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BIOLOGIA E GEOLOGIA | 10º ANO

Versão 1

Nas respostas aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.


Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

GRUPO I | Diversidade de artrópodes associados à oliveira (Olea europaea L.), no Algarve


A oliveira, Olea europaea L. (Oleaceae) árvore da região mediterrânea, é uma das plantas cultivadas mais
antigas no Algarve. Trata-se de uma planta originária da Ásia menor, difundida pela região mediterrânea através
das invasões e trocas comerciais que se deram nesta região, antes das invasões romanas.
Dos artrópodes associados à cultura da oliveira (Figura 1), os insetos são o grupo mais estudado, pois inclui os
organismos mais prejudiciais à cultura da oliveira. São várias as espécies de insetos que podem atacar o olival,
destacando-se a oliveira, Olea europaea mosca-da-azeitona (Bactrocera oleae) e a traça-da-oliveira (Prays oleae).
No entanto, também é entre os insetos que se encontra a maior diversidade de auxiliares do olival. Os
auxiliares, quer sejam da classe Insecta ou de outra classe, assumem particular importância no controle natural das
principais pragas do olival.
A classe Arachnida (aranhas) tem uma reconhecida ação de predação, actuando assim como agente de
limitação natural dos inimigos das culturas. Na classe Entognatha encontrámos indivíduos cuja atividade é
fundamental para a manutenção da fertilidade do solo pois ajudam na decomposição. Relativamente à classe
Chilopoda (centopeia), estes artrópodes são conhecidos por serem carnívoros (predadores), pelo que a sua
atividade pode ser importante no controlo de insetos praga como acontece com a mosca-da-azeitona. Este inseto
passa a maior parte do inverno no estado de pupa no solo, podendo assim ser uma potencial presa para as
centopeias.
No olival é também importante manter a cobertura vegetal do solo pois retém mais água e melhora as
características físicas e químicas do solo, tendo como consequência o bom desenvolvimento das plantas,
contribuindo para o aumento da sua resistência às suas doenças. A manutenção do solo com coberto vegetal
promove o desenvolvimento das populações de artrópodes, muitos dos quais fazem parte do complexo de
auxiliares.

Figura 1|Exemplos de Artrópodes associados ao olival:


A- classe Insecta; B – classe Arachnida; C- classe Entognatha; D- classe Chilopoda

1. A traça-da-oliveira (Prays oleae) encontrada nas diferentes oliveiras pertence à mesma


(A) população, mas podem pertencer a espécies diferentes.
(B) população, mas podem pertencer a comunidades diferentes.
(C) Espécie, mas podem pertencer a populações diferentes.
(D) comunidade, mas podem pertencer a ecossistemas diferentes.

2. Sempre que os Chilopoda e a mosca-da-azeitona estabelecem relações tróficas ocupam


(A) níveis tróficos distintos, sendo a mosca-da-azeitona um decompositor.
(B) níveis tróficos distintos, sendo ambos consumidores.
(C) o mesmo nível trófico, sendo ambos consumidores.
(D) o mesmo nível trófico, sendo a mosca-da-azeitona um produtor.

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3. Entognatha fornecem a matéria___ necessária à produção de matéria pelos ___.
(A) orgânica (…) decompositores
(B) inorgânica (…) decompositores
(C) inorgânica (…) produtores
(D) orgânica (…) produtores

4. De acordo com o texto, a mosca-da-azeitona pode ser um ___ e ocupa o ___ nível trófico.
(A) consumidor de primeira ordem (…) segunda
(B) consumidor de segunda ordem (…) terceira
(C) consumidor de segunda ordem (…) segunda
(D) consumidor de primeira ordem (…) primeira

5. A existência de vários olivais no Algarve vai


(A) diminuir a diversidade de espécies, aumentando o número de indivíduos de cada espécie.
(B) fortalecer a diversidade genética da espécie Olea europaea.
(C) promover a diversidade ecológica, embora as comunidades presentes sejam as mesmas.
(D) contribuir para a diversidade da floresta autóctone algarvia.

6. Faça corresponder a cada uma das afirmações referido na coluna A, um dos termos/conceitos descritos
na coluna B.
Escreva, na folha de respostas, as letras e os números correspondentes. Utilize cada letra e cada número
apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
1) Organismo
(a) As células da folha de oliveira realizam a fotossíntese. 2) População
(b) As centopeias alimentam-se da mosca-da-azeitona. 3) Comunidade
(c) Olival 4) Orgão
5) Ecossistema

7. Refira o polissacarídeo estrutural que é possível encontrar nas células da oliveira, Olea europaea, e qual o
monómero que entra na sua constituição.

8. Tendo em conta o papel dos insetos como auxiliares do olival, explique a importância destes seres vivos
para o equilíbrio da teia alimentar presente no olival.

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GRUPO II | A pérola, estratégia de defesa
As ostras, animais pertencentes ao grupo dos moluscos, apresentam corpo mole, protegido
por uma concha bivalve calcificada, tal como os mexilhões, as ameijoas e o berbigão.
São animais filtradores que se alimentam de uma grande variedade de espécies
microscópicas de algas (fitoplâncton) e de outros organismos microscópicos de origem animal
(zooplâncton).
Tal como tantos outros animais marinhos, as ostras também servem de alimento ao homem
e a algumas espécies de peixes, caranguejos, estrelas-do-mar e outros moluscos. Apresentam um
elevado teor de zinco, ferro, cálcio, magnésio e vitamina A na sua composição.
Mas, o valor da ostra não se confina à alimentação. Desde há séculos que estes organismos
são valorizados pela beleza das pérolas que produzem. A produção das pérolas é uma reação
defensiva do hospedeiro, a ostra, a invasores como parasitas ou até partículas inertes como grãos de
areia.
A entrada de corpos estranhos gera uma espécie de irritação - um processo que a ostra
utiliza para se defender do novo organismo. Essa reação tem por finalidade defender o manto, um
tecido muito fino, com várias linhas musculares, presente em moluscos como a ostra. O manto
recobre todo o corpo do animal e protege os seus órgãos internos, como o coração, os intestinos,
etc.
As células do manto cobrem o invasor com várias camadas de uma substância, designada
madrepérola, constituída essencialmente por carbonato de cálcio (cerca de 90%), uma proteína
também presente na concha, a conqueolina, e água.
O corpo estranho é coberto por várias camadas de madrepérola que cristaliza rapidamente
impedindo a reprodução do parasita (Figura 2).
As ostras são frequentemente parasitadas por organismos unicelulares, como os
protozoários Nematopsis sp. e Trichociina sp., por fungos, como Ostracobable implexa ou até por
pequenos vermes.
Nem todas as espécies produzem pérolas, mas investigadores japoneses verificaram que é
possível estimular artificialmente a produção de pérolas em espécies do género Crassostrea.

Figura 1| Formação da pérola dentro da ostra.

1. Ordene as expressões identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência correta dos
acontecimentos relacionados com a formação das pérolas.
Transcreve para a tua folha de prova apenas as letras que identificam as expressões.
(A) Deposição de madrepérola em redor do protozoário.
(B) Produção de madrepérola pelas células do manto.
(C) Formação de polipéptidos de conqueolina pelos ribossomas.
(D) Entrada de um protozoário Nematopsis sp.

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(E) Elaboração da estrutura terciária da conqueolina.

2. A síntese de madrepérola, pelas células do manto, das ostras exige grandes gastos energéticos cujo
suprimento é assegurado com
(A) uma parede celular de natureza celulósica.
(B) inúmeros ribossomas no citoplasma.
(C) o reticulo endoplasmático liso bem desenvolvido.
(D) inúmeras mitocôndrias no citoplasma.

3. As células que constituem as ostras, e os seus parasitas Nematopsis sp e Trichociina sp., apresenta
(A) complexo de Golgi, onde ocorre a maturação de proteínas.
(B) cloroplastos, tal como todas as células eucarióticas.
(C) exclusivamente organelos não membranares e material genético organizado no interior do núcleo.
(D) celulose na parede celular, tal como as células eucarióticas vegetais.

4. Nas células do manto das ostras, podemos encontrar DNA


(A) em todos os organelos.
(B) no interior do núcleo.
(C) nos ribossomas.
(D) disperso no citoplasma.

5. A síntese das enzimas que permitem a produção de madrepérola ____, organelos que estão
presentes
(A) nas mitocôndrias (…) em todas as células eucarióticas.
(B) nos ribossomas (…) nas células eucarióticas e procarióticas.
(C) nos ribossomas (…) apenas em células eucarióticas animais.
(D) nas mitocôndrias (…) nas células eucarióticas vegetais.

6. As células que constituem o manto das ostras apresentam


(A) reticulo endoplasmático liso, onde ocorre a produção e armazenamento de lípidos
(B) cloroplastos, tal como todas as células eucarióticas.
(C) exclusivamente organelos membranares e nucleoide.
(D) parede celular, ao contrário das células procarióticas.

7. Relativamente às células das bactérias e às células de algas que constituem o fitoplâncton de que as
ostras se alimentam, podemos afirmar que são caraterísticas em comum a presença de ___ e de ___.
(A) complexo de Golgi (…) mitocôndrias
(B) parede celular (…) ribossomas
(C) centríolos (…) ribossomas
(D) membrana celular (…) mitocôndrias

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8. O que distingue os seres vivos, como a ostra, da matéria não viva é a sua constituição à base de
compostos orgânicos.
Tendo em conta o mecanismo de defesa da ostra perante parasitas, explique de que forma os elementos
minerais têm um papel importante para a sua sobrevivência.

9. Os investigadores descobriram que as ostras provenientes do Japão apresentam um número muito


mais elevado de mitocôndrias, relativamente às ostras da ria do Alvor. Atendendo à função biológica das
mitocôndrias, explique em que medida, essa descoberta, pode contribuir para a variação do número de
indivíduos das duas populações.

GRUPO III | Pirilampos e a bioluminescência


Em termos gerais, os pirilampos são insetos que, na maioria, as larvas e os adultos produzem luz. Por outras
palavras são organismos bioluminescentes.
Estes insetos (Figura 3) produzem luz através de uma reação química
cujos ingredientes principais são: a luciferina, a enzima luciferase e o
oxigénio. A luciferina é uma substância complexa que na presença de
oxigénio, sob a ação enzimática da luciferase, oxida emitindo luz.
A luz é produzida, dependendo das espécies, para se defenderem de
eventuais predadores, para comunicação e até para acasalamento. Em
algumas espécies, como o pirilampo-ibérico (Lampyris ibérica), a fêmea não
voa, vive junto ao solo e sobe ao longo das plantas, emitindo luz para ser
encontrada pelo macho que tem asas e voa.
Em geral, podem ser encontrados em zonas húmidas, próximo de rios e
ribeiros, longe de pesticidas que matam as suas presas e longe das luzes
intensas que perturbam a sua comunicação.
O ciclo de vida demora de um a três anos. Nesse período terão feito seis
a oito mudas consoante a espécie. É então que as larvas se transformam em
pupa. A passagem de pupa a adulto dá-se a partir do início do verão. Em Figura 1 |Bioluminescência em
geral, os adultos não crescem, não se alimentam e morrem uma a duas pirilampos.
semanas depois de se reproduzirem e as fêmeas depositarem os seus ovos
dos quais eclodirão as futuras larvas.
As larvas alimentam-se principalmente de herbívoros como caracóis e lesmas, presas muito maiores que o seu
tamanho, mas que conseguem imobilizar através da inoculação de um veneno que as paralisa.
Os pirilampos, tal como os outros insetos, possuem um exoesqueleto rígido, graças à presença de quitina, um
polissacarídeo semelhante à celulose, que se associa a proteínas tornando a sua carapaça pouco extensível e
impermeável, impedindo o crescimento dos insetos, mas capaz de os proteger de predadores.

1. A quitina, presente nas carapaças dos insetos é constituída por


(A) monossacarídeos, unidos por ligações peptídicas.
(B) aminoácidos, unidos por ligações peptídicas.
(C) aminoácidos, unidos por ligações glicosídicas.
(D) monossacarídeos, unidos por ligações glicosídicas.

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2. A luciferase é
(A) Uma proteína com função estrutural.
(B) uma proteína com função enzimática.
(C) um lípido com função enzimática.
(D) um polissacarídeo com função estrutural.

3. Na hidrólise da luciferase, _______ ligações entre os seus monómeros com _____ de água.
(A) estabelecem-se (…) consumo
(B) quebram-se (…) libertação
(C) quebram-se (…) consumo
(D) estabelecem-se (…) libertação

4. As células do pirilampo distinguem-se das células das plantas por ______ e têm em comum_______
(A) serem procarióticas […] a composição química do DNA.
(B) não apresentarem parede celular […] a presença de membrana.
(C) não apresentarem retículo endoplasmático […] a composição química da parede celular.
(D) serem eucarióticas […] a presença de ribossomas.

5. Os pirilampos são eucariontes porque as suas células apresentam


(A) retículo endoplasmático liso no qual são produzidos os lípidos.
(B) cloroplastos e mitocôndrias, tal como todas as células eucarióticas.
(C) citoplasma e membrana celular.
(D) celulose na parede celular, tal como todas as células eucarióticas.

6. A água é uma molécula muito importante do ponto de vista biológico, apresentando


(A) elevado poder calorífico, o que permite manter temperatura corporal.
(B) elevada polaridade e baixo poder de dissolução.
(C) baixa polaridade e elevado poder de dissolução.
(D) baixo poder calorífico, contribuindo para a subida da temperatura corporal.

7. Na carapaça dos insetos, a formação da estrutura


(A) quarternária das proteínas resulta, diretamente, da associação de vários polissacarídeos.
(B) primária das proteínas depende da formação de pontes de hidrogénio entre os aminoácidos.
(C) secundária das proteínas resulta da associação entre vários polissacarídeos.
(D) terciária das proteínas depende da formação de ligações de enxofre entre aminoácidos da cadeia
polipeptidica.

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8. Faça corresponder a cada uma das afirmações relativas a compostos químicos presentes nas células,
descritos na coluna A, o respetivo constituinte químico, referido na coluna B.
Escreva, na folha de respostas, as letras e os números correspondentes.
Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.

Coluna A Coluna B
(1) DNA.
(a) Polímero de nucleótidos que comporta a informação
(2) Triglicerídeo.
genética da célula.
(b) Lípido estrutural com duas cadeias de ácidos gordos. (3) Fosfolípido.
(c) Polímero com função de reserva formado por (4) Amido.
monossacarídeos unidos entre si.
(5) Polissacarídeo.

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9. A produção de bioluminescência, nos pirilampos, consome muita energia das células, o que obriga as
larvas a fazer grandes acumulações de glicogénio.
Relacione a funcionalidade deste composto com as necessidades energéticas dos insetos.

FIM

COTAÇÕES

Grupo I Grupo II Grupo III


3 T

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