Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Sobre o Valor - Elementos para Uma Crítica - Pierre Salama
Sobre o Valor - Elementos para Uma Crítica - Pierre Salama
SOBRE O VALOR
ELEMENTOS PARA UMA CRÍTICA
LIVROS HORIZONTE
T ítulo: SU R L A V A L E U R
E lem en ts pour une critique
33 6 .
5 \6â h[p
iPPUR - UFRJ
b i b l i o t e c a
Oata : f à .J o A - J 2 0 . 0 ^
N.° R egjstro:„.43M .l__
ca , - ÇMQom
Im p resso em P o rtu g a l
N o fim do séc. x ix , o centro de gravidade dos con flitos
sociais p assara do an tagon ism o entre ca p ita lista s e prop rietá
rios fundiários p ara a oposição entre trabalhadores e cap ita
listas. O m edo e a té o horror, su scita d o s p elas obras d e Marx,
foram exacerbados em tod a a E uropa p e la Comuna d e P a ris
(1871). A s doutrinas, que afirm avam a ex istên cia de conflitos,
foram , desde então, consideradas indesejáveis. P elo contrário,
a s teorias, que a fa sta v a m a s atenções do antagonism o entre
classes sociais, eram m u ito b em acolhidas.
J. E a tw ell e J. R obinson
L ’E con om iqu e m oãern e
fid iscien se, 1974, • p. 46
P. A. Sam uelson,
E-conom-ics: W inds of C hange. E vo lu tio n
of EconomAc D o ctrin e,
M cGraw Hill, N ew York, 1973, p. 866
IN T R O D U Ç Ã O G ERA L
A POSIÇÃO N E OCL ÁS S I CA
IN TR O D U Ç Ã O
N o ta s
Pão
Tecido
A: É dado um equilíbrio
— xPx R
y = ---------- + -------
Py Py
Px
. D e onde:
Py
UM x Px UM x UMy
(em valor absoluto) e , que po-
UM y Py Px Py
PMA PMB
PA PB
— Px
é constante, e ---------- - representa a inclinação da tangente às
Py
curvas de indiferença, facilm ente se deduz a variação que
sofre Px, quando a q uantidade de x aum enta. Tem os dx f
e» T ga = > tg«’ > Px i . C onstruím os assim um a
curva de procura. E sta deduz-se das propriedades de equilí
brio do consum idor. T rata-se, pois, de um a curva teórica de
crescente. D ifere de um a curva obtida estatisticam ente, na
m edida em que não é construída com base em observações
estatísticas, mas sim deduzida da sucessão de pontos de equi
líbrio, tendo p o r origem o m apa de indiferença.
PR O CU R A -> PREÇO
Assim p p n r iT P a —^ PPFCO
52 SOBRE O VALOR— ■ELEM EN TOS PARA UMA CRÍTICA
RESUM O
TJMx UM y UM z P té A P té R P té M
Px Py Pz PA PB PM
t t
i i -------------> — t
L
CO N CLU SÃ O
_ d (Y /L ) / dK/L _ d (Y /L ) / Y_
C~ Y /'L / K /L ~ d (K /L ) / K
d (Y /L ) 8 Y
como ---------- = -------- = r, teremos:
d (K /L ) 5K
K P Lucros
e — r X — = — = ------------------
Y Y Rendim ento
Y Py = A P a + BPb
„ A Pa BPb
Y = -------+ ------ -
Py Py
_SY ___Pa_ SY _ Pb
SA Py SB Py
daí
SY SY
Y = -------A + --------B = f ’A A + f B B
SA SB
apenas podereis gan h ar com isso ... se fordes dem asiadam ente
gulosos, apenas podereis p e rd e r... e quem terá a c u lp a ? ...
CON CLU SÃ O
BNFotas
— dp UM v
donde tg a = — ------ = ----------- , sendo p o pão e v o vinho.
dv UMp
dQ = £’ A, d A + f ’ b . idB
dQ dA dB
Q- ~r a . . A + f ’ B. .B
Q A B
dA dB dQ
ora
A B Q
64 SOBRE O VALOR — ELEMENTOS PARA UMA CRÍTICA
diQ
D o n d e —.— . Q = (f’A.A + f ’B.B) p.
Q
e, portanto, Q = f ’A.A + f ’B.B
30 C om ©feito Q = f (A, B )
Q - X k = f (A X, B X ) = (A , B )
Q' A,“ = X (f’AA +
e Q < f ’AA + f’BB
E xem plo num érico K = 3 X ~ %
Q X 23 = ( f ’AA + fB B ) X 2
Q X 22 = f ’a A + í ’bB
donde Q < f ’AA + f ’BB
2. A IN C O E R Ê N C IA IN T E R N A
1. D e que se trata ?
m ente difícil saber o que este era e que deste m odo, graças à
«m aleabilidade » 5 que adq u iria poderia ser tudo e nada.
Acrescentám os que esta solução colocava igualm ente questões
sobre a p ró p ria natu reza da interdependência dos m ercados.
M as que im p o r ta ? ... não reside aí o problem a essencial.
O problem a essencial reside no preço, que vai servir para
hom ogeneizar capitais heterogéneos. Com efeito, se expri
m irm os tornos, fresadoras, lam inadores, etc., em bens de
consum o, falta ainda exprim ir os preços destes. Consideremos
um torno e um bem de consum o A, produzido com esse torno
e com trabalho. Podem os escrever duas equações contabilis-
ticas utilizadas, aliás, pelos neoclássicos, exprim indo o facto
de o valor de um bem se poder decom por em salários p a ra a
sua produção e lucros dela retirados. Terem os:
A p a = Law + T ap tr (1)
T p , = L tw + T tp ,r (2)
pt = l tw + t.p tr (2 )
La L,t Ta T t+
em que la = — lt = — , ta = — , t t = —
A T A T
k
Pt = ----------------------------------
K+ '(V a — 1att>r
e daí pt = f(r).
capital •
taxa de lucro taxa de lucro
K
i t
K,
Qi
L
O ra, isto está em contradição absoluta com a função de
produção neoclássica, dado que esta estabelece um a relação
en tre as quantidades físicas de inputs (as com binações produ
tivas) e a q uantidade produzida. P or outras palavras, a rela
ção entre a quantidade de capital e a q uantidade de produtos
deveria perm anecer constante, se a técnica fosse a ¡mesma.
Ki K2
O ra ta l n ão é o caso: — e — representam a m esm a téc-
L L
nica, mas a preços diferentes e a valores diferentes (Ki ^ K2).
Assim, p ara um a m esm a com binação produ tiv a, existem duas
(ou m ais) relações, que a ligam à q uantidade produzida e isto
porq u e a com binação p rodutiva não pode — no corpo da
teoria n eo clássica— ser expressa de o u tra form a q u e não
seja em valor e não em term os físicos. Por outras palavras a
relação neoclássica necessita, para ser válida, que o capital
seja expresso em term os físicos; ora, paralelamente, a coerên
cia da análise neoclássica im plica que ele seja expresso em
valor, o que torna inviável este tipo de relação fundam ental.
Podem os representar graficam ente esta contradição tra
çando duas curvas.
H IP Ó T E S E S
A. A pseudofunção de p rodução
1 = l aw + capc (r + d)
1 — cc <r + d)
w = ---------------------------------------
+ O A — l aCc> <r + d)
p — ---------------------------------------
K d ( 8 Q /S L )
L “ d ( 8 Q / 8 K)
K _ — dw
L dr
84 SOBRE' O VALOR— • ELEMENTOS PARA UMA CRÍTICA
— dw }
O ra, ---------- = — no m undo real. Então K e T desem-
dr L
penham o mesm o papel, sem que um enferm e dos vícios do
outro. D este m odo, porque o m undo im aginário corresponde
ao m undo real, poder-se-ia pensar que o m undo im aginário
era justo no essencial e que a elasticidade da curva envol
vente nos dá a repartição dos rendim entos, segundo as pro-
dutividades m arginais.
Em segundo lugar, podem os facilm ente estabelecer que
a curva envolvente pode dar origem a um a via de equilíbrio
que representa a função de produção e inversamente.
Com efeito, seja um ponto P tom ado sobre a curva
envolvente (m undo real). Este ponto P representa um sistema
preciso, m aterializado por AB. O A representa o excedente
liquido p o r trabalhador p ara este sistem a
q/ l |
w
AN
— - ... ..... - - - -
i
1
K/l tg,< O B r
~ w
— w 4
\
\ , s
« s
------------------------ ► -
B. O impasse
lc
Pc = --------------------------------------
a la + OcCa — W ( r + d)
pc = — = constante
W A
80 SOBRE O VALOR — ELEMENTOS PARA UMA CRÍTICA
A. O modelo
B en s ãe con
M áquinas H om en s
su m o
T rabalhadores do
sector prim itivo 0 1 to
T rabalhadores do
secto r moderno 1 n nc
1 m 0
L = LM + Lc + Lh
Lh = L — dmM — nM
94 SOBRE O VALOR — ELEMENTOS PARA UMA CRÍTICA
C = ncM + b L h
ou
C = cLc + bL h
(1 — d) (M + — ) = M
m
donde
m
A INCOERÊNCIA INTERNA 95
dM m — (1 — d)
L h = L — LM — Lc
L h = L — dM m + (1 — d) — nM — —
m
LM Lc
n
+ 1— d 1
h mb m
nc n
R = ----------------
mb m m b
96 SOBRE O VALOR----ELEMENTOS PARA UMA CRÍTICA
n c = w n + w m (d + r),
nc = b n + bm ( d + r)
ou seja,
r = — (— - 1 ) — d,
b b
logo,
r = R
B. O im passe
Trigo utilizado em
bens de consum o
(proiduto líquido)
O
T rigo u tilizad o em bem d e c a p ita l
A INCOERÊNCIA INTERNA 101
N o ta s
Q SQ K S'Q
h sK Li s Li
d (Q /L ) d U Q /s L ) K sQ d (K /L )
------ —•—• = ------------ — -|------ + i— -----------1------ ou ainda:
d (a Q /sK > d (S Q /S K ) L 6K d i(sQ /8 K )
■
— a hipótese sobre as necessidades, os preços e os ren
dim entos ao nível do indivíduo;
108 SOBRE O VALOR — ELEMENTOS PARA UMA CRÍTICA
[Notas
1 T en tativas que an alisarem os n a 2.a parte.
2 K. K o sik , L a D ialectiqu e du co n cret, ¡Maspero, 1970.
3 N ão podem os aqui analisar as d iversas ten ta tiva s fe ita s
pelos n eoclássicos — nom eadam ente D on P a tin k in — p a ra rom
per esta contradição e in tegrar a m oeda. N ão é esse o n osso
objectivo. P a ra um a exposição clara sobre a questão, pode co n
su lta r-se B. SCHMIDT, M onnaie, sa la ire s e t p ro fits, P . U . F. 1966;
igu alm en te O laasen , M onnaie, R even u N a tio n a l e t P rix , Dunod,
1967.
4 D esenvolverem os este ponto n a 2.a parte, cap ítu lo 2.
5 Cf. In fra, o ponto- sobre a interdependência dos m ercados.
II
N o ta s
1. M A R X E R IC A RD I AN IS MO
A. H IP Ó T E S E S D O M O D E L O 7
B. O m odelo
0Õ
IC
01
Õ> d
> O
o u
*3
*0) <â
> â
ç3I *3
> •O 'd
§*
íí
-ójri
ctí <3 o3
d
X
d
D o § > £ Eh
C. Problemas e erros
A) O modelo
C + V
C + V + P1 = (---------- ) =
C + V
= (C + V) + r (C + Y) = <C + V) (I + r)
Ci + Vi + Pli = W i = Ci + C i + C3
C2 + V2 + Pb = W 2 = Vi + V2 + V3
C3 + V3 + Pl3 = W s = Pli + Pl2 + Pb
(Cix + Viy) (1 + r ’) = W ix
(C 2x + V 2y) (1 + r ’) = W 2y
(C3x + V 3y) (1 + r ’) = W 3Z
( L n t p i + L m p 2 + L n 3 p 3 + . . . ) (1 + r’) = L n p n
Introdução
A a + A D + ........ A k = A; Bo + B + Bk = B; etc.
tem a pode, desde logo, ser determ inado, m as, contrariam ente
ao sistem a neoclássico, ele é aberto, sendo o salário um a variá
vel exógena.
M ercadoria A M ercadoria B
dw -l \ 1) dpe t
2) dpd i
r / R = 1 — w ou seja r = R (1 — w)
1 V PREÇO
4--------------------------- >
w w PREÇO
r = R (1 — w)
(r — R)
Q u an tid ad e
de trabalho
gasto inici
alm ente.
Ap = L ( 1 ------- ) + L ( 1 ------- ) (1 + r)
a a R al R
+ ■•■ L an ( 1 — — ) (1 + r ) n
R
b) Considerações e <
conclusão geral sobre a lei do valor e sua
pertinência
são, sem ad o p tar ¡tal padrão. Basta, com efeito, que conside
rem os a equação dos preços, exprim indo estes como a soma
de trabalho passado, e actual, p a ra que com preendam os o
que fioou dito.
Desde logo, poderíam os p ensar que esta conclusão seria
susceptível de ter por base as considerações de Sraffa sobre
o salário pago post factum . T al apreciação seria m ais válida,
m as não suficiente. A introdução das hipóteses respeitantes
ao salário é necessária a Sraffa p ara construir um padrão
invariável de valores, como tivem os ocasião de observar. Mas
o fundam ento propriam ente dito da negação de qualquer pos
sibilidade de introduzir a exploração na determ inação dos
preços de produção advém em últim a análise — corno aliás
vim os no nosso estudo sobre as correcções, de von Bort-
kiew icz e sua superação — das hipóteses respeitantes à pere-
quação das taxas de lucro, considerada sem pre realizada, e da
troca de m ercadorias por m ercadorias.
Pode-se, portanto, concluir que negar a exploração, ao
determ inar os preços de p rodução, é um a consequência lógica
das hipóteses atribuídas a M arx e que a reaparição das con
clusões de tipo sm ithiano é apenas a consequência de hipóte
ses suplem entares introduzidas com vista à obtenção de um
p ad rão invariável de valores.
V. D e (c ): D eterm ina
ção directa dos pre
ços de produção, sem
recorrer à análise do
valor. I n u t i l i d a d e
d e sta teo ria e da teo
ria da exploração.
C a rá cte r m e ta físic o
do livro I.
Hriapcóitoecsíneisose Cesotnasseqnuoêvnacsiashipnóotescaso
supHliepmóetensteasres s er e m res pei
sentido das conclusões t ad aessenãdeo
1. Combina
ções produ
tiv a s dadas
e diferentes.
2. Quantidade
dada de m er
cadorias pro
duzidas.
MARX E RICARDIANISMO 161
4. Salário úni
co.
5. M ercadoria
contra m er
cadoria.
6. U tilização
im produtiva
dos lucros.
2. N e c e s s i d a d e de
um n u m e r á r io
particular: o pro
duto líquido = 1.
Cesotnasseqnuoêvnacsiahsipnóotesceassonãdoe
Hriapcóitoecsienisose supHliepmóteensteasres sesnetriedmo rdeasspeciotnacdlaussõees
lar o efeito da varia
ção da repartição
sobre os p reços e,
portanto, m edir estes
últim os. Im p ossib ili
dade p ois de cons
truir um padrão in
v ariável de valores.
N otas
1 ---X
« E a razão p ela qual W in tern ítz suporá a igualdade som a
d os valores = som a dos preços de produção, o que B ortk iew icz
não faz. Mas, ta l como B ortk iew icz, ser-lhe-á n ecessá ria um a
condição especial (a m esm a que a B o rtk iew icz) para que a
so m a d as m a is-v a lia s corresponda à dos lucros. E s ta condição é
y —l
que a com posição orgân ica do siste m a se ja ig u a l a ----------.
1— x
Cf. «V alues and P rices: a Solution of th e so -ca lled T ran sform a
tio n Problem », E co. Jour., 1948.
MARX E RICARDIANISMO 165
(xCj + yV j) i( l + ¡r’) = xW ,
xC , (1 + r1)
e y n a segunda: y = — -------------- —•——
W , — V , (1 + r’)
C j i d + d ’) — Wj C, 1( 1+ r’)
donde ------ —•—•—-—*------ = — — ---------------------
Y, ¡(1 + 1’ )' W , — V 2 ( l + r’)
(A p + Bp +'...Kp )■ i(.l + r) = Ap
a a a b a k a
(A p + B p + ... K p ) 1(1 + r ) + Li w — Ap
a a a b a k a a ,
(A p + B p + ... K p ) 1(1 + r ) + L w = Kp
k a k b k k k k
[A — (S A )] p + [ 0 — ,( V B ) ] p + ... [ K — ( t K ) ] p =1.
i a i b i k
k
2
------A : t B : . . . t K = A : B: ... : K
i= l 1 i i
S
e a relação padrão é R = — = 2 0 %, a ta x a de lucro é igu al
3.1
a 5 %.
42 P . SR A F F A , o p . Cit., p. 28.
43 ¡Sendo o bem padrão — recordem os — o produto líquido.
44 Poderia, segundo S raffa, se r determ inado p elo n ív el da
ta x a m on etária de juro.
45 B a sta calcular a d iferença de preços de duas m ercado
rias. E s ta diferença corresponde à diferença das suas resp ectiv a s
equações. D epende, pois, da ta x a de lucro. Ei su ficien te, portanto,
calcu lar para que ta x a s de lucro esta diferença se anula.
46 Gf. su pra. P od em os a crescen ta r — se bem que n ão ti
v éssem o s an alisad o as su as te o r ia s — - que esta co n clu sã o cons
titu i igualm en te u m a crítica d e fundo às te n ta tiv a s de Bõhrn-
-B aw erk e de W ikisell p a ra m edirem o cap ital p elo «período
de produção».
47 Os term os entre p arên teses serão d iscu tid os e aprofun
dados com m aior precisão no capítulo segu in te.
48 P oderíam os m esm o a crescen tar que a p a ssa g em dos
v alores aos preços de produção forn ece u m a d a s ch a ves, que
p erm item com preender o fundam ento d e c la sse dos cap italistas,
contrariam ente à s a sserçõ es de certos m a rx ista s. N e s te ponto,
M arx é b astan te claro. Cf. supra.
49 é com intenção p articu lar que u tilizam os a expressão
trabalho e não fo rça d e trabalho, dado que os ricardianos utili
zam a prim eira. R ecordem os que é a introdução d e sta segunda
n oção que irá perm itir explicar o m istério d a m a is-v a lia em
M arx. É devido ao fa c to de esta noção se r ignorada p or R icardo
que eie não pôde explicar de form a coerente a g én ese do lucro.
só N ão se encontra este tipo de raciocínio em R icardo.
Segundo este, o v alor relativo das m ercadorias ap en as corres
ponde à quantidade de trabalho despendido, n o ca so de não
existirem cap itais fix o s. A introdução d estes v em p ôr problem as
e exige que s e procure um padrão. M as nunca R icardo con si
dera que a ta x a de lucro p ossa ser nula. P od e variar, nom eada
m en te ap ós um a a lteração no salário, m a s não pode torn ar-se
nula.
2 . PARA UMA INTERPRETAÇÃO, QUE PERMITA
COMPREENDER O PROCESSO DE ACUMULAÇÃO
E AS SUAS CONTRADIÇÕES
1. A s form as de valor
A FORMA D IN HEIRO
1. O trabalho abstracto
b) A s form as de valor
c) A génese da moeda
d) Consequências
nos lim ites que lhe ten tam im por. A hipótese sobre a pere-
quação dada das taxas de lucro é reveladora. D esde o capí
tulo 1 0 , ou seja, desde o m om ento em que nos é necessário
explicar o que são os preços de p rodução o que eles signi
ficam , esta hipótese é abandonada. M ais precisam ente, ela
reveste-se de um sentido diferente daquele que lhe é dado
pela m aior p a rte dos seus com entadores. A perequação já não
é u m dado: E la é duas coisas ao mesmo tem po: um resultado
e um resultado reposto incessantem ente em causa. A posição
de M arx sobre este ponto, porque decorre directam ente da sqa
concepção de m ercadoria e das form as de valor, é m uito
clara: «A dificuldade propriam ente dita é esta: como se pro
cessa este alinham ento de lucros pela taxa geral de lucro,
dado que esta só pode ser um a consequência e não um ponto
de partida ? 52 Existem sobrelucros. Coexistem diferentes taxas
de lucro. E ste diferencial das taxas de lucro tende, contudo,
a anular-se, e, tal acontecendo, reproduz-se. 53 M as p a ra com
preen d er este m ovim ento contraditório, é necessário entender
bem o que significa exactam ente a tendência para a perequa
ção das taxas de lucro. É, p o r isso, que é necessário prim ei-
ram ente ver o que não é a tendência p ara a perequação.
I 4-
V alor — valor de m ercado Preço de mercado'
4-
form a fenom enal form a de valor
do valor
- > ( A ’ = A + a)
4-
E spera de produção 1 .a espera de Espera de cir
circulação culação (trans
(conversão form ação do
dinheiro em ca
pital)
m odificação das condições de produção
PARA TJMA INTERPRETAÇÃO 195
N otas
i p p u n
ÍNDICE
1. A D E D U Ç Ã O ............................................................ 17
SECÇÃO 1. ;Filo,sofia e dedução .................. 17
SECÇÃO' 2. A dedução propriam ente dita • 21
RESU M O G ER AL DO CAPITULO I