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ORGÂNICA DO MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA

Preâmbulo
O Programa do Governo VII Legislatura consagra a modernização da Administração
Pública como um dos instrumentos essenciais da estratégia de desenvolvimento do país
designadamente pela promoção da cidadania e qualidade dos serviços públicos, com
ganhos de eficiência, pela simplificação, racionalização e informatização que permitam
a diminuição do número de serviços e dos recursos a eles afectos.

Com esse objectivo, no domínio da organização estrutural da administração o Governo


aprovou a nova lei de estruturas, resultado do enquadramento estratégico e redefinição
organizacional da macro-estrutura de todos os ministérios concretizada, por um lado
pela reavaliação da natureza e profundidade das suas missões e competências e, por
outro, do reforço concomitante dos seus recursos.

Com a remodelação governamental de Junho 2008 e a subsequente aprovação da Lei


Orgânica do Governo, fixou-se a estrutura e missões do Ministério da Administração
Interna, uma configuração orgânica moderna e especializada que constitui um
instrumento absolutamente indispensável à materialização, com eficiência e eficácia, do
estabelecido no Programa do Governo para o sector da Segurança e Ordem Pública,
Protecção Civil, Viação e Segurança Rodoviária e Administração Eleitoral e assegurar
aos cidadãos a segurança interna, a tranquilidade pública e o exercício dos seus direitos.

1.1. Enquadramento sectorial

Tendo presente os desafios da situação actual de Cabo Verde em termos de segurança; a


Missão para a segurança interna que a Constituição da República e a Orgânica do
Governo reservam ao MAI e à Policia e a visão preconizada no Plano Estratégico de
Segurança Interna (PESI);

Ciente de que as novas ameaças constituem autênticos desafios para todos, requerendo
um maior nível de coordenação de esforços e de articulação e integração de acções, no
quadro de um sistema de segurança nacional coeso; perante a crescente complexidade
da criminalidade, interna e a nível mundial.

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O Governo de Cabo Verde, através do MAI, prevê como visão estratégica para a
segurança interna, criar um sistema de segurança interna integrado, articulado e
cooperativo, por forma manter Cabo Verde como um dos países mais seguros do mundo
e assegurar padrões mais elevados de segurança interna e definiu como objectivo
principal a defesa da legalidade democrática, a luta contra as novas ameaças
emergentes, garantir a segurança das pessoas e bens e promover a autoridade do Estado.

Por outro lado, pretende também assegurar aos cidadãos o exercício do seu direito e
dever de voto de forma transparente e o reforço de uma administração eleitoral cada vez
mais sólida, moderna, eficiente e eficaz.

Assim, o MAI é o departamento governamental que propõe, coordena e executa as


políticas em matéria de administração interna, segurança e ordem pública e protecção
civil, superintende a Polícia Nacional de Cabo Verde (PN) e coordena a acção desta
com a de outros organismos de polícia e o Serviço Nacional de Protecção Civil.

É ainda o departamento que propõe, coordena e executa as políticas em matéria de


administração e acompanhamento do sector da viação e segurança rodoviária e assegura
o apoio técnico, administrativo e logístico ao processo eleitoral.

A nova orgânica do Governo aprovada pelo Decreto-Lei n.º 33/2008, de 27 de Outubro,


vem clarificar a missão do Ministério da Administração Interna prevista no Decreto-Lei
n.º 29/2006, de 10 de Julho, assumindo as politicas em matéria de Viação e segurança
rodoviária em estreita coordenação com o serviço central de estratégia e regulamentação
dos transportes rodoviários enquadrado no Ministério das Infra-estruturas, Transportes e
Telecomunicações.

A nova orgânica do MAI vem assumir/absorver mais uma vez as alterações introduzidas
pela Revisão do Código Eleitoral, aprovada pela Lei nº 17/VI/2007, de 22 de Junho,
como também vem alterar a Inspecção do MAI, passando esta a ser um serviço central
que desempenha, com autonomia administrativa e técnica, funções de fiscalização e
auditoria, inspecção do funcionamento de todos os serviços directamente ou tutelados
pelo membro do governo responsável pela área da Administração Interna e as entidades

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que exercem actividades de segurança privada como também, articula-se com a Unidade
Central de Gestão e Planeamento da Função Inspectiva do Estado (UCGPFIE), e em
Sub-inspecção, a nível de um ou mais concelho, sob a superintendência directa do
Inspector Geral.

No que concerne à Direcção Geral da Administração Interna, a nova orgânica vem


clarificar a sua natureza, provocando assim, a alteração da sua estrutura e reforçando as
suas competências enquanto órgão estratégico de apoio na definição de políticas para o
sector, de cooperação e de coordenação, planificação e integração institucional das
acções do MAI, em matéria de segurança interna, segurança e ordem pública e
protecção civil, cumprindo um importante papel na implementação do Plano Estratégico
da Segurança Interna e seu seguimento e avaliação.

A DGPOG, no entanto, no MAI, não assume a vertente de planeamento e estudos


previstos para os outros ministérios, estando esta atribuição organizada pela Direcção
Geral da Administração Interna.

Quanto à criação da DGVSR, a sua estrutura e atribuições derivam na necessidade de


imprimir maior coordenação das acções de administração da viação e articulação
operacional com as forças de fiscalização do trânsito que irão manter-se no MAI, no
sentido de conferir gradual autonomização administrativa, técnica e financeira a estes
serviços.

Assim, ao abrigo do disposto no nº 4 do artigo 186º da Constituição e,

No uso da faculdade conferida pelo n.º1, do artigo 203° da Constituição, o Governo


decreta o seguinte

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Decreto – Lei nº … 2008 de … de …

CAPÍTULO I
Objecto, Missão e Atribuições

Artigo 1º
Objecto
O presente diploma estabelece a macro-estrutura, a organização e as normas de
funcionamento do Ministério da Administração Interna (MAI).

Artigo 2º
Missão
1. O Ministério da Administração Interna é o departamento governamental que tem
por missão, definir, propor, coordenar, executar e avaliar a politica nacional em
matéria de administração interna, viação e segurança rodoviária e ordem pública
e protecção civil.
2. O MAI propõe, coordena e executa as políticas nos domínios dos transportes
rodoviários e assegura o apoio técnico e logístico ao processo eleitoral.

Artigo 3º
Atribuições
1. Na prossecução da sua missão, são atribuições do MAI:
a) Definir, promover e executar as políticas do Governo em matéria da
segurança pública, fiscal, ambiental, com vista assegurar a ordem e a
tranquilidade públicas, a segurança das pessoas e bens e de matérias
classificadas;
b) Definir, promover e executar as políticas em matéria da protecção civil;
c) Preparar, executar e acompanhar, com carácter prioritário, os programas e
projectos, numa perspectiva de reforma e avaliação contínua do sistema da
segurança interna, em ordem à sua adequação às necessidades de
desenvolvimento do país;
d) Conceber, propor, promover e fiscalizar a execução e avaliar o impacto da
política nacional de prevenção e combate à criminalidade, bem como
coordenar as actividades dos serviços encarregados da sua concretização,

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numa perspectiva integrada e multisectorial, designadamente com a policia
de investigação criminal e da defesa nacional;
e) Promover a organização de um sistema de consultas regulares entre
departamentos do Estado directa ou indirectamente interessados, os
Municípios e os parceiros sociais, em matéria de segurança e ordem
públicas;
f) Regulamentar e fiscalizar os serviços de segurança privados, bem como
estabelecer e assegurar o funcionamento e a avaliação de mecanismos de
complementaridade entre esses serviços, a Policia Nacional e os demais
integrantes do sistema de segurança interna;
g) Participar, em articulação com os departamentos governamentais
sectorialmente competentes, na concepção e execução da política, das
medidas de política e das estratégias no domínio da segurança nacional;
h) Promover a coordenação do sistema nacional de protecção civil, bem como
a ligação e a colaboração com outros departamentos governamentais e
demais entidades;
i) Propor ao Governo a adopção de medidas legislativas e regulamentares no
âmbito das suas atribuições e velar pelo seu cumprimento;
j) Propor, coordenar e executar as políticas em matéria de transportes
rodoviários nos domínios da circulação, prevenção e segurança;
k) Assegurar o apoio técnico, administrativo e logístico ao processo eleitoral;
l) Participar na concepção e execução das políticas de imigração;
m) O mais que lhe for cometido por lei.

Artigo 4º
Articulações
O Ministério da Administração Interna articula-se especialmente com:
a) O Ministério da Defesa Nacional em matéria de segurança nacional;
b) O Ministério dos Negócios Estrangeiros, o Ministério das Finanças e o
Ministério da Saúde, em matéria de protecção civil;
c) O Ministério das Infra-estruturas, Transportes e Telecomunicações em
matéria de viação e segurança rodoviária;
d) O Ministério da Justiça, em matéria de prevenção e combate à criminalidade;

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e) O Ministério do Ambiente, do Desenvolvimento Rural e dos Recursos
Marinhos, em matéria de ambiente;
f) O Gabinete do Ministro-adjunto do PM, o Ministério dos Negócios
Estrangeiros e o Ministério do Trabalho, em matérias relativas a migrações;
g) Na prossecução das suas atribuições, o MAI actua em articulação com os
demais departamentos da administração central e municipal e outras
instituições do Estado com incidência na área das suas actividades.

CAPÍTULO II
Estrutura Orgânica
Secção I
Estrutura geral

Artigo 5º
Órgãos, Gabinetes e Serviços

1. O MAI compreende os seguintes órgãos e gabinetes centrais:


a) O Conselho Nacional de Segurança Interna;
b) O Conselho Nacional de Protecção Civil;
c) O Conselho do Ministério e;
d) O Gabinete do membro do Governo;
2. O MAI compreende a Direcção Geral do Planeamento, Orçamento e Gestão como
serviço de apoio ao planeamento e gestão dos recursos.
3. O MAI compreende ainda os seguintes serviços centrais:
a) A Direcção Geral da Administração Interna;
b) A Direcção Geral de Viação e Segurança Rodoviária e;
c) Direcção Geral do Apoio ao Processo Eleitoral.
4. O MAI compreende a Inspecção-geral da Administração Interna como serviço
central de inspecção.
5. O MAI dirige superiormente os seguintes Serviços Autónomos:
a) Policia Nacional e;
b) O Serviço Nacional de Protecção Civil.

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Secção II
Órgãos e Gabinetes centrais
Artigo 6º
Conselho Nacional de Segurança Interna

O Conselho Nacional de Segurança Interna é o órgão consultivo do Ministro sobre as


grandes opções da política de segurança interna e ordem publica, concernentes ao
Sistema de Segurança Nacional e sua relação com a política nacional de
desenvolvimento, cuja missão, competências, composição e o modo de funcionamento
constam de diploma próprio.

Artigo 7º
Conselho Nacional de Protecção Civil

O Conselho Nacional de Protecção Civil é o órgão consultivo do Ministro sobre as


grandes opções da política da protecção civil, concernentes ao Sistema de Segurança
Nacional e sua relação com a política nacional de desenvolvimento, cuja missão,
competências, composição e o modo de funcionamento constam de diploma próprio.

Artigo 8º
Conselho do Ministério
1. O Conselho do Ministério é o órgão consultivo de natureza técnica e administrativa
integrado pelo Ministro e, pelos dirigentes dos serviços centrais do Ministério, pelos
assessores do Ministro e pelos dirigentes dos organismos autónomos da
administração indirecta sob a superintendência do Ministro.
2. O Ministro pode, sempre que considerar necessário, convocar para as reuniões do
Conselho do Ministério, os delegados ou qualquer funcionário do Ministério.
3. Compete ao Conselho do Ministério:
a) Participar na definição das orientações que enformam a actividade do
MAI;
b) Participar na elaboração do plano de actividades do MAI e apreciar o
respectivo relatório de execução;

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c) Apoiar o Ministro na definição das linhas gerais de orientação e na
harmonização das propostas de políticas, de medidas de política e da
actividade do MAI;
d) Avaliar a situação da segurança interna e ordem pública;
e) Formular propostas e emitir pareceres, nomeadamente sobre questões
ligadas à orgânica, recursos humanos e relações do MAI com os restantes
serviços e organismos da Administração;
f) Pronunciar-se sobre outras matérias que o Ministro entender submeter à
sua apreciação.
4. O Conselho do Ministério é presidido pelo Ministro da Administração Interna,
podendo delegar tal competência em qualquer dos titulares dos altos cargos públicos
que integram o MAI.
5. O Conselho do Ministério dispõe de regulamento interno próprio, a aprovar por
despacho do Ministro.

Artigo 9º
Gabinete do Ministro

1. Junto do Ministro da Administração Interna funciona o respectivo Gabinete,


encarregue de o assistir, directa e pessoalmente, no desempenho das suas funções.
2. Compete ao Gabinete tratar do expediente pessoal do Ministro, bem como
desempenhar funções de informação, documentação e outras de carácter político ou
de confiança, cabendo-lhe, designadamente:
a) Assessorar tecnicamente o Ministro nos assuntos que este lhe distribua;
b) Receber, expedir e registar toda a correspondência pessoal do Ministro;
c) Assegurar a articulação do MAI com as outras estruturas governamentais e
com entidades públicas e privadas, nacionais e estrangeiras, em assuntos que
não sejam de competência específica de outro serviço;
d) Organizar as relações públicas do Ministro, designadamente os seus
contactos com a comunicação social;
e) Assegurar o expediente e arquivo pessoal do Ministro, bem como a
organização da sua agenda;

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f) Assegurar o expediente relativo à publicação e distribuição dos despachos,
portarias, instruções, ordens de serviço, circulares e outras decisões
emanadas do Ministro;
g) Preparar, prestar apoio logístico e secretariar as reuniões convocadas pelo
Ministro, designadamente as dos órgãos consultivos previstos neste diploma;
h) Proceder a recolha, classificação e tratamento de informações de interesse
para o desempenho das actividades do Ministro;
i) Apoiar protocolarmente o Ministro;
j) Desempenhar as demais funções que lhe sejam determinadas pelo Ministro.
3. O Gabinete do membro do Governo é integrado por pessoas de sua livre escolha,
recrutadas externamente ou requisitadas de entre o pessoal afecto aos serviços do
correspondente departamento governamental, em número limitado em função das
dotações orçamentadas para o efeito.
4. O Gabinete do membro do Governo é dirigido por um Director de Gabinete e é
substituído, nas suas ausências e impedimentos, por um quem designado pelo
Ministro.

Secção III
Serviços de apoio ao planeamento e gestão de recursos

Artigo 10º
Direcção-Geral de Planeamento, Orçamento e Gestão
1. A Direcção-Geral de Planeamento, Orçamento e Gestão, adiante designado por
(DGPOG) é um serviço de assessoria geral, interdisciplinar e de apoio técnico e
administrativo na gestão orçamental, recursos humanos, financeiros e patrimoniais,
bem como na área da modernização administrativa, à qual compete designadamente:
a) Conceber, estudar, coordenar e apoiar tecnicamente os serviços centrais na
preparação dos planos trianuais, assegurando as ligações aos serviços
centrais de planeamento no processo de elaboração dos Planos Nacionais
de Desenvolvimento e de controlo da sua execução;
b) Elaborar e manter actualizado o Quadro de Despesas Sectoriais de Médio
Prazo do MAI articulando-se com todos os serviços e organismos e em
especial, com os serviços do departamento governamental responsável pela

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área das Finanças e Planeamento, em matéria relativa à gestão orçamental
e financeira;
c) Acompanhar a gestão e utilização dos recursos materiais e financeiros e
proceder à consolidação dos orçamentos dos serviços e organismos do
Ministério;
d) Gerir o património do MAI;
e) Assegurar e coordenar a implementação de soluções informáticas a nível
de todo o MAI, privilegiando a instalação e desenvolvimento uniformes de
aplicações;
f) Estudar e propor medidas de modernização e reforma administrativas de
âmbito sectorial;
g) Proceder a estudos de índole administrativa que não sejam da competência
específica de nenhum dos serviços do MAI;
h) Compilar a legislação e informação documental e estatística com interesse
para o Ministério;
i) Promover, executar e apoiar estudos, visando a elaboração, o
acompanhamento e o aperfeiçoamento das carreiras e quadro de pessoal;
j) Realizar estudos sobre a sustentabilidade e o impacto financeiros das
medidas de política a curto, médio e longos prazos;
k) O mais que lhe for cometido por lei ou pelo Ministro.
2. O Director Geral de Planeamento, Orçamento e Gestão constitui antena focal para
a coordenação e execução interna das medidas de política de modernização
administrativa, na dependência hierárquica do respectivo membro do governo e
subordinação funcional ao sector responsável para área da reforma do Estado.
3. Sob a coordenação do Director Geral de Planeamento, Orçamento e Gestão,
funciona a Unidade de Gestão das Aquisições do MAI, adiante abreviadamente
designado de UGA, com as competências e atribuições previstas na lei das
aquisições públicas e regulamentos, entre as quais:
a) Planear as aquisições do MAI;
b) Conduzir os processos negociais;
c) Efectuar a agregação de necessidades;
d) Fazer a monitorização das aquisições.

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4. É serviço interno da DGPOG com funções de apoio técnico-administrativo nos
domínios da gestão de recursos, o Serviço de gestão de recursos humanos,
financeira e patrimonial.
5. Os Dirigentes da DGPOG e dos serviços nele integrados são providos pelo membro
do governo responsável pela área mediante comissão de serviço, de preferência de
entre os habilitados pelo curso de Administradores Públicos ou contrato de gestão,
conforme couber.

Artigo 11º
Serviço de gestão de recursos humanos, financeira e patrimonial

1. O Serviço de gestão de recursos humanos, financeira e patrimonial (SRHFP) é o


serviço de apoio relativo a administração do pessoal, das finanças e do património
do MAI, á qual compete:
a) Desempenhar funções de natureza administrativa e financeira de carácter
comum aos diversos serviços do MAI, em coordenação com os mesmos;
b) Apoiar a definição das principais opções em matéria orçamental;
c) Assegurar a elaboração do Orçamento de funcionamento do MAI, em
articulação com os demais serviços e organismos desconcentrados e
autónomos, bem como acompanhar a respectiva execução.
d) Promover e organizar o expediente relativo à realização das despesas de
funcionamento e investimento, em coordenação com os demais serviços e
organismos do MAI;
e) Assegurar as operações de contabilidade financeira e a realização periódica
dos respectivos balanços;
f) Assegurar as operações de contabilidade geral, prestação de contas e
balancetes;
g) Articular-se, em especial, com os serviços competentes do departamento
governamental responsável pela área das finanças, em matérias relativas a
gestão financeira;
h) Gerir o património do Ministério em articulação com os diversos serviços
do MAI;
i) Assegurar a manutenção e conservação dos edifícios e garantir a segurança
de pessoas e bens; e

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j) O que mais lhe for cometido por lei ou pelo Ministro.
2. Compete ainda ao SRHFP, a concepção e a coordenação da execução das políticas
de desenvolvimento de recursos humanos e de serviços do MAI, nomeadamente:
a) Promover a aplicação das medidas de politica de recursos humanos definidas
para a Administração, coordenando e apoiando os serviços e os organismos da
SEAP na respectiva implementação;
b) Conceber as políticas de desenvolvimento relativas aos recursos humanos, em
particular as políticas de recrutamento e selecção, de carreiras, de remunerações,
de desenvolvimento na carreira profissional, e de avaliação de desempenho e
disciplinar;
c) Implementar o estudo, a análise e a definição de perfis profissionais, com vista
ao desempenho de novas funções requeridas pela evolução da acção de
formação;
d) Emitir parecer sobre projectos de diplomas que versem matérias de
administração do pessoal ou do âmbito do procedimento administrativo ou
contencioso na área da sua competência;
e) Promover e assegurar o recrutamento e a mobilidade dos funcionários;
f) Harmonizar a política geral da função pública com as medidas a adoptar em
sede das áreas do pessoal;
g) Realizar estudos no domínio das suas atribuições propor as medidas adequadas e
elaborar projectos de diplomas;
h) Monitorizar e avaliar a qualidade do desempenho organizacional resultante das
políticas expressas nas alíneas anteriores;
i) O que mais lhe for cometido por lei.
2. O SRHFP é dirigido por um responsável de equipa de trabalho ou Director de
Serviço e provido mediante comissão de serviço ou contrato de gestão, conforme
couber.

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Secção IV
Serviços centrais de concepção de estratégia, regulamentação e coordenação de
execução

Artigo 12º
Direcção-Geral da Administração Interna

1. A Direcção-Geral de Administração Interna, adiante designada DGAI, é um serviço


central encarregue de garantir o apoio técnico à formulação de políticas, ao
planeamento estratégico e operacional, à política legislativa e cooperação, em matéria
de administração interna, segurança e ordem publica e protecção civil, à qual
compete:
a) Dar apoio técnico em matéria de formulação e acompanhamento da execução
das políticas, das prioridades e dos objectivos do MAI e contribuir para a
concepção e a execução da política legislativa do MAI, incluindo a
regulamentação da actividade das empresas de segurança privada;
b) Articular com os departamentos sectorialmente competentes as medidas no
domínio da administração interna com as da segurança nacional;
c) Apoiar a definição das principais opções em matéria orçamental, proceder à
elaboração dos instrumentos de planeamento estratégico integrado, de acordo
com os diplomas programáticos e de opção estratégica do Governo,
assegurando a articulação entre os instrumentos de planeamento, de previsão
orçamental, de reporte e de prestação de contas, e elaborar estudos prospectiva
em cenário global, nacional, regional e sectorial, identificando e
acompanhando as tendências de longo prazo nas áreas de intervenção do MAI;
d) Avaliar projectos de investigação e desenvolvimento com interesse para a
segurança interna e coordenar a participação nos respectivos grupos de
projecto, quer no âmbito nacional quer no âmbito internacional;
e) Elaborar estudos comparados e análise do ambiente externo, designadamente
nos domínios da segurança interna, imigração e emergência;
f) Proceder à avaliação de execução do planeado, identificando desvios,
definindo os factores críticos de sucesso e os momentos de avaliação da
execução das políticas, e desenvolvendo estratégias de gestão de desvios no
âmbito do planeamento;

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g) Garantir a recolha, produção e o tratamento, designadamente estatístico, no
quadro do sistema estatístico nacional, e acesso da informação adequada, nas
áreas de atribuições do MAI, formatando-a e disponibilizando-a em função das
necessidades dos utilizadores institucionais e do público.
h) Estabelecer e assegurar o funcionamento de mecanismos de
complementaridade entre as empresas privadas de segurança, a Policia
Nacional e demais integrantes do sistema nacional de segurança;
i) Implementar as orientações do Conselho Nacional da Segurança Interna,
incluindo as actividades de coordenação política;
j) Conceber, propor e implementar um sistema de acompanhamento e avaliação
sistemática, visando garantir a articulação coerente ao nível da prossecução
dos objectivos dos diferentes sectores do sistema para efeitos de aferição da
qualidade e de comparação;
k) Centralizar e sistematizar as informações relativas à evolução de todos os
projectos respeitantes ao MAI bem como ao seguimento, controlo e avaliação
dos mesmos;
l) Elaborar os estudos que permitem, de uma forma sistemática, conhecer a
situação dos sectores e tornar perceptíveis as tendências e antecipar propostas
de solução das dificuldades;
m) Organizar, de acordo com a Lei de Base do Sistema Estatístico Nacional e em
coordenação com os diferentes serviços, organismos do MAI e com o Instituto
Nacional de Estatísticas, a produção e a divulgação dos indicadores estatísticos
que interessam ao planeamento e seguimento dos sectores a cargo do MAI;
n) Coordenar as acções de planeamento sectorial e regional, preparando e
controlando a execução dos planos de investigação, o plano de actividades e o
respectivo relatório de execução do MAI e dos serviços desconcentrados;
o) Organizar um sistema eficaz de informação e comunicação no seio do
Ministério e com a sociedade, em ligação estreita com os demais serviços e
organismos vocacionados;
p) Exercer as demais competências e atribuições que lhe forem cometidas por lei
ou por decisão superior.
2. À DGAI compete ainda as seguintes atribuições no âmbito da cooperação:

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a) Apoiar a definição e a execução da política de relações internacionais e
cooperação no âmbito do MAI, sem prejuízo das atribuições próprias do
Ministério dos Negócios Estrangeiros;
b) Acompanhar, sob a sua coordenação, em articulação com a Direcção Nacional
de Assuntos Políticos e Cooperação do Ministério dos Negócios Estrangeiros,
os trabalhos decorrentes das acções de cooperação internacional relativas aos
sectores a cargo MAI, centralizando as informações que permitam avaliar os
resultados e controlar a execução dos compromissos;
c) Assegurar a coordenação das relações externas e da política de cooperação
entre todos os serviços e organismos do MAI;
d) Manter actualizado um sistema de informação sobre as disposições normativas
vigentes constantes de diplomas internacionais e nacionais com aplicação na
área de atribuições do MAI, bem como o arquivo e conservação dos
instrumentos internacionais assinados no âmbito do MAI;
e) Estudar as possibilidades, modalidades e vias de promoção e desenvolvimento
da cooperação com outros países e com organismos estrangeiros ou
internacionais, no sector da administração interna centralizando a informação
necessária para a preparação, seguimento, controlo e avaliação dos programas
e projectos de assistência técnica e financeira externa;
f) Contribuir para a definição de objectivos anuais ou plurianuais em matéria de
cooperação e estabelecer estratégias de acção tendo em conta os países e
organizações considerados prioritários e os meios necessários;
g) Representar ou assegurar as relações do MAI com entidades estrangeiras ou
organismos internacionais, em matéria de cooperação, em articulação e
coordenação com o ministério responsável pelas relações externas do País;
h) Acompanhar, elaborar e apoiar a implementação de projectos de cooperação
do MAI a nível interno e internacional, sem prejuízo das atribuições próprias
do departamento governamental pela área das relações exteriores.
i) Preparar a participação do MAI nas reuniões das comissões mistas previstas
no quadro de convenções ou acordos de que Cabo Verde seja parte;
j) Proceder periodicamente à avaliação e á informação sobre o estado da
cooperação do MAI, favorecendo a introdução de medidas correctoras e/ou
dinamizadoras dessa cooperação; e

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k) Exercer as demais competências e atribuições que lhe forem cometidas por lei
ou por decisão superior.
3. São serviços internos da DGAI com funções de garantir o apoio técnico à formulação
de politica, ao planeamento estratégico e operacional, à política legislativa e
cooperação:
a) Serviço de estudos, estratégias e cooperação e;
b) Serviço de investimentos, prevenção e coordenação de meios.
4. A Direcção-Geral de Administração Interna é dirigida por um Director-Geral e
provido mediante comissão de serviço ou contrato de gestão, conforme couber.

Artigo 13º
Serviço de estudos, estratégias e cooperação

1. O serviço de estudos, estratégia e cooperação (SEEC), é o serviço de estudos e apoio


técnico especializado na concepção, planeamento, elaboração e seguimento das
políticas que a DGAI deve levar a cabo, nos seus vários domínios, de recolha,
sistematização e divulgação de informações sobre matérias relacionadas com as
finalidades e atribuições do serviço central, á qual compete:
a) Apoiar, incentivar e participar em estudos e acções de normalização,
relativos a domínios específicos da actividade do MAI, conduzidos por
outros serviços e organismos;
b) Participar, com outros organismos responsáveis por acções de formação
técnica e profissional exteriores ao MAI, na planificação e na preparação
da política nacional no domínio do planeamento de recursos humanos, de
modo a garantir a sua compatibilização e articulação com o sistema de
segurança nacional;
c) Participar na definição e avaliação da política nacional de formação e
desenvolvimento de recursos humanos;
d) Apoiar juridicamente nas áreas de consultadoria jurídica, contencioso
administrativo, verificação de regularidade, formal e material, dos
processos de contratação pública, designadamente de locação e aquisição
de bens móveis e serviços e de empreitadas de obras públicas, bem como
intervenção em processos de averiguações, de inquéritos, de sindicância e
disciplinares;

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e) Apoiar na formulação das políticas nos sectores sob a jurisdição do MAI;
f) Promover e dinamizar os serviços do Ministério na elaboração de planos
de desenvolvimento anuais e plurianuais, de programas de investimento e
orçamento e coordenar a sua elaboração dentro dos prazos definidos;
g) Elaborar, em colaboração com os serviços e organismos do sector, os
relatórios de actividades do Ministério;
h) Garantir a manutenção e facilitar a utilização de toda a informação
documental do MAI;
i) Coordenar a actividade documental e científica do Ministério; e
j) Exercer as demais funções cometidas aos serviços centrais de estudos e
planeamento pela legislação geral em vigor.
2. O SEEC é dirigida por um responsável de equipa ou Director de Serviço e provido
mediante comissão de serviço ou contrato de gestão, conforme couber.

Artigo 14º
Serviço de investimentos, prevenção e coordenação de meios

1. O serviço de investimentos, prevenção e coordenação de meios (SIPC) é o serviço que


tem por missão assegurar os programas e actividade de capacitação institucional e
articulação entre a segurança interna e a protecção civil, à qual compete:
a) A gestão e minimização de riscos e determinação das respectivas medidas de
combate, designadamente nos domínios da protecção civil, da prática de actos
ilícitos, do combate ao terrorismo;
b) Coordenar a produção de planos integrados de prevenção de emergências e
crises, que ponham em causa a segurança ambiental e das pessoas e bens;
c) Planear de forma integrada e a locar os meios existentes para intervenção em
situações de emergência ou catástrofes, numa perspectiva de eficácia, economia
e eficiência;
d) Exercer as demais competências e atribuições que lhe forem cometidas por lei
ou por decisão superior;
e) Elaborar e submeter, com a necessária antecedência, à apreciação ministerial
propostas de projectos e programas de investimentos, incluindo a aquisição de
bens e serviços, considerados necessários ao cabal desempenho das atribuições

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das forças e serviços de segurança, mencionando prioridades e estimando a
duração e custos;
f) Apresentar tempestivamente, em estreita articulação com a Direcção-Geral do
Planeamento, Orçamento e Gestão, a previsão de recursos necessários para a
execução de projectos e programas aprovados;
g) Acompanhar e controlar a execução dos programas referidos na alínea anterior
através da elaboração de relatórios periódicos e de conjuntura e assegurar as
formas de articulação legalmente previstas.
h) Conceber e elaborar Programas e Projectos de Investimentos em estreita
colaboração com os sectores respectivos do MAI;
i) Exercer as demais competências e atribuições que lhe forem cometidas por lei
ou por decisão superior.
2. O SIPC é dirigido por um responsável de equipa de trabalho ou Director de Serviço e
provido mediante comissão de serviço ou contrato de gestão, conforme couber.

Artigo 15º
Direcção Geral de Viação e Segurança Rodoviária

1. A Direcção Geral de Viação e Segurança Rodoviária, adiante designada DGVSR, é


o serviço que tem por missão assegurar a elaboração e coordenação de estratégias
operacionais de prevenção e segurança rodoviária e apoio ao contencioso, à qual
incumbe designadamente:
a) Articular com o departamento responsável pelas infra-estruturas nas medidas
de ordenamento e expansão da rede viária e a prevenção e segurança
rodoviária;
b) Propor e colaborar na elaboração de leis e regulamentos necessários ao
acompanhamento e orientação da circulação rodoviária e utilização do
sistema de transportes rodoviários;
c) Propor, executar e fazer aplicar as políticas e estratégias nos domínios da
administração e funcionamento da circulação, prevenção, segurança do
trânsito rodoviário através das delegações;
d) Uniformizar e coordenar o exercício dos poderes e actuação para a
fiscalização do cumprimento da legislação sobre trânsito, em articulação

18
com a Policia Nacional e os serviços desconcentrados, expedindo para o
efeito as necessárias instruções;
e) Colher, coordenar e tratar todos os dados e informações ligados a acidentes
de viação propondo as medidas tendentes a combater os fenómenos
estruturantes;
f) Planificar e programar a aplicação das medidas de segurança na circulação
rodoviária em articulação com o serviço central responsável pelos
transportes rodoviários, designadamente no que se refere aos planos de
ordenamento, expansão e controle do tráfego;
g) Acompanhar o licenciamento de exploração de automóveis de aluguer de
passageiros e carga, efectuar a respectiva fiscalização, sem prejuízo de
competências atribuídas aos municípios;
h) Licenciar e fiscalizar o funcionamento de escolas de condução automóvel;
i) Instruir os processos de contra-ordenação rodoviária;
j) Promover, em articulação com outras entidades competentes, a formação e o
aperfeiçoamento técnico-profissional dos quadros e agentes que lhe forem
afectos;
k) Assegurar a ligação com organizações internacionais especializadas do
sector;
l) Colaborar, com outras entidades competentes, no estudo e formulação de
medidas de política, na elaboração de planos e estudos e na implementação
de medidas visando a diminuição da poluição sonora e ambiental, a bem da
salvaguarda e protecção do ambiente urbano e atmosférico.

2. São serviços internos da DGVSR com funções de garantir o apoio técnico específico
no planeamento estratégico e coordenação da execução:
a) Serviço de viação e;
b) Serviço de prevenção e segurança rodoviária.
3. A Direcção-Geral de Viação e Segurança Rodoviária é dirigida por um Director-
Geral e provido mediante comissão de serviço ou contrato de gestão, conforme
couber.

Artigo 16º

19
Serviço de viação

1. O Serviço de viação (SV) é o serviço encarregado do exercício das atribuições da


Direcção-Geral nos domínios da administração e registo dos automóveis e controlo
da circulação rodoviária, incumbindo-lhe em especial:
a) Promover a organização, o ordenamento e a fiscalização do trânsito rodoviário;
b) Uniformizar e coordenar o exercício dos poderes e actuação para a fiscalização
do cumprimento da legislação sobre trânsito, em articulação com a Policia
Nacional, expedindo para o efeito as necessárias instruções;
a) Organizar e manter permanentemente actualizado o cadastro de veículos
automóveis do parque automóvel nacional, bem como o cadastro disciplinar dos
condutores;
b) Dar parecer sobre a aprovação de marcas de veículos automóveis bem como a
transformação de veículos de marca e modelo aprovados;
c) Estudar e propor a regulamentação do funcionamento das escolas de condução
automóvel;
d) Propor e colaborar na elaboração de leis e regulamentos necessários ao
acompanhamento e orientação da circulação rodoviária no território nacional;
e) Organizar o serviço de inspecção e vistoria de veículos automóveis;
f) Coordenar a organização dos serviços de instrução e exames para condutores de
veículos automóveis;
g) Aplicar e fazer cumprir normas relativas à circulação e transportes rodoviários;
h) Fiscalizar o cumprimento dos acordos, convenções, normas e princípios
internacionais relativos à circulação e aos transportes rodoviários, regularmente
ratificados pelo estado de Cabo Verde;
i) Propor e colaborar na elaboração de leis e regulamentos necessários ao
acompanhamento e orientação da circulação rodoviária no território nacional.
2. O SV é dirigido por um responsável de equipa de trabalho ou Director de Serviço e
provido mediante comissão de serviço ou contrato de gestão, conforme couber.

Artigo 17º
Serviço de prevenção e segurança rodoviária

20
1. O Serviço de prevenção e segurança rodoviária (SPSR) é o serviço encarregado de
assegurar o exercício das atribuições da Direcção-Geral no domínio especifico da
prevenção e segurança rodoviária e apoio ao contencioso, incumbindo-lhe em
especial:

a) Colher, coordenar e tratar todos os dados e informações ligados a acidentes de


viação e que interessam para bem conhecer o fenómeno;
b) Identificar e propor as medidas tendentes a combater os acidentes de viação;
c) Estudar e propor uma política nacional e local que mais interessa para a
segurança rodoviária;
d) Planificar e programar a aplicação das medidas de segurança na circulação
rodoviária;
e) Implementar a aplicação das medidas de acordo com a planificação e
programação;
f) Avaliar e testar a eficácia de aplicação das medidas de segurança rodoviária;
g) Promover, executar e participar nas campanhas de prevenção e segurança
rodoviária;
h) Através dos órgãos de comunicação, da educação e da saúde e em estreita
colaboração com essas instituições, montar um sistema de informação/ educação
do público com vista à difusão e divulgação das normas de segurança na
utilização das rodovias;
i) Propor a criação de vias de acesso de acordo com as novas exigências de
trânsito;
j) Propor e coordenar a sinalização e implantação dos marcos quilométricos nas
estradas nacionais e outras informações úteis aos utentes;
k) Fazer contagens periódicas de tráfego em itinerários seleccionados com vista a
obter dados sobre a evolução dos transportes rodoviários relativos ao estado das
vias, à densidade e outras variáveis relacionadas com o tráfego, à população,
pontos de produção, sua localização e implantação cartográfica;
l) Zelar para que, através dos departamentos e organismos responsáveis pela
construção e conservação de estradas e vias urbanas, estas sejam
convenientemente sinalizadas no que se refere aos pontos negros e devidamente
conservadas;

21
m) Dar parecer sobre esquemas viários dos planos de desenvolvimento urbano e
rodoviário (eixos e características), esquema de sinalização e informação aos
utentes.
2. Compete ainda ao SPSR no domínio do apoio jurídico e contencioso:
a) Instruir e fazer tramitar administrativamente os processos de contra-ordenações
do trânsito rodoviário, podendo, quando se tratar de recurso contencioso,
constituir-se assistente no processo, gozando das mesmas prerrogativas que a
figura de assistente em processo criminal;
b) Instruir administrativamente os processos de contra-ordenações rodoviárias
registadas por todo o país;
c) Propor ao Director-Geral a aplicação de sanções administrativas que ao caso
couber, conforme a natureza do comportamento contra-ordenacional;
d) Propor ao Director-Geral a aplicação de medidas de segurança, quando a
situação o justificar;
e) Assessorar o Director-Geral na concepção de toda a legislação rodoviária;
f) Assessorar o Director-Geral na implementação da legislação rodoviária;
g) Representar a DGVSR junto de Instâncias judiciais para tratamento de recursos
contenciosos que tenham sido interpostos contra a sua actuação;
h) Prestar à DGVSR todo o tipo de apoio jurídico possível que lhe tiver sido
solicitado.
3. O SPSR é dirigido por um responsável de equipa de trabalho ou Director de Serviço
e provido mediante comissão de serviço ou contrato de gestão, conforme couber.

Artigo 18º
Direcção Geral de Apoio ao Processo Eleitoral

1. A Direcção-Geral de Apoio ao Processo Eleitoral, adiante designada por DGAPE, é o


serviço central encarregado especificamente de assegurar o apoio técnico,
administrativo e logístico ao processo eleitoral, nos termos estabelecidos no Código
Eleitoral, à qual compete:

22
a) Assegurar a realização do recenseamento e de eleições para os órgãos de
soberania electivos e do poder local, designadamente nos domínios logístico e
financeiro
b) Assegurar a realização de referendos;
c) Organizar, manter e gerir a base de dados do recenseamento eleitoral;
d) Estudar e propor o aperfeiçoamento do sistema eleitoral, bem como do
processo eleitoral, e elaborar os projectos necessários;
e) Elaborar estudos jurídicos, estatísticos e de sociologia eleitoral, através da
análise da informação disponível ou da realização de inquéritos;
f) Assegurar a elaboração da estatística do recenseamento, dos actos eleitorais e
de outros sufrágios, publicitando os respectivos resultados;
g) Recolher e tratar informações sobre matéria eleitoral;
h) Colaborar com a Comissão Nacional de Eleições no processo de divulgação
dos resultados dos actos eleitorais;
i) Divulgar, através das suas publicações, o resultado do recenseamento e da sua
actualização, bem como os escrutínios;
j) Propor e organizar acções de divulgação e esclarecimentos adequados á
efectiva participação dos cidadãos no recenseamento e nos actos eleitorais;
k) Propor e organizar acções de formação e de esclarecimentos sobre a
interpretação e aplicação dos textos legais atinentes à matéria eleitoral;
l) Propor e ministrar acções de formação aos membros das comissões
recenseadoras e outros executores locais do processo eleitoral;
m) Informar e emitir pareceres sobre matéria eleitoral;
n) Organizar os registos dos cidadãos eleitos para os órgãos de soberania
electivos e do poder local.
2. A DGAPE funciona em estreita articulação com a Comissão Nacional de Eleições e
com os órgãos de recenseamento, nos termos do Código Eleitoral.
3. A DGAPE articula-se especialmente com a Direcção-Geral do Planeamento,
Orçamento e Gestão do MAI, a Direcção Geral dos Serviços Consulares do Ministério
dos Negócios Estrangeiros e Comunidades e a Direcção Geral dos Registos, Notariado e
Identificação do Ministério da Justiça.
4. A DGAPE compreende os seguintes serviços:
a) Serviço de administração e logística eleitoral e;
b) Serviço de cadastro eleitoral.

23
7. A DGAPE é dirigida por um Director-Geral e é nomeado de entre cidadãos
habilitados com licenciatura, de reconhecida competência e idoneidade e que ofereça
garantias de isenção e imparcialidade, compatíveis com as exigências do cargo.

Artigo 19º
Serviço de administração e logística eleitoral

1. O serviço de administração e logística eleitoral (SALE) é o serviço que tem por


missão assegurar o apoio técnico e logístico ao processo eleitoral, designadamente:
a) Assegurar a organização e execução dos trabalhos administrativos;
b) Proceder à recolha dos elementos necessários à previsão das despesas com o
processo eleitoral e elaborar o respectivo projecto de orçamento, relativo aos
actos da sua competência;
c) Promover e controlar o pagamento das despesas respeitantes aos encargos
com material eleitoral que devam ser suportados pelo mesmo;
d) Apoiar a Comissão Nacional de Eleições e as Comissões de Recenseamento;
e) Planificar, coordenar e desenvolver o apoio técnico, financeiro e
administrativo em matéria eleitoral;
f) Providenciar a obtenção e tratamento dos elementos necessários à impressão
dos boletins de voto e demais documentação eleitoral, e assegurar a sua
distribuição em tempo útil;
g) Providenciar, nos termos da lei, o envio para distribuição do material
indispensável ao trabalho das mesas de assembleia de voto;
h) Estudar a legislação, doutrina e jurisprudência eleitorais, tendo
designadamente em vista propor iniciativas ou alterações legislativas tendentes
ao aperfeiçoamento do sistema e processo eleitoral, conferindo-lhe maior
eficiência, celeridade e garantias de integridade;
i)Elaborar ou colaborar em estudos conducentes ao aperfeiçoamento dos
sistemas logísticos e financeiros em matéria eleitoral;
j) Emitir parecer sobre a aplicação de textos legais atinentes a matéria eleitoral e
sobre os projectos de diplomas que se incluem no âmbito da sua competência;
k) Proceder ao estudo comparado da legislação nacional e estrangeira;
l) Preparar e organizar, para publicação, todos os trabalhos realizados;

24
m) Elaborar a documentação necessária ao apoio e esclarecimento dos eleitores e
demais intervenientes no recenseamento e eleições;
n) Propor e organizar a realização de inquéritos no âmbito da sua competência;
o) Recolher e sistematizar as críticas e sugestões dos eleitores, das comissões de
recenseamento e outros intervenientes no processo eleitoral;
p) Desempenhar as demais funções que se situem na esfera da sua competência e
que lhe sejam determinadas por lei ou pelo Director-Geral.
2. O SALE é dirigido por um responsável de equipa de trabalho ou Director de Serviço
e provido mediante comissão de serviço ou contrato de gestão, conforme couber.

Artigo 20º
Serviço de cadastro eleitoral

c) O Serviço de cadastro eleitoral (SCE) é o serviço que tem por missão a


organização, recolha e tratamento do recenseamento cadastral de suporte ao
processo eleitoral, designadamente:
a) Assegurar a gestão e manutenção permanentes da base de dados do
recenseamento eleitoral, garantindo o correcto funcionamento e actualização de
todas as aplicações que lhe estão associadas;
b) Garantir a interoperabilidade da base de dados do recenseamento eleitoral
com outras bases de dados e sistemas de informação, que por lei lhe estão
associadas;
c) Assegurar a informatização do processo eleitoral, designadamente a
organização do ficheiro informático, emissão do cartão de eleitor e elaboração
do caderno eleitoral, e do apuramento dos resultados eleitorais;
d) Elaborar e colaborar em estudos relativos ao aperfeiçoamento do sistema
informático;
e) Promover, coordenar e supervisionar a emissão do cartão de eleitor;
f) Elaborar e mandar publicar os mapas com os resultados globais do
recenseamento.
g) Colaborar na elaboração da estatística do recenseamento e dos actos
eleitorais;
h) Promover a sensibilização dos técnicos do registo civil em relação à matéria
eleitoral;

25
i) Organizar o registo dos cidadãos eleitos para os órgãos de soberania e do
poder local, mediante os elementos remetidos à DGAPE, nos termos legais;
j) Estudar e propor as alterações ao sistema informático instalado, bem como a
aquisição de novos sistemas, e estabelecer a ligação com o fornecedor do
equipamento;
k) Organizar e manter actualizado o cadastro dos equipamentos e impressos
eleitorais;
l) Manter uma base de dados eleitorais, com os resultados do recenseamento,
actos eleitorais e referendos realizados, segundo os diversos níveis de agregação;
m) Realizar acções de formação para as Comissões de Recenseamento Eleitoral
no tocante ao acesso e uso da Base de Dados do Recenseamento Eleitoral
(BDRE);
n) Emitir instruções técnicas sobre os acessos à base de dados do recenseamento
eleitoral;
o) Colaborar e orientar estudos com vista a definição, concepção e
implementação de políticas e procedimentos de acesso aos dados constantes da
BDRE;
p) Manter e disponibilizar ao público um sistema acesso à informação eleitoral
através da Internet;
q) Promover e obter a colaboração do NOSI, no estabelecimento e consagração
de critérios e regras de segurança, de privacidade e de recuperação em caso de
falha dos dados e das aplicações;
r) Colaborar na instalação das diferentes peças do suporte lógico de base, dos
sistemas de gestão de base de dados e todos os programas produto de uso geral,
garantindo a sua manutenção e actualização;
s) Velar e prover às Comissões de Recenseamento eleitoral de sistemas
telemáticas (informático e de telecomunicações) capazes de suportar as
actividades de actualização e acesso descentralizado à BDRE.
t) Velar pela uniformidade do parque informático das comissões de
recenseamento;
u) Desempenhar as demais funções que se situem na esfera da sua competência e
que lhe sejam determinadas por lei ou pelo Director-Geral.

26
d) O SCE é dirigido por um responsável de equipa de trabalho ou Director de
Serviço e provido mediante comissão de serviço ou contrato de gestão,
conforme couber.

Secção III
Serviços de base territorial
Artigo 21º
Serviços de base territorial
1. Os Serviços de base territorial do MAI são os serviços cujos órgãos e serviços
dispõem de competência limitada a uma área territorial restrita, e funcionam sob
a direcção dos correspondentes órgãos centrais, com missão de assegurar a
orientação, a coordenação das políticas de administração interna, cabendo-lhes
ainda assegurar a articulação dos serviços centrais nas respectivas áreas de
jurisdição.
2. São, essencialmente, serviços locais de base territorial do MAI, as delegações de
viação e segurança rodoviária e os postos de recenseamento eleitoral.
3. Sem prejuízo do disposto no artigo seguinte, a organização dos serviços locais de
base territorial é definida por Decreto-Regulamentar.

Artigo 22º
Delegações ou serviços

1. Por portaria conjunta dos Ministros da Administração Interna e das Finanças


podem ser criadas Delegações com intervenção a nível de dois ou mais
concelhos.
2. Sempre que haja razões ponderosas, poderão ser criados serviços de base
territorial cujo nível de equiparação depende da missão e dos objectivos
preconizados, como dos meios materiais e humanos disponíveis.
3. Os serviços referidos no número anterior podem ter por missões que abrangem
uma ou mais ilhas um ou mais concelhos e ter as atribuições próprias dos
serviços centrais desde que devidamente articuladas.
4. Sem prejuízo das atribuições dos serviços centrais e da necessária articulação
com os mesmos, os serviços de base territorial podem ter o nível de uma

27
Direcção-Geral, desde que a representatividade do MAI na ilha ou concelho ou
área de jurisdição que assim o justifique ou que seja ponderado o
desenvolvimento de funções de todo ou em parte do MAI, de vários serviços, um
dos serviços ou área destes, determinado pelo regulamento orgânico
correspondente.
5. As Delegações podem funcionar como serviços desconcentrados dos Institutos
Públicos, Fundos e Serviços Autónomos sob direcção superior ou
superintendência do Ministro da Administração Interna, se assim for determinado
por despacho deste.

Artigo 23º
Delegações da Viação e Segurança Rodoviária
1. As Delegações são serviços de base territorial do SNVSR, encarregados de
assegurar o exercício das funções desta em matéria de circulação e segurança
rodoviárias, na respectiva ilha ou Concelho, cabendo-lhes, nesse espaço territorial,
nomeadamente:
Na área de viação:
a) Promover a organização, o ordenamento e a fiscalização do trânsito rodoviário;
b) Uniformizar e coordenar o exercício da competência para fiscalização do
cumprimento da legislação sobre trânsito, em articulação com a Polícia Nacional
e com a Associação Nacional de Prevenção Rodoviária;
c) Estudar e propor a regularização do funcionamento das escolas de condução
automóvel;
d) Propor e colaborar na elaboração dos regulamentos necessários ao
acompanhamento e orientação da circulação rodoviária,
e) Organizar o serviço de inspecção e vistoria de veículos automóveis;
f) Colaborar na organização de serviço de instrução e exames para condutores de
veículos automóveis;
g) Tudo o mais que lhe for cometido por directiva superior.

Na área dos transportes rodoviários:


a) Colaborar na elaboração de estudos sobre os custos de transportes rodoviários
que sirvam de base à fixação e ou actualização de tarifas, por instâncias
competentes;

28
b) Fiscalizar a exploração de automóveis de aluguer de passageiros, de carga e bem
assim o transporte colectivo urbano e interurbano;
c) Aplicar e fazer cumprir normas relativas à circulação e transportes rodoviários;
d) Acompanhar a dinâmica do processo produtivo em geral com vista à adequação
oportuna do sistema de movimentação de mercadorias para atender a eventuais
modificações na estrutura da produção ou mesmo na localização das fontes
geradoras de transportes;
e) Colaborar na fiscalização e cumprimento dos acordos, convenções, normas e
princípios internacionais relativos à circulação e aos transportes rodoviários
regularmente ratificados pelo Estado de Cabo Verde;
f) Propor e colaborar na elaboração de regulamentos necessários ao
acompanhamento e orientação da circulação rodoviária;
Na área de segurança rodoviária:
b) Colher, coordenar e tratar todos os dados e informações ligados a acidentes de
viação e que interessam para bem conhecer o fenómeno;
c) Identificar e propor as medidas tendentes a combater os acidentes de viação;
d) Estudar e propor uma política nacional e local de segurança rodoviária;
e) Planificar, programar, promover a execução, avaliar e testar a eficácia da
aplicação das medidas de segurança na circulação rodoviária;
f) Promover, executar e participar nas campanhas de prevenção e segurança
rodoviárias, em coordenação com o Serviço de prevenção e segurança rodoviária
da DGASI e a Associação Nacional de Prevenção Rodoviária;
g) Identificar e propor as medidas tendentes a combater os acidentes de viação;
h) Colaborar na elaboração de uma política local de segurança rodoviária;
i) Tudo o mais que lhe for cometido por directiva superior.
2. O Serviço Nacional de Viação e Segurança Rodoviária tem os seguintes serviços de
base territorial:
a) A Delegação de S. Vicente;
b) A Delegação da Assomada;
c) A Delegação do Sal;
d) A Delegação de Santo Antão;
e) A Delegação do Fogo.
3. A descentralização das atribuições e competências do Serviço Nacional de Viação e
Segurança Rodoviária para as Autarquias Locais é formalizada por protocolos

29
assinados entre as Câmaras Municipais e a Direcção-Geral de Viação e Segurança
Rodoviária.

Secção IV
Serviços Centrais de Inspecção

Artigo 24º
Inspecção-Geral da Administração Interna

1. A Inspecção-Geral da Administração Interna, adiante designado por IGAI,


desempenha, com autonomia administrativa e técnica, funções de fiscalização e
auditoria, inspecção do funcionamento de todos os serviços directamente ou
tutelados pelo membro do governo responsável pela área da Administração Interna e
as entidades que exercem actividades de segurança privada.
2. À IGAI compete, em geral, velar pelo cumprimento das leis e dos regulamentos,
tendo em vista o bom funcionamento dos serviços tutelados pelo Ministro, a defesa
dos legítimos interesses dos cidadãos, a salvaguarda do interesse público e a
reintegração da legalidade violada

3. No âmbito da sua acção inspectiva, fiscalizadora e investigatória, compete à IGAI,


em especial:

a) Realizar inspecções ordinárias e utilizar métodos de auditoria com vista à


regular avaliação da eficiência e eficácia dos serviços integrados na
orgânica do MAI, de acordo com o respectivo plano de actividades;
b) Realizar inspecções extraordinárias superiormente determinadas, com os
objectivos e utilizando os métodos referidos na alínea anterior;
c) Fiscalizar o funcionamento das organizações que desempenham
actividades de segurança privada, sempre que hajam fundadas dúvidas
sobre a legalidade da sua actuação;
d) Apreciar as queixas reclamações e denúncias apresentadas por eventuais
violações da legalidade e, em geral, as suspeitas de irregularidade ou
deficiência do funcionamento dos serviços;

30
e) Efectuar inquéritos, inspecções, sindicâncias e peritagens, determinados
pelo Ministro da Administração Interna, necessários à prossecução das
respectivas competências;
f) Instaurar processos de averiguações;
g) Propor a instrução de processos disciplinares e instruir aqueles que forem
determinados pelo Ministro da Administração Interna;
h) Participar aos órgãos competentes para a investigação criminal os factos
com relevância jurídico-criminal e colaborar com aqueles órgãos na
obtenção de provas, sempre que isso for solicitado;
i) Propor ao Ministro providências legislativas relativas à melhoria da
qualidade e eficiência dos serviços e ao aperfeiçoamento das instituições
de segurança e de protecção civil;
j) Colaborar com a DGAI na realização de estudos e pareceres respeitantes
às matérias compreendidas na área da sua intervenção;
k) Recolher os elementos de informação necessários ao conhecimento do
estado da Policia Nacional e ao controlo externo do seu funcionamento.
l) Exercer outras competências previstas na lei ou superiormente
ordenadas, no domínio das respectivas atribuições;

4. No âmbito da sua acção de apoio técnico ao Ministro, compete, em especial, à IGAI:

a) Coligir, analisar e interpretar os elementos necessários à preparação da


resposta aos pedidos de esclarecimento feitos pelas organizações nacionais e
internacionais de defesa e protecção dos direitos do homem;

b) Realizar estudos e emitir pareceres sobre quaisquer matérias respeitantes às


respectivas atribuições.

5. Para a Prossecução das suas atribuições, em matérias relativas à fiscalização


financeira e orçamental, a IGAI, organizar-se-á em áreas de coordenação (AC), a
nível central com a Unidade Central de Gestão e Planeamento da Função
Inspectiva do Estado (UCGPFIE), e em Sub-inspecção, a nível de um ou mais
concelho, sob a superintendência directa do Inspector Geral, nos termos
definidos por despacho do Ministro.

31
6. O lugar de Inspector-Geral é provido por Resolução do Conselho de Ministros,
em comissão ordinária de serviço, sob proposta do Ministro da Administração
Interna, de entre indivíduos que não pertençam aos quadros da Polícia, com curso
superior que confira grau de licenciatura, de reconhecida competência técnica e
comportamento moral e cívico.
7. O regulamento de organização, funcionamento, competências e processo de
inspecção da IMAI será aprovado por Decreto-Regulamentar.

CAPITULO III
Serviços Autónomos
Artigo 25º
Policia Nacional
1. O MAI dirige superiormente a Policia Nacional (PN), cuja missão consiste em
defender a legalidade democrática, prevenir a criminalidade e garantir a segurança
interna, a tranquilidade pública e o exercício dos direitos, liberdades e garantias dos
cidadãos.
2. O Director Nacional da Policia Nacional será nomeado por Conselho de Ministros
sob proposta do membro do Governo responsável pela área da administração interna
e provido mediante comissão de serviço ou contrato de gestão, conforme couber.
3. A estrutura e funcionamento da Policia Nacional são aprovados mediante diploma
próprio.

Artigo 26º
Serviço Nacional de Protecção Civil

1. O MAI dirige superiormente o Serviço Nacional de Protecção Civil (SNPC), cuja


missão consiste em assessorar tecnicamente o Governo e de coordenação
operacional da actividade de protecção civil em todo o território nacional.
2. O Presidente do Serviço Nacional de Protecção Civil será nomeado por Conselho de
Ministros sob proposta do membro do Governo responsável pela área da
administração interna e provido mediante comissão de serviço ou contrato de gestão,
conforme couber.
3. A estrutura e funcionamento do SNPC são aprovados mediante diploma próprio.

32
CAPITULO V
Disposições finais e transitórias
Artigo 27º
Criação, extinção, fusão e reestruturação de serviços

1. São criados:
a) A Inspecção-geral da Administração Interna e;
b) A Direcção Geral de Viação e Segurança Rodoviária.
2. São objecto de reestruturação os seguintes serviços:
a) A Direcção Geral da Administração que passa compreender Serviços de
estratégica e coordenação de meios;
b) A DGPOG que possui um Serviço de gestão de recurso humanos,
financeira e patrimonial;
c) A DGTR que transita para o Ministério das Infra-estruturas, Transportes
e Telecomunicações.
d) Delegações de Viação e Segurança Rodoviária.
3. È objecto de extinção o Inspector das Polícias.

Artigo 28º
Referências legais
As referências legais feitas aos serviços e organismos objectos de extinção, fusão e
reestruturação referidos no artigo anterior, consideram-se feitos aos serviços ou
organismos que passam a integrar as respectivas atribuições sendo os encargos
financeiros resultantes suportados por reafectação de verbas do Orçamento do Estado.

Artigo 29º
Produção de efeitos
1. Os órgãos, gabinetes e serviços centrais previstos na estrutura geral do artigo 5º
consideram-se instalados com a publicação do presente diploma orgânico.
2. Os serviços internos das direcções gerais serão instalados na sequência da
adequação do quadro de pessoal às estruturas previstas no presente diploma e

33
precedendo publicação de decerto regulamentar que fixe a natureza desses serviços,
de acordo com a lei das estruturas.
3. Os directores de serviço actualmente em funções mantêm-se no cargo até à
aprovação do decerto regulamentar referido no número anterior, altura em que serão
reconduzidos ou dada por finda a respectiva comissão de serviço nos termos da lei.

Artigo 30º
Norma revogatória

È revogado o Decreto-lei nº 39/2004, de 11 de Outubro, que aprova a Orgânica do


Ministério da Administração Interna.

Artigo 31º
Entrada em Vigor
O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros.

José Maria Pereira Neves


Lívio Fernandes Lopes
Cristina Fontes Lima
Promulgado em …………..

Publique-se ……………….

O Presidente da Republica, PEDRO VERONA RODRIGUES PIRES.

Referendado em….

O Primeiro-ministro, José Maria Pereira Neves

34
Organograma Formal - Ministério da Administração Interna

Ministro da Conselho
Administração Nacional de
Interna Protecção Civil

Inspector da Gabinete
Administração
Interna

Inspecção geral do
Estado

Direcção de
Direcção Geral da Direcção Geral da Direcção Geral de
Planeamento,
Administração Administração Viação e Segurança
Orçamento e
Interna Eleitoral Rodoviária
Gestão

Serviço de gestão de Serviço de


Serviço de Serviço de Serviço
recursos humanos, Serviço de prevenção e
financeiro e patrimonial estudos e coordenação de Administração Serviço de viação
Estratégia meios Cadastro segurança
Eleitoral
rodoviária

Delegações de viação
e Segurança
Rodoviária
Delegações de Viação
Policia Serviço Nacional de e Segurança
Nacional Protecção Civil Rodoviária
Delegações de Viação
e Segurança
Rodoviária

35
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