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APOSTILA DE

LÍNGUA PORTUGUESA
8º ANO

1º TRIMESTRE DE 2015

UNIDADE 1

Moré Douglas Nascimento


Coordenação de Área
Júlio Ferreira

Professor Responsável
Douglas Nascimento

Revisão
Douglas Nascimento
Paulo T. Vasconcellos
Jorge Makssoudian

Colégio I. L. Peretz – 2014

UNIDADE 1 – 8º ANO – COLÉGIO I. L. PERETZ 2


SUMÁRIO

Parte 1 – A escravidão no Brasil; Introdução à sintaxe: oração, frase verbal, frase nominal e
período; Sujeito e núcleo do sujeito; A escravidão entre os hebreus.

Parte 2 – A Inconfidência Mineira; Predicado verbal; Predicado nominal; Atividades


suplementares: Jaguadarte, de Lewis Carrol; Histórias em quadrinhos; O herói David.

Parte 3 – A Revolução Francesa; Predicado verbal: verbos transitivos e intransitivos; Predicado


verbal: verbo transitivo direto e indireto; Predicado verbal: verbo bitransitivo; Atividade
suplementar: eleições 2014.

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UNIDADE 1
PARTE 1
A escravidão no Brasil

Roteiro das aulas:

I – Análise de imagens.
II – Observação do tráfico de escravos por meio de parte do filme Amistad, de Steven Spielberg,
1997.
III – Leitura de fragmentos do poema Vozes D’África, de Castro Alves, e um trecho de Escravos
do século XX - A exploração do homem pelo homem, reportagem da National Geographic
publicada em 2003.
IV – Interpretação de textos.
V – Gramática: introdução à Sintaxe (frase nominal, frase verbal, oração e período).
VI – Estudo sobre o sujeito / núcleo do sujeito.
VII – Atividade prática 1.
VIII – Classificação do sujeito.
IX – Atividade prática 2.
X – Material suplementar:
A) A escravidão dos hebreus (Gn 37: 1 – 28; Ex 1: 1 – 22; Ex 3: 7 – 10);
B) Parte inicial de O príncipe do Egito (DreamWorks Animation – 1998).

Feitores corrigindo escravos, Jean Baptiste Debret


1835
[http://monlewood.blogspot.com.br/2010/07/historia-das-minas-de-
ouro-e-diamante.html]

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I – Análise de imagens
Compare analiticamente as imagens a seguir.

[http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2011/07/navio-negreiro.jpg]

Em média, um navio negreiro transportava 400/500 pessoas por vez. Todos, com exceção
das crianças, ficavam acorrentados durante toda a viagem, que podia durar cinquenta dias.

[http://pt.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%A1fico_negreiro]

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[http://www.popa.com.br/_2009/CRONICAS/navio-negreiro.htm]

II – Trechos do filme Amistad, de Steven Spielberg

III – Textos

Fragmento do poema Vozes D’África, de Castro Alves.

Deus! ó Deus! onde estás que não respondes?


Em que mundo, em qu'estrela tu t'escondes
Embuçado nos céus?
Há dois mil anos te mandei meu grito,
Que embalde desde então corre o infinito...
Onde estás, Senhor Deus?...

Qual Prometeu tu me amarraste um dia


Do deserto na rubra penedia
— Infinito: galé!...
Por abutre — me deste o sol candente,
E a terra de Suez — foi a corrente
Que me ligaste ao pé...

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O cavalo estafado do Beduíno
Sob a vergasta tomba ressupino
E morre no areal.
Minha garupa sangra, a dor poreja,
Quando o chicote do simoun dardeja
O teu braço eternal.

Minhas irmãs são belas, são ditosas...


Dorme a Ásia nas sombras voluptuosas
Dos haréns do Sultão,
Ou no dorso dos brancos elefantes,
Embala-se coberta de brilhantes,
Nas plagas do Hindustão.

Por tenda tem os cimos do Himalaia...


Ganges amoroso beija a praia
Coberta de corais...
A brisa de Misora o céu inflama;
E ela dorme nos templos do Deus Brama,
— Pagodes colossais...

A Europa é sempre Europa, a gloriosa!...


A mulher deslumbrante e caprichosa,
Rainha e cortesã.
Artista — corta o mármor de Carrara;
Poetisa — tange os hinos de Ferrara,
No glorioso afã!...

Sempre a láurea lhe cabe no litígio...


Ora uma c'roa, ora o barrete frígio
Enflora-lhe a cerviz.
Universo após ela — doudo amante
Segue cativo o passo delirante
Da grande meretriz. [...]
....................................
São Paulo, 11 de junho de 1868
[http://pt.wikisource.org/wiki/Vozes_d'%C3%81frica]

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Vocabulário

Embuçado: encoberto.
Embalde: inutilmente.
Prometeu: semideus da mitologia grega. Segundo a lenda, Prometeu roubou o fogo dos deuses e
o deu aos homens. Por essa razão, foi punido por Zeus, que lhe acorrentou em uma rocha. Um
abutre lhe devorava constantemente o fígado, que crescia durante a noite.
Rubra: vermelha.
Penedia: penhasco, rochedo.
Galé: qualquer tipo de navio movido a remos. Indivíduo sentenciado a trabalhos forçados.
Candente: abrasador.
Suez: cidade do Egito junto ao mar Vermelho, lugar em que a África se prende ao continente
asiático.
Estafado: fatigado, exausto.
Beduíno: árabe do deserto.
Vergasta: chicote.
Ressupino: deitado de costas.
Poreja: sair suor.
Simoun: vento desértico, quente e seco, que sopra do Saara, acompanhado de turbilhões de
areia.
Dardeja: expelir, lançar dardos.
Voluptuosas: sensuais, carnais.
Hindustão: palavra persa que significa “terra dos indianos”.
Cimos: topo, cume.
Himalaia: a mais alta cadeia de montanhas do mundo, situada na Ásia entre a China e a Índia.
Ganges: rio da Índia formado por torrentes que provêm do Himalaia.
Misora (ou Misore): região da Índia.
Pagodes: templos que alguns povos asiáticos destinam ao culto de seus deuses.
Colossais: enormes, extraordinários.
Cortesã: palaciana, mulher que satisfazia os desejos dos nobres na Corte.
Carrara: cidade da Toscana, Itália, famosa, desde a Antiguidade, pelos seus mármores brancos e
coloridos.
Tange: dedilha.
Ferrara: cidade da Itália, um dos centros mais brilhantes do Renascimento.
Afã: pressa, ânsia.
Láurea: coroa de louros, prêmio, distinção.
Litígio: disputa, pendência, demanda.

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Barrete frígio: é um tipo de gorro usado na França quando se aboliu a monarquia.
Enflora: ornar com flores, engrinaldar.
Cerviz: parte posterior do pescoço; por extensão, cabeça.
Doudo: doido.
Meretriz: prostituta.

Nasci escrava

O meu nome é Salma. Nasci na Mauritânia em 1956, escrava. Os meus pais eram
escravos e os pais deles foram escravos da mesma família. Assim que comecei a andar, fui
obrigada a trabalhar durante todo o dia, todos os dias. Mesmo quando estava doente, tinha de
trabalhar.
Quando ainda era criança, comecei a tomar conta da primeira mulher do chefe da família e
dos seus 15 filhos. Mais tarde, se algum dos meus próprios filhos estivesse doente ou em perigo,
não me atrevia a ajudá-lo, porque tinha de tratar dos filhos da mulher do meu patrão. Batiam-me
frequentemente. Um dia, bateram na minha mãe, eu não aguentei e tentei impedi-los. O chefe da
família ficou muito zangado comigo. Atou-me as mãos, marcou-me com um ferro em brasa e deu-
me um tapa. O anel dele fez-me um corte que deixou uma cicatriz.
Não me deixaram ir à escola, nem aprender mais do que alguns versículos e orações do
Alcorão. Mas tive sorte, porque o filho mais velho do patrão andou numa escola longe da aldeia e
tinha ideias diferentes das do pai. Em segredo, ensinou-me a falar francês e a ler e escrever um
pouco. Acho que toda a gente pensou que ele andava a violar-me, mas ele estava a ensinar-me.
Os outros escravos sentiam medo da liberdade: tinham medo de não saberem para onde ir
ou o que fazer. Mas eu sempre acreditei que tinha de ser livre e acho que foi isso que me ajudou
a fugir. Há cerca de dez anos, tentei escapar; como não sabia a que distância ficava o Senegal,
caminhei durante dois dias no sentido errado. Descobriram-me, levaram-me para trás e
castigaram-me. Ataram-me os pulsos e os tornozelos, amarraram-me a uma tamareira num
terreno da família e deixaram-me lá durante uma semana. O chefe da família cortou-me os pulsos
com uma navalha para que eu sangrasse horrivelmente. Ainda tenho as cicatrizes.
Por fim, conheci um homem no mercado que me disse que o Senegal ficava do outro lado
do rio. Decidi tentar outra vez. Corri até ao rio onde o dono de um pequeno barco de madeira
aceitou levar-me até o Senegal. Fui até um refúgio administrado por um antigo escravo da
Mauritânia. Fiquei no Senegal durante alguns anos, ganhando dinheiro a fazer trabalhos
domésticos. Mas nunca me senti segura. Estava sempre com medo de que o chefe da família
pagasse a alguém para me ir procurar e me levar de volta à sua casa.
Quando cheguei aos EUA, trabalhei a fazer tranças no cabelo. Da primeira vez que me
pagaram por um trabalho, chorei. Nunca tinha visto ninguém ser pago pelo seu trabalho. Foi uma

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surpresa muito agradável. Uma das coisas mais difíceis foi abandonar os meus filhos, mas sabia
que primeiro tinha de fugir. Desde que aqui cheguei, há três anos, tenho trabalhado para libertá-
los. Paguei a pessoas que os encontraram e os levaram ao Senegal e agora estou a pagar para
que os meus filhos vão à escola.
Levanto-me cedo todas as manhãs, compro um cartão telefônico e falo com eles. Dizem-
me que preferem morrer na rua a voltar à Mauritânia. A minha filha mais velha já está comigo nos
EUA. Desejo muito que os meus outros filhos venham ter conosco. Na Mauritânia, nunca tive o
direito de tomar decisões em relação aos meus filhos. Aqui é tão diferente.
Na Mauritânia, não me atrevia a ir ter com o governo porque eles não ligavam. As leis não
interessam, porque eles não as aplicam. Talvez esteja escrito que não exista escravatura, mas
isso não é verdade. Mesmo diante do presidente da Mauritânia, agora posso afirmar em voz alta
que existe escravatura na Mauritânia porque já sou tão livre como ele. Quando cheguei aos EUA,
tive medo que me mandassem embora. Foi então que conheci o meu advogado, um médico, que
me ajudou, e Kevin Bales, da organização Free the Slaves. Conheci também o Programa
Bellevue para os Sobreviventes da Tortura. O juiz que julgou o meu pedido de asilo era honesto e
cumpriu a sua função. Exigiu provas, mas depois ouviu e prestou atenção.
Um dia, gostaria de ser cidadã dos Estados Unidos e quero que os meus filhos também
sejam. Aqui tenho liberdade de expressão. Na Mauritânia, não havia liberdade de expressão. No
Senegal, tinha medo de falar abertamente porque era muito próximo da Mauritânia. Então tive de
ter cuidado. Tive de ir para muito, muito, muito longe. Aqui, agora, posso falar abertamente.
National Geographic, setembro de 2003. Reportagem produzida por Andrew Cockburn.
[http://exploracaodohomem.wordpress.com/2007/09/29/escravos-do-seculo-xxi/]

IV – Interpretação dos textos

1. No conhecido poema Vozes D’África, o continente africano, que se dirige a D’us, lamenta a sua
má sorte. Há várias passagens indicadoras de que aquele que fala, no texto, é a África. Cite
algumas passagens do fragmento que justificam a afirmativa.

2. Por que o poeta preferiu transformar a África em uma pessoa (personificação)?

3. Há um famoso gênero textual em que a personificação é muito utilizada. Qual?

4. Qual é o castigo a que a África se refere?

5. Quais são os privilégios de que a África se considera privada?

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6. No poema, a África faz menção ao barrete frígio e à coroa. Tanto aquele como este são
símbolos de que tipo de governo?

7. Interprete esta passagem “Sempre a láurea lhe cabe no litígio...”.

8. Assinale a alternativa que mais bem reflete o conteúdo do fragmento de Vozes d’África.
a) O poema trata das mágoas e dos ressentimentos da África contra os que habitavam suas
terras.
b) Há, no poema, um lamento contra a incapacidade dos africanos na luta pela soberania e uma
acusação aos europeus que os subjugavam.
c) No poema, ecoam lamentos contra a má sorte do continente africano em confronto com a
felicidade dos outros continentes do planeta.
d) O texto fala de mitos e heróis do mundo greco-romano, comparando-os aos do mundo africano
para menosprezar estes e glorificar aqueles.
e) Trata-se de um poema épico, isto é, canta as glórias de um povo.

9. Salma, na Mauritânia, era privada de um direito de todo homem: a liberdade. Você acredita que
no Brasil as pessoas sejam inteiramente livres? Comente.

10. O que acontecia, segundo o texto, quando um escravo (no caso Salma) tentava expressar a
vontade dele?

11. Você pode perceber alguma contradição entre um fiel que segue uma religião (islamismo) e,
ao mesmo tempo, possui um escravo? Explique.

12. Por que os habitantes ricos da Mauritânia comunicavam-se em francês?

13. Escravos que fugiam e eram capturados quase sempre tinham como destino a morte.
Assassinar um serviçal não é uma estupidez? Afinal, assim procedendo, é perder patrimônio. Por
que isso acontecia?

14. Na sua opinião, quando um cidadão não concorda com a política de seu país, o que ele deve
fazer?

15. Há a seguir um mapa do continente africano. Quais números representam a Mauritânia e o


Senegal, respectivamente?

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[http://websmed.portoalegre.rs.gov.br/escolas/montecristo/07africa/africa07.html]

V- Introdução à sintaxe

Diferença entre morfologia e sintaxe.

Morfologia: é a parte da gramática que estuda as palavras de acordo com a classe gramatical a
que ela pertence. Quando nos referimos às classes gramaticais, logo sabemos que se alude
àquelas dez, que são: substantivos, adjetivos, verbos, pronomes, artigos, numerais, preposições,
advérbios, conjunções e interjeições.
[http://www.brasilescola.com/gramatica/analise-sintatica-analise-morfologica.htm]

Exemplo:
“...Há dois mil anos te mandei meu grito...”
Há = verbo. Mandei = verbo.
Dois mil = numeral. Meu = pronome.
Anos = substantivo. Grito = substantivo.
Te = pronome.

Sintaxe: parte da gramática que estuda a estruturação das palavras em uma frase e das orações
no discurso. Termos sintáticos: sujeito, predicado, adjunto adnominal, adjunto adverbial,
predicação verbal, objeto direto, objeto indireto, predicativo do sujeito, predicativo do objeto,
complemento nominal, agente da passiva, aposto e vocativo.

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Exemplo:
“Dorme a Ásia nas sombras voluptuosas...”
Sujeito simples: a Ásia.
Núcleo do sujeito: Ásia.
Predicado verbal: Dorme nas sombras voluptuosas.
Verbo intransitivo: Dorme.
Adjunto adverbial: nas sombras voluptuosas.
Adjuntos adnominais: a, voluptuosas.

Frase: conjunto de palavras com significação.


Exemplo:
“A Europa é sempre Europa, a gloriosa!...”

Frase nominal: não possui verbo.


Exemplo:
Bom dia, Castro Alves! Tudo bem?

Frase verbal: possui verbo.


Exemplo:
Li um dos mais famosos poemas de Castro Alves.

Oração: conjunto de palavras que possui significação e necessariamente verbo.


Exemplo:
Refleti sobre o poema Vozes D’África.

Período: é a frase constituída de uma ou mais orações, formando um todo, com sentido
completo. O período pode ser simples ou composto.
Exemplo:
Período simples: Castro Alves nasceu na Bahia em 1847. (apenas uma oração)
Período composto: Castro Alves nasceu em Curralinhos e morreu em Salvador. (mais de uma
oração)

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VI – Estudo sobre o sujeito

Sujeito: “...é o termo que estabelece com o verbo uma relação de concordância em número e
pessoa. É sobre ele que recai a declaração contida no predicado.” (Pasqualle & Ulisses).
Exemplo:
Castro Alves escreveu muitos poemas.
Quem (o quê) é que escreveu muitos poemas?
Resposta: Castro Alves (sujeito da ação)

VII – Atividade prática 1

Copie os sujeitos das orações a seguir.


a) O continente africano revoltou-se contra a Europa e a Ásia.
b) Zeus castigou Prometeu.
c) Ninguém se importa com a sofrida África.
d) Assistiram a um filme os alunos e o professor.
e) É famoso mundialmente o rio Ganges.
f) Ele é poeta.
g) A Europa rica e educada e a Ásia multicolorida e religiosa oprimem a África.
h) “O Universo segue cativo o passo delirante da grande meretriz.”
i) A poesia de Castro Alves serviu de porta-voz para os oprimidos escravos.
j) Poesia eu leio.

VIII - Classificação do sujeito

Sujeito simples: é aquele formado por um único elemento ou núcleo.


Ex.: O poeta abolicionista irritou os donos de escravos.
Sujeito simples: o poeta abolicionista.
Núcleo do sujeito simples: poeta.

Sujeito composto: é aquele formado por dois ou mais elementos ou núcleos.


Ex.: A Europa e a Ásia tiveram muita sorte.
Sujeito composto: A Europa e a Ásia.
Núcleo do sujeito composto: Europa, Ásia.

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Sujeito desinencial (mais conhecido como oculto): é aquele percebido pela desinência verbal.
Ele fica implícito no verbo.
Ex.: Li toda a obra de Castro Alves.
Sujeito desinencial (oculto): (eu).
Ex.: Copiamos alguns versos de Vozes D’África.
Sujeito desinencial (oculto): (nós).
Ex.: Buscou escravos por várias partes da África.
Sujeito desinencial (oculto): (ele).

Sujeito indeterminado: é sugerido através da 3ª pessoa do plural.


Ex.: Rezaram com muito fervor.
Obs.: Há outro caso de sujeito indeterminado. Estudaremos no terceiro trimestre.

Sujeito inexistente (oração sem sujeito): os verbos impessoais não têm sujeito, por isso são
sempre empregados na 3ª pessoa do singular.
 Verbos que expressam fenômenos da natureza;
Choveu muito durante a viagem dos escravos.
 Verbo haver no sentido de existir ou acontecer;
Havia dezenas de mortos por todos os lados.

 Verbos fazer, haver e ir na indicação de passagem de tempo decorrido;


Fazia dias da chegada deles.
 Verbo ser indicando tempo.
Era a estação das chuvas.

Por que é importante o


estudo do sujeito?
Leia as informações
abaixo e tire suas próprias
conclusões.

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[http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=36069]

[http://alcimar-araujo.blogspot.com.br/2011_04_08_archive.html]

[http://banzeiros.blogspot.com.br/2010/06/praca-vergonhosa.html]

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[http://guarujaweb.blogspot.com.br/2010/10/placa-com-erro-de-portugues-11.html]

IX – Atividade prática 2

Teste seu conhecimento.

1. Na oração: "Reprovam alguns autores esta história", qual é o núcleo do sujeito?


a) história; b) alguns autores; c) reprovam; d) autores e) alguns.

2. Sujeito composto está em:


a) Deus, Deus, que farei?
b) Os livros contemplei, os quadros e as outras obras de arte.
c) Nós, os homens de futuro, venceremos.
d) Foram João e Maria.
e) Ontem foi João, e José hoje.

3. Em "Na mocidade, muitas coisas lhe haviam acontecido", temos oração:


a) sem sujeito; b) com sujeito simples e claro;
c) com sujeito oculto; d) com sujeito composto;
e) com sujeito indeterminado.

4. No texto:
"Batem leve, levemente,
Como quem chama por mim..." (Augusto Gil)
Qual é o sujeito de "Batem leve, levemente"?
a) sem sujeito; b) sujeito indeterminado;
c) sujeito oculto; d) sujeito composto; e) sujeito simples.

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5. “Havia alunos no parque.” O sujeito é:
a) oculto; b) simples; c) não existe sujeito; d) composto; e) indeterminado.

6. Sujeito indeterminado está em:


a) Vivo feliz. b) Vivem felizes. c) Chove muito. d) Fui à Europa. e) Faz calor

7. Mostre a oração que não possui sujeito:


a) A noite caiu repentinamente sobre a cidade.
b) Nesse mês, vai fazer um ano de sua partida.
c) Choveram tomates sobre o orador.
d) O dia amanheceu bastante límpido.
e) Não havia existido ninguém com tantas qualidades.

8. O termo em itálico não é sujeito em qual das orações abaixo?


a) "Deus sabe como os presos lá dentro viviam e comiam..."
b) "(...) e a professora traçava no quadro-negro nomes de países distantes."
c) "- Continue, Juquita. Você ainda será um grande escritor."
d) "Vocês estão rindo do Juquita."
e) "E a escola, nove de quatro ou cinco anos, era o lugar menos estimado de todos."

9. O recurso da indeterminação do sujeito, conforme preconiza a gramática normativa,


pode ser encontrado em:
a) “Havia as belas casas, os jardins,”
b) “Só entravam no condomínio os proprietários…”
c) “Decidiram eletrificar os muros…”
d) “Quem tocasse no fio de alta tensão…”
e) “Ninguém precisa temer pelo seu patrimônio…”

10. "Corriam por aqueles dias boatos da revolução." Nesta oração o tipo de sujeito é:
a) simples.
b) oculto.
c) inexistente.
d) indeterminado.
e) composto.

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Classifique os sujeitos destas orações. Utilize estes códigos: (A) simples, (B) composto, (C)
desinencial, (D) indeterminado ou (E) sem sujeito.

a. ( ) Haverá reunião todos os sábados.


b. ( ) Ventava demais na praia.
c. ( ) São Paulo está ensolarada.
d. ( ) Febre alta e dor de cabeça são sintomas da dengue.
e. ( ) Prenderam o ladrão.
f. ( ) Faz muito calor em minha cidade.
g. ( ) Vive bem no campo o agricultor.
h. ( ) Perdi minha caneta.
i. ( ) Não é habitada a Lua.
j. ( ) De vez em quando, Teresinha vira onça.
k. ( ) Bateram à porta.
l. ( ) A temperatura aumentou na região sul.
m. ( ) O álbum e as figurinhas estão aqui.
n. ( ) Eles comem com fartura na casa deles.
o. ( ) As chuvas transformaram o deserto.

X – Material Suplementar

A) A escravidão dos hebreus

Gênesis 37: 1 – 28
1. E Jacó habitou na terra das peregrinações de seu pai, na terra de Canaã.
2. Estas são as gerações de Jacó. Sendo José de dezessete anos, apascentava as ovelhas com
seus irmãos; sendo ainda jovem, andava com os filhos de Bila, e com os filhos de Zilpa, mulheres
de seu pai; e José trazia más notícias deles a seu pai.
3. E Israel amava a José mais do que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e
fez-lhe uma túnica de várias cores.
4. Vendo, pois, seus irmãos que seu pai o amava mais do que a todos eles, odiaram-no, e não
podiam falar com ele pacificamente.
5. Teve José um sonho, que contou a seus irmãos; por isso o odiaram ainda mais.
6. E disse-lhes: Ouvi, peço-vos, este sonho, que tenho sonhado:
7. Eis que estávamos atando molhos no meio do campo, e eis que o meu molho se levantava, e
também ficava em pé, e eis que os vossos molhos o rodeavam, e se inclinavam ao meu molho.
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8. Então lhe disseram seus irmãos: Tu, pois, deveras reinarás sobre nós? Tu deveras terás
domínio sobre nós? Por isso ainda mais o odiavam por seus sonhos e por suas palavras.
9. E teve José outro sonho, e o contou a seus irmãos, e disse: Eis que tive ainda outro sonho; e
eis que o sol, e a lua, e onze estrelas se inclinavam a mim.
10. E contando-o a seu pai e a seus irmãos, repreendeu-o seu pai, e disse-lhe: Que sonho é este
que tiveste? Porventura viremos, eu e tua mãe, e teus irmãos, a inclinar-nos perante ti em terra?
11. Seus irmãos, pois, o invejavam; seu pai porém guardava este negócio no seu coração.
12. E seus irmãos foram apascentar o rebanho de seu pai, junto de Siquém.
13. Disse, pois, Israel a José: Não apascentam os teus irmãos junto de Siquém? Vem, e enviar-
te-ei a eles. E ele respondeu: Eis-me aqui.
14. E ele lhe disse: Ora vai, vê como estão teus irmãos, e como está o rebanho, e traze-me
resposta. Assim o enviou do vale de Hebrom, e foi a Siquém.
15. E achou-o um homem, porque eis que andava errante pelo campo, e perguntou-lhe o homem,
dizendo: Que procuras?
16. E ele disse: Procuro meus irmãos; dize-me, peço-te, onde eles apascentam.
17. E disse aquele homem: Foram-se daqui; porque ouvi-os dizer: Vamos a Dotã. José, pois,
seguiu atrás de seus irmãos, e achou-os em Dotã.
18. E viram-no de longe e, antes que chegasse a eles, conspiraram contra ele para o matarem.
19. E disseram um ao outro: Eis lá vem o sonhador-mor!
20. Vinde, pois, agora, e matemo-lo, e lancemo-lo numa destas covas, e diremos: Uma fera o
comeu; e veremos que será dos seus sonhos.
21. E ouvindo-o Rúben, livrou-o das suas mãos, e disse: Não lhe tiremos a vida.
22. Também lhes disse Rúben: Não derrameis sangue; lançai-o nesta cova, que está no deserto,
e não lanceis mãos nele; isto disse para livrá-lo das mãos deles e para torná-lo a seu pai.
23. E aconteceu que, chegando José a seus irmãos, tiraram de José a sua túnica, a túnica de
várias cores, que trazia.
24. E tomaram-no, e lançaram-no na cova; porém a cova estava vazia, não havia água nela.
25. Depois assentaram-se a comer pão; e levantaram os seus olhos, e olharam, e eis que uma
companhia de ismaelitas vinha de Gileade; e seus camelos traziam especiarias e bálsamo e
mirra, e iam levá-los ao Egito.
26. Então Judá disse aos seus irmãos: Que proveito haverá que matemos a nosso irmão e
escondamos o seu sangue?
27. Vinde e vendamo-lo a estes ismaelitas, e não seja nossa mão sobre ele; porque ele é nosso
irmão, nossa carne. E seus irmãos obedeceram.
28. Passando, pois, os mercadores midianitas, tiraram e alçaram a José da cova, e venderam
José por vinte moedas de prata, aos ismaelitas, os quais levaram José ao Egito.
[http://www.bibliaonline.com.br/acf/gn/37]
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Êxodos 1 – 22
1. Estes pois são os nomes dos filhos de Israel, que entraram no Egito com Jacó; cada um entrou
com sua casa:
2. Rúben, Simeão, Levi, e Judá;
3. Issacar, Zebulom, e Benjamim;
4. Dã e Naftali, Gade e Aser.
5. Todas as almas, pois, que procederam dos lombos de Jacó, foram setenta almas; José, porém,
estava no Egito.
6. Faleceu José, e todos os seus irmãos, e toda aquela geração.
7. E os filhos de Israel frutificaram, aumentaram muito, e multiplicaram-se, e foram fortalecidos
grandemente; de maneira que a terra se encheu deles.
8. E levantou-se um novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José;
9. O qual disse ao seu povo: Eis que o povo dos filhos de Israel é muito, e mais poderoso do que
nós.
10. Eia, usemos de sabedoria para com eles, para que não se multipliquem, e aconteça que,
vindo guerra, eles também se ajuntem com os nossos inimigos, e pelejem contra nós, e subam da
terra.
11. E puseram sobre eles maiorais de tributos, para os afligirem com suas cargas. Porque
edificaram a Faraó cidades-armazéns, Pitom e Ramessés.
12. Mas quanto mais os afligiam, tanto mais se multiplicavam, e tanto mais cresciam; de maneira
que se enfadavam por causa dos filhos de Israel.
13. E os egípcios faziam servir os filhos de Israel com dureza;
14. Assim que lhes fizeram amargar a vida com dura servidão, em barro e em tijolos, e com todo
o trabalho no campo; com todo o seu serviço, em que os obrigavam com dureza.
15. E o rei do Egito falou às parteiras das hebreias (das quais o nome de uma era Sifrá, e o da
outra Puá),
16. E disse: Quando ajudardes a dar à luz às hebreias, e as virdes sobre os assentos, se for filho,
matai-o; mas se for filha, então viva.
17. As parteiras, porém, temeram a Deus e não fizeram como o rei do Egito lhes dissera, antes
conservavam os meninos com vida.
18. Então o rei do Egito chamou as parteiras e disse-lhes: Por que fizestes isto, deixando os
meninos com vida?
19. E as parteiras disseram a Faraó: É que as mulheres hebreias não são como as egípcias;
porque são vivas, e já têm dado à luz antes que a parteira venha a elas.
20. Portanto Deus fez bem às parteiras. E o povo se aumentou, e se fortaleceu muito.
21. E aconteceu que, como as parteiras temeram a Deus, ele estabeleceu-lhes casas.

UNIDADE 1 – 8º ANO – COLÉGIO I. L. PERETZ 21


22. Então ordenou Faraó a todo o seu povo, dizendo: A todos os filhos que nascerem lançareis no
rio, mas a todas as filhas guardareis com vida.
[http://www.bibliaonline.com.br/acf/ex/1]

Êxodos 3: 7 – 10
7. E disse o Senhor: Tenho visto atentamente a aflição do meu povo, que está no Egito, e tenho
ouvido o seu clamor por causa dos seus exatores, porque conheci as suas dores.
8. Portanto desci para livrá-lo da mão dos egípcios, e para fazê-lo subir daquela terra, a uma terra
boa e larga, a uma terra que mana leite e mel; ao lugar do cananeu, e do heteu, e do amorreu, e
do perizeu, e do heveu, e do jebuseu.
9. E agora, eis que o clamor dos filhos de Israel é vindo a mim, e também tenho visto a opressão
com que os egípcios os oprimem.
10. Vem agora, pois, e eu te enviarei a Faraó para que tires o meu povo (os filhos de Israel) do
Egito.
[http://www.bibliaonline.com.br/acf/ex/3]

Vocabulário

Apascentava: Levar a pastar, pastorear: apascentar o rebanho. Alimentar, nutrir.


Molhos: feixe, conjunto de objetos unidos.
Deveras: Utilizado para dar ênfase, destacar ou realçar o teor verdadeiro daquilo que se fala.
Mor: Forma Sincopada de maior. Maior.
Eia: Interjeição que serve para excitar, animar.
Tributos: Imposto que se deve ao Estado, ao poder público; imposto pago pelos cidadãos ao
Estado. Contribuição, encargo, taxa.
Afligirem: Causar aflição, preocupar; angustiar. Tormento, tortura.
Edificarem: Elevar sobre o solo; construir.
Enfadavam: Causar aborrecimento, nojo, tédio, fastio (a alguém). Cansar, molestar; incomodar.
Exatores: Cobrador de impostos e contribuições; arrecadador de rendas; coletor.
Mana: Verter eternamente. Correr com abundância, fluir, brotar.

B) Parte inicial da animação O príncipe do Egito

http://www.youtube.com/watch?v=AyOAvDvrBkk

UNIDADE 1 – 8º ANO – COLÉGIO I. L. PERETZ 22


Interpretação do Material Suplementar

1. Quem são os pais do patriarca Jacó?

2. José não era filho nem de Bila e nem de Zilpa. Qual é o nome de sua mãe?

3. Segundo o texto, o que pode acontecer a uma família quando o pai deixa explícito que ama
mais um filho do que outro(os)?

4. José já sabia que os irmãos se sentiam desconfortáveis com a predileção dele em relação ao
pai, mesmo assim, irrita-os mais ainda com seus sonhos. A atitude de José foi sábia? Comente.

5. Será que Jacó (Israel) sabia do mal-estar que havia entre José e seus irmãos? Explique.

6. Qual foi a participação de Rúben no sumiço de José?

7. Qual foi a participação de Judá no sumiço de José?

8. Por que os hebreus tornaram-se escravos na terra do Egito?

9. O que faraó falou à Sifrá e à Puá? Elas fizeram o que ordenou o rei? Explique.

10. A mentira é sempre condenável? Tome como referência as parteiras Sifrá e Puá.

11. “Vem agora, pois, e eu te enviarei a Faraó para que tires o meu povo (os filhos de Israel) do
Egito.” Com quem D’us está conversando?

12. Classifique o sujeito destas orações:

a) “Jacó habitou na terra das peregrinações de seu pai...”


b) “...apascentava as ovelhas com seus irmãos...”
c) “...o sol, e a lua, e onze estrelas se inclinavam a mim.”
d) “...repreendeu-o seu pai...”
e) “Não apascentam os teus irmãos junto de Siquém?”
f) “...enviar-te-ei a eles...”
g) “...matemo-lo...”

UNIDADE 1 – 8º ANO – COLÉGIO I. L. PERETZ 23


h) “Faleceu José...”
i) “E levantou-se um novo rei sobre o Egito...”
j) “...usemos de sabedoria para com eles...”
k) “...matai-o...”
l) “...o clamor dos filhos de Israel é vindo a mim...”
m) “Vem agora...”

13. Por que é importante usarmos o sujeito desinencial?

14. Há muitos verbos nos fragmentos desacompanhados do pronome pessoal ‘eles’, porém não
os podemos classificar como sujeito indeterminado. Por quê?

Israel no Egito, Edward Poynter – 1867


[http://en.wikipedia.org/wiki/File:1867_Edward_Poynter_-_Israel_in_Egypt.jpg]

UNIDADE 1 – 8º ANO – COLÉGIO I. L. PERETZ 24


UNIDADE 1
PARTE 2
A Inconfidência Mineira

Roteiro das aulas

I – Ouvir a música Exaltação a Tiradentes, de Mano Décio, Stanislaw Silva e Penteado, 1949.
II – Ler a Fala inicial do livro O romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meireles.
III – Assistir a algumas cenas do filme O patriota (dirigido por Roland Emmerich), 2000,
observando a temática do herói nacional. Sugestão de filme para ser visto em casa: Gandhi
(dirigido por Richard Attenborough), 1982.
IV – Interpretação do texto e do filme.
V – Interpretação do filme.
VI – Gramática: predicado verbal.
VII – Atividade prática I.
VIII – Gramática: predicado nominal (verbo de ligação e predicativo do sujeito).
IX – Atividade prática II.
X – Material suplementar:
A) Jaguadarte (Lewis Carroll);
B) HQs (interpretação);
C) O herói David.

Martírio de Tiradentes, Aurélio de Figueiredo


1893
Museu Histórico Nacional, Rio de Janeiro
[http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/31/Figueiredo-MHN-Tiradentes.jpg]

UNIDADE 1 – 8º ANO – COLÉGIO I. L. PERETZ 25


I – Exaltação a Tiradentes
Esse samba rendeu o bicampeonato à escola da Serrinha (Império Serrano) no carnaval de 1949.

Joaquim José da Silva Xavier


Morreu a vinte e um de abril Joaquim José da Silva Xavier
Pela independência do Brasil Era o nome de Tiradentes
Foi traído e não traiu jamais Foi sacrificado pela nossa liberdade
A Inconfidência de Minas Gerais Esse grande herói
Foi traído e não traiu jamais Para sempre há de ser lembrado
A Inconfidência de Minas Gerais
[http://letras.mus.br/chico-buarque/1860173/]

Escute a canção em: http://www.youtube.com/watch?v=VdzkGD-TX7Q.

II – O romanceiro da Inconfidência – Cecília Meireles

Fala inicial

Não posso mover meus passos, Batem patas de cavalos.


por esse atroz labirinto Suam soldados imóveis.
de esquecimento e cegueira Na frente dos oratórios,
em que amores e ódios vão: que vale mais a oração?
- pois sinto bater os sinos, Vale a voz do Brigadeiro
percebo o roçar das rezas, sobre o povo e sobre a tropa,
vejo o arrepio da morte, louvando a augusta Rainha,
à voz da condenação; - já louca e fora do trono -
- avisto a negra masmorra na sua proclamação.
e a sombra do carcereiro
que transita sobre angústias, Ó meio-dia confuso,
com chaves no coração; ó vinte-e-um de abril sinistro,
- descubro as altas madeiras que intrigas de ouro e de sonho
do excessivo cadafalso houve em tua formação?
e, por muros e janelas, Quem ordena, julga e pune?
o pasmo da multidão.

UNIDADE 1 – 8º ANO – COLÉGIO I. L. PERETZ 26


Quem é culpado e inocente? onde os homens padeceram
Na mesma cova do tempo sua vasta solidão...
cai o castigo e o perdão. Não choraremos o que houve,
Morre a tinta das sentenças nem os que chorar queremos:
e o sangue dos enforcados... contra rocas de ignorância
- liras, espadas e cruzes rebenta a nossa aflição.
pura cinza agora são.
Na mesma cova, as palavras, Choramos esse mistério,
o secreto pensamento, esse esquema sobre-humano,
as coroas e os machados, a força, o jogo, o acidente
mentira e verdade estão. da indizível conjunção
que ordena vidas e mundos
Aqui, além, pelo mundo em polos inexoráveis
ossos, nomes, letras, poeira... de ruína e de exaltação
Onde, os rostos? onde, as almas? Ó silenciosas vertentes
Nem os herdeiros recordam por onde se precipitam
rastro nenhum pelo chão. inexplicáveis torrentes
Ó grandes muros sem eco, por eterna escuridão!
presídios de sal e treva
[http://www.entreculturas.com.br/2011/04/cecilia-meireles-romanceiro-da-inconfidencia-trecho/]

Vocabulário
Atroz: cruel, desumano.
Masmorra: cadeia subterrânea.
Carcereiro: guarda de prisão.
Transita: passa, anda.
Cadafalso: estrado/palco alto para execução de sentenciados.
Pasmo: admirado, espantado, assombrado.
Oratórios: móvel em forma de armário dentro do qual são colocadas imagens de santos.
Brigadeiro: posto entre coronel e general, no exército português.
Rainha: Dona Maria I foi quem determinou as penas a cada uma das principais figuras da Inconfidência.
Sinistro: que causa mal.
Intrigas: mexericos, ciladas.
Cova: sepultura, túmulo.
Liras: instrumento de cordas dedilhadas usado na Antiguidade.
Rocas: aparelho para se fazer fio.
Conjunção: ligação, união.
UNIDADE 1 – 8º ANO – COLÉGIO I. L. PERETZ 27
Inexorável: implacável, inflexível, que não cede nem a pedidos e nem a lágrimas.
Vertentes: de onde sai, aquilo que deixa sair de si o líquido contido.
Torrente: um curso de água.

III - Trechos do filme O Patriota, de Roland Emmerich

VI - Interpretação do texto e do filme


1. O que impede – ou dificulta – os passos do eu lírico no início do poema?

2. Estes substantivos (sinos, rezas, arrepio, condenação) têm em comum a morte. Explique.

3. Por que o carcereiro ‘transita com chaves no coração’?

4. Há algum fator didático (que tem por fim instruir/ensinar) quando se expõe publicamente a
execução de um prisioneiro? Comente.

5. Há um descrédito no poder das orações. Explique.

6. Dona Maria I, quando sentenciou à morte Tiradentes, já estava louca. Sendo assim, o
julgamento dela foi justo? Explique.

7. Qual lição para nossa vida podemos extrair destes versos: “Quem ordena, julga e pune?/
Quem é culpado e inocente?/ Na mesma cova do tempo/ cai o castigo e o perdão./ Morre a tinta
das sentenças/ e o sangue dos enforcados.../ - liras, espadas e cruzes/ pura cinza agora são.”?

8. Segundo o eu lírico, sobre o que devemos chorar?

9. Há, no início, do filme O patriota um (talvez mais) elemento do enredo que nos faça lembrar da
Inconfidência Mineira. Cite.

10. O personagem Benjamin Martin, que já fora um herói de guerra, vivido pelo ator Mel Gibson,
recusa-se a entrar novamente em outra batalha. Por quê?

11. Depois do assassinato de seu filho Thomas Martin (Gregory Smith) e da sentença de
enforcamento do filho mais velho Gabriel Martin (Heath Ledger), Benjamin Martin resolve
combater o exército inglês. Um verdadeiro herói pode ser motivado por sentimentos de ira e de
vingança? Comente.

UNIDADE 1 – 8º ANO – COLÉGIO I. L. PERETZ 28


VI – Gramática: predicado verbal

Já estudamos uma das duas partes essenciais de toda oração: o sujeito (termo de oração
de quem se diz algo).
Esta lição está reservada ao predicado (termo da oração, por meio de um verbo, que diz
algo sobre o sujeito).
Exemplo:
Mel Gibson recebeu um cachê de US$ 25 milhões.
Sujeito simples: Mel Gibson.
Predicado: recebeu um cachê de US$ 25 milhões.

Predicado verbal: possui obrigatoriamente um verbo, que é o núcleo do predicado. O


verbo é núcleo do predicado quando é nocional, ou seja, que demonstra uma ação.
O predicado da oração sobre Mel Gibson é verbal. O verbo recebeu indica uma ação.

VII – Atividade prática I

Copie os predicados das orações a seguir. Em quais itens o verbo não indica uma ação?

a. Manifestaram os jogadores sua insatisfação.


b. No verão, a temperatura aumenta.
c. “Perdi o bonde e a esperança.”
d. É muito frágil a vida.
e. Eu quero meu biscoito de volta.
f. Informei-lhes o preço do produto.
g. Mora ela perto de uma grande área industrial.
h. Você continua fiel aos velhos princípios.
i. Foram aprovadas as medidas econômicas pelo governo.
j. A realização do projeto é necessária à população carente.
k. Foram colhidas por mim aquelas frutas.
l. Os alunos pareciam apavorados com o teste.
m. Invadiu-se aquela casa.
n. Fui ao cinema com sua prima.
o. Sinto-me melhor no inverno.
p. Um novo comportamento empresarial deve ser incentivado.

UNIDADE 1 – 8º ANO – COLÉGIO I. L. PERETZ 29


q. Seu senso crítico levou-o a questionar aqueles dados.
r. É um constante retomar a vida.
s. Suas reivindicações incluíam muitas coisas: melhor salário, melhores condições de trabalho,
assistência médica extensiva a familiares...
t. Cidadãos, participem das decisões nacionais.

VIII – Gramática: predicado nominal (verbo de ligação e


predicativo do sujeito)

O predicado nominal não pode ter um verbo de ação (nocional). No predicado nominal, o
verbo deve expressar:
a) estado permanente: Tiradentes/ é um herói nacional.
b) estado transitório: Os rios mineiros/ estavam cheios de ouro.
c) mudança de estado: Dona Maria I/ ficou louca.
d) continuidade de estado: A culinária mineira/ permanece deliciosa.
e) aparência de estado: Os portugueses/ pareciam gananciosos.

No predicado nominal, há verbo de ligação: ser, estar, ficar, parecer, permanecer,


continuar, andar, tornar-se.
Como há verbos que se empregam ora como de ligação, ora como de ação, convém
atentar sempre no valor que apresentam em determinado texto a fim de classificá-los com acerto.
Exemplo: Vila Rica continuou amedrontada. (verbo de ligação)
Cecília Meireles continuou seu trabalho. (verbo de ação)

Predicativo do sujeito: é o termo ou expressão que complementa o sujeito, conferindo-lhe


ou um atributo ou uma referência. Ele pode ser representado:
a) por um substantivo: A monarquia portuguesa tornou-se um monstro.
b) por um adjetivo: O povo brasileiro ficou pobre.
c) por um pronome: A lei sou eu.
d) por um numeral: Os inconfidentes eram vinte e quatro.
e) por uma oração substantiva predicativa: A verdade é que eu gosto de Portugal.

UNIDADE 1 – 8º ANO – COLÉGIO I. L. PERETZ 30


IX – Atividade prática II

Copie somente os predicativos dos sujeitos das orações a seguir.

a) A prisão deles parecia inevitável àquela altura.


b) Estas observações são muito úteis para nós.
c) O ambiente continuava silencioso.
d) Aquele crime ficou impune.
e) Todos ficaram emocionados com aquela cena.
f) O estrangeiro é bem-vindo nesta terra.
g) A mulher de Ló virou estátua de sal.
h) Ele nunca fora nada na vida.
i) Todos estão assombrados com a notícia.
j) O homem ficou furioso com a brincadeira.

Classifique os verbos destacados em (VL) verbo de ligação ou em (A) ação.

a. ( ) Ela estava em casa ontem.


b. ( ) Nós estávamos preocupados com a sua demora.
c. ( ) Ele continuou o trabalho.
d. ( ) Você vai permanecer em nossa cidade?
e. ( ) A canoa virou no mar.
f. ( ) Você ficará em casa hoje?
g. ( ) Ela ficou uma fera.
h. ( ) O tempo virou de repente.
i. ( ) A reunião virou uma balbúrdia.
j. ( ) Alguém virou o aparelho.
k. ( ) Ele permaneceu calado durante a reunião.
l. ( ) A criança ficou envergonhada.

Classifique os predicados em (PV) predicado verbal ou (PN) predicado nominal.

a) ( ) O homem era culpado do assalto.


b) ( ) Os militares queriam o poder.
c) ( ) O padre Cícero ficou magoado com seu povo.
d) ( ) Aquele projeto é curioso.
UNIDADE 1 – 8º ANO – COLÉGIO I. L. PERETZ 31
e) ( ) Doralice enxugou os olhos discretamente.
f) ( ) As meninas pareciam envergonhadas.
g) ( ) A multidão corria desesperadamente.
h) ( ) Este lugar parece ótimo.
i) ( ) O motorista socorreu a vítima do acidente.
j) ( ) Os moradores da vila fizeram suas encomendas.
k) ( ) Temos muitos problemas aqui.
l) ( ) Não acredito em contos de fada.
m) ( ) A canoa virou na praia.
n) ( ) A violência amedronta as pessoas.
p) ( ) Todos foram amáveis.
p) ( ) Estávamos tristes e sós.
q) ( ) Continuam presos alguns inocentes.
r) ( ) A noviça era rebelde e infeliz.
s) ( ) Chegou imediatamente o chefe da seção.
t) ( ) Defendem seu espaço homens e mulheres.

X – Material suplementar

A) Jaguadarte

Era briluz.
As lesmolisas touvas roldavam e reviam nos gramilvos.
Estavam mimsicais as pintalouvas,
E os momirratos davam grilvos.

"Foge do Jaguadarte, o que não morre!


Garra que agarra, bocarra que urra!
Foge da ave Fefel, meu filho, e corre
Do frumioso Babassura!"

Ele arrancou sua espada vorpal


e foi atrás do inimigo do Homundo.
Na árvore Tamtam, ele afinal
Parou, um dia, sonilundo.

UNIDADE 1 – 8º ANO – COLÉGIO I. L. PERETZ 32


E enquanto estava em sussustada sesta,

[http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Jabberwocky.jpg]
Chegou o Jaguadarte, olho de fogo,
Sorrelfiflando através da floresta,
E borbulia um riso louco!

Um, dois! Um, dois! Sua espada mavorta


Vai-vem, vem-vai, para trás, para diante!
Cabeça fere, corta e, fera morta,
Ei-lo que volta galunfante.

"Pois então, tu mataste o Jaguadarte!


Vem aos meus braços, homenino meu!
Oh dia fremular! Bravooh! Bravarte!"
Ele se ria jubileu.

Era briluz.
As lesmolisas touvas roldavam e relviam nos gramilvos. Ilustração de John Tenniel
para Jaguadarte - 1871
Estavam mimsicais as pintalouvas,
E os momirratos davam grilvos.

Tradução de Augusto de Campos para Jabberwacky, poema de Lewis Carroll que faz parte do livro Alice através do
espelho e o que ela encontrou por lá.
[http://www.albertomesquita.net/am/moleskine/EraBriluz.html]

Interpretação do texto

1. Você entendeu – desconsidere os neologismos – o conteúdo do texto? Por quê?

2. Por que o texto termina da mesma forma que começa?

3. A mãe diz na segunda estrofe que o Jaguadarte não morre. O menino acreditou nas palavras
dela? Comente.

4. Todo herói passa por privações em prol de um bem coletivo. Por qual privação passou o
menino?

5. O herói precisa de algo a mais para se destacar do seu grupo social. Como o menino consegue
se sobressair aos demais?

UNIDADE 1 – 8º ANO – COLÉGIO I. L. PERETZ 33


6. Por que o antagonista (Jaguadarte) é mais forte e mais cruel que o protagonista (homenino)?

7. Não são poucas as narrativas que apresentam o vilão muito mais forte e inteligente que o
‘mocinho’ e, mesmo assim, no final, o bem triunfa. Por quê?

8. No início da narrativa, o protagonista é conhecido por ‘menino’. Depois que ele mata o
‘frumioso Babassura’, passa a ser chamado de ‘homenino’, explique.

9. Dê sua interpretação para estes neologismos:


a) briluz
b) lesmolisas
c) mimsicais
d) vorpal
e) sonilundo

B) HQs

1. A seguir, você tem uma lista de heróis e vilões dos HQs. Use sua criatividade e construa com
ela orações que obedeçam às orientações entre os parênteses.

Homem Aranha, Homem de Ferro, Capitão América, Hulk, Thor, Super Homem, Namor,
Wolverine, Magneto, Mística, Jean Grey, Dentes-de-Sabre, Thanos, Selene, Mercúrio.

a) (Predicado verbal + sujeito simples)


b) (Predicado nominal + sujeito composto + predicado nominal)
c) (Sujeito desinencial + predicado verbal)
d) (Sujeito indeterminado + predicado nominal)
e) (Oração sem sujeito [com o verbo HAVER] + predicado verbal)
f) (Oração sem sujeito [com o verbo FAZER] + predicado verbal)

2. Há a seguir algumas tirinhas sobre o tema ‘herói’. Responda:


a) Como são construídos os heróis?
b) Há alguma denúncia social nelas?
c) De que forma o humor foi ressaltado?
d) Os bordões foram satirizados, como?

UNIDADE 1 – 8º ANO – COLÉGIO I. L. PERETZ 34


[http://inkstiras.com/tag/tirinhas-de-super-herois/]

[http://www.flogao.com.br/possivelmenteherois/139352977]

[http://www.garotasemfio.com.br/blog/2010/04/07/birra-com-o-flash/]

UNIDADE 1 – 8º ANO – COLÉGIO I. L. PERETZ 35


[http://www.teoeominimundo.com.br/2013/11/charge-herois-por-um-dia.html]

C) O herói David

1 Samuel 17: 41 – 54

41. O filisteu também vinha se aproximando de Davi; e o que lhe levava o escudo ia adiante dele.
42. E, olhando o filisteu, e vendo a Davi, o desprezou, porquanto era moço, ruivo, e de gentil
aspecto.
43. Disse, pois, o filisteu a Davi: Sou eu algum cão, para tu vires a mim com paus? E o filisteu
pelos seus deuses amaldiçoou a Davi.
44. Disse mais o filisteu a Davi: Vem a mim, e darei a tua carne às aves do céu e às bestas do
campo.
45. Davi, porém, disse ao filisteu: Tu vens a mim com espada, e com lança, e com escudo; porém
eu venho a ti em nome do Senhor dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem tens
afrontado.
46. Hoje mesmo o Senhor te entregará na minha mão, e ferir-te-ei, e tirar-te-ei a cabeça, e os
corpos do arraial dos filisteus darei hoje mesmo às aves do céu e às feras da terra; e toda a terra
saberá que há Deus em Israel;
47. E saberá toda esta congregação que o Senhor salva, não com espada, nem com lança;
porque do Senhor é a guerra, e ele vos entregará na nossa mão.
48. E sucedeu que, levantando-se o filisteu, e indo encontrar-se
com Davi, apressou-se Davi, e correu ao combate, a encontrar-se com o filisteu.
49. E Davi pôs a mão no alforje, e tomou dali uma pedra e com a funda lha atirou, e feriu o filisteu
na testa, e a pedra se lhe encravou na testa, e caiu sobre o seu rosto em terra.
50. Assim Davi prevaleceu contra o filisteu, com uma funda e com uma pedra, e feriu o filisteu, e o
matou; sem que Davi tivesse uma espada na mão.
51. Por isso correu Davi, e pôs-se em pé sobre o filisteu, e tomou a sua espada, e tirou-a da
UNIDADE 1 – 8º ANO – COLÉGIO I. L. PERETZ 36
bainha, e o matou, e lhe cortou com ela a cabeça; vendo então os filisteus, que o seu herói era
morto, fugiram.
52. Então os homens de Israel e Judá se levantaram, e jubilaram, e seguiram os filisteus, até
chegar ao vale, e até às portas de Ecrom; e caíram os feridos dos filisteus pelo caminho de
Saaraim até Gate e até Ecrom.
53. Então voltaram os filhos de Israel de perseguirem os filisteus, e despojaram os seus arraiais.
54. E Davi tomou a cabeça do filisteu, e a trouxe a Jerusalém; porém pôs as armas dele na sua
tenda.

[http://www.bibliaonline.com.br/acf/1sm/17]

David, Gianlorenzo Bernini


1623-24
Galleria Borghese, Roma
[http://www.artchive.com/artchive/B/bernini/bernini_david.jpg.html]

Vocabulário

Alforje: Saco fechado em ambas as extremidades e com uma abertura no centro, de modo que
forma como que duas bolsas. Usa-se ao ombro, para distribuir o peso dos dois lados.
Funda: Arma de arremesso formada por uma peça central presa a duas tiras de couro.
Prevaleceu: Ter predominância sobre algo; predominar. Seguir existindo; persistir.
Jubilaram: Sentir, manifestar alegria muito viva.
Despojaram: Privar da posse; desapossar, espoliar; roubar; saquear.

Interpretação do texto

1. Por que Golias era considerado o herói dos filisteus?

2. David era um adolescente a entrar na fase adulta quando matou Golias. Não era forte e nem de
estatura fora dos padrões. Em que ele se alicerçava para ter enfrentado o temido filisteu?

UNIDADE 1 – 8º ANO – COLÉGIO I. L. PERETZ 37


3. Se fizermos um levantamento dos atributos dos heróis da literatura/cinema, perceberemos que
David possuía apenas uma das características comuns a esses personagens, qual?

4. Golias era um homem de 2,10m de altura, sua armadura e capacete, juntos, pesavam mais de
60kg, a lança que ele carregava era enorme (só a ponta – de ferro – pesava 7kg). David levou
para a luta uma vara, uma funda e cinco pedras lisas. Todavia o mais fraco fisicamente derrotou o
mais forte.
Há abaixo uma lista com quatorze vilões (fortes, poderosos, inteligentes e muito cruéis),
porém todos foram derrotados. Quem os sobrepujou?

Darth Vader (Guerra nas estrelas)

Hannibal Lecter (O silêncio dos inocente)

Bruxa Má do Oeste (O mágico de Oz)

Scar (Rei Leão)


T-800 (Exterminador do futuro)

Lorde Voldemort (Harry Potter)

Hans Gruber (Duro de matar)

Freddy Krueger (A hora do pesadelo)

Jason Voorhees (Sexta-feira 13)

Coringa (Batman – o cavaleiro das trevas)

Cruella Cruel (101 dálmatas)

Sauron (O senhor dos anéis)

Drácula (Drácula de Bram Stoker)

Amon Goeth (A lista de Schindler)

5. Analise morfologicamente estas orações.

a) ‘O filisteu também vinha se aproximando de Davi...’

b) ‘Sou eu algum cão, para tu vires a mim com paus?’

c) ‘Vem a mim, e darei a tua carne às aves do céu e às bestas do campo.’

UNIDADE 1 – 8º ANO – COLÉGIO I. L. PERETZ 38


UNIDADE 1
PARTE 3
A Revolução Francesa
Roteiro das aulas:
I – Contexto histórico da França no século XVIII.
II – Interpretação do texto.
III – A França após a Revolução de 1789. Fragmento de Os miseráveis (o romance francês de
1862 escrito por Victor Hugo), filme britânico dos gêneros drama, musical e romance, de 2012.
Letra da música Eu sonhei um sonho (Alain Boublil, 1980).
IV – Interpretação de textos e imagens.
V – Gramática: predicação verbal (verbo intransitivo e verbo transitivo).
VI – Atividade prática 1.
VII – Gramática: predicação verbal (verbo transitivo direto e verbo transitivo indireto).
VIII – Atividade prática 2.
IX – Gramática: predicação verbal (verbo bitransitivo).
X – Atividade prática 3.
XI – Material suplementar (eleições 2014).

A Liberdade guiando o povo

Eugène Delacroix

1830

Museu do Louvre
[http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Eug%C3%A8ne_
Delacroix_-
_La_libert%C3%A9_guidant_le_peuple.jpg ]

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I – Contexto Histórico: A França no século XVIII

A situação da França no século XVIII era de extrema injustiça social na época do Antigo
Regime. O Terceiro Estado era formado pelos trabalhadores urbanos, camponeses e a pequena
burguesia comercial. Os impostos eram pagos somente por este segmento social com o objetivo
de manter os luxos da nobreza.
A França era um país absolutista nesta época. O rei governava com poderes absolutos,
controlando a economia, a justiça, a política e até mesmo a religião dos súditos. Havia a falta de
democracia, pois os trabalhadores não podiam votar, nem mesmo dar opiniões na forma de
governo. Os oposicionistas eram presos na Bastilha (prisão política da monarquia) ou condenados
à morte.
A sociedade francesa do século XVIII era estratificada e hierarquizada. No topo da pirâmide
social, estava o clero, que também tinha o privilégio de não pagar impostos. Abaixo do clero,
estava a nobreza, formada pelo rei, sua família, condes, duques, marqueses e outros nobres que
viviam de banquetes e muito luxo na corte. A base da sociedade era formada pelo terceiro estado
(trabalhadores, camponeses e burguesia) que, como já dissemos, sustentava toda a sociedade
com seu trabalho e com o pagamento de altos impostos. Pior era a condição de vida dos
desempregados que aumentavam em larga escala nas cidades francesas.
A vida dos trabalhadores e camponeses era de extrema miséria, portanto, desejavam
melhorias na qualidade de vida e de trabalho. A burguesia, mesmo tendo uma condição social
melhor, desejava uma participação política maior e mais liberdade econômica em seu trabalho.

A Revolução Francesa (14/07/1789)

A situação social era tão grave e o nível de insatisfação popular tão grande que o povo foi
às ruas com o objetivo de tomar o poder e arrancar do governo a monarquia comandada pelo rei
Luís XVI. O primeiro alvo dos revolucionários foi a Bastilha. A Queda da Bastilha em 14/07/1789
marca o início do processo revolucionário, pois a prisão política era o símbolo da monarquia
francesa.
O lema dos revolucionários era "Liberdade, Igualdade e Fraternidade", pois ele resumia
muito bem os desejos do terceiro estado francês.
Durante o processo revolucionário, grande parte da nobreza deixou a França, porém a
família real foi capturada enquanto tentava fugir do país. Presos, os integrantes da monarquia,
entre eles o rei Luís XVI e sua esposa Maria Antonieta, foram guilhotinados em 1793. O clero
também não saiu impune, pois os bens da Igreja foram confiscados durante a revolução.
No mês de agosto de 1789, a Assembleia Constituinte cancelou todos os direitos feudais
que existiam e promulgou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Este importante
UNIDADE 1 – 8º ANO – COLÉGIO I. L. PERETZ 40
documento trazia significativos avanços sociais, garantindo direitos iguais aos cidadãos, além de
maior participação política para o povo.
[http://www.suapesquisa.com/francesa/]

Vocabulário

Segmento: Fração, parte.


Absolutista: Sistema de governo em que a autoridade do governante é absoluta, com restrição
dos direitos dos súditos.
Súditos: Submissos, subordinados.
Estratificada: Separar, a partir de um grupo de um número maior de elementos ou dados, em
subgrupos compostos pelos itens semelhantes ou com características e/ou medidas similares.
Hierarquizada: Escala de autoridade em um grupo, classe etc.
Clero: Igreja católica.
Impune: Que não sofreu o castigo que merecia; que não foi punido de acordo com o crime
cometido; sem punição e/ou castigo; impunido.
Feudais: relativo ao feudo (na Idade Média, terra concedida pelo senhor feudal ao vassalo em
troca de serviços e tributos).

II – Interpretação do texto

1. A Revolução Francesa, grosso modo, foi motivada por que tipo de realidade social?

2. O Brasil é um país democrático: os cidadãos votam, escolhem sua religião e criticam


abertamente o governo. Todavia a vida neste país é boa para todos que aqui residem? Comente.

3. Desenhe em seu caderno uma pirâmide. Qual classe social (evite generalizações do tipo ‘os
ricos’) ficaria no topo dela? Por quê?

4. Leia este fragmento:

As manifestações de junho de 2013 na cidade de São Paulo


Os manifestantes, simbolicamente, malgrado (apesar de) eles próprios e malgrado suas
afirmações explícitas contra a política, realizaram um evento político: disseram não ao que aí
está, contestando as ações dos Poderes Executivos municipais, estaduais e federal, assim como
as do Poder Legislativo nos três níveis.
[http://www.teoriaedebate.org.br/materias/nacional/manifestacoes-de-junho-de-2013-na-cidade-de-sao-paulo?page=full]

UNIDADE 1 – 8º ANO – COLÉGIO I. L. PERETZ 41


Estabeleça uma comparação (ressalte as semelhanças), mesmo que superficial, entre o texto
sobre A Revolução Francesa e esse sobre as manifestações do ano passado.

5. Escreva algumas ideias sobre estas imagens motivadoras.

a)
[http://www.noticiasnoleste.com.br/?p=5354]

b)

[http://www.hipertrofia.org/forum/topic/128182-manifestacoes-no-brasil/page-54]

III – A França depois de 1789


A revolução de 1789 e as barricadas de 1830 e 1848, dentro do território francês, marcam
a ascensão econômica e política da burguesia.
Mas suas causas estão principalmente na péssima condição de vida da população de
renda baixa do país, a qual vivia a cada dia em constante miséria. Essa gente miserável se
levanta em rebeldia contra o governo opressor, o qual não oferece alguma visão de futuro para
França, no seu aspecto econômico e social.
O levante popular acarreta: a derrubada do antigo sistema político nacional; o surgimento
dos primeiros respingos democráticos e a criação dos direitos do Homem e cidadão; entre outros,
além de mostrar que a união do povo pode realizar milagres. Mas a miséria, a fome, o
desemprego ainda iriam persistir no território nacional até o final do século XIX e seriam
responsáveis pelas revoluções de 1830 e 1848, incorporando, junto a eles, os anseios políticos e
econômicos da burguesia.

UNIDADE 1 – 8º ANO – COLÉGIO I. L. PERETZ 42


Cabe ressaltar que a miséria, a fome e o desemprego na nação, neste período, eram
extremamente elevados e em 1789 ainda predominava o sistema feudal que regia grande parte
da economia, que massacrava a existência da camada baixa da sociedade francesa e as
pretensões da burguesia.
[http://www.ebah.com.br/content/ABAAABGLwAI/a-miseria-sociedade-francesa-retratada-os-miseraveis-victor-hugo]

Ilustrações de Émile Bayard para a edição


original de Os Miseráveis, de Victor Hugo - 1886

[http://genot.com.br/wp-
content/uploads/2012/04/postgenot05.jpg]

Assista a um trecho do filme Os Miseráveis, de 2012:


http://www.youtube.com/watch?v=zF9FS3vxhkk.

Eu sonhei um sonho, Os Miseráveis


Houve um tempo em que os homens eram gentis
Quando suas vozes eram suaves
E suas palavras convidativas
Houve um tempo em que o amor era cego
E o mundo era uma música
E a música era excitante
Houve um tempo... e de repente tudo ficou errado

Eu sonhei um sonho em um tempo passado


Quando as esperanças eram grandes e a vida valia ser vivida
Eu sonhei que o amor nunca acabaria
Eu sonhei que Deus seria misericordioso.

Eu era jovem e não tinha medo


Quando os sonhos eram realizados e usados e jogados fora
Não havia resgate a ser pago
Nenhuma música sem ser cantada, nem vinho não degustado.
UNIDADE 1 – 8º ANO – COLÉGIO I. L. PERETZ 43
Mas os tigres vêm à noite,
Com suas vozes suaves como trovão,
Enquanto eles despedaçam sua esperança
Enquanto eles tornam seus sonhos em vergonha

Ele dormiu um verão ao meu lado.


Ele preencheu meus dias com maravilhas sem fim,
Ele levou minha infância em seu passo
Mas ele se foi quando o outono veio.

E ainda assim eu sonhei que ele voltaria para mim


E que viveríamos os anos juntos,
Mas existem sonhos que não podem ser sonhados
E existem tempestades que não podem passar.

Eu tive um sonho que minha vida seria


Tão diferente deste inferno que eu vivo
Tão diferente agora do que parecia ser
Agora a vida matou o sonho,
Que eu sonhei.
[http://letras.mus.br/les-miserables/26364/traducao.html]

IV - Interpretação dos textos e do filme

1. Na letra da canção, há uma saudade pulsante em cada palavra. Do que sente falta o eu lírico?

2. Na segunda estrofe, o eu lírico diz que houve um tempo em que ‘a vida valia ser vivida’. A qual
tempo ele se refere: antes de 1789, depois de 1789 ou no início do século XIX? Justifique.

3. Compare a vida do eu lírico com o texto sobre a França depois da Revolução Francesa.
Escreva o que você notou de semelhança.

4. De repente, na letra da música, aparece um ‘tigre’. O que ele simboliza?

5. Dê uma interpretação para a quinta estrofe.

6. Por qual tempestade o eu lírico estava passando?

7. O que pode acontecer com um ser humano que diz estas palavras: ‘Agora a vida matou o
sonho,/ Que eu sonhei’?

UNIDADE 1 – 8º ANO – COLÉGIO I. L. PERETZ 44


8. O Brasil, apesar de décadas de democracia, ainda não eliminou a miséria da vida de muitos
cidadãos. Abaixo há algumas imagens. Se você pudesse, como reverteria estas cenas?

[http://formulageo.blogspot.com.br/2012/07/pobreza-no-brasil-isso-e-desigualdade.html]

[http://4.bp.blogspot.com/-X56Pm1yN6ew/TuAVKs9IynI/AAAAAAAAASw/U8a83OfbZ3g/s1600/Pobreza-Brasil-size-598.jpg]

[http://andremks.blogspot.com.br/2011_05_01_archive.html]

UNIDADE 1 – 8º ANO – COLÉGIO I. L. PERETZ 45


V – Gramática: predicação verbal

[http://profmaykonisrael.blogspot.com.br/2013/04/predicacao-verbal_17.html]

Predicação verbal é o estudo do comportamento do verbo dentro da oração.


Exemplo:
I - Anne Hathaway cantou na premiação do Oscar.
II – Anne Hathaway cantou uma bela canção na premiação do Oscar.

No primeiro caso, o verbo cantar é classificado como verbo intransitivo. Não há o


complemento, ou seja, não há o que ela cantou. A expressão ‘na premiação do Oscar’ apenas
confere a circunstância de tempo.
No segundo caso, o verbo cantar é classificado como verbo transitivo, ou seja, há o que
fora cantado: ‘uma bela canção’.
 No primeiro caso, quem canta. Canta.
 No segundo caso, quem canta, canta ALGO.

VI - Atividade prática 1

Coloque entre os parênteses (T) transitivo ou (I) intransitivo de acordo com a predicação verbal.

a. ( ) A Revolução Francesa produziu muitas independências.


b. ( ) Os miseráveis morrem anonimamente.
c. ( ) Os ricos sempre viveram bem.
d. ( ) Muitos políticos enganam o povo.
e. ( ) O nosso país ignora a barriga vazia.
f. ( ) O futebol dribla a panela sem alimento.
g. ( ) A Copa do Mundo mascara a dor de muitos.
h. ( ) Belos estádios existem no Brasil.

UNIDADE 1 – 8º ANO – COLÉGIO I. L. PERETZ 46


i. ( ) Os desvalidos gritam alegremente durante o gol.
j. ( ) Aqui há a política do pão e circo.

VII – Verbo transitivo direto e verbo transitivo indireto

TRANSITIVOS DIRETOS
Não possuem sentido completo, logo precisam se um complemento (objeto). Esses
complementos (SEM preposição) são chamados de objetos diretos.
Exemplo.
 Os ricos compraram. (Oração com sentido pela metade)
 Os ricos compraram armas poderosas. (Oração com sentido completo).

Quem compra, compra ALGO.


O verbo comprar liga-se a seu complemento sem o auxílio de preposição.

TRANSITIVOS INDIRETOS
Não possuem sentido completo, logo precisam se um complemento (objeto). Esses
complementos (COM preposição) são chamados de objetos diretos.
Exemplo.
 Os pobres precisam. (Oração com sentido pela metade).
 Os pobres precisam de dignidade. (Oração com sentido completo).

Quem precisa, precisa DE ALGO.


O verbo precisar liga-se a seu complemento através de uma preposição (DE).

Preposições: A, ANTE, APÓS, ATÉ, COM, CONTRA, DE, DESDE, EM, ENTRE,

PARA, PERANTE, POR, SEM, SOB, SOBRE, TRÁS.

VIII – Atividade prática 2

Copei os verbos de cada item e classifique-os em VTD ou VTI..


a. Ponha o livro sobre a mesa e venha pegar o seu lanche.
b. Eu não encontrei o diretor na escola.
c. Você já leu outros livros desse autor?
d. Não preciso de sua ajuda.
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e. Não gostei desse filme.
f. É preciso confiar em alguém.
g. Vou rever o problema e tentar descobrir o erro.
h. A cidade resistiu ao ataque.
i. Recolha as revistas e traga-as aqui.
j. Ele sempre recorre a mim quando precisa de dinheiro.
k. Alguém deu o alarme.
l. Ele dedica sua vida às crianças abandonadas.
m. Você conhece essa menina?
n. Desconfie de todos.
o. Maria comeu doce de banana.
p. Jorge necessita de você aqui.
q. Jogamos bem esta partida.
r. Paulo casou com Adriana neste final de semana.
s. Mariana digitou o trabalho ontem.
t. Claudia furou o dedo nos espinhos da rosa.
u. Assistimos ao filme.
v. Minha equipe venceu a partida.
w. Mamãe comprou peixes.
x. Desistimos de tudo.
y. Há algo de pobre no reino da Dinamarca.

IX – Verbo transitivo direto e indireto (bitransitivo)

Não possui sentido completo e precisa de dois complementos simultaneamente


(objetos). Esses complementos (SEM e COM preposição) são chamados de objeto direto e objeto
indireto.
Exemplo:
O presidente do país enviou ajuda aos necessitados.
Sujeito simples: O presidente.
Predicado verbal: enviou ajuda aos necessitados.
Verbo bitransitivo: enviou.
Objeto direto: ajuda.
Objeto indireto: ao presidente.

Obs.: Nessa oração acima, quem ENVIA, sempre ENVIA algo (OD) a alguém (OI).

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X – Atividade prática 3

1. Escreva objetos a fim de completar o sentido dos verbos bitransitivos a seguir.

a) Meu pai educadamente agradeceu _____ ao ______


b) Paguei a ______ ao ______.
c) O político satisfez ______ do ______.
d) Perdoei- _____ os _____.
e) Quero escrever um _______ ao ______.
f) O jornal comunicou ______ ao ______.
g) Preferimos ______ a _______.
h) A polícia informou _______ ao _______.
i) Ela contava muitas ______ à ______.
j) Não pude dar ______ aos _______.

XI – Material suplementar (eleições 2014)

Analise os cartuns abaixo e redija o que você entendeu. Não se preocupe com ‘certo’ ou
‘errado’. Sirva-se das informações que você também adquiriu fora dos muros da escola.

a)
[http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2011/03/copa-do-mundo-e-eleicoes-2014-charge.html]

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b)
[http://paduacampos.com.br/2012/2013/06/14/charge-2014-chegando-eleicoes-tambem/]

c)
[http://reporteralagoas.com.br/novo/?tag=eleicoes-municipais]

d)
[http://devehaveralgumlugar.blogspot.com.br/2012/10/eleicoes-no-brasil-fiz-muito-farei.html]

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