRIES=99;

Sendo que o primeiro usuário será utilizado pelo professor, e o segundo pelos
alunos.
Nestes comandos, o parâmetro AUTH indica o direito que o usuário possui
para acesso aos AMOS. O parâmetro OPTIONS= C&E&P&T indica:
- C: Usuário pode trocar seu próprio password.
- E: Usuário pode ser deletado.
- P: O password sempre é requerido para uma conexão do usuário.
- T: Desconexão após certo período de inatividade do usuário.
47

3.7 CONFIGURAÇÃO DOS BASTIDORES DE PERIFERIA

A central HICOM 350E utilizada no projeto possui três bastidores (LTUs),


sendo o primeiro utilizado apenas para placas de comando, e os outros dois para
periferia, onde se encontram as demais placas do PABX.
Após a ativação do comando, foram definidas as posições das placas de
periferia. Essa definição foi feita pelos próprios alunos, seguindo alguns padrões
recomendados pelo manual de instalação da HICOM 350E.
O AMO utilizado para a criação de módulos de periferia é o BCSU. Através da
opção de Display do AMO BCSU, é possível verificar a posição de cada placa
configurada, além de ser possível verificar se uma placa está ativa ou não.
Quando um módulo é programado na base de dados de SWU (periféricos do
PABX), basta conectá-lo no SLOT correto do PABX para que ele seja carregado e
colocado em serviço. Para a criação das placas foi utilizado o comando “ADD-
BCSU”, seguindo os parâmetros específicos de cada placa, que serão explicados
logo abaixo.
Um display da ocupação deste bastidor é mostrado na figura 28. Este display
foi obtido através do comando “DIS-BCSU:TBL”

Figura 28 - Configuração do Primeiro bastidor

O primeiro bastidor de periferia está configurado com apenas três módulos


mais um módulo de alimentação. O RG no slot 19, a LTUCE instalada no slot 73 e a
SIUX, instalada no slot 121. O slot 127 é a posição da fonte de alimentação do
bastidor, conhecida como PSUP.
O RG (Gerador de Ring) é o módulo responsável por gerar o ring dos ramais
analógicos. O gerador de corrente de chamada gera tensão alternada de 65V ou
48

85V com as freqüências de 25 Hz ou 50 Hz para corrente de chamada em ramais


analógicos ou para sinalização CA no tráfego de ligação.
O modo de operação e a tensão desejada (65V ou 85V) devem ser
configurados na hora da criação da placa.
Só pode ser configurado um módulo RG por bastidor, e os slots próprios para
esses módulos são o slot 19 ou 121.
Para a criação do módulo RG, foi utilizado o seguinte comando:
ADD-BCSU:MTYPE=RG,LTG=1,LTU=1,SLOT=19,PARTNO="Q2058-
X",OPMODE=UN25H65V;

Através do parâmetro OPMODE é possível selecionar a freqüência e tensão


de operação do módulo. Nesse caso, está sendo utilizada a freqüência de 25 Hz
com uma tensão 65 volts.
O módulo LTUCE é a interface entre as partes central e periférica do sistema.
Este módulo seleciona os sinais a partir do controle comum ativo e os distribui no
sub-bastidor LTU. Um bastidor só pode ser ativado através da configuração da placa
LTUCE. Ela deve ser configurada sempre no SLOT 73 do PABX HICOM 350E, e é
uma das poucas placas que não é Hot Swap, ou seja, não pode ser
colocada/retirada com a alimentação ligada. O comando necessário para a ativação
de um bastidor é o seguinte:
ADD-UCSU:UNIT=LTU,LTG=1,LTU=2,LTPARTNO="Q2248-X";

Onde:
- LTG: Número do sistema. Geralmente é 1.
- LTU: Número do bastidor.
- LTPARTNO: Número de Identificação do módulo LTUC.

O módulo SIUX é utilizado para a sinalização de periferia com função


programável através de comando. Ele possui oito (8) receptores de DTMF
(sinalização multifrequencial de telefone) e oito (8) circuitos receptores/emissores de
MFC (multifrequencial compelido para DDR) onde podem ser definidos, por exemplo:
4 circuitos de sinais para trás e 4 circuitos de sinais para frente, para sinalização
com a central pública.
49

O segundo bastidor foi equipado com os seguintes módulos, RG, SLMO,


SIUX, SLMA, LTUCE, DIUC, TMCOW e SIUX, além de um módulo de alimentação
PSUP.
O display com a ocupação desse bastidor é apresentado na figura 29.

Figura 29 - Configuração do segundo bastidor

O módulo SLMO24 é utilizado para a programação de ramais digitais, e


alguns modelos de mesa de telefonista. Possui 24 circuitos 2B+D (protocolo Up0/E).
Para a criação deste módulo, foi utilizado o seguinte comando:
ADD-BCSU:MTYPE=PER,LTG=1,LTU=2,SLOT=37,PARTNO="Q2168-X";

Os ramais analógicos são programados no PABX no módulo SLMA24. Este


módulo possui 24 circuitos a dois fios (a/b). O comando utilizado para a criação
desse módulo foi:
ADD-BCSU:MTYPE=PER,LTG=1,LTU=2,SLOT=67,PARTNO="Q2246-X";

A DIUC é o módulo para troncos E1 com sinalização associada a canal


(CAS). Utiliza E&M digital ou R2 digital para sinalização de linha e DTMF ou MFC-R2
para sinalização de registro. Essa placa possui a capacidade para 2 feixes de
2Mbits/s ou 2*30B+ D (60 canais digitais).
O comando utilizado para a programação desse módulo foi:
ADD-BCSU:MTYPE=DIU,LTG=1,LTU=2,SLOT=79,PARTNO="Q2185-X",
LWPAR1=1,FIDX1=1,LWPAR2=1, FIDX2=1,FCTID=0;

Os parâmetros foram selecionados conforme o manual, para a configuração


de uma DIU para ser utilizada no Brasil.
No módulo DIU, foi utilizado um conector costa a costa, proprietário da
Siemens, para a simulação da ocupação de um LINK E1, conforme figura 30.
50

Figura 30 – Loop traseiro da DIUC

A placa TMCOW WA é um módulo de tronco bidirecional, com capacidade de


até 8 circuitos analógicos, não DDR. Este módulo utiliza sinalização de linha do tipo
loop DC.
O comando utilizado para a programação desse módulo foi:
ADD-BCSU:MTYPE=PER,LTG=1,LTU=2,SLOT=109,PARTNO="Q2288-X310",
FCTID=0,LWVAR="Q";

Onde:
- FCTID: Tipo de protocolo de sinalização com a pública. Para o Brasil, o valor
sempre será “0”(Zero).
- LWVAR: Parâmetro utilizado para o carregamento de informações padrões, que
pode diferir para cada pais. No Brasil sempre deve ser utilizado o padrão “Q” (Norma
do fabricante).
O módulo de sinalização SIUX foi configurado para operação de sinalização
com a central pública. Também chamada de SIU tipo 3, sua configuração foi
realizada por meio do seguinte comando:
51

ADD-BCSU:MTYPE=SIUP,LTG=1,LTU=2,SLOT=121,PARTNO="Q2233-X",
MFCTYPE=R2B&R2F&R2B&R2F&R2B&R2F&R2B&R2F,LWVAR="0",FCTID=3;

No parâmetro MFCTYPE é selecionado o tipo de troca de sinalização com a


publica. O parâmetro FCTID é o que indica o modo de operação do módulo SIU.
Nesse caso, está sendo utilizada a função três (3) (sinalização com a central
pública).
Um módulo de periferia pode ser adicionado a qualquer momento no PABX,
mas geralmente uma ampliação necessita de uma avaliação técnica para que seja
verificado se a central suporta a ampliação ou não.

3.8 CONFIGURAÇÃO DO SISTEMA

Após a ativação do licenciamento e da criação dos módulos, a configuração


sistêmica pode ser realizada.

3.8.1 Alocação de Memória

Todas as facilidades do PABX HICOM 350E dependem de uma alocação de


memória, que deve ser feita através do AMO DIMSU. Este AMO permite ao
administrador criar e alterar as alocações de memória da base de dados para
satisfazer as necessidades de um cliente em particular. Esta facilidade de
administração flexível de memória é conhecida como FLEXAMA.
Como nesse projeto a central será utilizada somente para testes de
laboratório, foi utilizado o comando “EXEC-DIMSU”, que faz o alocamento
automático da memória conforme a arquitetura selecionada.
Com o comando “DIS-DIMSU”, é possível verificar a quantidade de memória
alocada para cada facilidade do sistema.
52

3.8.2 Facilidades sistêmicas

Através do AMO FEASU, as facilidades em nível de sistema (CM) podem ser


ativadas ou bloqueadas. Para ativar uma facilidade no sistema, deve-se utilizar o
seguinte comando:
CHANGE-FEASU:TYPE=A,CM=DND;

Onde o “TYPE” pode ser A, para ativar a facilidade, e D para desativar a


facilidade. Em “CM”, são selecionadas as facilidades que devem ser ativadas.
Nesse caso, a facilidade de “não perturbe” está sendo ativada
Algumas das facilidades liberadas neste projeto:
• CBK – Rechamada.
• DND - Não Perturbe.
• PU - Captura de chamada.
• CONF3 – Conferência a três.
• DSS – Chamada direta a um ramal através de tecla de ramal digital.
• FWDVCE – Desvio
• SNR – Salva o último número discado

Dados do sistema

Através do AMO ZAND, é possível modificar, consultar e regenerar os dados


do sistema central. Os dados estão divididos em 22 tipos. No AMO ZAND são
definidos todos os dados do sistema central que não se encontram no AMO FEASU.
Nesse AMO, é realizada grande parte das configurações de ramais digitais,
tons do sistema, tipo de música em espera, ajustes específicos no tipo de
sinalização com a central pública (que varia em cada país), liberação para
transferência de ligações, entre outros.
Através do parâmetro LCR, são liberadas as classes de serviço para os
ramais. São as classes de serviço que determinam o nível de autorização de um
ramal para ocupar uma rota de saída.
No AMO ZAND é selecionado também a linguagem de display dos ramais
digitais. Nesse projeto foi utilizado o português. O comando utilizado foi o seguinte:
53

CHANGE-ZAND:TYPE=OPTISET,LANGID=PORTUG;

Temporizadores.

O PABX HICOM 350E trabalha com temporizadores programados através do


AMO PTIME. No PTIME, é possível ajustar, por exemplo, os tempos de pulsos E&M
e parâmetros de funcionamento como o bloqueio de chamadas a cobrar DDC. Além
disso, neste AMO são configurados os tempos mínimo e máximo de flash para os
ramais analógicos, bem como os tempos para detecção de “ONHOOK”.
Grande parte dos parâmetros do PTIME já vem configurado de forma
sistêmica na HICOM 350E, ou seja, são carregados juntamente com a ativação do
PABX. Conforme a necessidade é possível alterar as tabelas de PTIME, para que
aparelhos de diferentes fabricantes funcionem com o equipamento, bem como
ajustes de temporização para os troncos analógicos, que podem variar a cada
versão da placa TMCOW. Os parâmetros alterados serão vistos no capítulo 4.3.

3.8.3 Configuração da tabela MFC

Para a identificação das ligações de saída, é necessário configurar as tabelas


MFC, utilizando o AMO MFCTA.
No MFCTA, é programado o número que será enviado a central pública, a
quantidade de dígitos que serão enviados, e alguns parâmetros de identificação.
Os seguintes parâmetros foram configurados:
CHANGE-MFCTA:MFCVAR=2,TYPE=MFCVAR,PAR=IDBEFBS&CATTOID;
CHANGE-MFCTA:MFCVAR=2 ,PABXID=3350,BSDIRNO=33501000,
BSDIRCNT=8,FILLCHAR=0;

Onde:
- MFCVAR: Número da tabela no MFCTA. Podem ser programadas até 10 tabelas
diferentes.
- PAR: Parâmetros de MFC. Nesse caso, IDBEFBS e CATTOID estão setados.
Esses parâmetros servem para que a central envie a identificação do ramal
54

chamador e para que o número possa ser reconhecido por quem estiver recebendo
a ligação através de dispositivos como um BINA ou um ramal digital.
- PABXID: É o prefixo piloto do PABX.
- BSDIRNO: É o número piloto do PABX, geralmente associado a uma mesa de
telefonista.
- BSDIRCNT: Quantidade de caracteres que o número do PABX deve possuir,
somando o prefixo e o ramal.
- FILLCHAR: Caractere de preenchimento, ou seja, sempre que o número mínimo de
dígitos não for atendido, a central automaticamente preenche o número com esse
caractere.
55

4 PLANO DE SELEÇÃO PARA ANÁLISE DE DÍGITOS

A análise de dígitos é feita compreendendo um plano de numeração geral


DPLN (Dial Plan Number) e um dos 16 grupos DPLN, conforme demonstra a tabela
abaixo:

Tabela 5 – Seleção para análise de dígitos

Através do AMO WABE, é possível configurar as faixas de ramais, códigos de


facilidades, códigos de acesso ao tronco, etc.
O DPLN pode ser utilizado para a “divisão” de um único PABX para diversas
empresas. Através da diferenciação via DPLN, é possível atribuir rotas de saída,
facilidades e planos de numeração diferentes, sem que exista conflito entre as
configurações.
Neste projeto, estão sendo utilizadas a DPLN zero (0) e um (1).
56

4.1 CONFIGURAÇÃO DE DÍGITOS

O PABX HICOM 350E realiza a análise de dígitos conforme programações no


AMO WABE.
A faixa de ramal escolhida para o projeto foi do ramal 1000 até o ramal 1999.
Para a programação dessa faixa foi utilizado o seguinte comando:
ADD-WABE:CD=1000&&1999,DAR=STN;

Onde CD é o código ou faixa de ramal a ser criada, os dígitos “&&” indicam


que toda a faixa de 1000 à 1999 deve ser criada com a variável (DAR) igual a STN,
ou seja, ramais. Dessa forma, qualquer ramal, analógico, digital ou até mesmo mesa
de telefonista pode ser configurado em seus respectivos AMOS.

4.1.2 Facilidades criadas

A criação dos códigos de facilidade do sistema é realizada também através do


WABE, seguindo o mesmo principio da criação dos ramais. Grande parte das
facilidades deve ter um código para ativação e um para desativação. Por padrão, foi
decidido utilizar sempre “* + número” para ativar uma facilidade e “# + número” para
desativá-la.
É importante observar que a partir do momento que utilizamos um número
especifico para uma facilidade, os demais números que poderiam gerar conflitos não
podem ser utilizados. Por exemplo, caso seja criado o código “2” para alguma
facilidade, não será permitido criar nenhum código ou ramal iniciado com “2”. Por
isso é importante analisar bem antes da criação de um novo código.
As seguintes facilidades foram criadas no PABX:

• Desvio variável através de ramal analógico e digital: Ativado através do


código “*1 + destino” em um ramal analógico, e através do menu de serviço
nos ramais digitais. Quando um ramal está com o desvio variável ativo, todas
as ligações são desviadas automaticamente para o destino programado. Para
desativá-lo, basta pressionar “#1”.
Para programar o código são necessários os seguintes comandos:
57

ADD-WABE:CD=*1,DAR=AFWDVCE;
ADD-WABE:CD=#1,DAR=DFWDVCE;

• Desvio Diferido: Também conhecido como desvio em caso de não


atendimento, é ativado através do código “*46+ destino”, e desativado através
do código “#46”. O ramal continua recebendo ligações normalmente, mas
após cerca de quatro (4) toques, a ligação vai para o próximo destino. Para
programar o código são necessários os seguintes comandos:
ADD-WABE:CD=*46,DAR=AFFWDVCE;
ADD-WABE:CD=#46,DAR=DFFWDVCE;

• Conferência a três: Pode ser ativada em ramal analógico, seguindo o


seguinte método: Deve-se discar o primeiro ramal que irá participar da
conferência, deixá-lo na espera (através da tecla flash), então discar para o
segundo número e também deixá-lo na espera. Após isso, é necessário
discar o código “*3” referente a ativação da conferência. Feito isso, os 3
números estarão em conversa simultaneamente. Para ativar a conferência de
um ramal digital, basta navegar no menu de serviço até a opção conferência,
após deixar a primeira ligação em espera.Para programar o código são
necessários os seguintes comandos:
ADD-WABE:CD=*3,DAR=CONF3;

A conferência não possui um código para desativação, basta que um dos


envolvidos que não seja o gerador da conferência desligue que automaticamente a
conferência será desfeita. Nos ramais digitais, é possível selecionar a ligação que irá
ser desconectada da transferência, através dos números do teclado (1, 2 ou 3).

• Rechamada: Nos ramais analógicos, a rechamada é ativada através do


código “*44”. Para ativá-la, basta discar para um ramal e caso esse ramal
esteja ocupado, basta discar o código “*44”. Dessa maneira, assim que o
ramal estiver disponível, o chamador será avisado. Para ramais digitais, a
rechamada é ativada diretamente no aparelho, através da tecla de
confirmação. A programação da facilidade é realizada através do seguinte
comando:
ADD-WABE:CD=*44,DAR=ACBK;
58

• Salvar último número discado: É possível salvar o último número que foi
discado. Essa facilidade geralmente é utilizada após se discar para um ramal
e este estar ocupado. Nos ramais analógicos é necessário digitar o código
“*45” após receber o tom de ocupado. Para rediscar esse número basta retirar
o monofone do gancho e digitar novamente o código “*45”. Nos ramais
digitais, geralmente é programado uma tecla especifica para fazer esse tipo
de rediscagem, a tecla SNR. Para a criação dessa facilidade foi utilizado o
seguinte comando:
ADD-WABE:CD=*45,DAR=SNR;

• Bloqueio contra chamadas (Não perturbe): Essa facilidade permite que um


ramal não receba ligações internas enquanto ela estiver ativa. O Código
programado para a ativação foi “*41” e para desativação desta facilidade é
necessário digitar “#41”. Nos ramais digitais, é possível programar uma tecla
para a ação de ativar e desativar o não perturbe, a tecla DND.
ADD-WABE:CD=*41,DAR=ADND;
ADD-WABE:CD=#41,DAR=DDND;

• Rediscagem do último número: Muito parecida com a facilidade de salvar o


último número discado, com essa facilidade de rediscagem é possível repetir
a discagem do último número digitado no teclado do aparelho. Para realizar a
rediscagem, basta digitar nos aparelhos analógicos ou digitais o código “##”.
Para adicionar essa facilidade ao sistema, foi utilizado o comando:
ADD-WABE:CD=##,DAR=LNR;

• Captura de chamadas: A captura de chamadas permite que um ramal que


esteja programado em determinado grupo possa “puxar” ligações entrantes
de outros ramais. O código utilizado para está facilidade foi “**”. Nos ramais
digitais é possível visualizar o número de quem está chamando algum ramal
do grupo, e também pode ser programada uma tecla para a captura, a tecla
PU. Para adicionar o código de captura de chamadas, a programação foi a
seguinte:
ADD-WABE:CD=**,DAR=PU;
59

Para inserir um ramal em um grupo de captura é necessária a programação


do AMO “AUN”. Através desse AMO pode-se programar os ramais que irão fazer
parte do grupo de captura, além de ser possível configurar o tipo de sinalização para
chamadas no grupo. Foi criado um grupo entre os ramais 1001 e 1002, através do
seguinte comando:
ADD-AUN:GRNO=1,STNO=1001&1002,DISTNO=Y,NOTRNG=PERIOD1,
PUSECOND=N;

Onde GRNO é o número do grupo e STNO são os ramais que farão parte
deste grupo. Em DISTNO é possível selecionar se o grupo de captura poderá
visualizar o número que está discando para outro ramal, NOTRNG é o tipo de
sinalização nos ramais digitais, onde PERIOD1 significa que haverá apenas uma
sinalização de tom de um toque em períodos espaçados, e por fim, o parâmetro
PUSECOND determina se será possível capturar a segunda chamada de um ramal
que esteja no grupo ou não.

• Grupo de Consecutivo: O grupo de consecutivo permite que um grupo de


ramais possua uma busca automática de ligações. Nesse caso, é programada
uma seqüência especifica para que os ramais toquem, em caso de não
atendimento ou de um ramal estar ocupado. O AMO utilizado para a
configuração dos grupos de consecutivo é o SA. Foi configurado um grupo de
consecutivo entre os ramais, 1006, 1001 e 1002, através do seguinte
comando:
ADD-SA:TYPE=VCE,CD=1006,STNO=1006&1001&1002,STYPE=LIN,CQMAX=0,
NAME="LINEAR";

Onde, TYPE é o tipo de dispositivo (nesse caso, VCE, ou seja, um dispositivo


de voz), CD é o piloto do grupo, logo o grupo de consecutivo irá funcionar na
seqüência programada somente se o ramal 1006 estiver recebendo a ligação. Em
STNO são configurados os ramais que farão parte do grupo. É importante colocar os
ramais na ordem desejada, pois o grupo seguirá a ordem programada nesse
parâmetro. O parâmetro STYPE determina se o grupo é Cíclico (CYC) ou Linear
(LIN). Caso seja cíclico, a ordem seguida será sempre diferente, e no caso de linear,
seguirá a ordem programada em STNO. CQMAX determina o número máximo da fila
60

de espera do grupo. Nesse caso não foi programado nenhuma fila de espera. E por
último, em NAME é possível adicionar um nome ao grupo.
Nesse exemplo, caso seja realizada uma ligação para o ramal 1006 e este
esteja ocupado ou não atenda após 4 toques, a ligação irá automaticamente para o
ramal 1001, e assim por diante.

4.2 CATEGORIZAÇÃO DE RAMAIS PARA ACESSO À TRONCO

4.2.1 Categorias para acesso a troncos

Para se definir as autorizações que um ramal irá possuir para acesso aos
troncos de centrais públicas ou TIE-LINES (linhas de outros PABX), existem dois
tipos de classes de serviço (COS), a COS1, ou diurna e a COS2, ou noturna. Neste
projeto, foi utilizado a configuração de quatro (4) COS, sendo as COS 1 e 2
utilizadas para ramais analógicos e as COS 3 e 4 para ramais digitais. A
configuração das COS é feita através do comando ADD-COSSU. As COS para
ramais analógicos foram programadas através dos comandos:
ADD-COSSU:NEWCOS=1,AVCE=TA&REVCHA&COSXCD&VCE;
ADD-COSSU:NEWCOS=2,AVCE=RTA&REVCHA&&COSXCD&VCE;

Em NEWCOS, deve ser selecionado o número da nova COS (entre 1 e 1000),


e em AVCE são determinados os parâmetros que serão adicionados àquela COS
especifica. Nesse caso, a COS1 possui acesso a troncos (TA), pode receber
ligações a cobrar (REVCHA), aceita a programação de cadeado eletrônico
(COSXCD),e possui acesso para conversação (VCE). A única diferença da COS2 é
que ela não possui acesso a troncos (RTA), sendo assim, geralmente essa é a COS
noturna.
As classes de serviço são atribuídas nos ramais analógicos através do
comando:
CHANGE-SCSU:STNO=1001,COS1=1,COS2=2;

E para ramais digitais é através do comando:


CHANGE-SBCSU:STNO=1006,COS1=4,COS2=5;
61

Sendo que a COS1 é a classe de serviço diurna, ou seja, sem cadeado


eletrônico e a COS2 é a classe de serviço noturna ou com cadeado eletrônico.
Somente uma das classes COS1 ou COS2 fica ativa de cada vez.
Além da COS, existe um segundo nível de autorização que um ramal deve
possuir para ter acesso aos troncos. Esse segundo nível é conhecido como LCOSV.
O PABX HICOM 350E possui até 32 níveis de LCOSV, configurados no AMO
COSSU. Para este projeto foram programadas 6 LCOSV, com as seguintes
categorias:

- LCOSV = 1 : Restrita. Não possui acesso a troncos de saída.


- LCOSV = 2: Liberada para ligações locais.
- LCOSV = 3: Liberada para ligações locais e celulares.
- LCOSV= 4: Liberada para ligações locais, celulares e DDD.
- LCOSV = 5: Liberada para ligações locais, celulares, DDD e DDI.
- LCOSV =10: Liberada para todo tipo de ligação. Utilizada apenas para os troncos.
A configuração das LCOSV foi realizada através dos comandos:
CHANGE-COSSU:TYPE=LCOSV,LCOSV=1,ALCR=1;
CHANGE-COSSU:TYPE=LCOSV,LCOSV=2,ALCR=1&&2&10;
CHANGE-COSSU:TYPE=LCOSV,LCOSV=3,ALCR=1&&3&10;
CHANGE-COSSU:TYPE=LCOSV,LCOSV=4,ALCR=1&&4&10;
CHANGE-COSSU:TYPE=LCOSV,LCOSV=5,ALCR=1&&5&10;
CHANGE-COSSU:TYPE=LCOSV,LCOSV=10,ALCR=1&&64;

Onde em ALCR são ativados os níveis de autorização da LCOSV, e


consequentemente, do ramal que estiver utilizando esta LCOS. Quanto mais baixo o
nível, mais restrito é o ramal. Esses níveis de autorização são conhecidos como
LAUTH.
62

4.3 CONFIGURAÇÃO DOS TRONCOS DE SAÍDA

Antes da criação dos troncos foi necessária a criação de grupos de troncos


através do comando BUEND e a categorização de parâmetros relacionados à
troncos com os comandos COP e COT. Foram criados dois grupos de tronco, um
para troncos digitais do módulo DIUC (grupo de tronco 1) e outro para os troncos
analógicos da TMCOW (grupo de tronco 2), com os comandos:
ADD-BUEND:TGRP=1,NAME="LOOP DIUC",NO=64;
ADD-BUEND:TGRP=2,NAME="LINHASANALOGICAS ",NO=8;

Sendo que o parâmetro “NAME” determina o nome do grupo de troncos, e


“NO” é o número máximo de circuitos de troncos que podem ser adicionados nesse
grupo.
O AMO-TACSU é utilizado para configuração de troncos analógicos e digitais.
Os parâmetros utilizados na configuração e os respectivos significados estão
descritos a seguir:

- PEN: Indica a posição do circuito no PABX (central-bandeja-slot-circuito).


- COP: Classifica os parâmetros relacionados a troncos em categorias. Nele
determinamos se o tronco será restrito ou terá acesso total, e os tipos de sinalização
que ele enviará para a publica, como por exemplo, a sinalização de desconexão.
- COT: Responsável pela classificação das facilidades de linha relacionadas ao
processamento de chamadas em categorias, como por exemplo, a identificação do
assinante, ativação de chamada em espera no mesmo tronco, se possui sinalização
MFC ou não, entre outros.
- COS: Classe de Serviço. Facilidades que podem ser ativadas no tronco.
- LCOSV: Utilizado como segundo nível de bloqueio de categoria. Através do
parâmetro, é possível selecionar o tipo de ligações que o tronco irá fazer.
Geralmente, os troncos são liberados para todo tipo de ligação, e os bloqueios de
categorias são realizados a nível de ramal.
- TGRP: Grupo de tronco, configurado no AMO BUEND.
- CCT: Nome do Circuito.
- DEV: Tipo de dispositivo. Nesse campo é selecionado se o tronco é analógico ou
digital, e o tipo de módulo que está conectado.
63

- MFCVAR: Tabela de MFC utilizada. Essa tabela deve ser configurada no AMO
MFCTA.
- CIRCIDX: Temporizadores do tronco. Configurados no AMO PTIME.
- DIALTYPE: Tipo de discagem para o tráfego entrante e sainte.

4.3.1 Configuração de Tronco Analógico

O tronco analógico foi criado com os seguintes parâmetros:


ADD-TACSU:PEN=1-2-109-0,COTNO=2,COPNO=2,DPLN=0,ITR=0,COS=2,LCOSV=1,
TGRP=2,CCT="LINHA01",DEVTYPE=TC,DEV=BWA,MFCVAR=2,CIRCIDX=6,
DIALTYPE=MOSIG-DTMF;

COTNO vincula o tronco com a categoria criada pelo AMO COP, enquanto
COPNO vincula o tronco à categoria criada pelo AMO COP. O tronco foi criado com
o plano de discagem 0 através do parâmetro DPLN com ITR=0 e classe de serviço
igual a 2, nível de bloqueio (LCOSV) igual a 1. Como o tronco é analógico, foi
atribuído ao grupo de tronco 2, através de TGRP. Poderia ser configurado o nome
do circuito em CCT. As demais configurações definem padrão de discagem,
identificação de circuito e tipo de dispositivo.

4.3.2 Configuração de tronco digital.

Todos os sistemas com conexões digitais a outros sistemas Hicom ou à


central pública precisam ter um clock sincronizado. Por esta razão, todos os
sistemas Hicom possuem um gerador de clock que é sincronizado aos circuitos de
linha, que por sua vez oferecem o clock com a maior qualidade. Essa configuração é
realizada através do AMO REFTA. A configuração realizada no PABX foi a seguinte:
ADD-REFTA:TYPE=CIRCUIT,PEN=1-2-79-0,PRI=0;
ADD-REFTA:TYPE=CIRCUIT,PEN=1-2-79-32,PRI=90;
64

O parâmetro PRI é o que determina qual circuito será máster ou slave.


Sempre o que tiver o menor número nesse parâmetro será a referência de clock.
Nesse caso, o circuito configurado na PEN 1-2-79-0 é a referência de clock.
Para adicionar um tronco digital, utiliza-se o seguinte comando:
ADD-TACSU:PEN=1-2-79-1,COTNO=50,COPNO=50,DPLN=0,COS=10,LCOSV=10,
TGRP=1,CCT="",DEVTYPE=TC,DEV=DIUCQ421,MFCVAR=3,CIRCIDX=4,DIALTYPE=MFC
-MFC,DIALVAR=6-0;

Todos os parâmetros necessários já foram explicados anteriormente.

4.4 CRIAÇÃO DE RAMAIS

Para a programação de um ramal, o primeiro passo é disponibilizar uma faixa


de ramais, no AMO WABE, conforme visto anteriormente.
Cada ramal pode ser configurado em uma porta física da central (PEN), ou
associado como ramal FLOAT, ou seja, um ramal que não possui porta física,
geralmente utilizado como auxilio para programações mais complexas.

4.4.1 Criação de ramal analógico

Os ramais analógicos são associados à placa SLMA. Esta placa está


configurada no SLOT 67 do segundo bastidor, suportando um total de 24 ramais
físicos. Foram configurados cinco (5) ramais, cada um com diferentes classes de
acesso ao tronco (LCOSV), ou seja, cada ramal está programado para tipos
específicos de ligações.
Na criação de um ramal analógico, é obrigatório associá-lo a uma classe de
acesso (COS e LCOSV), e a PEN em que será programado. O comando utilizado
para a criação do ramal foi o seguinte:
ADD-SCSU:STNO=1005,PEN=1-1-67-1,DVCFIG=ANATE,DPLN=0,COS1=1,COS2=9,
LCOSV1=1, LCOSV2=1, COSX=0,DIAL=DTMF,INS=YES,SSTNO=NO;

Onde:
65

- PEN: Número da porta do equipamento. No módulo SLMA24, vai de 0 a 23.


- COS: Classe de acesso a tronco
- LCOSV: Categoria do Ramal
- COSX: Tabela de comutação de classe automática
- DIAL: Tipo de discagem. Pode ser DTMF, ou DP (pulsada).
- INS: Diz se o ramal irá entrar em serviço ou não
- SSTNO: Ramal secreto. No caso de “YES” o número do ramal não irá aparecer nos
displays dos ramais digitais.

4.4.2 Criação de ramal Digital

Os ramais digitais devem ser programados na placa SLMO24, que está


localizada no SLOT 37 do segundo bastidor. Os parâmetros básicos de configuração
são os mesmos utilizados nas programações dos ramais analógicos, as diferenças
ficam para a necessidade da escolha do tipo de aparelho digital e o mapa de teclas
que será utilizado.
ADD-SBCSU:STNO=1006,PEN=1-2-37-1,DVCFIG=OPTISET,COS1=2,COS2=2,
LCOSV1=5,LCOSV2=1,SSTNO=N,COSX=0,REP=1,STD=9,INS=Y,TEXTSEL=PORTUG;

- REP: Quantidade de expansores de tecla que o ramal suporta. O PABX HICOM


350E suporta um máximo de quatro (4) expansores por ramal.
- STD: Mapa de teclas, configurado no AMO TAPRO.
- TEXTSEL: Linguagem no display do aparelho. No caso, foi selecionado o
Português.

4.4.2.1 Parâmetros de inicialização de aparelhos digitais

Através do AMO ZAND, utilizando o comando “CHANGE-


ZAND:TYPE=OPTISET;” podem ser modificados e exibidos os parâmetros válidos a
seguir:
• ID (indentificação) do filtro acústico;
• Volume básico do tom de ocupado interno;
66

• Máximo volume permitido;


• Linguagem do display;
• Indicador do formato de data / horário;
• Código para os valores de volume a serem armazenados que foram
modificados pelo usuário.
Foi configurado como segue:
CHANGE-ZAND:TYPE=OPTISET,DISPTIME=24HOUR,LANGID=PORTUG&ENGLISH,
BUSYVOL=7,RINGVOL=7,RINGSOUN=7,ALERTVOL=5,CALLVOL=7,SPKRVOL=7,
ROOMCHAR=NORMAL,SAVEVOL=YES;

Onde:
- DISPTIME: Formato de display de horário. O padrão escolhido foi o de 24 Horas.
- LANGID: Tipo de linguagens disponíveis. A linguagem principal programada foi o
português.
- BUSYVOL: Volume para o tom de ocupado
- RINGVOL: Volume do tom de chamada
- CALLVOL: Volume de chamada.
- SPKRVOL: Volume do Viva-Voz.
- ROOMCHAR: Características para conversa via viva-voz. Neste parâmetro são
feitos ajustes para salas com muito ruído ou salas muito quietas.
- SAVEVOL: Permite ao usuário salvar a alteração do volume através do aparelho
Optiset E.

4.4.2.2 Configuração de teclas

O AMO TAPRO é usado para carregar as funções de teclas programáveis do


terminal de voz digitais.
Vários padrões ou atribuições de teclas individuais podem ser usados. O
AMO TAPRO também permite que as funções de teclas individuais sejam
modificadas. Além disso, é usado para a administração de atribuições de teclas
padrão.
67

Os mapas de teclas são atribuídos para telefones do tipo OPTISET e


OPTIPOINT, além do mapa para os expansores de teclas. Como padrão, a central
configura os seguintes mapas (STD):
4 STD = 0 a 11 -> mapas para facilidades para ramais comuns
5 STD = 12 a 18 -> mapas para ramais de ACD
6 STD = 19 a 27 -> mapas para terminais KS
7 STD = 28 a 31 -> mapas para terminais KS para ACD
Para alterar o mapa de teclas padrão, usa-se o AMO TAPRO. O mapa poderá
ser carregado para qualquer ramal digital, logo na criação do ramal (SBCSU - STD)
ou pelo AMO TAPRO.
Para se alterar um mapa padrão, o seguinte comando deve ser utilizado:
CHANGE-TAPRO:STNO=1006,KY01=CH,KY02=FWD,KY03=MUTE,
KY04=SPKR,KY05=PU,KY06=LNR,KY07=DND,KY08=DSS,KY09=DSS,KY10=NAME,
KY11=NAME,KY12=CL;

Nesse exemplo, todas as teclas do ramal 1006 foram alteradas, seguindo a


seguinte ordem:
- KY01: É a primeira tecla, configurada para acesso ao menu de serviço do ramal.
- KY02: Programada para ativar ou desativar desvio. Esse desvio deve ser
previamente configurado no AMO- ZIEL, opção FWD.
- KY03: Ativa o MUTE.
- KY04: Viva-Voz
- KY05: Tecla para captura de ligações
- KY:06: Tecla para rediscagem do último número.
-KY07: Ativa o não perturbe, bloqueando o ramal para receber chamadas.
- KY:08: Tecla para gravação de ramal. O ramal deve ser gravado através do AMO
ZIEL, opção DSS.
- KY:09: Idem a tecla 08.
- KY:10: Tecla para a gravação de números externos. Vale ressaltar que além do
número externo, o código para acesso ao tronco também deve ser gravado. A
programação é realizada através do AMO ZIEL, opção NAME.
- KY11: Idem a tecla 10.
- KY12: Desliga a ligação, sem a necessidade de se colocar o ramal no gancho.
68

Os comandos utilizados no AMO ZIEL para a configuração de teclas NAME e


DSS foram, respectivamente:
ADD-ZIEL:TYPE=NAME,SRCNO=1006,KYNO=10,DESTNON="771001";

Onde:
- TYPE: Tipo de programação, nesse caso, tecla para a gravação de números
externos.
- SRCNO: Ramal que terá as teclas modificadas.
- KYNO: Número da tecla a ser modificada.
- DESTNON: Número a ser discado quando a tecla é pressionada, é importante
gravar o código de acesso ao tronco antes do número (nesse caso, o código de
acesso é o 77).
Para a criação de teclas DSS basta seguir o mesmo comando acima, apenas
alterando o TYPE de NAME para DSS.
As teclas DSS são também conhecidas como teclas inteligentes, pois através
dela é possível saber se um ramal está ocupado ou disponível, já que há a
sinalização através do LED do aparelho.

4.4.3 Atributos de ramais analógicos e digitais

O AMO SDAT pode ser usado para administrar os atributos relacionados ao


usuário e facilidades para o serviço de voz. Ele pode processar usuários que foram
adicionados com AMO SCSU, SBCSU.
Ele também pode ser usado para administrar dados gerais que são
independentes de qualquer dispositivo em particular.
Geralmente, o SDAT é utilizado para verificação de facilidades ativadas no
ramal, mas este AMO fornece uma visão geral de como o ramal está criado. Ele
possui três opções:
- SUBDATA: Mostra os dados gerais de um ramal
- SUBOV: Mostra o tipo de ramal de uma maneira mais simples, ideal para o
mapeamento de todos os ramais do PABX
- SUBFIND: Com essa opção, é possível localizar um ramal através de algum
de seus atributos.
69

O comando que deve ser utilizado é o seguinte:


DISPLAY-SDAT:TYPE= “ ”;

Em “TYPE” deve-se preencher uma das opções citadas acima.

4.5 PROGRAMAÇÃO DE CLASSES DE ACESSO

No PABX Hicom 350E, é possível programar diversas classes de acesso


permitindo ou não que um ramal possa ocupar determinados troncos ou efetuar
determinados tipos de ligações.
As classes de acesso são definidas através de níveis de autorização ou
“LAUTH´s” configurados através do AMO COSSU. Esses LAUTH´s vão de 1 a 64 e
estão diretamente ligados aos parâmetros LCOSV dos AMOS SCSU (ramais
analógicos) e SBCSU (ramais digitais).
Esses LAUTH´s estão diretamente relacionados ao que é chamado de LCR,
ou rota de menor custo.
Para a programação da rota de menor custo, a seqüência de AMOS a ser
seguida é a seguinte:
RICHT à LDPLN à LODR à LDAT

Sendo que o AMO RICHT refere-se a rota da ligação. Uma rota consiste em
todas as vias possíveis (grupos de troncos) entre dois pontos (para todos os
serviços possíveis), sendo o primeiro ponto o sistema local e o segundo ponto o
destino. O destino pode ser alcançado diretamente ou por meio de transbordo de
outro grupo de troncos. Através do AMO RICHT são atribuídos os grupos de troncos
para as rotas LCR.
Após a configuração de uma rota, é necessário a configuração de regras de
seleção LCR completas (ODR), que consistem em diversos comandos para regular a
seleção. Os comandos são identificados por um número localizado para cada ODR e
atribuídos aos elementos de rota LCR com AMO LDAT.
Através do AMO LDAT é organizado a ordem de ocupação dos troncos para
determinada regra de discagem, além de se definir se uma rota possuirá ou não
transbordo para outros grupos de tronco.
70

Os números a serem analisados são configurados através do comando


LDPLN utilizado para a administração do plano de seleção LCR.
Para que padrões de dígitos individuais não tenham que ser criados para
todas as combinações possíveis dentro de uma determinada faixa de dígitos,
existem caracteres especiais para representar as faixas de dígitos:
• X - para qualquer dígitos entre 0 e 9, A e D ou *
• T - para temporização vencida ou # (=caractere de fim de seleção)
• Z - para qualquer seqüência de dígitos seguida por uma temporização
vencida ou # (=caractere de fim de seleção)
• W - para transmitir o tom de seleção

Por exemplo, para a criação de uma rota para ligações para números locais,
deve-se seguir a seguinte seqüência:
Primeiramente, verificar qual os grupos de tronco criados no PABX, através
do comando “DIS-BUEND;”. Conforme visto anteriormente, este projeto possui dois
grupos de tronco: O grupo de tronco 1, que é o LOOP do Link E1, e o grupo 2, que
são as linhas analógicas.
Então é necessário criar uma rota (RICHT) para a ligação, utilizando o
comando:
ADD-RICHT:MODE=LRTENEW,LRTE=1,NAME="LOCAL",TGRP=1&2,DNNO=100,
DTMFTEXT="LOCAL ";

Onde,
- MODE: Deve se selecionar LRTENEW para a criação de uma nova rota ou
LRTEEXT para se estender uma rota com uma nova configuração.
- LRTE: Número da rota
- NAME: Nome da rota
- TGRP: Grupos de tronco que poderão ser associados a essa rota. Nesse
caso, os grupos 1 e 2.
- DNNO: Número de Nó da rota. Pode ser um número qualquer, mas é
importante que todas rotas possuam números de nó diferentes, principalmente se a
central for utilizada em rede.
- DTMFTEXT: Texto que aparecerá nos ramais digitais que estiverem
ocupando essa rota.
71

O próximo passo é criar as regras de discagem, mas para isso é necessário


ter em mente qual será o formato da análise de números criada no LDPLN, ou seja,
quantos campos possuirá, e quais dígitos deverão ser enviados para cada rota.
No AMO LODR, pode-se selecionar o que a central irá discar independente
do que o usuário estiver discando. É possível fazer, por exemplo, com que o usuário
disque a operadora 21 (Embratel) em uma ligação DDD, mas a central sempre
disque o 14 (Brasil Telecom), e isso de maneira transparente, ou seja, o usuário nem
irá perceber essa mudança.
Então foi programado a regra de análise de dígitos (LDPLN), com o seguinte
comando:
ADD-LDPLN:LDP="0"-"2X",LROUTE=1,LAUTH=2;

Sendo que a LDP é a regra a ser analisada. Nesse caso possui 2 campos. O
primeiro (“0”) que é o código de acesso a tronco, e o segundo (2X) que quer dizer
que todos os números que comecem com “2” devem sair através dessa rota, que
está associada a LROUTE 1, e possui um nível de autorização LAUTH igual a 2.
Nesse caso, apenas ramais que estejam na LCOSV=2 podem realizar esse tipo de
ligação, conforme explicado no capitulo 4.2.1.
Além da regra “0-2X” foram criadas também as regras:
ADD-LDPLN:LDP="0"-"3X",LROUTE=1,LAUTH=2;
ADD-LDPLN:LDP="0"-"4X",LROUTE=1,LAUTH=2;

Essas regras também são ligações locais, então sairão também pela rota 1.

Configurado a LDPLN é possível criar as regras de discagem LODR, que é


configurado em mais de uma linha de comando, sendo que para a regra ser
finalizada é necessário que a última linha de comando possua um “END”, conforme
o exemplo:
ADD-LODR:ODR=1,CMD=ECHO,FIELD=2;

- ODR: Número da regra de discagem


- CMD: O que a central irá discar. Pode ser um ECHO(enviar para a frente o
campo (FIELD) selecionado ou OUTPULSE (Discar ou inserir um número).
72

Apenas o campo 2 será Ecoado, pois o digito 0 é apenas o código para


acesso ao grupo de tronco 1 do PABX.

E para a regra ser finalizada deve-se utilizar o seguinte comando:


ADD-LODR:ODR=1,CMD=END;

Dessa forma, a regra de discagem 1 foi criada, nessa regra será enviado o
campo 2 para a central pública.
Para se finalizar uma rota de menor custo (LCR) ainda foi preciso configurar o
AMO LDAT, através do comando:
ADD-LDAT:LROUTE=1,LVAL=1,TGRP=1,ODR=1,LAUTH=2;

Onde:
- LROUTE: Número da rota
- LVAL: Elemento de rota, ou seja, é a prioridade com que a rota deverá ser
ocupada.
- TGRP: Grupo de tronco pelo qual as ligações associadas a esta rota irão sair.
- ODR: Regra de discagem a ser utilizada,
- LAUTH: Nível de autorização necessário para acesso a está rota.

Após a configuração desses quatro AMOS, foi criada um rota para a saída de
ligações locais.
Ou seja, sempre que um ramal que possui nível de autorização (LAUTH) igual
ou superior a 2 for discar algum número começando com 2,3 ou 4, a central irá
encaminhar essa ligação pelo grupo de tronco 1, que seria o LINK E1 com a pública.
Seguindo esse princípio, foram criadas regras para ligações de celular, DDD,
DDI e serviços. No capitulo 4.2.1 estão demonstrados os níveis de autorização
necessários para se realizar cada tipo de ligação.
A programação de LCR é um dos itens mais complexos das centrais HICOM
350E, mas é uma programação fundamental para o melhor controle das ligações em
uma determinada instituição ou empresa.
73

5 FOLHAS-TAREFA SUGERIDAS

5.1 OBJETIVOS

Criação de novos ramais, atribuição de classes de serviço adicionais, alteração da


classe de serviço de ramais existentes e testes de facilidades.

5.2 DEFINIÇÕES

Significado das facilidades de ramal:

FLAG Significado
SSTNO Indica se o ramal é secreto
PU Grupo de Captura ao qual o ramal pertence
AFWDVCE Ativar desvio de chamadas variável
DFWDVCE Desativar desvio de chamadas variável.
CONF3 Conferência a 3.
DPLN Plano de Discagem do ramal
LCOSV Categoria de acesso para discagem de números
DIAL Tipo de discagem do ramal. Pode ser por pulso (DP), por tom (DTMF)
ou variável (VAR)

Procedimentos

1. Criar dois novos ramais dentro da faixa 1000 a 1999 através do comando ADD-
SCSU preenchendo os seguintes parâmetros:

Ramal 1:

DVCFIG: ANATE DPLN: 0


ITR: 0 COS1: 1
COS2: 1 LCOSV1: 2
LCOSV2: 2 LCOSD1: 1
LCOSD2: 1 DIAL: DTMF
SSTNO: YES
74

Ramal 2:

DVCFIG: ANATE DPLN: 0


ITR: 0 COS1: 2
COS2: 2 LCOSV1: 2
LCOSV2: 2 LCOSD1: 1
LCOSD2: 1 DIAL: DTMF
SSTNO: NO

Desprezar as outras perguntas do comando. Para uma melhor visualização, o


aluno deve teclar ‘ALT+ TAB” para que uma aba auxiliar seja aberta no COMWIN.

2. Executar um Display dos ramais criados, utilizando o comando DIS-SCSU:


STNO= Ramal Criado e verificar em qual PEN os ramais ficaram associados.

3. Verificar os códigos das facilidades através do comando DIS-WABE

TYPE: GEN
DAR: PU, AFWDVCE, CONF3, DFWDVCE.

4. Testar as facilidades dos ramais através dos seguintes procedimentos:

a) Captura de ligações em grupo (PU):


- Discar de um ramal qualquer para o ramal 1001.
- Levantar o monofone do gancho do ramal 1002
- Digitar o código para captura de chamadas (**)

b) Desvio de chamadas (AFWDVCE):


- Levantar o monofone do gancho;
- Selecionar o código de acesso à facilidade (*1)
- Selecionar o número do ramal ao qual devem ser desviadas as
chamadas.
- Recolocar o monofone no gancho.
75

- Verificar o TOM diferenciado do ramal, levantando novamente o


monofone do gancho.

Para cancelar o desvio de chamadas:


- Levantar o monofone do gancho;
- Selecionar o código de cancelamento de desvio de chamadas
(DFWDVCE) (#1).
- Recolocar o monofone no gancho.
- Verificar se o TOM do ramal voltou ao normal.

c) Conferência a 3 (CONF3):
- Para inicia a conferência é necessário:
- Retirar o monofone do gancho de um ramal e discar qualquer outro
ramal
- Após a ligação ser atendida, o ramal que originou a chamada deve
deixar a ligação em espera (apertando a tecla flash) e então discar
para um segundo ramal.
- Então o ramal que originou as duas chamadas deve teclar o código de
conferência (*3).]

d) Ramal Secreto (SSTN):


- Retirar o monofone do segundo ramal criado do gancho
- Discar para qualquer ramal digital e verificar a informação que aparece
no display.
- Realizar a mesma operação com o primeiro ramal criado, e verificar a
diferença na identificação.
76

6 CONCLUSÃO

O trabalho foi realizado com base nos fundamentos de telefonia, comutação,


sinalização, transmissão de dados vistos nas disciplinas de Comunicação de Dados,
Sistemas Telefônicos e Redes de Comunicações. Conhecimentos sobre facilidades
de centrais e matrizes de comutação citados por Pines (1978) nessa etapa foram
essenciais para o eficiente manuseio do equipamento. Sendo de extrema
importância para o aprendizado dos alunos em função de vários problemas
enfrentados durante a implementação do sistema e as soluções encontradas.
Durante as pesquisas em campo, foram determinados os próximos passos
que consistiam em avaliar se as instalações eram adequadas e se a central
encontrava-se em bom funcionamento, para tal, foi necessário a consulta ao manual
do fabricante que estabelecia a forma correta de execução.
Até esse período determinado no cronograma, a pesquisa em campo deu-se
em conjunto com a bibliográfica de acordo com as necessidades que surgiam
durante o andamento do projeto para perfeita adequação de conteúdo. Seguiram-se
algumas consultas ao responsável pelo laboratório para determinar as exigências
que deveriam ser cumpridas em termos de didática, custos e espaço físico.
Durante a execução do projeto surgiram idéias para projetos futuros que
possam enriquecer ainda mais as condições de ensino no laboratório Q201, entre
elas:

• Melhor localização da central com livre acesso à parte frontal e traseira;


• Cabeamento estruturado em toda sala com quadros distribuidores gerais;
• Bancadas próprias para manuseio e operação do sistema com acessos
simultâneos à gerência da central;
• Atualização da central para Siemens HiPath 4000;
• Aquisição de módulos com protocolos de última geração como Voz sobre
Protocolo de Internet (VoIP);
• Aquisição de terminais digitais e VoIP.
77

REFERÊNCIAS

GOMES, Alcides Tadeu. Telecomunicações: transmissão e recepção. São Paulo:


Érica, 2001. 415 p.
JESZENSKY, Paul Jean Etienne. Sistemas Telefônicos. São Paulo: Manole, 2003.
688 p.
PINES, Jose. Telecomunicações: sistemas multiplex. Rio de Janeiro: Ltc, 1978.
478 p.
SILVEIRA, Loreno Menezes; MATARAZZO, Antonio Edmundo. Introdução aos
Sistemas de Sinalização. 2004. Disponível em: <www.telecom.com.br>. Acesso em
ago. 2006.
78

ANEXO A – FOLHA-TAREFA 01

Objetivos:

Executar displays de alguns comandos para familiarizar-se com o COMWIN e verificar Status
de funcionamento de circuitos. Manutenção do sistema utilizando comandos para resetar,
ativar e desativar circuitos.

Procedimentos:

1. Executar displays (DIS comando) dos comandos abaixo. Anotar os resultados.

Comando DIS-BCSU:TBL; (Verificar as placas criadas na central, suas PENS e se estão


ativas ou não)

Comando DIS-SCSU; (verificar números dos ramais analógicos que estão criados e suas
posições (PENs)).
Utilizar o mesmo commando, mas preenchendo o número de ramal 1006 na opção STNO.
Verificar e anotar:

PEN=
COS1=
LCOSV1=

Comando DIS-COSSU: COS;


Preencher a pergunta COS com o número da COS do ramal 1006, e anotar os flags que
estão ativos nessa COS.

Repetir agora o mesmo comando (DIS-COSSU:COS) mas responder a opção COSREF=


Y e verificar o que acontece.

2. Verificar STATUS de circuitos:

Comando DIS-SDSU (Utilizado para verificar o STATUS de um circuito (ramal ou tronco).

DIS-SDSU:
STATUS: ALL
TYPE: STNO
LEVEL: PER3

Anotar os resultados para o ramal 1006.

Utilizar o mesmo comando, mas na opção LEVEL responder PER2, e verificar os


resultados.
79

3. Comutar ramais utilizando os seguintes comandos:

Comando DSSU (Comutação de circuitos).

Desativar o ramal 1006 utilizando o comando DEA-DSSU

OFFTYPE: DI
TYPE: STNO
STNO: 1006;

Verificar agora o STATUS do circuito, através do comando SDSU, conforme o item


anterior.

Reativar o ramal 1006 através do comando ACT-DSSU

TYPE: STNO
STNO: 1006;

Verificar novamente o STATUS do circuito, através do comando SDSU.

Retirar o ramal 1006 do gancho e completar uma chamada. Enquanto o ramal está em
conversação, desativa-lo, utilizando o comando DEA-DSSU.

OFFTYPE: DC
TYPE: STNO
STNO: 1006;

Verificar o STATUS no SDSU e o que acontece com a ligação.


80

ANEXO B – FOLHA-TAREFA 02

Objetivos:

Programar e testar diversas facilidades em ramais digitais.

Procedimentos:

1. Executar display dos ramais digitais criados através do comando DIS-SBCSU;.


Anotar os dados do primeiro ramal digital:

PEN=
COS1=
LCOSV1=
DVCFIG=
STD=

2. Verificar a programação das teclas do ramal escolhido utilizando o comando, DIS-


TAPRO;

STD= STD verificado no exercício anterior.


DIGTYP= OPTISET

Anotar os resultados.

3. Alterar função das teclas do ramal do exercício anterior ,(CHA-


TAPRO:STNO=___,DIGTYP=OPTISET; utilizando a seguinte configuração:

Tecla 1 (KY=01) = Captura (PU)


Tecla 2 (KY=02) = Rechamada (LNR)
Tecla 3 (KY=03) = Mudo (MUTE)
Tecla 4 (KY=04) = Viva-Voz (SPKR)
Tecla 5 (KY=05) = DSS (ramal)
Tecla 6 (KY=06) = NAME (Número Externo).

Realizar o comando de display novamente, e verificar a mudança das funções das teclas.

4. Gravar um número de ramal (DSS)no ramal digital do exercício anterior, utilizando a


tecla 05, através do comando ADD-ZIEL:

TYPE=DSS
SRCNO= Ramal Digital
KYNO=05
DESTNO= Ramal a ser gravado. Pode ser utilizado qualquer ramal do PABX.

Realizar testes utilizando a tecla programada para


81

5. Gravar um número externo (NAME) no ramal digital do exercício anterior, utilizando a


tecla 05, através do comando ADD-ZIEL:

TYPE=NAME
SRCNO= Ramal Digital
KYNO=06
DESTNO= Número externo a ser gravado. Utilizar por exemplo, o número 7 (código de
acesso a tronco analógico) mais o número de um ramal qualquer (1002 por exemplo).

Realizar os testes específicos.


82

ANEXO C – FOLHA-TAREFA 03
Objetivos:

Verificar status e realizar testes diversos no LINK E1.

Procedimentos:

1. Verificar quais os grupos de tronco criados no PABX, através do comando DIS-


BUEND;

Verificar os seguintes parâmetros do grupo de tronco 2:

TGRP NUMBER=
TGRP NAME=
MAXIMUN NO= (Número máximo de circuitos que podem ser criados).
DEVICE TYPE= DIUCQ421

Verificar qual é a PEN (posição de placa) que está associada nesse grupo de tronco.

2. Verificar STATUS de circuitos:

Comando DIS-SDSU (Utilizado para verificar o STATUS de um circuito (ramal ou tronco).

DIS-SDSU:
STATUS: ALL
TYPE: PEN
LEVEL: PER3
LTG: 1
LTU: (Verificada no exercício acima)
SLOT; (Verificado no exercício acima).

Anotar os resultados.

Utilizar o mesmo comando, mas na opção LEVEL responder PER2, e verificar os


resultados.

3. Comutar os circuitos da DIU utilizando os seguintes comandos:

Comando DSSU (Comutação de circuitos).

Desativar todos os circuitos utilizando o comando DEA-DSSU

OFFTYPE: DI
TYPE: PEN
PEN1: (Primeira PEN a ser desativada)
PEN2: (Ultima PEN a ser desativada).
83

Todas as PENS compreendidas entre a PEN1 e PEN2 serão desativadas.

Verificar agora o STATUS do circuito, através do comando SDSU, conforme o item


anterior.

Reativar os circuitos utilizando o comando ACT-DSSU

TYPE: PEN
PEN1=
PEN2=;

Verificar novamente o STATUS do circuito, através do comando SDSU.

Retirar um dos ramais do gancho e completar uma chamada utilizando o código de acesso
a tronco 88+ um ramal qualquer. Enquanto o ramal está em conversação, desativa-lo,
utilizando o comando DEA-DSSU.

OFFTYPE: DI
TYPE: PEN
PEN1: (Primeira PEN a ser desativada)
PEN2: (Ultima PEN a ser desativada).

Verificar o STATUS no SDSU e o que acontece com a ligação.

4. Realizar uma chamada utilizando o código de acesso ao tronco 88 e verificar o


STATUS dos canais da DIU. Anotar qual canal está ocupado. Repetir a ligação e
verificar a ocupação novamente.

5. Retirar o LOOP da DIUC e verificar o STATUS dos LEDs da placa e o Status dos
canais. Religar o cabo e retirar diversos displays até que o LINK esteja ativo
novamente.

Você também pode gostar