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Minerais

Corpos sólidos, com estrutura cristalina, naturais, inorgânicos


e com composição definida ou variável dentro de certos limites.
São elementos ou
compostos encontrados
naturalmente na crosta
terrestre. São inorgânicos
em contraste com os
químicos orgânicos.

Têm uma estrutura


cristalina, ou seja, as suas
partículas constituintes
definem uma distribuição
regular no espaço.

A organização espacial
Muitos minerais têm composição interna implica uma
química definida. Outros têm uma série disposição ordenada dos
de compostos onde um elemento pode átomos ou iões, que
ser total ou parcialmente substituído por formam uma rede
outro. tridimensional.
Classificação química de Dana e Hurlbut (simplificada)

Classificação de acordo com o anião dominante.


Os minerais constituídos apenas por um elemento químico
– elementos nativos – são raros.
Identificação de Minerais
 Propriedades físicas • Outras
 Óticas: cor, risca, propriedades
brilho; • Hábito cristalino;
 Mecânicas: • Luminescência ;
clivagem, • Radioatividade;
fratura e dureza; • Magnetismo.
 Densidade.

 Propriedades
químicas
 Constituição.
Propriedades físicas dos minerais
Propriedades óticas - Cor
Idiocromáticos quando Alocromáticos quando
apresentam cor constante. apresentam cor variável.

Galena
A origem da cor nos minerais está principalmente
ligada à presença de iões metálicos, fenómenos de
transferência de carga e efeitos da radiação ionizante.

A propriedade alocromática de alguns minerais deve-


se à presença de elementos estranhos à sua
composição.
Diferentes tipos de quartzo
Os minerais
alocromáticos
apresentam cores
variadas (normalmente
minerais não metálicos).
Propriedades óticas - Risca
•A risca também é chamada •Nos casos dos minerais
traço, e corresponde à cor do alocromáticos a risca é
mineral quando reduzido a pó. geralmente incolor.

• Normalmente a
cor da risca do
mineral é
constante, no
entanto, pode ser
totalmente
diferente da cor
apresentada pelo
mineral, como no
caso da hematite
em que a risca é
vermelha.
Propriedades óticas – Brilho/Lustre
• É o efeito produzido pela
quantidade e intensidade da
luz refletida pelos minerais;

• O brilho deve ser


observado numa superfície
de fratura recente;

•O brilho apresentado pelos


minerais pode ser:
1. Metálico
2. Submetálico
3. Não metálico:
vítreo;adamantino;
sedoso;nacarado;
ceroso; gorduroso e
resinoso.
Brilho não metálico
Sedoso— brilho que faz lembrar o brilho da seda (serpentina e silimanite);
Adamantino — brilho que, pelas suas características, nomeadamente a
intensidade, se assemelha ao do diamante ( corindo, pirargirite e cerussite);
Ceroso — brilho não metálico que lembra o da cera ( variscite);
Nacarado — brilho não metálico semelhante ao das pérolas ( clorite, gesso,
dolomite, biotite e moscovite);
Resinoso — brilho não metálico que lembra o observado nas superfícies de
fratura das resinas (é exemplo a monazite e a granada),;
Vítreo — brilho não metálico que lembra o do vidro (calcite, fluorite, halite,
gesso e a aragonite);
Brilho metálico
Metálico — brilho que se assemelha ao dos metais, sendo característico de
minerais opacos como a galena, a calcopirite e a pirite;
Brilho submetálico
Submetálico — brilho que faz lembrar o dos metais, mas não tão intenso,
sendo característico dos minerais quase opacos como a cromite e a volframite.
Propriedades mecânicas - Clivagem
• A clivagem é a tendência que
um mineral tem para se dividir
segundo determinadas
direções.

• Qualquer plano paralelo ao


plano de clivagem é outro
potencial plano de clivagem.

• Está relacionada com a


estrutura cristalina do mineral,
resultando do posicionamento
dos átomos e do facto de as
ligações químicas serem mais
fracas numa direção do que
noutra.
Clivagem
Os tipos de
clivagem são
descritos
pelo número
e direção dos
planos de
clivagem.
Planos
de
clivagem
de
alguns
minerais.
Clivagem
Propriedades mecânicas - Fratura
• Quando o mineral se
desagrega em fragmentos
irregulares e as suas
superfícies de fratura não
se repetem paralelamente a
si próprias, e apresentam
diferentes aspetos.

• As partículas da rede
cristalina estão
submetidas a forças
fortes em todas as
direções.
Fratura concoidal - Apresenta
superfície lisa e curva,
semelhante ao interior de uma
concha.
Ex: Quartzo , zircão, ilmenite,
calcedónia, opala, apatite.

Fratura irregular - Quando a


superfície se apresenta rugosa
e irregular.

Fratura fibrosa ou estilhaçada -


Apresenta estilhaços ou fibras
semelhantes a uma lasca de
madeira;
Volframite - Fratura irregular Albite - Fratura concoidal

Magnetite - Fratura irregular Calcopirite - Fratura irregular


Propriedades mecânicas - Dureza
• Consiste na resistência oferecida  Escala de Mohs
pelo mineral ao desgaste. ◦ 1. TALCO
Dependendo das ligações entre as ◦ 2. GESSO
partículas pode variar com a direção ◦ 3. CALCITE
considerada; ◦ 4. FLUORITE
◦ 5. APATITE
• Pode determinar-se a dureza
◦ 6. ORTOCLASE
absoluta ou relativa de um mineral,
◦ 7. QUARTZO
mas um mineral mais duro deixa um ◦ 8. TOPÁZIO
sulco num mineral menos duro que ◦ 9. CORINDO
se desfaz. ◦ 10. ...

• A escala de dureza relativa


mais utilizada é a escala de
Mohs que é constituída por 10
termos de dureza.
Propriedades mecânicas - Dureza
 Escala de Mohs
• Qualquer mineral da escala risca ◦ 1. TALCO
todos os que estão abaixo dele, ◦ 2. GESSO
não sendo riscado por eles; ◦ 3. CALCITE
◦ 4. FLUORITE
• Se o mineral risca e é riscado ◦ 5. APATITE
por determinado termo, ou então ◦ 6. ORTOCLASE
não se riscam mutuamente, a ◦ 7. QUARTZO
dureza do mineral será a ◦ 8. TOPÁZIO
correspondente à desse termo; ◦ 9. CORINDO
◦ 10. ...

• Se o mineral risca determinado


termo, por ex: a calcite, não sendo
riscado por ela, e é riscado pelo termo
imediatamente superior, neste caso a
fuorite, não a riscando, a dureza do
mineral fica compreendida entre dois
termos.
Minerais da
escala de Mohs
A determinação da
dureza absoluta já
implica a utilização
de aparelhos muito
especializados.

Uma desvantagem
do uso da escala
de Mohs é o facto
de o aumento da
dureza absoluta
entre os diferentes
termos fazer-se de
forma descontínua
e não ser sempre o
mesmo.
Determinação da dureza relativa dos minerais
Propriedades mecânicas - Densidade
• É a massa por unidade de volume,
e depende do tipo de partículas que
constituem o mineral e da
disposição e arranjo entre elas.
• Utiliza-se geralmente a balança de
Jolly que traduz o peso do volume
de um mineral no ar (P),
relativamente ao peso do mesmo
volume de água a 4ºC. Traduz-se em
d=P/P-P’.
• Existem minerais muito densos
como o ouro, que é 19,3 vezes mais
pesado do que o seu volume de
água, ou a platina, d=19.

• Outros minerais têm densidade baixa


como a grafite (d=2,2), a halite (d=2,1),
ou o gesso, d=2,3
Um dos métodos possíveis para avaliar a
densidade consiste em determinar:
•O peso do mineral no ar – P;
•O peso do mineral mergulhado na água – P’.

• A diferença P - P’ dá o valor da impulsão (I), ou seja, o valor do


peso de um volume de água igual ao volume do mineral
mergulhado.

A densidade relativa é calculada através da seguinte fórmula


Calcite hialina - espato de Islândia

Quando a luz atravessa um mineral que cristaliza no Sistema Cúbico,


propaga-se à mesma velocidade em qualquer direção.
Nos minerais que cristalizam noutros sistemas a luz propaga-se a
diferente velocidade segundo a direcão.
Um dos raios segue as leis da refração, enquanto que o outro, não o
faz, formando um ângulo com o primeiro - Birrefringência ou dupla
refração
Curiosidades…
A Rosa do Deserto precisa de areia, água e sol para se formar.
 A pouca chuva que cai no deserto é absorvida pela areia quando esta
é rica em gesso e posteriormente arrastada para as profundezas do
solo.
 Estando exposta a altas temperaturas a água evapora rapidamente.
Quando desaparece, fica o gesso cristalizado no interior da massa de
areia.
Propriedades Químicas
• Os minerais possuem uma
composição química particular
que só é possível determinar com
testes muito específicos;

• Alguns testes laboratoriais muito


simples permitem identificar parte
da composição química dos
minerais;
• O sabor salgado da halite,
identifica o NaCl ;

•A efervescência com ácido


clorídrico a frio, ou com o mineral
reduzido a pó, que identifica os
carbonatos de Cálcio e Magnésio,
respetivamente.
A calcite e outros carbonatos reagem com o ácido
clorídrico, fazendo efervescência devido à libertação
de CO2 durante a reação.

A calcite e a
aragonite, reagem
a frio de forma
evidente, com
efervescência
abundante.

Na dolomite, a
efervescência só se
verifica a quente ou
quando o mineral é
reduzido a pó.
A calcite
conserva-se
+ Fervura branca,
tornando-se
Nitrato depois azul
Calcite de
cobalto

A aragonite
+ Fervura toma a cor
Nitrato lilás
de
Aragonite cobalto
Magnetismo
Ocorre nos poucos minerais que devido à sua natureza
ferromagnética são atraídos por um íman. Os exemplos
mais comuns são a magnetite a pirrotite e outros com
elevado teor de metais que podem ser magnetizados após
aquecimento, como o manganês, o níquel e o titânio.

O magnetismo
da magnetite
identifica o Fe .
Hábito Cristalino: aparência típica de
um cristal em termos de tamanho e forma.
Luminescência
 Alguns minerais são
luminescentes porque emitem luz
visível de um determinado
comprimento de onda.

 Se a emissão de luz ocorre


enquanto os minerais são
estimulados, por raios UV, raios
X, aquecimento ou fricção,
designa-se fluorescência.

Se a emissão de luz permanece


após o estímulo cessar então o
mineral possui fosforescência.
Usos e Aplicações
O Quartzo é usado em vidros, relógios,
detergentes, pasta de dentes e iluminação
elétrica, e muito mais aplicações.

 Ocupa cerca de 12% da crosta terrestre e é


um dos minerais de maior ocorrência no
planeta.

Quartzo azul Quartzo fumado

Quartzo -Ametista Quartzo rosa Quartzo verde Quartzo amarelo

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