O documentário “Lixo Extraordinário” aborda como tema o projeto feito
pelo artista plástico Vik Muniz com um grupo de catadores de materiais
recicláveis, tendo como cenário principal o aterro sanitário Jardim Gramacho, localizado no Rio de Janeiro. A proposta apresentada pelo artista foi retirar esse grupo de catadores do lixão e leva-los a uma galeria, onde eles mesmos ajudariam na produção de obras de arte.
A confecção de quadros e imagens utilizando materiais recicláveis é de
tamanha criatividade e originalidade, e de relevância incontestável, que nos faz pensar para além da arte, atentando também para a questão do lixo e das pessoas que vivem inseridas nesse contexto, fazendo-se repensar sobre a cultura dos produtos descartáveis e para os atuais problemas ambientais.
O modo como foi exposto a vida e os problemas pessoais de cada
personagem no documentário pode ser visto e interpretado de diversas maneiras, porém é nítido a intenção de se fazer repensar a forma de como a sociedade vê o catador, que passa por muitas dificuldades e por falta de condições básicas pra se viver, mas que tem os mesmo direitos e a dignidade de querer mudar de vida de maneira honesta.
No final da história foi mostrado as diversas formas de como a arte e a
oportunidade oferecida por Vik mudou a vida de cada um dos integrantes do grupo de catadores. É bastante explicitado no filme os problemas que essas pessoas enfrentam diariamente nos lixões, mas também podemos ver a história de cada um como uma mensagem de esperança para outras pessoas que ainda vivem nessas condições, e também como uma forma de fazer a sociedade rever seus conceitos sobre lixo e sobre seu próprio consumo e produção de lixo.