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E-BOOK

ANSIEDADE
MEDO E
SÍNDROME DO
PÂNICO

O que é? Como lidar?

ALDEMIR ALVES

DICAS E INFORMAÇÕES SOBRE ANSIEDADE MEDO E


SINDROME DO PÂNICO ATRAVÉS DA TERAPIA COGNITIVA
COMPORTAMENTAL
Psicólogo Aldemir Alves
CRP 04/49276

Ansiedade Medo e Síndrome doPanico


O que e? Como Lidar?

Ano 2018

Todos os Direitos Reservados

(37)999211169

psicólogo Aldemir Alves

@psicologoaldemir
Índice

Quem sou EU?- 4


Apresentação - 5
Introdução - 6
O que é Ansiedade - 7
Diferença entre Medo e Ansiedade - 8
Origem da Ansiedade e do Medo - 9
Como acontece a Ansiedade - 10
Erros Cognitivos da Ansiedade - 11
Mente e Corpo - 12
Crenças profundas da Ansiedade - 13
Por que não fugir e evitar mas sim enfrentar - 14
Preocupação uma característica da Ansiedade - 15

Como lidar com a Ansiedade - 16


Como você se vê em relação a Ansiedade - 17
Aceitando a Ansiedade - 17
Respiração Diafragmática - 18
Registro de Pensamentos - 19
Mindfulness e Ansiedade - 20
Os transtorno de Ansiedade - 21

Vamos falar de Síndrome do pânico - 22


Algumas palavras - 22
Apresentação - 22
O que é esse transtorno - 22
Como Acontece - 23
Perfil e Crenças - 23
Conclusão - 24

Estratégia Acalme-se - 25
Mensagem Final - 26
Livros Utilizados - 27
Quem sou EU?

Um simples mineiro, Introvertido, mas não tão quieto e reservado, simples e autodidata. Ao sair da
escola não sabia qual caminho seguir, trabalhou, conheceu o mundo da música e do teatro, e neste
tempo descobriu seu fascino pela psicologia, desenvolvimento pessoa e ciências humanas e o seu
sonho em ajudar as pessoas.

Graduado em psicóloga, adotou como método de trabalho a terapia cognitiva comportamental. Além
disso Participou de grupos de estudos Junguianos, tem formação em Hipnose Clinica, e estuda
Programação Neurolinguística.

Motivado pelo desejo de ajudar as pessoas, segue em busca de realizar além de atendimentos, levar
informação sobre os mais diversos assuntos da mente e do comportamento humano, através de
diversos meios de comunicação, pois acredita que o conhecimento pode ajudar as pessoas a terem
uma melhor qualidade de vida em vários aspectos.

Aldemir Alves do Amaral


Psicólogo CRP 04/49276

4
Apresentação

Sejá muito Bem-vindo ao

E-book Ansiedade Medo e Síndrome do Pânico, O que é como lidar.

Se a Ansiedade e o medo estão dominando sua vida, trazendo prejuízos, bronqueando seus
objetivos e sonhos, impedido de viver a vida com mais tranquilidade ou

Se você tem algum transtorno de ansiedade, principalmente Síndrome do pânico e gostaria de


saber lidar com o problema e se sentir melhor leia este livro.

Você conhece alguém que tenho problemas ou transtorno de ansiedade e gostaria de ajudar ou se
você é um profissional e trabalha com esse publico

Aqui você encontrara conhecimentos, informação e dicas interessantes e cientificamente


comprovadas para que você possa se ajudar ou ajudar outras pessoas com problemas de
Ansiedade medo e síndrome do pânico.

Este E-book apresenta uma leitura fácil e didática e foi escrito através de experiências, observação
clínica, estudos através de teorias e tecnicas da terapia cognitiva comportamental, antropologia,
neurociência e psicologia.

Este E-book não subistitui Médico, psiquiatra, psicologo ou qualquer profissional da saúde, mas
complementa e ajuda compartilhando conhecimento e informação de qualidade.

Então fique à vontade para ler, refletir, pensar, aprender sobre Ansiedade Medo e Síndrome do
Pânico.

Um Forte Abraço!

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Introdução

Apesar da sociedade crescer em termos científicos e tecnológicos, trazendo vários benefícios,


acabou influenciando em uma época de fortes exigências emocionais.

Se o que atormentava os antigos e provocava ansiedade eram animais selvagens e fenômenos da


natureza, hoje em dia o desemprego, as exigências e cobranças no trabalho e a violência atual são
alguns dos fatores que provoca ansiedade.

O mundo evolui, porem o ser humano internamente não, este ainda tem muito que aprender sobre
suas emoções e como lidar elas.

Apesar de a ansiedade ser uma emoção natural do ponto de vista adaptativo da existência
humana, ela acabou se tornando desequilibrada, gerando vários transtornos ansiosos, que nós
alerta e nós chama atenção para cuidar melhor da nossa mente e corpo.

O tratamento das sindromes ansiosas fica a base de psicofarmacos, utilizada como auxiliar no
tratamento, ajudando no alivio dos sintomas e a psicoterapia onde o paciente aprende a lidar com
seus pensamentos catastróficos e suas emoções, a avaliar racionalmente a situação que lhe deixa
ansioso, fazendo mudanças significativas no seu estilo de vida.

Várias pessoas sofrem com transtorno ou problemas relacionados a ansiedade, e carece de


informação, por isso conhecer e se educar sobre a ansiedade é mais que importante.

Neste E-book conheceremos sobre a ansiedade, medo e a sindrome do panico, além de aprender a
como lidar com tudo isso no dia dia.

6
O que é Ansiedade?

Você já sentiu uma ou algumas das sensações, como sudorese, tremores, agitação, falta de ar,
respiração rápida, aceleramento dos batimentos cardíacos, acompanhados de preocupação e
pensamentos e imagens de situações catastróficas, sendo manifestado em alguns ou vários
momentos de sua vida.

Então você sentiu ansiedade.

A ansiedade assim como o medo é um emoção que coloca nosso corpo em um estado de alerta, luta
ou fuga diante de um perigo real ou imaginário, causando mudança física, cognitiva, emocional e
comportamental.

“Ansiedade:
Emoção que prepara o corpo para agir diante de um perigo no qual a mente acredita que
venha a acontecer”

O significado mais aceito hoje em dia vem do psiquiatra australiano Aubrey Lewis que, em 1967,
descreveu o termo como “um estado emocional com a qualidade do medo, desagradável, dirigido
para o futuro, desproporcional e com desconforto subjetivo”.

Essas duas emoções "Medo e Ansiedade" fazem parte da vida, pois nos avisa de um perigo
iminente, como o que sentimos quando derrapamos com o carro em uma estrada molhada, quando
uma pessoa desconhecida e suspeita esta nos perseguindo ou quando estamos perto de um animal
feroz pronto pra nós atacar.

Também pode motivar a nós preparar para alguma prova ou reunião de negócios, tomarem medidas
especiais ao viajar para um lugar desconhecido.

A ansiedade e o medo são importantes, mas o que irá diferenciar o normal do patológico são a
intensidade, a freqüência e as manifestações disfuncionais em situações neutras de perigo e a
presença de sofrimento e prejuízo na vida da pessoa.

Ter conhecimento é um passo muito importante para que possamos aprender a lidar melhor com a
ansiedade em varias situações de nossas vidas.

7
Diferenças entre
Ansiedade e Medo

O medo é uma das emoções básicas da vida humana e tem sua importância assim como a tristeza,
a raiva, surpresa, repulsa, alegria, pois as emoções nós orienta em relação ao mundo e prepara
nosso corpo fisiologicamente para lidar com as situações do dia a dia.

Mas quando o medo ou até mesmo a ansiedade é inapropriado, excessivo e desligado da realidade,
ele deixa de ser um sinal preciso e confiável de perigo e pode acabar se tornando uma fobia que é
um medo muito intenso e irracional.

Ter medo de lugares muito alto, medo dirigir a 200 por horas ou entrar em pânico durante um assalto
é considerado algo racional. No entanto ter um medo muito intenso de borboleta, barata, palhaços,
dirigir carro, subir de elevador ao ponto de manifestar sintoma muito intenso no corpo só de ver ou
imaginar, chegando a prejudicar a vida, se trata de um medo irracional, uma fobia.

"O medo é a percepção de ameaça ou perigo iminente à segurança ou integridade de uma


pessoa."

O medo está na raiz da ansiedade; Quando estamos ansiosos, o medo é o estado emocional
presente e importante que governa a ansiedade.

Assim, a ansiedade é uma experiência mais duradoura do que o medo. Ela é um estado de
apreensão e de excitação física em que você acredita que não poder controlar lidar ou prever
eventos futuros potencialmente perigosos, ruins ou aversivos.

"A ansiedade é um estado emocional no qual antecipamos uma vivencia ou experiência de


medo em nossas mentes e manifestamos em nosso corpo."

8
Origem da Ansiedade e do Medo

Há 250 mil anos atrás o homem vivia sobre perigo de grandes animais e ao se defrontar com esses
animais tinha como opção lutar ou fugir e para isso ele precisava de uma grande carga de energia e
adrenalina no corpo.

Quando o homem percebia a ameaça de perigo uma estrutura no cérebro chama Amígdala cerebral
fazia a leitura do tamanho do perigo e mandava um sinal para outra parte do cérebro chamada
Hipotálamo no qual mandava outro sinal para as Glândulas supra Renais (que fica próximo ao
pâncreas) liberarem hormônios do cortisol e da adrenalina que percorria todo corpo, causando
mudanças fisiológicas que preparava o homem fisicamente para lutar ou fugir desses grandes
animais.

Dessa forma entendemos que a ansiedade e o medo surgiram quando nossos ancestrais viviam
sobre os perigos de grandes animais e precisava de uma grande carga de adrenalina no corpo para
lutar ou fugir do perigo.

A ansiedade era uma necessidade de sobrevivência, estar alerta e preparado para reagir era de
extrema importância naquele tempo.

Porem se o que provocava ansiedade no passado era os perigos de grandes animais, hoje em dia o
desemprego, as exigências no trabalho, a violência atual, falar em público, é alguns dos fatores que
provoca ansiedade.

As situações são diferentes do passado, mas a forma do organismo se manifestar são as


mesmas do passado.

Então quando estamos com medo ou ansiosos em falar em publico, de pessoas desconhecidas e
suspeitas, fazer uma prova, o cérebro e o corpo reagem da mesma forma que nossos ancestrais
reagia a uma situação de perigo.

O que acontece hoje, é que existem situações que nós deixa ansiosos que vai além de um possível
perigo físico, existe também situações que colocam em risco a própria identidade e intimidade.

Questões subjetivas como falar em público, apresentar um trabalho, falar com pessoas, fazer uma
prova, podem gerar sintomas de ansiedade. Por mais que saibamos que tudo isso não apresenta
perigo algum, mesmo assim tendemos a ter ansiedade, pois se trata da nossa mente nos
protegendo de algum perigo que acreditamos que possa ferir nosso lado pessoal.

Existem situações que realmente estaremos ansiosos e até em pânico, ou seja, estado de alerta, se
você estiver em uma guerra por exemplo será muito necessário, estar ansioso sobre o que de pior
poderá acontecer, se preparando para lutar ou fugir, e se durante a guerra lhe aponta uma arma na
cabeça o pânico fará sentido nesta situação.

Porem muitas vezes criamos situações imaginarias de perigo na nossa mente e sentimos
como verdade.

9
Como Acontece a Ansiedade

Quando uma pessoa está ansiosa ou tem transtorno de ansiedade, ela processar em sua mente
pensamentos catastróficos, no qual interpreta um futuro com desfecho negativo, onde situações
ruins e perigosas aconteceram. Esses tipos de pensamentos são muito comuns principalmente em
pessoas com transtorno de ansiedade.

Uma pessoa com transtorno do pânico poderia pensar: “Estou com dificuldade de respirar acho que
vou desmaiar, outra pessoa com problemas de ansiedade ao se deparar com um desconhecido a
noite poderia pensar: “corro perigo, serei assaltado, vou morrer”.

“Esses pensamentos catastróficos podem ser através de imagens ou diálogos internos


criados pela mente, influenciando as emoções, provocando a ansiedade.”

Os pensamentos que geram ansiedade acontecem de maneira muito rápida e automática, não
percebemos que o cérebro está processando ameaça e perigo. Você não tem que pensar: “Ah, deixa
eu ver, é hora de pensar ansiosamente”.

Em vez disso, você está pensando ansiosamente antes de se dar conta disso. Pessoas com
transtornos de ansiedade antecipam uma situação que as faz sentir ansiedade, seus cérebros
automaticamente examinam o ambiente em busca de sinais de sinais de perigo.

Perceba que a ansiedade começa a ser criada pela nossa mente através de pensamentos orientado
para o futuro (nunca ficamos ansiosos a respeito do passado) com erros cognitivos conhecidos
como pensamentos catastróficos (abaixo temos um quadro com erros cognitivos da ansiedade) ao
mesmo tempo em que é governado pela ideia de “é se? ”

“E se me der um branco durante a prova?”, “E se eu não conseguir terminar o trabalho?”, “E se eu


tiver um ataque de pânico no supermercado?”, “E seu eu pegar o vírus da gripe H1N1 por ficar perto
das pessoas?”, “E se eu perder o meu emprego?”

Além do famoso “e Se? temos também o pensamento “eu tenho que” no qual pode influenciar em
pensamentos negativos, pois provoca um sentimento em que a pessoa se vê obrigada a fazer, ser
ou sempre ter que dar certo, construindo um medo em relação a falhar.

Costumamos ter nossa mente muito voltada para o futuro cheio de expectativas e deixamos de estar
no momento presente. Pensar sobre o futuro faz parte da cognição humana, no entanto pensar
demasiadamente, querer sempre estar lá antes da hora, faz com que a gente se sinta cada vez mais
ansioso e treine para ser bom em ter ansiedade.

o passado e o futuro são ilusões, eles não existem concretamente, pois o passado é o hoje que
passou, e esta apenas guardadas em nossas memórias e fotografias. O futuro se trata de uma
imaginação da qual muitas vezes nem sempre temos certeza ou evidencias que acontecera.

10
 Erros Cognitivos da Ansiedade

Quando estamos Ansiosos, ou temos transtorno de Ansiedade podemos apresentar erros cognitivos
na nossa forma de pensar e interpretar a realidade, Às vezes os nossos pensamentos apresentação
erros de lógicas diante da realidade resultando em sofrimento emocional ou prejuízo comportamental.

São conhecidos como distorções cognitivas ou erros cognitivos no qual é comum a todas as pessoas,
porem acontece com maior frequência em pessoas com transtorno psicológico. Abaixo um quadro
com erros cognitivos encontrados na ansiedade.

Catastrofização: Concentrar-se no pior desfecho possível, superestimando a situação. Exemplos:


Pensar que um aperto no peito é sinal de um infarto, Pensar que será demitido por cometer um erro
em seu relatório.

Tirar conclusões precipitadas: Esperar que um desfecho temido seja extremamente provável.
Exemplos: Esperar ser reprovado por estar inseguro em relação a uma questão. Prever que vai lhe
dar um branco na cabeça durante um discurso. Achar que ficara extremamente ansioso se fizer
uma viagem.

Visão em túnel: Focar somente em informações ligadas à possível ameaça, ignorando evidências
de segurança. Exemplos: Concentrar-se exclusivamente em sintomas de ansiedade enquanto está
fazendo compras diárias. Preocupar-se com um exame médico e só pensar que ele pode dar
positivo para câncer.

Miopia: Tendência de presumir que existe uma ameaça iminente. Exemplos: Pensar todo dia
enquanto se prepara para o trabalho que naquele dia dirá algo constrangedor. Preocupação e
convencimento diários de que qualquer dia será demitido. Medo de vomitar ficando preocupado ao
sentir-se enjoou porque está com um “sentimento de inquietude”.

Raciocínio emocional: Supor que quanto mais intensa a ansiedade, maior a ameaça real.
Exemplos: Viajar de avião deve ser perigoso, pois me sinto tão ansioso quando viajo de avião.
”Pessoa com pânico presumindo que a probabilidade de “perder o controle” é maior quando sente
ansiedade intensa. Individuo convencido de que algo ruim vai acontecer porque ele está se
sentindo ansioso.

Pensamento de tudo-ou-nada: Ver ameaça e segurança em termos rígidos absolutos, como


presentes ou ausentes. Exemplos: Pessoa com transtorno do pânico sempre pensando em ter um
pleno ataque de pânico caso sinta qualquer ansiedade. Pessoa com ansiedade social convencida
de que seus colegas de trabalho vão pensar que ela é incompetente se ela falar.

11
Mente e Corpo

Diante de alguma situação se tendemos a ter pensamentos catastróficos de que o pior poderá
acontecer e acreditarmos, a nossa mente e organismo não consegue diferencia a realidade da
imaginação e faz com que o cérebro se comunique com nosso corpo para se preparar para lutar ou
fugir.

Os sintomas da ansiedade se tratam do corpo se preparando para se defender, fugir, ou lutar de


algum perigo independente de ser real ou não.

“O que sua mente acredita, seu corpo aceita como verdade. ”

No entanto você já parou para pensar que nem sempre são as situações que causa emoções
positivas ou negativas em nossas vidas, mas a forma como interpretamos as situações.

Existem situações que realmente estaremos ansiosos, se você estiver em uma guerra por exemplo,
será muito necessário estar ansioso sobre o que de pior poderá acontecer, se preparando para lutar
ou fugir, e se durante a guerra lhe aponta uma arma na cabeça o pânico fará sentido nesta situação.

Mas na grande maioria das vezes são as nossas interpretações das situações que determinara
como iremos sentir

Por isso é importante tomarmos consciência sobre o que está passando em nossas mentes que está
nos deixando ansiosos.

12
Crenças Profundas da Ansiedade

De acordo terapia cognitiva a ansiedade se centraliza na noção de vulnerabilidade, no qual se trata


da percepção que uma pessoa tem de si mesma como sujeita a perigos internos e externos sobre as
quais ela não tem controle ou se considera insuficiente para permitir-lhe um senso de segurança.

Está noção de si como vulnerável envolve uma distorção de realidade; pois a pessoa não é tão fraco e
incapaz de enfrentar a situação como pensa.

A ansiedade envolve uma percepção de perigo aumentado, avaliação da ameaça através de


pensamentos errôneos e avaliação de si mesmo como incapaz de enfrentar a situação.

Ao longo de nossas vidas criamos crenças em relação a nós, o mundo, o futuro que influenciara
nossa maneira de pensar e se comportar.

Sendo assim, pessoas ansiosas ou com transtornos podem ter crenças profundas em sua mente,
onde ela vê o mundo como um lugar muito perigoso, que deve ficar sempre atenta aos perigos, tendo
pensamentos catastróficos em várias situações, ao mesmo tempo que tem uma perspectiva de si
como fraca ou com falta de capacidade e recursos para lidar com a situação que ela avaliou como
perigosa.

Na Ansiedade a pessoa tende a superestimar tanto a probabilidade quanto a intensidade de


perigo e ameaça e assim fazer tempestade em copo d`água.

Nas últimas duas décadas, centenas de estudos experimentais constataram que as pessoas ficam
demasiado concentradas no perigo e na ameaça quando ansiosas.

Além disso, pensamentos, imagens ou memórias de perigo ou ameaça podem fazer as pessoas
sentirem medo ou ansiedade.

Perceba como você si vê diante de uma situação que lhe provoca medo e ansiedade, você tem
crenças no qual acredita ser impotente para enfrentar ou lidar com a situação e sobre a situação, tem
certeza que é mesmo um perigo ou risco ou será que você não está exagerando ou aumentando a
ameaça de perigo?

13
Por que não fugir e evitar mas sim enfrentar 

Lucia sentiu seus primeiros sintomas de pânico dentro de um elevador, uma ansiedade e um
desespero muito intenso tomou conta de seu copo ao pegar o elevador para o trabalho, desde então
tem evitado subir de elevador.

Carlos se senti muito ansioso só de pensar em estar em um ambiente social rodeado de pessoas,
assim buscou evitar contato social.

Ana tem transtorno do pânico e quando tem uma crise procurar sair do lugar, ao fazer isso seus
sintomas diminuem, ela então associa o local com o real motivo das crises, e passar evitar esses
lugares.

Se você acredita que a ansiedade é algo intolerável, que deve ter o máximo possível de certeza
sobre o futuro e que deve evitar situações que provocam ansiedade, então é provável que você fará
tudo que puder para fugir ou evitar essas situações.

Fugir daquilo que lhe deixa ansioso e depois evitar qualquer contato é uma reação natural ao
sentir-se ansioso. Os psicólogos chamam isso de resposta de luta ou fuga. Ela ocorre em todos os
animais e também em humanos quando sentem medo. A resposta natural é fugir ou ficar firme e
lutar.

Lucia e Ana (citado acima) diminuíram seus sintomas não por ter evitado ou saído de certos locais
mas sim por que crise de pânico tem um período de manifestação e seus pensamentos
catastróficos foram diminuindo. Porem quando elas dependem da fuga e da evitação para lidar com
a ansiedade acaba aumentando a intensidade e a noção de vulnerabilidade.

Fugir e evitar são duas das estratégias utilizadas para controlar a ansiedade.

Porem não são as melhores estratégias para reduzir ou lidar com a ansiedade. Na verdade até
contribuir para a manutenção da ansiedade a longo prazo.

Existem três principais problemas com a fuga e a evitação:

• Elas impedem que a ansiedade diminua naturalmente.


• Elas impedem que você aprenda que o pensamento perigoso que causa a ansiedade é falso.
• Elas têm um alto custo pessoal por limitarem o que você pode fazer, aonde pode ir, com quem
pode estar.

Quando você passar a evitar ou fugir das situações, mais a ansiedade aumenta e você acaba se
acreditando como incapaz vulnerável ou fraco, para enfrentar, pois tudo aquilo que damos atenção
aumenta.

Caso a ansiedade seja muita, você não deve encarar de uma vez, mas sim gradativamente, e
poderá contar com ajuda profissional

14
Preocupação uma característica da Ansiedade

Se você está ansioso e acredita que algo ruim ou terrível vai acontecer, faz sentido se preparar para
o pior, isso se chama “preocupação”, se “pré-ocupar” com algo que ainda não aconteceu e não tem
certeza.

A preocupação é uma característica da ansiedade.

Preocupamo-nos sobre contrairmos uma doença terrível como câncer; de termos outro ataque de
pânico; dos nossos filhos sofrerem danos ou ferimentos; das pessoas pensarem que somos
incompetentes; perdermos nosso emprego e ficarmos financeiramente arruinados; e muitos outros
motivos antes mesmo de acontecer.

Como a ansiedade faz parte da vida, se preocupar também acaba fazendo parte e existem situações
que tem um maior impacto em nós deixar preocupado.

Então muitas vezes se preocupar acaba ficando tão natural quanto respirar, principalmente para
pessoa ansiosa. Mas se preocupar demais pode acabar se tornando um problema, por que:

• Nós Mantém concentrado em pensamentos de ameaça e perigo.


• Reforça um senso de impotência pessoal porque é difícil de controlar.
• Alimenta um senso de incerteza porque está sempre orientada ao futuro, e o futuro é impossível de
saber.

Ao invés de alimentar a preocupação, quando ela surgir podemos utilizar técnicas cognitivas e
aprender a reconhecer os pensamentos catastróficos que nós mantém preocupados, fortalecer
nosso senso de confiança e potencia pessoa.

Treinar a nossa mente a pensar em soluções ao invés de aumentar os pensamentos em problemas


e sermos alguém que planeje as situações da vida tranqüilamente sem ficar o tempo todo pensando
no pior cenário e se sentido cada vez mais ansiosos.

15
Como Lidar com a Ansiedade
Como você leu nos capítulos anteriores, a ansiedade assim como o medo é uma emoção natural
em nossas vidas, não temo como nunca mais sentir ansiedade, mas se está muito intensa a ponto
de ser um problema ou gerar um transtorno de ansiedade, podemos aprender a lidar com este
estado.

A ansiedade varia muito entre situações e de pessoa para outra, mas segue um modelo onde
existem crenças irracionais no qual temos pensamentos catastróficos em relação ao futuro, criando
um pior desfecho da situação, esperando que esse desfecho seja provável, focando nas possíveis
ameaças, vendo a si mesmo como vulnerável e impotente para lidar com a situação.

Sendo assim Pensar sobre ameaça ou perigo (“dirigir um carro/sofrer acidente”) junto com o
sentimento de vulnerabilidade ou impotência (“Eu não sou capaz de fazer ou lidar com isso”) fará a
ansiedade persistir. No entanto se pensar de forma racional sobre risco aceitável (“Dirigir é um risco
aceitável que milhões de pessoas correm diariamente em nossa sociedade”) e capacidade pessoal
(“Posso lidar com esta situação”) leva a um rebaixamento da ansiedade.

O modo como você pensa determina se a ansiedade persiste ou diminui, “mude o modo
como você pensa para mudar o modo como você sente”. Para isso podemos aprender a
reconhecer os pensamentos que antecedem a ansiedade.

Quando estiver ansioso, respire profundamente e solte o ar e aos poucos comece a perceber quais
pensamentos (imagem, dialogo internos) passam pela sua cabeça, se pergunte, o que estou
pensando?.

Isto é ensinado em terapia cognitiva comportamental através de questionamento, perguntas e


técnicas como registro de pensamentos disfuncionais onde o paciente busca ao longo do dia
identificar e anotar os pensamentos catastróficos para depois em terapia buscar aprender a
reconhecer as evidencias dos pensamentos e encontrar soluções.

Sendo assim quando estiver ansioso, identifique seus pensamentos será que você não está tendo
pensamentos de que algo ruim acontecera? Após identifica pergunte-se, será mesmo que esses
pensamentos são verdadeiros? Quais provas eu tenho que acontecera? E se for verdade o que de
pior acontecera? Qual seria o pensamento mais adequando nessa situação? Lembre-se
pensamentos nem sempre são fatos. Você também pode aprender e treinar a reconhecer seus
pensamentos.

A redução da ansiedade vai ocorrer quando “o pensamento perigoso” tiver sido desligado. Assim
ansiedade diminui naturalmente se não lhe dermos atenção.

16
 Você não  é  ou  tem, Você está Ansioso(a)

Você não é ansio(a), e nem tem ansiedade, a verdade é você está ansioso(a). Devemos lembrar que a
pessoa não é ansiosa, e não tem ansiedade como identidade ou coisa tangível, mas sim que ela está
ansiosa. Trata-se de um estado emocional que pode acabar ficando intenso e patológico gerando
transtorno.

Chamando atenção para as pessoas olhar para si identificar, avaliar e modificar seus pensamentos e
crenças que lhe deixa ansioso e buscar entender o que a ansiedade está querendo mostrar. Pois todo
sintoma acaba sendo uma comunicação que nos avisa que algo não vai bem e chama atenção para
mudar e cuidar melhor de nos.

Por mais que exista questões genéticas, hereditárias, desequilíbrio neuroquímico no cérebro, muitas
dos problemas de ansiedade são aprendidos ao longo da vida, pelas varias influencias familiares,
sociais, culturais, construindo crenças que afetam a percepção de si e do mundo, tornando a pessoa
mais ansioso, ao mesmo tempo que rotular não resolvera o problema, pelo contrario só aumentara a
ansiedade.

Lembre-se Ansiedade é um estado emocional gerado por pensamentos catastróficos que fazemos do
futuro. Reconheça que está ansioso, aceite, pois não é permanente, depois pergunte:

como eu faço para ficar ansioso? Qual a situação? Quais os pensamentos eu tenho? Pois
conhecendo a si mesmo, que grandes mudanças são realizadas.

Aceite a ansiedade
Sabemos que a ansiedade é uma emoção com característica do medo, que causa reações fisiológica
preparando o organismo para luta e fuga de algum perigo ou situações estressantes. Sabendo disso e
de tudo que foi falado aqui neste livro, aceitar e compreender a ansiedade é o primeiro passo para
lidar com ela.

Então não brigue com a ansiedade, sinta e percebe como acontece, os momentos, os pensamentos,
o que você faz e busque olhar o lado positivo desse estado emocional,

Por exemplo ao sentir ansioso ao falar em público, com pessoal desconhecida ou qual quer outro
motivo busque interpreta a ansiedade como seu corpo se preparando para a situação, pense:

“estou ansioso e isso não é nada demais, é apenas meu corpo se preparando para a situação e
criando energia para isso”

Abra sua mente crie novas perspectivas e interpretações vendo o lado positivo da ansiedade.

17
Respiração diafragmática

Você já observou um bebê respirar? Ou um animal de estimação? Eles respiram movimentando a


barriga. Eles movem a parte superior do tórax muito pouco durante a respiração.

Pessoa com problemas de ansiedade tendem a ter uma respiração rápida e ofegante, movimentando
mais o tórax. Porem a respiração correta é aquela dos bebês e animais de estimação onde o abdome
faz movimento. Todos nós nascemos sabendo respirar corretamente mas com o tempo vamos
desaprendendo e aprendendo a respirar incorretamente.

A respiração rápida e ofegante movimentando o tórax promove o estresse e a ansiedade pois como o
cérebro não está recebendo oxigênio corretamente fica difícil raciocinar.

Mas a “respiração diafragmática” onde o movimento está no abdômen promove a diminuição da


ansiedade e nos deixa calmo e concentrado pois estabelece uma respiração onde o cérebro recebe
oxigênio para funcionar, pensar e raciocinar corretamente.

Observe sua respiração. Ponha uma mão no peito e outra na barriga. Respire normalmente igual você
faz no dia a dia, depois de alguns minutos sinta o ritmo de sua respiração. Você respirar
principalmente com seu peito? Principalmente com sua barriga? Ou tanto com o peito como com a
barriga?

Ainda na mesma posição comece a treinar a “respiração diafragmática”, inspire lentamente


segurando o ar em quatro tempos e depois solte lentamente em quatro tempos. Ao inspirar e colocar
oxigênio pra dentro busque inflar a barriga e a quando expirar e soltar o ar relaxe a barriga. O
movimento feito pela barriga deve ser calmo.

Você também pode treinar a respiração diafragmática, para isso deite-se de costa com a barriga
para cima e coloque um livro em sua barriga. Quando você inspirar, faça o livro subir e quando você
expirar, faça o livro descer.

Mudar o centro de respiração para a parte mais inferior de seu corpo vai fazer com que você se sinta
mais relaxado e com maior controle de si mesmo.

Pratique essa respiração diafragmática durante cinco a dez minutos por dia com o tempo ela se
tornara uma respiração natural em sua vida.

18
Registro de Pensamentos
O registro de pensamentos é uma técnica da terapia cognitiva comportamental que consiste em
escrever em uma folha de papel os nossos pensamentos, chamando a atenção para as cognições
disfuncionais em momento de maior intensidade emocional.

Buscando identificar e avaliar os pensamentos automáticos e estimular a indagação sobre sua


validade.

Com o registro de pensamentos podemos aprender a:

• Identificar nossos pensamentos catastróficos


• Identificar erros cognitivos presente na ansiedade, examinar as evidencias e gerar respostas
alternativas racionais
• Observar resultados positivos quando modificamos pensamentos disfuncionais.

Com o avanço tecnológico e o mundo digital, hoje em dia você pode utilizar o celular para fazer o
registro de pensamentos, através de aplicativos como Cogni ou Diario RPD, no qual pode ser baixado
gratuitamente no Google Play

REGISTRO DE PENSAMENTOS

Quando você perceber o seu humor alterando, pergunte-se a si Mesmo “o que está passando pela minha cabeça
agora? E assim que possível, anote o pensamento ou imagem mental em uma folha de papel.

Anote:
Data/hora/Situação/Pensamento/Emoção

Que situação real, fluxo de pensamento, devaneios ou recordações


Levaram a emoção desagradável?
Quais foram os pensamentos que passaram pela sua cabeça?
Qual emoção você sentiu? (Tristeza/ansiedade/raiva/etc.
Qual intensidade dessa emoção?
Como você responderia a esses pensamentos?

Para ajudar Pergunte-se

•Em que situação eu tive esse pensamento?


• O quanto acreditei naquele momento?
• O quanto acredito no pensamento agora?
.Existe uma explicação ou ponto de vista alternativo?
.E se isso acontecesse, como eu poderia enfrentar?
• Qual é o resultado mais realista?
• Qual é o efeito de eu acreditar no pensamento automático?
Qual poderia ser o efeito de mudar o meu pensamento?
• O que eu diria a um amigo ou familiar se ele estivesse na mesma
Situação
• O que eu devo fazer?

19
Mindfulness e Ansiedade

Em um mundo moderno e frenético, acostumamos a nossa mente a pensar muito no futuro ou no


passado e deixamos muitas vezes de estar com a mente no momento presente, no agora que é o
único tempo que realmente existe, sendo o futuro e o passado apenas criação da imaginação da
mente.

Estamos almoçando, mas estamos pensando nos problemas que temos para resolver ou nós
preocupando com o que pode acontecer no futuro, tomamos banho ou arrumamos a casa pensando
no que deveria ter feito ou lembrando de algo negativo, deixamos de estar no momento presente, no
aqui e agora.

Além disso em um mundo moderno e frenético, aprendemos e desenvolvemos uma mente que os
orientais denominam mente de macaco, onde a pessoa tem turbilhão de pensamentos sem ter tempo
de paz e tranquilidade.

Todo este estilo mental do mundo moderno, com uma mente de macaco que fica pensando o tempo
todo, sem conseguir ou tentar acalmar a mente e de estar na imaginação do futuro muitas vezes
catastróficos acaba por promover os níveis de ansiedade e estresse.

Para resolver tudo isso existe o mindfulness ou também conhecida atenção plena.

Uma técnica nova e inovadora, tem raízes em várias práticas meditativas orientais, principalmente
budista, porém não tem qualquer envolvimento com práticas religiosas e espirituais.

O mindfulness consiste em treinarmos a nossa mente a estar com a atenção no momento


presente.

Podemos fazer isso sentando em um local tranquilo e buscando observar a respiração ou em


atividades do dia a dia.

Ao tomar banho esteja presente de corpo e mente, coma devagar e presta atenção no sabor dos
alimentos, ao fazer qualquer outra atividade esteja presente.

Você não precisa passar horas fazendo mindfulness, o mínimo é melhor do que nada, faça cinco ou
dez minutos, isso ajudara a viver melhor e a lidar com a ansiedade.

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Os transtorno de Ansiedade

Os transtorno de ansiedade para terapia cognitiva comportamental é conhecida como transtorno do


pensamento, pois é a partir dos pensamentos catastróficos que a ansiedade se manifesta.
Envolvendo estados mais permanentes de percepção de ameaça voltada ao futuro, aversão
percebida, incerteza, vulnerabilidade ou desamparo, além da reação de medo caracterizada por
avaliação da situação como perigosa e nociva ao indivíduo.

Para a terapia cognitiva comportamental os transtornos de ansiedade derivam de uma falsa


suposição envolvendo uma avaliação errônea de perigo não confirmada por observação direta.
Através da a ativação de crenças e pensamentos catastróficos, apresentando uma perspectiva
excessivamente perigosa sobre a realidade e uma noção de si mesmo como fraco.

Veja abaixo um resumo dos cinco transtornos de ansiedade.

Transtorno do pânico.
Conjunto de sintomas ansiosos, acompanhado do medo de morrer (ataque cardíaco) de perder o controle (ficar louco)
ou perder a consciência (desmaiar) de ter novos ataques de pânico. Criados a partir de interpretações catastróficas
sobre as reações fisiológicas manifestado pelo corpo.

Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)


Conjuntos de sintomas ansiosos devido a evento de vida estressante ou outras preocupações pessoais, onde a
pessoa senti medo de possíveis futuros aversivos ou ameaçadores

Fobia Social
Manifestação de ansiedade em situações sociais, publicas, devido ao medo da Avaliação negativas dos outros (P. Ex.
constrangimento, humilhação)

Transtorno obsessivo compulsivo (TOC)


Pensamentos obsessivos que causam ansiedade, como preocupação excessiva com sujeira, contaminação ou
organização, preocupação com imagem ou impulso de ferir, insultar alguém, seguindo de compulsões como lavagem
ou limpeza excessiva, verificação ou controle, com o objetivo de aliviar a obsessão.

Transtorno de estresse pros traumático (TEPT)


Lembrança, sensações estimulo externo associados com experiências traumáticas passadas, Contendo medo de
pensamentos, lembranças, sintomas ou estímulos associados com eventos traumáticos. A pessoa revive a emoção e o
sentimento de experiências traumáticas quando exposta a algum estimulo que o faz lembrar da situação. Adicionar um
pouquinho de texto

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Vamos falar de síndrome do pânico

Algumas palavras

Dentre os vários transtornos de ansiedade descritos pelos manuais de psiquiatria e pela psicologia
em geral gostaria de falar sobre a síndrome ou transtorno do pânico. Este trabalho têm caráter
educativo e não substitui medico, psiquiatra, psicólogo, pois o tratamento do transtorno acontece
através de um trabalho multidisciplinar.

Apresentação

De repente a pessoa é pega por uma forte crise de ansiedade, suas mãos começam a tremer, as
batidas do coração acelerar, respiração fica ofegante, começa a suar, tem uma sensação de perder
o controle, e que vai morrer (porem ninguém nunca morreu de ansiedade), então está crise para, e
depois volta.

Está pessoa não entende o que está acontecendo, pensamentos negativos surgem em sua mente,
será que estou doente? O que será que está acontecendo comigo? Resolve procurar um médico, faz
uma avaliação, um exame do organismo, está tudo bem, coração, pulmão ok. Então o que eu tenho
doutor? Síndrome do pânico.

O que é esse transtorno?

A síndrome do pânico é um transtorno de ansiedade, no qual a pessoa tem manifestações de crise


de ansiedade muito intensa. Acompanhada de sintomas físicos e afetivos, devido principalmente a
interpretação catastróficas de seus sintomas ansiosos intensos e do medo de vir a sofrer um novo
ataque evitando locais ou situações nas quais já ocorreram outros ataques de pânico.

Em resumo a síndrome do pânico se trata de um conjunto de sintomas ansiosos derivados e


criados a partir de um processamento cognitivo disfuncional.

Segundo a Associação Americana de psicologia os Ataques de Pânico são crises de medo e


desconforto intensos, acompanhados de quatro ou mais sintomas, que se desenvolve de forma
súbita até alcançar um pico máximo em 10 minutos, tais como: “taquicardia, sudorese, tremores,
falta de ar, sensação de desmaio, náusea, tonturas, vertigem, desrealização ou despersonalização,
sensação de descontrole ou de enlouquecer, medo de morrer, anestesia ou sensação de
formigamento, calafrios ou ondas de calor”.

Devemos entender a diferença entre ataques de pânicos e síndrome de pânico. Se os sintomas


acontecerem algumas vezes e não persistirem então se considera apenas que a pessoa teve
alguns ataques de pânico, porem se os sintomas e as crises de pânico persistirem por mais tempo
seguido então se caracteriza como síndrome do pânico.

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Como Acontece?

Em situação estressante ou percebida como ameaçante e perigosa pela mente, o corpo reage com
alterações fisiológicas, com o objetivo de criar condições físicas necessárias para enfrentar o
problema ou fugir dele.

Contudo no Transtorno do pânico, o indivíduo não percebe assim, assimilando e interpretando


equivocadamente os sintomas emergentes de ansiedade como problema grave de saúde.

Uma pessoa com síndrome do pânico diante da ansiedade, interpretar um batimento cardíaco
intenso, alguma dor no corpo, sudorese, falta de ar, ou qualquer outra sessão corporal do dia a dia
como sinal de algum problema de saúde grave, ou possibilidade de morte.

Está pessoa vai ao médico e constata que não tem nenhuma doença do coração, ou doença
respiratória e que todos esses sintomas são criados pela própria mente.

Pacientes com transtorno do pânico tem uma tendência a supervalorizar as sensações físicas,
interpretando os sintomas do corpo de forma erroenea ou mais perigosa do que eles realmente são,
ficando, então, mais ansiosos e gerando um ciclo vicioso até desencadear um ataque de pânico.

Mas você sabia que dá trabalho ter síndrome do pânico? Parece que tudo acontece de repente,
mas na verdade leva tempo, leva anos para desenvolver síndrome do pânico, mas não
percebemos.

Desde pequenos desenvolvemos crenças que influenciam nosso modo de pensar e ver o mundo.
Assim formulamos crenças negativas e processamos pensamentos catastróficos sobre o futuro.

Criamos o habito de pensar no pior cenário, ficamos cada vez mais preocupados, pensamos demais,
passamos querer controlar tudo, então aos poucos desenvolvemos problemas de ansiedade,
estresse e até transtornos de ansiedade por causa dessa qualidade de vida.

Quem está com síndrome do pânico já possui esse habito cognitivo de pensamentos catastróficos e
muitas vezes não percebe. Se temos um estilo de vida em que ficamos ansiosos e estressado
provavelmente teremos sintomas de ansiedade.

Perfil e Crenças

Segundo o psicólogo cognitivo Bernard Ranger pessoas com síndrome de pânico tem um estilo de vida
no qual costuma "fazer mais daquilo que não gosta e menos daquilo que gosta de fazer",
gerando estresse e ansiedade, é um caso do trabalhador que não consegue falar não para tudo que o
chefe manda, ficando sobrecarregado preocupado e ansioso ao mesmo tempo que negligencia seu
bem estar mental e físico.

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Também podem apresentar algumas crenças irracionais de Albert Ellis como:

1. A ideia que existe uma extrema necessidade para qualquer ser humano adulto ser amado ou
aprovado virtualmente por qualquer outra pessoa significativa em sua comunidade;
2. A ideia de que se deve ser inteiramente competente, adequado e realizador em todos os aspectos
possíveis, para se considerar dotado de valor;
3. A ideia que é terrível e catastrófico quando as coisas não são do jeito que a gente gostaria que
fossem.

Conclusão

Então a síndrome do pânico não surge da noite pro dia na vida da pessoa, é algo desenvolvido pelo
ambiente muitas vezes estressante, pelo estilo de vida, excesso de pensamento, excesso de controle,
medos, inseguranças, pensamentos catastróficos. Mas a pessoa já está tão acostumada a isso, que
nem percebe, fica automático.

Com isso tudo chega uma hora que a mente não aguenta, pois no fundo sabe que esse estilo de vida
não está correto e não faz bem e acaba explodido essa barreira, surgindo então a crise de pânico, que
no fundo é uma tentativa de aliviar, por ordem e organizar a mente.

Assim como quando temos diarreia ou vomitamos significa que nosso organismo está expulsando
alguma toxina que pode danificar nosso organismo, o mesmo acontece com a crise de pânico.

Porem quem tem ou acaba tendo não compreende tudo isso, fica desesperado com medo, querendo
controlar e assim busca aliviar tudo isso com medicamentos. Mas os medicamentos não resolvem a
síndrome, apenas repreendam ou aliviam os sintomas.

A pessoa pode usar o medicamento desde que ela tem consciência de que ele serve apenar para
alivio dos sintomas, para que possa fazer a terapia, ajustar a mente, por ordem na casa.

Se você está com síndrome do pânico ou tendo crises precisa aprender a avaliar e interpretar os
sintomas fisiológicos de ansiedade do organismo de maneira mais funcional e inteligente, percebendo
as manifestações de ansiedade como algo normal do organismo e aprendendo também a avaliar e
reestruturar seus pensamentos catastróficos que lhe deixa ansiosos.

Por isso comece agora a prestar atenção em seus pensamentos, que tipos de pensamentos estão
constantemente processando em minha mente, são pensamentos catastróficos, será que estes
pensamentos são verdadeiros.

Mas assim de tudo entenda também a síndrome do pânico com uma comunicação interna, o que
esses sintomas querem lhe mostrar, talvez esteja querendo lhe ensinar, te incentivar a se conhecer
melhor e fazer mudanças para uma vida melhor.

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Estratégia  "Acalme-se"

A estratégia Acalme-se foi desenvolvido pelo psicólogo Cognitivo Bernard Rangé, 1992 para ajudar pessoas com
problemas de ansiedade, principalmente com crises e síndrome do pânico. Para lidar com o estado da ansiedade
aplique os oito passos da estratégia nos seu dia a dia principalmente em momentos de grande ansiedade. Usando-a,
você estará apto (a) a aceitar a sua ansiedade ate que ela desapareça.

Aceita a sua ansiedade: Concorde em receber suas sensações de ansiedade. Mesmo que lhe apareça absurdo no
momento, aceite as sensações em seu corpo assim como voce aceitaria em sua casa um hospede inesperado e
desconhecido ou uma dor incomoda. Substitua seu medo, raiva e rejeição por aceitação. Não lute contra as sensações.
Resistindo, você estará prolongando e intensificando o seu desconforto. Ao invés disso, flua com ela.

Contemple as coisas a sua volta: Não fique olhando para dentro de você, observando tudo a cada coisa que sente.
Deixe acontecer com seu corpo o que quiser, sem julgamento: nem bom nem mau. Olhe a sua volta, observando cada
detalhe da situação em que você esta. como um meio de afastar-se de sua observação interna. Lembre-se: você não é
sua ansiedade. Quanto mais puder separar-se de sua experiência interna e ligar-se nos acontecimentos externos,
melhor se sentira. Esteja com ansiedade, mas não seja ela; seja apenas observador.

Aja com sua ansiedade: Aja como se você não estivesse ansioso (a), Diminua o ritmo, a velocidade com que você faz
as coisas, mas mantenha-se ativo(a)! não se desespere, interrompendo tudo para fugir. Se fugir, a sua ansiedade
diminuirá, mas o seu medo aumentará, de onde na próxima vez a sua ansiedade será pior. Se você ficar onde esta- e
continuar fazendo suas coisas- tanto a ansiedade quanto o seu medo diminuirão. Continue agindo. Bem devagar!

Liberte o ar dos seus pulmões: Bem devagar, respire calmamente, inspirando pouco ar pelo nariz e expirando longa
e suavemente pela boca. Conte ate três, devagarinho, na inspiração, outra vez ate três prendendo um pouco a
respiração e ate seis na expiração. Faça o ar ir para o abdome, estufando-o ao inspirar e deixando-o contrair-se ao
expirar. Não encha os pulmões. Ao exalar, não sopre: apenas deixe o ar sair lentamente pela boca. Procure descobrir o
ritmo ideal de sua respiração, nesse estilo e nesse ritmo, e você descobrirá como isso é agradável.

Mantenha os passos anteriores: Continue a (1) aceitar sua ansiedade, (2) contemplar, (3) agir com ela e (4) respirar
calma e suavemente ate que ela diminua e atinja um nível confortável. E ela irá, se você continuar repetindo estes
quatro passos: aceitar, contemplar, agir e respirar.

Examine seus pensamentos: Talvez você esteja antecipando coisas catastróficas. Você sabe que elas não
acontecem. Você já passou por isso muitas vezes e sabe que nunca aconteceu nada do que aconteceria. Examine o
que você esta dizendo para si mesmo(a) e reflita racionalmente para ver se o que voce pensa é verdade ou não: você
tem provas sobre o que pensa é verdade? Há outras maneiras de entender o que lhe esta acontecendo? Lembre-se:
você esta apenas ansioso(a)- isto pode ser desagradável, mas não é perigoso. Você esta pensando que esta em
perigo, mas tem provas reais e definitivas disso?

Sorria, você conseguiu! Você merece todo o seu credito e todo seu reconhecimento. Você conseguiu, sozinho(a) e
com seus próprios recursos, tranquilizar-se e superar esse momento.

Espere o futuro com aceitação. Livre-se do pensamento mágico de que terá se livrado definitivamente, para sempre
de sua ansiedade, ela faz parte da vida. Em vez de considerar-se livre dela, surpreenda-se pelo jeito como a maneja
como acabou de fazer agora. No futuro, você estará em uma boa posição para lidar com ela novamente.

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Mensagem final

Chegamos ao final deste E-book, espero que tenha gostado e aprendido muito sobre Ansiedade
Medo e Síndrome do Pânico e se você tem algum problema ou transtorno de ansieadade espero que
este livro tenha lhe ajudado de alguma maneira.

Aprendemos que em algum grau sempre sentiremos ansiedade e medo pois são emoções
importantes que fazem parte da vida e se elas não existissem teríamos menos chance de sobreviver
desde os tempos antigos até os dias de hoje, são emoções que nós protegem.

Porem se a Ansiedade e o Medo estão muito presentes, muito intensa em vários momentos e
situações da vida de modo desproporcional e erroneo causando problemas e sofrimentos podemos e
até devemos aprender a diminuir sua manifestação.

Através do conhecimento sobre Ansiedade e Medo aqui apresentados, Auto-Conhecimento,


observação internas dos processos cognitivos e técnicas cognitivas, podemos com tempo aprender
a diminuir e a lidar com a ansiedade e o medo.

Em relação aos transtornos de Ansiedade, dentro da minha perspectiva acredito que eles são
aprendidos e construídos mesmo tendo ligação com questões bioquímicas cerebrais
(alterações na produção de neurotransmissores).

Acredito que o ponto principal para os transtorno de ansiedade são as construções de crenças
internas profundas de desamparo (ter crenças que faz se sentir desprotegida ou não se sentir capaz
de enfrentar ou lidar com a situação) e uma tendência excessiva em pensar no futuro e nas
situações de maneira catastróficas e negativas.

Se você tem algum transtorno de Ansiedade recomendo que procure um profissional de


saúde para que ele possa te acompanhar no tratamento.

Existem excelente tratamentos para transtornos de ansiedade como Psicoterapia,Terapia Cognitiva,


Hipnoterapia, entre outras forma de tratamento.

Lembre-se se você tem algum problema de ansiedade não rotule afirmando para si, ser uma pessoa
muito ansiosa, pois de tanto repetir acabamos acreditando em nossas palavras e tornando aquilo
que treinamos mentalmente para ser.

A ansiedade deve ser uma aliada em sua vida e não um problema, pois você não é sua ansiedade,
você é muito mais do que aquilo que pensa.

Muito Obrigado!

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Livro utilizados

BECK, JUDITH. Terapia cognitiva comportamental teoria e pratica. Artmed. 2013

CLARK. DAVID. A., BECK. AARON. T. Terapia Cognitiva para os Transtorno de Ansiedade.
Artmed. Porto Alegre. 2012.

CLARK. DAVID. A., BECK. AARON. T. Vencendo a ansiedade e a preocupação com a


terapia cognitiva comportamental: manual do paciente. Porto Alegre: Artmed, 2014.

EKMAN, Paul. A linguagem das Emoções. Ed. Lua de Papel, 2011

KNAPP, Paulo. Terapia cognitiva comportamental na prática psiquiátrica. Porto Alegre:


Artmed. 2004.

RANGÉ BERNARD Tratamento cognitivo-comportamental para o transtorno de


Pânico e Agorafobia: uma história de 35 anos

WRIGHT, BASCO & THASE. Aprendendo a terapia cognitivo comportamental um guia


ilustrado. Porto Alegre: Artmed, 2008

WILLIANS MARK, PENMAN DANNY. ATENÇÃO PLENA, MINDFULNESS, como encontrar a


paz em um mundo frenético. Sextante. 2011

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