Você está na página 1de 2

CONSCIÊNCIA DOS SONS

Objetivo: os sons distraem quando são rechaçados ou quando tenta-se fugir


deles; mas, sabendo perce-
bê-los e acolhê-los, podem ser um excelente meio de oração.
* Adote uma postura corporal cômoda. Solte os músculos, os membros...
Procure respirar lenta e suavemente, sentindo o ritmo da respiração, do ar que
entra e sai das narinas...
Procure esvaziar a mente de todo pensamento...
Permaneça com o cérebro vazio... como se estivesse num profundo sono em
que nada se sente... nada
se pensa... nada... nada... nada...
Sentir a sensação de que o cérebro é vazio... sem pensar, nem imaginar...
vazio... nada... nada...
* Concentre sua atenção no som da própria respiração; permaneça assim por
alguns segundos...
* Procure escutar, agora, todos os sons possíveis ao seu redor.
* Procure ampliar o campo de percepção para ouvir os sons mais sutís, quase
imperceptíveis...
* Procure localizar o som mais distante que você conseguir captar... Vai se
aproximando até localizar o
som mais próximo de você.
* Não coloque resistências aos sons. Deixe-os entrar em seus ouvidos e em você
mesmo como eles são,
sem qualificá-los, sem resistí-los...
Procure ouvir sem nomear a fonte dos ruídos e sons; perceba-os tais como são,
contentando-se em aco-
lhê-los. Não fique tenso: deixe os sons virem...
Dê-se conta que os sons são irritantes porque nós os interpretamos assim.
* Capte agora qualquer som que quiser; perceba como ele é composto de muitos
outros sons, tem varia-
ções de intensidade e tons.
* Procure descobrir a harmonia que existe em todos os sons por mais
discordantes que possam parecer.
* Procure descobrir o silêncio que existe no interior de cada som. Repouse nesse
silêncio.
* Agora, torne-se consciente não tanto dos sons à sua volta, mas do ato de
ouvir;
o que você sente quando percebe que pode ouvir? gratidão? louvor? amor?
* Volte agora para o mundo dos sons e mantenha-se alternando da consciência
dos sons para a sua ativi-
dade de ouvir.
* Mantenha-se aberto à variedade completa de sons, sem excluir nenhum, como
se todos fizessem parte
de uma sinfonia em que todos os instrumentos, todas as notas tem sua
função.
* Respire em profundidade... outra vez...
* Tome consciência que esses sons são o canto de louvor que as criaturas
elevam a Deus: o canto do pás-
saro, o zumbido dos incetos, o barulho do vento, o ruído das máquinas, o voz
dos animais...
Tudo isso é um hino ao Criador de tudo.
* No menor dos seres vibra o Nome de Deus, através de Quem tudo se mantém e
conserva.
Cada ser canta este Nome à sua maneira, formando uma admirável sinfonia.
* Una-se a esse hino. Louve a Deus com a voz das criaturas.
* Faz sua a voz da natureza e seja consciente desse louvor, sem palavras, sem
conceitos, só como um can-
to universal, majestoso...
* Comunique-se com este conjunto harmonioso e repouse dentro dele.
* Permaneça nessa atitude de sintonia com os sons e de louvor a Deus.
* Perceba como cada som é produzido e sustentado pela força onipotente de
Deus. Deus está “soando”.
* Você pode ouvir Deus.
* Escute Deus como “som”, como a terna melodia do silêncio.
* Descanse neste universo de sons; repousando neste universo de sons, você
pode repousar em Deus.
* Descanse em Deus.
* No centro deste silêncio há uma revelação. Deus se manifestou através dos
grandes silêncios da história
da salvação. Silêncios de plenitude, de conteúdo, de vida...
* Respire em profundidade... outra vez...
* Vá abrindo os olhos lentamente... vá se erguendo...

Você também pode gostar