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INSTITUTO MISES BRASIL


Disponível em: https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=568 acesso em: 23 de maio de 2019

Palmas para os suíços

Não existem muitas pessoas para as quais eu alegremente tiraria meu chapéu nesse mundo. O povo
suíço, porém, está nesse seleto grupo. Em um oceano de despotismo, essas pessoas conseguiram
manter uma ilha de liberdade - mesmo no auge da moderna era do estado maximamente intrusivo.

Fazer um tour pela Suíça é uma experiência reveladora para um cidadão comum - especialmente para
um britânico como eu. Repetidas vezes em minhas conversas por lá - ou mesmo quando lido com
pessoas que utilizam o sistema bancário de lá, que já moraram lá, ou que apenas vão pra lá de férias -,
as conclusões que tiro são as mesmas: tudo na Suíça é como nos melhores países, só que melhor. É
praticamente o único país da Europa onde as coisas realmente funcionam e são feitas como deveriam,
com o mínimo de alvoroço e precisamente no tempo estimado.

Os trens de segunda classe, por exemplo, são melhores na Suíça do que muitos trens de primeira classe
no Reino Unido. Em geral, não sou fã de transportes de massa, mas na Suíça a maioria desses serviços é
feito por empresas privadas - algo que faz perfeito sentido, quando se considera o terreno e o clima. E é
um enorme prazer utilizá-los, não apenas por causa da alta qualidade dos trens e do cenário, mas por
causa da quase completa ausência de pessoas rudes - não se vê absolutamente nenhum elemento
"maltrapilho".

Os britânicos, por exemplo, estão cercados por maltrapilhos - algo que francamente faz com que
qualquer uso do transporte público seja indesejável não apenas ideologicamente, mas também
socialmente. Esse assunto surgiu enquanto eu estava num barco no meio do Lago de Genebra, em uma
conversa com um sueco que estava de férias com sua família. Ele alegou - já tendo vivido tanto no
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Reino Unido quanto na Suécia - que as coisas eram ainda piores em seu país. Eu ainda acho difícil de
acreditar, mas após numerosos exemplos de ambos os lados, nós meio que declaramos um empate.

Uma história de liberdade

Os burocratas da União Européia os odeiam. Os suíços não só estão fora da União Européia, como
também representam o oposto daquela agenda centralizadora que combina, de cima a baixo, elementos
comunistas e nazistas. A Suíça só aderiu a ONU há sete anos, e mesmo assim pela margem mínima de
votos. Escolha qualquer área da sociedade e você verá que os suíços fazem tudo à sua distinta maneira -
sempre com a liberdade como pré-requisito.

Os corpos de bombeiros são um exemplo - geridos por voluntários locais na maioria dos lugares fora das
grandes cidades. Os únicos outros lugares que eu sei ter esse tipo de serviço público voluntário são
algumas pequenas cidades dos EUA.

Armas e as forças armadas são outro


exemplo. As armas estão por todos os lados -
e o crime não está em lugar algum. Com
efeito, eles têm ao menos duas das mais
pacíficas cidades do mundo - de acordo com
várias autoridades online. Zurique inclusive
tem um feriado de meio dia em outubro, para
celebrar o torneio do "garoto atirador", no
qual há uma feira em estilo americano em
que jovens garotos - e garotas também -
competem em uma disputa de tiro ao alvo
com fuzis de assalto.

A milícia defensiva dos suíços foi temida até


mesmo por Hitler, e até hoje tem se mantido onde tem de ficar - em casa -, sem sair patrulhando
estrepitosamente o mundo, assassinando pessoas inocentes que porventura se pusessem em seu
caminho. Curiosamente os suíços conseguiram se manter protegidos sem ter de recorrer a guerras
preventivas e sem ter de dizimar famílias ao redor do mundo.

E há os bancos suíços, aquele bastião que guarda algo como um terço da riqueza privada
transnacional. A posição suíça quanto ao sigilo bancário é melhor descrita como sendo de neutralidade,
nessa constante guerra dos estados contra seus cidadãos - com inclinações em favor dos cidadãos
oprimidos.

Se há alguém no mundo a quem eu confiaria meu dinheiro, esse alguém seria um dos bancos privados
suíços, que não são incorporados e são de responsabilidade ilimitada. Se eu tivesse de escolher
qualquer outro tipo de banco, a Suíça ainda estaria no topo da lista, mesmo considerando alguns países
da América do Sul e Central que possuem, ao menos no papel, sigilos mais robustos.

Toda essa riqueza confiada aos bancos suíços certamente não se deve ao governo, e mesmo os
banqueiros são meramente beneficiários de um ambiente inteiramente resultante de um distinto traço
de liberdade que viceja dentro do povo suíço. Isso vem desde muito antes da lendária rebelião
promovida por Guilherme Tell no século XIV. Se os detalhes dessa lenda são mitos ou não, sua
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popularidade reflete o tradicional espírito de luta do povo suíço quando se trata das imposições feitas
pelo estado.

Política e impostos

A política suíça é interessante por ser bastante descentralizada. Já ouvi dizer inclusive que a
confederação suíça serviu de modelo para a criação dos Estados Unidos. Nas eleições locais - que
podem ser realizadas tanto dentro das dependências da prefeitura do vilarejo como ao ar livre - a
votação é feita simplesmente pelo método de se levantar as mãos. Em 1978, o Cantão de Jura chegou
de fato a se separar da jurisdição de Berna e, tecnicamente, de toda a Suíça. Mais tarde, a região sul do
cantão optou por continuar fazendo parte de Berna, o que significa que há duas regiões políticas
distintas dentro de um mesmo cantão.

Isso só pôde acontecer porque a Suíça não é de fato um só país, mas uma confederação de "cantões"
amplamente autônomos - 26 ao todo -, sendo que esses cantões competem entre si para ver qual
fornece o ambiente tributário mais propício aos negócios. Uma visita ao site comparis.ch mostra que
uma das opções que o povo suíço tem é a de escolher a quantidade de impostos que vão pagar.

Como um exemplo, o cantão de Obwalden tinha uma das mais altas alíquotas de impostos da Suíça, mas
a concorrência forçou sua redução para uma alíquota única de 10% - embora os cantões Zug e Schwyz
sejam os mais conhecidos por seus baixos impostos. No sul, os cantões Vaud, Genebra e Ticino são os
que atualmente possuem as menores alíquotas. Ademais, é perfeitamente possível para qualquer
pessoa razoavelmente rica fazer um acordo especial com um cantão e conseguir uma alíquota bem mais
baixa. Com efeito, quanto mais rico, melhor - a ausência de inveja social, e toda a politicagem por ela
gerada, é algo atípico e notável.

Há também anistias ocasionais para impostos que não foram pagos. As quantias evadidas são na
realidade menores em termos percentuais do que aquelas sonegadas nos muito mais opressivos países
vizinhos. Isso só pode ser por causa das alíquotas mais baixas, de uma prestação de contas em nível
mais local, e de métodos de coleta menos violentos, o que gera menos ressentimento e menos
motivação para resistência. Sonegações, se descobertas, podem gerar uma ação civil um tanto
desconfortável, mas não é um crime.

O inimigo interior

É fato que em anos recentes o estado federal tem feito transgressões sem precedentes. Isso também
significa que agora existe uma classe significativa de funcionários públicos federais - e aí jaz a real
ameaça às liberdades dos suíços. Além das costumeiras motivações bisbilhoteiras, há uma infiltração de
ambiciosos elementos pró-União Européia dentro do sistema.

Por exemplo, como os suíços não estão dispostos a abrir mão de suas armas, já há alguns políticos que
agora estão atrás de suas munições. Se eles lograrem êxito, haverá uma mudança no equilíbrio do
poder: este deixará o povo suíço e irá para o estado, como ocorreu já há muito em outros países
europeus.

Ademais, com o completo abandono legal do ouro como lastro ao franco suíço há uma década - embora
a implementação tenha começado de fato há apenas 5 anos, com o apoio da direita -, os tentáculos do
banco central e sua elite estão se difundindo amplamente. Também se espalhando para todos os cantos
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está a sua estupidez (ou conspiração, como queira) - como pode ser visto nos maciços empréstimos de
risco feitos ao Leste Europeu com esse "dinheiro" recém-criado.

Mas o establishment tem ao menos sido restringido pelo descentralizado sistema suíço, e os políticos
não têm a mesma liberdade irrestrita que seus colegas desfrutam em outros países. Além do mais, eles
sempre podem ser contidos pelo poderoso mecanismo do referendo.

O referendo suíço não é uma ferramenta de ditadores como ocorre em outros países, nos quais o estado
escolhe e formula a pergunta da maneira mais vantajosa possível, e, após uma derrota, convoca
novamente o mesmo referendo, não sossegando enquanto não o obtiver o resultado que quer. É
verdade que o referendo tem o potencial de ser uma ferramenta "majoritária", mas um referendo suíço
pode ser iniciado por qualquer cidadão que consiga levantar as 50.000 assinaturas necessárias.

Exceto a possibilidade de os cantões incorrerem em secessão, é nesse mecanismo de referendo - bem


como a intimidação gerada por sua simples ameaça - que está a real esperança para a Suíça; pois
mesmo sendo menos extremados que em outros países, os partidos suíços acabaram caindo na
armadilha do falso paradigma de esquerda-direita.

Esquerda, direita, centro

A centro-esquerda manteve as limitadas rédeas do poder na Suíça desde os anos 1950, contando com
uma simbólica representação da direita. A esquerda pode até ter algumas virtudes, mas possui muitos
defeitos. Um deles é a expansão e a intrusão do estado em assuntos financeiros - especificamente,
tributação.

Foi a esquerda, portanto, que recentemente provocou ampla indignação entre o povo suíço ao dar a
impressão de que iria enfraquecer ou mesmo revogar o sigilo bancário suíço. Raramente uma
linguagem tão forte foi utilizada pelos membros do Parlamento, e raramente, se alguma vez, palavras
como "traição" foram dirigidas aos políticos em um jornal de grande circulação - como o La Liberté, do
Cantão Friburgo.

O povo suíço se manteve firmemente a favor do sigilo bancário - talvez 75% dele - e, dentro da Suíça,
mesmo o coletor de impostos não pode violar essa regra. Entretanto, de alguma forma, para a total
perplexidade dos estatistas de todo o mundo, a Suíça ainda sobrevive e o faz sendo um dos mais ricos,
mais abençoados e mais pacíficos países do mundo.

A direita de fato possui em seus quadros alguns intolerantes mais fanáticos (ao passo que a esquerda
possui uma melhor camuflagem), mas ela também possui alguns membros que se mantêm resolutos em
questões críticas. E a direita está em ascensão - algo que é bem vindo nem que seja como contrapeso,
apesar das inevitáveis tendências de nacionalismo, arregimentação e autoritarismo que a acompanham.

Felizmente o povo suíço tem frequentemente rejeitado os excessos tanto da esquerda quanto da
direita, embora eles ainda não tenham conseguido desfrutar a completa liberdade que almejam. De
modo geral, por exemplo, eles querem ser gentis com seus vizinhos europeus e geralmente não
molestam os estrangeiros que vivem no país - mas também não querem que outros países ou culturas
venham lhes ditar ordens.

Começa a reação adversa


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Tal foi o caso em dias recentes, após a França ter tentado utilizar detalhes roubados de contas bancárias
do HSBC de Genebra para colocar pressão sobre a Suíça. Por causa disso, um acordo de
compartilhamento de informações tributárias, que já estava programado, foi adiado
indefinidamente. Que assim fique permanentemente. Hans Rudolph Merz, o encolhido Primeiro
Ministro/Ministro das Finanças que estava promovendo essa traição, foi forçado a mudar radicalmente
de postura - caso contrário seu partido teria de enfrentar a ira dos eleitores nas eleições vindouras.

Mas eis o ponto principal: nenhum dos recentes acordos de compartilhamento de informações foi
aprovado pelo Parlamento suíço e tampouco foram testados nas cortes suíças. Muitos elementos
envolvidos na derrocada do UBS (cujo gerente descobriu-se ser um informante do governo americano)
eram certamente ilegais, e na sexta-feira passada, dia 8 de janeiro, um tribunal suíço assim sentenciou,
punindo os infratores pelo crime de passar informações sigilosos de clientes para os governos dos EUA e
da França.

Não bastasse tudo isso, a ala jovem do Partido do Povo Suíço (SVP), em conjunto com um pequeno
partido do Cantão de Ticino (onde se fala italiano), está ativamente coletando assinaturas para fazer um
referendo sobre essa questão do sigilo bancário quebrado.

Melhor de tudo: uma recente pesquisa mostrou que, quanto mais a Suíça é assediada e intimidada a
acabar com seu sigilo bancário, mais fervorosamente o povo suíço passa a defendê-lo.

Foram políticos e funcionários públicos, e não o povo suíço, que traíram os correntistas que confiaram
na Suíça. A menos que o Parlamento, os juízes e os tribunais façam o mesmo - e que o povo apóie tudo
em um referendo -, não creio que o sigilo bancário suíço esteja morto.

Mesmo no atual estado das coisas - com novos acordos de compartilhamento de informações -, se um
correntista conseguir manter sua conta secreta, os suíços também o farão. Esses acordos, embora
deploráveis, não compartilham informações automaticamente - um governo estrangeiro teria primeiro
que obter os detalhes da conta bancária, e então apresentar um pedido específico de informação
acrescido de evidências suficientes. O titular da conta também pode recorrer junto às autoridades
suíças.

Mas assim como seus queijos, o sigilo bancário da Suíça possui alguns furos, o que significa que medidas
de privacidade são absolutamente necessárias para contê-los. Uma concessão do governo suíço às
chantagens estrangeiras ocorreu ainda na década de 1990: o fim das contas anônimas. Se estas ainda
estivessem em vigência, ninguém se preocuparia com roubo de dados. Porém, como os eventos
confirmaram, o registro levou ao confisco - nesse caso, de riqueza. Outras questões de privacidade
incluem as transferências bancárias estrangeiras e as transações com cartões internacionais, as quais,
sem as devidas precauções, podem revelar detalhes bancários para que todo o mundo possa ver.

Para tudo tem-se um jeito

Mas contas numeradas ou sob pseudônimos ainda são possíveis, bem como arranjos corporativos, de
truste ou nominais - com segundos passaportes também sendo muito úteis. Com tais medidas ainda
operantes, o principal risco à privacidade está no registro do histórico do cliente. Caso não sejam
adotadas medidas que assegurem a privacidade total no uso da internet, o usuário pode deixar um
rastro que não apenas contém o nome do banco, mas que também pode levar à porta do titular da
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conta. Companhias telefônicas (exceto talvez celulares descartáveis) e mesmo os correios (é melhor
pedir para as cartas serem entregues e guardadas no banco) agora são delatores em potencial.

Além dessas medidas de privacidade a serem adotadas pelo cliente, todo o resto agora depende
daquelas 7,7 milhões de pessoas nos Alpes, cujos ancestrais afugentaram até mesmo os nazistas. Só o
tempo irá dizer se a atual geração sofreu uma lavagem cerebral suficiente para se render. Não creio.

Torçamos para que eles possam resistir - muita riqueza privada depende da Suíça como um lugar seguro
para onde se pode fugir. E o povo suíço será testado novamente - as concessões anteriores tornaram
isso uma certeza. É como se curvar ao valentão da escola.

Mas é de se esperar que haja uma oposição em 2010. Políticos e burocratas submissos ao estado, à
União Européia e aos globalistas membros dos bancos centrais mundiais irão tentar arrefecer os suíços
por meio de alguma retórica cosmética e manipuladora. Mas tenhamos a esperança de que haja uma
grande reação contrária.

A última vez em que o sistema bancário suíço foi atacado com tamanha intensidade foi na década de
1930, quando a França tentou praticamente arrombar as contas bancárias, no que foi seguida pelos
nazistas. Foi nessa época que o atual sigilo bancário foi erigido em lei sob pena de prisão caso
infringido. Foi nos anos posteriores que a Suíça se tornou um dos países mais ricos em termos per
capita do mundo - tendo como sustentáculo econômico o sólido sistema bancário e a respeitada
qualidade de seus produtos, desejados por uma rica clientela mundial.

É uma geração diferente a que existe hoje, e eu jamais ponho toda a minha fé nas pessoas -
principalmente porque elas são humanas. Mas se eu tivesse de confiar em um grupo de pessoas, todas
no mesmo lugar ao mesmo tempo - com um gordo rolo de dinheiro, barras de ouro ou certificados de
ouro -, esse grupo ainda teria de ser os suíços.

Uma resolução e uma conclusão

Espero que muitos leitores resolvam em 2010 abrir algum tipo de conta bancária na Suíça - nem que
seja para irritar seus respectivos governos ou para criar uma cortina de fumaça sobre os outros
correntistas. Comece de preferência com uma conta pequena, preferivelmente uma local e não num
banco multinacional - talvez em um banco cantonal. Mantenha-a grande o suficiente para ser
respeitável e pequena o suficiente para não ser legalmente delatável (10.000 dólares nos EUA), ou
apenas um pouquinho acima disso, só para trazer um pouco de emoção.

No pior de todos os cenários, no caso extremamente improvável de uma investigação, você pode se
divertir travando uma batalha aguerrida contra os coletores de impostos - e jocosamente decidir se ou
quando entregar os pontos, após os burocratas terem gasto muito tempo e energia em troca de pouco
ou nada. Então faça mais um favor aos outros membros da raça humana e abra outra conta.

Porém, seguindo precauções básicas, não há motivos para que isso aconteça. E se, como eu espero, os
suíços fizeram algumas correções na situação atual, você terá um bastião da propriedade privada, uma
fortaleza muito segura e útil para ser usada no futuro.
7

2 votos

autor

Paul Green

nasceu no Reino Unido e atualmente trabalha em sua casa como especialista independente para auxiliar
problemas com computadores de pessoas físicas e de pequenas empresas. Ele é casado e tem cinco
filhos - todos em casa -, sendo que os três em idade escolar são educados em casa. Trabalhou no
mercado financeiro de futuros e já escreveu textos promocionais, fez dublagem e foi produtor musical.

Tradução de Leandro Augusto Gomes Roque

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comentários (37)


Filipe Ferraz 12/01/2010 13:31

Enche os olhos ver e saber que AINDA existe um País assim.

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Tiago 12/01/2010 14:12

ÓTIMO ARTIGO! Comentem mais sobre a Suiça!

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LIVIO OLIVEIRA 12/01/2010 14:58

A liberdade suíça deve causar urticárias em todos os estatólatras do mundo

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Marcelo Assis 12/01/2010 19:19

Gostei muito de ler tal escrito, porém fiquei um pouco receoso quando li o artigo da Wikipédia. Os
governos dos cantões intervêm maciçamente na vida das pessoas, principalmente na educação e na
saúde. E o serviço militar é obrigatório (como em todos os países - conscrição é escravidão, como diria o
saudoso Rothbard). Acho que a Suíça, apesar da maior liberdade que lá existe, está muito longe do
verdadeiro ambiente livre. Talvez a Wikipédia esteja errada. Não sei. Mas o clima de lá deve ser MUITO
rigoroso. Será que valeria mesmo a pena trocar o Brasil pela Suíça?

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Fernando Chiocca 12/01/2010 20:38

clap clap clap

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HJ 13/01/2010 10:53

Marcelo, mesmo acreditando na veracidade destas informações, por favor, esqueça wikipedia, a
probabilidade de haver informações incorretas é enorme.
Abraço

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Marcelo Assis 13/01/2010 12:05

HJ, tu tens razão. Na Wikipédia é muito fácil achar informações incorretas. Levo fé no que Paul Green
escreveu.
Abraço!!!!!

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Leandro 13/01/2010 12:19

Sobre o sistema de saúde da Suíça:

As redes hospitalares são privadas, mas o governo obriga os cidadãos a comprarem um plano de saúde.
Existe uma variedade de seguradoras, a concorrência entre elas é boa e você pode escolher coberturas
mínimas. Mas ainda assim você é obrigado a comprar um plano.

Por mais ultrajante que isso pareça, a situação ainda é melhor que no Brasil: aqui, além do plano de
saúde que você paga para si próprio, você ainda é obrigado a pagar toda a superestrutura da saúde
pública, que é aquela maravilha. Lá na Suíça, pelo menos você recebe aquilo que você paga.

Porém, esse sistema está obviamente longe da perfeição. Como mostra o link a seguir, os custos da
saúde estão crescendo constantemente desde a década de 1990, que é a consequência inevitável
sempre que o governo se intromete em alguma área. Resta saber quanto tempo o atual arranjo ainda
dura.

http://www.oecd.org/document/47/0,2340,en_2649_201185_37562223_1_1_1_1,00.html

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Pescador 13/01/2010 13:33

Claro que a Suiça não é perfeita. Digamos que não seja o melhor país do mundo, mas é o menos pior.
Maravilhoso esse texto. É bom conhecer mais sobre a realidade de outros país e comparar com o Brasil.

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Ulisses 03/02/2010 19:48

Outro ponto esquisito é sobre os trens serem operados por empresas privadas. Consta no site das
ferrovias suiças: In a memorable referendum on 20 February 1898, voters approved the «Federal Act on
the Acquisition and Operation of Railways on Behalf of the Confederation and on the Administrative
Structure of Swiss Federal Railways» by 386,634 votes in favour to 182,718 votes against.

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Leandro 03/02/2010 20:13

Ulisses, o artigo se refere aos trens de segunda classe, aqueles que ligam as cidades aos subúrbios.

Já as operações de maiores distâncias, embora todas tivessem sido construídas por empresas privadas
no século XIX, foram nacionalizadas no início do século XX.

A página a seguir fornece o website de todas as empresas privadas que operam linhas de trem na Suíça.

http://europeforvisitors.com/switzaustria/articles/swiss_railroads.htm

Abraços!

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André Luis 31/08/2010 01:19

Tudo muito bonito na Suiça,mas ha um senão;o pais é uma das maiores lavanderias mundiais de
dinheiro.Do dnheiro que seus bancos guardam,boa parte é da corrupção,trafico de drogas e armas e
outras atividades criminosas.Sera que sem esse dinheiro,o pais seria tão rico?O sigilo bancario suiço é
adorado pelos criminosos de todo o mundo

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Leandro 31/08/2010 01:34

Prezado André, você está partindo do pressuposto de que o que enriquece um país é a quantidade de
dinheiro em sua economia -- quando na verdade o que importa é a poupança e a acumulação de capital
(capital, aqui, no sentido físico - maquinários, ferramentas e tecnologia).

A quantidade de dinheiro em uma economia não tem nada a ver com a riqueza daquela economia --
fosse assim, o Brasil da década de 1980 e início da década de 1990, bem como o Zimbábue, seriam
países riquíssimos.

Dinheiro não produz riqueza; ele é simplesmente um meio para se medir valores nominais. A riqueza
genuína está relacionada à quantidade de bens físicos que uma economia possui.

Por gentileza, tenha a bondade de ler esse artigo, que explica detalhadamente toda essa diferença:
14

mises.org.br/Article.aspx?id=487

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André Luis 31/08/2010 01:42

Concordo com sua opinião,mas o pais não deixa de ser uma lavanderia e que parte de sua riquesa vem
dessa atividade pouco nobre

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Ulisses Alfredo Santos Lima 31/08/2010 08:16

Amigos Liberais, isso só é possível pelo fantástico e verdadeiro FEDERALISMO,Os cantões tem uma
verdadeira autonomia.

O resto é automático...

RESPONDER


Ulisses Alfredo santos Lima 31/08/2010 08:19

Eu queria fazer um desafio aos Amantes da Escola Austríaca.

Em que parte do livro do Mises "Ação Humana" ele prega o fim do Estado?

Ulisses Alfredo MINARQUISTA e FEDERALISTA

41 8876-5018

RESPONDER
15


Ulisses Alfredo Santos Lima 31/08/2010 08:35

André Luís

A Suíça não é rica pelos adjetivos que você escreveu.

ela é rica por ter empresas que geram valor agragado em produtos que desenvolvem.

Como as listadas:

Adecco
BKW
Birkhäuser Verlag
Bolliger & Mabillard
Burrda
Cartier SA
Chopard
Clariant
Danzas
Deloitte
EF Education First
Girard-Perregaux
Hoffmann-La Roche
ISL
Jaeger-LeCoultre
Jota AG
KWO
Leica Geosystems AG
Lindt & Sprüngli
Logitech
Mavala
Migros
Novartis
Omega
Pilatus Aircraft
Richemont
Rinspeed
Rivella
16

Rolex
SBB-CFF-FFS
Spirt Avert AG
Swarovski
Swiss Quality Hotels International
Swissport
Toradex
Ulysse Nardin
Van Cleef & Arpels
Victorinox

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PM 18/11/2010 14:37

Sobre o dinheiro lavado na Suíça...


O problema de dinheiro sujo não é tanto por vir de políticos corruptos, ditadores, contrabandistas,
mafiosos, etc. (essa proporção sobre o total de fortunas no país, acreditem, não é alta). O grande
"problema" é que boa parte do dinheiro de estrangeiros na Suíça não é declarada no IR. Ou seja, o crime
é muito mais o de não declarar ao fisco (vejo isso como um ato nobre) e muito menos o de dinheiro de
corrupção.

Vejo como maior ameaça a Suíça a situação financeira deplorável dos seus vizinhos que vão buscar
recursos onde encontrarem e aí a Suíça (que não é membro da UE, OTAN, etc.) é um alvo isolado e fácil
de estorquir dado seu modelo único. Começam aqueles discursos baratos de impostos excessivamente
baixos (um verdadeiro crime!), abrigo de corruptos, etc.

Existe um partido suíço constantemente engajado em acabar com as principais características do país
(liberdade, autonomia e respeito à privacidade) com discursos populistas, colocando a parte mais rica da
população como adversária, vontade de aumentar gastos sociais, entrar na UE, renunciar à moeda local.
Um verdadeiro pavor. Felizmente esse discurso surge mais forte no momento em que essas teorias se
mostram fracassadas. A Grécia nesse sentido foi uma ajuda para mostrar que não é o gasto em
programas sociais que vai fazer um país ir adiante, mas sim a liberdade e o governo limitado.

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Pedro 10/05/2011 14:54

"O preço da liberdade é a eterna vigilância"

"A suprema arte da guerra é derrotar o inimigo sem lutar."


17

Sun tzu

"si vis pacem para bellum"


Cicero ou Claudio

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Adriel Santana 12/05/2011 12:18

Alguém poderia me explicar exatamente o que o autor quis dizer nesse trecho:

"Uma visita ao site comparis.ch mostra que uma das opções que o povo suíço tem é a de escolher a
quantidade de impostos que vão pagar."

Não entendi se ele está se referindo a possibilidade de locomoção das pessoas para um cantão em que
se paga menos impostos ou se a pessoa pode realmente dizer quanto pretende pagar em impostos no
seu atual cantão.

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augusto 12/05/2011 12:55

Voce pode escolher em que cantao morar com base nos impostos cobrados localmente. No Brasil, como
os Estados nao cobram impostos "diretos" da populacao, a ideia aqui nao faz muito sentido.\r
\r
Ja no Canada (e se nao me engano na Suica), voce preenche uma declaracao federal e uma declaracao
provincial (ou cantonal na Suica). Assim voce sabe exatamente quanto esta deixando na mao de cada
ente.

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Felipe Cola 28/05/2012 07:31

Após ler esse texto, a Suíça virou o país dos meus sonhos...

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Frederico 28/05/2012 08:54

Realmente a Suíça se mostra um dos "menos piores" países para se viver. Entretanto, as liberdades
individuais ainda estão muito longe da perfeição. Para construir uma casa em Genebra é preciso
obedecer até o tamanho das janelas imposto pelo governo. Imigrar para Suíça também é muito difícil.
Nem mesmo nascidos no país são considerados suíços se o pai e a mãe forem estrangeiros.

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kondde 07/01/2013 21:00

Meu Deus!

Cadê o link para envio por email?

Primeira necessidade.
Artigo de.
Att

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André Luiz S. C. Ramos 05/03/2013 13:32

Será que o autor vai bater palmas para essa nova lei suíça, que mereceu o elogio de Vladimir Safatle em
sua coluna de hoje na Folha?

www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/96923-ganhar-menos.shtml

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Mariana Castro 05/03/2013 15:34

"os suíços deram forma legal à consciência, cada vez mais presente em vários países, de que o Estado
deve legislar sobre o salário máximo em vigor no mundo empresarial e financeiro"

não dá pra ler essa matéria sem ficar com ânsia de vômito...

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Daniel 05/03/2013 16:56

"No momento em que o Brasil acorda fazendo parte de um mundo de baixo crescimento, vale a pena
lembrar como a luta contra a desigualdade econômica saiu, há muito, do horizonte das políticas de
governo. Algo em torno de 94% dos empregos formais, criados nos últimos dez anos, têm remuneração
de, no máximo, um salário mínimo e meio."

É por isso que professores da USP, como o sr. Safatle, deveriam ganhar NO MÁXIMO um salário mínimo
e meio. Isso contribuiria para a promoção da igualdade no país.

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Matheus 12/05/2013 14:59

Ouvi dizer que estrangeiros recebem sim tratamento inferior pelas autoridades do país, até crianças
estrangeiras são mais vigiadas enquanto as locais possuem mais liberdade pra sair do "tudo certinho".
Ainda assim são democráticos: até os alemães se sentem inferiores por lá. Me consta também que o
povo suíço é um dos mais burocráticos do mundo no trabalho. Não sabem inovar, não têm criatividade e
tudo precisa ser feito como sempre é feito - mesmo que seja burocrático. Eles vão elogiar todas as suas
ideias e dizer que são boas, mas não vão mudar a rotina pra não sair da zona de conforto. Agora, se for
um trabalho repetitivo como na manufatura ninguém segura eles: a precisão é assombrosa.

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anônimo 12/05/2013 17:28

"ouvi dizer"; "me consta"

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anônimo 13/05/2013 10:19

Também ouvi falar disso, mas considerando como a Suíça é um oásis enquanto o resto do mundo,
inclusive a europa, naufraga no esgoto econômico, eles estão corretíssimos em desconfiar dos
estrangeiros.
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Vítor Höher Nunes 13/05/2013 21:46

Não tenho informação a respeito dos modos de tratar estrangeiros, mas é compreensível essa
desconfiança. Em torno de 50% dos crimes cometidos na Suíça são feitos por estrangeiros... Isso
certamente gera um preconceito, visto que mesmo sendo em número bem menor, os estrangeiros
cometem um grande parte dos crimes.

Já quanto ao povo suíço ser inovador ou não, acho que o amigo está errado. O país é um dos líderes
mundiais de competitividade e, recentemente, foi apontado como o país mais inovador da Europa,
segundo estudo de 2013 do Innovation Union Scoreboard.

"The report said Switzerland's strong performance was linked to being among the top-three performers
for 15 indicators, in particular in "open, excellent and attractive research systems" where it has best
performance in all three indicators: firm investments; intellectual assets; innovators and economic
effects."

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mauricio barbosa 12/05/2013 16:43

Matheus esse papo de ouvi dizer não cola,nossos serviços públicos por acaso são maravilhosos e tal,que
eu saiba não é e nossos políticos são homens honrados e honestos que eu saiba não são pois já
perderam a vergonha faz tempo.Portanto quando ouço alguém falar dos defeitos de outros países chego
a conclusão que prefiro os defeitos do suíços aos invés dos(Brasil)nossos e prefiro os defeitos do Brasil
do que os defeitos de uma Zimbabwe da vida,enfim gostaria de poder optar por nenhum destes defeitos
por acreditar que um mundo livre e um livre-mercado seja a melhor opção do que as citadas opções
atuais (Suíça,Brasil e Zimbabwe).

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Joao 12/05/2013 16:49

Me lembraram o Condado, de Tolkien.

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Eliel 15/06/2013 13:30

Caro Ulisses Alfredo Santos Lima.

"Em que parte do livro do Mises "Ação Humana" ele prega o fim do Estado?"

Eu ainda vou estudar essa obra do Mises. Se até o fim desse estudo, e havendo oportunidade para tal,
espero responder a essa questão, pois considero-a muito bem formulada.
Por outro lado retirei de seu site a frase abaixo:

"Supor que qualquer forma de governo pode assegurar a liberdade ou a felicidade sem virtude no povo
é uma idéia quimérica"
(James Madison - Pai da Constituição americana e 4º Presidente dos EUA ).

www.federalista.org.br/view.php?cod=29

Resta saber se o que Madison entendia por virtude é o mesmo que Mises entendia.

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Emerson Luis, um Psicologo 22/04/2014 20:18

A liberdade suíça está em perigo. Os homens estão sendo cada vez mais neutralizados pelo feminismo
institucionalizado e o país está cheio de imigrantes muçulmanos que não se adaptam aos valores
europeus e se reproduzem mais do que a população nativa.

***

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anônimo 23/04/2014 10:14

A Rússia e o mundo árabe são os únicos que não caíram no marxismo cultural.

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iury 13/01/2017 16:28

É pareceque o que ocorreu foi o contrário,

Autor Paul Green

nasceu no Reino Unido e atualmente trabalha em sua casa como


especialista independente para auxiliar problemas com computadores
de pessoas físicas e de pequenas empresas. Ele é casado e tem cinco
filhos - todos em casa -, sendo que os três em idade escolar são
educados em casa. Trabalhou no mercado financeiro de futuros e já
escreveu textos promocionais, fez dublagem e foi produtor musical.

Tradução de Leandro Augusto Gomes Roque

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