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Livro Eletrônico

Aula 00

Passo Estratégico de Direito Administrativo p/ TRF 3ª Região (AJAJ)

Professores: Equipe Túlio Lages, Tulio Lages

00000000000 - DEMO
Passo EstratŽgico Ð FCC/TRF 3
Direito Administrativo p/ AJAJ
Analista Tœlio Lages

Administra•‹o pœblica: princ’pios b‡sicos.


Apresenta•‹o ............................................................................1
Introdu•‹o ................................................................................2
An‡lise Estat’stica .....................................................................2
An‡lise das Quest›es ................................................................3
Orienta•›es de Estudo (Checklist) e Pontos a Destacar.............3
Question‡rio de Revis‹o...........................................................10
Anexo I Ð Lista de Quest›es ....................................................29
Refer•ncias Bibliogr‡ficas .......................................................32

Apresenta•‹o

Ol‡!
Meu nome Ž Tœlio Lages e, com imensa satisfa•‹o, serei o analista de
Direito Administrativo do Passo EstratŽgico!
Para conhecer um pouco sobre mim, segue um resumo da minha
experi•ncia profissional, acad•mica e como concurseiro:

Coordenador e Analista do Passo EstratŽgico - disciplinas: Direito Constitucional e


Administrativo.
Coach do EstratŽgia Concursos.
Auditor do TCU desde 2012, tendo sido aprovado e nomeado para o mesmo cargo nos
concursos de 2011 (14¼ lugar nacional) e 2013 (47¼ lugar nacional).
Ingressei na Administra•‹o Pœblica Federal como tŽcnico do Serpro (38¼ lugar, concurso
de 2005). Em seguida, tomei posse em 2008 como Analista Judici‡rio do Tribunal
Superior do Trabalho (6¼ lugar, concurso de 2007), onde trabalhei atŽ o in’cio de 2012,
quando tomei posse no cargo de Auditor do TCU, que exer•o atualmente.
Aprovado em inœmeros concursos de diversas bancas.
Graduado em Engenharia de Redes de Comunica•‹o (Universidade de Bras’lia).
Graduando em Direito (American College of Brazilian Studies).
P—s-graduado em Auditoria Governamental (Universidade Gama Filho).
P—s-graduando em Direito Pœblico (PUC-Minas).

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Estou extremamente feliz de ter a oportunidade de trabalhar na equipe


do ÒPassoÓ, porque tenho convic•‹o de que nossos relat—rios e
simulados proporcionar‹o uma prepara•‹o DIFERENCIADA aos nossos
alunos!
Nosso curso contar‡, ainda, com a (super!) colabora•‹o do Murilo
Soares, que exerce o cargo de AJAJ no Tribunal Superior do Trabalho e
analista de Direito Processual do Trabalho do Passo EstratŽgico.
...
Ser‡ uma honra ajudar voc•s a alcan•ar a aprova•‹o no concurso para
o cargo de Analista Judici‡rio Ð çrea Judici‡ria (AJAJ) do TRF 3»
Regi‹o, que ser‡ realizado pela banca FCC.
Ent‹o, sem mais delongas, vamos ao relat—rio propriamente dito?!

Introdu•‹o

Ol‡!
Este relat—rio aborda o(s) assunto(s) ÒAdministra•‹o Pœblica:
Princ’pios B‡sicos.Ó.
Com base na an‡lise estat’stica (t—pico a seguir), conclu’mos que o
assunto possui import‰ncia mŽdia.
Boa leitura!

An‡lise Estat’stica

Para identificarmos estatisticamente quais assuntos s‹o os mais


cobrados pela banca, classificamos todas as quest›es cobradas em
provas de AJAJ realizadas pela FCC desde 20012.
Com base na an‡lise estat’stica das assertivas colhidas (por volta de
800!), temos o seguinte resultado para o(s) assunto(s) que ser‡(‹o)
tratado(s) neste relat—rio:

% aproximado de cobran•a
Assunto em provas de AJAJ realizadas
pela FCC desde 2012

Princ’pios da Administra•‹o
Pœblica
4%
Tabela 1

Com base na tabela acima, Ž poss’vel verificar que, no contexto das


provas da FCC para cargos de AJAJ, que o assunto ÒPrinc’pios da

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Administra•‹o PœblicaÓ possui import‰ncia mŽdia, j‡ que foi cobrado em


4% das quest›es.
...
ƒ importante destacar que os percentuais de cobran•a, para cada tema,
podem variar bastante. Sendo assim, adotaremos a seguinte
classifica•‹o quanto ˆ import‰ncia dos assuntos:

% de cobran•a Import‰ncia do assunto

AtŽ 3% Baixa

De 4% a 6% MŽdia

De 7% a 11% Alta

12% ou mais Muito Alta

An‡lise das Quest›es

O objetivo desta se•‹o Ž procurar identificar, por meio de uma amostra


de quest›es de prova, como a banca cobra o(s) assunto(s), de forma a
orientar o estudo dos temas.

1. (FCC/2015/TRT 4»/Analista Jud/çrea Judici‡ria) A atua•‹o da


Administra•‹o pœblica Ž informada por princ’pios, alguns inclusive com
previs‹o constitucional expressa, que se alternam em graus de
relev‰ncia de acordo com o caso concreto em an‡lise. Do mesmo
modo, a aplica•‹o dos princ’pios na casu’stica pode se expressar de
diversas formas e em variados momentos, ou seja, n‹o h‡
necessariamente id•ntica manifesta•‹o da influ•ncia dos mesmos nas
diferentes situa•›es e atividades administrativas.
Dessa forma,

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(A) ˆ exce•‹o do princ’pio da publicidade, que se expressa pela


divulga•‹o dos atos finais praticados, os demais princ’pios dependem
de an‡lise do caso concreto, para que se possa verificar se foram
adequadamente observados.
(B) o princ’pio da supremacia do interesse pœblico pode ser considerado
materialmente superior aos demais, pois para esses Ž par‰metro de
aplica•‹o, na medida em que a solu•‹o mais adequada Ž sempre
aquela que o privilegia.
(C) enquanto o princ’pio da efici•ncia se aplica no curso dos processos
e atividades desenvolvidos pela Administra•‹o, os demais princ’pios
destinam-se ao resultado e aos destinat‡rios finais, n‹o tendo
aplicabilidade antes disso.
(D) o princ’pio da publicidade n‹o incide apenas para orientar a
divulga•‹o e a transpar•ncia dos atos finais, mas tambŽm permite aos
administrados conhecer documentos e ter informa•›es ao longo do
processo de tomada de decis‹o.
(E) o princ’pio da efici•ncia Ž aplicado em conjunto com o princ’pio da
supremacia do interesse pœblico, podendo excepcionar o princ’pio da
indisponibilidade do interesse pœblico sempre que represente solu•‹o
mais benŽfica para a gest‹o administrativa e o atingimento de
resultados em favor dos administrados.

GABARITO: letra ÒDÓ.


A assertiva ÒaÓ est‡ errada e ÒdÓ est‡ correta - o princ’pio da
publicidade imp›e, mais que a mera divulga•‹o dos atos finais
praticados, que a Administra•‹o confira a mais ampla divulga•‹o de
seus atos aos interessados diretos e ao povo em geral, possibilitando-
lhes, assim, controlar a conduta dos agentes administrativos.
As assertivas ÒbÓ e ÒeÓ est‹o erradas - n‹o h‡ hierarquia entre os
princ’pios, de modo que, em caso de aparente colis‹o entre eles, deve-
se aplicar a tŽcnica da pondera•‹o para identificar qual deles dever‡
prevalecer no caso concreto, sem, por outro lado, esvaziar por
completo, afastar a aplica•‹o dos demais.
A assertiva ÒcÓ est‡ errada - os princ’pios s‹o sempre aplic‡veis, em
todos os momentos Ð n‹o h‡ restri•‹o temporal quanto a sua
aplicabilidade.
2. (FCC/2014/TRT 2»/OFICIAL DE JUSTI‚A) O princ’pio da
supremacia do interesse pœblico informa a atua•‹o da Administra•‹o
pœblica
(A) subsidiariamente, se n‹o houver lei disciplinando a matŽria em
quest‹o, pois n‹o se presta a orientar atividade interpretativa das

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normas jur’dicas.
(B) alternativamente, tendo em vista que somente tem lugar quando
n‹o acudirem outros princ’pios expressos.
(C) de forma prevalente, posto que tem hierarquia superior aos demais
princ’pios.
(D) de forma ampla e abrangente, na medida em que tambŽm orienta
o legislador na elabora•‹o da lei, devendo ser observado no momento
da aplica•‹o dos atos normativos.
(E) de forma absoluta diante das lacunas legislativas, tendo em vista
que o interesse pœblico sempre pretere o interesse privado,
prescindindo da an‡lise de outros princ’pios.

GABARITO: letra ÒDÓ.


O princ’pio da supremacia do interesse pœblico preceitua que o
interesse pœblico deve prevalecer sobre o privado sempre que houver
conflito entre eles nas rela•›es verticais (rela•‹o entre Administra•‹o e
administrado), com vistas ao benef’cio da coletividade, respeitando-se
sempre, por —bvio, os direitos e garantias individuais.
Como j‡ exposto nos coment‡rios da quest‹o anterior, n‹o h‡
hierarquia entre os princ’pios, de modo que, em caso de aparente
colis‹o entre eles, deve-se aplicar a tŽcnica da pondera•‹o para
identificar qual deles dever‡ prevalecer no caso concreto, sem, por
outro lado, esvaziar por completo, afastar a aplica•‹o dos demais.
Assim, nenhum princ’pio pode ser aplicado de forma subsidi‡ria,
alternada ou absoluta. AlŽm disso, nem sempre o mesmo princ’pio vai
prevalecer diante de um caso concreto.
Portanto, a œnica resposta poss’vel Ž a letra ÒdÓ.

Vejamos outras quest›es recentes da FCC sobre o assunto que, embora


tenham sido cobradas em concursos para cargos diferentes, possuem o
mesmo n’vel de exig•ncia do nosso:

3. (FCC/2016/TRT 20»/Analista Judici‡rio/çrea Administrativa)


Em importante julgamento proferido pelo Supremo Tribunal Federal,
considerou a Suprema Corte, em s’ntese, que no julgamento de
impeachment do Presidente da Repœblica, todas as vota•›es devem ser
abertas, de modo a permitir maior transpar•ncia, controle dos
representantes e legitima•‹o do processo. Trata-se, especificamente, de
observ‰ncia ao princ’pio da
(A) publicidade.

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(B) proporcionalidade restrita.


(C) supremacia do interesse privado.
(D) presun•‹o de legitimidade.
(E) motiva•‹o.

GABARITO: letra ÒAÓ.


O enunciado diz respeito claramente ao princ’pio da publicidade, que
imp›e que a Administra•‹o confira a mais ampla divulga•‹o de seus
atos aos interessados diretos e ao povo em geral, possibilitando-lhes,
assim, controlar a conduta dos agentes administrativos.
4. (FCC/2015/TRT 9»/Analista/V‡rias Especialidades) O artigo
37 do ¤1¼ da CF expressamente pro’be que conste nome, s’mbolo ou
imagens que caracterizem promo•‹o pessoal de autoridades ou
servidores pœblicos em publicidade de atos, programas, obras, servi•os
e campanhas dos —rg‹os pœblicos. A referida proibi•‹o decorre da
aplica•‹o do princ’pio da

(A) impessoalidade, que est‡ expressamente previsto no art. 37 da CF e


deve ser observado, como no exemplo, em rela•‹o ˆ pr—pria
Administra•‹o e tambŽm em rela•‹o aos administrados.
(B) especialidade, que a despeito de n‹o estar expressamente previsto
no art. 37 da CF, deve ser observado, como no exemplo, tanto em
rela•‹o ˆ pr—pria Administra•‹o como em rela•‹o aos administrados.
(C) impessoalidade, que est‡ expressamente previsto no art. 37 da CF e
deve ser observado, como no exemplo, em rela•‹o ˆ pr—pria
Administra•‹o, mas n‹o em rela•‹o aos administrados, que est‹o
sujeitos ao princ’pio da supremacia do interesse pœblico sobre o
privado.
(D) especialidade, que decorre do princ’pio da legalidade e da
indisponibilidade do interesse pœblico sobre o privado e, por essa raz‹o,
aplica-se ˆ atividade publicit‡ria da Administra•‹o, tida por especial em
rela•‹o ˆs demais atividades pœblicas.
(E) publicidade, que est‡ expressamente previsto no artigo 37 da CF e
configura-se no princ’pio legitimador da fun•‹o administrativa,
informada pelo princ’pio democr‡tico.

GABARITO: letra ÒAÓ.


O princ’pio da impessoalidade, previsto no art. 37, caput, da CF, imp›e
que a a•‹o da Administra•‹o deve estar voltada para a atingir o

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objetivo previsto (expressamente ou virtualmente) em lei, o qual


visar‡ atender sempre a uma finalidade: o interesse pœblico. Tal
principio deve ser observado tanto em rela•‹o ˆ pr—pria
Administra•‹o, quanto em rela•‹o aos administrados.
AlŽm disso, o princ’pio da impessoalidade pode ser compreendido sob
o viŽs da veda•‹o ˆ promo•‹o pessoal de autoridade e servidores
pœblicos conforme CF/88, art. 37, ¤ 1¼, que assim disp›e:
¤ 1¼ A publicidade dos atos, programas, obras, servi•os e
campanhas dos —rg‹os pœblicos dever‡ ter car‡ter educativo,
informativo ou de orienta•‹o social, dela n‹o podendo constar
nomes, s’mbolos ou imagens que caracterizem promo•‹o pessoal
de autoridades ou servidores pœblicos.

Orienta•›es de Estudo (Checklist) e Pontos a Destacar

A ideia desta se•‹o Ž apresentar uma espŽcie de checklist para o estudo


da matŽria, de forma que o candidato n‹o deixe nada importante de
fora em sua prepara•‹o.
Assim, se voc• nunca estudou os assuntos ora tratados, recomendamos
que ˆ medida que for lendo seu curso te—rico, concomitantemente
observe se prestou a devida aten•‹o aos pontos elencados aqui no
checklist, de forma que o estudo inicial j‡ seja realizado de maneira
bem completa.
Por outro lado, se voc• j‡ estudou os assuntos, pode utilizar o checklist
para verificar se eventualmente n‹o h‡ nenhum ponto que tenha
passado despercebido no estudo. Se isso acontecer, realize o estudo
complementar do assunto.

Com base na an‡lise das quest›es, recomendamos que seja


compreendido e memorizado, no m’nimo, os pontos a seguir, aos quais
deve ser dada •nfase em seu estudo:

1.! O rol dos princ’pios da Administra•‹o Pœblica expressos no caput


do art. 37 da CF/88, bem como aqueles que devem observ‡-los;
2.! Princ’pio da Legalidade: conceito. Diferen•a entre legalidade
administrativa e reserva legal prevista no CF/88, art. 5¼, inciso II.
Diferen•a entre legalidade e legitimidade.
3.! Princ’pio da impessoalidade: conceito. Diferen•a entre interesse
pœblico e privado. Enfoques do princ’pio da impessoalidade: imputa•‹o

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dos atos praticados pelos agentes pœblicos diretamente ˆs pessoas


jur’dicas em que atuam; veda•‹o ˆ promo•‹o pessoal de autoridades e
servidores pœblicos. Rela•‹o entre o princ’pio da impessoalidade e o da
isonomia (previsto na CF/88, arts. 5¼, inciso I, e 19, inciso III).
4.! Princ’pio da moralidade: conceito. Pessoas que devem observar o
princ’pio da moralidade. A quest‹o da prescindibilidade de normas
positivadas para a observ‰ncia do princ’pio da moralidade. Sœmula
vinculante 13 (veda•‹o ao nepotismo).
4.1 Para alunos intermedi‡rios e avan•ados, que j‡ possuem
alguma base em direito administrativo e direito
constitucional: a rela•‹o entre moralidade administrativa e
probidade administrativa. As espŽcies de penalidades
decorrentes dos atos de improbidade administrativa,
conforme CF/88, art. 37, ¤ 4¼, com aten•‹o para a
impossibilidade de pena de cassa•‹o de direitos pol’ticos,
consoante CF, art. 15, caput.
4.2 Para alunos intermedi‡rios e avan•ados, que j‡ possuem
alguma base em direito administrativo e direito
constitucional: a possibilidade de atua•‹o do MinistŽrio
Pœblico na defesa da moralidade administrativa mediante
a•‹o civil pœblica, consoante CF/88, art. 129, inciso III c/c
Lei 8.625/93, art. 25, inciso IV, al’nea ÒbÓ).
5.! Princ’pio da publicidade: conceito. A quest‹o da n‹o considera•‹o
da publicidade como elemento para a forma•‹o do ato administrativo. A
transpar•ncia como regra na Administra•‹o Pœblica, com fulcro no
direito fundamental ˆ informa•‹o previsto na CF, art. 5¼, inciso XXXIII,
bem como no previsto na CF, art. 5¼, inciso LX. A concretiza•‹o do
princ’pio da publicidade por meio dos direitos constitucionais de peti•‹o
(CF, art. 5¼, inciso XXXIV, al’nea ÒaÓ) e de certid‹o (CF, art. 5¼, inciso
XXXIV, al’nea ÒbÓ). Diferen•a entre publicidade e publica•‹o.
6.! Princ’pio da efici•ncia: conceito. Desdobramentos constitucionais
do princ’pio da efici•ncia na CF, art. 37, ¤3¼, incisos I a III, ¤8¼, incisos
I a III, art. 39, ¤¤ 2¼ e 7¼, art. 41, ¤ 1¼, inciso III e ¤4¼. O controle da
efici•ncia da Administra•‹o Pœblica: controle externo (CF, art. 70, caput
e art. 71, caput), sistema de controle interno (art. 70, caput e art. 74,
inciso II) e controle judicial.
7.! Princ’pios impl’citos da Administra•‹o Pœblica: conceito.
Relev‰ncia dos princ’pios impl’citos frente aos princ’pios expressos.
8.! Princ’pio da supremacia do interesse pœblico: conceito. N‹o

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incid•ncia direta nos casos de atua•‹o interna ou na condi•‹o de


agente econ™mico (CF, art. 173, ¤1¼, inciso II).
9.! Princ’pio da indisponibilidade do interesse pœblico: conceito.
Car‡ter de poder-dever dos poderes conferidos ˆ Administra•‹o.
Conceito de interesse pœblico prim‡rio e secund‡rio.
10.! Princ’pio da presun•‹o de legitimidade e veracidade: conceito e
relatividade.
10.1 Para alunos intermedi‡rios e avan•ados, que j‡ possuem
alguma base em direito administrativo e direito
constitucional: a veda•‹o ˆ recusa a documentos pœblicos
por parte dos entes federativos, consoante CF, art. 19,
inciso II, como decorr•ncia do princ’pio da presun•‹o de
legitimidade.
11.! Princ’pio da autotutela: conceito. Sœmulas 473 e 346 do STF.
Rela•‹o com o princ’pio do contradit—rio e ampla defesa. Diferen•a
entre autotutela e tutela.
12.! Princ’pio da continuidade dos servi•os pœblicos: conceito.
Consequ•ncias decorrentes: proibi•‹o relativa de greve nos servi•os
pœblicos, consoante CF, art. 37, inciso VII; institutos da supl•ncia,
delega•‹o e substitui•‹o; impossibilidade de invoca•‹o do contrato n‹o
cumprido; faculdade de utiliza•‹o de equipamentos e instala•›es da
empresa contratada, bem como a possibilidade de encampa•‹o da
concess‹o de servi•o pœblico.
13.! Princ’pio da razoabilidade e proporcionalidade: conceito. Aspectos
que d‹o fundamento ˆ proporcionalidade. Utiliza•‹o de tais princ’pios
no controle da discricionariedade da Administra•‹o.
14.! Princ’pio da motiva•‹o: conceito. Casos de dispensa de
motiva•‹o. Previs‹o constitucional da motiva•‹o (CF, art. 93, inciso X,
e art. 129, ¤4¼).
15.! Princ’pio da seguran•a jur’dica: conceito. Principais
concretiza•›es do princ’pio da seguran•a jur’dica: prescri•‹o e
decad•ncia; sœmula vinculante (CF, art. 103-A); prote•‹o ao ato
jur’dico perfeito, direito adquirido e coisa julgada (art. 5¼, inciso
XXXVI).
16.! Princ’pio da prote•‹o ˆ confian•a: conceito.
17.! Princ’pio da sindicabilidade: conceito

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Question‡rio de Revis‹o

A seguir, apresentamos um question‡rio por meio do qual Ž poss’vel


realizar uma revis‹o dos principais pontos da matŽria. Faremos isso
para todos os t—picos do edital, um pouquinho a cada relat—rio!
ƒ poss’vel utilizar o question‡rio de revis‹o de diversas maneiras. O
leitor pode, por exemplo:
1.! ler cada pergunta e realizar uma autoexplica•‹o mental da resposta;
2.! ler as perguntas e respostas em sequ•ncia, para realizar uma revis‹o
mais r‡pida;
3.! eleger algumas perguntas para respond•-las de maneira discursiva.

***Question‡rio - somente perguntas***


Princ’pios da Administra•‹o Pœblica

1)! Quais s‹o os princ’pios da Administra•‹o Pœblica


expressamente previstos na CF?
2)! Quais entes devem observam os princ’pios expressos da
Administra•‹o Pœblica? Quais Poderes?
3)! O que disp›e o princ’pio da legalidade?
4)! Qual a diferen•a do princ’pio da legalidade administrativa
do princ’pio da reserva legal aplic‡vel aos particulares?
5)! Legalidade Ž o mesmo que legitimidade? Comente.
6)! O que preceitua o princ’pio da impessoalidade?
7)! O interesse pœblico pode coincidir com o privado? Comente.
8)! Comente a compreens‹o do princ’pio da impessoalidade sob
o enfoque da imputa•‹o dos atos praticados pelos agentes
pœblicos diretamente ˆs pessoas jur’dicas em que atuam.
9)! ƒ poss’vel a compreens‹o do princ’pio da impessoalidade
sob o viŽs da veda•‹o ˆ promo•‹o pessoal de autoridades e
servidores pœblicos?
10)! Comente a rela•‹o entre o princ’pio da impessoalidade e o
da isonomia.
11)! O que preceitua o princ’pio da moralidade?
12)! Quem deve observar a moralidade administrativa?
13)! Existem normas infraconstitucionais estabelecendo regras
relativas ˆ moralidade administrativa? ƒ imprescind’vel que

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existam regras versando sobre a moralidade para que a


conduta do administrador seja pautada e avaliada sob tal
—tica?
14)! ƒ poss’vel o controle da moralidade administrativa pelos
cidad‹os? Se sim, por meio de qual instrumento?
15)! H‡ rela•‹o entre moralidade administrativa e probidade
administrativa? Comente.
16)! O MinistŽrio Pœblico pode atuar na defesa da moralidade
administrativa?
17)! O que preceitua o princ’pio da publicidade?
18)! A publicidade Ž considerada elemento de forma•‹o do ato
administrativo?
19)! A transpar•ncia deve ser vista como regra ou exce•‹o na
Administra•‹o Pœblica? O sigilo da informa•‹o ou restri•‹o
da publicidade s‹o poss’veis?
20)! Como os direitos constitucionais de peti•‹o e de certid‹o
concretizam o princ’pio da publicidade?
21)! O princ’pio da publicidade se confunde com a publica•‹o de
atos?
22)! O STF considera l’cita a divulga•‹o nominal da remunera•‹o
de autoridades e servidores pœblicos em s’tio eletr™nico?
23)! O que preceitua o princ’pio da efici•ncia?
24)! Qual a outra denomina•‹o do princ’pio da efici•ncia?
25)! Mencione alguns desdobramentos constitucionais do
princ’pio da efici•ncia?
26)! Como se d‡ o controle da efici•ncia da Administra•‹o
Pœblica?
27)! O que s‹o os princ’pios impl’citos da Administra•‹o Pœblica?
Eles possuem menos relev‰ncia que os expressos no caput
do art. 37 da CF?
28)! O que preceitua o princ’pio da supremacia do interesse
pœblico?
29)! O que preceitua o princ’pio da indisponibilidade do
interesse pœblico? Qual suas implica•›es?
30)! Qual o conceito de interesse pœblico? O que Ž interesse
pœblico prim‡rio? E o interesse pœblico secund‡rio?
31)! O que preceitua o princ’pio da presun•‹o de legitimidade e
de veracidade? Essa presun•‹o Ž absoluta?

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32)! O que preceitua o princ’pio da autotutela?


33)! Qual a rela•‹o do princ’pio da autotutela com o princ’pio do
contradit—rio e ampla defesa?
34)! O poder de tutela Ž o mesmo que autotutela? Explique.
35)! O que preceitua o princ’pio da continuidade dos servi•os
pœblicos?
36)! O que preceitua o princ’pio da razoabilidade e
proporcionalidade?
37)! O que preceitua o princ’pio da motiva•‹o?
38)! O que preceitua o princ’pio da seguran•a jur’dica?
39)! O que preceitua o princ’pio da prote•‹o ˆ confian•a?
40)! O que preceitua o princ’pio da sindicabilidade?

***Question‡rio: perguntas com respostas***

1)! Quais s‹o os princ’pios da Administra•‹o Pœblica


expressamente previstos na CF?
Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Efici•ncia.
Para facilitar a memoriza•‹o dos princ’pios expressos: acr™nimo
LIMPE (L = legalidade, I = impessoalidade, M = moralidade, P =
publicidade, E = efici•ncia).
2)! Quais entes devem observam os princ’pios expressos da
Administra•‹o Pœblica? Quais Poderes?
S‹o de observa•‹o obrigat—ria para TODA a Administra•‹o Pœblica
Ð Direta e Indireta Ð de TODOS os Poderes, de TODAS as esferas
de governo Ð Uni‹o, Estados, DF e Munic’pios, consoante art. 37,
caput, da CF:
Art. 37. A administra•‹o pœblica direta e indireta de qualquer
dos Poderes da Uni‹o, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Munic’pios obedecer‡ aos princ’pios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e efici•ncia e,
tambŽm, ao seguinte:

3)! O que disp›e o princ’pio da legalidade?


O princ’pio da legalidade prescreve que a Administra•‹o s— pode
agir quando h‡ imposi•‹o ou permiss‹o da lei (considerada em
sentido amplo), sendo que a atividade administrativa deve se dar
no mesmo sentido (e n‹o contra) e nos exatos limites (nunca
alŽm) de tal determina•‹o ou autoriza•‹o legal.
4)! Qual a diferen•a do princ’pio da legalidade administrativa

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do princ’pio da reserva legal aplic‡vel aos particulares?


O princ’pio da legalidade administrativa Ž caracterizado pela
restri•‹o da vontade dos agentes administrativos pela lei, o que se
diferencia, portanto, da conduta que prevalece no setor privado,
onde h‡ predomin‰ncia da autonomia da vontade dos particulares,
em que se pode fazer tudo aquilo que a lei permite e n‹o pro’be,
em decorr•ncia do princ’pio da reserva legal - CF/88, art. 5¼,
inciso II:
II - ninguŽm ser‡ obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma
coisa sen‹o em virtude de lei;

5)! Legalidade Ž o mesmo que legitimidade? Comente.


N‹o, a legitimidade Ž mais abrangente que a legalidade, j‡ que
significa n‹o somente agir conforme o texto da lei, mas tambŽm
obedecer aos demais princ’pios administrativos.
6)! O que preceitua o princ’pio da impessoalidade?
O princ’pio da impessoalidade imp›e que a a•‹o da Administra•‹o
deve estar voltada para a atingir o objetivo previsto
(expressamente ou virtualmente) em lei, o qual visar‡ atender
sempre a uma finalidade: o interesse pœblico.
Assim, o administrador n‹o pode atuar para atender a objetivo
diverso do estabelecido em lei Ð que ser‡ sempre o interesse
pœblico Ð, ou de pratic‡-lo em benef’cio pr—prio ou de terceiros.
7)! O interesse pœblico pode coincidir com o privado? Comente.
Em algumas situa•›es, o interesse pœblico pode coincidir com o
privado, ent‹o a atua•‹o da Administra•‹o pode, licitamente,
acabar atendendo, alŽm do interesse pœblico, ao interesse
particular de certa pessoa ou grupo de pessoas. O que Ž vedado
pelo princ’pio da impessoalidade Ž que a•‹o do administrador n‹o
atinja o interesse pœblico previsto na lei como objetivo de tal
atua•‹o, ou seja, que se busque atender a outra finalidade ou
somente ao interesse pr—prio ou de terceiros.
8)! Comente a compreens‹o do princ’pio da impessoalidade sob
o enfoque da imputa•‹o dos atos praticados pelos agentes
pœblicos diretamente ˆs pessoas jur’dicas em que atuam.
O princ’pio da impessoalidade tambŽm deve ser compreendido sob
o enfoque da imputa•‹o dos atos praticados pelos agentes pœblicos
diretamente ˆs pessoas jur’dicas em que atuam. Decorre de tal
preceito que, como os atos n‹o devem ser entendidos como
praticados pelo agente pœblico A ou agente pœblico B, mas sim
pela Administra•‹o Pœblica, esse viŽs do princ’pio da
impessoalidade acaba por retirar dos agentes pœblicos a

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responsabilidade pessoal, perante terceiros, pelos atos que


praticam.
9)! ƒ poss’vel a compreens‹o do princ’pio da impessoalidade
sob o viŽs da veda•‹o ˆ promo•‹o pessoal de autoridades e
servidores pœblicos?
Sim, o princ’pio da impessoalidade pode ser compreendido sob o
viŽs da veda•‹o ˆ promo•‹o pessoal de autoridade e servidores
pœblicos conforme CF/88, art. 37, ¤ 1¼ disp›e:
¤ 1¼ A publicidade dos atos, programas, obras, servi•os e
campanhas dos —rg‹os pœblicos dever‡ ter car‡ter educativo,
informativo ou de orienta•‹o social, dela n‹o podendo constar
nomes, s’mbolos ou imagens que caracterizem promo•‹o
pessoal de autoridades ou servidores pœblicos.

10)! Comente a rela•‹o entre o princ’pio da impessoalidade e o


da isonomia.
O princ’pio da impessoalidade encontra-se relacionado ao princ’pio
constitucional da isonomia (CF/88, arts. 5¼, inciso I, e 19, inciso
III), obrigando a Administra•‹o a conferir tratamento igualit‡rio
aos administrados que se encontrem na mesma situa•‹o f‡tica e
jur’dica. Decorrem do dever de isonomia da Administra•‹o a
necessidade da ado•‹o de procedimentos como o concurso pœblico
para provimento de cargos efetivos, a licita•‹o para a contrata•‹o
de obras, servi•os, fornecimentos , o regime de precat—rios para
pagamento de d’vidas da Fazenda Pœblica em decorr•ncia de
decis‹o judicial etc.
O teor dos dispositivos que consagram a isonomia Ž o seguinte:
Art. 5¼ (...)
I Ð homens e mulheres s‹o iguais em direitos e obriga•›es,
nos termos desta Constitui•‹o;
(...)
Art. 19. ƒ vedado ˆ Uni‹o, aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Munic’pios:
(...)
III Ð criar distin•›es entre brasileiros ou prefer•ncias entre
si.

11) que preceitua o princ’pio da moralidade?


O princ’pio da moralidade preceitua que os agentes pœblicos atuem
com Žtica, honestidade, probidade, boa-fŽ, decoro, lealdade,
fidelidade funcional.
A moralidade administrativa est‡ ligada ˆ ideia do Òbom

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administradorÓ Ð aquele que atua n‹o somente com respeito aos


preceitos vigentes, mas tambŽm ˆ moral Ð e n‹o se confunde com
a moralidade comum. Esta ÒŽ imposta ao homem para sua conduta
externa;Ó aquela ÒŽ imposta ao agente pœblico para sua conduta
interna, seguindo as exig•ncias da institui•‹o a que serve e a
finalidade de sua a•‹o: o bem comumÓ1.
AlŽm disso, a moralidade administrativa diz respeito a uma moral
jur’dica, consubstanciada em regras de conduta extra’das da
disciplina interior da Administra•‹o 2 . Ou seja, deve ser
compreendida de modo objetivo, independente da no•‹o subjetiva
do agente sobre o que Ž certo ou errado em termos Žticos Ð moral
comum.
Embora tenha sido previsto na CF como um princ’pio aut™nomo, Ž
poss’vel entender a moralidade administrativa como fator de
legalidade. Nesse sentido, o TJSP j‡ decidiu que Òo controle
jurisdicional se restringe ao exame da legalidade do ato
administrativo; mas por legalidade ou legitimidade se entende n‹o
s— a conforma•‹o do ato com a lei, como tambŽm com a moral
administrativa e com o interesse coletivo Ó.3
11)! Quem deve observar a moralidade administrativa?
A moralidade administrativa deve ser observada tanto pelos
agentes pœblicos quanto pelo particular ao se relacionar com a
Administra•‹o.
12)! Existem normas infraconstitucionais estabelecendo regras
relativas ˆ moralidade administrativa? ƒ imprescind’vel que
existam regras versando sobre a moralidade para que a
conduta do administrador seja pautada e avaliada sob tal
—tica?
Existem diversas normas infraconstitucionais que estabelecem
regras relativas ˆ moralidade, como, no ‰mbito federal, a Lei
12.813/2013 (Lei de Conflito de Interesses), o Decreto 6.029/2007
(institui o Sistema de Gest‹o da ƒtica do Poder Executivo Federal),
alŽm de alguns dispositivos da Lei 9.784/99 (Lei do Processo
Administrativo Federal) e da Lei 8.112/90 (Estatuto dos Servidores
Pœblicos Federais).
Outro exemplo importante Ž a Lei 8.429/1992, de aplica•‹o
nacional e conhecida como ÓLei de Improbidade AdministrativaÓ,
que Òdisp›e sobre as san•›es aplic‡veis aos agentes pœblicos nos

1
Maurice Hauriou, PrŽcis Elementaires de Droit Administratif, Paris, 1926, pp. 197 e ss apud Meirelles,
2014, p. 92.
2
Meirelles, 2014, p. 92.
3
TJSP, RDA 89/134 apud Meirelles, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 30. ed. S‹o Paulo,
Malheiros Editores: 2005, p. 91.

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casos de enriquecimento il’cito no exerc’cio de mandato, cargo,


emprego ou fun•‹o na administra•‹o pœblica direta, indireta ou
fundacional e d‡ outras provid•nciasÓ.
Vale esclarecer, entretanto, que a conduta do administrador deve
estar pautada pela moralidade mesmo que n‹o haja norma
positivada proibindo tal conduta, sob pena de anula•‹o do ato
imoral por parte do Judici‡rio (caso provocado) ou pela pr—pria
Administra•‹o, em decorr•ncia de seu poder de autotutela.
Inclusive a sœmula vinculante 13 foi editada a partir do
entendimento do STF de que a veda•‹o ao nepotismo decorre da
interpreta•‹o direta de diversos princ’pios constitucionais, dentre
eles, o da moralidade, embora n‹o haja proibi•‹o espec’fica e
expressa de tal pr‡tica na Constitui•‹o. Vejamos o teor da sœmula:
Sœmula Vinculante 13:
A nomea•‹o de c™njuge, companheiro ou parente em linha
reta, colateral ou por afinidade, atŽ o terceiro grau, inclusive,
da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa
jur’dica investido em cargo de dire•‹o, chefia ou
assessoramento, para o exerc’cio de cargo em comiss‹o ou de
confian•a ou, ainda, de fun•‹o gratificada na administra•‹o
pœblica direta e indireta em qualquer dos Poderes da Uni‹o,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Munic’pios,
compreendido o ajuste mediante designa•›es rec’procas,
viola a Constitui•‹o Federal.

ƒ importante destacar que Òajuste mediante designa•›es


rec’procasÓ diz respeito ao nepotismo transverso (ou nepotismo
cruzado).
AlŽm disso, cumpre esclarecer que ficaram de fora da proibi•‹o
estabelecida na sœmula as nomea•›es de parente para a ocupa•‹o
de cargos de natureza eminentemente pol’tica Ð como os de
Ministro ou Secret‡rio Estadual ou Municipal Ð, ao contr‡rio dos
cargos e fun•›es de confian•a em geral, que possuem natureza
precipuamente administrativa.
13)! ƒ poss’vel o controle da moralidade administrativa pelos
cidad‹os? Se sim, por meio de qual instrumento?
Sim, mediante o instrumento da a•‹o popular, para que qualquer
cidad‹o busque a anula•‹o de ato lesivo ˆ moralidade
administrativa Ð CF, art. 5¼, inciso LXXIII:
LXXIII - qualquer cidad‹o Ž parte leg’tima para propor a•‹o
popular que vise a anular ato lesivo ao patrim™nio pœblico ou
de entidade de que o Estado participe, ˆ moralidade
administrativa, ao meio ambiente e ao patrim™nio hist—rico e
cultural, ficando o autor, salvo comprovada m‡-fŽ, isento de
custas judiciais e do ™nus da sucumb•ncia;

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14)! H‡ rela•‹o entre moralidade administrativa e probidade


administrativa? Comente.
Relacionada ˆ moralidade administrativa temos a probidade
administrativa, que tambŽm deve nortear a conduta do gestor. A
conduta imoral do administrador poder‡ ser enquadrada como ato
de improbidade.
Sobre o tema, a CF estabelece que os atos de improbidade
administrativa, alŽm de importarem a a•‹o penal cab’vel,
resultar‹o na suspens‹o dos direitos pol’ticos, na perda da fun•‹o
pœblica, na indisponibilidade de bens e no ressarcimento ao er‡rio
(art. 37, ¤ 4¼):
¤ 4¼ Os atos de improbidade administrativa importar‹o a
suspens‹o dos direitos pol’ticos, a perda da fun•‹o pœblica, a
indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao er‡rio, na
forma e grada•‹o previstas em lei, sem preju’zo da a•‹o
penal cab’vel.

Regulamentando esse dispositivo Ž que foi editada a Lei


8.429/1992.
ƒ importante notar, ainda, que o dispositivo fala em Òsuspens‹oÓ
dos direitos pol’ticos, e n‹o ÒperdaÓ de tais direitos, sendo
conveniente lembrar, alŽm disso, que a Òcassa•‹oÓ de direitos
pol’ticos Ž vedada pela CF, art. 15, caput:
Art. 15. ƒ vedada a cassa•‹o de direitos pol’ticos, cuja perda
ou suspens‹o s— se dar‡ nos casos de:

15)! O MinistŽrio Pœblico pode atuar na defesa da moralidade


administrativa?
O MinistŽrio Pœblico atua na defesa da moralidade administrativa
mediante a•‹o civil pœblica. Embora a CF n‹o fale expressamente
em Òmoralidade administrativaÓ ao tratar de tal instrumento
(CF/88, art. 129, III Ð ÒS‹o fun•›es institucionais do MinistŽrio
Pœblico: (...) promover o inquŽrito civil e a a•‹o civil pœblica, para
a prote•‹o do patrim™nio pœblico e social, do meio ambiente e de
outros interesses difusos e coletivosÓ), a Lei Org‰nica do MinistŽrio
Pœblico disp›e que incube ao Parquet Òpromover o inquŽrito civil e
a a•‹o civil pœblica, na forma da lei (...) para a anula•‹o ou
declara•‹o de nulidade de atos lesivos ao patrim™nio pœblico ou ˆ
moralidade administrativa do Estado ou de Munic’pio, de suas
administra•›es indiretas ou fundacionais ou de entidades privadas
de que participemÓ (Lei 8.625/93, art. 25, inciso IV, al’nea ÒbÓ).
16)! O que preceitua o princ’pio da publicidade?
Imp›e que a Administra•‹o confira a mais ampla divulga•‹o de
seus atos aos interessados diretos e ao povo em geral,

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possibilitando-lhes, assim, controlar a conduta dos agentes


administrativos.
17)! A publicidade Ž considerada elemento de forma•‹o do ato
administrativo?
A publicidade n‹o Ž considerada elemento de forma•‹o do ato
administrativo (ou seja, um elemento que lhe confere validade),
mas somente requisito de efic‡cia (ou seja, um requisito que lhe
permite produzir seus efeitos).
18)! A transpar•ncia deve ser vista como regra ou exce•‹o na
Administra•‹o Pœblica? O sigilo da informa•‹o ou restri•‹o
da publicidade s‹o poss’veis?
Inicialmente, cumpre esclarecer que se alinha ao princ’pio da
publicidade o direito fundamental ˆ informa•‹o previsto na CF, art.
5¼, inciso XXXIII:
XXXIII - todos t•m direito a receber dos —rg‹os pœblicos
informa•›es de seu interesse particular, ou de interesse
coletivo ou geral, que ser‹o prestadas no prazo da lei, sob
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo
seja imprescind’vel ˆ seguran•a da sociedade e do Estado;

TambŽm alinha-se ao princ’pio da publicidade o disposto na CF,


art. 5¼, inciso LX:
LX - a lei s— poder‡ restringir a publicidade dos atos
processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse
social o exigirem;

Com base nesses dois dispositivos, verifica-se que a regra geral


deve ser a transpar•ncia na Administra•‹o Pœblica e, somente em
situa•›es excepcionais, a lei (necessariamente, n‹o pode ser ato
infralegal) pode estabelecer situa•›es em que o sigilo Ž justific‡vel
Ð quando imprescind’vel ˆ seguran•a da sociedade e do Estado
(CF/88, art. 5¼, inciso XXXIII - j‡) ou quando a defesa da
intimidade ou o interesse social o exigirem (CF, art. 5¼, inciso LX).
19)! Como os direitos constitucionais de peti•‹o e de certid‹o
concretizam o princ’pio da publicidade?
De acordo com Carvalho Filho4, o direito de peti•‹o, previsto na
CF, art. 5¼, inciso XXXIV, al’nea ÒaÓ, concretiza o mencionado
princ’pio na medida em que, por meio das peti•›es, os indiv’duos
podem dirigir-se aos —rg‹os administrativos para formular
qualquer tipo de postula•‹o.
Por sua vez, o autor esclarece que as certid›es (CF, art. 5¼, inciso
XXXIV, al’nea ÒbÓ), expedidas pela Administra•‹o, registram a
verdade dos fatos administrativos, cuja publicidade permite aos
4
Carvalho Filho, 2016, p. 27.

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administrados a defesa de seus direitos ou o esclarecimento de


certas situa•›es.
Para fins de fixa•‹o, vejamos o teor dos dispositivos mencionados:
XXXIV - s‹o a todos assegurados, independentemente do
pagamento de taxas:
a) o direito de peti•‹o aos Poderes Pœblicos em defesa de
direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
b) a obten•‹o de certid›es em reparti•›es pœblicas, para
defesa de direitos e esclarecimento de situa•›es de interesse
pessoal;

20)! O princ’pio da publicidade se confunde com a publica•‹o de


atos?
0
N‹o se confunde o princ’pio da publicidade com a simples
publica•‹o de atos. Enquanto aquele exige uma atua•‹o
transparente por parte da Administra•‹o, esta Ž apenas uma
forma de se dar publicidade aos atos administrativos (por
exemplo, publica•‹o no di‡rio oficial do ente federativo).
21)! O STF considera l’cita a divulga•‹o nominal da remunera•‹o
de autoridades e servidores pœblicos em s’tio eletr™nico?
O Supremo Tribunal Federal entende que a divulga•‹o nominal da
remunera•‹o de autoridades e servidores pœblicos em s’tio
eletr™nico da internet n‹o viola sua intimidade, vida privada e
seguran•a pessoal e familiar a ponto de ser considerada il’cita.
Cumpre destacar que a Corte considerou l’cita a divulga•‹o do
nome e da remunera•‹o do agente pœblico, mas n‹o de seu CPF,
identidade e endere•o residencial (STF, SS 3.902 AgR)5.
22)! O que preceitua o princ’pio da efici•ncia?
Imp›e que a Administra•‹o exer•a sua atividade com presteza,
perfei•‹o, rendimento funcional, produtividade, qualidade,
desburocratiza•‹o, de forma a obter o melhor resultado poss’vel
no atendimento do interesse pœblico. Preceitua a adequa•‹o dos
meios empregados aos fins vislumbrados, a pondera•‹o da rela•‹o
custo/benef’cio da a•‹o.
O princ’pio da efici•ncia est‡ relacionado ao modelo de
administra•‹o pœblica gerencial e alcan•a n‹o somente os servi•os
pœblicos prestados diretamente ˆ coletividade, mas tambŽm os
servi•os administrativos internos da Administra•‹o.
23)! Qual a outra denomina•‹o do princ’pio da efici•ncia?

5
STF, SS 3.902 AgR segundo, rel. min. Ayres Britto, j. 9/6/2011, P, DJE de 3/10/2011; = RE 586.424 ED,
rel. min. Gilmar Mendes, j. 24-2-2015, 2» T, DJE de 12-3-2015.

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Princ’pio da qualidade dos servi•os pœblicos.


24)! Mencione alguns desdobramentos constitucionais do
princ’pio da efici•ncia?
Alguns desdobramentos constitucionais do princ’pio da efici•ncia:
a) a possibilidade de reclama•‹o relativa a presta•‹o dos servi•os
pœblicos e de avalia•‹o peri—dica, interna e externa, da qualidade
dos servi•os, consoante art. 37, ¤3¼, incisos I a III:
¤ 3¼ A lei disciplinar‡ as formas de participa•‹o do usu‡rio na
administra•‹o pœblica direta e indireta, regulando
especialmente:
I - as reclama•›es relativas ˆ presta•‹o dos servi•os pœblicos
em geral, asseguradas a manuten•‹o de servi•os de
atendimento ao usu‡rio e a avalia•‹o peri—dica, externa e
interna, da qualidade dos servi•os;
II - o acesso dos usu‡rios a registros administrativos e a
informa•›es sobre atos de governo, observado o disposto no
art. 5¼, X e XXXIII;
III - a disciplina da representa•‹o contra o exerc’cio
negligente ou abusivo de cargo, emprego ou fun•‹o na
administra•‹o pœblica.

b) a possibilidade de celebra•‹o de contratos de gest‹o como


forma de ampliar a autonomia gerencial, or•ament‡ria e financeira
de —rg‹os e entidades da administra•‹o direta e indireta, com
fixa•‹o de metas de desempenho e controles e critŽrios para sua
avalia•‹o, consoante art. 37, ¤8¼, incisos I a III:
¤ 8¼ A autonomia gerencial, or•ament‡ria e financeira dos
—rg‹os e entidades da administra•‹o direta e indireta poder‡
ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus
administradores e o poder pœblico, que tenha por objeto a
fixa•‹o de metas de desempenho para o —rg‹o ou entidade,
cabendo ˆ lei dispor sobre:
I - o prazo de dura•‹o do contrato;
II - os controles e critŽrios de avalia•‹o de desempenho,
direitos, obriga•›es e responsabilidade dos dirigentes;
III - a remunera•‹o do pessoal.

c) a determina•‹o aos entes federados que mantenham escolas de


governo para a forma•‹o e o aperfei•oamento dos servidores
pœblicos, bem como a exig•ncia de que estes participem de cursos
de aperfei•oamento com condi•‹o de promo•‹o na carreira,
consoante art. 39, ¤2¼:
¤ 2¼ A Uni‹o, os Estados e o Distrito Federal manter‹o
escolas de governo para a forma•‹o e o aperfei•oamento dos
servidores pœblicos, constituindo-se a participa•‹o nos cursos
um dos requisitos para a promo•‹o na carreira, facultada,

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para isso, a celebra•‹o de conv•nios ou contratos entre os


entes federados.

d) a possibilidade de aplica•‹o de recursos or•ament‡rios


provenientes da economia com despesas correntes em cada —rg‹o,
autarquia e funda•‹o, para aplica•‹o no desenvolvimento de
programas de qualidade e produtividade, treinamento e
desenvolvimento, moderniza•‹o, reaparelhamento e racionaliza•‹o
do servi•o pœblico, inclusive sob a forma de adicional ou pr•mio de
produtividade, a ser disciplinada em lei da Uni‹o, dos Estados, do
DF e dos Munic’pios, consoante art. 39, ¤7¼:
¤ 7¼ Lei da Uni‹o, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Munic’pios disciplinar‡ a aplica•‹o de recursos or•ament‡rios
provenientes da economia com despesas correntes em cada
—rg‹o, autarquia e funda•‹o, para aplica•‹o no
desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade,
treinamento e desenvolvimento, moderniza•‹o,
reaparelhamento e racionaliza•‹o do servi•o pœblico,
inclusive sob a forma de adicional ou pr•mio de
produtividade.

e) possibilidade de perda do cargo do servidor est‡vel por


insufici•ncia de desempenho aferido em avalia•‹o peri—dica,
consoante art. 41, ¤ 1¼, inciso III:
¤ 1¼ O servidor pœblico est‡vel s— perder‡ o cargo:
(...)
III - mediante procedimento de avalia•‹o peri—dica de
desempenho, na forma de lei complementar, assegurada
ampla defesa.

f) necessidade de avalia•‹o especial de desempenho para


aquisi•‹o de estabilidade por parte do servidor pœblico, consoante
art. 41, ¤4¼:
¤ 4¼ Como condi•‹o para a aquisi•‹o da estabilidade, Ž
obrigat—ria a avalia•‹o especial de desempenho por comiss‹o
institu’da para essa finalidade.

25)! Como se d‡ o controle da efici•ncia da Administra•‹o


Pœblica?
a) controle externo Ð Poder Legislativo e tribunais de Contas (art.
70, caput e art. 71, caput);
b) sistema de controle interno (art. 70, caput e art. 74, inciso II);
c) controle judicial Ð JosŽ dos Santos Carvalho Filho entende que
ocorrer desde que haja comprovada ilegalidade6.
Para fins de fixa•‹o, vejamos o teor dos dispositivos mencionados:

6
Carvalho Filho, 2016, p. 33.

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Art. 70. A fiscaliza•‹o cont‡bil, financeira, or•ament‡ria,


operacional e patrimonial da Uni‹o e das entidades da
administra•‹o direta e indireta, quanto ˆ legalidade,
legitimidade, economicidade, aplica•‹o das subven•›es e
renœncia de receitas, ser‡ exercida pelo Congresso Nacional,
mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno
de cada Poder.
(...)
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional,
ser‡ exercido com o aux’lio do Tribunal de Contas da Uni‹o,
ao qual compete:
(...)
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judici‡rio
manter‹o, de forma integrada, sistema de controle interno
com a finalidade de:
(...)
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto ˆ
efic‡cia e efici•ncia, da gest‹o or•ament‡ria, financeira e
patrimonial nos —rg‹os e entidades da administra•‹o federal,
bem como da aplica•‹o de recursos pœblicos por entidades de
direito privado;

26)! O que s‹o os princ’pios impl’citos da Administra•‹o Pœblica?


Eles possuem menos relev‰ncia que os expressos no caput
do art. 37 da CF?
Os princ’pios impl’citos s‹o aqueles reconhecidos pela doutrina e
jurisprud•ncia. Possuem a MESMA relev‰ncia que os princ’pios
expressos.
27)! O que preceitua o princ’pio da supremacia do interesse
pœblico?
Preceitua que o interesse pœblico deve prevalecer sobre o privado
sempre que houver conflito entre eles nas rela•›es verticais
(rela•‹o entre Administra•‹o e administrado), com vistas ao
benef’cio da coletividade, respeitando-se sempre, por —bvio, os
direitos e garantias individuais.
Como se manifesta precipuamente nas rela•›es verticais, n‹o
incide diretamente quando a Administra•‹o atua internamente
(porque n‹o h‡ rela•‹o com administrado criando obriga•›es ou
restri•›es) ou na condi•‹o de agente econ™mico Ð porque nesse
caso tal atua•‹o Ž regida eminentemente pelo direito privado,
consoante CF, art. 173, ¤1¼, inciso II:
¤ 1¼ A lei estabelecer‡ o estatuto jur’dico da empresa pœblica,
da sociedade de economia mista e de suas subsidi‡rias que
explorem atividade econ™mica de produ•‹o ou
comercializa•‹o de bens ou de presta•‹o de servi•os,

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dispondo sobre:
(...)
II - a sujei•‹o ao regime jur’dico pr—prio das empresas
privadas, inclusive quanto aos direitos e obriga•›es civis,
comerciais, trabalhistas e tribut‡rios;

ƒ importante destacar que, indiretamente, a supremacia do


interesse pœblico est‡ presente em toda atividade estatal.
28)! O que preceitua o princ’pio da indisponibilidade do
interesse pœblico? Qual suas implica•›es?
Que as pessoas administrativas n‹o possuem a disponibilidade dos
interesses pœblicos confiados ˆ sua guarda e realiza•‹o,
exatamente porque os bens e interesse pœblicos n‹o pertencem ˆ
Administra•‹o nem a seus agentes (cabe-lhes apenas geri-los,
conserv‡-los e por eles velar em prol da coletividade, que Ž sua
verdadeira titular).
O princ’pio da indisponibilidade implica que os poderes atribu’dos ˆ
Administra•‹o possuem o car‡ter de poder-dever, ou seja, que ela
n‹o pode deixar de exercer, sob pena de responder por omiss‹o
(por exemplo, a autoridade n‹o pode renunciar ao exerc’cio das
compet•ncias que lhe s‹o outorgadas por lei; n‹o pode deixar de
punir quando constate a pr‡tica de il’cito administrativo etc.).
29)! Qual o conceito de interesse pœblico? O que Ž interesse
pœblico prim‡rio? E o interesse pœblico secund‡rio?
ÒInteresse pœblicoÓ n‹o possui um conceito exato, por isso a
doutrina, em geral, o identifica como um conceito jur’dico
indeterminado. Pode ser entendido como o conjunto de interesses
dos indiv’duos enquanto membros da sociedade.
Interesses pœblicos prim‡rios s‹o os interesses imediatos, os
interesses diretos de toda a sociedade, sintetizados nos fins para
os quais o Estado foi concebido, como, por exemplo, entregar
justi•a, seguran•a e bem-estar social.
Por sua vez, o interesse pœblico secund‡rio Ž o interesse do Estado
enquanto pessoa jur’dica figurando como parte em uma rela•‹o
jur’dica no atendimento de suas conveni•ncias internas. Possui
car‡ter eminentemente patrimonial (maximizar as receitas e
minimizar os gastos), de interesse do er‡rio.
O interesse pœblico prim‡rio n‹o coincide, necessariamente, com o
interesse secund‡rio do Estado, de modo que o interesse pœblico
secund‡rio s— Ž leg’timo quando n‹o Ž contr‡rio ao interesse
pœblico prim‡rio.
30)! O que preceitua o princ’pio da presun•‹o de legitimidade e

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de veracidade? Essa presun•‹o Ž absoluta?


O princ’pio da presun•‹o de legitimidade e de veracidade preceitua
que os atos da Administra•‹o Pœblica devem ser considerados
leg’timos, verdadeiros e legais atŽ que se prove ao contr‡rio (essa
presun•‹o n‹o Ž absoluta, portanto, mas relativa ou juris tantum).
Pode-se apontar como decorr•ncia da presun•‹o de legitimidade a
regra insculpida na CF, art. 19, inciso II:
II - ƒ vedado ˆ Uni‹o, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Munic’pios (...) recusar fŽ aos documentos pœblicos.

31)! O que preceitua o princ’pio da autotutela?


Imp›e que a Administra•‹o Pœblica tem o poder-dever de controlar
seus pr—prios atos, inclusive de of’cio, e abrange o poder de
anular, convalidar e revogar seus atos administrativos, podendo
envolver, portanto, aspectos tanto de legalidade quanto de mŽrito
ato.
A autotutela est‡ consagrada nas sœmulas 473 e 346 do STF:
Sœmula 473:
A Administra•‹o pode anular seus pr—prios atos, quando
eivados de v’cios que os tornam ilegais, porque deles n‹o se
originam direitos; ou revog‡-los, por motivo de conveni•ncia
ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e
ressalvada, em todos os casos, a aprecia•‹o judicial.

Sœmula 346:
A administra•‹o pœblica pode declarar a nulidade dos seus
pr—prios atos.

32)! Qual a rela•‹o do princ’pio da autotutela com o princ’pio do


contradit—rio e ampla defesa?
No exerc’cio da autotutela, a Administra•‹o deve assegurar prŽvio
contradit—rio e ampla defesa ao administrado que venha a ser
prejudicado pela anula•‹o ou revoga•‹o do ato administrativo.
33)! O poder de tutela Ž o mesmo que autotutela? Explique.
N‹o. O poder de tutela Ž caracterizado pela supervis‹o (controle
de natureza final’stica, tambŽm chamado de Òsupervis‹o
ministerialÓ) realizada pela administra•‹o direta sobre as entidades
da administra•‹o indireta. J‡ a autotutela preceitua que a
Administra•‹o Pœblica tem o poder-dever de controlar seus
pr—prios atos.
34)! O que preceitua o princ’pio da continuidade dos servi•os
pœblicos?

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Imp›e que a presta•‹o de servi•os pœblicos (tanto a realizada


diretamente pela Administra•‹o, quanto a delegada a particulares)
n‹o deve ser interrompida ou paralisada, j‡ que consubstancia
atividades essenciais ˆ coletividade.
Desse princ’pio decorrem consequ•ncias importantes7:
a)! a proibi•‹o relativa de greve nos servi•os pœblicos, j‡ que o
art. 37, inciso VII da CF determina que tal direito ser‡ exercido
Ònos termos e nos limites definidos em lei espec’ficaÓ. Vejamos o
teor do dispositivo, pra fins de fixa•‹o:
VII - o direito de greve ser‡ exercido nos termos e nos limites
definidos em lei espec’fica;

Inclusive, sobre o direito de greve dos servidores, convŽm


destacar que o STF proferiu recente entendimento no sentido de
que os dias parados por greve de servidor devem ser descontados,
exceto se houver acordo de compensa•‹o8.
b)! necessidade de institutos como a supl•ncia, a delega•‹o e a
substitui•‹o para preencher as fun•›es pœblicas temporariamente
vagas;
c)! a impossibilidade da invoca•‹o, por parte de quem contrata
com a Administra•‹o Pœblica, da exce•‹o do contrato n‹o
cumprido nos contratos que tenham por objeto a execu•‹o de
servi•o pœblico;
d)! a faculdade da Administra•‹o de utilizar os equipamentos e
instala•›es da empresa que com ela contrata, para assegurar a
continuidade dos servi•os pœblicos, bem como a possibilidade de
encampa•‹o da concess‹o de servi•o pœblico, para atingir a
mesma finalidade.
35)! O que preceitua o princ’pio da razoabilidade e
proporcionalidade?
Razoabilidade: imp›e que haja compatibilidade entre os meios
empregados e os fins visados na atua•‹o da Administra•‹o, a fim
de evitar excessos, abusos, arbitrariedades.
Proporcionalidade: imp›e que os agentes pœblicos n‹o ultrapassem
os limites adequados ao fim pretendido, de maneira a evitar o
excesso de poder. ƒ fundamentado em tr•s aspectos:
a)!Adequa•‹o: compatibilidade entre o meio empregado e o fim
vislumbrado;
b)!Exigibilidade ou necessidade: a conduta deve ser necess‡ria e a

7
Di Pietro, 2016, p. 102.
8
STF, RE 693.456.

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que cause menos preju’zo aos indiv’duos;


c)!Proporcionalidade em sentido estrito: as vantagens a serem
alcan•adas devem superar as desvantagens.
ƒ importante destacar que razoabilidade e proporcionalidade s‹o
conceitos muito parecidos, de modo que alguns autores entendem
que esta seria uma das vertentes daquela.
Esses princ’pios s‹o muito utilizados no controle da
discricionariedade da Administra•‹o. Trata-se de controle de
legalidade ou legitimidade, n‹o de mŽrito (o ato desarrazoado ou
desproporcional deve ser anulado, e n‹o revogado).
36)! O que preceitua o princ’pio da motiva•‹o?
==0==

O princ’pio da motiva•‹o preceitua que, como regra, todos os atos


da Administra•‹o devem ser justificados (tanto os vinculados como
os discricion‡rios), devendo ser expressamente indicados os
pressupostos de fato e de direito que o motivam, permitindo,
assim, o controle da legalidade e da moralidade de tais atos, bem
como o exerc’cio do contradit—rio e da ampla defesa por parte do
administrado.
H‡ casos em que a motiva•‹o do ato Ž dispensada. Ex:
Exonera•‹o de servidor ocupante de cargo em comiss‹o de livre
nomea•‹o e exonera•‹o.
Embora n‹o expressamente prevista no art. 37 da Carta Magna, a
motiva•‹o Ž mencionada na CF, art. 93, inciso X, que prescreve
que
X - as decis›es administrativas dos tribunais ser‹o motivadas
e em sess‹o pœblica, sendo as disciplinares tomadas pelo
voto da maioria absoluta de seus membros

Tal regra tambŽm Ž aplic‡vel ao MinistŽrio Pœblico por for•a do art.


129, ¤4¼ da CF:
¤ 4¼ - aplica-se ao MinistŽrio Pœblico, no que couber, o
disposto no art. 93.

37)! O que preceitua o princ’pio da seguran•a jur’dica?


O postulado da seguran•a jur’dica imp›e que a Administra•‹o deve
buscar respeitar situa•›es consolidadas no tempo, as rela•›es
jur’dicas constitu’das, amparadas pela boa-fŽ do cidad‹o.
Exemplos de concretiza•‹o do princ’pio da seguran•a jur’dica:
a) Institutos da prescri•‹o e decad•ncia;
b) Sœmula vinculante (CF, art. 103-A);
c) Prote•‹o ao ato jur’dico perfeito, direito adquirido e coisa

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julgada (art. 5¼, inciso XXXVI).


Para fins de fixa•‹o, vejamos o teor dos dispositivos mencionados:
Art. 5¼ (...)
XXXVI - a lei n‹o prejudicar‡ o direito adquirido, o ato
jur’dico perfeito e a coisa julgada;
(...)
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poder‡, de of’cio ou
por provoca•‹o, mediante decis‹o de dois ter•os dos seus
membros, ap—s reiteradas decis›es sobre matŽria
constitucional, aprovar sœmula que, a partir de sua publica•‹o
na imprensa oficial, ter‡ efeito vinculante em rela•‹o aos
demais —rg‹os do Poder Judici‡rio e ˆ administra•‹o pœblica
direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal,
bem como proceder ˆ sua revis‹o ou cancelamento, na forma
estabelecida em lei.
¤ 1¼ A sœmula ter‡ por objetivo a validade, a interpreta•‹o e
a efic‡cia de normas determinadas, acerca das quais haja
controvŽrsia atual entre —rg‹os judici‡rios ou entre esses e a
administra•‹o pœblica que acarrete grave inseguran•a
jur’dica e relevante multiplica•‹o de processos sobre quest‹o
id•ntica.
¤ 2¼ Sem preju’zo do que vier a ser estabelecido em lei, a
aprova•‹o, revis‹o ou cancelamento de sœmula poder‡ ser
provocada por aqueles que podem propor a a•‹o direta de
inconstitucionalidade.
¤ 3¼ Do ato administrativo ou decis‹o judicial que contrariar a
sœmula aplic‡vel ou que indevidamente a aplicar, caber‡
reclama•‹o ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a
procedente, anular‡ o ato administrativo ou cassar‡ a decis‹o
judicial reclamada, e determinar‡ que outra seja proferida
com ou sem a aplica•‹o da sœmula, conforme o caso.

38)! O que preceitua o princ’pio da prote•‹o ˆ confian•a?


O princ’pio da prote•‹o ˆ confian•a leva em conta a boa-fŽ do
cidad‹o, que acredita e espera que os atos praticados pelo Poder
Pœblico sejam l’citos e, nessa qualidade, ser‹o mantidos e
respeitados pela pr—pria Administra•‹o e por terceiros9.
Trata-se, assim, de princ’pio que corresponde ao aspecto subjetivo
da seguran•a jur’dica.
39)! O que preceitua o princ’pio da sindicabilidade?
Preceitua que os atos da Administra•‹o podem ser controlados Ð
via controle judicial, controle externo (Poder Legislativo + Tribunal
de Contas) e/ou controle interno Ð, englobando, ainda, o poder de
autotutela, por meio do qual a Administra•‹o anula (em caso de

9
Di Pietro, 2016, p. 117-118.

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ilegalidade) ou revoga (por raz›es de conveni•ncia e


oportunidade) seus pr—prios atos.

...
Grande abra•o e bons estudos!

ÒA satisfa•‹o reside no esfor•o, n‹o no resultado


obtido. O esfor•o total Ž a plena vit—ria.Ó
(Mahatma Gandhi)

Tœlio Lages

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ANEXO I Ð LISTA DE QUESTÍES

1. (FCC/2015/TRT 4»/Analista Jud/çrea Judici‡ria) A atua•‹o da


Administra•‹o pœblica Ž informada por princ’pios, alguns inclusive com
previs‹o constitucional expressa, que se alternam em graus de
relev‰ncia de acordo com o caso concreto em an‡lise. Do mesmo
modo, a aplica•‹o dos princ’pios na casu’stica pode se expressar de
diversas formas e em variados momentos, ou seja, n‹o h‡
necessariamente id•ntica manifesta•‹o da influ•ncia dos mesmos nas
diferentes situa•›es e atividades administrativas.
Dessa forma,
(A) ˆ exce•‹o do princ’pio da publicidade, que se expressa pela
divulga•‹o dos atos finais praticados, os demais princ’pios dependem
de an‡lise do caso concreto, para que se possa verificar se foram
adequadamente observados.
(B) o princ’pio da supremacia do interesse pœblico pode ser considerado
materialmente superior aos demais, pois para esses Ž par‰metro de
aplica•‹o, na medida em que a solu•‹o mais adequada Ž sempre
aquela que o privilegia.
(C) enquanto o princ’pio da efici•ncia se aplica no curso dos processos
e atividades desenvolvidos pela Administra•‹o, os demais princ’pios
destinam-se ao resultado e aos destinat‡rios finais, n‹o tendo
aplicabilidade antes disso.
(D) o princ’pio da publicidade n‹o incide apenas para orientar a
divulga•‹o e a transpar•ncia dos atos finais, mas tambŽm permite aos
administrados conhecer documentos e ter informa•›es ao longo do
processo de tomada de decis‹o.
(E) o princ’pio da efici•ncia Ž aplicado em conjunto com o princ’pio da
supremacia do interesse pœblico, podendo excepcionar o princ’pio da
indisponibilidade do interesse pœblico sempre que represente solu•‹o
mais benŽfica para a gest‹o administrativa e o atingimento de
resultados em favor dos administrados.
2. (FCC/2014/TRT 2»/OFICIAL DE JUSTI‚A) O princ’pio da
supremacia do interesse pœblico informa a atua•‹o da Administra•‹o
pœblica
(A) subsidiariamente, se n‹o houver lei disciplinando a matŽria em
quest‹o, pois n‹o se presta a orientar atividade interpretativa das
normas jur’dicas.
(B) alternativamente, tendo em vista que somente tem lugar quando
n‹o acudirem outros princ’pios expressos.
(C) de forma prevalente, posto que tem hierarquia superior aos demais

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princ’pios.
(D) de forma ampla e abrangente, na medida em que tambŽm orienta
o legislador na elabora•‹o da lei, devendo ser observado no momento
da aplica•‹o dos atos normativos.
(E) de forma absoluta diante das lacunas legislativas, tendo em vista
que o interesse pœblico sempre pretere o interesse privado,
prescindindo da an‡lise de outros princ’pios.
3. (FCC/2016/TRT 20»/Analista Judici‡rio/çrea Administrativa)
Em importante julgamento proferido pelo Supremo Tribunal Federal,
considerou a Suprema Corte, em s’ntese, que no julgamento de
impeachment do Presidente da Repœblica, todas as vota•›es devem ser
abertas, de modo a permitir maior transpar•ncia, controle dos
representantes e legitima•‹o do processo. Trata-se, especificamente,
de observ‰ncia ao princ’pio da
(A) publicidade.
(B) proporcionalidade restrita.
(C) supremacia do interesse privado.
(D) presun•‹o de legitimidade.
(E) motiva•‹o.
4. (FCC/2015/TRT 9»/Analista/V‡rias Especialidades) O artigo
37 do ¤1¼ da CF expressamente pro’be que conste nome, s’mbolo ou
imagens que caracterizem promo•‹o pessoal de autoridades ou
servidores pœblicos em publicidade de atos, programas, obras, servi•os
e campanhas dos —rg‹os pœblicos. A referida proibi•‹o decorre da
aplica•‹o do princ’pio da

(A) impessoalidade, que est‡ expressamente previsto no art. 37 da CF


e deve ser observado, como no exemplo, em rela•‹o ˆ pr—pria
Administra•‹o e tambŽm em rela•‹o aos administrados.
(B) especialidade, que a despeito de n‹o estar expressamente previsto
no art. 37 da CF, deve ser observado, como no exemplo, tanto em
rela•‹o ˆ pr—pria Administra•‹o como em rela•‹o aos administrados.
(C) impessoalidade, que est‡ expressamente previsto no art. 37 da CF
e deve ser observado, como no exemplo, em rela•‹o ˆ pr—pria
Administra•‹o, mas n‹o em rela•‹o aos administrados, que est‹o
sujeitos ao princ’pio da supremacia do interesse pœblico sobre o
privado.
(D) especialidade, que decorre do princ’pio da legalidade e da
indisponibilidade do interesse pœblico sobre o privado e, por essa raz‹o,
aplica-se ˆ atividade publicit‡ria da Administra•‹o, tida por especial em

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rela•‹o ˆs demais atividades pœblicas.


(E) publicidade, que est‡ expressamente previsto no artigo 37 da CF e
configura-se no princ’pio legitimador da fun•‹o administrativa,
informada pelo princ’pio democr‡tico.

GABARITO QUESTÍES OBJETIVAS

1. D 2.D 3. A

4. A

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Refer•ncias Bibliogr‡ficas

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Paulo: Malheiros, 2014.

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