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Vitamina A
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ILSI BRASIL
INTERNATIONAL LIFE SCIENCES INSTITUTE DO BRASIL
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© 2017 ILSI Brasil International Life Sciences Institute do Brasil
Ramalho, Andréa
Vitamina A / Andréa Ramalho. -- 2. ed. --
São Paulo : ILSI Brasil-International Life Sciences
Institute do Brasil, 2017. -- (Série de publicações
ILSI Brasil : funções plenamente reconhecidas de
nutrientes ; 12)
Bibliografia.
17-05894 CDD-613.2
Índices para catálogo sistemático:
4
Autora:
Andréa Ramalho
Bolsista de Produtividade/CNPq.
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ÍNDICE
Introdução 9
1. Metabolismo da vitamina A 11
1.1 Metabolismo Hepático da Vitamina A 11
1.2 Metabolismo Extra Hepático da Vitamina A 12
4. Toxicidade 39
7. Fortificação de Alimentos 45
8. Referências bibliográficas 47
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INTRODUÇÃO
A vitamina A foi a primeira vitamina lipossolúvel a ser reconhecida, o que ocorreu em
1913, sendo constituída por moléculas contendo 20 carbonos em sua estrutura.
É o termo genérico que designa qualquer composto que possui atividade biológica de
retinol (retinol, retinal e ácido retinoico), enquanto o termo “retinoides” inclui formas
de vitamina A e os muitos análogos sintéticos do retinol, com ou sem atividade biológi-
ca (IOM, 2001). A vitamina A pré-formada, ou retinol, é uma substância encontrada no
fígado de animais e, em menor proporção, na gema de ovo.
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1. METABOLISMO DA VITAMINA A
1.1 Metabolismo Hepático da Vitamina A
Este órgão é composto por vários tipos de células, dos quais dois tipos – células paren-
quimatosas (ou hepatócitos) e células estreladas (ou células de Ito) – estão diretamente
envolvidos no metabolismo de vitamina A (Blomhoff et al., 1994).
As células de Ito, que em condições normais contêm cerca de 90% do retinol hepático,
são responsáveis pela captação, pelo armazenamento e pela liberação do retinol. Nestas
células, o retinol ligado à Cellular Retinol Binding Protein I (CRBPI) é esterificado pela
enzima lecitina: retinol aciltransferase (LRAT) e os ésteres de retinil resultantes são arma-
zenados em gotículas de lipídios.
Outros sítios de depósito do retinol incluem olhos, pulmões (SBP, 2007) e tecido adi-
poso, que responde por cerca de 20% do conteúdo corporal total de retinol (Jeyaku-
mar et al., 2006). O retinol em concentrações fisiológicas é aparentemente absorvido
por difusão facilitada, ao passo que, em nível farmacológico, este pode ser absorvido
por difusão passiva. A literatura sugere que a absorção de retinol e de carotenoides
depende da quantidade/qualidade de gordura na dieta, em que mais de 75% da ab-
sorção de retinol depende desta característica (Blomhoff et al., 1991).
A mobilização do retinol a partir das células de Ito ocorre após a hidrólise dos ésteres
de retinil e o retinol ligado à RBP (retinol binding protein - proteína ligadora de retinol)
ser liberado. No entanto, embora as células parenquimatosas e as células estreladas
perisinusoidais possam liberar este complexo para a circulação sanguínea, a liberação
pelas células estreladas parece ser a via predominante (Blomhoff et al., 1994; Dawson
et al, 2000).
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Cerca de 75% do ácido retinoico presente no fígado é proveniente dos tecidos peri-
féricos e capaz de regular a esterificação e o armazenamento do retinol por meio da
regulação da LRAT, bem como sua própria disponibilidade, por meio da indução da
expressão da CYP26 (Wolf et al., 2001; Ross et al., 2003; Ross & Zolfaghari, 2004).
A partir de estudos cinéticos, foi estabelecido que o retinol ligado à RBP se recicla até
12 vezes no trajeto entre o fígado, plasma e tecidos extra-hepáticos antes de sua uti-
lização irreversível, processo chamado de reciclagem do retinol (Blomhoff et al., 1994).
Green (1985), em modelo multicompartimental para estudo da cinética da vitamina
A em ratos, observou que 55% do retinol ligado à RBP plasmática é proveniente do
fígado, enquanto 45% é derivado de tecidos extra-hepáticos.
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A reação fotoquímica da visão tem início quando o estímulo luminoso atinge a retina,
a rodopsina é cindida em seu componente proteico – a opsina, e no componente não-
proteico – o retinal. Na presença da luz, ocorrem alterações na configuração do retinal,
que consiste na conversão de 11-cisretinal a all-trans-retinal, acompanhadas por uma
mudança global da molécula de rodopsina.
Tais alterações funcionam como estímulo molecular para um impulso nas terminações
do nervo óptico, que é transmitido ao cérebro, propiciando a visão com pouca luz
(Sommer, 1995; Saunders et al, 2007).
Nos casos de deficiência de vitamina A (DVA), a síntese de rodopsina pode estar preju-
dicada, devido à falta da substância precursora, podendo ocorrer então a cegueira no-
turna (CN/XN), que caracteriza o primeiro estágio da síndrome xeroftálmica, uma vez
que a rodopsina requer altas concentrações de 11-cis-retinal para exercer a adaptação
da visão com pouca luminosidade (Sommer, 1995; Saunders et al, 2007).
A primeira manifestação funcional da DVA é a cegueira a noturna (CN) que pode ser
avaliada durante a gestação, no puerpério e na infância, por meio de entrevista pa-
dronizada, composta por três perguntas: 1) Tem dificuldades de enxergar durante o
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Caso o entrevistado apresente algum problema ocular corrigido por óculos ou lente
de contato, é essencial que seja questionada a capacidade de visão com o uso destes
(OMS, 1996).
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Outra função da vitamina A com impacto na saúde reprodutiva é a sua ação antioxi-
dante, particularmente sob a forma de carotenoides, os quais anteriormente eram re-
conhecidos apenas por sua atividade pró-vitamínica (Ramalho et al., 2004; Gomes et
al., 2005) e atualmente são considerados importantes antioxidantes. Os radicais livres
estão associados às enfermidades causadas pelo estresse oxidativo e, nesse particular,
relacionadas à prevenção de doenças crônicas não transmissíveis e ao envelhecimento.
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O ácido retinoico e seus receptores (RARs/RXRs) são essenciais para a formação normal
dos membros, tanto inferiores quanto superiores (Galdones et al., 2006). Possui, tam-
bém, papel importante no metabolismo ósseo in vivo através da ativação de osteoclas-
to e da reabsorção óssea, para a modulação da expressão de endopeptidases como a
colagenase-3 durante o processo de formação óssea, pois as regula, possuindo, desta
forma, um papel relevante na indução de cartilagem metatarsal embrionária e em con-
drócitos (Uchiyama & Yamaguchi, 2005).
Esta é uma das primeiras alterações fisiopatológicas que ocorrem na DVA, preceden-
do outras alterações desta carência nutricional no trato gênito-urinário, olhos e pele
(Gomes et al, 2005).
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Estudos apontam uma relação entre estado nutricional de vitamina A e função pul-
monar em recém-nascidos, especialmente os prematuros, visto seu papel importante
no desenvolvimento pulmonar fetal (Zachman, 1989; Tamela et al., 1999; Bessler et al.,
2007; Salle et al., 2007).
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Assumindo-se uma concentração média de 3.600 µg de retinol por feto no último tri-
mestre de gestação, uma eficiência de absorção materna de 70% e um coeficiente de
variação de 20%, os requerimentos para gestantes no último trimestre de gestação
devem incluir um adicional de 70 µg de retinol/dia, totalizando a ingestão diária de 770
µg/dia (IOM, 2001).
Por outro lado, estudos apontam para uma provável influência do estado nutricional de
vitamina A pré-gestacional sobre os níveis plasmáticos de retinol ao longo da gesta-
ção. Sivakumar et al (1997) descobriram que todas as gestantes que iniciaram a gesta-
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ção com níveis de retinol abaixo de 1,05 µmol/l apresentaram um aumento significativo
desses níveis no segundo trimestre de gestação para valores superiores a 1,05 µmol/l,
seguido por um declínio no terceiro trimestre, acentuado por volta da 34ª – 38ª semana
de gestação, o que não ocorreu com gestantes que iniciaram a gestação com níveis
adequados de vitamina A.
Tal comportamento dos níveis de retinol sérico ao longo da gestação, igualmente ob-
servado por outros autores (Penniston & Tanumihardjo, 2005; Panth, et al., 1991; SHAH,
et al., 1987), pode estar relacionado ao aumento da mobilização das reservas hepáticas
de retinol para suprir os requerimentos de vitamina A, que ocorre intensamente em
gestantes com DVA, seguido da aparente exaustão do referido estoque e consequente
diminuição das concentrações plasmáticas de retinol (Sivakumar et al., 1997).
Com isso, caso o leite seja proveniente de nutrizes com dieta pobre em vitamina A, des-
nutridas, ou a criança seja desmamada precocemente, as reservas continuarão baixas e
aumentarão as probabilidades de desenvolvimento de xeroftalmia (Olson, 1998; OMS,
1996). De forma fisiológica e natural, estarão criadas as condições para que a criança,
após o nascimento, pertença a um grupo de alto risco para a DVA.
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Somando-se a esse fato, a literatura aponta várias razões que explicariam a grande
vulnerabilidade dos pré-escolares à DVA, dentre as quais vale ressaltar: a) o rápido
crescimento que sofrem, com consequente aumento do requerimento de vitamina A
(Sommer, 1995); b) as múltiplas patologias capazes de afetá-los, tais como infestações
intestinais por parasitas (Rahmathullah, et al., 1991) e infecções intestinais (Sommer,
1995), que prejudicam a absorção intestinal de vitamina A; infecções respiratórias, tu-
berculose e sarampo, que aumentam a demanda metabólica de vitamina A (Solomons
& Bulux, 1993); e a desnutrição, que interfere no estoque, no transporte e na utilização
de vitamina A (Sommer, 1995).
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A energia liberada pelos radicais livres converte os carotenoides da forma cis à trans
(Barreiros & David, 2006).
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Além disso, o ácido retinoico regula a expressão genética de gama interferon (IFN-γ),
estando sua deficiência associada ao aumento da produção de IFN-γ seguido de di-
minuição na produção de interleucina-5 e 10, diminuição do número de células CD4+,
além da alteração na função das células T e B (Jason et al., 2002).
A regulação das reservas de gordura corporal e massa corporal dos mamíferos é mantida
por um complexo e integrado sistema de elementos-chave que são: (1) o controle da
alimentação, basicamente pela modulação do apetite, (2) o controle da termogênese
adaptativa, processo que permite a dissipação de parte da energia contida nos alimen-
tos como calor, ao invés de acumulá-la como gordura; (3) o controle do desenvolvimento
e metabolismo do tecido adiposo e (4) o controle da participação dos nutrientes como,
por exemplo, a distribuição de nutrientes entre os tecidos, em condições que possibili-
tem o aumento do tecido adiposo (Palou et al., 2000; Berry, 2012).
A ligação entre a dieta e a homeostase corporal é cada vez mais entendida com as
evidências científicas demonstrando avanços além das clássicas funções nutricionais, já
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que alguns nutrientes presentes nos alimentos podem modificar a expressão gênica e
a função em células alvo (Bonet et al., 2003).
Também foi demonstrado que o ácido retinoico inibe a adipogênese de cultura de pré-
adipócitos marrons (Puigserver et al., 1996). Além de inibir a conversão de adipócitos,
o ácido retinoico tem demonstrado promover a apoptose de pré-adipócitos de ratos
em cultura primária (Kim et al., 2000).
Estudos também mostram que algumas formas ativas de ácido retinoico são capazes
de prejudicar a expressão da leptina (adiponectina ligada à termogênese e à ativação
de células imunológicas pró-inflamatória) e da resistina (adiponectina que induz a dife-
renciação dos adipócitos), contribuindo para a manutenção do peso corporal (Felipe
et al., 2004; 2005; Morikawa et al., 2013).
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Contrariamente aos efeitos de doses elevadas de ácido retinoico, baixas doses es-
timulam a adipogênese de culturas de pré-adipócitos (Safonova et al., 1994). Os me-
canismos moleculares pelos quais baixas concentrações de ácido retinoico estimulam
a adipogênese ainda não foram determinados.
Mas, uma das hipóteses existentes é a de que baixas doses de ácido retinoico podem
ser importantes para proporcionar quantidades suficientes de ácido retinoico 9-cis, a
fim de garantir a ativação da fração do heterodímero RXR PPARγ: RXR. Na verdade,
ligantes sintéticos específicos RXR têm sido utilizados para promover adipogênese,
especialmente em conjugação com ligantes PPAR (Tontonoz et al., 1994).
Nos ratos machos adultos, o tratamento com administração de ácido retinoico (100 mg
de ácido retonoico all-trans/kg de peso corporal, durante os 4 dias anteriores à morte)
desencadeou uma redução de 12% do peso corporal (Puigserver et al., 1993, Bonet et
al., 2003) e uma forte redução de gordura corporal e de TAB em 46%, quando com-
parado aos animais-controle (Ribot et al., 2001).
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Vários outros estudos, também realizados em humanos, sugerem que quanto maior o
IMC, menores são as concentrações séricas de vitamina A, e que a DVA pode contribuir
para o aumento da obesidade (Nov, et al., 2011; Ziouzenkova et al., 2011).
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3. INDICADORES DO ESTADO
NUTRICIONAL DE VITAMINA A
Os indicadores classicamente empregados para avaliar o estado nutricional de
vitamina A são os biológicos, bioquímicos, funcionais, histológicos, clínicos e
ecológicos (OMS, 1996; McLaren e Frigg; 1999).
Embora a sua utilização seja aceita como o indicador mais fidedigno do estado de vi-
tamina A, ela apresenta dificuldades de natureza ética por requerer amostras de tecido
hepático de indivíduos vivos. Porém, a obtenção de amostras por ocasião de necrop-
sias é mais viável e eticamente possível.
Como não há evidências científicas de que a DVA seja a causa primária ou secundária
de morte, elimina-se o principal obstáculo à sua utilização como indicador precoce
dessa deficiência (Flores et al., 1993; WHO, 1996; Ramalho et al., 2008).
Com base nesses princípios, Olson (1979) deu início a estudos utilizando a necropsia para
avaliar o tecido hepático com vistas a determinar os níveis de vitamina A em indivíduos
falecidos, priorizando crianças e neonatos, integrantes dos grupos clássicos de risco para a
carência desta vitamina, em função do aumento dos requerimentos corporais nestas fases.
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Com base na proposta de Olson (1979), a reserva hepática de retinol pode ser classifi-
cada como inadequada quando os valores forem entre 5 e 20 mg/g, crítica para valores
≥ 0,6 e < 5 mg/g ou ausente para valores < 0,6 mg/g.
Os valores obtidos das diferentes porções do fígado foram representativos do seu con-
teúdo total, pois foram correlacionados com o valor representativo do órgão.
Com isso, qualquer porção hepática pode ser selecionada para a avaliação da reserva
hepática de vitamina A. Tal achado representa uma diminuição dos custos requeridos
nos estudos epidemiológicos de avaliação do estado nutricional de vitamina A, pois
dispensa a necessidade de um profissional altamente qualificado com conhecimento
em anatomia humana para a obtenção de amostras dentro dos rigores metodológicos.
Além disso, tal dosagem tem sido empregada na validação de outros indicadores do
estado nutricional de vitamina A, tais como os indicadores funcional e dietético (Chris-
tian et al., 1998; Accioly & Souza-Queiróz, 2001; Saunders et al., 2005).
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Tais adaptações servem para manter relativamente constantes os níveis sanguíneos até
que as reservas orgânicas se depletem a um ponto em que a adaptação já não possa
ser compensada. Assim, não é possível, através deste indicador convencional, diagnos-
ticar a DVA em seus estágios mais precoces.
A partir de uma análise do National Health and Nutrition Examinations Survey, 1988-
1994, realizada nos Estados Unidos (Ballew et al., 2001), foi verificado que os níveis
séricos de retinol <1,05μmol/l foram mais prevalentes em crianças de 4 a 13 anos e que
esses casos foram considerados como estado nutricional de vitamina A subótimo, pois
houve aumento dos níveis séricos de retinol após a suplementação com vitamina A.
Este ponto de corte, retinol sérico <1,05μmol/L, está sendo cada vez mais utilizado
para definir a DVA em gestantes, puérperas, recém-nascidos, pré-escolares, escolares
e adolescentes. Tal ponto de corte já foi intervalidado com outros indicadores bio-
químicos, como teste terapêutico de resposta sérica de 30 dias – Serum 30-Day Dose
Response (S30DR) – e resposta relativa à dose – Relative Dose Response (RDR), além
de apresentar associação com as alterações funcionais da visão.
Contudo, essa questão não está totalmente elucidada e alguns pesquisadores con-
tinuam a adotar níveis séricos de retinol <0,70μmol/l para a definição da DVA, sendo
classificados de acordo com as recomendações da OMS (1996), como visto na tabela 2.
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Para a identificação da DVA como problema de saúde pública, a OMS (1996) considera
as prevalências descritas a seguir, na tabela 3, tendo como base o ponto de corte <
0,70μmol/L.
Prevalência
Leve ≥ 2 % - ≤ 10%
Moderada > 10% - < 20%
Grave ≥ 20%
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A RDR é aceita como “padrão ouro” para avaliar a reserva hepática de vitamina A,
sendo adequada inclusive para o diagnóstico da deficiência de vitamina A subclínica
(Flores et al., 1984; Underwood, 1990). Para a sua realização, é dosado o nível de reti-
nol sérico do indivíduo em jejum e, a seguir, é administrada oralmente uma dose de
vitamina A (éster de retinil 450 a 1000 mg). Cinco horas após a dose, o nível de retinol
sérico é medido novamente.
Tal método parte do princípio de que, no caso de ingestão inadequada crônica de vi-
tamina A, as reservas hepáticas serão esgotadas progressivamente, contudo a síntese
da RBP é mantida, resultando em acúmulo no fígado de um pool de RBP pré-formada.
E com a administração da dose da vitamina A, os níveis de retinol sofrerão um aumento
significativo após 5 horas.
A resposta sérica de 30 dias a uma dose de vitamina A (+S30DR) é uma prova diag-
nóstica semelhante à RDR, porém, a resposta sérica de retinol a uma dose maciça de
vitamina A é medida entre 30 e 45 dias após a primeira dosagem (Flores et al., 1984).
Na tabela 4 são apresentadas as prevalências esperadas para a definição da DVA como
problema de saúde pública.
Tabela 4: Critérios para identificação da DVA como problema de saúde pública, se-
gundo os indicadores RDR, MRDR, +S30DR
Indicador
Leve Moderada Severa
(pontos de corte)
RDR ( ≥ 20%) <20% ≥20% - <30% ≥30%
MRDR (≥ 0,06) <20% ≥20% - <30% ≥30%
+S30DR ( ≥ 20%) <20% ≥20% - <30% ≥30%
Outra alternativa para a estimação das reservas corporais totais de vitamina A é através
da diluição isotópica, que pelas limitações metodológicas, tais como alto custo e equi-
pamentos sofisticados, tem sido pouco empregada em estudos de campo na avaliação
do estado nutricional de vitamina A.
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Funções Plenamente Reconhecidas de Nutrientes - Vitamina A / ILSI Brasil
O ponto de corte adotado por este indicador para apontar o estado nutricional de vi-
tamina A no grupo de nutrizes e lactentes é de 1,05µmol/l (<30µg/dl). Segundo este in-
dicador, a DVA é considerada um problema de saúde pública quando 10% das nutrizes
do país apresentam concentrações inadequadas de retinol em seu leite; quando esse
percentual se encontra entre 10 e 25%, é considerado um problema de saúde pública
moderado, e quando este percentual excede 25%, um problema grave (OMS, 1996).
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Funções Plenamente Reconhecidas de Nutrientes - Vitamina A / ILSI Brasil
Desde 1996, a OMS (1996) e a comunidade científica vêm recomendando uma en-
trevista padronizada (tabela 5) para diagnosticar a XN, sobretudo no grupo mater-
no-infantil. Tal entrevista se caracteriza pela facilidade metodológica, uma vez que
para a sua aplicação não se requer o uso de equipamentos caros e conhecimento
oftalmológico especializado, além de apresentar boa associação com os indicadores
bioquímicos, ser de baixo custo e permitir a investigação em estudos populacionais,
ou seja, de caráter pouco invasivo. Tal proposta se aplica a estudos populacionais.
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As alterações da conjuntiva ocular podem ocorrer entre quatro e seis semanas antes do
aparecimento dos sinais de xeroftalmia (Mason, 2001). Embora a interpretação dos resul-
tados do CIC tenha mostrado um grau elevado de reprodutibilidade intra e interobser-
vador, e seja um método diagnóstico recomendado pela OMS (1996), a alteração ocular
observada por meio dessa técnica diagnóstica não tem mostrado associação com os
outros indicadores da DVA em pré-escolares, escolares e adolescentes.
A OMS (1996) recomenda que estudos de validação sejam realizados antes de se in-
dicar a impressão citológica como indicador de DVA, especialmente para escolares,
gestantes e nutrizes. A prevalência de impressão conjuntival anormal em crianças de
24-71 meses de idade para identificação de problema de saúde pública ainda apre-
senta pontos de corte provisórios, considerando-se prevalência <20% como problema
leve; prevalência >20% a <40% como problema moderado e prevalência >40% como
problema grave (OMS, 1996).
Na avaliação clínica da DVA, identifica-se a fase mais avançada da depleção das reser-
vas de vitamina A, suficiente para afetar a função visual. Com isso, um exame clínico
acurado poderá evidenciar as alterações oculares funcionais e morfológicas (Sommer,
1995; Mason, 2001). Por ser considerado um indicador tardio, o indicador clínico requer
grande número amostral para diminuir o efeito das baixas porcentagens de prevalên-
cia quando comparado a outros indicadores da DVA, porém, tem seu reconhecimento
universal na avaliação do estado nutricional de vitamina A.
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Funções Plenamente Reconhecidas de Nutrientes - Vitamina A / ILSI Brasil
Os indicadores ecológicos são adequados para indicar o risco de DVA e devem ser as-
sociados aos indicadores biológicos citados anteriormente. Desta forma, podem con-
tribuir para a identificação de populações ou áreas com problema de saúde pública.
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Funções Plenamente Reconhecidas de Nutrientes - Vitamina A / ILSI Brasil
A informação dietética é muito útil na avaliação do risco da DVA. Existem vários mé-
todos de avaliação do consumo alimentar. Desta forma, é importante ter os objetivos
bem definidos, o que se pretende avaliar, além de conhecer a importância de cada
método, facilitando, assim, a escolha mais adequada.
Numa análise feita recentemente, constatou-se que as tabelas que adotam os critérios
acima são: a Tabela publicada pelo Instituto de Nutrición de Centro América y Panamá
– INCAP (2006), que, além, de considerar a atividade biológica do retinol, ß-caroteno
e outros carotenoides, bem como a eficiência de conversão de cada composto com
atividade vitamínica A, apresenta a composição de alimentos disponíveis na América
Latina.
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Funções Plenamente Reconhecidas de Nutrientes - Vitamina A / ILSI Brasil
4. TOXICIDADE
Alguns questionamentos emergem ao tratar do possível efeito teratogênico da hipervi-
taminose A. Há evidências de que ela é teratogênica em humanos quando consumida
em excesso durante as primeiras semanas de gestação, porém, o tipo do defeito de-
pende da quantidade de vitamina A e do estágio gestacional em que a vitamina A é
administrada.
A partir desta idade gestacional, não há dados que justifiquem a associação entre a
suplementação com vitamina A e teratogenia fetal (OMS, 2001)
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Funções Plenamente Reconhecidas de Nutrientes - Vitamina A / ILSI Brasil
Em Minas Gerais, Fernandes et al. (2005) identificaram que aproximadamente 22% das
crianças menores de 5 anos avaliadas apresentaram consumo insuficiente desta vitamina.
Araujo et al., (2013) desenvolveram estudo cujo objetivo foi estimar a ingestão de
energia e nutrientes e a prevalência de ingestão inadequada de micronutrientes en-
tre adultos brasileiros, analisando a mais recente investigação do consumo alimentar
no âmbito nacional, a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) realizada em 2008-
2009, que incluiu um módulo para a avaliação do consumo alimentar individual em uma
amostra representativa da população brasileira, o Inquérito Nacional de Alimentação.
Dados do referido estudo demonstraram que a inadequação foi similar para esse mi-
cronutriente e, de forma geral, foi maior nos indivíduos com sobrepeso e obesidade
quando comparados aos indivíduos eutróficos, segundo o índice de massa corporal.
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6. TRATAMENTO DA DEFICIÊNCIA
DE VITAMINA A
6.1 Diversificação alimentar no combate e prevenção à deficiência de vitamina A
A epidemiologia da DVA tem sido geralmente bem estudada, não apenas nos aspec-
tos biológicos, como também nos seus fatores determinantes.
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Funções Plenamente Reconhecidas de Nutrientes - Vitamina A / ILSI Brasil
Entretanto, a gestação é um momento biológico que deve ser considerado para uti-
lização da suplementação de vitamina A, já que neste período ocorre aumento de 40%
das demandas diárias (Strobel et al., 2007). Nesse sentido, a literatura é consistente
quanto a prática de suplementação com VA na gestação, pois é considerada benéfica
por aumentar as concentrações séricas de retinol materno-infantil; para formação das
reservas hepáticas de retinol do concepto; na redução da prevalência de CNG e ane-
mia ferropriva, assim como para reduzir a morbidade materna em locais onde a DVA é
um grave problema de saúde pública (San et al., 2011; Christian et al., 2011; Neves et
al., 2015).
No dia seguinte e duas semanas após a administração das doses iniciais, doses idên-
ticas devem ser administradas, conforme o esquema proposto para a faixa etária. Vale
ressaltar que as mulheres em idade fértil ou grávidas em qualquer idade gestacional
não podem receber doses superiores a 10.000UI/dia ou 25.000UI/semana na forma de
suplemento (OMS, 1998).
O IVACG (Sommer e Davidson, 2002) sugere que tal esquema de suplementação deva
ser ampliado para outros grupos de risco, como lactentes de zero a 5 meses e crianças
com idade superior a 59 meses.
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Funções Plenamente Reconhecidas de Nutrientes - Vitamina A / ILSI Brasil
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7. FORTIFICAÇÃO DE ALIMENTOS
A fortificação de alimentos consumidos rotineiramente pela população é uma estra-
tégia segura, de baixo custo, eficaz e que atende a grande parcela da população,
aumentando o suprimento de vitamina A e, a curto e médio prazo, é capaz de reduzir
a prevalência e a severidade da DVA.
Cabe a cada país determinar qual ou quais os alimentos que devem ser fortificados,
em função da proporção e da gravidade do problema e de seus hábitos alimentares.
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DIRETORIA/CONSELHO
Presidente do Conselho Científico Vice-Presidente do Conselho
e de Administração Científico e de Administração
- Dr. Franco Lajolo (FCF - USP) - Dr. Flavio Zambrone (IBTOX)
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Empresas Mantenedoras da
Força-Tarefa Alimentos Fortificados e
Suplementos 2017
Ajinomoto do Brasil
Amway do Brasil
BASF S/A
Danone Ltda.
DSM Produtos Nutricionais Brasil S.A.
Herbalife International do Brasil Ltda.
Kerry do Brasil
Pfizer Consumer Healthcare
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