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Imunidade
Naturalmente adquirida:
Passiva - transferência de IgG da mãe para o feto através da placenta, ou de IgA através do
leite
Artificialmente adquirida :
1 em cada 20 crianças com sarampo desenvolve pneumonia, 1 em cada 1000 crianças com
sarampo desenvolve encefalite, 1 ou 2 em cada 1000 crianças com sarampo, morrem da
doença
Vacina
Substância capaz de imunizar o organismo contra 1 doença infeciosa. Pode ser preparada a
partir de microrganismos mortos ou inativos - vacina inativada - ou a partir de microrganismos
vivos mas atenuados (pelo formol, outra substância ou calor) - vacina atenuada – entre outros.
Imunização
Ação pela qual se confere imunidade, quer por administração de anCgénios (aCva) quer por
anCcorpos (passiva).
Imunogénio
Ex: Ag capsulares de S. penumoniae e Neisseria meningitidis C não são eficazes em crianças <2
anos -> conjugação do Ag com uma proteína – vacinas conjugadas
Consequências da vacinação
Imunização passiva
Necessária:
Indivíduos que não produzam an6corpos (ex: indivíduos com uma imunodeficiência primária a
nível da produção de células B).
Exposição certa ou provável a um microrganismo que causará doença e onde não há tempo
para uma proteção através de imunização ac6va.
Infeção por agentes patogénicos em que os efeitos de imunização podem ser melhorados pela
adição de an6corpos.
Mas,
A imunização passiva, por não estimular o sistema imunológico, não gera células de memória
e, por isso, a proteção concedida é temporária.
Imunidade de grupo
Proteção adicional de indivíduos não vacinados que ocorre quando uma proporção suficiente
de indivíduos está imunizada contra determinada doença. -> ausência de doença em
determinadas áreas geográficas sem 100% de cobertura vacinal. Só é possível com a
contribuição de todos.
Vacinação da fonte
Se um subgrupo par@cular for considerado como reservatório de uma infeção que se pode
Ex: controlo da tosse convulsa em bebés com idade < 2 meses por vacinação dos adultos que
com eles contactam
Alvo da vacinação :
Eliminação
Supressão da doença numa determinada área geográfica sem erradicação, à escala global, do
microrganismo causador. Ex: sarampo em Portugal.
Para doenças com reservatório ambiental, como o tétano, a erradicação não é possível, mas a
eliminação sim, se todos os indivíduos forem vacinados.
Erradicação
Supressão total de uma doença endémica ou do microrganismo que a provoca. Só possível se
contágio exclusivamente inter-humano. A única considerada erradicada é a varíola.
Controlo
*Toxóide (ou anatoxina) - Preparação a partir de 1 toxina bacteriana pela ação simultânea de
formol e do calor, o que condiciona a perda o seu poder tóxico, conservando as propriedades
imunizantes
Vacinas vivas atenuadas - Microrganismos vivos mas com poder patogénico diminuído. Ex:
BCG (bacilo Calmette-Guérin), VASPR (vacina tríplice contra sarampo parotidite epidémica e
rubéola, vacina contra varicela e alguns tipos de rotavírus).
Adjuvantes - Para além do clássico (Al), MPL (lípido A monofosforil), outros. Devem permiGr
uma maior resposta imunológica com menor dose de Ag, o que implica maior capacidade de
produção de vacinas.
Engenharia genética
DNA plasmídico codificante de um antigénio proteico pode também servir como uma vacina
eficaz, induzindo respostas quer humoral quer celular
Genoma microbiano
Conceitos:
Substâncias que se usam nas vacinas, anatoxinas, globulinas, culturas virais para evitar o
crescimento de bactérias ou para estabilizar os antigénios ou anticorpos.
Podem surgir, embora raramente, reações alérgicas, se o recetor for sensível – ao mercúrio,
fenol, albumina, glicina.
Suspensão
Substâncias que aumentam o poder antigénico das vacinas (ex: fosfato ou hidróxido de
alumínio); são usados na formulação de vacinas para melhorar, prolongar ou promover a
resposta imunitária aos antigénios da vacina.
Ativam a imunidade inata, por ex. através: da estimulação via PRR, da ativação de células
dendríticas.
Inflamação e reações anafilá9cas (na maioria das vezes devido a adi-vos que são adicionados à
vacina, como é o caso do -merosal usado como conservante em algumas vacinas).
Reações autoimunes e neurológicas (an-génios usados nas vacinas que têm reação cruzada
com auto-an-génios).
Recentemente tem sido referido o Síndrome autoimune induzido por adjuvante (do inglês
Autoimmune syndrome induced by adjuvants –ASIA)
Alguns estudos demonstram que vacinas que utilizam sais de alumínio como adjuvantes
podem induzir, nalguns indivíduos, Síndrome Autoimune Induzido por Adjuvante
(Autoimmune Syndromes Induced by Adjuvants – ASIA).
Estão descritos efeitos como síndrome de fadiga crónica e fibromialgia após o uso de algumas
destas vacinas, como a da hepatite B.
Ex: vacina hepaNte B para prevenir carcinoma hepatocelular; vacina HPV para prevenir cancro
colo útero
PRECAUÇÕES
Doença aguda grave, com ou sem febre (vacinas logo que haja melhoria exceto para BCG-
contraindicação absoluta
Hipersensibilidade não grave a uma dose anterior da mesma vacina
FALSAS CONTRAINDICAÇÕES
Reações locais, ligeiras a moderadas, a uma dose anterior . Doença ligeira aguda, com ou sem
febre
Terapêutica antibiótica concomitante (exceto para BCG)
Imunoterapia concomitante com extratos de alergénios
História familiar ou pessoal de alergias (ex: ovos, penicilina, asma....) . Dermatoses, eczemas ou
infeções cutâneas localizadas
Doença crónica cardíaca, pulmonar, renal ou hepática
Doenças neurológicas não evolutivas (como paralisia cerebral)
Icterícia neonatal
Malnutrição
História anterior de parotidite epidémica, sarampo, rubéola ou outra doença alvo de vacina.
Exposição recente a doença infeciosa
Convalescença de doença aguda
História familiar de convulsões, síndrome de morte súbita, reações adversas a vacinas