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COLÉGIO ESTADUAL SACRA FAMÍLIA DO TINGUÁ

Disciplina: Arte Professora: Marlucy Moreira Rocha

Turma: 2001 Data: 06/09/2020

AULA 1

Vik Muniz
Você já deve ter ouvido falar sobre o artista brasileiro Vik Muniz. Vik Muniz é um renomado artista
contemporâneo brasileiro. Vamos falar um pouco sobre sua obra.
Após um breve período ligado à escultura, o artista passou a dedicar-se ao desenho e, sobretudo, à
fotografia. Trabalha com séries de fotografias, na maioria das vezes reproduções de obras de arte
reconhecidas, que recria com materiais diversos como papéis perfurados, algodão, recortes de revistas,
chocolate líquido, açúcar ou poeira.
No caso da série realizada com chocolate líquido, reproduz, entre outras obras, A Descida da Cruz, de
Caravaggio (1571 - 1610), ou a foto de Hans Namuth (1917 - 1990) que mostra o artista Jackson Pollock
(1912 - 1956) pintando. Quando o artista reproduz à sua maneira a obra de 'outro', referimo-nos aos materiais
por ele utilizados, diversos daqueles empregados na obra selecionada por sua vontade. Fotografias
reproduzidas com açúcar ou com detritos de lixo, ou uma Santa Ceia recriada com chocolate líquido implicam
uma licença poética de alto teor de criatividade. Sabe-se que, na história da arte, este artista não está só em
seus procedimentos. Já Arcimboldo, no século XVI, compunha, com rara inventividade, perfis de personagens
em 'assemblages' artificiosos de legumes, frutas e vegetais.
Na série Pictures of Magazines [Retratos de Revistas, 2003], expôs retratos de conhecidas
personalidades brasileiras, como o jogador Pelé e o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, mas também de
um anônimo vendedor de flores. O artista realiza uma complexa operação de decomposição e recomposição
da imagem fotográfica. Os retratos são obtidos pela reunião de pequenos fragmentos de páginas de
periódicos que, sobrepostos em um trabalho preciso, fazem surgir os rostos dos personagens retratados.
Muniz busca na fotografia a expressão para questões de representação da realidade, ligando-a ao
desenho e à pintura, de forma não-convencional. Suas imagens suscitam no espectador a sensação de
estranheza e o questionamento da fotografia como reprodução fiel da realidade. Também inova ao
estabelecer uma relação original entre o artista, a obra de arte e o espectador, que deve refletir, mas também
se deixar levar pelos mecanismos da ilusão.

Texto adaptado:
http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?
fuseaction=artistas_biografia&cd_verbete=3507&cd_item=2&cd_idioma=28555
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AULA 2

Arte Contemporânea – Três artistas plásticos brasileiros que você precisa conhecer: Beatriz
Milhazes, Vik Muniz e Romero Brito.

Beatriz Milhazes e a obra mais cara do mundo

Você sabia que a artista plástica da atualidade mais valorizada é uma brasileira. Trata-se de Beatriz Milhazes,
que no ano de 2012 conseguiu que sua tela “Meu Limão” fosse arrematada por 2,1 milhões de dólares (mais de 4
milhões de reais).

Meu Limão – obra de Beatriz Milhazes que a colocou novamente no posto de artista brasileira viva com obra mais cara
vendida em leilão

Milhazes já havia conquistado recorde em um leilão em 2008 com a pintura “O Mágico”, vendida por 1,049
milhão de dólares, cerca de 2,17 milhões de reais.

O Mágico, de Beatriz Milhazes


A artista iniciou sua carreira nas artes em 1981, ano em que ingressou na Escola de Artes Visuais do Parque
Lage. Na década, Beatriz Milhazes fez parte das exposições que caracterizavam a Geração 80, grupo de artistas que
buscavam retomar a pintura em contraposição à vertente conceitual dos anos 1970, com pesquisa de novas técnicas e
materiais. Mas só a partir de 1990 que Milhazes passa a destacar-se em mostras internacionais nos Estados Unidos e
Europa e integra acervos de museus como o MoMa, Guggenheim e Metropolitan em Nova York.

O lixo vira luxo com Vik Muniz


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Já Vik Muniz (nascido no ano de 1961) é um dos grandes nomes da arte brasileira graças a materiais
geralmente descartados. Muniz usa lixo e componentes como chocolate e açúcar em suas obras. Ele é tão famoso
internacionalmente que no ano de 2010 ganhou um vídeo documentário sobre suas obras intitulado “Lixo
Extraordinário”. “Não é bem o material ou o tema, o inusitado é como essas coisas se relacionam”, ressaltou o artista.

Retrato de Monalisa em geleia e pasta de amedoim


O artista trabalha com lixo e materiais descartáveis
Pictures of People, de 2009, criou o logo da Louis Vuitton
com pessoas e virou estampa de um lenço comemorativo

Cor e vida nas obras de Romero Britto

Já João Gullart, de nome artístico Romero Britto, iniciou sua carreira aos 18 anos, embora desde criança já
demonstrasse talento. Suas obras são conhecidas pela profusão de cores e influência de movimentos como a pop art e
até as histórias em quadrinhos. Pernambucano radicado em Miami, em 2005 Britto foi nomeado Embaixador das Artes
do Estado da Flórida. O artista também já expôs suas obras em um dos museus mais famosos do mundo, o Louvre, em
Paris.

A New Day, de Romero Britto


Cores e mais cores em Abaporu
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AULA 3

Doutores da Alegria
Você sabia que o teatro é uma área profissional de múltiplas vertentes?
O teatro é um campo profissional que pode trabalhar com ação social, mídia, educação, arte, medicina,
ou seja, pode ser considerando como campo de atuação social na humanização das relações e na condução
de projetos de cidadania.
Existem diversas áreas de atuação teatral e múltiplas possibilidades estéticas. É um campo de trabalho
e pesquisa que se alia a outras áreas profissionais, incentiva e produz ações sociais e políticas, além de
interferir criticamente na vida e na sociedade, por meio do debate e discussão coletiva das questões públicas.
O teatro incentiva a ação para a transformação da realidade, criando alternativas criativas para o
enfrentamento das questões do cotidiano.
Doutores da Alegria é uma organização sem fins lucrativos que, desde 1991, atua junto a crianças
hospitalizadas, seus pais e profissionais de saúde. A essência do trabalho é a utilização do palhaço, que
brinca de ser médico no hospital, colaborando para a transformação do ambiente em que se inserem.
Esta organização nasceu da experiência de uma organização similar, a Clown Care Unit, de Nova
Iorque. Este grupo foi fundado por um palhaço dos Estados Unidos, Michael Christensen, em 1986, quando,
em um evento num dos hospitais, ele decidiu incluir em suas brincadeiras, crianças que não podiam se
deslocar até o espaço escolhido para a festa. Neste momento ele instaurou, em um local dominado por
imagens de doenças, ícones de alegria e festividade.
O brasileiro Wellington Nogueira entrou para esta equipe em 1988. Satisfeito com esta prática, decidiu
implantá-la no Brasil. Depois de muito esforço, ele conseguiu dar início a este trabalho no Hospital e
Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, em São Paulo, atualmente conhecido como Hospital da Criança.
Os Doutores da Alegria desempenham, por meio de sua Escola, um papel importante na pesquisa da
linguagem do palhaço e na formação de artistas profissionais. Outras atividades artísticas, como peças
teatrais, são apresentadas ao público em geral.
Mantida por doações de pessoas e empresas, a organização é reconhecida em todo o país por seu
profissionalismo e atuação inovadora, graças aos serviços úteis prestados à sociedade, o que lhe conferiu
uma certificação de utilidade pública nas esferas federal, estadual e municipal.
O público-alvo são os pacientes com doenças graves, muitas delas consideradas incuráveis. Estes
enfermos encontram-se, quase sempre, tristes e deprimidos, com uma visão negativa da vida e de seu corpo,
sobre o qual acreditam não ter mais nenhum domínio. São pessoas traumatizadas e, muitas vezes, fechadas
em si mesmas.
A missão dos Doutores é promover a experiência da alegria como fator incentivador de relações
saudáveis por meio da atuação profissional de palhaços junto a crianças hospitalizadas, seus pais e
profissionais de saúde. Compartilhar a qualidade desse encontro com a sociedade com produção de
conhecimento, formação e criações artísticas. O objetivo dos Doutores é tornar-se um centro cultural
referência na arte do palhaço e nas artes cômicas em geral oferecendo acervo, publicações, cursos e
produções artísticas que estimulem a reflexão e o diálogo crítico com diversos setores da sociedade.

Fontes:
BOAL. Augusto. Teatro do Oprimido e outras poéticas políticas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1988.
GUÉNOUN, Denis. O Teatro é Necessário? São Paulo: Perspectiva, 2004. JAPIASSU, Ricardo. Metodologia
do Ensino de Teatro. Campinas: Papirus, 2001.
http://www.infoescola.com/sociedade/doutores-da-alegria/
http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_teatro/index.cfm?
fuseaction=personalidades_biografia&cd_verbete=703
http://teatrodooprimido.wikispaces.com/file/view/TEATRO+DO+OPRIMIDO.pdf
http://www.doutoresdaalegria.org.br/
http://www.enfermariadoriso.com.br/
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AULA 4

O Pós-Modernismo
O Pós-Modernismo, que também pode ser chamado de pós-industrial, predomina mundialmente desde o fim do
Modernismo. É caracterizado pelas recentes inovações tecnológicas, pela subversão dos meios de comunicação e da
informática, com a crescente influência do universo virtual, e pelo desmedido apelo consumista que seduz o homem
pós-moderno. Essas características de natureza social, cultural e estética, marcam o capitalismo da era
contemporânea. Desta forma, o Pós-Modernismo representa todas as profundas modificações que se desenrolam nas
esferas científica, artística e social, dos anos 50 até os dias atuais. Já não é preciso inovar, nem ser original e a
repetição de formas passadas, passa a ser aceita.
O Pós-Modernismo é um processo ainda em desenvolvimento no contexto histórico em que vivemos. No
entanto, é difícil analisar este movimento, já que está em construção.
Alguns pesquisadores, como o francês Jean-François Lyotard, consideram que a Ciência perdeu muito de seu
crédito como geradora da verdade absoluta, portanto este processo contemporâneo é qualificado como a negação de
todas as justificativas imperativas. Nada mais é certo, tudo é relativo e impreciso.
O Homem pós-moderno habita em um universo de imagens, repleto de símbolos privilegiados em detrimento dos
objetos; a simulação substitui a realidade, e elege-se o hiper-realismo, que pretende transpor para o universo das
imagens, uma realidade objetiva como expressão máxima da contemporaneidade e das incertezas humanas.
O hiper-realismo porém, entra em choque com a existência cotidiana concreta, o que provoca no Homem uma
perturbação, pois em um determinado momento é difícil estabelecer as fronteiras entre real e ficção.
Tudo é fluido na pós-modernidade, uma vez que nada mais é realmente concreto na era atual. Tempo e espaço
são reduzidos a fragmentos. A individualidade predomina sobre o coletivo e o ser humano é guiado pela ética do prazer
imediato como objetivo prioritário. A humanidade é induzida a levar sua liberdade ao extremo, colocada diante de uma
opção infinita de possibilidades, desde que sua escolha recaia sempre no consumismo.
Pode se dizer, que a Pop Art foi a primeira expressão artística do pós-moderno. Surgiu na Inglaterra, mas
ganhou força nos Estados Unidos. Ironiza os ícones do consumismo que a sociedade idolatra, e ao mesmo tempo, luta
contra o subjetivismo moderno. Ela surge com a explosão das comunicações de massa, apresenta uma linguagem
assimilável pelo público, e utiliza um hiper-realismo ao copiar a vida diretamente em objetos do cotidiano. Finalmente, a
Pop Art esgota os códigos estéticos do modernismo, pondo fim à beleza como valor supremo da arte.

A lata de sopa Campbell (1969) e o retrato de Marylin Monroe (1967) de Andy Warhol
http://g1.globo.com/Noticias/PopArte/0,,MUL1537673-7084,00
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A arte Conceitual na década de 70 dá um passo a mais em direção ao vazio pós-moderno. Ela desmaterializa a
arte ao dar um sumiço em seu objeto. Pinturas e esculturas passam a ser supérfluas, pois somente existe interesse
pela ideia, a criação mental do artista, registrada num esboço, esquema ou frase.

Inserções em circuitos ideológicos: Projeto Coca-Cola - Cildo Meireles


1970(garrafas de Coca-Cola, decalque em silk-screen)
http://www.inhotim.org.br/arte/obra/view/161
Na Pós-modernidade, os artistas têm maiores possibilidades de se comunicar, mas a quantidade incalculável de
tendências e linguagens torna impossível alguma unidade formal.
Resta saber por quais caminhos se desdobrará o Pós-Modernismo, se ele também sofrerá uma ruptura
inevitável, ou se será enfim, substituído por outro movimento sócio-cultural.

Fontes:
- GUINSBURG J. e BARBOSA, Ana Mae. Pós-modernismo. São Paulo: Perspectiva, 2008.
http://www.infopedia.pt/$pos-modernismo
http://www.infoescola.com/movimentos-artisticos/pos-modernismo/
http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=329
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AULA 5

TRILHA SONORA

Já imaginou assistir um filme sem música, ou seja, sem trilha sonora?


A música é reconhecida há muito tempo como uma arte peculiar, pois pode incentivar certas atitudes ou
despertar algumas emoções particulares nos que a ouvem. Com seu potencial sensibilizador, tornou-se ferramenta
essencial na construção da técnica narrativa em todas as tradições culturais, sendo assim conectada intimamente à
produção e emissão da simbologia desejada.

http:// www.raindance.org/music-
licensing-101/

Pode-se afirmar, portanto que a trilha sonora, consiste na instrumentalização da música e das sonoridades como
fatores fundamentais na criação de uma história seja qual for o veículo que irá transmiti-la – cinema, teatro, televisão,
entre outros. É a totalidade das composições musicais apresentadas em uma película cinematográfica, nos programas
televisivos, em videogames, etc. Esta definição abrange a música original, ou seja, aquela elaborada exclusivamente
para uma produção artística; ou determinadas criações musicais e trechos de obras que já circulavam antes deste
trabalho específico.
Desde o século XIX as películas cinematográficas são exibidas com o acompanhamento de orquestras ou
pianos, principalmente na época do cinema mudo, quando os únicos sons produzidos eram os acordes tocados por um
pianista ou pelos instrumentistas de uma orquestra.
Não há um consenso sobre a melhor forma de se conjugar o cinema e a música. Enquanto determinados
pesquisadores acreditam que os sons devem se restringir a sua tarefa utilitária e, portanto, precisam estar sujeitos a
critérios que definam seu nível funcional, outros consideram a música cinematográfica como um meio de expressão
particular, com qualidades e normas estéticas intrínsecas. A trilha sonora não é assim, secundária a nenhum outro
elemento da produção, direção de arte, roteiro, etc.
A trilha sonora mais elaborada é a que torna a narrativa mais densa e rica, harmonizando-se com as outras
técnicas cinematográficas e gerando uma experiência emocional original. Ela extrai o melhor de compositores clássicos,
das suas criações menos conhecidas que se transformam em peças célebres ao serem ouvidas em determinadas
produções; ou é composta pelos frutos mais significativos dos instrumentistas modernos, que muitas vezes conhecem a
fama quando têm seus nomes associados aos mestres do cinema.
Uma produção bem realizada – ao equilibrar cuidadosamente o som, a imagem e as falas dos personagens –
permite que a música imprima o caráter de um filme, a sua face específica, seja qual for o estilo musical empregado
nesta obra.
Algumas canções são inseridas na gravação da trilha sonora de um filme sem necessariamente terem sido
produzidas para essa obra em particular, ou sem que mesmo tenham sido tocadas ao longo do filme. Elas são como
coadjuvantes em meio às músicas mais importantes, que realmente definem esta produção.

Texto adaptado: http://www.infoescola.com/cinema/trilha-sonora/


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AULA 6

Grupo Teatral Nós do Morro


Caro aluno, você conhece o Grupo Teatral Nós do Morro?

Grupo Teatral Nós do Morro


http://www.rocinha.org/oentorno/view.asp?id=964
O Nós do Morro é um grupo de teatro do Rio de Janeiro, composto por jovens e adultos moradores do Morro do
Vidigal. Foi fundado em 1986, com o objetivo de criar acesso à arte e à cultura às crianças do morro, além de oferecer-
lhes formação técnica.
O grupo foi fundado pelo jornalista e ator Guti Fraga, que se uniu a um grupo de jovens moradores do morro
para dar início ao projeto Teatro-Comunidade. Foi uma ideia inovadora, já que, até então, a maioria dos projetos
culturais voltados para as comunidades carentes do Rio de Janeiro vinham de fora do Brasil, e nem sempre se
adaptavam à realidade do público a que se destinavam.
Com o decorrer do tempo, o projeto se consolidou e, hoje em dia, oferece aos jovens cursos de formação nas
áreas de teatro (atores e técnicos) e cinema (roteiristas, diretores e técnicos), abrindo e ampliando os horizontes para
jovens moradores, ou não, do Morro do Vidigal.
O Nós do Morro reúne mais de 50 pessoas, entre diretores, atores, técnicos, autores e colaboradores, e seu
trabalho alterna a montagem de textos clássicos e criações coletivas.
As Artes Cênicas não devem ser abordadas somente artisticamente, mas também como um importante mercado
de trabalho e como uma linguagem plural, possibilitando o conhecimento e a compreensão do teatro como fator de
identidade na interação sociopolítica e suas relações com os contextos econômicos e mercadológicos de comunidades
diversas. E é justamente nessa interação sociopolítica que se baseia o trabalho do grupo Nós do Morro, que propõe
através de suas obras e da ação social junto a sua comunidade de origem, a discussão sobre as implicações
econômicas da produção teatral e a análise crítica, além de tomar também como referência a projeção midiática
(televisiva, cinematográfica, publicitária) de alguns atores do grupo.

Fonte:

http://www.nosdomorro.com.br/

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