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Apontamentos: Exame de Empreendedorismo

Empreendedorismo:
• Processo criativo e arriscado de fazer sucesso com inovação;
• Dinâmica de identificação e aproveitamento de oportunidades, transformando-
as em negócios de sucesso;
• Atividade de criar valor mediante a afetação de recursos;
• Processo através do qual indivíduos ou grupos criam valor reunindo um conjunto
de recursos para explorar oportunidades existentes na envolvente;
“O Empreendedorismo é uma revolução silenciosa, que será para o século 21 mais
do que a revolução industrial foi para o século 20.”

Perfil do empreendedor:
• Visionário
• Mente Aberta
• Disposto a assumir riscos
• Disposto a cooperar com os outros

Os primeiros passos passam por:


• Começar por nós mesmos, e ter uma boa ideia
• Ter uma boa equipa: ser multidisciplinar, polivalente, motivada, complementar,
saber lidar com o não.
Nota: Portugal, é o país da Europa com maior desejo de empreender, ou seja, ter o seu próprio
negócio, contudo é aquele que menos empreende, visto que, apenas 3% empreende.

Motivações para empreender em Portugal:


• Possibilidade de ser criativo/inovador;
• Possibilidade de ser independente;
• Assegurar uma situação económica estável.

4 tipos de razões para empreender:


• Não saber o que se quer
• Apresentar-se como uma alternativa menos má
• Procura de autoemprego
• Criar e acrescentar valor

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Razões do sucesso do empreendedor:
• Perceber o mercado/setor: A experiência profissional ajuda
• Conhecer e eliminar/atenuar a(s) dor(es)/necessidades do mercado: Olhar para
os consumidores é fundamental
• Compreender a evolução/mudanças do mercado: Capacidade de acompanhar as
alterações do mercado
• Assumir riscos: Mas não colocar a “cabeça no cepo”
• Criar uma solução inovadora/diferenciadora

Mandamentos do empreendedor:
1. Todos os negócios acabam. A questão é saber quando. - Facto: menos de 1/3
das startups sobrevivem 5 anos.
2. As empresas mais jovens fecham com maior frequência do que as empresas já
instaladas. Facto: existe mesmo o “vale da morte” e dura 2 anos. - Facto: o crescimento
acelerado pode ser uma solução adiada…
3. Fecho de negócios não é insolvência: pode ser a venda, o relançamento ou a suspensão;
4. O espírito empreendedor é “genético”, mesmo em caso de insucesso.
5. O insucesso é pedagógico. Falhou? Tente novamente! - Facto: os negócios sobrevivem
em formas distintas; - Facto: 2/3 dos empreendedores voltam a liderar novos negócios;
- Facto: os empreendedores aprendem com os erros.
6. Os negócios que exploram nichos de mercado com potencial de crescimento
sobrevivem mais tempo. - Facto: “Pequenas diferenças produzem grandes vantagens”
7. Os negócios que se ajustam permanentemente à evolução do mercado sobrevivem
mais tempo. - Facto: a única certeza no mundo dos negócios é a incerteza; - Facto: a
curva da aprendizagem é um fator crítico de sucesso.
8. Os negócios com maior número de clientes sobrevivem mais tempo. - Facto: metade
das start-ups concentram a sua atividade em 5 ou menos clientes; - Facto: a perda de
um ou mais clientes chave é a causa de insucesso mais frequente dos pequenos
negócios.
9. A inovação é um compromisso… - Inovação de processos, produtos e serviços - Como
inovar.

Inovação:
O que é?
• Exploração com sucesso de novas ideias
• Construir soluções novas ou significativamente melhores do que as opções disponíveis
no mercado: Soluções criadoras de valor
• Quebrar padrões
• Fazer diferente: Encontrar novas maneiras de FAZER o que já está a ser feito
• Fazer coisas novas: Fazer algo que nunca foi feito
Inovação: Nova solução+ Ação+ Resultado impactante

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Porquê?
• Inovar é fundamental para o sucesso
• Os que inovam ficam em posição de vantagem
• As inovações geram vantagens competitivas a médio e longo prazo
• Desenvolvimento da economia: Cria e transforma conhecimento novo em novos
produtos, processos ou serviços que satisfazem necessidades. Assim gera novos
negócios e crescimento económico.

Fontes
• Inesperado: Acontecimentos não previsto nem previsíveis;
• Incongruências: Discrepâncias entre o que é, e o que deveria ser
• Processos de necessidade: Identificar pontos fracos e melhorar

Como?
Apresenta-se como um processo sistemático
1. Pensamento Estratégico: O processo de inovação começa com o objetivo de criar uma
vantagem estratégica no mercado.
2. Estudo e pesquisas
3. Desenvolvimento da ideia: Protótipos?
4. Execução
Assim deve-se:
• Começar por um problema
• Converter o problema em desafio
• Desafiar os colaboradores para sugerir soluções criativas
• Brainstorming: explorar a potencialidade criativa
• Combinação e avaliação de ideias
• Desenvolvimento de ideias
• Execução

Tipos de inovação
• Inovação de produto/serviços: Modificações nos atributos do produto, com mudança
na forma como ele é percebido pelos consumidores. Como exemplo: • A fralda
descartável, que facilitou a vida das famílias.
• Inovação de processo: Mudanças no processo de produção do produto ou serviço. Não
gera necessariamente impacto no produto final, mas produz benefícios no processo de
produção, geralmente com aumentos de produtividade e redução de custos. Como
exemplo: • Informatização de etapas do processo antes realizadas manualmente.
• Inovação no modelo de negócios: Mudanças no modelo de negócio. Ou seja, na forma
como o produto ou serviço é oferecido ao mercado. Não implica necessariamente
mudanças no produto ou mesmo no processo de produção, mas na forma como ele é
levado ao mercado. Como por exemplo: • Vendas on-line
• Inovação tecnológica: Criação ou aplicação de novos conhecimentos (I&D).

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Impacto da inovação
• Inovação incremental: Reflete pequenas melhorias contínuas nos produtos ou em
linhas de produtos. Geralmente, representam pequenos avanços nos benefícios
percebidos pelo consumidor e não modificam de forma expressiva a forma como o
produto é consumido ou o modelo de negócio.
• Inovação radical: Representa uma mudança drástica na maneira como o produto ou
serviço é consumido. Geralmente, traz um novo paradigma ao segmento de mercado,
que modifica o modelo de negócios vigente.

Maldição da inovação
Está associada ao facto de estar muito à frente no tempo, e do mercado não estar preparado
para isso.

Anatomia da inovação- as várias fases que o empreendedor enfrenta desde a


conceção da ideia.

Face às fases pelas quais o empreendedor enfrenta são apresentadas as


seguintes dicas:
• Aprender a lidar com os Velhos do Restelo: Ultrapassar obstáculos e seguir em
frente é o desafio permanente na vida dos empreendedores
• Aprender a gerir o desânimo: A vida do empreendedor é feita de altos e baixos.
Seja persistente!
• Aprender a gerir o falhanço: Aprender com os erros.
• Ser contido na euforia: Hoje correu bem, mas e amanhã? Não facilite nem
abrande… - Olhe para o mercado e antecipe-se: Que necessidades? Inove! Seja
diferente!

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Criação de empresas
1. Análise de Pré-Viabilidade: Prosseguir com o projeto (plano de negócios),
reformatar a ideia original antes de prosseguir (identificar que aspetos) ou
abandonar e retomar a fase da ideia.
2. Plano de Marketing: Estratégia, marketing-mix.
3. Organização e Funcionamento Estrutura, funções, meios humanos, materiais…
4. Análise de Viabilidade Modelo de negócio, cálculo e análise de indicadores de
avaliação

A ideia de negócio e a analise de mercado


• Identificar ideias que sejam oportunidades reais de negócios;
• Identificar as necessidades do mercado e se as empresas já existentes satisfazem
as necessidades;
• Uma empresa é bem-sucedida se corresponder a uma necessidade não satisfeita
ou se for capaz de satisfazer melhor necessidades para as quais já existe oferta
de produtos ou serviços.

Fontes de ideias
• Visita a feiras, exposições e leitura da imprensa especializada;
• Observação de problemas e necessidades não atendidas na sua plenitude;
• Experiência enquanto consumidores;
• Experiência profissional.
Nesta fase deve-se:
➢ Identificar necessidades ou deficiências: pesquisa de necessidades não
satisfeitas e produtos/serviços passiveis de sofrer melhorias;
➢ Observar tendências/alteração no mercado: estudar o mercado e observar
tendências (locais, nacionais ou internacionais, em padrões de consumo, gostos
e preferências);
➢ Procurar novas aplicações: monitorar produtos/serviços e adequá-los a novas
utilizações;
➢ Hobbies
Observar o sucesso dos outros: estudar o mercado para procurar produtos/serviços cuja
implementação ainda não tenha sido feita.

A mudança como fontes de ideias:


• Mudanças sociais: entrada da mulher no mercado de trabalho criou novas
necessidades de serviços, como serviços ao domicílio e compras online;
• Mudanças demográficas: aumento da esperança media de vida levou a um
aumento dos centros de dia/lares para a terceira idade;
• Mudanças empresariais: externalização dos serviços, globalização da economia,
novas estratégias de marketing tornaram possível o surgimento de novos
negócios como consultoria a empresas, agências de comunicação, call centers.
• Mudanças legislativas: alteração legislativas em matérias como Segurança e
Higiene no Trabalho, Gestão Ambiental ou a implementação de Sistemas de
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Gestão da Qualidade, como Gestão de resíduos e reciclagem, empresas de
certificação de qualidade.
• Mudanças tecnológicas: avanço de novas tecnologias e da internet tem
permitido a criação de novos negócios e obrigado a redefinir as estratégias
comercias e de distribuição.

Como avaliar uma ideia de negócio?


• Perfil do cliente: produto/serviço corresponde a uma solução adequada para
uma lacuna no mercado;
• Potencial de crescimento da ideia;
• O(s) promotor(es) tem(têm) as competências necessárias: se uma ideia implica
conhecimento técnico que o promotor não tem, tem de ser capaz de encontrar
alguém que preencha esse vazio;
• O(s) promotor(es) consegue(m) imaginar-se a fazer isso nos próximos anos:
tem(têm) de estar disponível(eis) para se dedicar(em) e suportar os sacrifícios;
• De que recursos necessitam e se estão facilmente disponíveis;
• De quem precisam na equipa;
• Qual é a estimativa de vendas mais razoável.

Análise de mercado
Macro envolvente
• Contexto económico: rendimento familiar, taxa de juros, …
• Contexto sociocultural: fatores demográficos, nível educacional, tradições
culturais, …
• Contexto politico-legal: estabilidade política, enquadramento legal, …
• Contexto tecnológico: inovações tecnológicas, …

Indústria / Setor
• Concorrência direta
• Concorrência indireta
• Concorrência internacional

Atratividade da indústria / setor


• MODELO DE 5 FORÇAS DE PORTER
o Potencial de novas entradas (economias de escala, diferenciação do
produto, know-how);
o Poder negocial dos clientes (concentração de clientes, voluma das suas
compras, sensibilidade ao preço);
o Poder negocial dos fornecedores (concentração de fornecedores, custos
de mudança, dimensão dos fornecedores);
o Pressão dos produtos substitutos (relação
preço/desempenho/qualidade, diferenciação do produto);
o Rivalidade entre os concorrentes atuais (nº e equilíbrio entre
concorrentes, taxa de crescimento da indústria)

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Mercado potencial
• Demografia: taxa de natalidade, concentração do público-alvo;
• Poder de compra: zona economicamente dinâmica?
• Despesas e rendimento dos agregados familiares.

Oportunidades
• “novo” mercado com uma necessidade não satisfeita;
• Atributos valorizados pelo mercado atual mudaram.

Ameaças
• Legislação aplicável;
• Forte concorrência no mercado;
• As empresas já existentes detêm vantagens competitivas.

ANÁLISE SWOT
• Strengths: pontos fortes (vantagens internas);
• Weakness: pontos fracos (desvantagens internas);
• Opportunities: oportunidades (aspetos positivos do meio envolvente);
• Threats: ameaças (aspetos negativos do meio envolvente).

Financiamento
• Necessidades iniciais de financiamento pode ser obtida pelo montante de
investimento necessário para abrir o negócio mais a diferença entre os gastos e
as vendas esperados durante a fase inicial do negócio;
• As previsões das necessidades de financiamento devem ter igualmente em conta
os desvios causados por:
o Atrasos na implementação do negócio;
o Alteração ao projeto inicial;
o Gastos não previstos;
o Crescimento inicial das vendas abaixo do esperado.
• É importante elaborar pelo menos uma previsão que tenha em conta um cenário
mais conservador;
• É normal existirem dificuldades no arranque do negócio, pelo que é aconselhável
dispor de uma poupança suficiente para suportar os gastos de funcionamento
da empresa durante alguns meses.

Fontes de financiamento
• Política de financiamento - conjunto de decisões que tem em vista a obtenção
dos capitais necessários à criação e crescimento/desenvolvimento da empresa;
• Fontes de financiamento - conjunto de capitais internos e externos à empresa
utilizadas para o financiamento das aplicações e investimentos;
• Seleção dos meios de financiamento é um fator condicionante do crescimento,
rendibilidade, risco e imagem da empresa.

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Critérios principais para a escolha da fonte de financiamento:
• Perfil dos promotores do projeto;
• Grau de compromisso com o projeto;
• Fator de inovação e de diferenciação;
• Montante necessário;
• Ambição do projeto.

RECURSOS PRÓPRIOS
• Origem em poupanças pessoais, atividade profissional paralela e bens próprios;
• Deverá ser utilizada com particular cuidado, de forma a não por em causa o
património pessoal e o seu bem-estar;
• Essencial para obter financiamento externo, uma vez que traduz o compromisso
do empreendedor com o seu projeto.

FUNDOS PROVENIENTES DE FAMILIARES E AMIGOS


• Apenas consegue fornecer pequenos montantes de capital, adequada para
pequenos novos negócios;
• É importante estabelecer regras para a utilização desta fonte de financiamento-
manter um grau de relacionamento empresarial;
• Devem ser encarados como fundos próprios.

BUSINESS ANGELS
O que são?
• Investidores individuais que investem no capital de empresas com potencial de
crescimento e valorização;
Principais caraterísticas:
• São empreendedores, mas com disponibilidade financeira para investir em
projetos de outros empreendedores;
• Dispostos a financiar startups ainda na sua fase embrionária, em setores de
atividade em que tenham grande experiência e conhecimentos;
• A sua permanência é temporária, normalmente com um horizonte de
médio/longo prazo;
• PRINCIPAL OBJETIVO: ajudar ativamente a desenvolver a empresa participada,
onde aportam capacidades financeiras, experiência e network de negócios
(smart money)
Como aceder
• Estão organizados em três formas:
o Business Angels individuais- é preciso contactá-los com vista a
apresentação do projeto
o Empresas / Fundos de Investimento de Business Angels- empresas com
fundos estruturados e com o objetivo de estruturar o projeto
o Associações de Business Angels: APBA (Associação Portuguesa de BA) ou
FNAB (Federação Nacional de Associações de BA) - são associações
formais que disponibilizam candidaturas acessíveis

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• Atrair a atenção de um potencial investidor através de uma ideia solida, um
plano de negócios estruturado e um perfil de empreendedor credível.

SOCIEDADE DE CAPITAL DE RISCO (SCR)


O que é?
• Traduz-se na entrada de um novo sócio, geralmente por via de aumento de
capital ou de subscrição de capital inicial;
• Financia em parte a empresa, mas passa a ser sócia ou acionista;
Principais caraterísticas
• Permanência temporária, de medio/longo prazo (limite legal de 10 anos);
• Participação no capital social da empresa é minoritária;
• PRINCIPAL OBJETIVO: ajudar a desenvolver a empresa participada, num
determinado período de tempo, com vista a obtenção de uma mais-valia na
altura da venda da sua participação.
• Procuram apoiar projetos e empresas com viabilidade, elevado valor
acrescentado e potencial de valorização;
• Prestam apoio aos empreendedores na estratégia da empresa e na angariação
de outras fontes de financiamento complementares. Contribuem com
aconselhamento e permitem o acesso à rede de contactos;
Como aceder?
O promotor do projeto deve:
-Numa primeira fase, analisar as várias SCR existentes e selecionar as que têm
um perfil de investimento mais adequado ao seu projeto;
- Efetuar o primeiro contacto com a apresentação de um sumário executivo do
projeto, ou seja, um documento resumo do projeto e de apresentação dos promotores.
Caso se verifique interesse pela SCR, enviar o plano de negócios completo para
análise. A partir desta fase, e depois de comunicado um parecer preliminar favorável
por parte da SCR, é́ iniciado um período de negociação onde são fornecidas informações
complementares sobre o projeto. Após a aprovação final da SCR proceder-se-á à
contratualização da entrada da SCR.

Business Angels vs. Sociedades de Capital de Risco


- O que distingue estes dois tipos de investidores é a proximidade;
- Business Angels: sócios ativos, oferecem dinheiro, rede de contactos, o conhecimento
e experiência de gestão e o seu tempo. Análise de projetos menos formal;
- Sociedade de capital de risco: o acompanhamento é técnico e distanciado, em que não
querem a maioria de participação na empresa. Os investimentos são selecionados e
realizados distintamente. Utilizam um maior formalismo na análise de projetos.
- A opção entre os dois depende do perfil do empreendedor e das necessidades e
objetivos do próprio negócio.

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EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS DE MÉDIO E LONGO PRAZO
• Tem uma duração superior a um ano;
• São normalmente exigidas garantias pessoais e/ou reais (ex.: hipoteca do bem
adquirido);
• Exigem o pagamento do capital inicial e dos juros (remuneração do capital);
• O banco prestará atenção à avaliação de elementos previsionais como projeções
futuras sobre a dimensão do mercado, vendas e rendibilidade para determinar a
capacidade da nova empresa. Examinam variadas questões como se a empresa
tem uma vantagem competitiva no mercado, tipo de indústria, empreendedor,
riscos, etc.
• VANTAGENS:
o Permite alavancar o investimento num projeto combinando esta com
outras fontes de financiamento;
o Taxa de juro mais baixo;
o O promotor mantém controlo total sobre a gestão e estratégia da
empresa;
o Os processos são mais rápidos.

CONTA CORRENTE CAUCIONADA


• Financiamento bancário de curto prazo destinada a apoiar necessidades
pontuais de tesouraria;
• Taxas de juros elevadas:
• Limite máximo de crédito que pode movimentar, de acordo com as necessidades
de tesouraria.

LEASING
• Contrato de financiamento celebrado entre duas partes, o locador (empresa de
leasing) e o locatário (cliente);
• Cedência temporária, por um prazo determinado, de um bem, móvel ou imóvel,
mediante o pagamento de um montante periódico (renda) e, o locatário possuiu
uma opção de compra no final do mesmo prazo, mediante o pagamento de um
montante pré-determinado (valor residual)
• Leasing imobiliário: financiar um imóvel para atividade profissional ou
empresarial (escritório, loja, armazém);
• Leasing mobiliário: aquisição de equipamentos e produtos (viaturas, máquinas,
computadores, etc.).

FACTORING
• Tomada por uma instituição financeira (fator), de créditos a curto prazos que os
fornecedores de bens ou serviços (aderentes) constituem sobre os seus clientes
(devedores).

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Os objetivos e a estratégia de marketing
O principal objetivo de uma estratégia de marketing é o desenvolvimento do negócio,
tendo em linha de conta:
• A análise do meio envolvente;
• A análise da concorrência;
• A análise do mercado e da própria empresa
- Objetivos/vantagens em estabelecer uma estratégia de marketing:
• Serve de orientação para os diferentes departamentos da empresa, definindo
quais os objetivos e as ações de marketing a prosseguir;
• Identifica as oportunidades e ameaças do mercado;
• Identifica os pontos fortes e fracos da empresa
A estratégia de marketing deverá garantir que a empresa atinja os objetivos
estruturados no plano de marketing.

Plano de marketing
Objetivos/vantagens em realizar um plano de marketing:
• Antecipação das decisões a tomar, o que permite preparar corretamente a sua
execução, diminuindo assim eventuais erros;
• Conjugação e articulação das diferentes decisões, permitindo uma coerência em
todas as políticas da empresa/produto(s);
• Formalização e explicitação das decisões a tomar
Muitas empresas optam por não definir planos de marketing, o que as “obriga” a tomar
decisões de aplicação imediata, em cima da hora, face às diferentes situações com que
se deparam numa ótica de curto prazo. Contrariamente, no plano de marketing a
antecipação, a formalização e a conjugação e articulação das diferentes decisões
constituem as características chave do planeamento. Nota: Complementar com explicitação do
power- point

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Organização e gestão de negócio
CLASSIFICAÇAO DA EMPRESA:
• Sob o ponto de vista jurídico (CSC): sociedade por quotas e sociedade anonima
• Denominação social;
• Sob o ponto de vista económico: empresa prestadora de…
• Classificação por ramo de atividade;
• Segundo a dimensão: critérios-> número de efetivos e volume de negócios ou
balanço total.
SOCIEDADE POR QUOTAS
• Número mínimo de partes de um contrato de sociedade é de 2;
• Montante do capital social é livremente fixado no contrato de sociedade,
correspondendo à soma das quotas subscritas pelos sócios;
• Os valores nominais das quotas não podem ser inferiores a 1€;
• O nome, em qualquer caso concluirá pela palavra “limitada” ou pela abreviatura
“Lda.”.
SOCIEDADE ANÓNIMA
• Não pode ser constituída por um número de sócios inferior a cinco;
• O montante mínimo do capital social é de 50.00€;
• O valor nominal das ações não pode ser inferior a 1 cêntimo;
• No nome, em qualquer caso concluirá pela expressão “sociedade anonima” ou
pela abreviatura “S.A”.

Organização: FUNÇÕES
• CEO: coordenação geral da empresa, definição de objetivos e estratégia e gestão dos
stakeholders principais e relações institucionais;
• CFO: gestão financeira, responsabilidade contabilística, financeira e de auditoria, gestão
de compras;
• CHRO: elaboração do plano de recrutamento, gestão e controlo do sistema de avaliação
de desempenho, sistemas de recompensas, processo de salários mensalmente;
• CMO: estratégias de mkt, estudos de mercado sobre o comportamento do cliente,
gestão de comunicação.
• COO: responsável pela área pedagógica, desenvolvimento da temática, responsável pela
área operacional.

Dentro deste parâmetro deve-se identificar (recursos humanos), os profissionais


com as competências e experiência adequadas. Para além disso, deve-se verificar o
planeamento e gestão da formação, ou seja, a existência de formação a priori e á
posteriori. É também necessário verificar o número de empregados associados e os
custos associados, torna-se também necessário criar um departamento financeiro e de
contabilidade, ou se estas atividades podem ser efetuadas por especialistas externos.

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Funcionamento: MEIOS MATERIAIS

ATIVOS FIXOS TANGIVEIS


• Equipamento básico: equipamento indispensável à execução da atividade;
• Equipamento administrativo: ativo fixo tangível não enquadrável em equipamento
básico;
• Equipamento de transporte: carros comerciais

ATIVOS INTANGÍVEIS
• Programas de computador / Software
• Licenças

Fornecimento de serviços externos


• Luz, água
• Telefone/telemóveis
• Livros e documentação técnica
• Combustíveis
• Seguros
• Conservação e reparação.

A elaboração do projeto e a análise da


viabilidade
DETERMINAÇÃO DO CASH-FLOW
• Ótica do projeto: avaliação económica, na perspetiva de todos quantos
investiram no projeto;
• Ótica do investidor: avaliação financeira, na perspetiva do empreendedor.

MÉTODOS DE AVALIAÇAO DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS


Ver exercicios
Métodos que não consideram o valor temporal do dinheiro:
• Payback ou PRI (Prazo de Recuperação do Investimento)
Métodos que consideram o valor temporal do dinheiro:
• Modified Payback ou PRI Atualizado
• NPV ou VAL (Valor Atual Líquido)
• IRR ou TIR (Taxa Interna de Rendibilidade)
• RBC (Rácio Benefício/Custo)

Payback Method ou PRI


• Significado económico: Indica o período de tempo necessário para que os CF
futuros do investimento recuperem a despesa inicial;
• Critério de avaliação: PRI <n, com n=período de vida económica do investimento
• Critério de Decisão:
o Projeto único – necessidade de padrão
PRI < padrão: aceita-se o projeto
PRI > padrão: rejeita-se o projeto
o Vários projetos e mútua exclusividade
Aceita-se o projeto com menor PRI

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• Vantagens: fácil de calcular e entender – simplicidade e fácil compreensão
• Limitações: despreza o valor temporal do dinheiro, não tem em consideração os
CF libertos depois do período de recuperação do investimento e despreza o
“timing” e magnitude dos CF.

Modified Payback ou PRI atualizado


Idêntico ao PRI;
Pressupõe a atualização dos CF anuais à taxa do custo do capital.
Determinar CF atualizado;
Determinar CF atualizado acumulado.
• Pressupõe a atualizado dos CF anuais à taxa do custo do capital;
• Vantagens: fácil de calcular e entender e considera o valor temporal do dinheiro;
• Limitações: despreza tudo aquilo que está para alem desse prazo e o “timing” e
magnitude dos CF.

Valor Atual Líquido – VAL


1-Fazer uma previsão dos CF do projeto para a sua vida económica;
2 – Determinar um custo de oportunidade do capital apropriado: deve ter em conta o
valor do dinheiro no tempo e o risco associado ao projeto;
3 – Usar o custo de oportunidade para atualizar os CF. A soma dos CF atualizados é o seu
valor atual;
4 – Calcular o VAL subtraindo ao VA o valor do investimento.
Investir se o VAL for superior a 0.
Significado: Valor criado pelo investimento, considerando uma taxa de retorno ajustada
ao risco do investimento;
• Critérios de Decisão:
o VAL > 0: aceita-se o projeto (o investimento vai ser totalmente
recuperado, o empresário vai ser remunerado à taxa do custo do capital
e gera um excedente de montante igual ao VAL)
o VAL = 0: indiferença
o VAL < 0: rejeita-se o projeto
• Projetos com períodos de vida diferentes não são diretamente comparáveis;
• Vantagens: reconhece o valor temporal do dinheiro, considera todos os cash in
e out-flows do projeto e permite incorporar vários custos de capital -> permite o
uso ao longo da vida do investimento de taxas de atualização diferenciadas;
• Limitações: requer o conhecimento do custo do capital, medida absoluta que
não tem conta escola do investimento e pode dar resultados não satisfatórios
em projetos com vidas esperadas diferentes.

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Taxa Interna de Rendibilidade
• Em termos matemáticos, a TIR é a taxa de atualização que anula o VAL, isto é,
que iguala o valor atual dos CF futuros previstos do investimento ao desembolso
inicial;
• Representa a taxa de retorno esperada implícita nos CF do investimento;
• Critérios de Decisão:
o TIR > K: aceita-se o projeto
o TIR = K: indiferença
o TIR < K: rejeita-se o projeto
• Vantagens: reconhece o valor temporal do dinheiro; considera todos omcash in
e out-flows; é fácil de entender e comparar;
• Limitações: inexistências de TIR ou TIR múltiplas; conclusões erradas em mútua
exclusividade; assume a possibilidade de reinvestimento dos CF à taxa TIR.

Rácio Benefício / Custo


• Grau de cobertura da despesa inicial pelo valor atual dos CF futuros; Valor atual
dos CF futuros por unidades de capital investido;
• Indicador especialmente utilizado em situações de racionamento de capital
• Critérios de Decisão:
o RBC > 1: aceita-se o projeto
o RBC = 1: indiferença
o RBC < 1: rejeita-se o projeto
• Vantagens: benefício por € investido; reconhece o valor temporal do dinheiro,
considera todos os cash in e out-flows; é fácil de entender e comparar;
• Limitações: critério teórico

PLANO DE NEGÓCIOS
• Plano base, essencial para a estruturação e defesa de uma nova ideia de negócios;
• Deve focar nas linhas essenciais do projeto, que defina a alocação dos vários tipos de
recursos, que esteja concebido para concretizar a ideia que se pretende implementar e
para solucionar os problemas que inevitavelmente aparecerão.
• Mostra de que modo as diferentes componentes de um negócio se interligam e
complementam.
• Mostra, de forma realista (espera-se), como é que a equipa planeia transformar a sua
ideia num negócio exequível, sustentável e lucrativo
REQUISITOS
• simples
• objetivo
• realista
• completo

PN – Importância
• Fundamentar se o negócio faz sentido (análise de viabilidade).
• Analisar a forma como como todos os elementos do negócio funcionam em conjunto.
• Descrever o funcionamento integrado da rede de participantes necessários à
prossecução do negócio.

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PN- Objetivos
• Ser utilizado para desenvolver ideias no que diz respeito à forma como o negócio deve
ser conduzido. É uma oportunidade para aperfeiçoar estratégias e errar no papel em vez
de passar por eles na vida real.
• É uma ferramenta prospetiva em relação à qual um empreendedor pode avaliar o
desempenho esperado de um negócio ao longo do tempo.
• Valioso e imprescindível documento para se obter meios de financiamento.

Para a elaboração de melhores PN:


• Os bons PN são práticos e orientados a objetivos;
• Estabelecem objetivos concretos, definem responsabilidades e data limite para gerir
negócios;
• Prever a realização de ações de controlo periódicas de revisão e correção de situações;
• A fundamentação do conhecimento do mercado e da própria ideia deverá ser clara e
concisa nos capítulos do plano, mas a inclusão de analises mais detalhas deverá estar
em anexos.
Erros a evitar:
• Planos de negócios demasiados otimistas e irrealistas;
• Erros de raciocínio e/ou pressupostos que não devem ser assumidos: os clientes vão
comprar o nosso produto porque é bom; os clientes não correm qualquer risco quando
compram o produto o que não acontece ao comprar do fornecedor

Constituição empresa: ASPETOS LEGAIS


Na criação de uma empresa a escolha da forma jurídica da sociedade vai determinar o modo
de financiamento. Assim, a opção por um determinado estatuto jurídico deve ser tomada de
forma a valorizar os pontos fortes da futura empresa.
Na opção por qualquer das formas jurídicas de sociedade, deve-se ter em conta o seguinte: -
O património que pretende afetar à sociedade; - A responsabilidade por dívidas; - E ainda se
pretende exercer a sua atividade sozinho ou com outros sócios.
Formas jurídicas comuns: empresa individual, sociedade por quots, sociedade unipessoal por
quotas e sociedade anónima

Empresa na hora
• Constituir uma sociedade unipessoal, por quotas ou anonima no momento e
num só balcão;
• Extremamente simples.

Empresa em nome individual


• Não há separação entre o património da empresa e o património pessoal do
empresário;
• Responde ilimitadamente pelas dividas contraídas no exercício da sua atividade,
todos os bens que integram o seu património;
• Não tem montante mínimo obrigatório para o capital social;

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