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Segundo Toledo (1982:138) nos primeiros passos do homem nómada, a mulher era objecto,
quando o rapto era substituído pela venda, era considerada animal, negando lhe a inteligência e a,
moralidade. Ao passar à vida sedentária, pela descoberta da agricultura, nasce a família e a
mulher conquista certo valor pessoal.
O autor refere que na antiguidade, a mulher era desprezada, alguns chegaram de duvidar se ela
teria ou não alma. Se era uma pessoa ou seria apenas uma coisa. Até que o cristianismo a
revalorizou, tornando a companheira, não escrava do homem, e os dois cooperando com Deus, o
criador da alma imortal de cada pessoa humana.
Nalguns países, antes de Cristo, consideravam na como incubadora material. Portanto, o filho
pertencia apenas ao pai. Era ele que se deitava na cama ao lado da mãe e do filho. O pai era o
único a quem eram servidos as galinhas e alimentos finos.
INDE (2003:8,10) diz que nas aldeias dos agricultores, o trabalho era dividido por idade e por
sexo: todos os dias as mulheres tinham que trabalhar na machamba, apanhar lenha, carregar água
e cozinhar alimentos. Como sociedade de agricultores, a principal actividade era agricultura.
Assim as mulheres preparavam a terra para a sementeira, semeavam e sachavam para facilitar o
crescimento dos cereais.
Para além da agricultura, as mulheres participavam no artesanato. Faziam panelas de barro para
cozinhar, guardas os cereais e água. A educação era espontânea e por meio de rituais.
A mulher na Antiguidade
Enquanto o tempo passava, o homem ia descobrindo valores específicos na mulher: ser mãe e
responsável de todas as tarefas da casa, descoberta esta que não se materializara, pois, o homem
foi “instituído superior” pela natureza.
( WACHAVE:- 9). Foram os Gregos que deram oportunidade pela primeira vez ao
desenvolvimento individual (Esparta Militar de Atenas). A consequência não foi apenas o
progresso mas o desejo desse progresso e lutar por ele.
Em Atenas, a educação da rapariga era inteiramente doméstica, as mães ensinavam as suas filhas
as actividades do lar, noções de higiene física e alguns preceitos morais. As mulheres não tinham
direito à educação intelectual. Algumas escravas (dançarinas, tocadoras de flauta), recebiam
educação intelectual porque nos tempos livres elas tocavam para agradar aos Senhores.
O autor refere ainda que na Esparta Militar era necessário preparar a rapariga para ser sadia, para
fornecer à pátria, filhos sadios. Elas eram divididas em grupos (classes) conforme as idades.
Praticavam a corrida, o salto, luta, lançamento de disco, canto e bailado.
Da invasão e destruição da cultura romana pelos bárbaros incluindo escolas, para criar um
sistema que correspondesse ao período medieval, aparece a religião com objectivo de salvação da
alma. A PEDAGOGIA APOSTÓLICA, patrística, conciliou a fé crista com a doutrina grego –
romana e distribui escolas e catequistas por todo o império. Esta era a base da educação neste
período (WACHAVE:11)
Conforme o autor, com os conflitos cristãos – árabes, inicia se uma nova vida intelectual
chamada ESCOLÁSTICA – educação ensinada nas escolas da idade média. Ela concebia o
homem como criatura divina, recorria aos discursos da razão acentuando no PRINCIPIO DA
AUTORIDADE.
As classes trabalhadoras nascentes beneficiavam se apenas da educação oral que era transmitida
de pai para filho e herdavam a luta pela sobrevivência. As mulheres consideradas pecadoras pela
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igreja só podiam ter alguma educação se fossem vocacionadas para ingressar nos conventos
femininos.
À medida que o tempo passava, ia se reconhecendo o trabalho da mulher. Surge desta maneira a
ideologia sobre a elevação do nível de educação e formação das mulheres. Como resultado foram
realizadas conferências internacionais sobre a mulher.
TOLEDO (1982:137) diz que em 1975 celebrou se o ano internacional da mulher, por iniciativa
da HELVI SIPILA, filandesa, advogada e secretária geral assistente para o desenvolvimento e
assuntos humanitários, sob o lema: IGUALDADE, DESENVOLVIMENTO, PAZ.
Esta celebração foi seguida pela Década das Nações Unidas para as Mulheres (1976 – 1985).
Com estas iniciativas, as questões relativas ao estatuto e situação das mulheres entraram
progressivamente na agenda política internacional.
DELORS (1997:69) diz que a PRINCIPIO DA EQUIDADE obriga a um esforço particular para
suprir todas as desigualdades entre os sexos em matéria de educação... Elas, estão de facto, na
origem da inferioridade permanente que pesa sobre a mulher ao longo de toda a sua vida. Por
outro lado, hoje em dia, todos os peritos, são unânimes em reconhecer o papel estratégico das
mulheres para o desenvolvimento.
Diz ainda o autor que, concretamente, estabeleceu se uma correlação muito clara entre o nível de
educação das mulheres, por um lado, e por outro, a melhoria geral da saúde e nutrição da
população, bem como a quebra da taxa de fecundidade. O relatório mundial sobre educação da
UNESCO para o ano 1995 analisa os diferentes aspectos desta questão e observa que, nas regiões
mais pobres do mundo, “as mulheres e as raparigas são prisioneiras dum ciclo que fazem com
que as mães analfabetas tenham filhas que permanecendo também analfabetas, se casam muito
jovens e ficam condenadas, por sua vez, à pobreza, ao analfabetismo, a uma elevada taxa de
fecundidade e uma mortalidade precoce”. Trata se pois de quebrar este círculo vicioso de liga a
pobreza e a desigualdade entre homens e mulheres.
IDEM nas economias de subsistência, as mulheres efectuam a maior parte dos trabalhos em
relação os homens, trabalham durante mais tempo por dia e contribuem mais para o rendimento
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familiar. Esta disparidade de condições entre os sexos é uma das primeiras causas da pobreza
porque, sob diversas formas, impede que centenas de milhões de mulheres tenham acesso à
educação, Formação, serviços de saúde, aos infantários, ao estatuto jurídico que lhes permita
escapar deste flagelo.
A educação da rapariga e mulheres surge, tendo em vista que uma minoria delas já conseguiu,
como condição duma participação activa da população nas iniciativas em matéria de
desenvolvimento. A Conferencia Mundial sobre a Mulher, das Nações Unidas
(CONFERENCIA DE BEIGING- 1995), adoptou uma declaração e uma plataforma de acção
que são hoje instrumentos basilares para a acção que se situam numa mesma linha.
Enquanto a declaração anuncia princípios fundamentais que devem guiar a acção política,
a plataforma de acção identifica “áreas críticas” onde os problemas se situam e apontam
estratégias e caminhos de mudança.
A Liberdade da Mulher
O mesmo autor diz que embora pareça ter começado no século XIX, como a era industrial já, em
1789, ano da Revolução Francesa, OLIMPIA GOUGES, inspirando se da “Declaração dos
Direitos do Homem e do CIDADAO” redigiu a “ DECLARACAO DOS DIREITOS DA
MULHER. Pronunciou uma frase célebre que comoveu os seus contemporâneos: “ VISTO QUE
A MULHER TEM O DIREITO DE SUBIR AO PATÍBULO, TAMBÉM DEVE IGUALMENTE
DIREITO DE OCUPAR UMA TRIBUNA” Ano da família internacional da mulher tem muitos
objectivos para seguir e não poucos inimigos dentro e fora do seio familiar.
PATÍBULO – Lugar onde são enforcados homens (na sociedade patriarcal), em que a mulher era
explorada.
Sociais: abolir o que dirão pela norma de conduta moral, última moda.
Culturais: super valorizar o que vem de fora e não o que temos cá dentro. Eliminar o
analfabetismo e capacitar com orientação sanitária e puericultura;
Paz: dar lhe maior intervenção, nos eventos de vária ordem (cultural, politico, económico).
O autor diz que a mulher vai se libertando cada vez mais de todo o discriminismo, quer biológico,
cultural, social, religioso, económico quer político. Cada dia que passa, vai, gradualmente,
conquistando postos, não em competência ou luta com o homem, mas através de graus
ascensionais de promoção e liberdade. Isto, porém, não tira nada à sua vocação a maternidade,
tão própria dela, pois a sua realidade feminina não é incompatível com outras actividades.
Esta emancipação feminina tão desejada e tão necessária para conseguir a igualdade de direitos,
costuma ter um escolho, do qual convém advertir, para não se cair no extremo oposto: quando a
mulher quer se situar se por cima do marido, inclusive, ganhar mais do que ele, para fazer frente
aos supérfluos sem mexer nas despesas fixadas no lar, vem a cair na asneira de não atender à
formação dos filhos, que crescem e se educam sem a vigilância e o calor de ambos os pais
unidos.
De acordo com o autor, já existem hoje, bastantes mulheres com elevados graus académicos,
integradas na área da educação, sindicatos, investigação e meios de comunicação social, sendo
cada vez maior o número de delas que saem com graduação universitária e pós. Em certos países
estão autorizadas em seguir carreira militar.
A OEA recomenda que outorgue igual alojamento e residências universitárias para mulheres e
homens. Pede se a consenção de facilidades, para que a mulher casada possa frequentar a
universidade, mediante sistemas de crédito, horário flexível e ocupações para as crianças. Vai se
conseguindo pouco a pouco, avançar neste caminho que não é curto. O ANO INTERNACIONAL
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DA MULHER, porém, é o grande sino que desperta iniciativas e une vontades, com fins justos e
humanos.
ORIGEM DE GÉNERO
A diferença biológica é o ponto de partida para a construção social do que é ser homem / Mulher
– sexo. EX: um zigoto que receber um cromossoma XX de cada um dos seus pais, será
geneticamente feminino e se desenvolverá como menina. Se um zigoto que receber um
cromossoma XY de cada um dos seus pais, será geneticamente Masculino e se desenvolverá
como menino. Os pais discutem com seus desejos de representação social em relação ao futuro
filho: Homem: DEVE NASCER RAPAZ parecido comigo; Mulher; eu quero uma menina
parecida comigo.
Após o nascimento uma das primeiras perguntas que os pais recebem quando anunciam o
nascimento da criança “menino ou menina?”. A seguir o recen nascido é baptizado com roupa
ou azul ou rosa se for masculino ou feminino respectivamente. Aparecem em diante outras
categorizações: corte de cabelo ou trancas de mencha, apropriados para seu género. Será que a
diferença genética entre os sexos é, em última instância.
Será que essa diferença genética entre os sexos é, em última instancia, responsável pelos
diferentes comportamentos entre os sexos e, assim, capaz de explicar porque normalmente os
pais não tratam seus filhos e filhas da mesma maneira?
Os termos sexo e género são muitas vezes utilizados como sendo intermutáveis. Todavia,
muitos investigadores acham que deviam ser separados para uma melhor compreensão do
que é ser mulher ou ser homem. DEAUX, UNGER E CRAWFORD 1993 citados por NETO
2000 comentam no seu texto que SEXO referir – se –à ao estatuto biológico de ser homem
ou mulher
Reconhecemos que há um desequilíbrio nas relações sociais entre o homem e a mulher em termos
de:
2 – Acesso à recursos;
3 – Controle de recursos;
Se as relações entre o homem e a mulher forem bem equilibradas, isso será fundamental para o
desenvolvimento humano e económico;
Sexo – é atribuído o facto de ser biológico – função. Sexo – nos animais, são macho e fêmea mas
não são homem e mulher, nem masculino e feminino
GÉNERO é a forma como a sociedade encara e trata o homem e a mulher. Na maioria das
sociedades, os homens e as mulheres têm papéis e responsabilidades diferentes, oportunidades e
direitos diferentes.
Essas diferenças variam de uma sociedade para outra. Portanto, quando se fala de género, não
está se referindo de mulheres, mas sim de mulheres e homens e das relações que se estabelecem
entre ambos na organização social.
Portanto relações entre homens e mulheres são designadas de relações de género. As relações
sociais entre o homem e a mulher manifestam se:
Na família;
No local de trabalho;
Na comunidade;
Nos órgãos de decisão;
Na sociedade em geral (relações de poder)
GÉNERO – construção histórica – social. Tem a ver com as dimensões das relações sociais
(relações de género) do masculino e do feminino (BRAGA 2007).
Estas Relações de género desigual imposta pela sociedade vem reforçando os preconceitos e
privilégios de um sexo sobre o outro e influencia para a construção da identidade sexual dos
rapazes e raparigas, utilizando se a disciplina como um instrumento para orientar a conduta dos
alunos / crianças/ jovens segundo o seu género.
O género é a forma como a sociedade encara e trata o homem e a mulher. Na maioria das
sociedades, os homens e as mulheres têm papéis e responsabilidades diferentes, oportunidades e
direitos diferentes. Estas diferenças variam de uma sociedade para outra.
O preconceito pressupõe crenças prévias sobre capacidades intelectuais, física, moral, entre
outras, dos indivíduos ou grupos sociais, sem levar em conta factos que contestem essas crenças
preconcebidas. Assim, como o preconceito é um sentimento interior, ele pode estar presente nos
indivíduos sem necessariamente se transformar em acto/acção de discriminação SANTOS apud
MONTAGNER 2010:20
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O conceito de estigma, por sua vez, está recorrentemente associado a um traço profundamente
depreciativo. Assim, atribuição de estigmas aos sujeitos sociais, podem ocorrer junto ao processo
de formação de categorias no estabelecimento de relações sociais. No processo de
estigmatização, são seleccionadas determinadas características dos sujeitos sociais, a partir de
algumas pré noções, que resultam na criação de estereótipos, que, na maior parte das vezes agem
como elementos de exclusão desses sujeitos e resultam em estigmas. O estigma ‘e uma
demarcação corporal de uma relação social de desigualdade, resultante de uma “reificação” dos
processos de dominação/hierarquização
Trata se de generalizações através dos quais se procura o sentido num meio social complexo
SEXO – é o conjunto das características biológicas que determinam as diferenças entre homens
e mulheres. O sexo é produto da natureza (de nascimento) e não muda (é estático) e é universal.
SEXUALIDADE
Também a autora acima citada percebe como uma construção sócio cultural marcada pela cultura
assim como pelos afectos e sentimentos, expressando se com singularidade em cada sujeito.
Geneticamente, o homem contém o seu lado feminino, partilha o cromossoma X com Y com as
mulheres.
A sexualidade no homem distingue se dos outros animais porque nas sociedades humanas os
aspectos sexuais dos homens apresentam duas dimensões: biológica e a psico – sócio – cultural.
IGUALDADE NÃO SIGNIFICA que o homem e a mulher tornem se como a mesma coisa, mas
sim, HOMENS E MULHERES GOZEM OS MESMOS DIREITOS,RESPONSABILIDADES E
OPORTUNIDADES.A Igualdade tem a ver com aspectos quantitativos e qualitativos:
IGUALDADE DE GÉNERO
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A igualdade de género é a equivalência social entre os vários géneros. Enquanto o conceito pode
referir-se às diferenças sociais entre homens e mulheres, estende-se a todo o espectro da
identidade de género. O género Tem por base representações (crenças, ideias, valores) em torno
do sexo biológico. Ou seja, é o modo como as sociedades entendem as pessoas do sexo
masculino e as pessoas do sexo feminino. É, assim, a consequência do sexo numa organização
social.
Não existe coincidência entre a identidade natural (sexo) e a de género (construção social), sendo
que o mesmo acontece relativamente às noções de raça, classe, idade e etnicidade.
EQUIDADE
DELORS (1997:69) diz que oPRINCIPIO DA EQUIDADE obriga a um esforço particular para
suprir todas as desigualdades entre os sexos. Elas, estão de facto, na origem da inferioridade
permanente que pesa sobre a mulher ao longo de toda a sua vida. Por outro lado, hoje em dia,
todos os peritos, são unânimes em reconhecer o papel estratégico das mulheres para o
desenvolvimento.
Diz ainda o autor que, concretamente, estabeleceu se uma correlação muito clara entre o nível de
educação das mulheres, por um lado, e por outro, a melhoria geral da saúde e nutrição da
população, bem como a quebra da taxa de fecundidade.
O relatório mundial sobre educação da UNESCO para o ano 1995 analisa os diferentes
aspectos desta questão e observa que, nas regiões mais pobres do mundo, “as mulheres e as
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raparigas são prisioneiras dum ciclo que fazem com que as mães analfabetas tenham filhas
que permanecendo também analfabetas, se casam muito jovens e ficam condenadas, por
sua vez, à pobreza, ao analfabetismo, a uma elevada taxa de fecundidade e uma
mortalidade precoce”. Trata se pois de quebrar este círculo vicioso que liga a pobreza e a
desigualdade entre homens e mulheres.
RELACOES DE GÉNERO
As RELACOES DE GÉNERO – em última instancia, são relações de poder, isto é, relações que
implicam uma hierarquia. Esta hierarquia determina a subalternização da mulher.
As relações de género, em última instância, são relações de poder, isto é, ralações que implicam
uma hierarquia. Esta hierarquia determina a subalternização da mulher. As relações de género
criam desigualdades que orientam as práticas, representações e a divisão social do trabalho. O
processo de desigualdade de género inicia na família, através do processo da socialização
primária.
É comum na prática das relações sociais a vivência da descriminação entre homens e mulheres,
como se fosse um fenómeno normal. Os argumentos usados para justificar as desigualdades
entre homens e mulheres são sobretudo culturais.
É comum na prática das relações sociais a vivência da discriminação entre o homem e a mulher
como se fosse um fenómeno normal.
Enquanto as RAPARIGAS são socializadas para a esfera doméstica como forma de reconhecer e
legitimar os papéis futuro de mãe e esposa; OS RARAPZES são preparados para liderar o lar e
para a definição de estratégias familiares de sobrevivência. Trata se de uma socialização baseada
na discriminação entre o homem e a mulher.
Numa revisão da definição dos estereótipos de género ASHMORE e DEEL BOCA 1979,
identificam 4 características que são geralmente aceites: um estereótipo de género é
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Papéis de género são actividades com significado social em que os dois sexos participam
actualmente com frequência diferente. Ex: na construção civil há mais homens do que as
mulheres. São explicados muitas vezes em referencia aos estereótipos dos papéis de género –
trabalhos devem ser efectuados por homens que por sua vez são explicados em referencia aos
estereótipos dos traços de género – homens são mais robustos… por isso são mais adaptados aos
ws de construção civil.
Tambem as pesquisas sobre E.G tem focalizado em traços de personalidade. Não só se pode falar
de traços masculinos e femininos, mas também se pode falar de papeis masculinos e femininos,
de profissões masculinas e femininas, e das características físicas masculinas e femininas. Estas
quatro componentes, embora relacionados, podem operar de modo relativamente independente.
Investigação de LEWIS e DEAUX chama nos atenção para o facto de que masculinidade e
feminilidade poderem ser vistos como um vasto conjunto de traços, papeis, ocupações e
aparência física.
A natureza dos conteúdos dos estereótipos tem sido desde há tempo, alvo dos psicólogos sociais
(Lippman 1972). Embora maior parte dos estereótipos esteja relacionado com crenças e atitudes
acerca de grupos étnicos, investigações mais recentes tem focalizado estereótipos de género. Tais
estudos têm mostrado que crenças estereotipadas dos papéis e características masculinas e
femininas persistem, apesar da existência de movimentos que lutam pela igualdade dos dois
sexos.
Ex: homens são vistos como agressivos, rudes, ambiciosos, e orientados para a tarefa; as
mulheres são vistas como gentis, fracas, sensíveis e orientadas para as pessoas. Estas crenças
acerca das características masculinas e femininas são tão universais que aparecem de modo
consistente num estudo com crianças e adultos em 25 países da Europa, África, América, Ásia e
Oceania (WILLIAMS e BEST, 1990).
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Há estereótipos de género panculturais que são evidentes em todas as culturas, mas que são
modificadas de certo modo por influencias culturais especificas. Ex: criança educada,
escolarizada, de boas maneiras etc.
Existem diferenças raciais nos estereótipos de género ex: mulheres negras quando comparadas
com as mulheres brancas são vistas como menos passivas, dependentes e emotivas e tocadas pela
sua aparência. Homens negros comparados com brancos são vistos como mais expressivos sob
ponto de vista emocional e menos competitivos e independentes. Para além das diferenças raciais
nos estereótipos de género, há também, diferenças de classe social e de preferência sexual: ex;
mulheres trabalhadoras são estereotipadas como sendo hostis, confusas e irresponsáveis que as
mulheres de classe média. Homens homossexuais são estereotipados como possuídos de traços
femininos, As lésbicas são estereotipadas como possuídas de traços masculinos.
Estas variacoes deixam claro que cada um de nós se situa num espaço psico social em que se
cruzam diversas categorias, como: género, raça, etnicidade, idade, classe social,
preferenciasexual, que interagem umas com outras de modo complexo.
Segundo Deaux e Major 1987, H’ três factores que determinam se os E.G são activados: a pessoa
– alvo; a pessoa que percepciona; a situação.
Dada a prolongada interacção, as diferenças no poder e a intensidade dos laços entre pais e filhos,
AO PAIS constituem aos primeiros agentes de socialização na nossa sociedade: FAMILIA, A
ESCOLA, COLEGAS, MEIOS DE COMUNICACAO SOCIAL
Poder – se – ia pensar que os EG são exemplos engraçados, propagados por pessoas desprovidas
de sentido critico. Todavia, à semelhança do que acontece com a maior parte dos estereótipos, os
EG tem efeitos ainda mais fortes sobre os seus objectos.
PERSPECTIVA CONSTRUTIVISTA/CONSTRUCIONISTA
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O processo de evolução permitiu que a divisão social dos papéis de “macho” e “fêmea” fossem
assim para melhor se adaptarem às suas funções específicas: reprodução, trabalho, liderança,
humanismo, etc.
PERCURSO
Pela primeira vez nos anos 60 foi proposto o enfoque EQUIDADE, pois;
tinha como lema Igualdade, Liberdade e Fraternidade, são reivindicadas pelas feministas
porque elas acreditavam que os direitos sociais e políticos adquiridos a partir das revoluções
deveriam se estender a elas enquanto cidadãs. Algumas conquistas podem ser registadas como
consequência da participação da mulher nesta revolução, um exemplo é o divórcio.
Houve momentos na história da humanidade, como na Idade Média, em que a mulher tinha
direitos mais abrangentes como acesso total à profissão e à propriedade além de chefiar a família.
Estes espaços se fecharam com o advento do capitalismo. De modo geral, quase sempre
houve hegemoniamasculina nos diferentes espaços públicos e da mulher no espaço doméstico.
A luta dos movimentos feministas não se esgota na equalização das condições de trabalho entre
homens e mulheres. Trata-se de modificar a concepção, naturalizada, de que a mulher é
mais “frágil” que o homem.
especialmente oprimidas pelo mercado de trabalho que descrimina que descrimina os sexos,
utilizando as mulheres como mão de obra barata e de reserva, sem atender às necessidades sociais
de direitos específicos para as mulheres, relativamente à gravidez e à maternidade.
FEMINISMO CONTEMPORANEO
Porém, ainda não se pode atribuir aos mais variados escritos que surgiram nesse período o rótulo
ou o conceito de "feminista". Por outro lado, os estudiosos do tema creditam ao contexto social e
político da Revolução Francesa (1789) - e, portanto, do Iluminismo - o surgimento do
feminismo moderno.
Em 1791, por exemplo, a revolucionária Olímpia de Gouges compôs uma célebre declaração
“VISTO QUE A MULHER TEM DIREITO DE SUBIR AO BATÍBULO, TAMBÉM TEM
DIREITO DE OCUPAR UMA TRIBUNA”, proclamando que a mulher possuía direitos
naturais idênticos aos dos homens e que, por essa razão, tinha o direito de participar, directa ou
indirectamente, da formulação das leis e da política em geral. Embora tenha sido rejeitada pela
Convenção, a declaração de Gouges é o símbolo mais representativo do feminismo
racionalista e democrático que reivindicava igualdade política entre os géneros masculino e
feminino.
Desse modo, o movimento feminista contemporâneo atua com base numa perspectiva de
superação das relações conflituosas entre os gêneros masculino e feminino, recusando, portanto,
o estigma ou noção de "inferioridade" (ou desigualdade natural).
SIMONE BEAUVIOR 1960 publicou um livro”o segundo sexo” segudo o qual a hierarquização
dos sexos é uma construção social e não condição biológica.
O movimento feminista obteve muitas vitórias, tanto nos países industrializados (onde era mais
forte) como nos países em desenvolvimento. O divórcio e o aborto foram dois temas que
marcaram o movimento durante a década de 1970.
Entre o final da década de 1970 e início da de 1980, porém, o movimento feminista entrou em
declínio, em razão das profundas transformações (sociais, políticas e económicas) que atingiram
as sociedades. Crises económicas, o surgimento do narcotráfico, da violência e do terrorismo,
com sérias ameaças à coesão social, foram temas que ganharam maior atenção do público e da
cena política.
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FEMINISMO EMANCIPACIONISTA
No século 19, o feminismo teve um novo recomeço, em um contexto diferente: o da sociedade
liberal europeia que emergia.
Os escritos do pensador inglês Stuart Mill ganharam destaque ao propor o princípio geral de
emancipação das mulheres a partir da abolição das desigualdades no núcleo familiar, da
admissão das mulheres em todos os postos de trabalho e da oferta de instrução educacional do
mesmo nível que estava ao alcance dos homens.
PORQUE 8 DE MARCO ?
Há também o Dia Internacional da Mulher, celebrado todo o dia 8 de Março, que visa
conscientizar o mundo da importância da igualdade entre os géneros, celebrar as conquistas
do movimento feminista para a maioria das mulheres do mundo, lembrar que ainda há muito pelo
que lutar, especialmente nos países do Oriente e da África, além de ser uma eterna lembrança das
140 mulheres que morreram em um incêndio em uma fábrica têxtil em Nova Iorque no ano
de 1911. Elas estavam lutando por melhores condições de trabalho, e foram confinadas na
fábrica para morrer.
CASO ÁFRICA
Papel produtivo – primeiro momento; a nível familiar – trabalho domestico; segundo momento:
nível exterior para ter rendimento;
CASO MOCAMBIQUE
Durante a Luta de Libertação Nacional, existia Guerrilha, movimento de luta que se diferenciava
dos soldados de combate normal; parte dela englobava mulheres chamado DESTACAMENTO
FEMININO
1966 – Decidiu - se que a capacitação da mulher fazia parte integrante da luta de libertação
nacional;
I 1975 NO México- foi lancada uma directiva para a elaboração de uma declaração contra a
discriminação feminina mais efectiva doa que a quela de de 1967. Destaca se a participação da
mulher na conferencia, desenrolou se o primeiro fórum de ONGs.
III 1985 em NAIROBI- foi dada a atenção para a importância da inserção e participação efectiva
das mulheres para se alcançar o desenvolvimento das sociedades para tal foram tomadas medidas
de carácter jurídico: alcance da igualdade na participação social, politica e nos cargos de tomada
de decisão.
IV 1995 em BEIGING – TEVE grande impacto por ter sido elaborada uma plataforma de acção
que incluía muitas áreas:
Frágil reconhecimento;
AMBITO 3: A participação dos indivíduos e grupos sociais naquilo que lhes diz respeito: