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Práticas de Avaliação Online

Cristina Marcela C. Seabra

Síntese baseada na visualização do vídeo com o seguinte URL:


http://www.youtube.com/watch?v=kkN-2nNQ0Ic

No âmago da educação está presente a avaliação.


Significa isto que a avaliação faz parte do nosso processo enquanto aprendentes, e
não só, mesmo no nosso quotidiano, somos impulsionados a avaliar.
Falar em estudar a distância, é falar de um processo autónomo da construção da
própria aprendizagem. Para tal são requeridas estratégias e instrumentos de avaliação
distintos dos utilizados em educação presencial.
Para Lagarto (2009), “essa avaliação terá de identificar se os formandos atingiram
os seus objectivos de aprendizagem, e verificar, de acordo com a opinião dos mesmos
formandos e dos outros actores envolvidos, da necessidade de introduzir alterações que
conduzam a melhorias no sistema.”
Da avaliação espera-se uma maior individualização, que responda de forma eficaz
e rápida às solicitações dos alunos. Desta forma, constitui um factor de motivação e de
sucesso na aprendizagem.
Uma das problemáticas na avaliação online prende-se com a identidade de quem
estamos a avaliar. Porem, com a ampla difusão de plataformas Web, que permitem a
utilização do vídeo e do áudio, vieram facilitar a verificação visual da identidade,
podendo realizar quase uma “avaliação online face-a-face”.
Outra problemática que ocorre é a dificuldade em constatar o interesse ou
desinteresse dos estudantes, assim como, as suas dificuldades. Desta forma não se torna
fácil apoiar e orientar os alunos de modo a alcançarem uma aprendizagem mais
significativa.
Correntemente, utiliza-se a avaliação como um meio de verificar se os alunos são
ou não capazes de reproduzir o mais fielmente possível os conteúdos que os professores
lhes transmitem. Nesta perspectiva (de carácter behaviorista), o desempenho dos alunos
não passa de uma mera automatização. Uma perspectiva diametralmente oposta, de
carácter construtivista, coloca o foco das aprendizagens não nos conteúdos, mas no
desenvolvimento de competências e no próprio processo de aprendizagem.
Porem, com as ofertas que a Web nos proporciona, possuímos diferentes tipos de
instrumentos que devem ser utilizados para uma avaliação em EaD que corresponda aos
objectivos propostos. Podem assim ser utilizados: os registos automáticos gerados pelos
LMS, que nos permitem verificar a actividade de cada aluno, o tempo de permanência
no sistema, o que consultou, a participação que teve em determinadas actividades, entre
outros. Embora não permitam aferir a qualidade das aprendizagens, permitem uma
análise quantitativa que pode ajudar a identificar alunos que estão a ter mais
contrariedades em seguir o ritmo das actividades, necessitando assim de uma maior
atenção do professor.
Os chats possibilitam o trabalho colaborativo, a participação reflexiva em
discussões, a argumentação e contra-argumentação e são uma mais-valia no processo de
avaliação. Desta forma fica um registo permanente da participação de cada aluno nesses
chats, tornando-se possível avaliar o seu empenho, assim como, a forma como procura e
encontra soluções para as problemáticas, o modo como cooperam com os outros e
executam em equipa. Como refere o vídeo referido, nos chats há troca de informação
tão sem compromisso que o medo da avaliação se desvanece. É a presença de um
professor/tutor que garante a qualidade do discurso e da aprendizagem.
Devem ser entendidos como uma ferramenta que nos pode fornecer dados
relativos à aprendizagem desenvolvida numa forma contextualizada e de forma
informal.
Sem dúvida que as TIC e a Web 2.0 vieram oferecer um sem número de
ferramenta que possibilitam diversificar a avaliação e torná-la conforme ao tipo de
trabalho desenvolvido numa abordagem construtivista, e que se pretende mais eficaz,
partilhada e equitativa.

Referências:

GOMES, Maria João (2009). Problemáticas da avaliação em educação online. VI


Conferencia Internacional de TIC na Educação. Braga. Universidade do
Minho. http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/9420/1/Challenges-
09-mjgomes.pdf acedido em 02.02.2011

SANTOS, João F. S. (s/d). Avaliação no Ensino a Distância. Revista Iberoamericana de


Educación. (ISSN: 1681-5653). Santa Catarina, Instituto Superior e Centro
Educacional Luterano Bom Jesus, e Universidade do Estado de Santa Catarina
http://www.rieoei.org/deloslectores/1372Severo.pdf acedido em 02.02.2011
LAGARTO, J. R. (2009). Avaliação em e-learning. In Educação, Formação &
Tecnologias; vol.2 (1); pp. 19-29, Maio de 2009.
http://eft.educom.pt/index.php/eft/article/viewFile/82/49 acedido em
02.02.2011

http://www.youtube.com/watch?v=kkN-2nNQ0Ic

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