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Licenciatura em Psicologia
Universidade Rovuma
Nampula
2020
Ivan Benjamim Miguel
Licenciatura em Psicologia
2o Ano
Universidade Rovuma
Nampula
2020
1. O começo do estudo do problema da velhice
Embora o estudo do problema da velhice possa ser rastreado ate os primeiros pensadores da
humanidade, é muito recente a pesquisa científica do processo de envelhecimento.
2. Diferença
O aumento da população idosa deve-se não só à maior expectativa de vida gerada pela
melhoria das condições sociais e sanitárias, mas também à diminuição da taxa de mortalidade.
Pré-senilidade ou Senescência;
Senilidade;
Terceira e Quarta idades (pessoas acima de 80 anos)
5. As mulheres vivem mais tempo do que os homens.
Porque elas passaram a ser pessoas muitas vezes desocupadas (aposentadas), que devem ser
sustentadas economicamente e ter seu tempo livre e de recreação organizado.
Como consequência, a sociedade rejeita o idoso e desvaloriza tudo o que considera velho.
Paralelamente, a passagem da família numerosa para a família nuclear (cônjuges e um ou
dois filhos) torna cada vez mais distante a figura do avo. Os idosos correm, portanto, o risco
de desvalorização e marginalização não só por parte da sociedade, mas da família, que é seu
apoio afectivo essencial.
Muitos autores consideravam a velhice uma enfermidade crónica comum a todos os humanos.
Para Aristoteles, por exemplo, a velhice era como “uma doença natural” e Sêneca afirmava
que era uma doença incurável.
As teorias genéticas afirmam que o ciclo vital, seja de uma célula ou organismo, é
geneticamente determinado. Os genes contem a informação ou o programa que determina o
processo de envelhecimento, de modo semelhante ao que determina a cor dos olhos ou dos
cabelos.
A teoria da actividade afirma que, quanto mais o individuo se mantém activo, maiores suas
possibilidades de um envelhecimento adequado, também afirma que as necessidades
psicológicas e sociais são praticamente as mesmas tanto na velhice quanto na meia-idade. A
teoria da actividade considera que não existe qualquer possibilidade, baseada na renúncia e
no afastamento social, de adaptação da pessoa que envelhece ao novo papel. O afastamento é
considerado expressão patológica da velhice. A teoria da actividade tem em vista os “velhos-
jovens” e propõe-se prolongar a maturidade. O isolamento dos idosos, segundo essa teoria, é
determinado pelos preconceitos segregacionistas contra os velhos.
16. A teoria dos Novos Papéis sobre o processo de envelhecimento
Os autores norte-americanos Streib e Schneider formularam a teoria dos novos papéis, que se
situa a meio caminho entre a do desapego e a da actividade. Eles reconhecem a diminuição
das actividades sociais com a idade e o desejo concomitante da pessoa de permanecer activa
e plenamente “ligada” o máximo possível. Propõem o reforço de novos papéis, não impostos,
que levem em consideração as motivações pessoas e as capacidades físicas, alem dos
recursos do meio.
Segundo a teoria da comunidade, o ser humano envelhece da mesma forma que viveu. À
medida envelhece, trata de garantir a continuidade daquilo que adquiriu. Por exemplo, os
idosos que procuram novas amizades e actividades são, em geral, aqueles que nos períodos
anteriores estavam abertos a novas experiencias.
Danish e outros (1980) e O. Brin e Carol Riff (1980) formularam a teoria da descontinuidade,
a qual afirma que as mudanças cognitivas e comportamentais do idoso decorrem de factos
como a aposentadoria, a vulnerabilidade as doenças, a viuvez entre outros.
As críticas afirmam que a senectude é um processo individual, com amplas oscilações intra-
individuas e interindividuais das funções biológicas e psíquicas. Também afirmam que não
se pode falar de um declínio geral, que afecte todas as funções, nem de um fenómeno
universal, que envolva todas as pessoas.
22. Diferenças dos seguintes conceitos: Crise de desgarramento, Homem Sábio e Homem
senil.
Crise de desgarramento – É quando se aceita o fim;
Homem sábio – É a manifestação da transparência de sua vida, ressaltando sua
experiencia e sua capacidade de julgamento. Irradia sua sabedoria e experiencia;
Homem senil – O homem senil caracteriza-se pela diminuição de suas capacidades e, por
conseguinte, pela dependência dos demais.
23. Os temas nas conversas das pessoas idosas com profundas modificações corporais
Muitos encaram o idoso como alguém sem capacidade sexual, um impotente. E ridícula toda
expressão do amor entre eles (é uma época para as dores, e não para os prazeres). São
afirmações erróneas e preconceituosas, pois o idoso mantém tanto o interesse ou desejo
sexual quanto a actividade sexual, embora com menor intensidade e frequência. A
menopausa feminina não anula os desejos e a actividade sexual. A andropausa, nos homens,
é gradual, de forma que o idoso do sexo masculino continua sua actividade sexual e uma
certa percentagem conserva a capacidade de procriar.
O idoso e sua família enfrentam a doença, a dor e a morte com um terceiro personagem, que
é o medico.
O idoso, de alguma forma, encontra-se com os dias cumpridos, muito alem da temporalidade;
dai não haver nada mais enigmático do que a relação que mantém com o tempo. Para ele, é
como se o passado se fizesse presente e como se sua juventude estivesse a mão; outros,
porem, aferram-se ao momento presente talvez como tentativa de detê-lo; há uma terceira
instância: a dos mais vigorosos, que penetram o futuro com o olhar claro da sabedoria. É aqui
que o passado é impregnado de eternidade, extinguiram-se o vir a ser e a acção para deixar
em seu lugar a sabedoria contemplativa. Como decorrência, o idoso vê o mundo e a vida
humana como sub specie aeternitatis, ou seja, sob o olhar da eternidade.