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Enuma era uma humana, pequena e indefesa que morava em uma pequena vila aos arredores

de XXXX. Ela ajudava sua mãe com o plantio, já que seu pai há muito as havia deixado.
Seu pai, até onde Enuma sabia, era um ótimo aventureiro e dominava como ninguém as artes
marciais. Mas sua mãe, pouco falava sobre ele, pois tinha certo receio de algo que a jovem
humana não sabia. Quando Enuma tinha por volta de treze anos de idade, alguns,
aparentemente humanos, invadiram a vila onde ela e sua mãe moravam. Os mesmos
procuravam por um homem chamado Arthur, que era seu pai. Mas ninguém tinha noticias
do paradeiro do homem, então, sendo Eluna sua esposa, os homens acharam que ceifando
sua vida, colocaria uma pedra em cima desta história. A jovem ficou sem reação à toda aquela
situação, mas logo recobrou a consciência quando viu o homem cravar sua espada no pescoço
de sua mãe. As ultimas palavras de Eluna foram para que Enuma salvasse sua vida.

A jovem correu em desparada para dentro da floresta. Do seu rosto, as lágrimas escorriam em
abundância, tal como seus soluços incessantes. Enuma correu o máximo que pode, até
finalmente se deixar levar pelo cansaço. Recostou em uma árvore e por alí ficou. Adormeceu
e só foi acordar no outro dia. Não sabia ao certo quando tempo havia passado, mas sabia que
agora o tempo era a ultima coisa que importava. Já sem pensamentos sobre onde sua nova e
infortunia vida a levaria, a única saída era ceder à situação em que se encontrava.
Enuma fez da árvore sua nova moradia. Dali, só saia para se alimentar ainda que
precariamente e por ali ficou durante 2 luas.
Certo dia, um homem que já aparentava meia idade viu a jovem pescando e foi a seu
encontro. Ele se apresentou como Sir Art e por lá, ficaram conversando. Enuma, de certa
forma, se sentiu acolhida pelo senhor desconhecido.
Sir Art levou a jovem até sua casa e lá cuidou dela e a ensinou sobre um antiga arte de
dominação de energia. Enuma já ouvira isso antes, mas jamais pensou que fosse real.
Enuma e Sir Art se tornaram grandes amigos e companheiros de treinamento. A jovem
treinava com afinco e surpreendia cada vez mais o seu novo amigo e mestre. Durante meses,
seus dias foram apenas se aprimorar na arte do combat.

Alguns anos se passaram. Enuma já estava com idade suficiente para sair para suas aventuras
pelo mundo e usar suas habilidades novas. Quando esse dia chegou, Enuma estava
entusiasmada, mas algo a impediu de ir embora.
Três homens, todos portando fortes machados, invadiram a casa de Sir Art. Aos berros, os
homens davam ordem para que Sir Art se entregasse e abandonasse sua vida de assassino.
Enuma ficou perplexa por ouvir tais palavras. Como poderia um homem tão gentil ser um
assassino ?
Mas logo seus devaneios foram quebrados por sons de metal se chocando. Enuma olhou e
ficou seu mestre combarter com maestria os três homens que estavam em sua frente. Cada
movimento de seu mestre era minunciosamente calculado e ela sabia que, aqueles
movimentos ele jamais havia mostrado à ela. A jovem ficou impressionada com tais
movimentos. Mas sua distração foi fatal e fora de hora.
Com a jovem distraída, um dos homens não perdeu tempo e logo foi para cima da jovem
desatenta. Sir Art vendo aquilo, se jogou na frente de Enuma para salva-la. O machado
perfurou seu peito e o liquido rubro verteu por seu corpo. Enuma sabia que os dias de seu
mestre estavam por um fio. Em um grito de cólera, junto com o medo e desespero, Enuma, de
forma sobrenatural, fez-se evocar um poder e suas mãos brilharam como o próprio Sol. Fora
desferida uma rajada de golpes sobre os homens, que não suportaram todo aquele poder e
sucumbiram.
Diante dos corpos caídos dos homens, estava o de seu mestre, já quase sem vida. Ele pediu
para que a jovem se aproximasse e ela o fez.
- Enuma, minha filha. Faço dessas palavras as minhas ultimas. Pegue este papel e vá até a
Vila da Sombra e fale com Rajar, mãos de relâmpago e entregue a ele. Ele saberá o que fazer.
Essas foram as ultimas palavras de Sir Art, o até então desaparecido pai de Enuma.

Com lágrimas nos olhos, a jovem saiu e ficou perambulando pelas estradas durante um
tempo. Até que finalmente decidiu ir até a Vila da Sombra. Chegando lá, foi procurar por
Rajar.
Rajar era um humano de meia idade, mas seu corpo demonstrava ser uma pessoa muito bem
condicionada. Ele trajava roupas escuras e portava duas espadas, uma em cada lado de sua
cintura.
Rajar era uns dos líderes de uma sociedade secreta de ninjas, chamada Ninjas da Lua
Crescente.
Enuma entregou o papel a Rajar. O homem sabia exatamente o que aquilo queria dizer. Seu
amigo Arthur estava morto, mas deixara sua filha para que fosse treinada. E foi o que o
homem fez.
E assim foram os próximos dias de Enuma. Ela seria treinada na arte ninja, um arte milenar,
mas não sabia se teria que ser uma Assassina, assim como seu pai possivelmente fora.
Mas para ela, pouco importava. Ela só almejava aqueles poderes e movimentos incríveis que
seu pai/mestre mostrara.
Depois de alguns anos, quando Enuma completava seus 19 anos, terminou seu treinamento e
pôde sair de lá para se aventurar. Vagou por estradas, cidades, vilas, por vários lugares.
Certo dia, depois de mais ou menos 1 ano de aventuras, chegou em uma cidade chamada
Malpetrin. Lá, como ouvira dizer, tinha uma grande feira que reunia pessoas de todo o
mundo. Pensava a jovem que poderia encontrar um grupo disposto à aceita-la para
partilharem de conquistas e aventuras.
Andava ela quando se deparou com um cartaz onde haviam os seguintes dizeres:

“ Convoca-se aventureiros experientes para combater o mal. Paga-se bem “

Enuma ficou interessada e foi até uma taverna próxima perguntar pelo cartaz. Lá conversou
com o taverneiro e soube que há alguns dias, um elfo havia colocado estes cartazes, mas já
partira com os aventureiros.
Enuma ficou chateada, mas continuou com o cartaz na esperança de um dia, se possível, se
reunir com essas pessoas caso não consiga seu próprio grupo. Então, a jovem acabou por
partir da cidade e rumou sem sentido, em busca de aventuras e um grupo.

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