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OS PROCESSOS CONATIVOS

 Por que razão persistimos ou desistimos de


objectivos?
 O que move um indivíduo a fazer, por exemplo,
greve de fome?
 O que nos permite resistir à dor em nome do
exercício físico?

EM SUMA, O QUE É QUE NOS LEVA A AGIR DE UM


DETERMINADO MODO E NÃO DE OUTRO?
Os nossos comportamentos têm duas
componentes:

 Componente objectiva –
diz respeito aos
movimentos observáveis.

 Componente subjectiva –
diz respeito à disposição
interna que nos orienta
para agir, isto é, aos
processos conativos.
PROCESSOS CONATIVOS
 Associados à questão “porquê?”
 Correspondem à dimensão intencional da vida psíquica;
 Referem-se à dimensão da mente que envolve esforço,
vontade do sujeito atingir algo;
 Conação: do latim conatione – esforço – remete para os
aspectos que se relacionam com a iniciativa da acção.
 Dizem respeito aos motivos que nos levam a agir de
determinado modo e não de outro;
 Remetem para processos que se ligam à execução de
uma acção, que movem o ser humano num certo
sentido;
 Relacionam-se com vontade, intencionalidade,
tendência e motivação;
OS PROCESSOS CONATIVOS
 Só a partir da década de 80 do século XX é que estes
processos começaram a ser estudados mais séria e
aprofundadamente. Até então, o comportamento
observável e os processos cognitivos dominavam quase
por completo o panorama do que era estudado em
Psicologia.
 A importância conferida a estes processos justifica-se a
partir da ligação destes com o conceito de mente, vista
como um conjunto de processos complexos a partir do
qual cada um de nós se constrói, traçando a sua própria
identidade.
 Estes processos estão de tal modo ligados aos
processos cognitivos e emocionais, que só a partir de
um ponto de vista teórico somos capazes de os
conceber separadamente.
CONCEITOS ENVOLVIDOS NO ÂMBITO DOS PROCESSOS CONATIVOS:

 Intencionalidade
 Tendência

 Motivação

 Vontade
INTENCIONALIDADE

 Ser consciente é ser consciente de algo.


 Crer (acreditar) é crer em algo, ou que algo é o
caso.
 Desejar é desejar algo ou que algo seja o caso.

 Recear é recear algo ou que algo seja o caso.

 Ter uma intenção é ter a intenção de fazer algo


ou de que algo seja o caso.
 Intencionalidade é aquela propriedade da
mente (humana) pela qual os estados mentais
são capazes de representar objectos e estados
de coisas do mundo. Todo o estado mental é
intencional na medida em que habilita a
relação do organismo ao mundo, ao meio
ambiente e outras pessoas.
 A intencionalidade funciona tornando os seres
humanos aptos para lidar com o mundo.
MOTIVAÇÃO OU TENDÊNCIA

 O processo conativo por excelência.


 Processo dinâmico constituído pelo conjunto
de factores(motivos) que activam, sustentam e
dirigem o comportamento para um objectivo
que é a satisfação de necessidades fisiológicas
e psicológicas.
MOTIVOS

 São o que move, a razão de ser do


comportamento.
 São as necessidade e desejos que o
comportamento orientado para um fim procura
satisfazer ou realizar.
TIPOS DE MOTIVAÇÃO OU TENDÊNCIAS – QUANTO À ORIGEM

 Primárias
 Necessidades inatas; a sua satisfação visa assegurar o
equilíbrio, a conservação e a sobrevivência do
organismo. Ex. fome, sede
 Secundárias
 Necessidades cuja origem se deve à aprendizagem
social e cultural. Ex. necessidade de sucesso, pertença,
afiliação.
 Combinadas
 Necessidades que combinam factores biológicos e
sociais, inatos e aprendidos; nestas o factor biológico
exprime-se condicionado pela aprendizagem
sociocultural, por padrões sociais e culturais. Ex.
impulso sexual e impulso maternal.
TIPOS DE MOTIVAÇÃO OU TENDÊNCIAS – QUANTO AO OBJECTO

 Individuais
 Relacionam-se com os interesses do indivíduo e visam
o seu desenvolvimento e preservação. Ex. alimentação
 Sociais
 Estão na base das interacções sociais e têm a ver com
o estabelecimento de relações com os outros. ex.
afiliação
 Ideais
 Relacionam-se com a promoção de valores que podem
ser intelectuais, estéticos e éticos. Ex. Curiosidade,
justiça
SEQUÊNCIA MOTIVACIONAL

Necessidade
Estado de desequilíbrio provocado
por uma carência ou privação.
Ex. fome

Saciedade
Quando o objectivo é alcançado,
o impulso desaparece ou diminui
Ex. Ingestão do alimento
Impulso ou pulsão
Estado energético capaz de
activar e dirigir um comportamento
Ex: Força que move o indivíduo comer

Resposta
Actividade desenvolvida
e desencadeada pela pulsão
Ex: procura de alimento, no frigorífico
AS NOSSAS MOTIVAÇÕES SÃO CONDICIONADAS POR…

 Factores biológicos
 Factores psicológicos e sociais

 Ex. Podemos falar de duas formas essenciais de


comer e de beber:
A conduta motivada pode desencadear-se como
consequência de um défice ou carência real do
organismo, isto é, necessidade de repôr o nível de
energia ou de líquidos.
 É também possível falarmos de conduta motivada
para comer ou beber na ausência de sinais de
carência real.
TEORIA DE MASLOW SOBRE A MOTIVAÇÃO
HIERARQUIA DAS NECESSIDADES
TEORIA DE MASLOW SOBRE A MOTIVAÇÃO
HIERARQUIA DAS NECESSIDADES

1- As pessoas só podem a atingir um nível superior de


motivação se as necessidades do nível anterior
estiverem satisfeitas ou não houver ameaça sobre a sua
satisfação.
2- À medida que se sobe a escala, vai crescendo a
diferença entre o que é comum a homens e a animais e
aquilo que é específico dos seres humanos.
3- As necessidades dos níveis inferiores são sentidas por
todos os seres humanos, enquanto as necessidades
superiores surgem só num número cada vez mais
reduzido de pessoas.
A TEORIA DE FREUD SOBRE A MOTIVAÇÃO

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