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18 RAZÕES PARA VOCÊ DIZER NÃO AO

SENTIMENTO DE INFERIORIDADE

Paulo Franklin
Índice

Página do título
Por que nos sentimos inferiores aos outros?
Entendendo o complexo de inferioridade
Sem amor próprio não existe paz interior
Afastar quem tenta se aproximar
Tardar ou nunca se apaixonar por alguém
Reclamar e nada fazer para mudar
Só valorizar o que outro faz
Fingir ser bom para não decepcionar
Nunca expressar seu descontentamento
Depender sempre do pai e/ou da mãe
Amar demais os outros e odiar a si mesmo
Viver engessado
Não gostar de si
Não gostar dos outros
Fugir de compromissos
Ser ranzinza
Odiar pai/mãe
Não ter um sonho
Não saber dizer não (ou sempre dizer não)
Não cuidar da aparência (ou cuidar demais)
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As causas do complexo de inferioridade são diversas. Não é
fácil livrar-se de tal complexo, mas é possível. E tudo começa
pelo amor próprio. Quem não se ama não pode fazer nada de
significativo nesta vida. Sentir-se inferior é o mesmo que anular
nossas qualidades, passando para os outros o comando de
nossa vida. Ninguém deveria se sentir assim, mas comumente
encontramos pessoas abaixando a cabeça para tudo e para
todos. É hora de reagir! Ninguém merece viver uma vida de
inferioridade, ou seja, de um jeito qualquer, sem se sentir parte
integrante desta grande festa que é a vida. Por isso, apresento
neste ebook 18 razões para evitarmos a todo custo o
sentimento de inferioridade. Refletir nestas questões pode nos
ajudar a mudar nossa visão sobre nós mesmos.
Por que nos sentimos inferiores aos
outros?
Somos todos iguais… Ninguém é melhor do que ninguém…
Estamos cansados de ouvir estas verdades, mas comumente
vivemos nos comparando aos outros e, inevitavelmente,
achamos as diferenças que passam a nos atormentar. Somos
únicos, e isso deveria ser o maior motivo para valorizarmos o
que temos e somos e assim crescermos como pessoas.

Ninguém consegue amadurecer enquanto fica de


boca aberta espiando as qualidades do outro e perdendo
a chance de enxergar as suas. Esta atitude pode ter muitos
nomes – inveja, comodismo, medo, complexo de inferioridade,
entre outros; mas prefiro chamar mesmo de criancice. Em se
tratando de amor, podemos nos transformar em nossos maiores
algozes, já que ninguém pode se perceber amado se não
consegue ter antes um caso de amor consigo mesmo.

E o mundo está cheio de gente assim: vivendo uma vidinha


mais ou menos, fria como água de geladeira, e esperando que
milagres aconteçam. Ora, milagres existem, mas nem Deus
pode ajudar alguém que vive se anulando, esquecendo-se que
tem uma vida para ser vivida em plenitude, e não para ser
massacrada com comparações descabidas, que em nada
contribuem para a construção da felicidade.

Só é feliz de verdade quem vive sua vida sem se comparar


com ninguém. Podemos ter espelhos, mas antes precisamos
refletir nossa própria imagem. Se vivemos na paranoia das
comparações, ainda não compreendemos que a essência do
viver consiste em ser o que se é, lutando a cada dia para se
tornar alguém melhor e não igual ao outro que me parece
melhor do que eu. Corremos o risco de imaginar que o
capim do vizinho é sempre mais verde do que o nosso…
Acontece que nosso capim está morrendo porque nos
esquecemos de cuidar dele.
Eu sou eu e isso me basta. Se não gosto de um
determinado comportamento meu devo lutar para mudá-lo, por
que sei que isso me fará bem. Não posso, contudo, imaginar
como eu seria feliz vivendo a vida do outro, pois é ilusão
imaginar que o outro é sempre mais feliz do que eu. Talvez
esteja nos faltando coragem para nos aceitar com nossos erros
e acertos e sermos aceitos pelos outros que também tem lá
seus erros e acertos.

Já sofri muito carregando o peso da comparação. Hoje, livre


desta cruz, vejo o quanto pude repousar sendo simplesmente
eu. Deus não me quis parecido com meu colega da faculdade
que tira notas melhores do que eu. Deus não me fez com os
mesmos traços físicos do ator-galã-namorador da novela. Ainda
bem! Ele me fez diferente de todos, para me mostrar que eu
posso ser feliz descobrindo meus dons e talentos.

E quem não tem algo que possa comemorar? Quem não


tem dons e talentos que possam vir à tona e transformar a
realidade onde vivem? Todo mundo tem uma imensa riqueza
dentro de si, que comumente vive escondida por toda a vida e
quando o sujeito tem a chance de colocá-la para fora descobre
que o tempo é cruel: não perdoa quem não soube viver bem.
Entendendo o complexo de inferioridade
Não consigo compreender as razões que nos fazem abaixar
a cabeça diante de uma pessoa semelhante a nós. Sentir-se
inferior a quem quer que seja é o mesmo que jogar fora tudo de
bom que temos e aplaudir somente as qualidades do outro,
como se fossemos desprovidos de talentos.

Ninguém merece viver uma vida assim: anulando suas


qualidades e temendo ser quem o é. Ainda que tenhamos
razões para nos trancarmos em nosso mundinho, deveríamos
“chutar o pau da barraca” e sair por ai cantando nossos
talentos, pois ninguém consegue valorizar aquilo que não
conhece. Você tem valor. Só falta as pessoas saberem disso.

Conheço muita gente boa que sofre deste mal. São ótimas
para os outros, mas vivem se maltratando. Cuidam de todo
mundo, menos de si mesmo. Dizem amar a vida, mas na
verdade nem sabem o que é amar. Ainda não descobriram que
quem não se ama, não consegue amar nada e nem ninguém.
Criaram uma peça de terror, onde seus medos são os artistas
principais.

Pessoas complexadas são pessoas infelizes. Muitas até


pensam em acabar com a vida, para “acabar” com a dor.
Ninguém merece ser sozinho. E o complexo de inferioridade
insiste em nos ensinar o contrário. Achamos que o outro não
gostará no nosso jeito, condenará nossa maneira de pensar e
preferimos esconder nosso rosto a ter que enfrentar os olhares
que possivelmente vão nos condenar. Criamos falsas verdades
para justificar nossos medos e vamos vivendo uma vida
mesquinha, regada a solidão e noites mal dormidas.

Feliz de quem descobre seus complexos e luta para mudar.


Fico triste mesmo é em saber que muitos preferem continuar
como está, com medo de tentar fazer diferente. E vão sempre
colecionando nãos: não dá, não consigo, não vai me ouvir, não
gosta de mim, não vai querer sair, não me quer como
namorad@, não, não, não....

Agora chega! Pare de sofrer simplesmente pelo medo de


desatar as correntes que o prendem a seus complexos. Prefira
sofrer por mostrar aos outros quem você é, a ter que agradar a
todo mundo e viver uma vida infeliz. Complexos deixam de ser
complexos quando são encarados como desafios a serem
superados. Quem sofre de complexo de inferioridade está com
um “câncer” que precisa sarar, pois seus efeitos são
devastadores.

Quero viver para ajudar quem sofre deste mal. Conheço


seus maléficos, pois já convivi com muita gente assim. Sei das
dificuldades que o complexado encontra para criticar suas
ideias negativas, mas também já vi muita gente “desacreditada”
mudar de vida radicalmente no momento em que se deixou ser
ajudada. Amigos desinibidos são essenciais nesta empreitada.
Eles nos “ensinam” como viver e dão apoio quando o mundo
insiste em nos olhar de um jeito estranho. E o que era estranho
em nós, passa a ser fonte de descobertas.
Sem amor próprio não existe paz interior

O ser humano vive em busca de paz. Não conseguimos nem


dormir direito quando percebemos que a rota de nossa vida
esta desordenada. A paz que procuramos não pode ser
encontrada fora de nós. Ela começa na maneira como nos
tratamos. Se nos maltratamos, não há como estar em paz. E a
maneira mais fácil de se tornar inimigo de si próprio é
esquecendo que temos um compromisso com a vida e por isso
deveríamos lutar com todas as nossas forças para nos
apaixonarmos pela pessoa que somos. Quem insiste em
cultivar pensamentos de inferioridade se esquece do valor que
tem e não consegue enxergar no valor das pessoas que o
cercam.
Afastar quem tenta se aproximar

Os complexados pensam que todo mundo é inimigo. Evitam


fazer amizades duradoras por não se permitirem explorar. São
como um tesouro cujo mapa se perdeu. Inacessíveis. Quase
sempre rico, mas sem ter com o que gastar. Por não se
aceitarem como são, não conseguem aceitar o outro como ele
é. Expulsam de sua vida aqueles que seriam a solução para o
seu problema.
Tardar ou nunca se apaixonar por alguém

Quando se está só é fácil inventar desculpas para explicar a


solidão. Mas alguém só fica sozinho quando decide viver assim
ou quando anda cobrando demais dos outros. Para quem sofre
de complexo de inferioridade, a coisa fica mais difícil. A pessoa
não consegue acreditar que exista no mundo alguém que se
interesse por ela e, por culpa deste pensamento negativo, vai
adiando cada vez mais a necessidade que todos nós temos de
partilhar nossa vida, se apaixonar sem medo de sofrer. Há
muitos que partem desta vida e levam consigo um estoque
imenso de amor que podia ser ofertado a alguém que dele
necessitasse.
Reclamar e nada fazer para mudar

Pessoas complexadas quase sempre vivem “de mal” com a


vida. Aborrecem-se por tudo e com todos, colocando a culpa de
seus problemas nas coisas e nas pessoas. São péssimas
administradoras da própria vida. Reclamam que nada sai do
jeito que gostariam, mas vivem repetindo os mesmos gestos e
esperando obter resultados diferentes. Quem reclama demais
da vida, esquece-se de reparar nas coisas boas que nela
existem.
Só valorizar o que outro faz

As coisas boas que admiramos nos outros só são boas


porque nós a enumeramos assim. Em outras palavras: sou eu,
a maneira como enxergo o outro, quem determina se suas
ações merecem aplausos ou não. Em contrapartida, para os
complexados, só tem valor mesmo o que partiu da cabeça das
outras pessoas. Muitos são ótimos para falar em público, mas
se calam por não acreditarem no conteúdo das suas palavras.
Outros são exímios escritores, mas escondem seus escritos por
não os considerem tão bons quanto os do colega. Comparar-se
com quem quer que seja é um jeito estranho de esconder aquilo
que somos. Ninguém é melhor do que ninguém. Pena que os
complexados não acreditem nisso.
Fingir ser bom para não decepcionar

Ninguém consegue ser bom para com o outro se primeiro


não for bom para si mesmo. Jesus Cristo já nos ensinou isso
quando disse: “amar o próximo como a si mesmo”. O complexo
de inferioridade faz a pessoa cultivar uma bondade aparente,
que faz bem para quem a recebe e muito mal para quem a dá.
Um exemplo claro disso são as pessoas que, motivadas pela
sua baixa estima, gastam altas somas de dinheiro com coisas
que nunca usarão e acabam dando estas coisas para os outros.
Nunca expressar seu descontentamento

Quem vive no complexo de inferioridade tem medo de dizer


quando algo o está incomodando. Em pouco tempo se torna
refém das pessoas. Por permitirem que os outros invadam o
território de sua vida sem pedir licença, sofrem para satisfazer a
todos. Dizem sim quando deveriam dizer não. Aceitam convites
quando a vontade era de recusá-los. Abdicam do direito de ser
aquilo que são: seres humanos com vontade própria, e por isso
com o livre arbítrio para decidirem que rumo tomar.
Depender sempre do pai e/ou da mãe

Acredito piamente que pai e mãe são importantíssimos na


vida de qualquer filho. Mas chega uma hora que é preciso
seguir o próprio rumo. Ninguém cresce o quanto deveria
crescer enquanto vive ao lado dos pais. A lição que todo mundo
precisa aprender só está disponível no território da
independência, longe daqueles que nos trouxeram à vida,
enfrentando os desafios que lá fora nos esperam. Quem vive na
dependência estará vivendo também nas carências. Cuidar das
carências é importante para quem busca crescer como pessoa.
Amar demais os outros e odiar a si mesmo

Complexados também amam, mas de um jeito esquisito.


Amam os outros mais do que deveriam e se esquecem de amar
a si mesmo. Amar demais é tão danoso quanto amar de menos.
A melhor medida de amor é aquela que começa em si para só
então chegar até o outro. Quem não consegue se amar
primeiro, não conseguirá verdadeiramente amar o outro. Viverá
a pior caricatura do amor: o sentimento de posse.
Viver engessado

Quem sofre de complexo de inferioridade não sabe como


se comportar ao lado das pessoas. Fogem dos compromissos
sociais para não serem notados. Quando são apresentados a
alguém, falta-lhes a espontaneidade e com isso a sinceridade.
São como robôs guiados por uma mente recriminadora, cheia
de maus pensamentos acerca da pessoa que o carrega.
Não gostar de si

Eis aqui a raiz do problema. Não gostar de quem eu sou é o


mesmo que dizer ao mundo que não tenho valor algum. E é
triste viver assim, fazendo de tudo para cuidar dos outros
quando os carentes de cuidados somos nós mesmos. Vamos
acabar de vez com a ideia tola de se sentir o patinho feio deste
mundão. O mundo foi criado para todo mundo e você também
tem o direito de ser feliz.
Não gostar dos outros

Complexados têm medo de pessoas. Dizem até que tem


amigos, mas quando estão próximos deles são engessados,
têm medo de se expor e mostrar suas fragilidades. Na verdade,
quem não gosta de si não tem condições de gostar de mais
ninguém. Como eu disse, pode até fingir ser amigo e coisa e tal,
mas no fundo se percebe a dificuldade em encontrar no outro
um ponto de apoio. O complexo de inferioridade causa também
um sentimento de repulsa por quem não tem tal problema.
Fugir de compromissos

Solitários são no fundo doentes deste problema. Por não se


amar e consequentemente não amar o outro, vivem inventando
desculpas para não se relacionar. Correm um sério risco de
morrer sozinhos, cercados por suas falsas crenças que o fazem
duvidar de suas capacidades em encontrar alguém para juntos
construir uma bela vida para ser vivida.
Ser ranzinza

Quem vive de mal com a vida talvez necessite fazer as


pazes consigo mesmo. Tem pessoas que são azedas por
natureza. Brigam por tudo, mas não vencem seus inimigos
interiores. São mestras em disciplinar quem erra, mas lentas
em cuidar da própria vida. Tenho pena de quem vive gritando
para ser ouvido: quanto maior o volume da armadura, mais
frágil se revela ser o soldado.
Odiar pai/mãe

Eles podem até ter certa culpa (e muitas vezes têm


mesmo), mas não podemos culpá-los pelos nossos infortúnios.
Pai ou mãe que erra na educação de um filho o faz porque não
tevum bom referencial no processo educativo. Por isso a
importância de criar meios para discutir tais assuntos. Ao
perceber que o seu complexo de inferioridade teve a influência
dos pais, o filho deve cuidar para tratar o mal e não se ocupar
em jogar a culpa toda neles. Perdemos tempo tentando
“eliminar” quem nos feriu ao invés de correr atrás de um médico
para tratar das machucaduras. E quanto mais cedo se trata,
melhores são os resultados.
Não ter um sonho

Como pensar no amanhã se não se consegue viver bem o


hoje? Inferiorizados abrem mão dos seus sonhos em troca de
uma vida regada a fantasias. Acreditam tanto nas estórias em
quadrinhos que vivem esperando um príncipe num cavalo
branco ou uma Cinderela que o libertará da solidão. Esperam
até que a morte os venha visitar e só ai entenderão o quanto
poderiam ter aprendido se o medo não tivesse os impedido de
correr atrás dos seus sonhos, das experiências reais.
Não saber dizer não (ou sempre dizer não)

Tem gente que é ótima para com os outros, mas vive


maltratando a si mesma. Nunca dizem não. Estão sempre
dispostas a ajudar, mesmo que isso lhe custe deixar de cuidar
de algo mais importante na própria vida. Pessoas assim estão
num estágio avançado de complexo de inferioridade. Outras só
sabem dizer não. Para estas não existe a reciprocidade. Se
têm, não dividem. Se não têm, preferem ficar sem a ter que
pedir a alguém. Complicado, em?
Não cuidar da aparência (ou cuidar demais)

Dois lados de uma mesma moeda. Cuidar de menos da


aparência é um mal que cometemos a nós mesmos. Cuidar
demais também. Quem só pensa em ter uma roupa nova, carro
do ano ou bugigangas para poder exibir, mostra que as coisas
matérias são mais importante que a pessoa que os tem.
Quando tudo isso acaba, o complexo de inferioridade volta, pois
o problema não está na roupa que se veste (ou deixa de vestir),
mas na maneira como nos comportamos diante das outras
pessoas.
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