Você está na página 1de 13

GAZETA

IMPERIAL
Jornal editado pelo Instituto Brasil Imperial Maio de 2017
Ano XXII Número 256 www.brasilimperial.org.br

Há 110 anos Dom Luiz


assustava a república
2 Memória

Há 110 anos Dom Luiz


assustava a república
Luís Severiano Soares Rodrigues
Economista, pós-graduado em história, sócio correspondente do
Instituto Histórico e Geográfico de Niterói, Conselheiro Consultivo do
Instituto Cultural Dona Isabel I – A Redentora e membro do Instituto de
Pesquisa Histórica e Arqueológica do Rio de Janeiro (IPHARJ).

O mês de maio nos trás à lembrança o transcurso dos 110


anos da passagem do príncipe Dom Luiz pelo Brasil em
1907, a bordo do navio Amazone, quando as autoridades
brasileiras o impediram de desembarcar em solo pátrio,
tendo por base a lei do banimento da Família Imperial. Os
monarquistas se mobilizaram tentando soluções jurídicas,
tais como a requisição do habeas corpus preventivo, que
foi negado pelo Supremo Tribunal Federal, alegavam os
impetrantes, que a constituição de 1891, ao abolir a pena
de banimento, fez as punições dessa natureza em vigor
fossem revogadas. Obviamente as autoridades
manipularam todos os cordões, para que o príncipe não
desembarcasse.
No entanto, os monarquistas não perderam a
oportunidade de mostrarem a sua disposição de se
contraporem às instituições vigentes, e nas palavras da
professora Teresa Malatian, “transformaram o
3

desembarque frustrado em uma festa”. voluntário...


Para termos uma noção do alvoroço que tomou conta da (...)
capital federal, da Coleção Luís Severiano Soares Rodrigues, “Praza aos céus que, arrojado como é, sua alteza não
trago o exemplar da revista satírica O Malho de 18/05/1907, delibere fazer à força aquilo que in bona fide não pode ser
em cuja capa podemos ver a Recepção Oficial, com o feito.
fantasma da monarquia, na figura de D. Luiz emanado do “Que o Sr. D. Luiz de Bragança e Orleans espere a revogação
Amazone, e no porto o governo em debate para proibir o do banimento político ainda em vigor!”
desembarque do príncipe, enquanto o conselheiro Afonso Esses termos dessa crônica são interessantes na medida em
Penna, presidente da república, arranca os cabelos. que ao relatarem que o príncipe tinha essa tentativa como
No corpo da revista, muitas propagandas usaram a uma experiência, devemos compreender que ele estava
passagem do príncipe como mote para diálogos, também sondando, in loco, as condições políticas em relação às
várias charges abordavam a passagem do príncipe. A possibilidades da restauração, e com certeza em função da
Chronica, assinada por J. Bocó, ironizava os monarquistas renúncia do seu irmão que se daria no ano seguinte, e que
brasileiros: certamente estava em discussão no seio da família imperial.
“Completou o quadro o alvoroço latente de uns tantos A viagem teve prosseguimento, mas as mesmas condições
cidadãos sempre dispostos à luta pela instituição de 15 de se impuseram em Santos e mais à frente, próximo a
novembro; de sorte que, no dia seguinte, quando o Corumbá, como relata o Marechal Mascarenhas de Moraes,
Amazone fundeou, estourou a bordo a bomba proibitiva do nas suas memórias. Nessa passagem, próximo, ao Mato
desembarque! Grosso, a população de Corumbá ficou em alvoroço com a
“Já contavam com ela os numerosos monarquistas que lá se presença do filho de D. Isabel I, nas suas cercanias. Dom
achavam e o próprio D. Luiz; mas, ainda assim, não foi Luiz relatou essas passagens pelo Brasil, no seu livro ‘Sob o
menor a celeuma levantada, celeuma que sua alteza Cruzeiro do Sul’, que é um livro importantíssimo, onde
condensou num protesto falado com sotaque francês, mas podemos ver as idéias políticas do príncipe que teria
escrito em razoável vernáculo... transformado o Brasil em uma nação desenvolvida, caso o
“O jovem príncipe declarou que sua viagem era uma destino não quisesse o contrário, e o tenha levado tão cedo.
experiência. Se foi, deve o intrépido mancebo estar Mas enquanto teve forças, sempre foi um adversário
convencido, não da fraqueza da república, como disse em temível para os republicanos, que só revogaram a lei do
Santos, mas da inocuidade dos nossos monarquistas. banimento após a sua morte prematura.
“Quando muito eles conseguem o que sua alteza viu: Ainda com relação à revista O Malho, temos que a
encher o tombadilho de um paquete. cobertura do desembarque frustrado, em página dupla, nos
“Mais ainda: são partidários comodistas que preferem as da um panorama fotográfico a bordo do Amazone, com uma
doçuras do solo pátrio aos agrores do exílio, mesmo multidão circundando o príncipe, e relatando diversos
4

No corpo da revista, muitas propagandas usaram a


passagem do príncipe como mote para diálogos, também
várias charges abordavam a passagem do príncipe. A
Chronica, assinada por J. Bocó, ironizava os monarquistas
brasileiros:
“Completou o quadro o alvoroço latente de uns tantos
cidadãos sempre dispostos à luta pela instituição de 15 de
novembro; de sorte que, no dia seguinte, quando o
Amazone fundeou, estourou a bordo a bomba proibitiva do
desembarque!
“Já contavam com ela os numerosos monarquistas que lá se
achavam e o próprio D. Luiz; mas, ainda assim, não foi
menor a celeuma levantada, celeuma que sua alteza
condensou num protesto falado com sotaque francês, mas
escrito em razoável vernáculo...
“O jovem príncipe declarou que sua viagem era uma
experiência. Se foi, deve o intrépido mancebo estar
convencido, não da fraqueza da república, como disse em
Santos, mas da inocuidade dos nossos monarquistas.
“Quando muito eles conseguem o que sua alteza viu:
encher o tombadilho de um paquete.
“Mais ainda: são partidários comodistas que preferem as
doçuras do solo pátrio aos agrores do exílio, mesmo
voluntário...
(...)
“Praza aos céus que, arrojado como é, sua alteza não
delibere fazer à força aquilo que in bona fide não pode ser
feito.
“Que o Sr. D. Luiz de Bragança e Orleans espere a revogação
do banimento político ainda em vigor!”
Esses termos dessa crônica são interessantes na medida em
que ao relatarem que o príncipe tinha essa tentativa como
5

uma experiência, devemos compreender que ele estava


sondando, in loco, as condições políticas em relação às
possibilidades da restauração, e com certeza em função da
renúncia do seu irmão que se daria no ano seguinte, e que
certamente estava em discussão no seio da família imperial.
A viagem teve prosseguimento, mas as mesmas condições se
impuseram em Santos e mais à frente, próximo a Corumbá,
como relata o Marechal Mascarenhas de Moraes, nas suas
memórias. Nessa passagem, próximo, ao Mato Grosso, a
população de Corumbá ficou em alvoroço com a presença do
filho de D. Isabel I, nas suas cercanias. Dom Luiz relatou essas
passagens pelo Brasil, no seu livro ‘Sob o Cruzeiro do Sul’, que
é um livro importantíssimo, onde podemos ver as idéias
políticas do príncipe que teria transformado o Brasil em uma
nação desenvolvida, caso o destino não quisesse o contrário, e
o tenha levado tão cedo. Mas enquanto teve forças, sempre foi
um adversário temível para os republicanos, que só revogaram
a lei do banimento após a sua morte prematura.
Ainda com relação à revista O Malho, temos que a cobertura
do desembarque frustrado, em página dupla, nos da um
panorama fotográfico a bordo do Amazone, com uma multidão
circundando o príncipe, e relatando diversos monarquistas de
renome que se encontravam naquele evento, onde
destacamos o Dr. Carlos de Laet, os condes romanos Drs.
Cândido e Fernando Mendes de Almeida, o conselheiro João
Alfredo, o visconde de Ouro Preto, o conde de Afonso Celso, o
marquês de Paranaguá, o conselheiro Lafayette Rodrigues
Pereira, Múcio Teixeira, Gama Júnior. Dr. Lacerda Cony, entre
outros.
Relembrando esse grande príncipe, convido a todos, a lerem
ou relerem o meu artigo, “D. Luiz. O príncipe Perfeito.” Na
edição de julho de 2011 da Gazeta Imperial.
6
7 Memória

A Agonia de um Monumento
Luís Severiano Soares Rodrigues
Economista, pós-graduado em história, sócio correspondente do
Instituto Histórico e Geográfico de Niterói, Conselheiro Consultivo do
Instituto Cultural Dona Isabel I – A Redentora e membro do Instituto de
Pesquisa Histórica e Arqueológica do Rio de Janeiro (IPHARJ).

Mas a realidade republicana nos impõe que os


monumentos sejam alvo do vandalismo e da depredação
dos moradores de rua, que vivem da venda de metais
recicláveis nos ferros-velhos, e assim temos que o alvo
fácil está ali, na mesma praça em que o indivíduo mora.
Esse monumento em questão, que é uma magnífica
estátua equestre do patrono da cavalaria brasileira, que
possui também dois baixos- relevos de batalhas da Guerra
do Paraguai, mas que progressivamente além de perder
alguns elementos decorativos, como o gradil que foi todo
arrancado, bem como as inscrições que vão aos poucos
sumindo, também sofreu pichações, ou seja, a total
ignomínia para com esse grande brasileiro que foi Osório.
Devemos, pois, lamentar profundamente o estado desse
monumento, bem como instar a prefeitura da cidade do
Rio de Janeiro a se mexer para recuperar e proteger esse
monumento que reverencia a coragem do soldado
brasileiro, na figura de um dos seus intrépidos
comandantes. E também lembrar ao sr. Prefeito que os
monumentos da cidade são como cartões de visitas para
os visitantes, e nesse caso temos que o visitante ficará
chocado com tamanha irresponsabilidade das autoridades
públicas.
8
9 Artigo

Nas entrelinhas de Curitiba e a


Fribomba em Brasília
Luís Severiano Soares Rodrigues
Economista, pós-graduado em história, sócio correspondente do
Instituto Histórico e Geográfico de Niterói, Conselheiro Consultivo do
Instituto Cultural Dona Isabel I – A Redentora e membro do Instituto de
Pesquisa Histórica e Arqueológica do Rio de Janeiro (IPHARJ).

Maio de 2017 será um mês contraditório na memória dos


brasileiros, posto que tivemos um retrocesso travestido de
legalidade jurídica, no caso da soltura, via habeas corpus,
de um bandido perigoso de nome Dirceu, ou melhor,
Camarada Dirceu, eminência parda, do politiburo petista,
formado em guerrilha de esquerda em uma ilha
caribenha, com pós graduação em desestabilização de
sistemas, à essa altura deve estar ameaçando
testemunhas, com dossiês, mandados fazer na época da
Casa Civil, esperemos que eles não cedam e os dossiês
sejam revelados, e todo mundo vá para a cadeia. Esse
episódio dos habeas corpus do Dirceu e do Eike Batista
deu margem a uma lavagem de roupa suja entre o STF e o
Ministério Público Federal, o que é uma vergonha, ou será
na república não se tem vergonha na cara? Esse atrito foi
entre o ministro Gilmar Mendes e o procurador geral
Rodrigo Janot. Mas para nossa satisfação a
respeitadíssima nacionalmente Sra. Presidente do STF,
ministra Carmen Lúcia, no Seminário Brasil, brasis, da ABL,
falou sobre a Judicialização da Política, em 05 p.p. onde
esclareceu ao público, que boa parte desse fenômeno se
10

deve aos partidos políticos que pelos devidos meios Mas maio ficará gravado na memória dos brasileiros por
provocam o judiciário quando insatisfeitos com causa do depoimento do ex-presidente Lula ao juiz Sérgio
determinadas situações que lhes são desfavoráveis, Moro, o caçador de Jararaca, onde o ex-presidente declarou
invertendo assim a lógica da divisão dos poderes, fazendo aquilo que todos já sabiam: Que ele não sabia de nada, foi
com que o STF “legisle” na falta de ação ou na omissão dos enganado esse tempo todo, ficou sabendo pela imprensa,
corpos legislativos. que nem no PT ele manda. Alega o presidente que o triplex
Para nós monarquistas, especificamente, o começo de maio na beira da praia não é dele, que não tem nada assinado, e
será lembrado traumaticamente, na medida em pode-se ver que até plantaram provas na casa dele, o que deu a
nacionalmente um monarquista ser agredido covardemente entender que ele se referia à PF, definitivamente aquele
pela turba ignara de republicanos desclassificados que o apartamentão não é dele e sim da Construtora OAS, que o
machucaram e arrancaram sua bandeira imperial, quando reformou por conta própria, por mais que os engenheiros
ele esta usando o seu direito constitucional de se manifesta. que fizeram a reforma no sítio de Atibaia tratassem das
Mas os arruaceiros de claque, pagos pelos partidos de duas reformas ao mesmo tempo, e vejam o sítio também
esquerda, devem achar que só eles têm o direito de não é do ex-presidente, a OAS se dedicou aos dois
manifestar, direito que eles extrapolam e aproveitam para trabalhos, segundo o ex-presidente não se sabe por que.
fazerem algazarras e quebradeiras pelas cidades do Brasil. Mas se lermos com cuidado as entrelinhas
Assim confirmamos aquilo que não cansamos de repetir, das declarações do ex-presidente acabamos encontrando
que a república não tem salvação. algumas confissões por contradição, senão vejamos, diz o
Por outro lado, como ponto positivo, temos que a caixa Sr. Lula da Silva que na última vez que esteve no
preta do BNDES começou a ser aberta com a Operação apartamento com o Léo (notamos certa intimidade do ex-
Bullish, com vistas a se apurar graves indícios de realização presidente com o presidente da referida empreiteira), viu
de operações fora dos padrões, para favorecer o grupo JBS, 500 defeitos no mesmo, daí concluímos que 500 defeitos
da qual a BNDESpar detém 21% do capital, curiosamente dão margem a uma reforma milionária. Outro detalhe é que
foi, segundo a Polícia Federal, feitos empréstimos até para a alegava o ex-presidente que sendo um homem público, ter
contratação de consultorias, Consultoria essa feita por um um apartamento na beira da praia era inviável, pois só
honorável consultor, conhecido como Italiano, que está poderia ir à mesma no dia de finados e se estivesse
preso em Curitiba, além, de compras de ações com ágio, chovendo, mas em algum momento diz que tem oito netos,
etc. O negócio é de arrepiar, provavelmente o ex-presidente em sua maioria, ainda na infância, daí lembramos que
do banco, economista Luciano Coutinho terá muito o quê crianças adoram praias, assim descremos do ex-presidente,
explicar. Note-se que se trata apenas de operações de um ele não quis o dito apartamento porque deu ruim, como
grupo econômico específico, quando se começar a ver as dizemos aqui no Rio de Janeiro. Um ponto a se chamar
operações internacionais, é melhor sair de baixo, pois o atenção é o aburguesamento do Sr. Lula da Silva, pois dizia
11 Aniversários
Artigo

ele que o triplex era muito pequeno (215 m²) para uma . Aqui temos que explicar ao ex-presidente que o Sr. Renato
família de 5 filhos e 8 netos e que o referido imóvel era Duque, mentiu foi para quem perguntou, pois consciência
“Minha Casa Minha Vida”. Se pensarmos na realidade do ele já não tinha mesmo, e como ficamos sabendo ele
povo pobre desse país, com média de filhos alta, e vivendo pretende, agora que a coisa ficou preta pro lado dele,
muitas vezes em diminutas e precárias habitações (barracos devolver a módica quantia de 20 milhões de Euros, por ele
e palafitas), temos que o Sr. Lula da Silva fez um escárnio desviados, para as autoridades brasileiras. Quanto as
com a realidade da maioria dos brasileiros, até mesmo com declarações anteriores (etílicas) do Sr. Lula da Silva, de que
aqueles que compraram cubículos, que chamam de se não o prendessem logo, ele poderia posteriormente
apartamento, no boom imobiliário que extrapolou os preços mandar prende-los (os responsáveis pela Lava Jato), Lula
de imóveis Brasil afora, transferindo renda dos assalariados amarelou e disse ao juiz que era apenas uma força de
para as construtoras e donos de imóveis. E ficou claro que expressão, creio que sem a motivação etílica o Lula não
para o ex-presidente morar em imóvel “Minha Casa Minha demonstra a mesma coragem.
Vida” está fora de cogitação. Uma última curiosidade sobre Uma última nota sobre o interrogatório do
o apartamento foi colocado que a mulher do Lula esteve ex-presidente, e que após o mesmo, ele não perdeu a
posteriormente em visita ao mesmo, sem ele saber, pois oportunidade de subir no palanque para fazer média com a
estava em dúvida se o adquiria para fazer negócio militância (de claque) que o PT e a CUT levaram para aquela
(especulativo, é claro), mas não ficou claro de onde viria a bela cidade, mas o quê saltava aos olhos era, em plena
renda da Sra. ex-primeira-dama. Por fim o presidente acha quarta-feira, dia de trabalho em Brasília, na estafante
que para ele ser incriminado deve aparecer algum recibo jornada de três dias dos parlamentares, a presença de
por ele assinado, aqui ele se faz de rogado, esperemos que vários deputados e senadores petistas e comunistas no
a ficha caia para o Sr. Lula da Silva, pois malandro de palanque, certamente quem pagou essa viagem foi a verba,
carteirinha, sabe que propina não passa recibo. pública, de deslocamento dos mesmos, em última análise o
Outro ponto curioso, que prova a “sinceridade” do ex- contribuinte, aquele que não vê retorno pelos impostos que
presidente, foi que ao saber das falcatruas na Petrobras, ele paga, é que está pagando essa cena deplorável de
intimou o tesoureiro do PT Sr. João Vaccari Neto, a marcar indivíduos batendo palmas pra maluco dançar, ou melhor
um encontro com o ex-diretor da Petrobras, Renato Duque, enganar o povo se fazendo de vítima e coitado.
encontro que se deu no aeroporto de Congonhas, onde Seja como for as coisa seguem o seu rumo na
narra o presidente que perguntou a Duque se ele tinha Operação Lava Jato, e as delações premiadas, estão fazendo
conta bancária no exterior, ao que ele respondeu que não. o seu papel, de soltar a língua dos envolvidos na rapina
Afirma Lula que com essa resposta ele ficou satisfeito e contra o povo brasileiro, que o digam os marketeiros do PT,
tranquilo, acrescentando que se ele mentiu, não foi para o que estão dando o serviço todo, e agora se aguarda a
ex-presidente, mas sim para a sua própria consciência delação premiada do ex-ministro Palocci (o Italiano), que
12

esperamos entregue todo mundo. O Sr. Lula da Silva e a Sra.


Dilma, podem ter uma certeza, a dor de cabeça está só
começando.
Outro momento a ficar gravado na memória do povo brasileiro
decorrerá dos desdobramentos do caso JBS, citado acima,
quando os controladores do grupo surpreendem o país, com uma
delação premiada acordada com a PGR e aceita pelo ministro
Fachin, fazendo sérias denúncias contra altas autoridades da
república, entre elas o próprio presidente da república e o
senador Aécio Neves, inclusive com gravações de áudio e
imagens feitas pela Polícia Federal, as denúncias também
comprometeram membros da administração petista, no caso o
ministro Mantega, que foi apontado como o facilitador junto ao
BNDES e o arrecadador de propinas para o PT. Ou seja, todos os
lados foram atingidos. Não obstante foi o suficiente para a
oposição se ouriçar e pedir abertura de impeachment contra o Sr.
Michel Temer, tendo já no dia seguinte, 18/05, oito pedidos
protocolados, além do que a oposição se esgoelando no plenário
da Câmara dos Deputados pedindo - Diretas Já, o que leva a crer
que a oposição não leu a Constituição. Nesse mesmo dia o
presidente em pronunciamento nacional disse categoricamente
que não renuncia ao seu cargo, ou seja, teremos pela frente um
embate, em capítulos certamente. Outro longo processo de
impeachment? Nosso povo não merece isso, mas é o que a
república tem a oferecer. Sem querer confirmar o dom da
premunição, convido a todos a relerem o meu artigo – Reflexões
sobre a crise política atual, na GI de março de 2015, cujo
argumento pode extrapolar para os dias atuais. Novas angústias
virão na vida política desse país, enquanto as inúmeras reformas
econômicas necessárias provavelmente serão proteladas.
Esperemos para ver se o país agüenta mais um período
traumático.
13

www.brasilimperial.org.br

Você também pode gostar