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Tipos

Desemprego natural
Segundo os preceitos da economia neoclássica, o desemprego natural é a taxa para a qual uma
economia tende no longo prazo, sendo compatível com o estado de equilíbrio de pleno emprego e
com a ausência de inflação. Nessa situação, há um número de trabalhadores sem emprego, mas a
oferta e a demanda por emprego estão em equilíbrio. Para Milton Friedman, nessa taxa só se
incluiriam os desempregos friccional e voluntário, sendo, nesse caso, inexistente, ou não relevante,
os desempregos conhecidos como estrutural e conjuntural.

Desemprego estrutural
Ver artigo principal: Desemprego estrutural
O desemprego estrutural é uma forma de desemprego natural. Neste caso, existe um desequilíbrio
permanente entre a oferta e a procura (de trabalhadores) que não é eliminado pela variação dos
salários.
Resulta das mudanças da estrutura da economia. Estas provocam desajustamentos no emprego da
mão de obra, assim como alterações na composição da economia associada ao desenvolvimento. A
teoria econômica apresenta duas causas para este tipo de desemprego: insuficiência da procura de
bens e de serviços e insuficiência de investimento em torno da combinação de fatores produtivos
desfavoráveis.
Esse tipo de desemprego é mais comum em países desenvolvidos devido à grande mecanização das
indústrias, reduzindo os postos de trabalho.
O desemprego causado pelas novas tecnologias - como a robótica e a informática - recebe o nome
de "desemprego tecnológico". Ele não é resultado de uma crise econômica, e sim das novas formas
de organização do trabalho e da produção. Tanto os países ricos quanto os pobres são afetados pelo
desemprego estrutural, que é um dos mais graves problemas de nossos dias.
O crescimento econômico, ou melhor, a ausência dele, tem sido apontado como o principal fator
para os altos níveis de desemprego no Brasil. Naturalmente, se conseguíssemos manter altas taxas
de crescimento econômico, o país sanearia o problema do desemprego conjuntural. Contudo, o
desemprego estrutural, aquele em que a vaga do trabalhador foi substituída por máquinas ou
processos produtivos mais modernos, não se resolve apenas pelo crescimento econômico. Aquele
trabalho executado por dezenas de trabalhadores até o início dos anos 1980 agora só necessita de
um operador, ou, em outras palavras, dezenas de empregos transformaram-se em apenas um. É
claro que se a economia estiver aquecida será mais fácil para estes trabalhadores encontrarem outros
postos de trabalho.
É comum associar o desemprego estrutural ao setor industrial. Este setor deixa mais evidente a
perda de postos de trabalho para máquinas ou novos processos de produção, porém isto ocorre
também na agricultura e no setor de prestação de serviços.Em muitos lugares, inclusive no Brasil,
culpa-se a tecnologia, que estaria roubando empregos e condenando os trabalhadores à indigência.
Não há dúvida de que a tecnologia participa do processo, mas é um equívoco condená-la como a
vilã do desemprego estrutural. A invenção do tear mecânico, da máquina a vapor ou do arado de
ferro foram marcos que resultaram em um aumento significativo da produtividade e consequente
redução de custos, permitindo a entrada de um enorme contingente de excluídos no mercado
consumidor. Da mesma forma que sentimos hoje, o emprego sofreu impacto destes inventos há 150
anos.

Desemprego conjuntural
Ver artigo principal: Desemprego conjuntural
O desemprego cíclico é transitório, ocorre durante alguns períodos. Pode ser calculado da seguinte
forma:
Desemprego cíclico = Taxa de desemprego observada - taxa de desemprego natural
O desemprego cíclico está associado às flutuações da atividade econômica, ou seja, do produto
interno bruto. Esse relacionamento é inversamente proporcional, como demonstrado na Lei de
Okun, que demonstra a relação inversa entre a taxa de desemprego e os ciclos económicos (output
gap). A taxa de desemprego diminui em períodos de expansão e aumenta em períodos de recessão.
A lei de Okun pode ser formulada da seguinte forma:
Taxa de desemprego observada - taxa de desemprego natural = - g (PIB efetivo/PIB potencial) Onde
g é uma função positiva qualquer.
Desta forma, podemos prever a taxa de inflação futura pela observação do ciclo económico
presente.
Dado esta relação, podemos considerar que as causas e os problemas do desemprego cíclico são as
causas e os problemas dos ciclos económicos.

Desemprego friccional
O desemprego friccional resulta da mobilidade da mão de obra e pode ser componente do
desemprego natural. Ocorre durante o período de tempo em que um ou mais indivíduos se
desempregam de um trabalho para procurar outro. Também poderá ocorrer quando se atravessa um
período de transição, de um trabalho para outro, dentro da mesma área, como acontece na
construção civil.

CONCEITO

O termo desemprego alude à falta de trabalho. Um desempregado é um indivíduo que faz parte da
população activa (que se encontra em idade de trabalhar) e que anda à procura de emprego embora
sem sucesso. Esta situação traduz-se na impossibilidade de trabalhar e, isto, contra a vontade da
pessoa.
Quando um país enfrenta uma situação de desemprego isso afeta a sua produção econômica, em
outras palavras, ela é reduzida. E isso, inclusive, pode levar a um levante político.
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Segundo convenções internacionais estabelecidas pela Organização Internacional do Trabalho, um


indivíduo é classificado como desempregado quando está sem trabalho, porém que tenha saído em
busca de emprego nas últimas quatro semanas.
No entanto, os trabalhadores que estejam desempregados ainda precisarão manter pelo menos o
consumo que é essencial para sua subsistência.
Economistas ainda classificam o
desemprego entre voluntário e involuntário.
Sendo que o desemprego voluntário é quando um indivíduo abandona seu emprego para ir em busca
de outro. Já o involuntário é quando, por exemplo, um indivíduo é demitido.
Desemprego é sinónimo de desocupação. Distinguem-se quatro formas de desemprego: cíclico,
estacional, friccional e estrutural.
O desemprego cíclico consiste na falta de trabalho durante um momento de crise económica (isto é,
de recessão). Trata-se, em geral, de períodos não demasiado extensos em termos de tempo e que se
revertem a partir do momento em que se registam sinais de melhoria na economia.
O desemprego estacional (ou sazonal) surge pela flutuação estacional da oferta e da procura. O
sector da agricultura ilustra claramente esta situação de desemprego: em épocas de colheita (as
vindimas, por exemplo), aumenta a oferta de trabalho e o desemprego diminui; nos restantes meses
do ano, a situação inverte-se.
O desemprego friccional (igualmente chamado desemprego de transição ou de mobilidade) ocorre
quando o empregado e a entidade patronal não chegam a acordo. Se as condições de trabalho ou
remuneratórias não corresponderem às expectativas do trabalhador, este demite-se e parte à procura
de outro emprego. É uma forma provisória de desemprego e que tende a ser constante.
O desemprego estrutural, por fim, é o mais grave, tendo em conta que corresponde a um desajuste
técnico entre a procura e a oferta de trabalhadores (mão-de-obra disponível no mercado). Muitas
das vezes, os postos de trabalho necessários para a estabilidade da economia são inferiores à
quantidade de pessoas que procuram emprego e que precisam de trabalhar para se sustentar. Esta
situação exige a intervenção do Estado para solucionar o desequilíbrio.
O desemprego é adotado como uma forma de mensurar a saúde econômica de um país. Sendo que a
medida mais utilizada é a “taxa de desemprego”, que se trata do número de empregados dividido
pelo números de pessoas empregadas (pessoas economicamente ativas).
Quando a taxa de desemprego está baixa isso indica que há um superaquecimento na economia. Ou
seja, quando a taxa de desemprego é baixa isso pode ser um sinal de que a economia esteja sendo
maximizada a produção e gerando impulso no aumento dos salários.
Por outro lado, quando a taxa é elevada, isso serve para indicar quando há dificuldades econômicas
num país, cidade ou estado.
Em cada país existem critérios para se realizar a medição da taxa de desemprego. Sendo que as
condições estruturais também diferem de país para país.

O desemprego deve ser entendido como uma situação social de não emprego, na qual o
indivíduo não realiza trabalho remunerado. As principais causas do desemprego estão
relacionadas com os aspectos econômicos, sociais e políticos, como:
• crise econômica;
• redução de postos de trabalho;
• falta de qualificação profissional.
Os principais tipos de desemprego são:
• sazonal;
• cíclico;
• friccional;
• estrutural.
O desemprego gera inúmeros problemas, geralmente de ordem social, econômica, e até mesmo
psicológica, pois afeta a qualidade de vida da pessoa, o modo de vida e o bem-estar.
Leia também: Trabalhos informais – realização de atividades sem vínculos empregatícios
Conceito de desemprego
O conceito de desemprego refere-se às pessoas que possuem idade para trabalhar e não estão
trabalhando. Esse conceito está relacionado a uma situação social de não emprego, na qual o
indivíduo não trabalha e não recebe nenhum retorno salarial.
Socialmente, entende-se como emprego a venda de mão de obra ou força de trabalho em troca de
uma remuneração ou salário, que pode ser diário, semanal ou mensal, havendo vínculo empregatício
ou não, caso não haja, desempenha-se o trabalho informal.
Trabalho e emprego são conceitos, muitas vezes, confundidos. De modo prático, trabalho refere-
se a qualquer atividade desenvolvida no meio em que o ser humano encontra-se. Emprego, por sua
vez, deve ser entendido como atividade que o indivíduo realiza e obtém salário ou remuneração em
troca, significa pensar que há a venda da força de trabalho.

Principais causas do desemprego


As causas do desemprego são muitas, e acabam sendo complexas, pois envolvem algumas
estruturas, como a social, econômica e política. Nesse cenário, explicar tal fator não é uma tarefa
fácil.
O desemprego é gerado a partir do momento que um posto de trabalho é fechado. O principal fator
que gera o fechamento dos postos de trabalho é a crise econômica de um país, quando a economia
não vai bem e algumas empresas, grandes ou pequenas, deixam de funcionar e demitem seus
funcionários, gerando, assim, o desemprego. Essas crises podem ser setoriais, afetando mais um
setor que outro, por exemplo: crise na indústria afetaria o funcionamento e existência de pequenas
ou grandes indústrias, e não afetaria o comércio.
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Outro fator gerador de desemprego é a redução de custos, acontece nas indústrias e grandes
empresas, que demitem funcionários a fim de reduzir sua folha de pagamento. A falta de
qualificação profissional também é um forte fator de desemprego. As empresas da atualidade
precisam de funcionários e colaboradores especializados, se o indivíduo não possui qualificação
profissional, ele não serve mais para a vaga e acaba perdendo seu emprego.
A substituição de mão de obra também é um fator relevante nessa análise, pois muitos postos de
trabalho substituem a mão de obra das pessoas pelas máquinas. Esse fator ocorreu com mais
intensidade na Primeira Revolução Industrial, quando a mão de obra humana foi substituída por
máquinas. Hoje, falamos que o desenvolvimento tecnológico vem a substituir as pessoas no
trabalho, gerando maquinários cada vez mais tecnológicos e sofisticados.
Veja também: Industrialização em países subdesenvolvidos – em busca de mão de obra barata

Tipos de desemprego
Os principais tipos de desemprego são: o sazonal, cíclico, friccional e estrutural.
• Desemprego sazonal: acontece em determinada época do ano. Ele é causado por variações
da oferta de trabalho em algumas épocas do ano. Bastante comum na agricultura, em função
da época de plantio e colheita, e no comércio, em função das datas comemorativas.
• Desemprego cíclico: acontece em função de alguma crise econômica ou política, pois, nesse
caso, há a diminuição de produção e recessão da economia, obrigando empresas a
diminuírem gastos com a mão de obra e demitirem seus funcionários.
• Desemprego friccional: acontece quando os indivíduos saem de seus empregos
naturalmente em busca de uma chance melhor. Portanto, levam um tempo procurando um
novo posto, caracterizando assim o desemprego friccional. 
• Desemprego estrutural: acontece quando aqueles que, por motivo de qualificação, não
podem atuar mais naquela empresa e são demitidos por isso. Esse fenômeno é comum em
indústrias que mudam sua produção mais tradicional para uma produção automatizada.
Consequências do desemprego
As consequências do desemprego não são apenas sociais, elas também podem ser psicológicas, por
afetar diretamente o modo de vida da pessoa, e políticas. Alguns estudos apontam que o
desemprego aumenta os problemas relacionados com a saúde física e mental do trabalhador,
como: 
• autoestima
• insatisfação
• frustração e mudança no humor
•  bem-estar
Os aspectos sociais que mais se destacam são relacionados com as condições econômicas das
pessoas ou grupo familiar, como a diminuição da renda, que pode levar o indivíduo a migrar de uma
classe social à outra, promovendo-se o aumento da pobreza e a consequente falta de acesso a
determinados bens ou serviços, em outras palavras, a exclusão social.
Nessas circunstâncias, há a redução da qualidade de vida da pessoa, família e grupo social
envolvido. Há também o aumento da desigualdade social, que passa a ser um problema político, de
ordem governamental.

Taxa de desemprego
A taxa de desemprego refere-se a uma medida do número de pessoas desempregadas em
determinado país ou região. Esse número é adquirido estatisticamente com o total de pessoas que
buscam emprego naquela nação.
Todo país tem uma população economicamente ativa (PEA), a que tem idade para trabalhar.
Participam da força de trabalho as pessoas que têm idade para trabalhar (16 anos ou mais) e que
estão trabalhando ou procurando trabalho (ocupadas e desocupadas).
Atualmente, a PEA brasileira corresponde a cerca de 100 milhões de habitantes em 2020. As
taxas de desemprego são medidas com base nesse número, ou seja, a referência sempre será esse
índice.

Desemprego no Brasil
Para considerarmos o número de desemprego em determinado país, precisamos saber qual é a sua
população econômica ativa (PEA) — que é o número de trabalhadores que desempenham função
remunerada e buscam emprego naquele país. No Brasil, a PEA é de cerca de 100 milhões de
pessoas, segundo o IBGE (2020).
As taxas de desemprego no Brasil, no início do ano de 2020, apresentaram uma suave queda. Dados
do IBGE apontaram para uma queda no número de pessoas desocupadas de 0,4%. Em números
reais, a população desocupada, que era de 11,6 milhões de pessoas, apresentou queda de mais de
400 mil pessoas que entraram para o mercado de trabalho. Dessa forma, o número de pessoas
desocupadas, no primeiro trimestre de 2020, era de 11,2 milhões.
Em março de 2020, com o início da nova pandemia do coronavírus, houve um aumento
significativo no número de pessoas desocupadas. Dados oficiais do governo apontaram para um
aumento no número delas, chegando a 13,8% da população econômica ativa em setembro de 2020,
ou seja, mais de 13,8 milhões de brasileiros sem postos de trabalho.
A situação social do Brasil tornou-se um dever do Estado, estando agora na mão dos governantes
criar políticas de controle da pobreza e aumento da renda no país, como é o caso da criação do
auxílio emergencial, exemplo de medida paliativa, para enfrentar a pandemia.
Acesse também: Trabalho na globalização: flexibilização, terceirização e crescimento da
informalidade

Exercícios resolvidos
Questão 1 – Os tipos de desemprego surgem por meio das relações econômicas e sociais, dessa
forma, assinale a alternativa que não se configura como um tipo de desemprego:
A) sazonal
B) cíclico
C) relacional
D) estrutural
E) friccional
Resolução
Alternativa C. Os principais tipos de desemprego são: o desemprego sazonal, desemprego cíclico,
desemprego friccional e desemprego estrutural.
Questão 2 – (Fepese - 2017) Assinale a alternativa que corresponde ao desemprego friccional.
A) Desemprego que experimentam as economias em períodos de depressão econômica.
B) Desemprego que existe na economia no momento da retomada cíclica dos investimentos.
C) Desemprego que existe na economia resultado do deslocamento dos indivíduos entre empregos e
a procura por novos empregos.
D) Desemprego que surge em determinados locais em períodos específicos do ano pela queda de
uma de suas atividades econômicas principais, como o turismo de veraneio de algumas cidades
litorâneas.
Resolução
Alternativa C. O desemprego friccional é aquele que o trabalhador sai do seu posto de trabalho e
fica desempregado, em busca de uma carreira ou empresa melhor.

https://conceito.de/desemprego
https://pt.wikipedia.org/wiki/Desemprego
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/desemprego-um-problema-mundial.htm
http://www.psicologia4u.com/o-desemprego-e-as-consequencias-sociais-e-psicologicas/
https://sites.google.com/site/desempregononobrasil/causas-consequencias-e-possiveissolucoes-para-
o-desemprego
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/o-desemprego-mundial.htm

CAUSAS E CONSEQUENCIAS

Resumo: O desemprego é um dos grandes problemas enfrentados pela humanidade, desde os


séculos passados as economias buscam explicações e fórmulas para se chegar ao a um modelo de
pleno emprego, que até existe em teorias, mas na pratica dificilmente consegue se aplicar. A falta de
ocupações é um constante desafio para pessoas, empresas e governos, sendo que a ausência de
trabalho gera como consequências graves problemas sociais e econômicos. Esses problemas se
intensificam em economias emergentes e principalmente em épocas de crises econômicas. As
mudanças no mundo do trabalho e os avanços tecnológicos merecem atenção especial, pois
empresas buscam a redução de custos e melhora continua da qualidade de produtos e serviços,
enquanto que de outro lado os trabalhadores precisam acompanhar os avanços se aperfeiçoando e
modernizando seus métodos de trabalho e aprendizado para garantir postos de trabalho, almejar
promoções e continuidade de progressão na carreira. A constante busca por melhorias faz parte das
rotinas de todos que pretendem ter um futuro mais tranquilo e melhor

O Desemprego e as Consequências Sociais e


Psicológicas

O Desemprego é talvez a palavra mais falada, comentada e anunciada da atualidade. A maioria das
pessoas já conhece o impacto social e económico que o desemprego provoca. No entanto, é ao nível
psicológico que o desemprego desencadeia consequências graves que condicionam o quotidiano de
quem sempre viveu do trabalho.
A nível nacional nunca as taxas de desemprego atingiram níveis tão elevados, abalando o equilíbrio
emocional das pessoas afetadas por ele.
Embora o custo económico do desemprego seja elevado, não há valor monetário que traduza
adequadamente o custo humano e psicológico dos extensos períodos de desemprego persistente e
involuntário.
Consequências Psicológicas e Sociais do Desemprego:
Os longos períodos de desemprego traduzem-se em maus estar psicológico, intimamente ligadas à
deterioração do seu bem-estar físico, bem como à desagregação social:
• Transtornos mentais leves,
• Depressão,
• Diminuição da auto estima,
• Sentimento de frustração e insatisfação com a vida,
• Dificuldades cognitivas.
Estas são as principais consequências psicológicas, provocadas por uma situação de desemprego
prolongado.
Ao desemprego estão, também, associados o aumento dos casos de violência conjugal e um novo
conceito de pobreza, à qual podemos denominar de “ pobreza envergonhada”, talvez a mais difícil
de ser gerida ou vivenciada pelas próprias pessoas. No contexto da família, o desemprego provoca
desestruturação e desorganização familiar, sendo as crianças as principais vitimas desta situação.
Pode-se, então, afirmar que mais do que um problema meramente económico, o desemprego
elevado é um problema psicológico e social. Desta forma, é fundamental que a análise e avaliação
do desemprego ultrapassem a lógica puramente económica, englobando também a própria pressão
psicológica que dado fenómeno promove sobre o desempregado.
O Que fazer em situação de desemprego?
Não existe uma solução rápida ou uma alternativa imediata que permita resolver a situação de
desemprego. Contudo é possível atenuar o sentimento de desespero de quem se encontra a passar
por esta conjuntura.
O mais importante é não nos deixar invadir por um pensamento negativo e destrutivo e continuar a
procurar trabalho com insistência. Outra alternativa poderá passar por aceitar um trabalho que antes
era visto como impensável ou mesmo considerado como estando abaixo das nossas capacidades.
Do mesmo modo, é também muito importante, tendo em consideração a questão da autoestima, não
perder contactos, não se fechar, não se esconder, evitar o isolamento.
Estabelecer um programa de treino físico e mental (não cair na inércia, manter-se em forma).
Quem vive só deve procurar permanentemente contactos, para colmatar a falta de um meio social de
inserção e criar pontos fixos de referência para o seu bem estar psicológico.
Ter cuidado com medicamentos de influência psicológica (administrá-los só segundo receita
médica), sobretudo no que diz respeito a fármacos como anti depressivos, entre outros, que
provocam graves níveis de dependência, diminuindo a capacidade de iniciativa e de dinamismo das
pessoas que os tomam de forma prolongada.
O recurso a técnicas de relaxamento (treino autogénico, yoga, descontração muscular progressiva),
ajudam na organização do pensamento e contribuem para um bem estar físico e psicológico;
Organizar atividades físicas diárias durante o dia. Estas atividades surtem um grande efeito em
casos de depressão e angústia.
Fazer diariamente um bom percurso a pé deve fazer parte do plano de ocupação diária, para se
manter física, psicológica em forma. Esta atividade é de extrema importância para as pessoas que
foram afastadas de um dia de trabalho com estrutura rígida associado a um espirito de procura ativa
de trabalho que deverá ser mantido
Todas as orientações referidas neste artigo têm um carácter geral. Para uma orientação mais
específica é conveniente procurar apoio e acompanhamento psicológico.

Causas, consequências e possíveis soluções para o desemprego:

As causas do desemprego são muitas e, muitasvezes, o que é causa para uma determinadalinha de
pensamento, pode ser solução paraoutra. Dentre as causas mais citadas, pode-seenunciar: o desenvolvimento
tecnológico, aglobalização, a terceirização, adesindustrialização, o excesso deconcentração da renda, os
modernos métodosde gestão, de um modo geral, como areengenharia e o downsizing, além de outras.
As consequências, por sua vez, podem serdevastadoras, tanto do ponto de vista dapessoa do desempregado e
de sua famíliaquanto do ponto de vista social e político. A
conta do desemprego, direta ouindiretamente, é paga por todos. É paga viaaumento de impostos para cobrir
despesas dotipo salário desemprego, despesas médicohospitalares, despesas com segurança e assimpor
diante.
Estudos comprovam que o desempregoaumenta os problemas relacionados com asaúde física e mental do
trabalhador, fazendocom que se acentue a procura pelos serviçosprofissionais ligados a esta área. Também
hácomprovação de que a violência e o crime,de um modo geral, estão diretamenterelacionados com o
desemprego. Este podeainda provocar radicalização política, tanto àdireita quanto à esquerda, bem como
ampladesorganização familiar e social. Estudos jádescobriram relação entre aumento dedesemprego e
aumento de divórcios, apenasa título de exemplo.
Assim como não há consenso mínimo quantoàs causas do desemprego, não há tambémnenhuma
convergência em relação àssoluções. Mais uma vez, o que é solução parauns, pode ser causa de desemprego
paraoutros. Dentre as medidas de combate aodesemprego mais citadas pode-se enumerar:facilitação do
consumo e do crédito, incentivoao investimento privado, implementação depolíticas fiscais e monetárias
adequadas,aumento das despesa pública (com amplautilização do Estado como empregador e como
desenvolvimento de políticas sociais do tipoauxílio desemprego), flexibilização domercado de trabalho,
redução da jornada detrabalho, trabalho de tempo parcial, licençasremuneradas, restrição às horas
extras,trabalho compartilhado, treinamento erequalificação de recursos humanos, além deoutras
possibilidades.

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