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DE ESCOLAS
Nome: __________________________________________________________ FERREIRA DE CASTRO
N.º: ____ Turma: ____ Data: ___ / ___ / ____
Português –6 º ano
Professor: _______________________ Enc. Educ. _______________________ 1º semestre (adaptado)
Domínio(s) avaliado(s)
Vocabulário:
1
Estética - Sentimento que a beleza desperta em nós.
2
Ogre - Criatura imaginária assustadora, devoradora de homens.
3
Vigentes - Que está em vigor.
2. Ordena as ideias sequencialmente, pela ordem que aparecem na narrativa.
___ Além de tudo, os contos ainda transmitem uma mensagem cultural rica e intemporal.
___ Todos os contos, sejam de que tipo forem, estimulam o espírito das crianças.
___ Os textos que merecem mais atenção são os contos tradicionais narrados às
crianças.
desenvolvimento intelectual.
Texto B - A Lua
Em tempos que já lá vão havia uma terra onde a noite era sempre
escura e o céu estendia-se sobre ela como um lenço negro, pois ali a Lua
nunca subia e nenhuma estrela piscava na escuridão. Na altura da criação
5 do mundo, a luz da noite era suficiente. Uma vez, saíram desta terra em
peregrinação quatro rapazes e chegaram a um outro reino onde, quando à
noite o Sol desaparecia atrás dos montes, havia uma esfera brilhante
pendurada num carvalho, que deitava uma luz suave em todas as direções.
Devido a ela, era possível ver e distinguir tudo muito bem, embora não
10 fosse uma luz tão forte como a do Sol. Os rapazes pararam e perguntaram
a um lavrador, que passava por ali com o seu carro, que luz era aquela.
“Aquilo é a Lua”, respondeu ele, “o nosso prefeito comprou-a por três
moedas e pendurou-a no carvalho. Tem de lhe deitar óleo todos os dias e
mantê-la limpa, para que ela não deixe de brilhar. Por isso, pagamos-lhe
15 uma moeda por semana.”
Assim que o lavrador partiu, disse um deles: “Esta lanterna fazia-nos
jeito, também lá temos um carvalho, tão alto como este, onde a podemos
pendurar. Que grande alegria deixar de tropeçar na escuridão!” “Sabem
que mais?”, disse o segundo, “precisamos de arranjar um carro e um
20 cavalo e levar a Lua embora. As pessoas daqui bem podem comprar uma
outra.” “Eu trepo com muita facilidade”, disse o terceiro, “trago-a já para
baixo!” O quarto trouxe um carro e um cavalo e o terceiro trepou pela
árvore acima, fez um buraco na Lua, passou-lhe um fio e fê-la descer.
Assim que a Lua brilhante ficou dentro do carro, deitaram-lhe um lenço por
25 cima, para que ninguém se apercebesse do roubo. Levaram-na sem
problemas para a sua terra e penduraram-na num alto carvalho. Velhos e
novos alegraram-se quando a nova lanterna começou a estender a sua luz
sobre os campos e os quartos e salas se encheram dela. Os anões saíram
dos seus buracos nas rochas e os pequenos elfos, com os seus casacos
30 vermelhos, faziam rodas nos prados.
Os quatro rapazes tratavam da Lua com óleo, limpavam a mecha1 e
recebiam a sua moeda semanal. No entanto, envelheceram e quando um
deles adoeceu e se apercebeu de que a morte estava próxima, ordenou
que o quarto da Lua que lhe pertencia fosse levado com ele para a
35 sepultura. Quando morreu, o prefeito trepou à árvore e, com a tesoura
da poda, cortou um quarto da Lua que meteu no caixão. A luz da Lua
diminuiu, mas não muito. Quando morreu o segundo, foi-lhe dado o
segundo quarto e a luz mingou. Mais fraca ficou ainda quando morreu
o terceiro, que também levou o seu quarto e, quando o quarto homem
40 foi sepultado, instalou-se de novo a velha escuridão. Sempre que as
pessoas saíam à noite sem lanterna, batiam com as cabeças umas nas
outras.
Porém, assim que os quartos da Lua se juntaram no inferno, os mortos,
habituados à escuridão, agitaram-se e acordaram do seu sono. Ficaram
45 espantados por poderem ver de novo: a luz da Lua chegava-lhes bem, pois
os seus olhos estavam tão fracos que não teriam podido suportar a luz do
Sol. Ergueram-se, alegraram-se e retomaram os seus hábitos de vida.
Alguns deles dedicaram-se ao jogo e à dança, outros foram para as
tabernas onde pediram vinho, embriagaram-se, vociferaram2 e lutaram e,
50
por fim, pegaram em cacetes e bateram uns nos outros. O barulho era cada
vez maior até que, por fim, chegou ao céu.
São Pedro, que guarda as portas do céu, calculou que o inferno se tinha
revoltado e chamou as hostes3 celestes, que lutavam contra o maligno,
porque este e os seus associados pretendiam assolar a morada dos
abençoados. Como, porém, elas não vinham, São Pedro montou no seu
cavalo, atravessou as portas do céu e foi ao inferno. Aí sossegou os
mortos, fê-los voltar de novo à sepultura e levou com ele a Lua,
pendurando-a no céu.
Vocabulário
1
mecha – fios envolvidos em cera ou combustível para manter o lume aceso.
2
vociferaram – gritaram, berraram.
3
hostes – exércitos.
6. Indica os dois cuidados que eram necessários ter com a Lua para que ela não
deixasse de brilhar.
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7.1. Os quatro rapazes exigiram levar, no momento da sua morte _____________
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8. Refere um hábito de vida que foi retomado pelos mortos no inferno depois da
chegada da Lua.
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9. Assinala com X o recurso expressivo que está presente na passagem
⬜ A. Comparação.
⬜ B. Enumeração.
⬜ C. Metáfora.
10. Assinala com X duas características que te permitam classificar este texto
como sendo um conto popular.
Bom trabalho!