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Prezados Clientes e Parceiros,

Em meio a tantas mudanças na legislação trabalhista, a Audisa preparou um resumo


com as principais alterações para o acompanhamento das entidades. Fiquem ligados!

1. MEDIDA PROVISÓRIA nº 927


Dispõe sobre as medidas trabalhistas para enfrentamento do estado de calamidade
pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, e da
emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus
(covid-19), e dá outras providências.

Atualização:

Seu período de vigência foi de 22/03/2020 a 19/07/2020. A partir de 20 de julho de 2020


passaram a vigorar as regras da CLT conforme era anterior a MP 927.

1.1 TELETRABALHO

Foram flexibilizadas algumas regras e agora a transição entre os regimes


presencial/remoto não precisam de registro prévio da alteração contratual.

A alteração entre os regimes presenciais/teletrabalho e vice-versa devem ser


comunicadas ao empregado com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas.

Deve ser observado as seguintes regras:

Se o empregado não possuir os equipamentos e a infraestrutura necessária e adequada,


o empregador fornecerá os equipamentos em regime de comodato e pagará pelos
serviços de infraestrutura (luz, internet), sem caracterizar verba de natureza salarial.

Não sendo possível oferecer os equipamentos em regime de comodato, o período da


jornada de trabalho será considerado tempo à disposição do empregador.
Atualização com o fim da vigência da MP 927/2020:

Art. 75-C. A prestação de serviços na modalidade de


teletrabalho deverá constar expressamente do contrato
individual de trabalho, que especificará as atividades que
serão realizadas pelo empregado.

1.2 ANTECIPAÇÃO DE FÉRIAS INDIVIDUAIS

O aviso de férias antecipadas pode ser concedido com antecedência mínima de 48


(quarenta e oito) horas e pode ser meio eletrônico ou escrito.

As férias não poderão ser inferiores a cinco dias corridos;

Pode ser concedido ainda que o empregado não tenha o período aquisitivo completo.

Para as férias concedidas durante o estado de calamidade pública, o empregador poderá


optar por pagar o adicional do terço constitucional após a concessão das férias, limitada
a data do pagamento do 13º salário. (18/12/2020).

O pagamento das férias poderá ser efetuado até o 5º dia útil do mês seguinte ao início
do gozo.

Atualização com o fim da vigência da MP 927/2020:

O empregador somente pode conceder férias após o empregado completar o período


aquisitivo completo de 12 meses.

Conforme o art. 135 da CLT, o aviso prévio de férias deve ocorrer com 30 dias de
antecedência.

O Pagamento das férias com 1/3, deve ocorrer com pelo menos 2 dias de antecedência.

O empregador é obrigado a aceitar a solicitação do abono de férias, desde que o


empregado solicite expressamente até 15 dias antes do vencimento do período
aquisitivo
1.3 FÉRIAS COLETIVAS

Os empregados devem ser comunicados sobre as férias coletivas com antecedência


mínima de 48 (quarenta e oito) horas.

Não é necessário comunicar o sindicato e nem o órgão local do Ministério da Economia


(Secretarias de Trabalho).

As férias coletivas poderão ser gozadas em mais de dois períodos anuais e podem ser
inferiores a 10 dias.

Atualização com o fim da vigência da MP 927/2020:

As férias coletivas devem ser comunicadas ao ministério e sindicato com no mínimo 15


dias de antecedência ao início do gozo.

Comunicar também a todos os empregados envolvidos no processo, devendo afixar os


avisos nos locais ou postos de trabalho.

1.4 FÉRIAS X GRUPO DE RISCO

Os trabalhadores que pertençam aos grupos de risco do COVID-19 serão priorizados


para o gozo de férias, seja individual ou coletiva. São eles:
 Idosos;
 Pessoas com doenças respiratórias, como asma e bronquite;
 Fumantes;
 Diabéticos;
 Hipertensos;
 Pacientes com HIV.
 Pacientes oncológicos com baixa imunidade

1.5 FÉRIAS X PROFISSIONAIS DA SAÚDE E SERVIÇOS ESSENCIAIS

Durante o estado de calamidade pública, os profissionais das áreas de saúde e aqueles


que desempenham serviços essenciais poderão ter as férias suspensas, mediante
comunicação formal por escrito ou por meio eletrônico, preferencialmente com
antecedência de 48 (quarenta e oito) horas.

1.6 APROVEITAMENTO E ANTECIPAÇÃO DE FERIADOS

Está liberada a antecipação do gozo de feriados NÃO religiosos federais, estaduais,


distritais e municipais, através de notificação escrita ou por meio eletrônico. Essa
notificação deve contemplar todos os trabalhadores beneficiados e ser feita com, no
mínimo, 48 (quarenta e oito) horas de antecedência

1.6.1 Feriados religiosos:

Podem ser antecipados, mas dependem de concordância do empregado

Atualização com o fim da vigência da MP 927/2020:

Não existe mais a possibilidade de aproveitamento e antecipação de feriados, salvo nos


casos em que haja previsão em Convenção Coletiva de Trabalho ou Acordo Coletivo.

1.7 BANCO DE HORAS

Houve uma flexibilização nas regras da CLT. Com a MP 927 temos o seguinte:

 Autorizado a interrupção das atividades e o regime especial de compensação


de jornada, através de banco de horas;
 Pode ser através de acordo coletivo ou individual formal;
 A compensação pode ser feita em até 18 meses, contados da data de
encerramento do estado de calamidade pública;
 A compensação poderá ser determinada pelo empregador
independentemente de convenção coletiva ou acordo coletivo ou individual
 A compensação poderá ser feita mediante prorrogação da jornada em até
duas horas, desde que não exceda dez horas diárias.

Atualização com o fim da vigência da MP 927/2020:

O banco de horas poderá ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a
compensação ocorra no período máximo de seis meses (§ 5º do artigo 59 da lei
13.467/2017).

O Banco de Horas, para ser implantado, deve observar os seguintes requisitos:

a) acordo individual escrito ou coletivo;

b) o acréscimo diário máximo de 2 horas;

c) período máximo de 6 meses; Acima de 6 meses apenas com Acordo Coletivo!


d) a empresa deverá manter um controle das horas do Banco de Horas para cada
empregado.

1.8 SUSPENSÃO DE EXAMES OCUPACIONAIS, TREINAMENTOS E CIPA (SST)

Exames médicos ocupacionais, clínicos e complementares estão suspensos;

 Os exames que deveriam ser realizados nesse período deverão ser feitos no
prazo de 60 (sessenta) dias contados da data de encerramento de calamidade
pública;
 Se o médico coordenador do PCMSO considerar que essa prorrogação
representa risco para a saúde do empregado, ele deve indicar ao empregador
que o exame deve ser feito;

Os exames demissionais, devem ser realizados normalmente.

O exame demissional pode ser dispensado caso o exame médico ocupacional mais
recente tenha sido realizado há menos de 180 dias.

 Ficam suspensos também os treinamentos periódicos dos atuais empregados,


previstos nas normas regulamentadoras;
 Os treinamentos serão realizados no prazo de 90 (noventa) dias contados da data
de encerramento de calamidade pública;
 Os treinamentos poderão ser realizados na modalidade de ensino a distância e
caberá ao empregador observar os conteúdos práticos, de modo a garantir que
as atividades sejam executadas com segurança.
 As comissões internas de prevenção de acidentes (CIPAs) poderão ser mantidas
até o encerramento do estado de calamidade pública;
 Os processos eleitorais em curso poderão ser suspensos.

Atualização com o fim da vigência da MP 927/2020:

Todos os exames médicos devem ser feitos normalmente, obedecendo os prazos já


previstos na legislação.

1.9 ADIAMENTO DO PRAZO DE RECOLHIMENTO DO FGTS

O Governo suspendeu temporariamente o recolhimento do Fundo de Garantia por


Tempo de Serviço – FGTS.
Meses de março, abril e maio/2020, que vencem em abril, maio e junho/2020.

A suspensão se aplica a todas as empresas, independentemente da quantidade de


empregados, do regime de tributação, da natureza jurídica, do ramo de atividade e de
adesão prévia.

O recolhimento dessas competências poderá ser feito de forma parcelada, sem multa e
encargos;

O pagamento poderá ser em até 6 (seis) parcelas, com vencimento no sétimo dia de
cada mês, a partir de julho de 2020;

Para ter direito ao parcelamento, o empregador fica obrigado a declarar as informações


até 20 de junho de 2020;

Em caso de demissão o empregador fica obrigado a depositar os valores de FGTS


suspensos, sem multa e encargos;

 Fica obrigado também ao depósito da multa rescisória;


 Se já estiver parcelando as competências suspensas, deve antecipar os
valores dos demitidos para o prazo do desligamento.

Atualização com o fim da vigência da MP 927/2020:

O diferimento só foi válido para as competências de março, abril e maio/2020. O


pagamento está sendo feito por meio de parcelamento que iniciou em 07/07/2020.

1.10 ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE

Foi autorizada a prorrogação da jornada, nos termos do art. 61 da CLT, ou seja, por
necessidade imperiosa, mesmo para as atividades insalubres e jornadas 12x36;

 Autorizada o uso de escala de horas suplementares entre a décima terceira


e a vigésima quarta hora do intervalo interjornada, desde que seja garantido
o descanso semanal remunerado.
 As prorrogações acima devem ser feitas mediante acordo individual por
escrito e;
 As horas extras decorrentes dessas prorrogações poderão ser compensadas
em até 18 (dezoito) meses contados do fim do estado de calamidade pública
ou remuneradas como horas extras.
Atualização:

Retorna à proibição de prorrogação da jornada em áreas insalubres e para empregados


em regime de jornada 12x36;

1.11 FISCALIZAÇÃO TRABALHISTA

Durante o período de 180 dias a contar da entrada em vigor da MP 927, os auditores


fiscais do trabalho atuarão de maneira orientadora, exceto nos casos de:

 Falta de registro de empregados, a partir de denúncias;


 Situações de grave e iminente risco, para as irregularidades imediatamente
relacionadas a configuração da situação;
 Ocorrência de acidente de trabalho fatal apurado por meio de procedimento
fiscal de análise de acidente, somente para as irregularidades imediatamente
relacionadas às causas do acidente e
 Trabalho em condições análogas às de escravo ou trabalho infantil.

Além disso, durante o mesmo prazo de 180 dias, ficam suspensos os prazos processuais
para apresentação de defesa e recurso de autos de infração trabalhista e notificação de
FGTS.

Atualização:

Retorno ao processo normal de atuação dos Auditores Fiscais do Trabalho e do


Ministério da Economia, deixando de ser de forma apenas orientadora.

1.12 ACORDOS E CONVENÇÕES COLETIVOS VENCIDOS E VINCENDOS

Os acordos e convenções vencidos ou que vençam no prazo de 180 dias da publicação


MP, poderão ser prorrogados, a critério do empregador, por um prazo de 90 dias, após
o termo final desse prazo. Essa flexibilização auxilia as empresas cujo sindicato
representativo, seja patronal ou dos empregados, tenha fechado por conta da
pandemia.
1.13 ACIDENTE E DOENÇA DO TRABALHO

Os casos de contaminação pelo coronavírus não serão considerados como ocupacionais,


exceto mediante comprovação de nexo causal. Ou seja, a MP 927 reforça o §1º do art.
20 da Lei 8.213/91:

§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:


...
d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de
região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de
que é resultante de exposição ou contato direto
determinado pela natureza do trabalho.

1.14 ABONO ANUAL 2020

O Governo irá antecipar o pagamento do Abono Salarial aos beneficiários de auxílio-


doença, auxílio-acidente, aposentadoria, pensão por morte e auxílio-reclusão.

A primeira parcela corresponderá a 50% do benefício e será paga junto com o benefício
de abril.

A segunda parcela corresponderá a diferença e será paga junto com o benefício de maio.

1.15 MEDIDAS JÁ ADOTADAS PELAS EMPRESAS

Caso a empresa tenha adotado medidas para a manutenção do emprego dos


trabalhadores, no período de 30 dias anteriores a publicação da MP 927, elas serão
consideradas válidas, desde que não contrariem as normas da MP.

1.16 ESTADO DE CALAMIDADE PÚBLICA

O estado de calamidade pública em decorrência do COVID-19 foi declarado pelo Decreto


Legislativo nº 6 de 2020, em 20 de março de 2020, com efeitos até 31 de dezembro de
2020.

Isso significa que, a menos que seja publicado um novo decreto determinando fim ao
estado atual, estamos em estado de calamidade pública até o fim desse ano e os prazos
de diversos itens dessa MP valem até lá
Link para a MP completa: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-
2022/2020/Mpv/mpv927.htm

2. MEDIDA PROVISÓRIA Nº 928


2.1 Qualificação Profissional

No dia 23/03 foi publicado a Medida Provisória 928/2020 que revogou totalmente o art.
18 da Medida Provisória nº 927, de 22 de março de 2020 que tratava da Qualificação
Profissional que permitia que contrato de trabalho fosse suspenso, pelo prazo de até
quatro meses.

3. MEDIDA PROVISÓRIA Nº 932


Publicado a medida provisória nº 932, que altera as alíquotas de contribuição aos
serviços sociais autônomos.

Sendo assim até 30 de junho de 2020 as alíquotas:

 Sescoop - 1,25%
 Sesc e Sest - 0,75%
 Senac, Senai e Senat - 0,5%
 Senar:
 1,25% sobre a folha de pagamento
 0,125% sobre a receita da comercialização da produção rural devida pelo
produtor rural pessoa jurídica e pela agroindústria; e
 0,10% sobre a receita da comercialização da produção rural devida pelo produtor
rural pessoa física e segurado especial.

Durante este prazo, a retribuição de que trata o § 1º do art. 3º da Lei nº 11.457, de 16


de março de 2007, será de 7% para os seguintes beneficiários:

 Sesi;
 Senai;
 Sesc;
 Senac;
 Sest;
 Senat;
 Senar;
 Sescoop.
O Sebrae destinará ao Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas, no mínimo,
50% do adicional de contribuição previsto no § 3º do art. 8º da Lei nº 8.029, de 12
de abril de 1990, que lhe for repassado nos termos do disposto no inciso I do § 4º do
art. 8º da referida Lei, referente ao período de que trata esta Medida Provisória.

Prazo de vigência das aliquotas: Até 30 de junho de 2020

Entra em vigor: Esta Medida Provisória entra em vigor em 1º de abril de 2020.

Fonte: http://www.in.gov.br/…/medida-provisoria-n-932-de-31-de-mar…

4. MEDIDA PROVISÓRIA nº 936


Institui o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda e dispõe sobre
medidas trabalhistas complementares para enfrentamento do estado de calamidade
pública.

Objetivos:

I - preservar o emprego e a renda;


II - garantir a continuidade das atividades laborais e empresariais; e
III - reduzir o impacto social decorrente das consequências do estado de calamidade
pública e de emergência de saúde pública.

Das medidas do Programa:

I - o pagamento de Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda;


II - a redução proporcional de jornada de trabalho e de salários; e
III - a suspensão temporária do contrato de trabalho.

Não se aplica, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
aos órgãos da administração pública direta e indireta, às empresas públicas e sociedades
de economia mista, inclusive às suas subsidiárias, e aos organismos internacionais.

Compete ao Ministério da Economia coordenar, executar, monitorar e avaliar o


Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda e editar normas
complementares necessárias à sua execução.
Benefício pago nas seguintes hipóteses:

I - redução proporcional de jornada de trabalho e de salário;


II - suspensão temporária do contrato de trabalho.

O Benefício será custeado com recursos da União.

ATENCAO ‼

O Benefício será de prestação mensal e devido a partir da data do início da redução da


jornada de trabalho e de salário ou da suspensão temporária do contrato de trabalho,
observadas as seguintes disposições:

I - o empregador informará ao Ministério da Economia a redução da jornada de trabalho


e de salário ou a suspensão temporária do contrato de trabalho, no prazo de dez dias,
contado da data da celebração do acordo;
II - a primeira parcela será paga no prazo de trinta dias, contado da data da celebração
do acordo, desde que a celebração do acordo seja informada no prazo a que se refere o
inciso I; e
III - o Benefício Emergencial será pago exclusivamente enquanto durar a redução
proporcional da jornada de trabalho e de salário ou a suspensão temporária do contrato
de trabalho.

Caso o empregador não preste a informação dentro do prazo previsto:


I - ficará responsável pelo pagamento da remuneração no valor anterior à redução da
jornada de trabalho e de salário ou da suspensão temporária do contrato de trabalho
do empregado, inclusive dos respectivos encargos sociais, até a que informação seja
prestada;

Atualização:

Mantêm-se estas informações após sanção da MP 936/2020

4.1 A Comunicação deverá ser feita:

A informação será através do portal Empregador Web (o mesmo utilizado para envio do
Seguro Desemprego)

Deverá clicar em “com o certificado digital” - podendo ser cliente ou certificado com
procuração.

Caso não tenha cadastro - clicar em “Cadastrar Gestor”;


Quando acessar, irá aparecer a opção: “Benefício Emergencial”, onde deverá preencher
os dados do acordo!

Obs.: Cuidado ao informar o Faturamento da empresa, pois a informação não poderá


ser editada em caso de informar errado.

A informação poderá ser inserida manualmente ou importada. (Seu sistema poderá


ajudar criando um arquivo para importação).

Atualização:

Mantêm-se estas informações após sanção da MP 936/2020

4.2 Da redução proporcional de jornada de trabalho e de salário

Durante o estado de calamidade pública o empregador poderá acordar a redução


proporcional da jornada de trabalho e de salário de seus empregados, por até noventa
dias, observados os seguintes requisitos:

I - preservação do valor do salário-hora de trabalho;


II - pactuação por acordo individual escrito entre empregador e empregado, que será
encaminhado ao empregado com antecedência de, no mínimo, dois dias corridos; e
III - redução da jornada de trabalho e de salário, exclusivamente, nos seguintes
percentuais:

a) vinte e cinco por cento;


b) cinquenta por cento; ou
c) setenta por cento.

Atualização:

Mantêm-se estas informações após sanção da MP 936/2020

4.2 Restabelecimento da jornada e salário ‼

A jornada de trabalho e o salário pago anteriormente serão restabelecidos no prazo de


dois dias corridos, contado:

I - da cessação do estado de calamidade pública;


II - da data estabelecida no acordo individual como termo de encerramento do período
e redução pactuados; ou
III - da data de comunicação do empregador que informe ao empregado sobre a sua
decisão de antecipar o fim do período de redução pactuado.

Atualização:

Mantêm-se estas informações após sanção da MP 936/2020

4.3 Da suspensão temporária do contrato de trabalho

Durante o estado de calamidade pública o empregador poderá acordar a suspensão


temporária do contrato de trabalho de seus empregados, pelo prazo máximo de
sessenta dias, que poderá ser fracionado em até dois períodos de trinta dias.

A suspensão temporária do contrato de trabalho será pactuada por acordo individual


escrito entre empregador e empregado, que será encaminhado ao empregado com
antecedência de, no mínimo, dois dias corridos.

Durante o período de suspensão temporária do contrato, o empregado:

I - fará jus a todos os benefícios concedidos pelo empregador aos seus empregados; e
II - ficará autorizado a recolher para o Regime Geral de Previdência Social na qualidade
de segurado facultativo.

Atualização:

Mantêm-se estas informações após sanção da MP 936/2020

4.4 Restabelecimento da jornada e salário

O contrato de trabalho será restabelecido no prazo de dois dias corridos, contado:

I - da cessação do estado de calamidade pública;


II - da data estabelecida no acordo individual como termo de encerramento do período
e suspensão pactuado; ou
III - da data de comunicação do empregador que informe ao empregado sobre a sua
decisão de antecipar o fim do período de suspensão pactuado.

ATENÇÃO ‼

Se durante o período de suspensão temporária do contrato de trabalho o empregado


mantiver as atividades de trabalho, ainda que parcialmente, por meio de teletrabalho,
trabalho remoto ou trabalho à distância, ficará descaracterizada a suspensão
temporária do contrato de trabalho, e o empregador estará sujeito:

I - ao pagamento imediato da remuneração e dos encargos sociais referentes a todo o


período;
II - às penalidades previstas na legislação em vigor; e
III - às sanções previstas em convenção ou em acordo coletivo.

Atualização:

Mantêm-se estas informações após sanção da MP 936/2020

4.4.1 Empresas com receita superior a 4.8M ‼

A empresa que tiver auferido, no ano-calendário de 2019, receita bruta superior a R$


4.800.000,00, somente poderá suspender o contrato de trabalho de seus empregados
mediante o pagamento de ajuda compensatória mensal no valor de trinta por cento do
valor do salário do empregado, durante o período da suspensão temporária de trabalho
pactuado.

Atualização:

Mantêm-se estas informações após sanção da MP 936/2020

4.4.2 Ajuda compensatória mensal

I - deverá ter o valor definido no acordo individual pactuado ou em negociação coletiva;


II - terá natureza indenizatória;
III - não integrará a base de cálculo do imposto sobre a renda retido na fonte ou da
declaração de ajuste anual do imposto sobre a renda da pessoa física do empregado;
IV - não integrará a base de cálculo da contribuição previdenciária e dos demais tributos
incidentes sobre a folha de salários;
V - não integrará a base de cálculo do valor devido ao Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço - FGTS, instituído pela Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, e pela Lei
Complementar nº 150, de 1º de junho de 2015; e
VI - poderá ser excluída do lucro líquido para fins de determinação do imposto sobre a
renda da pessoa jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido das pessoas
jurídicas tributadas pelo lucro real.
Atualização:

Mantêm-se estas informações após sanção da MP 936/2020

4.4.3 Garantia provisória no emprego

Fica reconhecida a garantia provisória no emprego ao empregado que receber o


Benefício, em decorrência da redução da jornada de trabalho e de salário ou da
suspensão temporária do contrato de trabalho nos seguintes termos:

I - durante o período acordado de redução da jornada de trabalho e de salário ou de


suspensão temporária do contrato de trabalho; e
II - após o restabelecimento da jornada de trabalho e de salário ou do encerramento da
suspensão temporária do contrato de trabalho, por período equivalente ao acordado
para a redução ou a suspensão.

A dispensa sem justa causa que ocorrer durante o período de garantia provisória no
emprego, sujeitará o empregador ao pagamento, além das parcelas rescisórias previstas
na legislação em vigor, de indenização no valor de:
I - cinquenta por cento do salário a que o empregado teria direito no período de garantia
provisória no emprego, na hipótese de redução de jornada de trabalho e de salário igual
ou superior a vinte e cinco por cento e inferior a cinquenta por cento;
II - setenta e cinco por cento do salário a que o empregado teria direito no período de
garantia provisória no emprego, na hipótese de redução de jornada de trabalho e de
salário igual ou superior a cinquenta por cento e inferior a setenta por cento; ou
III - cem por cento do salário a que o empregado teria direito no período de garantia
provisória no emprego, nas hipóteses de redução de jornada de trabalho e de salário
em percentual superior a setenta por cento ou de suspensão temporária do contrato de
trabalho.

O disposto neste artigo não se aplica às hipóteses de dispensa a pedido ou por justa
causa do empregado.

Atualização:

Mantêm-se estas informações após sanção da MP 936/2020


5. LEI 14.020/2020 – MP 936/2020 Sancionada
Em 07 de julho de 2020 a MP 936/2020 foi sancionada e transformada na Lei 14.020 / 2020.
Na Lei 14020, foram editadas algumas informações constantes na MP 936/2020 e inseridas
novas informações.

5.1 Redução de Jornada e Salário

5.1.1 Limite de dias para redução de jornada e salário

Em relação a MP 936/2020, foi mantido o limite de 90 dias para redução de jornada e salário.

Porém com publicação do Ato Presidencial do Poder Executivo, Decreto 10.422/2020 (art. 2º)
foi aumentado o limite de dias para redução de jornada e salário de 90 para 120 dias.

Decreto 10422 - Art. 2º O prazo máximo para celebrar acordo


de redução proporcional da jornada de trabalho e de salário de
que trata o caput do art. 7º da Lei nº 14.020, de 2020, fica
acrescido de trinta dias, de modo a completar o total de cento e
vinte dias.

5.1.2 Complemento Previdenciário

§ 2º, Art. 7º - Lei 14020/2020 – Redução de Jornada e Salário

§ 2º Durante o período de redução proporcional de jornada de


trabalho e de salário, a contribuição de que tratam o art. 20 da Lei nº
8.212, de 24 de julho de 1991, e o art. 28 da Emenda Constitucional nº
103, de 12 de novembro de 2019, poderá ser complementada na forma
do art. 20 desta Lei.

Emenda Constitucional nº 103 - Reforma da Previdência – Nos trouxe a informação que o


salário de contribuição abaixo do valor do salário-mínimo não contará para tempo de
contribuição, e não serve para manutenção da condição de empregado.

Com a entrada da Lei 14.020/2020 de 06/07/2020– artigo20, tivemos mudanças


importantes na forma dos recolhimentos facultativos para os empregados que estão em
Redução/Suspensão.

A forma de recolhimento era:

• Se fosse Complemento – O recolhimento deveria ser feito através do DARF 1872


• Se não fosse Complemento – O recolhimento era via GPS com os códigos 1473 (11%
sobre salário-mínimo) ou código 1406 (20% sobre o valor declarado).

No artigo 20 da Lei 14.020/2020 fica claro que tanto para Redução quanto para
Suspensão o cálculo será sobre a tabela progressiva (7,5%, 9%, 12% e 14%) e não sobre
11% ou 20%.

O recolhimento “era” via DARF 1872 (complemento) e GPS 1406/1473. Agora o


recolhimento para ambos (Redução e Suspensão/Complemento) será via DARF com
vencimento dia 15 com os seguintes códigos abaixo:

 Código 5827: “Contribuição Facultativa em Período de Benefício Emergencial


com Suspensão Temporária de Contrato ou Redução de Jornada de
Trabalho/Salário (Lei nº 14.020/2020)” – Empregados em Geral
Nota: Veja que na descrição do código, é citado a Redução (e quem está com
redução apenas tem que complementar - por isso a interpretação de que o DARF
1872 não faz sentido nesses casos)

 Código 5833: “Contribuição Facultativa em Período de Afastamento/Inatividade


sem Remuneração e Atividade Vinculada ao RGPS/RPPS - § 5º do art. 11 e § 35
do art. 216 do RPS (Decreto nº 3.048/1999)” – Entendo que se enquadra aqui, os
Intermitentes.

Obs: Esses códigos são usados somente para quem está em Redução ou Suspensão – os
demais contribuintes facultativos devem continuar via GPS 1473/1406 ou o DARF de
complemento 1872

5.2 – Suspensão Temporária do Contrato de Trabalho

5.2.1 Limite de dias para suspensão temporária de contrato de trabalho

Em relação a MP 936/2020, foi mantido o limite de 60 dias para redução de jornada e


salário.

Porém com publicação do Ato Presidencial do Poder Executivo, Decreto 10.422/2020


(art. 3º) foi aumentado o limite de dias para suspensão de 60 para 120 dias.

Decreto 10422/2020 - Art. 3º O prazo máximo para


celebrar acordo de suspensão temporária do contrato de
trabalho de que trata o caput do art. 8º da Lei nº 14.020,
de 2020, fica acrescido de sessenta dias, de modo a
completar o total de cento e vinte dias.

Parágrafo único. A suspensão do contrato de trabalho


poderá ser efetuada de forma fracionada, em períodos
sucessivos ou intercalados, desde que esses períodos
sejam iguais ou superiores a dez dias e que não seja
excedido o prazo de cento de vinte dias de que trata
o caput.

5.2.2 – Complemento Previdenciário

Art.3,
§ 2º Durante o período de suspensão temporária do
contrato de trabalho, o empregado:
I - fará jus a todos os benefícios concedidos pelo
empregador aos seus empregados; e
II - ficará autorizado a contribuir para o Regime Geral de
Previdência Social na qualidade de segurado facultativo,
na forma do art. 20* desta Lei.

*Art. 20. Ressalvado o disposto na alínea “b” do inciso II do


§ 2º do art. 21 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, as
alíquotas das contribuições facultativas de que tratam o §
2º do art. 7º, o inciso II do § 2º do art. 8º e o § 6º do art. 18
desta Lei.

O recolhimento dará por meio do pagamento do DARF código Código 5827:


“Contribuição Facultativa em Período de Benefício Emergencial com Suspensão
Temporária de Contrato ou Redução de Jornada de Trabalho/Salário (Lei nº
14.020/2020)” – Empregados em Geral conforme percentuais a seguir:

I - 7,5% (sete inteiros e cinco décimos por cento), para


valores de até 1 (um) salário-mínimo;
II - 9% (nove por cento), para valores acima de 1 (um)
salário-mínimo até R$ 2.089,60 (dois mil e oitenta e nove
reais e sessenta centavos);
III - 12% (doze por cento), para valores de R$ 2.089,61 (dois
mil e oitenta e nove reais e sessenta e um centavos) até R$
3.134,40 (três mil, cento e trinta e quatro reais e quarenta
centavos); e
IV - 14% (quatorze por cento), para valores de R$ 3.134,41
(três mil, cento e trinta e quatro reais e quarenta e um
centavos) até o limite de R$ 6.101,06 (seis mil, cento e um
reais e seis centavos).

5.3 Garantia de Emprego


Art. 10 Fica reconhecida a garantia provisória no emprego
ao empregado que receber o Benefício Emergencial de
Preservação do Emprego e da Renda, em decorrência da
redução da jornada de trabalho e do salário ou da
suspensão temporária do contrato de trabalho de que
trata esta Lei, nos seguintes termos:
I - durante o período acordado de redução da jornada de
trabalho e do salário ou de suspensão temporária
do contrato de trabalho;
II - após o restabelecimento da jornada de trabalho e do
salário ou do encerramento da suspensão temporária
do contrato de trabalho, por período equivalente ao
acordado para a redução ou a suspensão;

5.3.1 Garantia de emprego a gestante

A garantia de emprego da Lei 14020/2020 para a gestante só começará a contar após


a estabilidade da licença maternidade.

III - no caso da empregada gestante, por período


equivalente ao acordado para a redução da jornada de
trabalho e do salário ou para a suspensão temporária
do contrato de trabalho, contado a partir do término do
período da garantia estabelecida na alínea “b” do inciso II
do caput do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias.

5.4 Convenções e/ou Acordos Coletivos

As convenções coletivas negociadas antes da publicação desta lei, PODERIAM ser renegociados
o prazo de 10 dias corridos a partir da publicação (07/07/2020)

§ 3º As convenções coletivas ou os acordos coletivos de trabalho


celebrados anteriormente poderão ser renegociados para
adequação de seus termos, no prazo de 10 (dez) dias corridos,
contado da data de publicação desta Lei.
5.5 Acordo Coletivo ou Individual

Antes o valor do faturamento não interferia no valor mínimo/máximo para acordo coletivo.
Agora devem se atentar aos valores determinados no artigo 12.

Entidades com faturamento maior que R$4,8 milhões, empregados com salário acima de R$2090
e até R$12202,00 tem que fazer acordo coletivo

Com faturamento menor que R$4,8 milhões, empregados com salário acima de R$3135 e até
R$12202,00 tem que fazer acordo coletivo.

Art. 12. As medidas de que trata o art. 3º desta Lei serão


implementadas por meio de acordo individual escrito ou de
negociação coletiva aos empregados:

Com salário igual ou menor que R$ 2.090,00, se o empregador


faturou em 2019, receita bruta superior a R$ 4.800.000,00;
Com salário igual ou maior que R$ 3.135,00, se o empregador
faturou em 2019, receita bruta igual ou menor que R$
4.800.000,00
Portadores de diploma de nível superior com salário mensal
igual ou maior que 2 vezes o teto do INSS = R$ 12.202,02

Nas seguintes hipóteses se admite pactuação de acordo individual por escrito:

I - redução proporcional de jornada de trabalho e de salário de


até 25% prevista na alínea “a” do inciso III do caput do art. 7º
desta Lei;

Novidade:
Caso o empregador opte por fazer o acordo individual por escrito (sem participação do sindicato)
deverá fazer o complemento salarial, por meio de pagamento de ajuda compensatória até
atingir o valor total que o empregado recebia antes do acordo.

Esta ajuda compensatória não terá incidência de INSS, FGTS nem IRRF.

II - redução proporcional de jornada de trabalho e de salário ou


suspensão temporária do contrato de trabalho quando do
acordo não resultar diminuição do valor total recebido
mensalmente pelo empregado, incluídos neste valor o Benefício
Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda, a ajuda
compensatória mensal e, em caso de redução da jornada, o
salário pago pelo empregador em razão das horas de trabalho.
Se a soma do salário (reduzido) + benefício emergencial + ajuda
compensatória for igual ou maior que o valor do salário
recebido anteriormente pelo empregado poderá ser feito
acordo individual e não precisa do acordo com o Sindicato.

5.6 Redução de Jornada e Salário ou Suspensão de Contrato de Aposentados

Aos funcionários que se encontram em gozo do benefício de aposentadoria, durante a vigência


da MP 936 não era permitido fazer acordo individual de redução e/ou suspensão.

Já na Lei 14.020/2020há a possibilidade de se fazer este acordo, desde que, além de enquadrado
em alguma das hipóteses de autorização do acordo individual, houver também o pagamento,
pelo empregador, do valor equivalente ao benefício emergencial mais a ajuda compensatória
no caso das entidades com faturamento acima de 4,8 milhões em 2019.

§ 2º Para os empregados que se encontrem em gozo do


benefício de aposentadoria, a implementação das medidas de
redução proporcional de jornada de trabalho e de salário ou
suspensão temporária do contrato de trabalho por acordo
individual escrito somente será admitida quando, além do
enquadramento em alguma das hipóteses de autorização do
acordo individual de trabalho previstas no caput ou no § 1º
deste artigo, houver o pagamento, pelo empregador, de ajuda
compensatória mensal, observado o disposto no art. 9º desta
Lei e as seguintes condições:
I - o valor da ajuda compensatória mensal a que se refere este
parágrafo deverá ser, no mínimo, equivalente ao do benefício
que o empregado receberia se não houvesse a vedação prevista
na alínea “a” do inciso II do § 2º do art. 6º desta Lei;
II - na hipótese de empresa que se enquadre no § 5º do art. 8º
desta Lei, o total pago a título de ajuda compensatória mensal
deverá ser, no mínimo, igual à soma do valor previsto naquele
dispositivo com o valor mínimo previsto no inciso I deste
parágrafo

IMPORTANTE:
§3º Os atos necessários à pactuação dos acordos individuais escritos de que trata este artigo
poderão ser realizados por quaisquer meios físicos ou eletrônicos eficazes.

5.7 Tempo Máximo de duração da redução e suspensão de contrato

O Art. 16 da Lei 14.020/2020, manteve os prazos máximos da MP 936, porém com a publicação
do Ato Declaratório do Poder Executivo, Decreto 10.422/2020, em seu art. 4º, prorrogou este
prazo máximo para 120 dias:
Art. 4º O prazo máximo para celebrar acordo de redução
proporcional de jornada e de salário e de suspensão temporária
do contrato de trabalho, ainda que em períodos sucessivos ou
intercalados, de que trata o art. 16 da Lei nº 14.020, de 2020,
fica acrescido de trinta dias, de modo a completar o total de
cento e vinte dias, respeitado o prazo máximo resultante da
prorrogação de que trata o art. 3º.

Atenção ao art. 5º do Decreto 10.422/2020 que diz que os períodos de suspensão e redução já
utilizados por meio da MP 936 até a data da publicação deste decreto deverão ser computados
na contagem para atingir os 120 dias.

Art. 5º Os períodos de redução proporcional de jornada e de


salário ou de suspensão temporária do contrato de trabalho
utilizados até a data de publicação deste Decreto serão
computados para fins de contagem dos limites máximos
resultantes do acréscimo de prazos de que tratam os art. 2º, art.
3º e art. 4º.

5.8 Vetada dispensa sem justa causa

O art. 17º da Lei 14.020/2020, traz o veto da dispensa de empregados portadores de deficiências
até o término do estado de calamidade pública previsto para 31/12/2020.

5.9 Redução ou Suspensão para as empregadas gestantes

A empregada gestante ou adotante, que tiver redução de jornada ou suspensão de contrato,


deve ter o término da vigência do acordo antecipada para data anterior ao fato gerador (parto,
adoção, aborto involuntário) para que seja suspenso o pagamento do benefício.
A partir da data do fato gerador o empregador pagará o salário maternidade considerando-se
como remuneração integral ou último salário de contribuição os valores a que teriam direito
sem a aplicação das medidas

Art. 22. A empregada gestante, inclusive a doméstica, poderá


participar do Programa Emergencial de Manutenção do
Emprego e da Renda, observadas as condições estabelecidas
nesta Lei
.
5.10 Empregado Intermitente

O Art. 18 da Lei 14.020/2020 trouxe a mesma informação da MP 936/2020.

Art. 18. O empregado com contrato de trabalho intermitente,


nos termos do § 3º do art. 443 da CLT, aprovada pelo Decreto-
Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, formalizado até a data de
publicação da Medida Provisória nº 936, de 1º de abril de 2020,
faz jus ao benefício emergencial mensal no valor de R$ 600,00
(seiscentos reais), pelo período de 3 (três) meses. Vide Decreto
nº 14.022, de 2020

Porém com a Publicação do Ato Declaratório do Poder Executivo, Decreto 10.422/2020, art. 6º,
foi determinado o acréscimo de mais uma parcela de R$ 600,00 pelo período adicional de mais
um mês

Dec 10422 Art. 6º O empregado com contrato de trabalho


intermitente, nos termos do disposto no § 3º do art. 443 da
Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº
5.452, de 1º de maio de 1943, formalizado até a data de
publicação da Medida Provisória nº 936, de 1º de abril de 2020,
fará jus ao benefício emergencial mensal no valor de R$ 600,00
(seiscentos reais), pelo período adicional de um mês, contado
da data de encerramento do período de três meses de que trata
o art. 18 da Lei nº 14.020, de 2020.

5.11 Rescisão por Fato do Príncipe

Não poderá ser aplicada Rescisão por motivo Fato do príncipe por conta de decretos que
paralisem ou suspendam as atividades das empresas devido ao estado de calamidade pública

Art. 29. Não se aplica o disposto no art. 486 da CLT*, aprovada


pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, na hipótese
de paralisação ou suspensão de atividades empresariais
determinada por ato de autoridade municipal, estadual ou
federal para o enfrentamento do estado de calamidade pública
reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de
2020, e da emergência de saúde pública de importância
internacional decorrente do coronavírus, de que trata a Lei nº
13.979, de 6 de fevereiro de 2020.

5.12 Vigencia dos Acordos Pactuados

Acordos pactuados até 06/07/2020 seguem as disposições da MP 936 e os acordos pactuados


a partir da publicação desta lei (07/07/2020) seguem as disposições da lei 14020/2020.

Se for prorrogação de acordo iniciado no período da MP, valem as regras da MP 936 mesmo
que o início da prorrogação seja após o dia 07/07/2020, pois a prorrogação é continuação do
acordo iniciado durante a vigência da MP 936.

Art. 24. Os acordos de redução proporcional de jornada de


trabalho e de salário e de suspensão temporária do contrato de
trabalho celebrados entre empregadores e empregados, em
negociação coletiva ou individual, com base na Medida
Provisória nº 936, de 1º de abril de 2020, regem-se pelas
disposições da referida Medida Provisória
6. Atestados- COVID-19
Destacamos a Lei 13.982 - artigo 5:

Art. 5º A empresa poderá deduzir do repasse das contribuições à previdência social,


observado o limite máximo do salário de contribuição ao RGPS, o valor devido, nos
termos do § 3º do art. 60 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, ao segurado
empregado cuja incapacidade temporária para o trabalho seja comprovadamente
decorrente de sua contaminação pelo coronavírus (Covid-19).

Ou seja, o empregado apresenta atestado médico (Contaminação pelo coronavírus) e o


empregador irá pagar esses primeiros 15 dias normais na Folha de Pagamento, e poderá
compensar na GPS/DARF Previdenciário esse valor.

Foi publicado a nota orientativa do eSocial nº 21, com as orientações:


https://portal.esocial.gov.br/manuais/nota-orientativa-2020-21-deducao-nas-cps-dos-15-de-
afastamento-por-covid-19-v2.pdf
SEFIP:

Entendemos que será compensado assim como o salário família, porem aguardamos as
orientações da Caixa Econômica Federal para a GFIP 04/2020 temos até o dia
07/05/2020 para enviar.

Atualização:

O Ato Declaratório Executivo CODAC nº 14 de 2020 estabelece os procedimentos a serem


observados para o preenchimento da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço e Informações à Previdência Social – GFIP em caso de dedução de atestado médico por
COVID-19.

No seu artigo 1º, parágrafo único traz a seguinte informação:

Parágrafo único. A dedução a que se refere o caput poderá ser efetuada em relação aos
afastamentos que ocorrerem dentro do período de 3 (três) meses a que se referem os arts. 2º,
3º e 4º da Lei nº 13.982, de 2 de abril de 2020, que poderá ser prorrogado, nos termos do art.
6º da referida Lei. (Incluído(a) pelo(a) Ato Declaratório Executivo Codac nº 15, de 17 de abril de
2020)
Desta forma, esta dedução teria vigência de 3 (três) meses a contar de 02 de abril de 2020,
podendo ser prorrogada por mais 03 meses conforme o Art. 6º, da Lei 13982/2020:

Art. 6º O período de 3 (três) meses de que trata o caput dos arts.


2º, 3º, 4º e 5º poderá ser prorrogado por ato do Poder Executivo
durante o período de enfrentamento da emergência de saúde
pública de importância internacional da Covid-19, definida pela
Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020.

Sendo assim, como este artigo não foi prorrogado, esta dedução só poderá ser efetuada
considerando-se os afastamentos até o dia 01/07/2020.

7. Portaria nº 139 e 150


Foi publicado a Portaria nº 139 e nº 150 que prorroga o prazo para recolhimento de
tributos federais na situação que específica em decorrência da pandemia relacionada ao
Corona vírus

7.1 Prorrogação INSS

No dia 03/04/2020 saiu a Portaria 139 que prorroga o vencimento da Contribuição


Previdenciária.

O que será prorrogado?

Parte Patronal – 20%, adicional de 2,5% , GilRAT.

NÃO prorroga Terceiros “Outras Entidades” como também o INSS descontado do empregado

Podem ser prorrogadas as competências 03/2020 e 04/2020


• SEFIP:
Nota: Até o momento dessa publicação; a Caixa não se manifestou.

Data de vencimento se quiser prorrogar para EMPRESA:

•Competência 03/2020 = Pode pagar dia 20/08/2020


• Competência 04/2020 = Pode pagar dia 20/10/2020

Lembretes:
• INSS (prorrogação): Competências 03/2020 e 04/2020 – Podendo pagar em 20/08/2020 e
20/10/2020 respectivamente

• FGTS (Suspensão): Poderá suspender o pagamento do FGTS dos meses 03/2020, 04/2020 e
05/2020 – Podendo fazer o parcelamento, declarando a dívida na modalidade 1 até 20/06/2020

• TERCEIROS/Outras entidades (Redução): Teve redução na alíquota nos meses 04/2020,


05/2020 e 06/2020

Portaria 150 - CONFIRMAÇÃO da Prorrogação INSS.

A Portaria 150 que altera a Portaria 139 incluindo todo o artigo 22. Sendo assim a portaria
corrobora para documentar, que prorrogou toda a parte patronal - 20%, Adicional 2,5%, RAT.

Link: http://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-150-de-7-de-abril-de-2020-251705942

A Audisa reforça a importância para que as entidades fiquem atentas as novidades, e


estude as melhores alternativas a fim de resguardar-se de possíveis futuros passivos
trabalhistas.
Nos colocamos a disposição para ajudar nossos clientes.
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