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Criciúma
Dezembro – 2012
IGOR GEORGE BORGES DRUDI
Criciúma
Dezembro – 2012
IGOR GEORGE BORGES DRUDI
___________________________________________________
Professor e orientador Nome do Professor, Título.
Faculdade SATC
___________________________________________________
Prof. Nome do Professor, Título.
Faculdade SATC
____________________________________________________
Prof. Nome do Professor, Título.
Faculdade SATC
Dedico este projeto a Bruna, a minha
família e a meus estimados colegas da
La Moda.
Também dedico este projeto aos que
ousam.
AGRADECIMENTOS
1 INTRODUÇÃO 13
1.1 JUSTIFICATIVA E CONTRIBUIÇÕES 14
1.2 ORGANIZAÇÃO 15
1.3 OBJETIVO GERAL 15
1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 15
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 16
2.1 ADMINISTRAÇÃO 16
2.1.1 História da Administração 17
2.1.2 Evolução da Administração 17
2.1.2.1 Ênfase nas Tarefas 17
2.1.2.2 Ênfase na Estrutura Organizacional 18
2.1.2.3 Ênfase nas Pessoas 18
2.1.2.4 Ênfase nas Tecnologias 19
2.1.2.5 Ênfase no Ambiente 19
2.1.2.6 Ênfase nas Competências e na Competitividade 20
2.1.3 A Teoria da Administração atualmente 20
2.2 MARKETING 21
2.3 DESIGN 22
2.3.1 História do Design 23
2.3.2 Gestão do Design 25
2.3.3 Design Estratégico 27
2.3.4 Modelos Estratégicos 34
2.3.4.1 Modelo de Mozota 34
2.3.4.2 Modelo de Martins e Merino 37
2.3.5 Experiência e emoção no Design 38
2.3.5.1 Fisiologia da emoção 40
2.3.5.2 Sentidos 42
2.3.5.3 Visão, Gestalt e Cores 43
2.3.5.4 Olfato 44
2.3.5.5 Audição 44
2.3.5.6 Tato 45
2.3.5.7 Estrutura da experiência 45
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 48
4 CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS ESTRATÉGICOS 50
4.1 CENÁRIO VIGENTE NA LA MODA 50
4.1.1 Histórico 50
4.1.2 Visão, Valores e Missão 52
4.1.3 Análise SWOT 53
4.1.4 Imagem e identidade de marca 54
4.1.5 Estrutura organizacional 56
4.2 CENÁRIO PROPOSTO PARA A LA MODA 57
4.2.1 O design dentro da La Moda 62
4.2.1.1 Estruturação do design 63
5 CONCLUSÃO 65
REFERÊNCIAS 67
1 INTRODUÇÃO
1
Termo inglês que refere se a acontecimentos, casos. Em negócios, trata se de eventos
históricos específicos em empreendimentos.
13
1.1 JUSTIFICATIVA E CONTRIBUIÇÕES
2
Geração dos nascidos entre aproximadamente 1981 e 2001, também chamada de
geração do milênio
14
e eficientes. Logo, a ausência de uma cultura de design e inovação
estimulada de forma estratégica é um problema real a ser resolvido.
1.2 ORGANIZAÇÃO
15
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 ADMINISTRAÇÃO
16
2.1.1 História da Administração
17
necessário para o operário realizar a tarefa. Por intermédio dessa
normativa, os operários eram treinados e selecionados.
18
Essa nova abordagem foi inconclusiva, sendo considerada
também demagógica e manipuladora por reabaixar o valor simbólico das
recompensas salariais e omitir um embate de interesses: a da corporação
que visa a maximizar seu faturamento e a do operariado que visa
melhores salários. Mas a Escola das Relações Humanas contribuiu muito
para contrapor o taylorismo e a TGA clássica, afirmando que esses
estilos limitam o desenvolvimento pessoal, levando à falta de motivação,
baixo nível de desempenho e competição destrutiva.
A Teoria Comportamental procede da Escola das Relações
Humanas, concentrando seu foco de estudo nos sistemas de tomada de
decisão, ainda focando nas relações comportamentais, de acordo com
Motta (2002).
19
2.1.2.6 Ênfase nas Competências e na Competitividade
2.2 MARKETING
2.3 DESIGN
3
Disponível em: <http://www.icsid.org/ about/about/articlesuç31.htm>. Acesso em: 16
set. 2012.
22
em soluções e tendo os problemas como fatores de origem das
necessidades.
O desenvolvimento histórico do design tem estreitas relações
com as expressões artísticas, a revolução industrial e o desenvolvimento
tecnológico e econômico; por isso compreender a historia do design e a
historia da administração são fundamentais.
24
ao lifestyle 4, a estética e as artes. Essa premissa pós - modernista,
empática e ideológica estreitou muito a relação com a indústria,
evoluindo em suas diversas disciplinas de estudo até os dias de hoje.
4
Lifestyle é um termo da língua inglesa, que significa as atitudes de um indivíduo, seus
valores ou sua visão de mundo. Um conjunto de símbolos culturais que ressoem
como identidade pessoal. Nem todos os aspectos de um estilo de vida são
voluntários, pois estes sofrem grande influência do ambiente e da cultura.
5
What is design management? Disponível em:
<http://dmi.org/dmi/html/aboutdmi/design_management.htm>. Acesso em: 16 set.
2012.
25
estratégico, assim Mozota (2011) sintetiza a amplitude do termo gestão
do design. Nesse sentido,
26
A autora complementa apresentando a tabela 1, de modo que se
observa a correlação entre os conceitos de ambas as ciências.
28
e seus processos industriais para a experiência emocional que o público
terá com determinada marca ou serviço.
Desse modo, a projeção da experiência do consumidor entra
como uma função estratégica do design no âmbito corporativo. Essa
nova abordagem se fundamenta na ideia de que o
29
objetivos estratégicos alcancem os objetivos propostos, um planejamento
metódico e flexível deve ser desenvolvido.
Do mesmo modo, Rebouças (2007) apresenta o
planejamento estratégico como um plano que guia a estratégia elaborada
pela corporação, uma postura equacionada, composto pelo constante
monitoramento dos fatores que influenciam o cotidiano da corporação
mostrar a orientação a tomar diante as constantes mudanças do mercado.
A estratégia é definida pelo nível mais alto da corporação, o
institucional, definindo os objetivos a serem alcançados já com a análise
dos componentes bases da estratégia empresarial, o ambiente, a empresa
e a adequação entre ambos.
Estratégia definida, os planos táticos específicos são
implementados nas seções organizacionais da empresa para serem
executados pelo nível operacional. Na figura 4, Chiavenato (2007)
apresenta a inter-relação entre os níveis estratégico, tático e operacional.
30
Mozota (2011) correlaciona o design nos três níveis do
planejamento estratégico, dando o escopo da formatação da gestão
estratégica de design, conforme ilustra a tabela 2:
31
Assim, vislumbram-se as relações intrínsecas entre o design
e a administração, como as empresas podem empregar a ferramentas e os
preceitos de cada ciência para a resolução das metas propostas no
planejamento estratégico. Martins e Merino (2011) apresentam, de forma
concisa, a gestão do Design como estratégia de diferenciação e
posicionamento de mercado, através da correlação entre a visão da
emrpesa (design estratégico) e a função (objetivos). Este sistema é
apresentado conforme a tabela 3:
32
Apesar da complexidade de dados e sistemas envolvidos na
dinâmica corporativa, o foco deve ser a experiência emocional do
serviço ou produto que a empresa se propõe a oferecer. Assim, as metas
estratégicas devem englobar o contato da empresa com o consumidor
como:
portais para a experiência que são importantes para os
clientes – projetar uma experiência ótima com uma
promessa consistente pelos múltiplos pontos de toque –
como você usa o design para o gerenciamento da rede de
fornecimento de experiencia dos clientes. (BRUNNER;
EMERY, 2010, p.121)
34
Como objetivo principal deste modelo, a gestão estratégica
do design desenvolve a sinergia entre design, estratégia, cultura e
identidade da empresa. Com base nesta conceitualização, Mozota (2011,
p.285) afirma que “a gestão do design participa de todos os diferentes
estágios da formulação estratégica”. Assim, o processo de construção da
estratégia com o design em foco segue conforme a tabela5:
35
Fase inicial do planejamento estratégico, que primeiramente
analisa o cenário vigente no mercado e no posicionamento da instituição.
A análise externa busca oportunidades e ameaças oferecidas pelo
ambiente, avaliando os fatores apresentados no quadro; enquanto a
análise interna avalia a capacidade estratégica da organização através de
seus pontos fortes e fracos. Posteriormente, prospectam-se cenários
plausíveis para a aplicação da estratégia definida para atingir os
objetivos pressupostos como metas corporativas.
Após esta captação e analise dos dados, a segunda fase tem
início, sendo esta a etapa de decisão entre as estratégias, como pode ser
observado na tabela 7.
36
valoriza uma abordagem estrutural, de forma que tal escolha determinará
a cultura de design predominante na corporação.
Implementar e executar a estratégia planejada são a fase final
deste processo, conforme tabela 9.
37
Segundo os autores, o formato escolhido foi o circular,
devido sua significância integradora e cíclica. Os discos Design são os
integradores, conectando o cliente interno ao cliente externo, atuando
como uma cultura organizacional centrada no elemento humano.
Conforme figura 6.
41
O cérebro original é uma área primitiva, encontrada na
maioria dos animais, dando base aos sentidos e responsável também por
comparações de padrões, O sistema límbico é a região em que se
processam as emoções, sendo uma ponte entre os estímulos sensoriais e
fator racional do neocórtex.
O neocórtex é o último estágio de desenvolvimento do
cérebro, é nosso lado racional, em que se localiza a consciência e o
processamento de dados complexos.Na tabela 10, suas inter-relações são
apresentadas.
2.3.5.2 Sentidos
43
escultura ou em qualquer outro tipo de manifestação visual
(GOMES FILHO, 2000, p.17)
2.3.5.4 Olfato
2.3.5.5 Audição
44
2.3.5.6 Tato
45
A abordagem da qualidade pragmática esta apoiada na
capacidade de “do goals”, ou seja na capacidade de realização de
determinada função ou tarefa, ou seja, o valor principal é a competência
funcional do produto ou serviço. Contrapondo, o modelo hedônico
qualifica a capacidade de “be goals”, a competência de realização de
seus valores simbólicos. Assim, sobrepondo as razões funcionais e
práticas, o valor encontra-se no significado representado por este
produto ou serviço ao usuário.
Dentro deste contexto, a experiência com determinados
produtos ou serviços podem ter a classificação de hedônico e pragmático
em diferentes escalas, de acordo com as variáveis ambientais, temporais
comportamentais. Por isso, a atenção a todos os detalhes que envolvem a
gestão da rede de fornecimento de experiências para que os valores
hedônicos e pragmáticos desejados e planejados sejam realmente
assimilados pelo publico, de acordo com Brunner e Emery (2010).
A qualidade da experiência é abordada por Fadel (2010), que
qualifica positivamente a experiência por meio da Teoria do Flow. A
teoria foi proposta por Mihaly Csikszentmihalyi, pesquisador húngaro
do campo da psicologia, com foco nos estudos da felicidade e da
criatividade. A teoria explica que o Flow é um estado mental em que o
individuo apresenta grande satisfação e prazer, oriundos de uma
atividade imersiva de foco motivado.
A figura 10 apresenta o posicionamento do estado de Flow
dentro das emoções:
46
acontecer, como: desafios que podem ser superados, foco de atenção sem
distração significativa, metas claras e definidas, resposta imediata com
recompensas pelas ações e desempenho geral, perda de consciência das
preocupações e frustrações do dia-a-dia; sentimento de controle sobre as
ações, atividades e ambiente; perda da preocupação consigo mesmo, como
fome e sede, e senso diferenciado de tempo.
A figura apresenta a relação entre as habilidades e o desafio
proposto pela experiência, demonstrando que o estado é mais facilmente
alcançado quando ambos aspectos estão acima da média (considerando a
média o ponto médio no centro da figura, onde os estados emocionais se
encontram). O estado do Flow é inversamente contrário ao estado
apático, mas também não está em um estado de excitação plena,
aportando o individuo em um estado de prazer consciente e controlado,
de acordo com Csikszentmihalyi (1991).
Deste modo, construir experiências significativas por meio
dos contextos do design emocional e neurociência, da categorização
pragmática e hedônica e da formação de estados de Flow é um processo
no qual o design pode significativamente contribuir para um melhor
relacionamento entre marcas, produtos, serviços e, principalmente,
pessoas.
A importância da construção dessa rede de fornecimento de
experiências para o usuário é uma evolução histórica nos estudos de
comportamento de consumo, partindo do tradicional estudo das
motivações racionais que abordam o consumidor como um objetivo
tomador de decisões, para uma abordagem da relação entre os efeitos
experienciais dos pontos de contato multissensoriais, conforme salienta
Lucian et al. (2009).
47
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
48
Na figura 11, Rebouças (2007) apresenta a abordagem de
construção de cenários estratégicos, de modo que para prospectar
cenários futuros, deve-se conhecer o passado e o vigente.
49
4 CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS ESTRATÉGICOS
4.1.1 Histórico
s.
51
4.1.2 Visão, Valores e Missão
6
Como agarrar um pedaço dos 12 bi do mercado de luxo. Disponível em:
<http://exame.abril.com.br/revista-exame-pme/edicoes/0049/noticias/mercado-de-
alta-classe>. Acesso em: 15 de nov. de 2012.
7
Mercado de luxo da China abre oportunidades de negócios para SC. Disponível em :
<http://www2.fiescnet.com.br/web/pt/site_topo/principal/noticias/show/page/7/tipo
Noticia/2/id/11130/portalId/1 >. Acesso em 15 de nov. de 2012
54
p.132) que identidade de marca “é a manifestação da personalidade
tangível da empresa, manifestada no seu comportamento e comunicação,
a realidade da corporação traduzida numa padronização”.
Imagem é a percepção do público configurada a partir da
comunicação e posicionamento de marca empregada, ou como Neumeier
(2008, p.2) define, marca é “a percepção intima, o sentimento visceral de
uma pessoa em relação a um produto”. Afirma que cada pessoa atribui
um significado próprio a marca a partir das experiências. Quando o
coletivo reconhece valores e atributos comuns a cada experiência
proporcionada pela marca, este conceito compartilhado é a imagem de
marca.
Complementando, Brunner e Emery (2010, p. 104) afirmam
que a marca é uma promessa, pois “quando sua marca se comunica bem,
você cria um contexto de expectativas. O produto é emocionalmente pré-
qualificado antes que a compra seja feita”, ou seja, que este valor
coletivo compartilhado gera expectativa no público, tanto aquele que já
vivenciou uma experiência quanto naquele que somente recebeu o relato
da experiência.
Compreendendo a essência dos termos identidade e imagem,
pode-se dizer que o forte e constante investimento em marketing que a
La Moda empregou para difundir a identidade de marca, como meta
estratégica para posicionamento de mercado, proporcionou ao público
uma clara distinção dos valores e propostas de produto da empresa,
formando uma imagem de marca forte e consistente.
Uma marca com personalidade ousada, espelhado no status
de grandes grifes internacionais, sobressaindo-se em meio ao mercado
com o conceito luxo acessível, com produtos premium, devido a
concepção das coleções, a sofisticação dos tecidos empregados, as
modelagens apreciadas pelo publico, as estampas exclusivas e a
comunicação alinhada a disseminar estes valores.
Na figura 12, pode-se observar a representação gráfica da
identidade da marca Lança Perfume.
8
CEO é a abreviatura de Chief Executive Officer, significando em português Diretor
Executivo, cujo cargo é mais alto nível da hierarquia organizacional de
determinadas empresas
56
4.2 CENÁRIO PROPOSTO PARA A LA MODA
57
de Martins e Merino (2011), e do modelo de Mozota (2011), que mescla
a teoria dos níveis de gestão e o design.
O foco na experiência do público para este modelo de gestão
para a La Moda encontra se na ligação direta entre os desenvolvedores
da estratégia e público da La Moda. A representação da proposta é
circular, com níveis sequenciais entre dois níveis principais: o público da
empresa, tanto interno quanto externo, e o conselho que arquiteta o
planejamento.
Assim, a conceitualização das camadas circulares cíclicas e
com o público sendo participante ativo vem da proposta de Merino,
enquanto Mozota contribuiu com os níveis de valores e suas atribuições.
A figura 14 apresenta o modelo proposto para a La Moda:
9
Focus group é um técnica de pesquisa qualitativa, onde um grupo coordenado por um
moderador discute a respeito de determinado agente.
10
Benchmarking é a pesquisa, monitoramento e análise dos processos, produtos e
práticas vigentes das reconhecidas melhores organizações do mercado.
61
Analisar as oportunidades e pontos fortes juntamente com
pontos fracos e ameaças ambientais promove uma melhor assertividade
do planejamento estratégico, que deve ter metas integradas e ser flexível
o bastante para aproveitar as oportunidades e superar as adversidades.
Neste contexto, o design é um departamento que necessita
estruturação, qualificação e estruturação para que o investimento nesse
âmbito apresente a melhor eficácia (relação entre os resultados obtidos e
os objetivos pretendidos) e eficiência (relação entre os resultados obtidos
e os recursos empregados).
64
5 CONCLUSÃO
65
66
REFERÊNCIAS
67
GOMES FILHO, João. Gestalt do Objeto: Sistema de Leitura Visual
da Forma. São Paulo: Escrituras Editora, 2008
_____. Brand Sense: segredos sensoriais por traz das coisas que
compramos. 1. ed Porto Alegre, RS: Bookman, 2012.
69