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14 - Futebol Profissional Metodologia de Avaliação Do Desempenho Motor PDF
14 - Futebol Profissional Metodologia de Avaliação Do Desempenho Motor PDF
METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO
DO DESEMPENHO MOTOR
AUTORES
THIAGO SANTI MARIA
MIGUEL DE ARRUDA
FUTEBOL PROFISSIONAL:
METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DO
DESEMPENHO MOTOR
Conselho Regional de Educação Física
da 4a Região – CREF4/SP
Conselheiros
Ailton Mendes da Silva
Antonio Lourival Lourenço
Bruno Alessandro Alves Galati
Claudio Roberto de Castilho
Erica Beatriz Lemes Pimentel Verderi
Humberto Aparecido Panzetti
João Francisco Rodrigues de Godoy
Jose Medalha
Luiz Carlos Carnevali Junior
Luiz Carlos Delphino de Azevedo Junior
Marcelo Vasques Casati
Marcio Rogerio da Silva
Marco Antonio Olivatto
Margareth Anderáos
Maria Conceição Aparecida Conti
Mário Augusto Charro
Miguel de Arruda
Nelson Leme da Silva Junior
Paulo Rogerio de Oliveira Sabioni
Pedro Roberto Pereira de Souza
Rialdo Tavares
Rodrigo Nuno Peiró Correia
Saturno Aprigio de Souza
Tadeu Corrêa
Valquíria Aparecida de Lima
Vlademir Fernandes
Wagner Oliveira do Espirito Santo
Waldecir Paula Lima
Thiago Santi Maria
Miguel de Arruda
FUTEBOL PROFISSIONAL:
METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DO
DESEMPENHO MOTOR
2019
Comissão Especial da Coleção Literária 20 anos
da Instalação do CREF4/SP
Responsáveis, junto a diretoria do CREF4/SP, pela avaliação, aprovação e revisão
técnica dos livros
Prof. Dr. Alexandre Janotta Drigo (Presidente)
Profa. Ms. Érica Beatriz Lemes Pimentel Verderi
Prof. Dr. Miguel de Arruda
Editora Revisão
Malorgio Studio Viviane Rodrigues
Miguel de Arruda
Agradecimentos
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Aqui quero agradecer em forma textual aos meus alunos de Pós-Graduação,
junto ao Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Educação Física da
UNICAMP, com os quais pude elaborar e publicar esta e outras obras.
Assim, esta obra é fruto do trabalho acadêmico de diversos alunos, que rea-
lizaram seus estudos, suas pesquisas, participaram de congressos, publicaram
seus artigos científicos, e foi possível agrupar os resultados destes estudos e
torna-los públicos através deste instrumento – livro -. Um documento que divi-
do com meu orientando de mestrado e doutorado – Thiago Santi Maria -, muito
obrigado Thiago, pela convivência, aprendizado e a honra de colocarmos para
outros alunos mais uma de nossas publicações.
Também, agradeço a todos os demais meus alunos que direta ou indireta-
mente contribuíram com seus trabalhos acadêmicos e possibilitaram a elabora-
ção deste livro, e de outros, na temática do futebol.
Miguel de Arruda
Sumário
Apresentação ............................................................................................................ 11
Introdução ................................................................................................................. 13
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Apresentação
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Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
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Introdução
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Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
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Capítulo 1
Seleção de testes
Medida
A medida é uma determinação de grandeza e se constitui no primeiro ins-
trumento para se obter informação sobre algum dado pesquisado, sendo uma
técnica que fornece, através de processos precisos e objetivos, dados quantita-
tivos que exprimem, em base numéricas, as quantidades que se deseja medir.
Ela proporciona dados crus, como por exemplo, o tempo (em segundos) de um
atleta no Teste de Velocidade de 20m, ou a medida, em centímetros, da circun-
fência de coxa do atleta.
Deve ser ressaltado que para a perfeita aplicação da medida deve-se conhe-
cer a resposta para 3 questões básicas:
1. O que medir?
3. Como medir?
Avaliação
A avaliação determina a importância ou o valor da informação coletada.
Classificando os testados, sendo um processo pelo qual, utilizando as medi-
das, se pode subjetiva e objetivamente, exprimir e comparar critérios. Como
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Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Avaliação-análise:
São técnicas que permitem visualizar a realidade do trabalho que se desen-
volve, criando condições para que se entenda o grupo e situe-se um indivíduo
dentro deste grupo.
Indica se os objetivos estão ou não sendo atingidos, indica se a metodologia
de trabalho está sendo satisfatória. Como exemplo: o atleta obteve melhora na
velocidade e agilidade ou o percentual de gordura do jogador está na média
esperada do grupo.
Teste
é um instrumento, procedimento ou técnica usada para se obter uma
informação. O teste pode ser várias formas: escrita, observação e performan-
ce. Alguns exemplos simples podem ser o Teste de Cooper, a balança e o
estadiômetro.
Tipos de avaliação
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Seleção de testes
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Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
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Seleção de testes
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Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
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Seleção de testes
Figura 1
Principais fatores que influenciam o desempenho do futebolista.
Nutricionais
O futebol é uma modalidade de esporte com exercícios intermitentes
de intensidade variável. Aproximadamente, 88% de uma partida de futebol
envolvem atividades aeróbias e, os 12% restantes, atividades anaeróbias de
alta intensidade (Stolen et al., 2005). Devido à sua duração, pode ser consi-
derado um esporte de endurance, promovendo assim um gasto calórico alto
de seus praticantes, tanto em dias de jogos, quanto em treinamentos. Uma
vez que a função específica de cada atleta interfere nas necessidades ener-
géticas diárias (Prado et al., 2006), a ingestão alimentar adequada, visando
fornecer aos jogadores as quantidades corretas de carboidratos, gorduras,
proteínas, favorece o balanço energético ideal, bem como proporciona ao
atleta começar os jogos com níveis ótimos de glicogênio muscular, o que
é fundamental para melhorar o desempenho atlético e retardar a fadiga,
comumente apresentada pelos atletas profissionais, principalmente nos úl-
timos 45 minutos do jogo (Reilly, Drust e Clarke, 2008).
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Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Suplementação esportiva
Uma alimentação adequada visa atender as necessidades de energia e
aporte de nutrientes que auxiliem o atleta a suportar as demandas de treino e
jogos assim como promover sua saúde. Além disto, cabe à alimentação propi-
ciar o estado metabólico adequado para que ocorram as adaptações desenca-
deadas pelo processo de treinamento culminando no aumento do desempenho
(Hawley; Tipton ; Millard-Stafford, 2006).
Devido à falta de informação a respeito de escolhas alimentares adequa-
das e a quantidade excessiva de treinos e competições a maioria dos jogadores
de futebol apresenta uma dieta inadequada para as necessidades nutricionais
desta modalidade. Stancanelli (2006) analisou a ingestão alimentar de joga-
dores profissionais brasileiros e verificou que a maioria dos atletas apresenta-
va uma ingestão calórica inferior ao que deveria ser consumido diariamente,
1.500-3.000 Kcal/dia vs 3.000-4.000 Kcal/dia, respectivamente. Com relação aos
macronutrientes a autora mostrou que a maior deficiência se encontrava no
consumo de carboidratos que variava entre 40-55% do total de calorias da dieta
enquanto o preconizado para atletas futebol é entre 60 e 70%. Já para lipídeos e
proteínas o consumo apresentou-se acima do recomendado para esta modali-
dade, entre 20-40% e 15-25% respectivamente.
Infelizmente esta não é uma realidade isolada, mas sim a de muitas equi-
pes. Corroborando com estes dados diversos autores já demonstraram que jo-
gadores de futebol apresentam uma dieta inadequada tanto no valor energéti-
co quanto na distribuição de macro e micronutrientes (Prado et al., 2006).
Assim, antes de pensar em outras estratégias nutricionais, é de extrema im-
portância que o nutricionista faça uma educação nutricional com os jogadores
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Seleção de testes
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Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Hidratação
No que concerne à hidratação, vale lembrar que devido à vasta extensão ter-
ritorial do Brasil os jogadores são constantemente expostos a situações de jogos
sob alta temperatura e umidade. Esses fatores podem acelerar o desencadea-
mento de problemas de termorregulação e desidratação, que resultam em fadiga
mais rapidamente do que a causada pela depleção dos estoques de energia, con-
sequentemente causando queda de desempenho. Neste caso, a oferta de líquidos
é mais importante que a disponibilidade de carboidrato no desempenho físico
em exercícios de resistência no calor. Já em condições ambientais frias, a ingestão
de uma solução de carboidrato a 7% é mais eficiente em melhorar o desempenho,
porque mantém a concentração de glicose sanguínea constante, conservando
também o volume plasmático adequado (Febraio et al., 1996).
Além do incentivo constante para que os jogadores adquiram o hábito de se
hidratar a todo o momento, é conveniente adotar estratégias individuais, como
por exemplo, aquela em que cada jogador é pesado antes e após o término dos
treinamentos ou jogos. Essa estratégia, realizada sobre diferentes condições am-
bientais, pode fornecer informações que permitam traçar um perfil de desidrata-
ção de cada atleta e planejar o melhor protocolo de hidratação que seja específico
para cada jogador.
Jogadores apresentam perdas hídricas diferenciadas em função de variáveis am-
bientais e individuais como o estado de aclimatação, condicionamento físico e taxa
de transpiração, portanto devem ser avaliados individualmente. De toda forma, vale
lembrar que um jogador de futebol chega a perder 5% do peso corporal durante uma
partida, uma desidratação moderada, e que pode reduzir em até 30% seu desempe-
nho físico. Uma hidratação adequada só será alcançada se o consumo de líquidos for
suficiente durante todo o dia, e não somente imediatamente antes, durante e após
os exercícios. Estratégias como a hiperhidratação têm sido descritas na literatura,
mostrando resultados positivos (Rico-Sanz et al., 1996). Esse protocolo consiste em
promover uma ingestão de 300-600 mL de líquidos na refeição pré-jogo, com um adi-
cional de 150-300 mL de líquidos a cada 15-20 minutos até 45 minutos antes do jogo,
tempo este para o atleta eliminar o excesso de líquidos através da urina.
Além disso, durante a partida os jogadores devem consumir líquidos cons-
tantemente, em pequenas quantidades e em intervalos regulares, para não in-
terferir no esvaziamento gástrico e, também, repor toda a água perdida através
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Seleção de testes
Meio-ambientais
Por causa das localizações geográficas, as equipes visitantes são confronta-
das com o jogo, não só em altitude diferente, mas também sob diferentes condi-
ções ambientais, como calor, frio e umidade relativa diferente em comparação
com seu país ou região de origem. O desafio é garantir o princípio básico do
fair play, oferecendo chances iguais para o mandante e o time visitante nestas
circunstâncias variadas (Bartsch ; Saltin ; Dvorak, 2008).
O número de desportistas que estão submetidos às exigências fisiológicas
em condições de variações ambientais está aumentando cada ano, porém, o
efeito dessas alterações ambientais tem influenciado o desempenho físico, difi-
cultando os mecanismos de adaptação às quais o corpo está exposto.
As elevadas cargas de treinamento e de competição do desporto atual que é rea-
lizada pelos atletas, em condições de variação de temperaturas do meio tornam-se
um problema adicional de adaptação do organismo ao trabalho. Essa circunstância
apresenta-se nos desportos como no futebol, onde são necessários conhecimentos
detalhados sobre a influência que exerce o calor e ou frio no organismo do atleta,
sobretudo durante a execução de cargas de treinamento e de competição de elevada
magnitude, assim como conhecer os mecanismos e vias de treinamentos utilizáveis
para atingir uma boa adaptação individual a temperaturas altas e baixas.
Por outro lado, a atividade física intensiva está relacionada com a dimi-
nuição da temperatura ótima do ar. Em consequência o trabalho com uma
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Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
frequência cardíaca de 140-150 batimentos por minuto se eleva com maior ra-
pidez se a temperatura do ar é de 16-17ºC, mas o incremento da frequência
cardíaca até os 170-180 batimentos por minuto se vincula com um desloca-
mento da zona de confortabilidade até os 13-14ºC. Nesse sentido, as mudanças
na temperatura exterior, considerados como ótimas, geram um desequilíbrio
entre a temperatura exterior e a interior do corpo, obrigando ao organismo a
reagir com o objetivo de manter o equilíbrio térmico.
Em consequência, a aclimatação do organismo do desportista às mudan-
ças de temperatura do meio ambiente reduz-se a dissipação do calor, quan-
do as temperaturas são altas e mantém o calor se as temperaturas são baixas.
Destaca-se, que a energia gerada pelo organismo de uma pessoa, entre 60 e 80%
se transforma em calor que vai para o meio ambiente, e apenas de 20 a 40% se
transforma em energia útil para o trabalho.
Em condições atmosféricas habituais, a conservação do equilíbrio térmico
não representa nenhum problema para o organismo da pessoa, mas no caso do
calor que sobra que aparece como consequência do metabolismo, se elimina
através da condução e da convecção (20-30%), da radiação (50-60%) e da eva-
poração (20-30%), como se observa na figura 2.
Figura 2
Dissipação do calor.
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Seleção de testes
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Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
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Seleção de testes
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Seleção de testes
Figura 3
Porcentagem de jogos vencidos dentro e fora de casa das
seleções de América do Sul.
Psicológicos
O entendimento do treino e do jogo de futebol, enquanto processos decorren-
tes da confluência de múltiplos componentes (físico, técnico, tático e psíquico),
implica a configuração de um enquadramento complexo que pondere a interação
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Seleção de testes
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Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Genéticos
Como observamos nos tópicos anteriores, o desempenho esportivo pode
ser influenciado por diversos fatores, como: o programa de treinamento, a die-
ta, os fatores psicológicos e o uso de substâncias ergogênicas. Porém, mesmo
quando os atletas adotam condutas semelhantes durante a preparação para
a competição, somente alguns se destacam em suas modalidades esportivas,
colecionando títulos e estabelecendo uma hegemonia sólida. Mas, como ex-
plicar o fato de que atletas que têm o mesmo regime de treinamento, o mes-
mo tipo de dieta, e que muitas vezes moram nos mesmos clubes, apresentam
desempenhos tão diversificados? Neste contexto, o avanço científico e tecno-
lógico está permitindo a realização de análises mais aprofundadas, como a
composição genética dos seres humanos (Genotipagem) (Macarthur ; North,
2005; Puthucheary et al., 2011). Esse tipo de análise poderá auxiliar na detecção
de indivíduos mais responsivos ao treinamento esportivo. Além disso, o perfil
genético facilitará o entendimento da variabilidade de respostas aos estímulos
específicos relacionados ao treinamento. Até o ano de 2005, o mapa genético
para a performance física e fenótipos relacionados à saúde já incluía 165 genes
candidatos (Macarthur ; North, 2005).
Os primeiros estudos ignoraram o conceito de interação, que no desporto
indica “treinabilidade”. Bouchard ; Lortie (1984) afirmaram que esta interação
é importante para determinar o potencial de esportes, enquanto Klissouras
(1997) sustentou que ele pode ser ignorado e que funções como potência aeró-
bia (VO2máx) são determinadas principalmente pela hereditariedade, mas as
respostas biológicas ao treinamento não são. Bouchard; Malina ; Perusse (1997)
relataram grandes diferenças individuais nas respostas ao programa de mesmo
exercício, concluindo que a capacidade de treinamento foi, em parte devido a
fatores genéticos.
As estimativas de herdabilidade foram obtidas nas últimas décadas para
um número de variáveis antropométricas, musculares, fisiológicas e variáveis
de desempenho relevantes para desportos como o futebol (Reilly; Bangsbo ;
Franks, 2000). Eles incluem os valores elevados para altura e comprimento dos
segmentos, alto a moderado valores para VO2máx e altos valores para o tipo de
fibra muscular e flexibilidade. Mais recentemente, Seeman et al. (1996) relata-
ram que 80% da variação individual na densidade mineral óssea e da massa
muscular magra é determinada geneticamente, de acordo com Thomis et al.
(1998), o valor correspondente para área transversal do braço foi de 85%.
Os avanços científicos e tecnológicos têm possibilitado o desenvolvimento
de novas estratégias para a detecção e preparação de atletas de elite, o que leva
o esporte competitivo a um patamar jamais alcançado. Com o uso de técnicas
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Seleção de testes
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Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Quadro 1
Exemplo de caracterização genética para os genes ECA, BDKRB2, ACTN3 e
AGT da equipe profissional do Palmeiras.
Score Score
Jogador Posição ACTN3 ECA AGT BDKRB2 Força Resistência
(%) (%)
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Seleção de testes
Gráfico 1
Comparativo entre os dados do Palmeiras 2015 e um
grupo controle (população brasileira).
Gráfico 2
Comparativo entre os dados do Palmeiras 2015 e um
grupo de Futebolistas (geral).
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Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Quadro 2
Análise para ECA, BDKRB2, ACTN3 e AGT.
Gene Análise
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Seleção de testes
Indicadores de avaliação
O futebol exige força, agilidade, velocidade e uma ótima capacidade de exe-
cutar ações de alta intensidade sem queda de rendimento e com pouco tempo de
recuperação entre uma ação de elevada intensidade e outra. Logo, um equilíbrio
entre as capacidades físicas citadas e uma composição corporal que auxiliem na
otimização do rendimento do jogador, deverá compor a bateria de avaliação do
jogador de futebol, bem como, uma análise das variáveis sanguíneas e psicoló-
gicas, que poderão auxiliar na prevenção de possíveis lesões e no processo de
adaptação ao treino, além disso, de posse dessas informações, é possível realizar
o planejamento de intervenções recuperativas específicas para serem aplicadas
após os treinos e jogos, com o objetivo de atuar de maneira eficaz na recuperação
e no melhor rendimento físico dos atletas. Na figura 4 observa-se os diferentes
indicadores de avaliação do desempenho dos futebolistas.
Figura 4
Indicadores de avaliação dos futebolistas.
Cineantropométricos
Cineantropometria é definida como o uso da medida no estudo do tama-
nho, forma, proporcionalidade, composição e maturação do corpo humano,
com o objetivo de ampliar a compreensão do comportamento humano em
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Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Físicos
O futebol, do ponto de vista físico, é considerado uma modalidade espor-
tiva intermitente que intercala períodos de alta e baixa intensidade (Svensson
; Drust, 2005), estruturado por movimentos cíclicos e acíclicos, com predo-
minância do metabolismo aeróbio e, em suas ações decisivas, pelo anaeróbio
(Stolen et al., 2005). O contexto da modalidade deve ser considerado em relação
aos diversos componentes do jogo, como os aspectos físico, técnico, tático e psi-
cológico. Particularmente quanto ao físico, um futebolista percorre, aproxima-
damente de 10 a 12 km em diferentes intensidades (Stolen et al., 2005; Di Salvo
et al., 2007), realiza aproximadamente 727 giros durante o jogo (Bloomfield et
al., 2007) e desempenha 1.000 a 1.400 ações de curta distância com mudanças
a cada quatro a seis segundos, com frequência cardíaca média de 170 bpm va-
riando entre 80 a 90% da máxima (Bangsbo ; laia ; Krustrup, 2007).
Esta variabilidade de movimentos exigida durante o momento competitivo
da modalidade exige do futebolista o desenvolvimento ótimo de capacidades
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Seleção de testes
Sanguíneos
O treinamento desportivo é um processo orientado para a melhoria do de-
sempenho do atleta que tem por objetivo romper o equilíbrio interno do organis-
mo humano por meio de um aumento progressivo das cargas de treinamento.
Este processo constitui-se em uma fonte causadora de estresse em consequência
de fatores psicofisiológicos que são fundamentais para o rendimento esportivo.
Uma das condições primordiais para um treinamento de qualidade é o con-
tínuo e adequado desequilíbrio da homeostase, caracterizado como estresse
positivo. Em sequência, é fundamental que haja um período suficiente de recu-
peração para a ocorrência da supercompensação. No entanto, o estresse pro-
vocado pelos treinamentos pode acarretar reações negativas quando as cargas
impostas são incompatíveis com a capacidade de resposta do atleta, que resul-
tará em uma inadaptação psicofísica com possíveis repercussões negativas no
rendimento atlético. Essa inadaptação está associada às alterações fisiológicas,
hematológicas, bioquímicas, hormonais e psicológicas, que por sua vez provo-
cará prejuízos para a saúde do atleta, tal como a síndrome do overtraining. O
overreaching e o overtraining são processos nos quais o atleta apresenta uma
queda no rendimento esportivo, sendo que no primeiro o indivíduo se recu-
pera totalmente em no máximo duas semanas, mas no segundo o período de
recuperação pode levar de algumas semanas a meses.
A ciência do treinamento desportivo moderno utiliza-se de diversos meios
para avaliação, prescrição e controle do treinamento e do desempenho. Os testes
não invasivos mensuram as variáveis antropométricas e as capacidades físicas, tais
como força, resistência e flexibilidade, entre outras. Entretanto, a investigação in-
vasiva fornece importantes dados acerca das respostas orgânicas, subsidiando a
tomada de decisão (Schumacher et al., 2002 apud Silva et al., 2011). Sendo assim,
para se alcançar resultados mais fidedignos a respeito dos efeitos do treinamento,
é necessário utilizar-se de técnicas invasivas, como exames de sangue, buscando
mensurar, interpretar e associar dados hematológicos, bioquímicos e hormonais.
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Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Parâmetros Hematológicos
Sobre os parâmetros hematológicos, há um consenso na literatura sobre
a diminuição do hematócrito, concentração de hemoglobina e glóbulos ver-
melhos (eritrócitos) induzidos pelo treinamento de resistência (Schumacher
et al., 2002). Esta condição especial é denominado esporte anemia e pode ser
explicado pela expansão do volume do plasma que ocorre durante e após o
exercício físico. De qualquer forma, é importante saber que a concentração
de hemoglobina absoluta é aumentada principalmente devido à estimula-
ção eritrocitose induzida por exercício, no entanto, este mecanismo é supri-
mido pelo aumento muito maior no volume do plasma (Schumacher et al.,
2002). A maioria dos estudos relacionados com a estimulação dos parâme-
tros hematológicos por atividades desportivas baseiam-se nas característi-
cas de modalidades específicas, tais como a resistência ou o treinamento de
força (Schumacher et al., 2002). No entanto, existe uma gama de esportes
(futebol, voleibol, basquetebol, handebol, hockey e rugby) evolvendo dife-
rentes categorias de treinamento que não podem ser classificados apenas
como resistência ou treinamento de força.
Embora as principais características fisiológicas de um jogo de futebol se-
jam sustentadas pelo metabolismo aeróbio, as habilidades mais decisivas, como
saltar, chutar, marcar, girar, correr e mudar o ritmo são anaeróbias (Stolen et
al., 2005). Alguns estudos (Schumacher et al., 2002; Filaire, Lac e Pequignot,
2003; Silva et al., 2008b) foram conduzidos para determinar os índices hema-
tológicos de jogadores de futebol, no entanto, apenas Filaire; Lac ; Pequignot
(2003) e Silva et al. (2008b) verificaram o comportamento dos parâmetros he-
matológicos de um programa específico de treinamento de futebol.
Cossio-Bolaños et al. (2015), compararam a concentração de hemoglo-
bina (Hb) e resistência dos jogadores de futebol profissionais do Peru que
residem ao nível do mar e nas regiões de altitude moderada. Os resultados
não mostraram diferenças entre os dois grupos de jogadores profissionais
de futebol em relação à idade, tempo de experiência no futebol, peso corpo-
ral, estatura, % de gordura, massa gorda e massa livre de gordura. Porém,
as diferenças (p <0,001) se apresentaram na concentração de Hb (g/dl-1) e
VO2máx (ml/kg-1/min-1). Sendo assim, o grupo de jogadores de futebol profis-
sionais que vivem, treinam e jogam em Arequipa a uma altitude moderada
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Seleção de testes
Marcadores Bioquímicos
A demanda de 2 a 3 jogos por semana eleva os riscos de lesões com
declínio do desempenho dos jogadores, devido à fadiga e prejuízo muscu-
lar devido ao enrijecimento e inflamação. Os jogadores devem se recuperar
totalmente durante o período que vai de 3 a 6 dias até o jogo seguinte, para
poder competir com qualidade os próximos 90 minutos do jogo. O futebol
tem sofrido muitas mudanças nos últimos anos, principalmente, em função
das exigências físicas cada vez maiores, o que obriga os atletas a trabalha-
rem perto de seus limites máximos de exaustão, com maior predisposição
às lesões musculares.
O futebol consiste de corridas intermitentes de alta intensidade e saltos,
bem como aceleração e desaceleração rápida dos movimentos. Durante a
fase de aterrissagem das corridas, os músculos isquiotibiais são ativados ex-
centricamente produzindo elevada tensão na área da seção cruzada muscu-
lar, podendo resultar num significativo prejuízo à estrutura muscular, pro-
teínas estruturais, linha Z, troponina e tropomiosina. Consequentemente,
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Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
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Seleção de testes
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Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Hormonais
Estresses físicos e psicológicos estão presentes em sessões diárias de trei-
namento, bem como durante as competições (Filaire et al., 2001apud Kraemer
et al., 2004). As medições dos principais hormônios secretados pelos eixos sim-
pático-adrenal medular (SAM), hipotálamo-pituitário-adrenal (HPA) e hipo-
tálamo-pituitário-gonadal (HPG) têm sido utilizados para avaliar os níveis de
estresse agudo e crônico de diferentes modalidades esportivas (Kraemer et al.,
2004; Filaire et al., 2004). Algumas investigações têm relatado as respostas hor-
monais de jogadores de futebol durante um jogo único (Ispirlidis et al., 2008;
Fornaziero, 2009), treinamento de longo prazo (Filaire et al., 2001; Kraemer et
al., 2004; Silva et al., 2011) e intensificação do treinamento, no entanto, os hor-
mônios medidos nesses estudos com futebolistas estão relacionados com os
eixos HPA e HPG. A testosterona e o cortisol são os principais hormônios re-
lacionados com esses eixos e a sua relação é utilizada para indicar o equilíbrio
entre as atividades anabólicas e catabólicas.
A testosterona é um esteroide anabólico por excelência, que participa de
vários processos metabólicos, aumentando a síntese de proteínas (e da massa
muscular) e a deposição de glicogênio nos músculos, e possuindo ainda um
efeito antagônico à ação proteolítica dos glicocorticoides. O cortisol, ao con-
trário, tem atividade predominantemente catabólica, induzindo proteólise e
lipólise, com aumento da gliconeogênese hepática e elevação da glicemia. Por
ser tipicamente um “hormônio do stress”, os níveis de cortisol costumam estar
elevados durante exercícios de qualquer intensidade (Silva et al., 2011).
O equilíbrio entre a atividade anabólica e catabólica é representado pela
razão entre a testosterona e o cortisol, que é conhecida como testosterona/cor-
tisol ou testosterona-livre/cortisol. Baseado na premissa de que a testosterona
tem efeitos anabólicos e o cortisol catabólicos, a razão testosterona/cortisol tem
sido proposta como um grande marcador de overtraining ou de quedas de
desempenho do atleta. Na lógica desse argumento, Adlercreutz et al. (1986)
sugeriram que se uma diminuição dessa razão fosse maior que 30%, o atleta es-
taria em overtraining. Entretanto, deve ser levado em conta o desempenho do
atleta, pois não necessariamente quando a razão for superior a 30% o atleta terá
uma diminuição em seu desempenho físico e ainda deve ser levado em conta o
princípio da individualidade do atleta, que poderá reagir de forma diferente a
um estado anabólico ou catabólico.
Baseadas nessas evidências, muitas pesquisas foram realizadas com a ra-
zão testosterona/cortisol para verificar o estado anabólico/catabólico do treina-
mento desportivo, mas os resultados são contraditórios e variam muito entre
estes estudos.
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Seleção de testes
Psicológicos
O desporto de alto rendimento exige do atleta uma dedicação intensa, para
obter os melhores níveis de desempenho, que o possibilitará alcançar os resul-
tados esperados: as vitórias pessoais ou coletivas.
Para poder planejar programas de treino psicológico é necessário saber
se existe um estado psicológico característico que permita aos atletas alcan-
çarem o seu melhor rendimento. Para averiguar isso, realizaram-se distintas
investigações nas quais se tem procurado informações sobre os pensamen-
tos e sentimentos que os atletas possuem nos momentos de execução má-
xima (Johnson ; Ivarsson, 2011). Ademais, diversos autores têm enumerado
uma série de atribuições e variáveis que caracterizam o estado psicológico
ótimo de um atleta.
Os marcadores psicológicos têm sido largamente utilizados na tenta-
tiva de avaliar os efeitos das cargas de treino, a fim de manter elevados
níveis de desempenho dos jogadores de futebol. Métodos como a Escala de
Percepção do esforço de Borg (RPE), Perfil de Estado de Humor (POMS) e
Questionário de Estresse-Recuperação (REST-Q) tem sido utilizados para o
acompanhamento e controle dos treinamentos, com os objetivos de preven-
ção de lesão e manutenção do desempenho. As relações entre as dimensões
do humor, o desempenho esportivo e a monitorização do treinamento tem
sido motivo de preocupações e, consequentemente, de investigações na área
da psicologia do esporte e das atividades físicas (Silva et al., 2007 apud
Brink et al., 2010 apud Cortis et al., 2010).
Muitos estudos têm avaliado o estado de humor através do POMS que
mede o estresse psicológico através de suas seis escalas – tensão/ansiedade,
47
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
depressão, raiva, vigor, fadiga e confusão mental. Desta maneira, este método
constitui-se em uma das medidas mais completas para avaliar os efeitos do
estresse da carga de treinamentos em variáveis psicológicas (Freitas; Miranda;
Bara Filho, 2009).
O estresse provocado pelo treinamento influencia positiva ou negativa-
mente o estado mental do atleta. Algumas variáveis psicológicas são mais res-
ponsivas a esse estresse e podem ser avaliadas através de questionários. Esse
procedimento, apesar de algumas limitações como a subjetividade das respos-
tas, pode ajudar no controle dos efeitos da carga de treino, otimizando o apri-
moramento da condição física e auxiliando na prevenção de efeitos negativos
como a síndrome do overtraining, possibilitando a manutenção de ótimos níveis
de desempenho atlético.
48
Capítulo 2
Cineantropometria
Perfil antropométrico
Por muitos anos os treinadores e investigadores estão tentando perceber
a hierarquia e interação dos diversos fatores que contribuem para o suces-
so competitivo, considerando-se alguns fatores que contribuem para o su-
cesso competitivo como os aspectos técnico, tático, psicológico e físico, além
dos parâmetros bioquímicos, fisiológicos, biomecânicos e antropométricos.
A partir desta perspectiva, é interessante notar que as características antro-
pométricas são fatores importantes para o desempenho de alguns esportes,
como basquete, vôlei e futebol. Na verdade, a antropometria se constitui
como o método de maior aplicabilidade, englobando cada vez mais um maior
número de profissionais para o uso de seus procedimentos (Norton, 2000),
especialmente no caso do futebol (Fonseca et al., 2008; Fonseca et al., 2006;
Herrero, Cabañas e Maestre, 2004; Casajús, 2001; Reilly, Bangsbo e Franks,
2000), e que, por se tratar de medidas externas implica em procedimentos
simples e de relativa facilidade de interpretação, assim como o baixo custo e
facilidade de avaliação a grandes populações em pouco tempo.
49
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Figura 5
Fatores que contribuem para o sucesso esportivo.
Aspectos conceituais
Entende-se por antropometria a técnica para expressar quantitativamente a
forma do corpo e permite avaliar as dimensões e proporções corporais externas.
A antropometria provém das palavras gregas ANTHROPO, significa ho-
mem e METRY, medida. Deste modo, os mesmos autores consideram que a
antropometria serve para a determinação objetiva dos aspectos referentes ao
desenvolvimento do corpo humano, assim como para determinar as relações
existentes entre o físico e o desempenho. Além disso, por outro lado, podemos
destacar que para avaliar o tamanho e as proporções dos segmentos corpo-
rais (Heyward ; Stolarczyk, 2000), se utilizam circunferências, dobras cutâneas,
comprimentos e diâmetros dos ossos.
50
Cineantropometria
51
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Tabela 1
Valores médios de massa corporal (kg) e estatura (m) de futebolistas profis-
sionais, segundo alguns estudos.
52
Cineantropometria
Tabela 2
Valores médios de massa corporal (kg) e estatura (cm) de
futebolistas dinamarqueses de elite por posições de jogo, segundo Reilly;
Bangsbo; Franks (2000).
Dobras cutâneas
A medição das dobras cutâneas permite determinar a quantidade de gor-
dura subcutânea em atletas e não atletas. Essa dupla camada de pele está for-
temente correlacionada com o peso corporal, por isso que é interessante sua
avaliação com a intenção de predizer o % de gordura corporal e, conseqüente-
mente, o fracionamento em dois, três, quatro e cinco componentes corporais.
Cabe ressaltar que a gordura subcutânea está distribuida de forma irre-
gular por todo o corpo, e pode estimar segundo Tristschler (2003) a gordura
externa mediante a avaliação do tecido adiposo e da gordura interna dos ór-
gãos, mediante o perfil lipídico, onde a estimativa da gordura corporal ex-
terna pode ser realizada por múltiplas técnicas (Ellis et al., 2000), como a
Densitometria, Absortometria de Raios-X de Dupla Energia – DEXA, resso-
nância magnética nuclear (RMN), Impedância Bioelétrica, entre outras téc-
nicas. No entanto, as dobras cutáneas, são acessíveis a todos os profissionais
que trabalham nas equipes multidisciplinares do futebol e podem utilizar
seus procedimentos indiretos para avaliarem grandes grupos populacionais
em pouco tempo e baixo custo.
53
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
% (Chin et al., 1992 apud Metaxas et al., 2005 apud Silva et al., 2011). Em um
levantamento da literatura nacional e internacional observa-se (Quadro 3) que
os valores médios de estatura, massa corporal e percentual de gordura de joga-
dores de futebol variam bastante.
Dados de estatura e massa corporal de futebolistas de diversas naciona-
lidades registrados em vários estudos e apresentados no quadro 3 reforçam
tese evidenciada pela literatura especializada que existe uma grande varia-
bilidade no tamanho corporal e que esse não é necessariamente um deter-
minante para o sucesso. Apesar disso, atualmente tem sido reportado por
vários técnicos e preparadores físicos que atuam na modalidade futebol,
uma tendência para o recrutamento de jogadores mais altos e mais pesados.
Evidencia-se também que, os jogadores asiáticos tendem a serem menores
que os jogadores dos outros continentes.
As diferenciações percebidas no tamanho corporal, massa corporal e
percentual de gordura nas posições específicas em campo merecem des-
taque também. Em relação a isso, recentemente Sutton et al. (2009), basea-
dos em coleta realizada em 64 jogadores internacionais do futebol inglês
de elite, comentou que os goleiros e defensores foram mais altos e mais
pesados que o restante das posições e que os meio-campistas e atacantes
apresentaram os valores médios semelhantes de estatura e massa corporal.
Porém, quando ele dividiu os jogadores em relação às nacionalidades e et-
nia, ficou evidente que os jogadores ingleses apresentaram estatura e mas-
sa corporal parecidos com os jogadores internacionais do futebol inglês, o
mesmo aconteceu na comparação dos jogadores de etnia branca e das etnias
dos não brancos. Observações similares ocorreram em outros estudos. Em
relação ao percentual de gordura, os goleiros deste mesmo estudo, apresen-
taram valores superiores (12,9%) e comparação com os defensores (10,6%),
meio-campistas (10,2%) e atacantes (9,9%). Arnason et al. (2004), também
relataram diferenças significativas na composição corporal de jogadores de
futebol de diferentes posições de jogo, com a maioria das diferenças sendo
observadas entre os goleiros e os jogadores de campo. Os goleiros apresen-
taram maior estatura e maior massa corporal, da qual uma proporção mais
elevada foi composta de massa de gordura, do que os jogadores de linha.
Esses autores relataram apenas menores e não significativas diferenças nas
variáveis antropométricas entre os jogadores de campo. Raven et al. (1976),
em estudo com futebolistas americanos, verificaram que os goleiros foram
10kg mais pesados que os meio-campistas, enquanto que entre os futebo-
listas profissionais dinamarqueses pesquisados por Bangsbo (1994) essa
54
Cineantropometria
55
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Quadro 3
Composição corporal de futebolistas segundo origem e nível competitivo.
Massa Percentual
Idade Estatura
Estudo País Nível n Corporal Gordura
(anos) (cm)
(kg) (%)
Origem: Nacional
176,5 ± 72,5 ±
Silva et al. (1997) Brasil P 1D 18 24,0 ±4,0 11,0
7,0 5,9
76,2 ±
Osiecki et al. (2002) Brasil P 1D 17 23,6 ± 3,5 - 12,9 ± 2,7
7,9
176,0 ± 74,5 ±
Costa, Liparotti (2003) Brasil P 21 25,3 ± 5,3 13,6 ± 3,4
0,1 8,4
176,8 ± 72,8 ±
Nunes (2004) Brasil P 23,9 11,5 ± 1,8
4,8 6,2
175,5 ± 67,9 ±
Campeiz e Oliveira (2006) Brasil S17 15,9 ± 0,8 10,1
4,7 6,6
177,5 ± 70,8 ±
Campeiz e Oliveira (2006) Brasil S20 17,8 ± 0,8 10,3
5,8 5,9
178,7 ± 76,6 ±
Campeiz e Oliveira (2006) Brasil P 23,8 ± 3,2 10,7
6,3 6,5
179,2 ± 70,4 ±
Silva et al. (2008a) Brasil P 15 23,43 ± 2,5 7,5 ± 2,5
7,4 7,9
22,75(19- 181,0 ± 74,7 ±
Silva et al. (2008b) Brasil P 20 8,3 ± 2,5
28) 0,1 8,6
179,0 ±
Coelho et al. (2011a) Brasil P 17 22,2 ± 3,1 - 9,5 ± 1,1
6,0
181,0 ± 72,3 ±
Silva et al. (2011) Brasil P 18 22,75 8,3 ± 2,9
0,1 7,5
Origem: Internacional
176,3 ± 75,7 ±
Raven et al. (1976) EUA P 18 25,6 ± 1,0 9,6 ± 0,7
1,2 1,9
177,3 ± 72,6 ±
Rhodes et al. (1986) Canadá SO 16 20,1 ± 1,1 9,8 ± 2,1
6,5 6,2
173,4 ± 67,7 ±
Chin et al. (1992) Hong Kong P 24 26,3 ± 4,2 7,3 ± 3,0
4,6 5,0
179,1 ± 73,0 ±
Green (1992) Austrália P 10 24,4 ± 4,9 10,1 ± 1,2
5,3 7,1
178,0 ± 76,4 ±
Silva et al. (1999) Jamaica SN 24 23,9 ± 3,7 -
4,2 7,2
Sul- 177,0 ± 74,5 ±
Rienzi et al. (2000) P 70 29,0 ± 4,0 10,6 ± 2,6
americanos 0,4 4,4
177,2 ± 73,1 ±
Al-Hazzaa et al. (2001) Arábia S. SN 23 25,2 ± 3,3 12,3 ± 2,7
5,9 6,8
56
Cineantropometria
Massa Percentual
Idade Estatura
Estudo País Nível n Corporal Gordura
(anos) (cm)
(kg) (%)
180,0 ± 78,6 ±
Casajús (2001) Espanha P 15 25,8 ± 3,2 8,6 ± 0,9
0,1 6,6
182,7 ± 78,7 ±
Bunc, Psotta (2001) Rep. Techa P 15 24,9 ± 3,4 10,6 ± 2,1
5,5 5,5
177,0 ± 77,9 ±
Strudwick et al. (2002) Irlanda P 19 22,0 ± 2,0 11,2 ± 1,8
0,1 8,9
178,8 ± 78,9 ±
Dowaon et al. (2002) N. Zelândia P 21 - -
6,8 6,0
180,6 ± 76,5 ±
Arnason et al. (2004) Islândia P 1D 297 24,0 ± 4,2 10,5 ± 4,3
5,4 6,6
177,8 ± 70,5 ±
Chamari et al. (2004) Tunísia S20 34 17,5 ± 1,1 11,8 ± 2,0
6,7 6,4
178,0 ± 75,7 ±
Chamari et al. (2005) Tunísia P 24 24,0 ± 2,0 11,6 ± 1,8
7,1 7,2
SN- 177,0 ± 70,3 ±
Metaxas et al. (2005) Grécia 35 18,1 ± 1,0 14,8 ± 2,6
S20 0,1 5,6
179,3 ± 71,0 ±
Ferrari Bravo et al. (2008) Itália S20 22 17,3 ± 0,6 9.3 ± 2.7
4,8 5.6
179,4 ± 76,5 ±
Ferrari Bravo et al. (2008) Itália A 20 24,3 ± 5,4 11,0 ± 3,8
4,8 5,4
181,4 ± 78,4 ±
Sporis et al. (2009) Croácia P 270 28,3 ± 5,9 11,9 ± 3,1
2,5 3,1
182,0 ± 82,0 ±
Reilly et al. (2009) Inglaterra P 45 24,2 ± 5,0 11,2 ± 1,8
0,1 8,5
182,0 ± 83,2 ±
Sutton et al. (2009) Inglaterra P 64 26,2 ± 4,0 10,6 ± 2,1
0,1 7,5
182,0 ± 77,0 ±
Mujika et al. (2009) Espanha P 17 23,8 ± 3,4 -
0,1 5,7
180,0 ± 79,1 ±
Abt e Lovell (2009) Inglaterra P 10 27,0 ± 5,0 -
0,1 4,7
182,4 ± 81,3 ±
Dupont et al. (2010) Escócia P 32 25,6 ± 3,8 -
6,9 8,5
176,0 ± 71,4 ±
Wong et al. (2010) Hong Kong P 20 24,6 ± 1,5 -
0,1 1,9
Mendez-Villanueva et al. 173,0 ± 61,9 ±
Qatar S18 25 17,0 ± 0,6 10,0 ± 2,4
(2011) 0,1 6,6
178,0 ± 78,6 ±
Nédélec et al. (2012) França A 11 30,3 ± 6,0 -
6,5 10,5
57
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Avaliação antropométrica
A avaliação é uma atividade sistemática que utiliza múltiplos e variados
meios de coleta de informação, e, consequentemente, para o desenvolvimento
das respectivas sentenças e tomadas de decisões. Para isso, é necessário levar
em conta as diferenças individuais entre os indivíduos, assim como os fatores
genéticos, fisiológicos, biomecânicos, psicológicos e estruturais, além da idade,
gênero, origem geográfica, nível de treinamento, entre outros fatores.
A avaliação antropométrica pode fornecer informações importantes sobre
as dimensões do corpo de jogadores de futebol de elite (Reilly et al., 2000), tor-
nando-se a primeira escolha para a análise da composição corporal (Heyward ;
Stolarczyk, 2000; Ellis et al., 2000) e, conseqüentemente, o método mais aplicá-
vel, abrangendo um número cada vez maior de profissionais na utilização de
procedimentos (Norton, 2000) a nível amador, semi-profissional e profissional,
respectivamente. Na continuação se descreve os procedimentos de avaliação
da massa corporal, estatura, dobras cutâneas, circunferências e diametros mais
utilizados no futebol. Na figura 6 observam-se as variáveis antropométricas
que devem ser utilizadas no futebol.
Figura 6
Variáveis utilizadas na avaliação antropométrica.
58
Cineantropometria
Massa corporal
A massa corporal é uma medida antropométrica que expressa a dimen-
são da massa ou volume corporal. Esta variável é, por conseguinte, a soma
do material inorgânico e orgânico existente nas células, tecidos de susten-
ção, órgãos, músculos, ossos, água e vísceras (Alvarez ; Pavan, 2003). Para
medir esta variável é necessária para uma balança previamente calibrada
que proporciona uma precisão de até 100 gramas, com uma escala de 0kg
a 150kg, onde, na realidade, o instrumento mede a força com a qual somos
atraídos pela terra e não a massa corporal propriamente dita. Sua avaliação
deve ser realizada com o mínimo de roupa possível.
Procedimentos técnicos da medida: A medida de massa corporal deve
ser realizada com o sujeito em pé e descalço, parado no centro da platafor-
ma da balança com um afastamento lateral dos pés na largura do quadril
– dividindo a massa corporal em ambos os pés – de costa para a escala
da balança, vestindo apenas sunga, o olhar fixo num ponto à sua frente e
a cabeça no plano de Frankfurt sendo realizada uma medida anotada em
quilograma (kg). O sujeito deve ser orientado para subir na plataforma co-
locando um pé de cada vez e que permaneça parado durante a realização da
medida, no sentido de evitar oscilações na leitura do resultado. A técnica de
mensuração da variável massa corporal que está descrita acima, é baseada
na padronização detalhada por Alvarez ; Pavan (2003).
Estatura
A estatura é definida como a distância desde o chão até ao vértice da
cabeça (Ross ; Marfell-Jones, 2000). É uma medida linear numa direção ver-
tical, para o qual, é necessário um estadiômetro que apresente uma preci-
são de 1mm e tenha uma escala de 0,0cm a 2,00m. A estatura varia durante
o decorrer do dia, apresentando valores mais elevados de manhã e dimi-
nuição em alguns períodos do dia. A estatura também varia durante a sua
avaliação, ou seja, entre a inspiração e a expiração. Sua avaliação deve ser
realizada em conformidade com o plano de Frankfurt e a menor quantida-
de de roupa.
Procedimentos técnicos da medida: Com o sujeito estando em posição
ortostática e apnéia inspiratória, pés descalços e unidos, com as superfícies
posteriores do calcanhar, cintura pélvica, cintura escapular e região occipi-
tal encostadas na parede, olhar fixo num ponto à frente (plano de Frankfurt)
e vestindo apenas o calção devem ser realizadas duas medidas consecuti-
vas anotadas em centímetros (cm), sendo considerada a média das mesmas
como o escore da medida. A medida deve ser realizada após a constatação
59
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Dobras cutâneas
Dobra cutânea é uma dupla camada de pele e de tecido adiposo subjacen-
te (Ross ; Marfell-Jones, 2000; Heyward ; Stolarczyk, 2000) que pode ser me-
dida em várias regiões do corpo, utilizando um compasso de dobras cutâneas
que exerce uma precisão de até 1mm e uma pressão constante 10g/mm2, em
qualquer abertura.
A dobra deve ser tomada com firmeza e mantida ao longo da medição
(Ross ; Marfell-Jones, 2000) também, as medições das dobras cutânea devem
ser feitas no lado direito do corpo, avaliando as dobras de forma ordenada
(em circuito), considerando, no mínimo, duas medições para cada região
anatômica.
Para a técnica de medição das dobras cutâneas pode considerar a descri-
ção dada por vários autores, no entanto, sugerem as recomendações feitas
por e Petroski (2003):
60
Cineantropometria
Figura 7
Avaliação das dobras tricipital (A), subescapular (B), abdominal (C),
Suprailiaca (D).
Porém, são nove as dobras cutâneas que podem ser mensuradas, as quais
são as seguintes: a) subescapular (DCSE), b) tricipital (DCTR), c) bicipital
(DCBI), d) peitoral (DCPT), e) axilar (DCAX), f) supra-ilíaca oblíqua (DCSIO),
g) abdominal (DCAB), h) coxa (DCCX) e i) panturrilha medial (DCPM).
Abaixo (Quadro 4) estão descritos detalhadamente as dobras cutâneas,
seus locais de medida e seus respectivos procedimentos.
61
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Quadro 4
Dobra cutânea, sentido da dobra, ponto de reparo da dobra e
procedimento para pinçamento da dobra.
62
Cineantropometria
Circunferências
Para avaliar a circunferência de braço relaxado e contraído, da panturrilha
medial e da coxa é necessário ter uma fita métrica com precisão milimétrica (0,1
centímetros) de nylon, seguindo os procedimentos: onde a fita é colocada em
ângulo reto com o eixo longitudinal do membro ou parte do corpo a ser medi-
do, de modo que ele se encontre em contato com a pele do indivíduo, mas sem
pressionar o segmento.
Diâmetros ósseos
Para determinar os diâmetros ósseos, é preciso um paquímetro devidamen-
te calibrado em (mm), e o avaliador precisa seguir as sugestões de Gagliardi
(1996) e Ross ; Marfell-Jones (2000):
63
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Figura 8
Avaliação do diâmetro do úmero (Esquerda) e do fêmur (Direita).
Crédito da Foto: César Greco/Palmeiras.
Composição corporal
As variáveis antropométricas mais significativas e consideradas im-
portantes para avaliar o futebolista são: estatura, massa corporal e o % de
gordura corporal (Silva et al., 1997; Reilly et al., 2000), assim como o fra-
cionamento da composição corporal em dois componentes como a massa
muscular e massa adiposa (Reilly; Bangsbo; Franks, 2000), e inclusive o
fracionamento em três, quatro e cinco compartimentos corporais, os quais
permitem analisar de maneira minuciosa os desportistas através de técnicas
duplamente indiretas.
De fato este processo de avaliação na atualidade é amplamente utilizado
pelas comissões técnicas que trabalham no futebol realizando avaliações físi-
cas com a intenção de diagnosticar, prescrever e controlar as cargas de treina-
mento, onde muitas investigações (Herrero, Cabañas, Maestre, 2004; Casajús,
2001; Cossio-Bolanos, Arruda, Lancho, 2011) utilizam equações de regressão
para predizer o percentual de gordura corporal de atletas e não atletas, tendo
64
Cineantropometria
Aspectos Conceituais
A composição corporal é um componente chave da saúde e do perfil de
aptidão de um indivíduo, referindo-se o estudo da quantidade e da propor-
ção dos principais componentes estruturais do corpo através do fracionamen-
to do peso corporal (Petroski, 2003), considerando-se como os seus compo-
nentes: massa de gordura, massa muscular, massa óssea e massa residual.
Esta quantificação da composição corporal tem grande interesse do ponto de
vista desportivo, nutricional, prevenção e reabilitação de enfermidades hipo-
cinéticas, respectivamente.
Nesse sentido segundo vários estudos o corpo humano pode ser dividido
técnicamente em alguns compartimentos, como tecidos dando origem as se-
guintes propostas mais utilizadas no dia-a-dia:
65
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Figura 9
Modelo bi-compartimental.
Figura 10
Modelo tetra-compartimental.
66
Cineantropometria
Figura 11
Métodos de determinação da composição corporal
(adaptado de Brodie, 1988).
MÉTODOS
DIRETOS INDIRETOS
QUÍMICOS FÍSICOS
- K40;
Dissecação de Cadáveres - Pesagem Hidrostática;
(animais e humanos) - D2O;
- Absormetría fotónica;
- Excreção de Creatinina;
- Ressonância Magnética;
- Solubilidade de Gases;
- Condutibilidade Elétrica;
- Água Corporal Total;
- Bioimpedância;
- Nitrogênio;
- Ultra-som;
- Carbono;
- Tomografia;
- Diluição Isotópica;
- Antropometria.
- Ativação Neutrica.
67
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Percentual de gordura
Dentro de uma diversidade de esportes, os atletas parecem ter diferen-
tes objetivos no que se refere ao controle de peso e a adequada composição
corporal, para algumas pessoas a meta é ganhar músculo, para outros é ser
magro. Neste sentido, Reilly (1996) considera que a composição corporal
é um fator importante da aptidão para o futebol, e que a gordura corporal
elevada atua como peso morto em atividades onde a massa corporal é ele-
vada em forma reiterada contra a gravidade, correndo ou saltando durante
o jogo; por isso, as posições táticas de jogo no caso do futebol, tem um pa-
pel importante, observando-se nos goleiros valores mais elevados que no
resto dos jogadores (Reilly, 1996) e os meio-campistas valores mais baixos.
Em consequência, Heyward ; Stolarczyk (2000), consideram que o mínimo
de gordura corporal não deve ser inferior a 5%, e que é necessário para
as funções metabólicas e fisiológicas normais do ser humano. Por sua vez,
segundo os valores opcionais de gordura corporal para futebolistas profis-
sionais são difíceis de definir (Santos, 1999), e que os estudos variam entre
as metodologias, procedimentos, técnicas e instrumental utilizado, como já
foi observado no quadro 3.
68
Cineantropometria
Tabela 3
Clasificação das variáveis antropométricas de futebolistas profissionais de
Primeira Divisão do Peru (n=132).
Estatística Indicadores
69
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Tabela 4
Modelos matemáticos usados (equações) para predizer o % Gordura de fute-
bolistas profissionais e jovens futebolistas.
Tabela 5
% de gordura de uma amostra de futebolistas, segundo Fonseca et al. (2008).
Equação X DP CV
70
Cineantropometria
Tabela 6
Equações propostas para calcular o % gordura de adultos, segundo vários
estudos, a partir da densidade corporal.
Equação Referência
Tabela 7
Equações de predição da densidade corporal, a partir de vários
estudos para adultos.
Idade
Fórmula Referência
(anos)
71
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
a) PESO IDEAL
Para calcular o peso ideal (PI) são necessários os seguintes dados: Peso
magro corporal ou massa corporal magra (MCM) (kg). Por sua vez, é preciso
destacar que o percentual gordura ideal que considera De Rose (1981) para
futebolistas é de 11%. Sendo a fórmula básica a seguinte:
PI (Kg) = 1/(1-0,10)
PI(Kg) = 1/0,9
PI (Kg) = 1,11
b) FRACIONAMENTO DO CORPO
72
Cineantropometria
Tabela 8
Equações para determinar o fracionamento dos componentes
corporais (2 componentes).
Componente Equação
Peso Total PT = PM + PG
Tabela 9
Equações para determinar o fracionamento dos componentes corporais
(4 componentes).
73
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Somatotipo
Somático diz respeito ao corpo e somatotipo ao tipo corporal ou classifica-
ção física de cada pessoa. O somatotipo, proposto por Sheldon (1940), divide
as características corporais das pessoas, de acordo com os componentes en-
domorfia, onde o percentual de gordura é elevado, com um considerável de-
senvolvimento do sistema digestório, caracterizando uma cintura mais larga,
mesomorfia onde há predominância dos músculos esqueléticos e ossos fortes,
caracterizando um corpo com contornos musculares definidos, e ectomorfia
que representa a predominância do conteúdo magro do corpo com sistema
muscular e esquelético pouco desenvolvido. A linearidade e fragilidade são
características neste biótipo (Fox et al., 1988).
A classificação do somatotipo ocorre de acordo com a predominância dos
tecidos embrionários, sendo respectivamente endoderma, mesoderma e ecto-
derma. Sendo assim, o somatotipo é determinado geneticamente, podendo ser
modificado pelo fenótipo, ou seja, pela interação do genótipo com o meio no
qual a pessoa se desenvolve (Fox et al., 1988).
O somatotipo é capaz de permitir um estudo apurado sobre o tipo físico
ideal em relação a cada modalidade esportiva e analisa as formas do corpo
humano. E através da aplicação de processos estatísticos podem ser estudadas,
somatotipo de atletas em comparação com o ideal ou somatotipo de referência
para o esporte. Por exemplo:
74
Cineantropometria
75
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Tabela 10
Somatotipo de jogadores de futebol segundo origem e nível competitivo.
Origem: Nacional
Castanhede et al. (2003) Brasil P 48 2,7 4,8 2,3
Ribeiro et al. (2007) Brasil S20 12 2,4 4,4 3,0
Origem: Internacional
White et al. (1988) Inglaterra P 17 2,6 4,2 2,7
Rienzi et al. (1998) Sul-americanos P 70 2,0 5,3 2,2
Rienzi et al. (2000) Sul-americanos P 17 2,2 5,4 2,2
Reilly (2001) Inglaterra P - 3 5 3
Casajús (2001) Espanha P 15 2,6 4,9 2,3
Matkovic et al. (2003) Croácia P - 2,1 5,1 2,6
Leal (2005) Portugal S20 17 2,3 4,2 3,0
Silva (2005) Portugal S20 16 2,3 4,4 2,5
Bandyopadhyay (2007) Índia P - 2,0 5,5 2,0
Salgado et al. (2009) Portugal S20 187 3 4,8 2,5
Gil et al. (2010) Espanha S20 15 2,4 4,3 2,4
Polat et al. (2011) Turquia S17 68 2,1 4,3 2,6
Nikolaidis e Karydis (2011) Grécia P 28 3,0 4,9 2,3
76
Cineantropometria
77
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Figura 12
Somatocarta da equipe profissional do Palmeiras 2019.
Cálculo do somatotipo:
Endomorfia = - 0,7182 + 0,1451(x) - 0,00068(x2) + 0,0000014(x3)
Onde: x é o somatório das pregas cutâneas do tríceps, subescapular e
supra-espinhal.
Correção da endomorfia: x
78
Cineantropometria
Ectomorfia = IP =
Se IP > 40,75 Ecto = (IP x 0,732) - 28,58
Se IP < 40,75 e > 38,28 Ecto = (IP x 0,463) - 17,63
Se IP ≤ 38,28 Ecto = Estipula-se o valor mínimo que será 0,1
Plotagem no gráfico:
X = III - I
Y = 2II - (III - I)
Onde: I = componente Endomorfo
II = componente Mesomorfo
III = componente Ectomorfo
Estrutura óssea
O osso é um tecido calcificado, sensível a vários estímulos mecânicos, prin-
cipalmente resultantes da gravidade e contrações musculares. Este tecido tem
4 funções básicas, tais como o fornecimento de suporte mecânico, permitir o
movimento, oferecer proteção e agir como um reservatório metabólico de sais
e minerais.
79
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
80
Cineantropometria
Quadro 5
Conteúdo mineral ósseo (CMO) e densidade mineral óssea (DMO) de várias
regiões anatômicas de futebolistas e grupo controle.
CMO DMO
Regiões anatômicas
Futebolistas G. Control Futebolistas G. Control
Lombar 20,7±2,9 18,4±3,7 1,19±0,13 1,08±0,11
Colo Femoral 6,8±0,8 5,5±0,8 1,16±0,13 0,96±0,10
Intertrocantérica 35,6±4,9 30,1±5,3 1,41±0,15 1,19±0,13
Trocânter maior 12,4±1,7 10,1±4,3 0,98±0,1 0,81±0,08
Triângulo de Word´s 1,14±0,19 0,92±0,13 1,03±0,15 0,81±0,10
Espinha 222,9±33,1 198,9±38,2 1,1±0,13 1,00±0,11
Pélvis 429,9±66,7 392,2±70,5 1,45±0,16 1,24±0,12
Braço Esquerdo 187,1±28,1 185,9±32,7 0,82±0,08 0,8±0,08
Braço Direito 191,1±28,2 185,2±33,2 0,84±0,09 0,81±0,09
Perna Esquerda 665,4±81,4 574,2±97,8 1,55±0,13 1,41±0,10
Perna Direita 662,7±79,7 567,8±90,2 1,52±0,13 1,39±0,08
81
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
82
Cineantropometria
Figura 13
Avaliação da estrutura óssea e da composição corporal através do DEXA.
Crédito da Foto: César Greco/Palmeiras.
83
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Figura 14
Resultados da Densidade Mineral Óssea (BMD – g/cm2) e do Conteúdo Mineral
Ósseo (BMC – g), nas diferentes regiões do corpo e do corpo inteiro (Total).
84
Cineantropometria
85
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Figura 15
Avaliação da estrutura óssea pelo método QUS, ultra-som de falanges
oni one rofiler (IGEA® CARPI, Itália).
86
Cineantropometria
lateral de cada dedo, onde o transdutor emissor emite uma onda sonora de
1,25Mhz, e o receptor recebe o sinal e avalia a velocidade da propagação do
som através da falange. As principais medidas realizadas são: Quantidade
e qualidade óssea. As medidas são realizadas segundo protocolo padrão do
fabricante, na metáfise distal das falanges proximais da mão não dominan-
te, nos dedos II a V.
Tabela 11
Estrutura óssea de jogadores profissionais de raça negra e branca
(Santi Maria et al., 2014).
87
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
88
Cineantropometria
89
Capítulo 3
Variáveis Aeróbias
91
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
92
Variáveis Aeróbias
Acerca destes testes, amplo destaque na literatura tem sido dado aos testes
de corrida “ida e volta” para o controle do desempenho aeróbio de maneira
indireta, partindo de equações preditivas (Stolen et al., 2005 apud Bangsbo;
Iaia ; Krustrup, 2008).
Leger ; Lambert (1982) foram os precursores deste tipo de controle, pro-
pondo um protocolo contínuo de intensidade progressiva com corridas de ida
e volta em 20 metros determinados por sinais de áudio. Utilizando o mesmo
conceito e levando em consideração as peculiaridades competitivas do futebol,
principalmente a intermitência das ações, Bangsbo (1996) propôs o Yo-Yo inter-
mitente endurance test e o Yo-Yo intermittent recovery test, este último, largamente
utilizado para o controle da performance aeróbia dos futebolistas (Hoff, 2005;
Svensson ; Drust, 2005).
Recentemente, Castagna et al. (2006) encontraram maior associação do
Yo-Yo intermittent recovery test com testes de controle anaeróbio do que Yo-Yo
endurance test executado de maneira contínua. Tal premissa remete à maior
sensibilidade do Yo-Yo intermittent recovery test em controlar a resistência espe-
cífica dos futebolistas, considerada pelos autores como resistência aeróbio-a-
naeróbia. Acerca disto, se for comparada a velocidade imposta pelo protocolo
do Yo-Yo intermittent recovery test nível 2 (YIRT2), 11 a 26 Km/h, com as zonas
de velocidade de deslocamentos realizados pelos futebolistas durante os jogos
que propõem Di Salvo et al. (2007), como corridas de alta intensidade (19,1-23
km/h) e sprints (> 23 km/h), fica clara a participação do metabolismo anaeróbio,
reforçando a ideia de controle de resistência aeróbio-anaeróbia no teste.
Desta maneira, o Yo-Yo intermitente recovery test parece ser uma opção váli-
da, objetiva, fidedigna e viável para o controle da capacidade e potência aeró-
bio-anaeróbia dos futebolistas (Hoff, 2005; Svensson ; Drust, 2005).
Nos estudos sobre a capacidade aeróbia, listados na tabela 14, observou-se
que o limiar anaeróbio em futebolistas pode variar entre 11,1km/h a 15,3km/h,
correspondendo de 76% a 89% do VO2máx.
Bangsbo (1994), mensurando o limiar anaeróbio de 60 futebolistas di-
namarqueses de elite, utilizando uma concentração fixa de lactato de
4,0mmol/l (intensidade ótima de transição entre os metabolismos aeróbio
e anaeróbio), verificou que o limiar anaeróbio destes futebolistas se encon-
trava a 80,7% do VO2máx, com variação entre 66,4 e 92,4%. Esse autor ainda
constatou que os laterais e os meio-campistas apresentaram valores seme-
lhantes de resistência de velocidade no limiar anaeróbio (15,9 e 15,0 km/h),
porém significantemente mais elevado do que os atletas de outras posições,
onde os goleiros apresentaram valores médios de 13,8km/h, os zagueiros
13,4 km/h e os atacantes 13,6 km/h.
93
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
94
Variáveis Aeróbias
95
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Ainda segundo Coelho et al. (2009), vários critérios são usados para diag-
nosticar o limiar anaeróbio, como ponto fixo de 2 e 4 mmol/l e incrementos
de 1 mmol a partir da linha de base ou até a inflexão da curva de lactato, sen-
do o limiar anaeróbio normalmente expresso em consumo de oxigênio ou em
percentual do VO2máx, podendo também ser indicado em carga absoluta como:
velocidade de corrida (km/h) e potência em cicloergômetro (watt).
Comumente, o LAN está associado a diferentes variáveis, como velocida-
de de corrida, potência, frequência ventilatória, FC, %VO2máx ou Lactato. Destas
variáveis, a velocidade de corrida correspondente ao Lactato de 4mM tem sido
considerada como um bom parâmetro para o LAN. Sjodin e Jacobs (1981) deno-
minaram a intensidade referente à Lactato de 4mM como OBLA (onset of blood
lactate accumulation). Heck et al. (1985) verificaram que a média da lactacidemia
na máxima fase estável do lactato (MFEL) dos atletas foi 4mM, o que correspon-
de ao máximo balanço entre a produção e a remoção de lactato. É comum no
futebol que a determinação do OBLA seja relacionada a uma dada velocidade ou
FC nesta intensidade. A determinação destes fatores desempenha uma impor-
tante função no acompanhamento do desenvolvimento da capacidade aeróbia
de jogadores (Santos, 1999). Quanto maior o condicionamento aeróbio do atleta,
maiores intensidades de exercício podem ser toleradas antes que o LAN seja al-
cançado ou ultrapassado. Desta forma, o LAN pode ser visto como um parâme-
tro de condicionamento aeróbio e, sua determinação deve levar em consideração
a especificidade do exercicio realizado (Coelho et al, 2009).
O limiar anaeróbio pode ser medido de forma direta, através da análise da
concentração de lactato sanguíneo, ou indireta, por meio do comportamento
da ventilação pulmonar no teste ergoespirométrico. O método direto pode ser
utilizado nos testes de campo, possibilitando realizar testes mais específicos ao
jogador de futebol, no seu ambiente competitivo. O limiar anaeróbio é testado
em laboratório ou no campo através de protocolos contínuos ou intermitentes,
onde nos laboratoriais escalonados, há incrementos de 1km/h na corrida, e de
25 a 50 watts em cicloergômetros, com estágios de 3 a 5 min, com pausas para
coletas sanguíneas de 30s (Lotufo, 2008).
Testes laboratoriais
A avaliação da capacidade e da potência aeróbia realizados em laboratório
envolve equipamento caro e sofisticado, com protocolos precisos, e em muitas
vezes esses testes assumem, em perspectivas de medida, critério de referência.
Os testes laboratoriais tendem a ser reproduzíveis e válidos, porém, as fon-
tes de erros de medida estão presentes nesses testes como em qualquer ou-
tro método de avaliação. O protocolo, o teste, o avaliador, equipamento e a
96
Variáveis Aeróbias
administração do teste podem ser fonte de erro de medida. E alguns fatores im-
portantes devem ser verificados antes de realizar os testes laboratoriais: equi-
pamento, esteira/ bicicleta e analisador de gás devem ser calibrados e verifica-
dos regularmente; os avaliadores devem ser treinados e qualificados; e, pode
haver necessidade de adaptação ao avaliado, para conhecimento do protocolo
(Morrow Jr et al., 2003).
97
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Testes de campo
Os testes de campo incluem meios de avaliar a capacidade aeróbia e são
viáveis para testes em grupo de jogadores. Normalmente, os métodos de cam-
po necessitam pouco equipamento e são menos dispendiosos em tempo e cus-
tos do que os métodos laboratoriais. As corridas em distâncias estabelecidas
para se obter o menor tempo possível ou a maior distância percorrida em um
período de tempo predeterminado são alguns dos testes de campo mais popu-
lares para estimar a capacidade aeróbia (Morrow Jr et al., 2003).
Contínuos
TESTE DE COOPER
O Teste de Cooper foi elaborado pelo Doutor Kenneth H. Cooper em 1968
para ser usado pelas forças armadas norte-americanas para verificar o nível
de condicionamento físico. Em sua forma original, o objetivo do teste é correr
o mais longe possível em 12 minutos. O teste de Cooper visa medir o condi-
cionamento da pessoa e dessa forma deve ser corrido em um ritmo constante
ao invés de sprints. O teste é de uma forma geral, fácil e barato de fazer, espe-
cialmente para grupos grandes. Por outro lado, os resultados dependem da
motivação da pessoa fazendo o teste.
A população alvo é muito ampla, podendo ser aplicado em pessoas com
baixo condicionamento físico e na maioria dos atletas e em relação à faixa etária
é possível sua aplicação entre 10 e 70 anos para ambos os sexos.
Na sua metodologia o avaliado deverá percorrer (correndo ou andando)
continuamente durante 12 minutos, sendo registrado a distância total.
98
Variáveis Aeróbias
Figura 16
Esquema do Teste de Cooper, de 3km, de 3200m e de 4000m.
99
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
3000m
O limiar anaeróbio pode ser calculado utilizando a equação proposta por
Simões et al. (1996): LAN = (Vm 3km x 0,97) – 15,81. Após o teste, deve-se cal-
cular a velocidade média em m/min - Vm 3km), sendo aplicada à fórmula para
a determinação indireta do LAN.
3200m
O limiar anaeróbio pode ser calculado utilizando a equação proposta por
Weltman et al. (1987): LAN = (509,5-(24,9 x T))/16,67.
Estimativa do VO2máx:
VO2máx (ml/kg/min) = 118,4 - 4,774 ( T )
T = Tempo em min com fração decimal (Ex: 12 min e 42 seg = 12,42)
4000m
O limiar anaeróbio em jogadores de futebol através do Teste de 4000m
pode ser verificado através da equação:
LAN predito (km/h) = 2,12644 + 0,73328 * VM 4.000 (VM = Velocidade mé-
dia no teste de 4000m) (Mahseredjian, Barros Neto e Tebexreni, 1999).
100
Variáveis Aeróbias
101
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
intervalo entre sinais sonoros diminui a cada minuto e o atleta deve aumentar,
ligeiramente, a velocidade (0,5 km/h a cada minuto) para continuar a chegar a
tempo aos extremos do corredor. O teste deve ser finalizado com a desistência
do atleta ou com a sua incapacidade de acompanhar o ritmo imposto pelo teste.
O objetivo desses testes é a execução do maior número possível de repetições
desse ciclo de ida e volta. Alguns detalhes técnicos devem ser observados, tais
como: os atletas nas viradas devem ultrapassar com ambos os pés a linha de-
marcada no chão. A velocidade da corrida será ajustada para estágio e nível do
programa específico, de forma progressiva.
Figura 17
Testes Shuttle Run Test de multiestágios e Yo-yo Endurance Test.
20 metros
102
Variáveis Aeróbias
Figura 18
Ficha de anotação do Yoyo Endurance nível 1
Nível de
Velo- Intervalos
cidade
1 2 3 4 5 6 7
1
20 40 60 80 100 120 140
1 2 3 4 5 6 7 8
2
160 180 200 220 240 260 280 300
1 2 3 4 5 6 7 8
3
320 340 360 380 400 420 440 460
1 2 3 4 5 6 7 8
4
480 500 520 540 560 580 600 620
1 2 3 4 5 6 7 8 9
5
640 660 680 700 720 740 760 780 800
1 2 3 4 5 6 7 8 9
6
820 840 860 880 900 920 940 960 980
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
7
1000 1020 1040 1060 1080 1100 1120 1140 1160 1180
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
8
1200 1220 1240 1260 1280 1300 1320 1340 1360 1380
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
9
1400 1420 1440 1460 1480 1500 1520 1540 1560 1580 1600
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
10
1620 1640 1660 1680 1700 1720 1740 1760 1780 1800 1820
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
11
1840 1860 1880 1900 1920 1940 1960 1980 2000 2020 2040
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
12
2060 2080 2100 2120 2140 2160 2180 2200 2220 2240 2260 2280
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
13
2300 2320 2340 2360 2380 2400 2420 2440 2460 2480 2500 2520
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
14
2540 2560 2580 2600 2620 2640 2660 2680 2700 2720 2740 2760 2780
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
15
2800 2820 2840 2860 2880 2900 2920 2940 2960 2980 3000 3020 3040
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
16
3060 3080 3100 3120 3140 3160 3180 3200 3220 3240 3260 3280 3300
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
17
3320 3340 3360 3380 3400 3420 3440 3460 3480 3500 3520 3540 3560 3580
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
18
3600 3620 3640 3660 3680 3700 3720 3740 3760 3780 3800 3820 3840 3860
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
19
3880 3900 3920 3940 3960 3980 4000 4020 4040 4060 4080 4100 4120 4140 4160
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
20
4180 4200 4220 4240 4260 4280 4300 4320 4340 4360 4380 4400 4420 4440 4460
103
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Figura 19
Ficha de anotação do Yoyo Endurance nível 2
Nível de
Velo- Intervalos
cidade
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
8
20 40 60 80 100 120 140 160 180 200
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
9
220 240 260 280 300 320 340 360 380 400 420
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
10
440 460 480 500 520 540 560 580 600 620 640
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
11
660 680 700 720 740 760 780 800 820 840 860
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
12
880 900 920 940 960 980 1000 1020 1040 1060 1080 1100
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
13
1120 1140 1160 1180 1200 1220 1240 1260 1280 1300 1320 1340
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
14
1360 1380 1400 1420 1440 1460 1480 1500 1520 1540 1560 1580 1600
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
15
1620 1640 1660 1680 1700 1720 1740 1760 1780 1800 1820 1840 1860
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
16
1880 1900 1920 1940 1960 1980 2000 2020 2040 2060 2080 2100 2120
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
17
2140 2160 2180 2200 2220 2240 2260 2280 2300 2320 2340 2360 2380 2400
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
18
2420 2440 2460 2480 2500 2520 2540 2560 2580 2600 2620 2640 2660 2680
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
19
2700 2720 2740 2760 2780 2800 2820 2840 2860 2880 2900 2920 2940 2960 2980
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
20
3000 3020 3040 3060 3080 3100 3120 3140 3160 3180 3200 3220 3240 3260 3280
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
21
3300 3320 3340 3360 3380 3400 3420 3440 3460 3480 3500 3520 3540 3560 3580 3600
104
Variáveis Aeróbias
Figura 20
Conversão da performance no Yoyo Endurance Test para o
consumo máximo de oxigênio (Bangsbo, 1996).
105
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Yo-Yo IR Nível 1:
VO2max (ml/min/kg) = IR1 distância (m) x 0,0084 + 36,4
Yo-Yo IR Nível 2:
VO2max (ml/min/kg) = IR2 distância (m) x 0,0136 + 45,3
106
Variáveis Aeróbias
Figura 21
Yo-yo Intermittent Recovery Test.
5 metros 20 metros
107
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Figura 22
Ficha de anotação do Yoyo Intermittent Recovery nível 1
Nível de
Intervalos
Velocidade
1
5
40
1
9
80
1 2
11
120 160
1 2 3
12
200 240 280
1 2 3 4
13
320 360 400 440
1 2 3 4 5 6 7 8
14
480 520 560 600 640 680 720 760
1 2 3 4 5 6 7 8
15
800 840 880 920 960 1000 1040 1080
1 2 3 4 5 6 7 8
16
1120 1160 1200 1240 1280 1320 1360 1400
1 2 3 4 5 6 7 8
17
1440 1480 1520 1560 1600 1640 1680 1720
1 2 3 4 5 6 7 8
18
1760 1800 1840 1880 1920 1960 2000 2040
1 2 3 4 5 6 7 8
19
2080 2120 2160 2200 2240 2280 2320 2360
1 2 3 4 5 6 7 8
20
2400 2440 2480 2520 2560 2600 2640 2680
1 2 3 4 5 6 7 8
21
2720 2760 2800 2840 2880 2920 2960 3000
1 2 3 4 5 6 7 8
22
3040 3080 3120 3160 3200 3240 3280 3320
1 2 3 4 5 6 7 8
23
3360 3400 3440 3480 3520 3560 3600 3640
108
Variáveis Aeróbias
Figura 23
Ficha de anotação do Yoyo Intermittent Recovery nível 2
Nível de
Intervalos
Velocidade
1
11
40
1
15
80
1 2
17
120 160
1 2 3
18
200 240 280
1 2 3 4
19
320 360 400 440
1 2 3 4 5 6 7 8
20
480 520 560 600 640 680 720 760
1 2 3 4 5 6 7 8
21
800 840 880 920 960 1000 1040 1080
1 2 3 4 5 6 7 8
22
1120 1160 1200 1240 1280 1320 1360 1400
1 2 3 4 5 6 7 8
23
1440 1480 1520 1560 1600 1640 1680 1720
1 2 3 4 5 6 7 8
24
1760 1800 1840 1880 1920 1960 2000 2040
1 2 3 4 5 6 7 8
25
2080 2120 2160 2200 2240 2280 2320 2360
1 2 3 4 5 6 7 8
26
2400 2440 2480 2520 2560 2600 2640 2680
109
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
TESTE TCAR
O TCAR é caracterizado por ser um teste do tipo intermitente escalona-
do, com multiestágios de 90 segundos de duração, em sistema “ida-e-volta”,
constituído de 5 repetições de 12 segundos de corrida (distância variável), in-
tercaladas por 6 segundos de caminhada (± 5 metros). O ritmo é ditado por um
sinal sonoro (bip), em intervalos regulares de 6 segundos, que determinam a
velocidade de corrida a ser desenvolvida nos deslocamentos entre as linhas
paralelas demarcadas no solo e também sinalizadas por cones. O teste inicia
com velocidade de 9,0 km·h-1 (distância inicial de 15m) com incrementos de 0,6
km·h-1 a cada estágio até a exaustão voluntária, mediante aumentos sucessivos
de 1m a partir da distância inicial, conforme esquema ilustrativo apresentado
na figura 24 (Carminatti et al., 2004).
Para realizar o TCAR, além de fichas para controle do teste, é necessário
utilizar um aparelho de som, uma caixa de som amplificada capaz de gerar o
áudio do protocolo do TCAR (Carminatti et al., 2004), fita métrica de 50 metros,
seis cones e duas cordas brancas com 10 metros de comprimento (demarcar
linhas de referência das distâncias de cada estágio).
Neste teste, pode ser determinado o ponto de deflexão da freqüência car-
díaca (PDFC), que apresenta evidências de validade para determinação da ca-
pacidade aeróbia, sendo altamente associado à máxima fase estável de lactato
(MLSS) (Carminatti, 2006). Além disso, no TCar também é possível se determi-
nar o pico de velocidade (PV), sendo que esta variável é apresentada como um
indicador de potência aeróbia.
O PV determinado no TCAR apresentou elevada reprodutibilidade em um
estudo com 24 atletas de futebol (coeficiente de correlação intraclasse = 0,93);
além disso, está associado (r=0,74, p<0,01) com a velocidade referente ao consu-
mo máximo de oxigênio (vVO2máx), mensurada em esteira rolante, em jogado-
res de futebol (n = 28).
Figura 24
Visualização do esquema do teste intermitente TCAR.
1m 1m 1m 1m 1m 1m 1m
2,5 M -1
15m (9 km.h ) 0,6 km.h-1 a cada 90s
(pausa) corrida
110
Variáveis Aeróbias
Tabela 12
Valores médios de PV e VPDFC dos atletas das diferentes posições
(Dittrich, Floriano e Grossl, 2009).
Tabela 13
Variáveis aeróbias avaliadas no teste de campo TCAR (PV, PDFC, VPDFC) nos
jogadores de futebol de diferentes posições (Silva et al., 2009).
PV = Pico de velocidade; PDFC = Ponto de deflexão da freqüência cardíaca; VPDFC = Velocidade corres-
pondente ao ponto de deflexão da freqüência cardíaca; PDFC%FCmáx = Percentual do PDFC em relação à
FCmáx; %PV = Percentual da velocidade correspondente ao ponto de deflexão da freqüência cardíaca em
relação ao pico de velocidade.
111
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
112
Variáveis Aeróbias
113
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Tabela 14
Indicadores fisiológicos de capacidade aeróbia (limiar anaeróbio) e potência
aeróbia (VO2máx) de futebolistas segundo origem e nível competitivo
CAPACIDADE AERÓBIA
Estudo País Nível n FC LAN
VLAN (km/h)
(bpm)
Origem: Nacional
Barros et al. (1996) Brasil P 77 - -
Silva et al. (1999) Brasil P 18 - -
Silva et al. (2000) Brasil P 26 - -
Osiecki et al. (2002) Brasil P 17 - -
Osiecki et al. (2002) Brasil S20 12 - -
Balikian et al. (2002) Brasil P 25 13,5 ± 0,9 -
Coelho et al. (2009) Brasil S17 19 12,1 ± 1,3 176,0 ± 12,0
Coelho et al. (2009) Brasil S20 12 12,1 ± 1,1 171,0 ± 11,0
Coelho et al. (2009) Brasil P 1D 14 12,9 ± 1,2 176,0 ± 8,0
Silva et al. (2010) Brasil S20 29 13,5 ± 1,2 174,0 ± 7,0
Origem: Internacional
Rhodes et al. (1986) Canadá SO 16 13,8 ± 0,5 -
White et al. (1988) Inglaterra P 17 - 155,5 ± 3,3
Chin et al. (1992) Hong Kong P 24 - 159,0 ± 5,0
Green (1992) Austrália P 10 14,5 ± 0,7 -
Santos (1999) Portugal P 1D 44 14,2 ± 1,4 -
Santos (1999) Portugal P 2D 18 13,6 ± 1,3 -
Santos (1999) Portugal P 3D 12 13,1 ± 1,8 -
Santos (1999) Portugal P 4D 15 14,8 ± 1,0 -
Al-Hazzaa et al. (2001) Arábia S. SN 29 - -
Casajús (2001) Espanha P 15 12,4 ± 1,5 164,0 ± 6,0
Al-Hazzaa et al.(2001) Arábia S. SN 29 - 160,0 ± 8,0
Helgerud et al. (2001) Noruega S20 19 11,1 ± 0,7 -
Bunc e Psotta (2001) Rep. Techa P 15 13,3 ± 0,8 173,0 ± 9,0
Hoff et al. (2002) Noruega P 6 - 174,0 ± 20,7
Chamari et al. (2004) Tunísia S20 34 - -
Arnason et al. (2004) Islândia E 8 - -
Arnason et al. (2004) Islândia P 1D 7 - -
Chamari et al. (2005) Tunísia SN 24 15,3 ± 1,1 -
Ferrari Bravo et al. (2008) Itália S20 13 - -
Urzua et al. (2009) Chile P 40 - -
Urzua et al. (2009) Chile U 19 - -
Sporis et al. (2009) Croácia P 270 - -
Abt e Lovell (2009) Inglaterra P 10 - -
Ziogas et al. (2010) Grécia P 53 13,2 ± 0,7 170,0 ± 10,0
E – Elite; P – Profissional; SO – Seleção Olímpica; SN – Seleção Nacional; U – Universitário; S17 – Sub-17; S20 –
Sub-20; 1-2-3-4D – 1ª, 2ª, 3ª e 4ª Divisão Nacional; VLAN – Velocidade no Limiar anaeróbio; FC LAN – Frequên-
cia cardíaca no Limiar anaeróbio; vVO2máx – velocidade no VO2máx; FC VO2máx – Frequência cardíaca no VO2máx.
114
Variáveis Aeróbias
- - - - 56,2 ± 6,2 -
- - - - 63,7 ± 4,9 -
- - - - 60,5 ± 4,7 -
- - - 190,8 ± 6,6 59,0 ± 4,5 -
- - - 189,0 ± 6,4 59,9 ± 2,2 -
- - - - 59,0 ± 5,6 -
- - - 202,0 ± 7,0 56,1 ± 2,0 -
- - - 197,0 ± 9,0 50,2 ± 2,9 -
- - - 193,0 ± 10,0 66,0 ± 4,5 -
- - 16,8 ± 1,0 - 63,2 ± 4,9 -
115
Capítulo 4
Variáveis Anaeróbias
117
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Força muscular
No futebol, o treinamento de força é necessário para a elevação da perfor-
mance específica da modalidade, especialmente para saltar, chutar, na capaci-
dade de aceleração e nas rápidas mudanças de direção/ ou sentido da corrida.
Além disso, esse tipo de treinamento é muito importante para prevenir lesões,
pois uma musculatura bem-desenvolvida é mais eficiente na proteção do apa-
relho motor. Em seus escritos sobre avaliação do desempenho físico no futebol
Balsom (1994) relata que existe relação significante entre o teste de salto vertical
com contramovimento e auxílio dos braços e os tempos registrados na corrida
de 15m. Desta forma, Balsom (1994) afirma que a força explosiva é um impor-
tante fator na aceleração.
Vários estudos apontam que as atividades intermitentes de alta inten-
sidade incluem acelerações, breques e re-acelerações freqüentes, como, por
exemplo, na disputa de bola, saltos, disputas corpo a corpo, marcações, dri-
bles e outras atividades de alta intensidade (Stolen et al., 2005). Para Silva
(2001) e Rebelo ; Oliveira (2006), o desempenho funcional de rápida mudan-
ça de direção parece ser uma característica necessária para se jogar futebol.
Qualquer mudança de direção durante a corrida é causada por um impulso
118
Variáveis Anaeróbias
119
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
120
Variáveis Anaeróbias
Força ativa
Como vimos, a força ativa é constituída pela força máxima dinâmica e pela
força explosiva (Bosco, 2007). Onde entende-se por força máxima dinâmica
aquela força que se expressa com apenas um movimento sobrepondo sem li-
mite de tempo a uma sobrecarga mais elevada possível. O fator que caracteriza
esse tipo de força é a capacidade contrátil da musculatura, retratando o siste-
ma tendão/músculo. Já a força explosiva, ao fator contrátil acrescenta-se um
segundo fator relativo à capacidade de sincronização da contração das fibras
musculares, para que possa preceder um maior recrutamento a inervação pa-
drão do sistema neuromuscular. Do ponto de vista de Barbanti (2002) a força
explosiva é aquela força que vem expressa por uma ação de contração a mais
rápida possível, para transferir a sobrecarga a ser vencida numa maior veloci-
dade possível, ou seja, é a natureza explosiva da força. Em termos gerais para
Badillo e Ayestarán (2001), a manifestação explosiva da força é uma relação en-
tre a força expressa e o tempo necessário para tal execução, para os quais, força
explosiva máxima seria definida como a melhor relação entre a força aplicada
e o tempo empregado.
O teste de 1RM (1 Repetição Máxima) deve ser empregada para verificar a
força máxima do atleta, onde o rendimento é expresso pela carga máxima (kg)
alcançada em cada exercício. Para verificar a força máxima, tem-se realizado
também o teste de carga por repetições máximas.
Para medir a expressão da força explosiva, deve-se utilizar a técnica de salto
vertical com meio agachamento partindo de uma posição estática sem contramo-
vimento (SJ), técnica descrita por Bosco (1994). O resultado expresso pelo rendi-
mento do impulso na vertical indicará a altura saltada em centímetros (cm).
121
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
122
Variáveis Anaeróbias
Figura 25
Teste de salto vertical sem contramovimento partindo de uma posição
estática (5 s na posição) de meio agachamento (SJ).
Força reativa
Quanto à força reativa duas manifestações se fazem presente, a força ex-
plosiva elástica e a força explosiva elástica reflexa. A força explosiva elástica
ocorre quando é realizado na musculatura um alongamento antes do encurta-
mento, neste caso, além das capacidades contrateis e de sincronização têm-se
o efeito do componente elástico (Badillo ; Ayestarán, 2001 apud Barbanti, 2002
apud Komi, 2006). Para medir a expressão da força explosiva elástica, deve
fazer uso da técnica de salto vertical com contramovimento sem a utilização
123
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
dos membros superiores (CMJ), técnica descrita por Bosco (1994) e da técni-
ca de salto vertical drop jump (DJ), descrita por Kollias, Panoutsakopoulos e
Papaiakovou (2004). Os resultados expressos pelo rendimento do impulso na
vertical indicarão a altura saltada em centímetros (cm).
Figura 26
Teste de salto vertical com contramovimento e sem contribuição
dos membros superiores (CMJ).
124
Variáveis Anaeróbias
Figura 27
Teste de salto vertical na técnica Drop Jump (DJ)
125
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
procedimento descrito por Bosco et al. (2001). O resultado expresso pelo ren-
dimento do impulso na vertical indicará a altura saltada em centímetros (cm).
Figura 28
Teste de saltos verticais contínuos com duração de 5 segundos
sem contribuição dos joelhos e membros superiores (CJ5s).
126
Variáveis Anaeróbias
Tabela 15
Valores médios de desempenho da Força Explosiva em Futebolistas.
SJ CMJ IE CJ5s
Estudo País Nível
(cm) (cm) (%) (cm)
Santi Maria et al. (2008) Brasil S20 37,52 41,19 9,78 42,82
127
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Figura 29
Avaliação/Treinamento da força/potência muscular para
verificar desequilíbrios em equipamentos com biofeedback
(superior: Kineo System; inferior: Nordbord; pag. ao lado: Desmotec).
128
Variáveis Anaeróbias
Figura 30
Exemplo de Relatórios quantitativo no Kineo System.
129
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Velocidade
A velocidade representa a capacidade de um sujeito para realizar ações
motoras no menor tempo e com um máximo de eficácia. Tais ações são desen-
volvidas com um máximo de intensidade e dentro das circunstâncias em um
tempo mínimo, assumindo que a tarefa é de curta duração e sem apresentar
cansanço. E no futebol a velocidade se faz necessária nas ações de alta intensi-
dade, tanto nas movimentações ofensivas quanto nas defensivas, uma vez que
o atleta de determinada equipe, sendo mais veloz que seu adversário, terá uma
probabilidade maior de sucesso, tanto para fazer um gol como também, nas
ações defensivas, chegar antes do adversário e assim evitar o gol.
As exigências que se desenvolvem durante uma partida de futebol variam
em função do estilo de jogo da equipe, a função tática, a zona de jogo e o nível
competitivo. Por sua vez, a velocidade depende de fatores como: hereditários,
sensoriais, cognitivos, psicológicos, neurais e musculares e o melhoramento do
mesmo depende da capacidade dos músculos de contrair-se intensamente, de
forma que o corpo ou extremidade se mova rápidamente. Estas características
motivaram a desenvolverem investigações com especial atenção nos indicado-
res fisiológicos e físicos do futebolista. Onde Bangsbo (1994) considera que a
velocidade não só é um problema físico, mas que também se relaciona com a
capacidade de percepção das situações durante um jogo. Sendo assim, a capa-
cidade de percepção, de avaliação e de decisão são componentes muito impor-
tantes do desempenho específico do sprint no futebol (Balsom, 1994).
Figura 31
Componentes específicos do sprint.
130
Variáveis Anaeróbias
Figura 32
Manifestações da velocidade nos esportes.
131
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
132
Variáveis Anaeróbias
Figura 33
O futebol necessita de velocidade. Crédito da Foto: César Greco/Palmeiras.
133
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Tabela 16
Valores médios de velocidade de futebolistas profissionais,
segundo vários estudos.
134
Variáveis Anaeróbias
Agilidade
A agilidade pode ser definida como uma variável neuromotora carac-
terizada pela capacidade de realizar mudanças rápidas de direção, sentido
e deslocamento da altura do centro de gravidade de todo o corpo ou parte
dele, sendo mais efetiva quando está associada a altos níveis de força, re-
sistência e velocidade (Barbanti, 2002). A partir desta perspectiva, outros
autores definem a agilidade como a maneira eficaz e rápida de realizar a
frenada, a mudança de direção e a aceleração, mantendo o controle do cor-
po em forma horizontal e vertical em uma direção durante uma série de
movimientos e inclusive arrancar novamente despois de uma parada brusca
em resposta a um estímulo. Em relação ao rendimento da agilidade Ellis et
al. (2000) destaca que os atletas com boa performance ao realizar a agilidade,
provavelmente possuam outras qualidades, tais como o equilíbrio dinâmi-
co, percepção espacial, ritmo e processamento visual. Como a agilidade de-
pende de algumas manifestações como a capacidade dos músculos, nível de
força, velocidade, equilíbrio e habilidade, podemos concluir, por tanto, que
o nível de desempenho irá depende de todos esses fatores atuando juntos
de forma equilibrada.
Figura 34
Fatores que condicionam a agilidade.
135
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Com efeito, num determinado momento do jogo, ser mais rápido per-
mitirá chegar primeiro, ser mais ágil evitará o iminente impacto com um
adversário e ser mais potente contribui para o sucesso do jogador em am-
bas as ações. Ou seja, como já observamos anteriormente, as ações de alta
velocidade e/ou alta intensidade define a equipe vitoriosa e a perdedora.
Porém, quando um atleta acelera ou desacelera de forma muito brusca são-
-lhe exigidos elevados níveis de força e potência para modificar a inércia da
sua massa corporal, exigindo contrações vigorosas para a manutenção do
equilíbrio e controle da bola, também resulta em alterações morfológicas,
bioquímicas e funcionais.
O futebol é um desporto de velocidade, com constantes sprints em con-
tra-ataques e jogadas de velocidade, saltos para cabeceios e movimentações
rápidas para se livrar ou realizar marcação. Os atletas realizam uma su-
cessão de esforços intensos e curtos em ritmos diferentes, com um nível de
exigência funcional muscular muito alto, como nas ações de corridas, nos
saltos, nas movimentações táticas e na técnica de condução de bola, solici-
tando desses atletas mobilização máxima de suas capacidades funcionais,
velocidade e força. Devido ao tamanho reduzido do espaço de jogo, várias
são as ações que exigem dos jogadores mudanças rápidas de direção, ou
seja, a agilidade também é extremamente importante na prática do futebol
de alto nível.
As constantes mudanças de direção durante os jogos e treinamentos são
observadas frequentemente em esportes como o futebol, futsal, basquete,
handebol, entre outros. Esta característica é habitualmente considerada como
uma habilidade para mudar de direção rápidamente, já que os padrões de
movimento destas modalidades requerem que sejam assim, e muito raramen-
te se deslocam em linha reta. A agilidade foi um fator importante para a evo-
lução do futebol e esta particularidade de jogadores de elite foi melhorada
através do treinamento, a prova é que o futebol nos últimos tempos se tornou
mais dinâmico, e isso pode ser atribuído, em especial, pela melhora da velo-
cidade e agilidade dos jogadores.
136
Variáveis Anaeróbias
Figura 35
Agilidade para mudar rápidamente a direção e driblar o adversário.
Crédito da Foto: César Greco/Palmeiras.
137
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
• Proporciona uma base sólida para o control muscular e função das ha-
bilidades motoras;
• Educa os atletas para a adquisição do domínio da habilidade, evitando
o risco de acidentes e lesões durante os jogos e/ou treinamentos;
• Contribui para a aquisição de novas experiências durante a competição
e treinamento;
• Permite adquirir uma rápida capacidade de mudança de direção diante
as circunstâncias.
Figura 36
Velocidade de Reação e Agilidade para defender a bola numa cobrança de
penalti. Crédito da Foto: César Greco/Palmeiras.
138
Variáveis Anaeróbias
Tabela 17
Valores médios de três testes (pré e pós-treinamentos)
de jogadores de futebol.
139
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Tabela 18
Valores médios de agilidade e velocidade de futebolistas de
alto rendimiento e amadores.
Para avaliação da variável fisica agilidade pode ser realizada vários testes
e ambos podem ser executados com e sem bola para verificação do “Déficit
Técnico”, que é a diferença (em %) entre o tempo de realização com bola
(AGCB) e o tempo de execução do teste sem a bola de jogo (AGSB):
140
Variáveis Anaeróbias
Figura 37
Esquema do teste llinois gilit est.
5 metros
5 metros
Star Finish
TESTE T40m
141
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Figura 38
Teste T40m.
C B D
5 metros 5 metros
10 metros
A
Início e Final
142
Variáveis Anaeróbias
Figura 39
Teste Agilidade de 20m com 3 mudanças de direção a cada 5m.
5m
3,80m
5m
3,80m
15,20m
5m
3,80m
3,20m
3,80m
5m
Figura 40
Teste Agilidade de 20m com 4 mudanças de direção a cada 4m.
s
ro
et
4m
143
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Procedimentos: Este teste exige que o jogador corra de frente entre duas
linhas paralelas tão rápido quanto possível. A distância entre as duas linhas
de cones é de 9,14m. O atleta deve iniciar a 50cm da linha de largada e no sinal
“Vai” o participante corre para o outro lado da linha, passa um pé da linha e
retorna para a linha de partida, realizando um total de 2 corridas de vai-e-vem
de 9,14m, totalizando 36,56m em intensidade máxima.
Figura 41
Teste hu le un gilit est sem bola e com bola.
9,14 m
30 cm
10 cm
9,14 m
30 cm
10 cm
144
Variáveis Anaeróbias
Figura 42
Teste gilit est.
10 meters 5 meters
turn
start
timing gates
145
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Figura 43
Esquema do teste alsom gilit est.
D C
◄ ◄
◄ ◄ ◄
◄ ◄
◄ ◄ Start
◄ ◄
B A
15 m
146
Variáveis Anaeróbias
Figura 44
Esquema do teste rro head gilit est.
Resistência específica
A resistência pode ser compreendida como sendo a capacidade psicofísi-
ca do esportista em suportar a fadiga, já Platonov e Bulatova (2003), dizem
que a resistência é a capacidade de realizar exercícios de maneira eficiente, su-
perando a possível fadiga que mesmo possa produzir, sendo que o nível de
desenvolvimento desta capacidade tem uma estreita relação com o potencial
energético do organismo dos atletas.
Os mesmos autores ainda afirmam que o grau de ajustamento da resis-
tência deve estar condicionado as exigências e as demandas da modalidade
esportiva relativo aos parâmetros técnicos, táticos e psicológicos, o que certa-
mente irão proporcionar um alto desempenho de atividade muscular durante
os treinos e competições.
Corroborando com os conceitos supracitados Sánchez et al. (2005) e Toledo
(2013), dizem que em geral o entendimento do tipo de resistência a ser traba-
lhado para um dado desporto deve ser ajustada no seu protagonismo metabóli-
co, que efetivamente depende em grande parte da medida da duração da carga
147
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
de trabalho assim como sua intensidade, o que para isso já existem numerosos
estudos que realizam uma radiografia de que se sucede durante uma partida.
É necessário que atentemos para o significado da capacidade especial de
trabalho que segundo Toledo (2013) são as possibilidades funcionais reais do
organismo humano para o desenvolvimento efetivo de uma atividade muscu-
lar concreta, o que significa que o estado de funcionamento estável do orga-
nismo permitirá resolver tarefas de treino e de competições de maneira eficaz.
Sobre a capacidade especial de trabalho, Verkhoshansky (2002), afirma que
o mecanismo de adaptação do organismo do desportista as condições da ativi-
dade de treinamento e competição se fundamenta no ganho e na melhora da
capacidade especial de trabalho, ou seja, na especialização morfofuncional, isso
considerando a adaptação a longo prazo.
Nos esportes coletivos com bola, como o futebol, a maioria das ações durante
a partida são de alta intensidade e curta duração, evidenciando que o metabolismo
anaeróbio tem um papel determinante para o bom desempenho dos atletas dessas
modalidades. Quando as ações de alta ou média intensidade são sucessivas e com
pouco tempo de pausa, o sistema anaeróbio lático (glicolítico) predomina sobre
o sistema anaeróbio alático para ressintetizar a adenosina trifosfato (ATP), já que
os estoques de creatina-fosfato (CP) se esgotam rapidamente. O desempenho do
atleta de futebol, por exemplo, está relacionado não só com a técnica e tática da
sua modalidade esportiva, mas também com a sua capacidade de tolerar elevadas
taxas de reposição de ATP num determinado período de tempo, por isso é impor-
tante uma quantificação objetiva do desempenho anaeróbio (Bangsbo et al., 2006).
A capacidade anaeróbia de curta duração pode ser entendida como fator
determinante do futebol, e como observado, o jogo é caracterizado por ser um
esporte intermitente, com alternância de ações de alta, média e baixa intensidade,
onde há um grande número de sprints durante toda a partida e o tempo entre
uma corrida em alta velocidade e outra é muito curto, sendo assim, um jogador
de futebol que apresenta uma ótima capacidade anaeróbia, apresentará menor
queda de rendimento no decorrer da partida (Santi Maria; Campeiz, 2013).
Esta capacidade física pode ser definida como a resistência específica do
futebol, onde é representa pela quantidade de trabalhor realizado durante uma
partida (Hoff, 2005). As atividades de alta intensidade (sprints e corrida de alta
velocidade) durante uma partida são características fundamentais para dife-
renciar o nível de jogo de futebol, devido a evidência de que os futebolistas de
elite executam maiores quantidades de trabalho em esforços de alta intensida-
de (foi de 8,7%±0,5% as corridas de alta intensidade e 1,4%±0,1% os sprints),
do que os jogadores de níveis moderados, foram 6,6%±0,4% as corridas de alta
intensidade e 0,9%±0,1% os sprints (Mohr et al., 2003).
148
Variáveis Anaeróbias
149
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
recuperação (ex.: futebol, handebol, rugby, basquete, etc) (Glaister et al., 2005;
Spencer et al., 2005; Bortolotti et al., 2010). Por exemplo, a incapacidade de se
recuperar após um sprint quando atacando pode levar a um atraso no momen-
to de reassumir uma posição tática defensiva, assim, deixando o time vulnerá-
vel defensivamente (Bangsbo, 2014).
A capacidade de realizar sprints repetidos (RSA) tem sido definida como a
capacidade de realizar repetidamente sprints de curta duração (Oliver, 2009).
Este padrão de atividade tem sido observado em diversas modalidades espor-
tivas intermitentes, particularmente as coletivas como o futebol. Na tentativa
de avaliar correlatos fisiológicos envolvidos na capacidade de realizar sprints
repetidos, alguns testes têm sido propostos. Os pesquisadores sugerem que
as informações provenientes destes testes possam melhorar o entendimen-
to acerca da influência de algumas capacidades físicas sobre o desempenho
em modalidades esportivas com características intermitentes (Spencer et al.,
2005). Alguns destes protocolos foram baseados em dados gerados por meio
da análise dos padrões de movimento durante partidas através de imagem de
vídeos (time-motion analysis), na tentativa de melhor representar as ações de
jogo. Porém, diferentes protocolos têm sido usados para investigar a RSA em
esportes coletivos, com diferenças no padrão de corrida, podendo variar em
corridas lineares e corridas com mudanças de direção, com diferente duração
do esforço, número de repetições e tipo de recuperação (ativa ou passiva).
No futebol, as ações predominantes são aeróbias. Em um estudo recente
Bradley et al. (2009) mostraram uma razão de 1:3 entre a distância percorrida
em alta intensidade (> 14,4 km/h) em relação às corridas em baixa e modera-
da intensidade. Entretanto, as ações determinantes em uma partida têm maior
contribuição do sistema anaeróbio e acontecem repetidamente durante uma
partida. Dessa forma, a RSA tem sido associada de forma decisiva ao desempe-
nho em diversas modalidades esportivas.
Nesse sentido, demonstrou-se uma associação positiva entre o desempe-
nho em testes de sprints repetidos (RSA) e as distâncias percorridas em alta
intensidade (>19,8 km.h-1) e em sprint (>25,2 km.h-1) durante uma partida
(Rampinini et al., 2007). Da mesma forma, as variáveis de desempenho obtidas
no RSA também foram sensíveis em discriminar jogadores de diferentes níveis
competitivos e diferentes posições (Aziz et al., 2008; Impellizzeri et al., 2008).
Dessa forma, a tarefa realizada nos testes de velocidade repetida influencia
diretamente no desempenho em esforços desta natureza. A duração ou razão
entre esforço e pausa e o tipo de recuperação (ativa ou passiva) que, dessa for-
ma, modulam o volume e a intensidade, podem gerar diferentes respostas de
desempenho. Estes fatores, por sua vez, exercem sua influência principalmente
150
Variáveis Anaeróbias
Tabela 19
Protocolos de testes de RSA para jogadores de futebol
(adaptado de Bortolotti et al., 2010).
151
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
152
Variáveis Anaeróbias
153
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Figura 45
Teste de Velocidade Repetida de Bangsbo.
▲ ▲ A
10m __
▲
▲ ▲
5m
20m __ ▲ ▲
5m
30m __ ▲ ▲ B Cones ▲
Sprint
Trote
Foto-céluas A e B
40m __ ▲ ▲
154
Variáveis Anaeróbias
Tabela 20
Alguns estudos que utilizaram o teste de Velocidade Repetida de Bangsbo.
155
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Figura 46
Representação esquemática da realização do teste de
RSA de Buchheit et al. (2009).
156
Variáveis Anaeróbias
Figura 47
Teste de Velocidade Repetida de Rampinini.
10 m 20 m B
Sprint
▲ ▲
Caminhando
Fotocélula
Tabela 21
Valores para o teste de RSA de Rampinini.
157
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
158
Variáveis Anaeróbias
Figura 48
35 metros
RAST TEST.
159
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Recentemente Rabelo et al. (2009) propuseram que a partir dos dados en-
contrados no RAST, é possível verificar as seguintes informações:
Tempo Médio (TMED RSA) = soma dos seis valores de tempo ÷ 6 (s);
Tempo Mínimo (TMIN RSA) = menor valor entre os seis sprints (s);
Tempo Total (∑T RSA) = soma dos seis valores de tempo (s);
Índice de Fadiga (IF) = Potência Máxima - Potência Mínima ÷ Tempo Total (%);
Queda no RSA (QUEDA RSA %) = (Tempo médio ÷ tempo mínimo x 100) – 100.
Tabela 22
Valores encontrados para o RAST TEST.
L - 597,9w - 8,5
M - 602,1w - 7,96
A - 810,2w - 11,86
160
Variáveis Anaeróbias
Reilly (2001), para criar esse Teste de RSA levou em consideração que os jo-
gos de campo incorporam padrões acíclico de circulação e a intensidade do exer-
cício variam de maneira relativamente imprevisível. No futebol, por exemplo,
há ocorrência para uma corrida a toda velocidade a cada 90s, em média, e uma
corrida em esforço, pelo menos, a cada 30s. O período entre esses episódios tam-
bém são variados e podem ser em alguns casos, demasiado curto para permitir
uma recuperação total antes de ter de realizar sprint novamente. O tempo de
corridas também são importantes tendo em conta o contexto em que a atividade
tem lugar. Os requisitos de adequação, portanto, são para movimentos rápidos,
velocidade, recuperação rápida, e uma capacidade para sustentar a atividade.
O Teste de Velocidade Repetida de Reilly avalia a capacidade de se repro-
duzir corridas de alta intensidade que pode ser analisada por meio de obrigar o
atleta a reproduzir uma corrida a toda velocidade depois de um curto período
de recuperação. Como observa-se na figura 47, uma distância de 30m é demar-
cada. São pocisionadas 3 pares de fotocélulas (um no início, outro depois de
10m, e na linha dos 30m). Há então uma zona de desaceleração de 10 m para
o atleta não desacelerar antes passar os 30m e assim, trotando (recuperação
ativa), voltar à linha de partida. O período de recuperação de 25 segundos é o
protocolado. Quando o intervalo é reduzido para 15s, a realização do teste está
significativamente relacionada com o sistema de transporte de oxigênio. Uma
ilustração de desempenho por dois jogadores é dada na Tabela 23.
Tabela 23
Desempenho de dois jogadores no Teste de Velocidade Repetida de Reilly
com 15 s de recuperação entre os sprints (adaptado de Reilly, 2001).
161
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Figura 49
Teste de RSA de Reilly.
Início Final B
Sprint
Recuperação
Fotocélulas
Cones
10 m 20 m 10 m
Este teste foi criado adequando a distância típica dos sprints que os jogado-
res de futebol são geralmente submetidos durante os jogos. O jogador deve se
posicionar em pé, numa distância de 0,4m atrás da linha de partida, e este deve
realizar 6 ou 8 sprints de 20m, com 20s de recuperação ativa entre os sprints
(Aziz et al., 2008). A recuperação ativa se dá pelo fato de que, em estudo de
análise de movimento-tempo, Spencer et al. (2004) constataram que 95% da re-
cuperação entre os sprints repetidos dentro de um jogo era realizado de forma
ativa, consistindo principalmente de jogging (trotes).
Para a realização deste teste, os jogadores devem ser instruídos a realizar
todos os sprints através das fotocélulas que marcam o tempo da corrida e só
devem desacelerar depois de ter sido ultrapassada a linha de chegada. Os jo-
gadores devem realizar a recuperação ativa, iniciando um trote por 10m, após
a linha de chegada e retornar por trás das fotocélulas, até chegar ao cone de
ponto de chegada. Durante o período de recuperação, o avaliador deve dar um
feedback verbal contínuo em relação ao tempo que foi concedido para assegurar
que o jogador ajuste o seu ritmo de recuperação e não ultrapasse os 20s.
162
Variáveis Anaeróbias
Figura 50
Início Final A
Sprint
Recuperação
Fotocélulas
Cones
20 m 10 m
163
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
164
Variáveis Anaeróbias
165
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Figura 51
Ficha de anotação do Yoyo Intermittent Endurance Test nível 1
Nível de
Intervalos
Velocidade
1 2
1
40 80
1 2
3
120 160
1 2
5
200 240
1 2 3 4 5 6 7 8
6
280 320 360 400 440 480 520 560
1 2 3 4 5 6 7 8
6.5
600 640 680 720 760 800 840 880
1 2 3 4 5 6 7 8
7
920 960 1000 1040 1080 1120 1160 1200
1 2 3
7.5
1240 1280 1320
1 2 3
8
1360 1400 1440
1 2 3 4 5 6
8.5
1480 1520 1560 1600 1640 1680
1 2 3 4 5 6
9
1720 1760 1800 1840 1880 1920
1 2 3 4 5 6
9.5
1960 2000 2040 2080 2120 2160
1 2 3 4 5 6
10
2200 2240 2280 2320 2360 2400
1 2 3 4 5 6
10.5
2440 2480 2520 2560 2600 2640
1 2 3 4 5 6
11
2680 2720 2760 2800 2840 2880
1 2 3 4 5 6
11.5
2920 2960 3000 3040 3080 3120
1 2 3 4 5 6
12
3160 3200 3240 3280 3320 3360
1 2 3 4 5 6
12.5
3400 3440 3480 3520 3560 3600
1 2 3 4 5 6
13
3640 3680 3720 3760 3800 3840
1 2 3 4 5 6
13.5
3880 3920 3960 4000 4040 4080
1 2 3 4 5 6
14
4120 4160 4200 4240 4280 4320
166
Variáveis Anaeróbias
Figura 52
Ficha de anotação do Yoyo Intermittent Endurance Test nível 2
Nível de
Intervalos
Velocidade
1 2
8
40 80
1 2
10
120 160
1 2
12
200 240
1 2 3 4 5 6 7 8
13
280 320 360 400 440 480 520 560
1 2 3 4 5 6 7 8
13.5
600 640 680 720 760 800 840 880
1 2 3 4 5 6 7 8
14
920 960 1000 1040 1080 1120 1160 1200
1 2 3
14.5
1240 1280 1320
1 2 3
15
1360 1400 1440
1 2 3 4 5 6
15.5
1480 1520 1560 1600 1640 1680
1 2 3 4 5 6
16
1720 1760 1800 1840 1880 1920
1 2 3 4 5 6
16.5
1960 2000 2040 2080 2120 2160
1 2 3 4 5 6
17
2200 2240 2280 2320 2360 2400
1 2 3 4 5 6
17.5
2440 2480 2520 2560 2600 2640
1 2 3 4 5 6
18
2680 2720 2760 2800 2840 2880
1 2 3 4 5 6
18.5
2920 2960 3000 3040 3080 3120
1 2 3 4 5 6
19
3160 3200 3240 3280 3320 3360
1 2 3 4 5 6
19.5
3400 3440 3480 3520 3560 3600
1 2 3 4 5 6
20
3640 3680 3720 3760 3800 3840
1 2 3 4 5 6
20.5
3880 3920 3960 4000 4040 4080
1 2 3 4 5 6
21
4120 4160 4200 4240 4280 4320
167
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Figura 53
Desenho explicativo da realização do teste.
3o Beep
2 metri
5 secondi
2o Beep
o
1 Beep
168
Variáveis Anaeróbias
Figura 54
Desenho do Teste igh ntensit ntermi ent print.
15 m 15 m
B1 A1 A2 A3 B2
▲ ▲ ▲ ▲ ▲
start long start short turn
▲ ▲ ▲ ▲ ▲
35 m
169
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Tabela 24
Desempenho (em metros) de futebolistas em Testes de
Aumento Progressivo da Velocidade
Idade Distância
Estudo País Nível Teste
(anos) Percorrida (m)
Bangsbo (1996) Dinamarca P - YoyoIR2 1240
Bangsbo (1996) Dinamarca P - YoyoIE2 2228
Silva Neto (2006) Brasil P 1D 18-35 YoyoIR2 630
Lollo et al. (2007) Brasil S17 16,4 YoyoIR2 467
Jensen et al. (2007) Dinamarca P - YoyoIR2 980
Iaia et al. (2007) Itália P - YoyoIR2 1060
Grantham et al. (2007) Japão P 21-29 YoyoIR2 1068
Krustrup et al. (2003) Dinamarca P - YoyoIR1 1760
Krustrup et al. (2006) Dinamarca P - YoyoIR2 873
McHughes et al. (2003) P - YoyoIR2 911
Svensson et al. (2007) Inglaterra P - YoyoIR1 2292
Castagna e Belardinelli (2002) S17 - YoyoIE1 2914
170
Variáveis Anaeróbias
171
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
172
Variáveis Anaeróbias
Figura 55
Desenho descritivo do teste de vai-e-vem de 300m.
▲
B ▲
A: Corrida de ida (20m) A
1
20 metros
▲
▲
173
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
174
Capítulo 5
Análise do desempenho
físico de jogo
175
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
176
Análise do desempenho físico de jogo
177
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Figura 56
Funcionamento do sistema de GPS e de LPS.
178
Análise do desempenho físico de jogo
Figura 57
Exemplo de informações por períodos (a cada 15min) em gráfico fornecidas
pelo sistema CATAPULT SPORTS.
179
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Figura 58
Resumo do desempenho físico gerado pelo sistema Prozone®.
Resultado do jogo: Adversário 0 x 2 Palmeiras.
180
Análise do desempenho físico de jogo
Figura 59
Relatório físico individual de um jogador durante 90min de uma
partida oficial pelo sistema de vídeo InStat.
181
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
984m, volantes = 927m, meias = 1214m e atacantes = 955m), nos sprints (zaguei-
ros = 152m, laterais = 287m, volantes = 204m, meias = 346m e atacantes = 264m),
velocidade máxima atingida (zagueiros = 7,31m/s, laterais = 7,74m/s, volantes
= 7,52m/s, meias = 7,93m/s e atacantes = 7,76m/s) e no tempo de recuperação
entre as ações de altíssima intensidade e sprints (zagueiros = 101s, laterais = 74s,
volantes = 62s, meias = 51s e atacantes = 73s).
Barnes et al. (2014), apesar de não encontrarem diferenças significativas na
distância percorrida total (volume do jogo) quando comparou as alterações de
7 anos da English Premier League entre as temporadas de 2006/07 à 2012/13, eles
verificaram que as alterações se deram nas ações de alta intensidade onde nas
corridas de alta intensidade houve um aumento de 30% (890 ± 299 vs 1.151 ±
337 m, p < 0,001), no número de sprints o aumento foi de 85% (31 ± 14 vs 57 ± 20,
p < 0,001), sendo que as distâncias percorridas em sprints passou de 232 ± 114
para 350 ± 139 m, p < 0,001 (aumento de 35%), confirmando que as alterações
no jogo de futebol não se deu em relação ao volume e sim a intensidade e a
densidade do jogo.
Bush et al. (2015) verificaram que os jogadores que atuam mais aber-
tos (laterais, meias e atacantes) aumentaram a distância percorrida em alta
intensidade em maior proporção do que zagueiros e meio-campistas cen-
trais entre as temporadas 2006-07 e 2012-13. Em contraste, os jogadores cen-
trais aumentaram o número de passes e a taxa de passes certos em relação
ao mesmo período. Estas tendências evolutivas poderiam ser atribuídas a
modificações táticas. Estes resultados fornecem requisitos de referência de
jogadores modernos de elite em cada posição e pode, portanto, ajudar no
recrutamento de jogadores e no desenvolvimento e planejamento do treina-
mento nas específicas posições.
A distância total percorrida durante as partidas mostraram pequenas
variações entre as temporadas 2006-07 e 2012-13, aumentando apenas para
meio-campistas centrais e defensores (200 e 300 m, p < 0,05, respectivamen-
te). Os laterais mostraram grandes mudanças nas distâncias percorridas em
alta intensidade (aumento de 35%, p < 0,001), no entanto, todas as posi-
ções demonstrado aumentos moderados na distância de alta intensidade ao
longo das sete temporadas (zagueiros: 33 %; os meias: 27%; volantes: 30%;
atacantes: 24%, p < 0,05).
Os zagueiros, laterais e meias demonstraram aumentos moderados em
corridas de alta intensidade com a posse da bola (zagueiros: 114 ± 61 vs 193 ±
86 m, p < 0,001; laterais: 355 ± 159 vs 503 ± 181 m, p < 0,001; meias: 591 ± 178
vs 710 ± 171 m, p < 0,01). Em contraste, meio-campistas centrais e atacantes
mostraram um pequeno aumento (p < 0,05). Todas as posições mostraram
182
Análise do desempenho físico de jogo
183
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Fadiga no jogo
Um dos sintomas mais importantes, a fadiga, que é definida como a
inabilidade de manter determinada intensidade de treinamento, pode ser
considerada como um sinal de alarme do organismo em resposta ao estres-
se excessivo. Por outro lado, a fadiga tem um papel importante no treina-
mento esportivo, pois é o primeiro passo para o processo de adaptação do
treinamento, que estimula um incremento das funções orgânicas do atleta,
sendo que o balanço entre o estresse e a recuperação define a qualidade do
programa de treinamento (Cunha; Ribeiro ; Reischak, 2006; Reilly; Drust ;
Clarke, 2008).
Muitos outros sintomas têm sido reportados na literatura, dos quais es-
tão divididos em fisiológicos (diminuição do desempenho físico, da força
muscular, da coordenação, aumento da percepção de esforço e do período
de recuperação, alterações na curva de lactato, sono, anorexia), bioquímicos
(diminuição do glicogênio muscular, do conteúdo mineral ósseo, da testos-
terona livre e razão testosterona/cortisol maior que 30%, bem como aumen-
to do cortisol e da uréia), psicológicos (depressão, estresse emocional, medo
da competição, apatia geral), imunológicos (aumento de infecções e enfer-
midades, diminuição da atividade de neutrófilos e macrófagos) (Cunha;
Ribeiro ; Reischak, 2006).
184
Análise do desempenho físico de jogo
185
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
186
Análise do desempenho físico de jogo
Figura 60
Distâncias percorridas por sprints durante períodos de 15 minutos dos jogos
competitivos internacionais (n=18)
160
Distâncias Percorridas por Sprints
140
120
100
80
60
40
20
0
0 - 15 15 - 30 30 - 45 0 - 15 15 - 30 30 - 45 Tempo (min)
o o
1 Tempo 2 Tempo
187
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
Tabela 25
Deslocamentos médios dos jogadores de futebol no 1º e no 2º tempo do jogo.
14 Profissionais
Bangsbo et al. (1991) 5520 5250 10800 5%
Dinamarqueses
17 Profissionais
Sulamericanos 8638
Rienzi et al. (2000) 4605 4415 4%
6 Ingleses da Premier 10104
League
Rampinini et al.
18 Profissionais - - 10864 8%
(2007)
Lago-Peñas, Rey e
Lago-Ballesteros 432 Europeus de Elite 5136 5063 10199 1%
(2012)
19 Semi-profissionais do
Mohr et al. (2016) - - 10100 2%
Qatar
188
Análise do desempenho físico de jogo
Jogos consecutivos
Em geral no futebol, os jogadores realizam de 50 a 80 jogos (sendo que
o Palmeiras, campeão brasileiro em 2018, disputou 74 jogos oficiais e 3 jo-
gos amistosos em um torneio durante o período de parada do Campeonato
Brasileiro para a realização da Copa do Mundo da Rússia) durante uma
temporada e na maioria das ligas principais, é um procedimento normal às
equipes realizarem jogos consecutivos (três jogos por semana) durante vá-
rios períodos dentro de uma temporada. Assim, apenas 3-4 dias de recupe-
ração são permitidos entre os jogos sucessivos que podem ser insuficientes
para restaurar a homeostase normal (Andersson et al., 2008; Ispirlidis et al.,
2008; Fatouros et al., 2010).
Jogos consecutivos com curto tempo de recuperação podem, portanto, pro-
vocar fadiga aguda e crônica, potencialmente causando comprometimento no
desempenho e / ou lesões, como indicado por estudos de jogadores de elite
(Ekstand et al., 2004; Dupont et al., 2010).
Dupont et al. (2010) verificaram que o desempenho físico (distância total
percorrida, distância percorrida em alta intensidade, distância em sprint, e o
número de sprints) não foi afetada significativamente pelo número de partidas
por semana (1 versus 2), enquanto que a incidência de lesões foi significativa-
mente maior quando os jogadores realizaram 2 jogos por semana versus 1 jogo
por semana (25,6 contra 4,1 lesões por 1000 horas de exposição; p <0,001). Logo,
o tempo de recuperação entre 2 partidas, 72 a 96 horas, parece ser suficiente
189
Futebol profissional: metodologia de avaliação do desempenho motor
para manter o nível de desempenho físico, mas não é suficiente para manter
uma incidência baixa de lesões. Essas informações reforçam a necessidade de
realizar rodízio entre os jogadores e selecionar as melhores estratégias de re-
cuperação para manter uma baixa taxa de lesões entre os atletas durante os
períodos de jogos sucessivos em curto espaço de tempo.
O desenvolvimento da fadiga após um jogo de futebol tem sido as-
sociado à depleção dos estoques de glicogênio musculares (Mohr et al.,
2005), onde, por exemplo, têm demonstrado um elevado número de fibras
musculares esgotadas de glicogênio (Bendiksen et al., 2012). A recupera-
ção do desempenho e do glicogênio muscular depois de um jogo foi es-
tudada e apresentam fase de recuperação lenta com duração entre 48 e 72
h (Gunnarsson et al., 2013; Bendiksen et al., 2012; Nybo, 2012) e pode ser
associada com o dano muscular e / ou uma severa resposta inflamatória
(Nedelec et al., 2012). Esta opinião é corroborada pela elevação observada
de atividade da creatina quinase plasmática (CK), mioglobina (Nybo, 2012;
Thorpe ; Sunderland, 2012), e vários marcadores inflamatórios (Thorpe ;
Sunderland, 2012; Heisterberg et al., 2013; Fatouros et al., 2010) durante o
mesmo espaço de tempo. Por exemplo, Heisterberg et al. (2013) mostraram
que certas subpopulações de leucócitos aumentaram durante a temporada
em comparação com uma pré-temporada exigente, uma descoberta que des-
taca o estresse fisiológico de múltiplos jogos no futebol.
Recentemente, Mohr et al. (2016) verificaram que a recuperação do de-
sempenho pós-jogo e adaptações inflamatórias em resposta a um microciclo
semanal com três jogos demonstraram um padrão de resposta diferente, com
fortes indícios de um maior estresse fisiológico e um grau de fadiga pós-jo-
go depois do jogo meio (segundo jogo) foi precedida onde a recuperação foi
de apenas 3 dias. As corridas de alta intensidade durante o segundo jogo da
série de 3 partidas consecutivas foi 7-14% menor em comparação com o jogo
1 e jogo 3. O desempenho em teste de RSA diminuiu no grupo experimental
cerca de 2-9% 3 dias pós-jogo, sendo que após o jogo 2 foi observado o maior
comprometimento do desempenho. Para o grupo experimental, o jogo au-
mentou a sensação de dor muscular (~ sete vezes) em relação ao grupo con-
trole, sendo que o jogo 2 induzindo a maior subida, enquanto a amplitude
de movimento do joelho foi atenuada pós-jogo no grupo experimental com-
parado com o grupo controle (5-7%) e recuperou mais lento pós o jogo 2
e 3 do que pós o jogo 1. Os marcadores CK, PCR, sVCAM-1, P-selectina e
Cortisol atingiram o pico 48 h pós jogos com o jogo 2 provocando o maior
aumento. As respostas na contagem de leucócitos, testosterona, IL-1β e IL6,
embora alterados 24 h após cada jogo, foram comparáveis entre os jogos. O
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Análise do desempenho físico de jogo
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Referências
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Livros da Coleção Literária
1. Fragmentos Históricos da Regulamentação da Profissão de Educação Física e da
Criação e Desenvolvimento do CREF4/SP
2. O Desporto Paralímpico Brasileiro, a Educação Física e profissão
3. Treinamento de força: saúde e performance humana
4. Faculdade Aberta para a Terceira Idade: educação para o envelhecimento e seus
efeitos nos participantes
5. Gestão, Compliance e Marketing no esporte
6. Ginástica laboral e saúde do trabalhador
Saúde, capacitação e orientação ao Profissional de Educação Física
Conselheiros do CREF4/SP
“Somos nós, fortalecendo a Profissão”
ISBN 978-85-94418-34-0