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Evolução do Pensamento

Administrativo

UNIDADE 2
UNIDADE 2
EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO

PARA INÍCIO DE CONVERSA


Olá, estudante! Como vão os estudos? Acredito que esteja tudo bem!

Vamos dar início a nossa II unidade conto com sua determinação para darmos con-
tinuidade a nossa jornada de estudos!

Vamos lá!

ORIENTAÇÕES DA DISCIPLINA

Prezado(a) aluno(a), gostaria de lembrar a importância da leitura de seu livro-texto antes de iniciar o
estudo do nosso guia. Assista a nossa videoaula e também faça novas pesquisas em nossa biblioteca
virtual, afinal, conhecimento nunca é demais. Surgindo quaisquer dúvidas, não perca tempo, pergunte
logo ao seu tutor! Para sua melhor compreensão, em alguns momentos vou indicar a leitura de alguns
links, conto com sua total atenção!

Nesta II unidade, iremos discutir a cerca de duas temáticas que são fundamentais para o sucesso de
qualquer negócio: estratégia organizacional e inovação. A estratégia é a direção que a empresa resolve
seguir para alcançar seus objetivos de curto, de médio e longo prazo. Existem vários tipos de estraté-
gias que podem ser encontradas na literatura. Nós iremos tratar aqui do conceito de estratégia e sua
importância no âmbito organizacional. Iremos compreender que as estratégias precisam ser criativas e
inteligentes para ajudar a empresa a desenvolver um diferencial competitivo.

Neste sentido, vamos analisar também a importância da inovação para a empresa. E não só para a
empresa, mas também para as nossas vidas. Vamos discutir inovação sob o ponto de vista social e
econômico. Discutiremos a cerca da diferença entre invenção e inovação, sobre os ciclos tecnológicos e
sobre os tipos de inovação. Iremos perceber que a capacidade de inovação das empresas é fundamental
para o desenvolvimento de qualquer negócio. E que a inovação é a força motora de muitas economias e
que pode interferir, diretamente, no nosso cotidiano.

Por último, vamos estudar a gestão global dos negócios. Essa discussão é fundamental na medida em
que as operações das empresas estão cada vez mais globais e o paradigma competitivo mudou. A com-
petição, atualmente, é global, mesmo se tratando de empresas que não realizam transações internac-
ionais. O ritmo acelerado das mudanças sociais, políticas, econômicas, empresariais e o impacto global
que elas alcançam e obrigam os gestores a pensarem seus negócios com uma visão global.

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ESTRATÉGIA ORGANIZACIONAL

Estratégia é a forma que escolhemos para agir em determinadas situações. É a maneira que lidamos
com mudanças e que organizamos esforços e recursos para alcançar objetivos específicos. No âmbito
dos negócios, a estratégia é a forma que a empresa escolhe para competir em um mercado.

Atualmente, para uma empresa se diferenciar frente aos concorrentes é necessário escolher uma estra-
tégia a qual os concorrentes não conseguem imitar. Em um ambiente tão dinâmico e competitivo, onde a
rivalidade entre os concorrentes é intensa, fica difícil desenvolver uma estratégia original e não imitável.
Por isso, as empresas necessitam muito de pessoas, como você, que tenham grande capacidade de criar
soluções empresarias criativas e inovadoras.

Essas soluções criativas e inovadoras irão ser a fonte da construção da vantagem competitiva das
empresas. Preste atenção neste novo conceito: vantagem competitiva. Provavelmente, você já deve ter
escutado falar neste conceito, mas não com as particularidades que iremos tratar aqui.

Vantagem competitiva é o diferencial da empresa em relação aos seus concorrentes. A vantagem com-
petitiva é desenvolvida utilizando recursos, a fim de prover maior valor para os clientes, ganhando assim
da concorrência. A forma de organizar esses recursos será importante.

LEITURA COMPLEMENTAR
Consulte, por favor, seu livro-texto no capítulo que trata de organização.

Boa leitura!

Vamos definir isso, “prover maior valor”, como sendo a adição de atributos e características a um
produto ou serviço que sejam importantes para os clientes.

E os recursos ativos, capacidades, processos, informação e o conhecimento que uma empresa usa para
criar e manter uma vantagem competitiva e atender às necessidades dos clientes. É importante sali-
entar que uma vantagem competitiva não necessariamente deve ser baseada em recursos financeiros
altíssimos ou em recursos tecnológicos avançados.

A vantagem competitiva depende muito mais da capacidade criativa dos gestores e empreendedores
de uma empresa. Ela pode ser baseada em uma forma inovadora de comercializar um produto, um
atendimento cordial ao cliente, a forma que uma empresa pode gerenciar suas relações com clientes e
fornecedores, etc.

Isso quer dizer que, por exemplo, João do mercadinho próximo a sua casa, que há tanto tempo faz suc-
esso no seu bairro, deve ter uma forma diferenciada de comercializar seus produtos o qual proporciona
um sucesso duradouro e a fidelização dos clientes. João deve ser esperto e conhecer muito bem sua
clientela, estabelecendo dessa forma uma relação muito próxima com ela. Pois é, para muitos, João já é
quase da família! Sim, João tem um negócio de sucesso a partir de uma vantagem competitiva! E qual
será? Deixo para você pensar!

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GUARDE ESSA IDEIA!

Por isso, é bom você ficar sabendo, então, que limitações financeiras não deve ser uma barreira para o
sucesso de um empreendimento. Assim, como somente grande disponibilidade de recursos financeiros
não garante sucesso sustentável. As empresas precisam fundamentalmente ter mentes criativas e
adaptáveis que possam fazer a diferença na hora de desenvolver uma vantagem competitiva.

Nós vimos, na unidade I, a análise do ambiente externo e interno da empresa. Esse é um dos passos
para a elaboração da estratégia. Sabemos que uma empresa precisa criar uma vantagem competitiva
sustentável. Neste sentido, vamos discutir os três passos do processo de elaboração da estratégia.

O primeiro: avaliação da necessidade de mudança estratégica. O ambiente empresarial externo tem


sido mais turbulento. Com as necessidades dos clientes aumentando e mudando constantemente, e
com concorrentes trabalhando de maneira mais inteligente, o primeiro passo para a elaboração de uma
estratégia é verificar se a empresa necessita mudar de estratégia em função de alterações no ambiente,
a fim de manter uma vantagem competitiva.

Parece uma tarefa fácil, mas não é. Existe um nível alto de incerteza no ambiente dos negócios. Além
disso, admitir que uma prática estratégica, que até então estava dando certo, não serve mais, muitas
vezes é difícil para a administração da empresa. Muitos gestores pensam: em time que está ganhando
não se mexe. Esta máxima pode até ser coerente no âmbito esportivo, mas no mundo dos negócios não,
principalmente, em um ambiente com intensas mudanças.

Essa inércia competitiva em não querer mudar e não realizar aprimoramentos, quando necessário, pode
levar a empresa a um fracasso irreversível. Já o segundo passo é a análise situacional. Uma análise
situacional também definida como análise de SWOT constitui na avaliação de pontos fracos e fortes do
ambiente interno da empresa e das ameaças e oportunidades do ambiente externo.

É uma ferramenta que auxilia a empresa a determinar como aumentar seus pontos fortes e minimizar os
fracos, maximizando ao mesmo tempo as oportunidades e diminuindo as ameaças externas.

No ambiente interno, as empresas irão analisar: disponibilidade de recursos, capacidades, processos,


rotinas, cultura organizacional e etc.

No ambiente externo, como vimos na unidade I, pode-se analisar: concorrentes fornecedores, clientes,
governo, tecnologia e etc. Além disso, todos os eventos ou temas importantes que podem afetar a
organização, como tendência de preços ou produtos e tecnologia inovadora. Em uma análise situacional,
os gestores se apropriam da análise ambiental para identificar oportunidades e ameaças específicas que
possam melhorar ou prejudicar a capacidade de uma empresa para manter sua vantagem competitiva.

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Fonte: autor,2016

Após identificar a necessidade de mudanças estratégica e de efetuar a análise situacional, é necessário


agora determinar qual caminho se deve seguir, ou seja, qual estratégia deve ser adotada.

Esse caminho deve ajudar ou criar uma vantagem competitiva. Em muitos casos, há a necessidade de
criar uma vantagem como sobreviver e se diferenciar em um mercado, em outros casos há a necessi-
dade de manter e ampliar a vantagem competitiva já existente.

Neste sentido, a empresa pode escolher uma estratégia de aversão ao risco conservadora, cuja finali-
dade é proteger uma vantagem competitiva existente. Ou podem optar por uma estratégia de aceitação
do risco agressiva, cuja meta é ampliar uma vantagem competitiva.

Por exemplo, uma empresa da área de tecnologia que trabalha com o desenvolvimento de sistemas
corporativos, tem como principal diferencial a capacidade de adaptar esses sistemas às necessidades
específicas de cada empresa.

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Para se proteger da concorrência ela implantou uma gestão de relacionamento com o cliente, onde es-
tabelece um canal de comunicação muito próximo e sempre realiza visitas às firmas clientes e clientes
potenciais. Além disso, para ampliar sua vantagem competitiva, a empresa já começa a desenvolver
pesquisas para produzir maneiras mais rápidas e econômicas em adaptar os sistemas operacionais de
acordo com as necessidades específicas de cada cliente corporativo.

Agora, reflita: você já imaginou qual a sua vantagem competitiva para a empresa o que te diferencia dos
demais funcionários? O que você pode oferecer de diferente que irá contribuir para o sucesso organiza-
cional?

É bom começar a pensar muito sobre isto, caso você pretenda se destacar nas organizações como
aquela pessoa que faz toda a diferença. Além disso, as empresas precisam de mentes criativas e difer-
enciadas para desenvolver uma vantagem competitiva sustentável.

LEITURA COMPLEMENTAR
Após essa discussão a cerca de análise de swot e do processo de elaboração de
estratégia, peço que você realize a leitura do seguinte estudo de caso: LINK

Boa leitura!

Inovação e Mudança

Palavrinha mágica hoje no mundo dos negócios é inovação. Inovação é o carro chefe de muitas dis-
cussões entre os gestores. Mas, por que a inovação é tão importante? É importante salientar que
inovação faz parte das nossas vidas. Podemos imaginar várias inovações que mudaram nosso cotidiano
radicalmente, principalmente no que tange a tecnologia da informação, com o advento dos smart-
phones, da internet e das redes sociais.

Podemos imaginar, também, as mudanças que as inovações tecnológicas trarão nos próximos vinte
anos. É provável que iremos poder realizar alguns exames médicos, como hemograma, sem sair de
casa. É provável que a produção de carros elétricos seja em larga escala e os preços acessíveis, que
as cédulas monetárias de papel sejam totalmente abandonadas e que a impressora possa mandar uma
mensagem para a empresa fornecedora assim que a tinta acabar.

PALAVRAS DO PROFESSOR

Na verdade, caro(a) aluno(a), estamos projetando possíveis situações que podem ocorrer daqui a vinte
anos, tudo em termos de probabilidade. Não sabemos exatamente quais mudanças irão acontecer,
entretanto, o que realmente sabemos é que a inovação irá continuar mudando nossas vidas.

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Nesta perspectiva, inovação é um tema que interessa a todos. Já que a inovação tem impacto social e
econômico. Sob o ponto de vista econômico, a inovação tem uma importância fundamental na geração
de riqueza de um país. A inovação é o agente condutor que acelera a economia e muda sua configu-
ração.

Muitas inovações acabam com alguns postos de trabalhos, mas também podem criar outros: tornam
a indústria mais produtiva, criam novos produtos e serviços, criam oportunidades de negócios, fazem
surgir novas concorrências e etc. Sob o ponto de vista social, as inovações podem melhorar a vida das
pessoas. Muitos autores defendem que a inovação tem um papel social importante, principalmente, no
que se refere às pesquisas médicas, cura de doenças e melhorias na qualidade de vida das pessoas.

Para compreender a dinâmica da inovação, vamos discutir sobre ciclo de tecnologia. O ciclo da tecno-
logia tem início com a introdução de uma nova tecnologia e se encerra quando essa tecnologia atinge
seus limites, desaparece e é substituída por outra mais nova e considerada melhor.

Ocorrem ciclos de tecnologia, quando o modelo T da Ford, por exemplo, substituiu as carruagens tradi-
cionais. O mesmo aconteceu com a câmara digital que substitui as da Kodak, que fizeram tanto sucesso
na década de oitenta e noventa. Recentemente, aplicativos de solicitação de Táxi, no smartphone, como
o Easytaxi, substitui o trabalho de cooperativas de táxi e ganha a preferência da maioria dos clientes
pela facilidade e rapidez no atendimento.

Você deve imaginar que todas essas inovações foram oriundas de ideias de pessoas criativas. Sim,
é verdade! Mas é importante a gente entender que nem sempre ideias criativas se transformam em
inovação. Muitas pessoas são ótimos inventores, porém, ruins empreendedores.

A inovação é a ideia transformada em um negócio lucrativo que atende às necessidades de uma de-
manda específica, ou seja, tem utilidade mercadológica. Muitas pessoas não conseguem transformar
suas ideias em negócios rentáveis. A inovação precisa ter utilidade mercadológica. O verdadeiro em-
preendedor é aquele que consegue tornar uma ideia em um negócio de sucesso.

Vale destacar que existem dois tipos de inovações: a inovação incremental e a inovação radical. A ino-
vação incremental está relacionada às melhorias de um produto ou serviço. A agregação de um incre-
mento importante que melhore o desempenho de um produto, serviço ou processo. Já a inovação radical
diz respeito ao surgimento de um novo produto, um novo serviço ou uma nova tecnologia que pode
mudar um sistema produtivo. A inovação radical quebra uma indústria já existente para o surgimento de
outra. Surgem novos fornecedores, novos concorrentes e novas necessidades de clientes serão explora-
das. Esse tipo de inovação tem um impacto significativo e pode mudar a configuração de uma economia
local.

A mudança é a grande inspiração para inovação. Uma mudança demográfica e política, por exemplo,
pode ser uma fonte de inovação. O nosso país na última década viu um crescimento elevado da popu-
lação idosa. O Brasil melhorou a qualidade de vida das pessoas, aumentando assim a expectativa de
vida. Essa mudança proporcionou o surgimento de vários negócios para atender a essa demanda es-
pecífica. Agências de turismo que trabalham somente com clientes idosos, cooperativas de cuidadores
de idosos, serviços alimentícios específicos para essa população, serviços de apoio para famílias que
cuidam de idosos em casa, etc.

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Neste sentido, a mudança se torna uma oportunidade de negócio e deve ser explorada pela empresa,
a fim de que ela desenvolva alguma inovação para se adaptar a um novo cenário. As empresas operam
em um ambiente em constante mutação. Reconhecer e adaptar-se às mudanças internas e externas
pode significar a diferença entre o sucesso contínuo e o fechamento da empresa. As empresas que não
conseguem mudar assumem o risco de declínio organizacional.

Nesta perspectiva, você deve perceber que o sucesso da empresa irá depender da sua capacidade de
inovação. A vantagem competitiva, como já foi exposta, depende diretamente de soluções criativas
e inovadoras que possam diferenciar a empresa frente aos concorrentes. E quando afirmamos que a
inovação tem início com grandes ideias, estamos dizendo na realidade que a inovação principia com
a criatividade. Embora as empresas não possam obrigar seus funcionários a serem criativos, podem
dinamizar a inovação formando ambientes de trabalhos criativos, nos quais os funcionários percebem
que pensamentos e ideias criativas são bem-vindos e valorizados.

Então, a empresa deve criar condições favoráveis para a inovação. Fazendo com que a inovação se torne
rotina e não algo extraordinário. A inovação incremental, por exemplo, deve ser uma busca constante
dos membros organizacionais no sentido de implantar melhorias em processos, atividades, produtos e
tecnologia de produção.

Quando se deseja introduzir uma inovação na organização ou fazer uma substituição tecnológica, você
deve atentar para as questões relacionadas à gestão da mudança organizacional.

A inovação depende da criatividade e são considerados fatores importantes para que a organização se
mantenha competitiva. Todavia, as mudanças em uma empresa nem sempre são fáceis.

A inovação pode ocorrer de três formas:

• A inovação nos produtos e serviços;


• A inovação nos processos organizacionais;
• A inovação nos modelos de negócios.

Uma reorganização no processo de entrega de um produto que faça com que ele chegue mais rápido ao
cliente final é um exemplo de inovação em um processo organizacional.

Um exemplo de inovação no modelo de negócio é o caso da empresa Natura que, para não precisar
mais de lojas físicas, passou a utilizar um novo canal de distribuição, marketing e vendas para atingir
sua clientela.

Como o ambiente que envolve as organizações está sempre mudando, como a oferta de novas tec-
nologias, o surgimento de novos concorrentes ou aparecimento de novas preferências dos clientes, é
necessário que essas empresas mudem algum aspecto da instituição para encarar os novos desafios.

Além do envolvimento de todos, para que se tenha sucesso no processo de mudança, é fundamental que
existam líderes comprometidos com a mudança. Esse líder deve incentivar a tomada de riscos por seus
funcionários e estar sempre aberto a novas ideias e contribuições de seus funcionários.

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Como as pessoas geralmente são resistentes às mudanças, as organizações precisam desenvolver uma
estratégia para implementá-la. Uma estratégia muito adotada consiste em um método de mudança
planejada, que é dividido em três fases: o descongelamento, a mudança e o recongelamento.

Na fase de descongelamento a empresa deve primeiro tornar a necessidade da mudança evidente a
todos. Em outras palavras, deve comunicar primeiro os motivos da mudança para, em seguida, envolver
as pessoas e buscar reduzir as resistências iniciais. Assim, a mudança poderia ser alcançada de forma
mais fácil.

Na fase de mudança, a mudança em si seria executada. Entre os aspectos que podem ser mudados,
estão: as pessoas, a cultura organizacional, as tarefas, a estrutura organizacional e a tecnologia.

Na última fase (recongelamento), o processo de mudança deve ser consolidado, pois não adianta mudar
as coisas para, após o esforço inicial, tudo voltar a ser como era antes.

Nesta fase, os hábitos devem ser reforçados para que a mudança se estabilize, seja por meio de treina-
mentos, seja por meio de incentivos.

Um ambiente de trabalho criativo requer três tipos de incentivo:

• O incentivo organizacional;
• O incentivo dos gestores;
• O incentivo do trabalho em equipe.

O incentivo organizacional à criatividade ocorre quando os dirigentes encorajam a aceitação de riscos


e novas ideias, remuneram, reconhecem a criatividade e encorajam a partilha de novas ideias nas
diferentes áreas da empresa. Programas de qualidade, por exemplo, que incentivam os funcionários a
elaborarem soluções para superar gargalhos em processos organizacionais. Neste caso, os funcionários
que se destacam podem ser promovidos ou remunerados por cada solução apresentada.

GUARDE ESSA IDEIA!

O incentivo dos gestores à criatividade ocorre quando os superiores hierárquicos indicam metas claras,
incentivam a interação aberta com os subordinados e apoiam ativamente o trabalho e as ideias das
equipes de desenvolvimento. O incentivo ao trabalho em equipe ocorre quando os membros de uma
equipe resolvem compartilhar conhecimento e experiências, tendo como um desafio positivo e constru-
tivo estabelecer um compromisso conjunto, a fim de aprimorar a capacidade de inovação da empresa.

O que é importante você saber, também, é que a inovação está relacionada ao processo de aprendi-
zagem. Quanto mais as empresas aprendem, mais capacidade de inovar elas irão adquirir. Na prática,
isto quer dizer que todas estas condições favoráveis à inovação no ambiente organizacional levam em
consideração ferramentas que auxiliam no processo de aprendizagem. Isso vale para você também,
quanto mais você aprende, mais criativo(a) você pode ser! Já pensou nisso?

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ADMINISTRAÇÃO GLOBAL

Os negócios estão cada vez mais globais. Não só no que se refere à exportação e importação de bens e
serviços, mas principalmente, em relação às operações das empresas que ocorrem em vários locais do
globo ao mesmo tempo.

Você provavelmente participa desse negócio global, constantemente. O computador, tablete ou smart-
phone que você está utilizando, agora, por exemplo, pode ser de uma empresa americana ou coreana
que foi produzido na China e está sendo comercializado no Brasil. Dessa maneira, como consumidor
você participa ativamente dos negócios globais.

Neste sentido, muito se discute acerca dessas operações globais e como isso, afeta o gerenciamento
dos negócios. O negócio global apresenta seu próprio conjunto de desafios para os administradores.
Como o gestor tem certeza de que a maneira como ele dirige a empresa em um país é a forma cor-
reta para dirigir a empresa em outro país? Além disso, a globalização muda o paradigma competitivo.
Fazendo com que a competição seja global, mesmo para aquelas empresas que não realizam operações
internacionais.

Isso fica fácil de entender quando observamos a velocidade e o impacto global da inovação e das mu-
danças. Alguma alteração na maneira de manufaturar um produto, por exemplo, feita em um país, pode
ter impacto na cadeia produtiva global, em vários lugares do mundo ao mesmo tempo.

Quando se fala em administração global, é válido analisar alguns conceitos, tais como: corporações mul-
tinacionais e investimento estrangeiro direto. Corporações multinacionais são as organizações que têm
empresas em dois ou mais países. Já o investimento direto estrangeiro ocorre quando uma empresa se
instala fisicamente em outro país ou compra uma firma já estabelecida neste país. Esse investimento é
muito importante para a economia de muitos países, principalmente, os em desenvolvimento, já que é
mais fonte de geração de riqueza e empregos.

O Brasil, desde o final da década de oitenta, vem recebendo forte investimento estrangeiro direto.
Muitas corporações internacionais se instalaram aqui, para comercializar seus produtos e manufaturar.
A previsão é que nos próximos cinco anos haja uma fuga desses investidores ainda sem uma proporção
definida em função de alguns problemas internos brasileiros que precisam ser resolvidos, tais como:
ameaça de inflação e reforma tributária.

Sob o ponto de vista da gestão de negócios, empresas, que realizam investimento direto estrangeiro,
precisam ser muito flexíveis, na medida em que operam em países diferentes com culturas variadas e
em muitos casos com regimes político e econômico diferenciados.

Em relação às transações comerciais internacionais como exportação e importação é importante ressal-


tar o papel do Governo nessas transações, a partir de barreiras comerciais estabelecidas e acordos com-
erciais implantados. Barreiras comerciais são medidas de protecionismo para proteger empresas e tra-
balhadores locais da concorrência estrangeira. Historicamente, países desenvolvidos como os Estados
Unidos e os países membros da União Europeia protegem seus produtos contra produtos estrangeiros.

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Por exemplo, a União Europeia impõe uma tarifa acima de 30% para algumas frutas oriundas da China,
como o morango. Os Estados unidos impõem altas tarifas para produtos como etanol, por exemplo.

A principal barreira comercial utilizada pela maioria dos países são as tarifas - impostos que incidem
diretamente sobre os produtos importados. Isso faz com que os produtos importados fiquem mais caros
para os consumidores locais.

E em virtude da existência dessas barreiras ao comércio, a aquisição de bens e serviços importados tem
sido cada vez mais onerosa. Dessa forma, nós consumidores comuns não podemos experimentar muitos
dos produtos estrangeiros que são comercializados no nosso território. Só quando viajamos para fora do
país.

Para tentar resolver essas questões, existe a Organização Mundial do Comércio. A organização mundial
de comércio tem aproximadamente 150 países membros e tem como principais funções: promover acor-
dos comerciais entre os países, administrar esses acordos, funcionar como fórum de debates, monitorar
as políticas econômicas dos países e cooperar com outras organizações internacionais. De maneira
prática, a OMC funciona como uma mediadora dos interesses dos países e busca gerir os conflitos rela-
cionados a esses interesses.

Dito tudo isso, vamos tratar de questões mais específicas de gestão global de negócios. Convido você
a refletir, então, sobre uma questão que eu coloquei no começo da minha explanação a cerca da admin-
istração global: Como um gestor pode ter certeza de que o modo pelo qual administra sua empresa em
um país será a forma certa de administrá-la em outro? Em outras palavras, como o gestor consegue o
equilíbrio correto entre a consistência global e a adaptação local?

Consistência global significa que quando uma empresa multinacional possui escritórios, instalações in-
dustriais e unidades de distribuição em diferentes países, usarão as mesmas regras, diretrizes, políticas
e procedimentos para gerenciar estes escritórios, fábricas e unidades. Em contrapartida, uma empresa
com uma política de adaptação local altera seus procedimentos operacionais padronizados para se
adaptar a diferenças que ocorrem em clientes, governos e agências reguladoras locais.

Na verdade, o mais indicado é tentar achar a dosagem correta para a padronização e para a adap-
tação local. A padronização, representada pela consistência global, é importante porque oferece uma
identidade universal a empresa, algo que é muito importante tanto para os funcionários quanto para os
clientes. Existem valores e procedimentos próprios enraizados na cultura e estrutura organizacional que
torna a empresa única e a identifica no ambiente com uma variedade imensa de organizações.

A padronização é importante, também, porque permite a estabilidade organizacional a partir de regras e


procedimentos padrões que devem ser seguidos por todas as unidades. Sem padronização, cada um faz
o que quer e os conflitos serão destrutivos. A padronização ajuda também na produtividade e no con-
trole dos custos de operação diminuindo erros e desperdícios a partir dos procedimentos estabelecidos.

A adaptação, também, é fundamental. Na medida certa, ela auxilia a empresa no processo de instalação
e interação com a comunidade local. Se a empresa quer ser bem-sucedida nas nações onde se situam,
elas necessitam desenvolver sua capacidade de adaptação às condições locais.

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No entanto, se as empresas se concentrarem excessivamente na adaptação local, correm o risco de
perder a eficiência de custos e da produtividade que resultam no conjunto de regras e procedimentos
padronizados ao redor do mundo. Williams (2010) cita o exemplo da MTV Internacional.

Esta empresa uma década após sua implementação era rentável, porém em escala reduzida – de fato,
quase 80% dos espectadores da emissora localizavam-se fora dos Estados Unidos. O acesso a esses
outros mercados demorou a proporcionar lucros elevados. Por quê? Por causa do trabalho árduo que a
emissora teve para se adaptar às condições locais, desenvolvendo programas específicos que atendesse
aos interesses de cada demanda. Isso gerou um custo substancial para construção de novos estúdios,
atração de novos talentos e desenvolvimento de conteúdo local para um número tão grande de merca-
dos internacionais.

PALAVRAS DO PROFESSOR
Prezado(a) aluno(a), finalizamos a unidade II. Particularmente, acredito que os temas
tratados aqui devem despertar grande interesse para você. Já que são temáticas que
vão além do ambiente de negócios. No caso da inovação, por exemplo, ela pode ser
discutida sob o ponto de vista econômico, a partir da discussão acerca do seu papel
nas mudanças da configuração econômica de um país, principalmente, as inovações
radicais que geram um processo destrutivo criativo, tornando indústrias existentes
obsoletas e criando novas. Neste caso, entendemos indústria como toda a estrutura
de mercado que envolve: concorrentes, fornecedores e clientes.

Além disso, a inovação pode e deve ser discutida sob o ponto de vista social e o
impacto que ela tem na vida das pessoas. Você pode perceber que essa é uma dis-
cussão ampla e que não se encerra aqui. Você deve buscar outras fontes de pesquisa.
E pode-se analisar a inovação e a relação direta que ela tem com o processo de
aprendizagem nas empresas.

LEITURA COMPLEMENTAR
Peço agora, que você leia o artigo abaixo que fala sobre inovação. LINK

Boa Leitura!

A gestão global de negócios envolve assuntos como: relações internacionais e comércio internacional.
Desperta a necessidade de atualização a cerca de conhecimentos gerais sobre culturas diversas, econo-
mia de outros países e transações cambiais, por exemplo.

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LEITURA COMPLEMENTAR
Neste sentido, recomendo o acesso ao site da revisa exame: LINK e a busca de
notícias nas seguintes sessões: mundo, economia e mercado. É importante você saber
que um gestor de negócios precisa se atualizar constantemente em relação a tudo
que acontece no mundo, no âmbito político e econômico. Se você não gosta muito de
conhecimentos gerais, comece a repensar as suas preferências. Mas tenho certeza,
que um desses assuntos deve despertar o seu interesse!

VEJA O VÍDEO!
Sugiro que assista ao vídeo que trata da palestra sobre gestão e governança de tec-
nologia da informação (TI): VÍDEO - Duração (54:47)

ACESSE O AMBIENTE VIRTUAL


Espero que você tenha gostado desta unidade! Estamos sempre a sua disposição para
auxiliar no que for preciso. Acesse ao ambiente virtual e responda a atividade. Em
caso de dúvida, pergunte ao seu tutor!

Bons estudos e até breve!

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