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GRUPO DE ESTUDOS TEMPLÁRIOS DE MARIA

Cabala – O Lado Oculto do Judaísmo


“As coisas encobertas são para o SENHOR, nosso Deus; porém as reveladas são para nós
e para nossos filhos, para sempre, para cumprirmos todas as palavras desta lei” (Dt 29.29)

A Árvore da Vida segundo a Cabala


A Árvore da Vida é um sistema cabalístico hierárquico em
forma de árvore, que é dividida em dez partes, ou dez
frutos. Esses frutos têm sentido ambíguo, podendo eles
ser interpretados tanto como estado do todo, do universo,
como podem ser lidos como estados de consciência. Ou
seja, podem ser lidos tanto microcosmicamente, do ponto
de vista do homem, como macrocosmicamente, ou seja,
do ponto de vista do universo em geral.
Macrocosmicamente, a Árvore deve ser lida de cima para
baixo, e microcosmicamente, deve ser lida de baixo para
cima. Macrocosmicamente, a Árvore começa em Kether,
que é a centelha divina, a causa primeira de todas as
coisas, e desce na árvore tornando-se coisa cada vez mais
densa. Esse é o método cabalista de explicar a criação do
mundo, e contrasta com o método científico do mesmo. A
última sephirah é Malkuth, a matéria densa, o último
estado das coisas. Microcosmicamente, subindo na
Árvore, partindo de Malkuth, o homem aproxima seu estado de consciência elevando-se
cada vez mais próximo de Kether. Então, a Árvore da Vida tanto pode ser usada para
explicar a criação do Universo, como para hierarquizar o processo evolutivo do homem.
Por isso, a Árvore da Vida é usada como referência em várias ordens de magia, para

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classificar seus graus. E também por isso que a Cabala é quem dá base de sustentação
para o ocultismo maçônico.
Um dos símbolos mais conhecidos no esoterismo em geral –
muito usado, inclusive, em sociedades secretas como a
Maçonaria – é a chamada Escada de Jacó, que retrata um
episódio onde esse patriarca teve um sonho no qual via uma
enorme escada que subia até o céu e de onde via uma miríade
de anjos em ascensão e descida. A tradição maçônica define esse
símbolo como “o ciclo involutivo e evolutivo da vida, em seu
perpétuo fluxo e refluxo, através de nascimentos e mortes, a
desdobrar-se em hierarquias de seres, potestades, mundos,
reinos e vida e raças”. Para os cabalistas, a Escada de Jacó nada mais seria do que uma
representação do fluxo de energias que corre pela Árvore da Vida. Guardadas as devidas
proporções, claro: lembremos que as Sephirot são dez, enquanto a tradição maçônica
fala que a escada conteria 14 degraus, que são tantos quanto as virtudes necessárias ao
aperfeiçoamento de cada um.
Por que a maçonaria sempre prefere recrutar aqueles que acreditam em Deus? Por que
crer em Deus é tão importante para eles? Se analisarmos a árvore
maçônica veremos que suas raízes estão no Judaísmo, no Talmud e
na Cabala tanto judaica, quanto a egípcia. Da egípcia temos duas
novas sementes que brotam na terra dando origem a seita Rosa Cruz
e que posteriormente dá origem a antiga Maçonaria Russa (composta
por muitos judeus Akenases) e a outra, bem próxima da raíz do
Judaísmo, que dá origem a seita dos Iluminados (referidos no Livro de
Mons Henri Delassus), também dando origem ao Movimento
Iluminista e este a Burschenchaft ou Bucha.
Do tronco principal (Maçonaria) temos a Maçonaria Inglesa que dá
origem ao Rito de Zinendhorf, das Maçonarias Francesa e Escocesa que deu origem a três
novos ramos a Alquimia, a Magia e a Martinica ( de San Martin). A Alemã, a Holandesa e
a Sueca; a Templária que termina nos ramos da Beneficente e Eclética (este grupo de
Templários foram considerados maçons exatamente por esta característica eclética de
prática ou disposição de espírito para escolher o que parecia melhor entre as várias
doutrinas e seitas, com esta contaminação, muitos foram adoradores de Baphomet), mas
os que se salvaram da conspiração do Rei francês Felipe o Belo, foram somente aqueles

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que se mantiveram fiéis ao Sagrado Coração de Maria e puderam se refugiar em um Reino
consagrado à Ela, o Reino de Portugal, os demais adoradores do bode foram mortos. Os
que continuam ainda nos dias de hoje são descendentes ou novos grupos simpatizantes
dessa ordem que não comunga com a mesma honra e força e não são consagrados à Mãe
Santíssima.
Para os cabalistas, a alma não é criada no momento da concepção, mas já possui uma
existência anterior. Ela se localiza numa parte do Céu onde há muitas almas que
aguardam a oportunidade de regressarem à existência física ou mesmo que se
entregarão à vida material pela primeira vez. A razão pela qual elas passam por essa
experiência é atingir a perfeição espiritual e também para completar sua função junto à
Criação. Uma pessoa que não se purifica numa vida irá fatalmente renascer. Entretanto,
alguns cabalistas não descartam a possibilidade de que isso aconteça no corpo de um
animal. Esse é um conceito que pode ir contra algumas correntes kardecistas, que
afirmam que apenas espíritos não evoluídos encarnam em animais e que, uma vez
humano, a reencarnação só ocorre em corpos humanos.
O cristão não pode acreditar na numerologia, pois o seu futuro está nas mãos de Deus
Numerologia é o estudo qualitativo dos números aplicados ao ser humano. Também são
utilizadas as letras do alfabeto, convertendo-as em números por meio de uma tabela e
assim determinando um valor numérico para nomes.
Uma das modas dos últimos anos é mudar alguma letra do nome para melhorar a sorte.
Também aumenta o número de pessoas que consultam o melhor número para realizar
suas atividades. Essas práticas demonstram a crença de que os números e as letras
associadas a eles têm a força para revelar aquilo que queremos saber sobre nossas
necessidades e também influenciar o futuro. Chama-se a isso de numerologia.

A adesão da mundialmente famosa cantora


pop Madonna, chamou a atenção do
mundo para um aspecto do judaísmo
pouco comentado – a Cabala. Sua adesão
ao misticismo judaico parece ter sido
bastante radical, a ponto dela adotar um
nome hebraico – Ester – e fazer constantes
viagens a Israel, além de se recusar a

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realizar shows nas sextas feiras à noite. Suas atitudes religiosas tem chamado tanto ou
mais atenção quanto seu comportamento escandaloso em épocas anteriores. Agora ela
amarra um fio vermelho de lã com sete nós, uma espécie de amuleto que “proteje contra
a inveja e o mau olhado”, segundo a crença.
A mudança de nome está profundamente relacionado com a Cabala, cujas crenças
envolvem muita numerologia e o valor númerico dos nomes é de extrema importância.
Seguindo os ensinamentos de Yehuda, mestre cabalístico da cantora, Madonna afirma
que quer se livrar da energia negativa que teria acompanhado o nome de batismo dela:
Louise Veronica.

O que diz a numerologia?


Para a numerologia, os números ou letras nos dizem como somos, com o que viemos a
este mundo e qual será o nosso destino. Trata-se de um método de predição do futuro.
Existem diversos métodos de adivinhação que também usam a numerologia: Tarô,
Cabala, I Ching entre outros.
A numerologia tem duas crenças básicas: a vida é cíclica e não linear, e o mundo é
dinâmico, está vivo, e tudo que está nele também vibra com sua energia. Os números
simbolizariam esse fluxo cíclico de energia e os padrões da vida. Desse modo, cada
número teria sua própria vibração e representaria caráter, poder, potencial e
oportunidades. Para a numerologia, o poder e o potencial de tudo na natureza, incluindo
nós mesmos, é mais bem compreendido mediante o estudo detalhado dos números.
A numerologia tem suas raízes no ocultismo cabalístico e está ligada a antigas artes
adivinhatórias também. A adivinhação é a pretensão de prever as coisas futuras e ocultas.
Pretende descobrir aquilo que pertence somente a Deus. Em diversas ocasiões, Israel
usou desse recurso, desobedecendo à Palavra de Deus: “fez passar pelo fogo seus
próprios filhos no vale de Beninom; entregou-se à astrologia, à adivinhação e à magia,
praticou a necromancia e a bruxaria, e multiplicou-se atos que desagradam ao Senhor,
provocando-lhe assim a ira” (2 Cr 33,6).
“Não escuteis, portanto, vossos profetas e adivinhos, nem vossos vaticinadores,
astrólogos, e feiticeiros que vos disseram que não sereis sujeitos ao rei da Babilônia” (Jr
27,9)

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Prováveis Origens
Há muitas teorias sobre sua origem:
Conforme o Professor Felipe Aquino: A primeira teoria (
considerada oficial) é de que a Cabala seria originária de
Enoque.
Os cabalistas assim explicam a origem da cabala: Enoque (cf.
Gn 5,21-24) ensinou ao patriarca Abraão (século XIX a.C.) uma
doutrina oculta, que este transmitiu oralmente aos seus filhos
e netos. No século XIII a.C., Moisés redigiu por escrito esses ensinamentos no Livro da Lei
ou Pentateuco. Acontece, porém, que Moisés fora iniciado nos mistérios do Egito. Por
isso, escreveu em estilo simbólico, servindo se da língua egípcia, idioma que havia
chegado ao mais alto grau de perfeição.
Moisés previu que a sua mensagem, pura como era, não se conservaria nas mãos do seu
povo, que peregrinava pelo deserto. Assim tencionando evitar falsas interpretações,
confiou as chaves do entendimento de seus escritos a homens seguros, de fidelidade
comprovada, entregando-lhes de viva voz os esclarecimentos necessários para uma
autêntica compreensão da Torá (lei).Os discípulos de Moisés confiaram esses
ensinamentos secretos a outros homens, que os passaram adiante. Assim, de geração em
geração, chegou até nós essa doutrina esotérica ou oculta que os rabinos chamam de
“cabala”. Moisés tinha acesso ao templo egípcio de Tebas, o qual continha os arquivos
sacerdotais da extinta raça vermelha ou atlântida e os da seita de Ram, que tinha sede
na Índia. Ele, portanto, foi iniciado em todos esses conhecimentos, como também nos
mistérios da raça negra, guardados no templo de Jetro, seu sogro, que foi o último
sobrevivente dos sacerdotes desta raça (cf Ex 3,1). Assim, a tradição oral que Moisés
deixou aos seus discípulos continha o essencial de todos os ensinamentos ocultos
existentes na face da terra.
Dizem também os cabalistas que Moisés escreveu em caracteres vattam; todavia, no
século VI a.C. o sacerdote Esdras os substituiu pelos caracteres hebraicos atualmente
utilizados. Isso deve ter criado distancia entre o texto primitivo e o atual do Pentateuco.
A genuína interpretação deste foi entregue por Moisés não à tribo sacerdotal (levítica),
mas a comunidades leigas de profetas e videntes, das quais a principal foi a dos essênios.

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Para se conservar inalterado o texto sagrado, os profetas ditaram normas aos leitores e
copistas, normas estas derivadas do esoterismo de Israel e que hoje se chamam
“Masorah”. Esta, juntamente com outras tradições secretas (Michná, Gemará, Targum),
constitui a chamada “cabala judaica”.A cabala pode ser teórica ou prática. A teórica
ensina algo sobre o mistério da divindade, a criação e a queda dos anjos, a origem do
mundo em sete dias, a criação e a queda do homem, os caminhos para a restauração
deste… Seu livro principal é o Zoharou Livro do Esplendor, escrito por Simeão bem Jochai
“sob ordem vinda do ‘alto”‘.
A cabala prática ou mágica é conservada em manuscritos, as Clavículas de Salomão.
Procura orientar o comportamento do homem, observando símbolos sagrados,
especialmente as letras hebraicas, às quais é atribuído valor numérico e valor qualitativo.
Em conseqüência, foram criados baralhos ou séries de cartas, portadores de imagens
simbólicas e números; estas cartas, tiradas segundo certas regras, devem definir o caráter
e o comportamento das pessoas interessadas. O mais importante de tais baralhos é o
tarô, que consta de 22 símbolos (Arcanos Maiores).
Mas há uma segunda teoria também considerada
oficial. Até o século XVI admitia-se que a autoria era
de Moisés. Mas, nos últimos séculos, um estudo
profundo e detalhado dos textos mostrou que o
legislador judeu não podia ser o autor incontestável.
Isso porque sua morte é contada no Deuteronômio.
Como ele poderia ter escrito sobre isso quando ainda
estava vivo? A própria denominação de Deus (tratado
como Javé em algumas passagens e Eloim em outras) mostra a mão de autores
diferentes. Além dessas pistas óbvias, há relatos em duplicata, como dois relatos da
criação do mundo (em Gn 1,1-2,4a e 2,4b-25) e dois sobre a expulsão de Agar (em Gn
16,4-16 e 21,9-21), além dos relatos da aliança de Deus com Abraão (em Gn 15,1-21 e
17,1-27), da vocação de Moisés (em Ex 3,1-4 e 6,2-8) e da queda do maná e das
codornizes (em Ex 16,2-36 e Nm 11,4-34). E isso só para citar alguns. Para terminar, há
também uma relação pequena de cortes e enxertos localizados. Por exemplo, em Gn
4,25s vemos o início da genealogia de Adão, que continua em Gn 5,1..
Segundo a jornalista Kim Zetter. Em seu livro Cabala – Para Viver Com Sabedoria no
Mundo Moderno,teria uma inspiração Divina:

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A palavra Cabala (...), do hebraico, significa entre outras coisas ‘aquilo que foi recebido’
se refere aos ensinamentos secretos sobre o Universo e a Criação, recebidos de Deus
por Moisés, no cume do Monte Sinai, há cerca de três mil anos.
Segundo os cabalistas, Deus revelou a Moisés não só os Dez Mandamentos e a história
da Criação (...), mas também um diagrama secreto do universo: uma espécie de mapa
que retrata a fonte e as forças da Criação, além de uma explicação sobre o
relacionamento entre os seres humanos e o restante do universo, tudo isso oculto no
interior do texto bíblico.
Alexander Hislope, pastor prebisteriano escocês em seu livro As Duas Babilônias ( Editora
A Mensagem, 2016) diz o seguinte: Nos séculos antes de Jesus nascer, esse vírus mortal
começou a penetrar na liderança religiosa judaica. Esses líderes judeus começaram a se
envolver com o ocultismo. Uma tradição judaica oral secreta começou a ser praticada,
distintamente diferente do Pentateuco escrito por Deus. Foram criados dois sistemas de
tradição oral judaica, um público e um secreto. O ensino público lidava com as questões
da vida diária, como as leis sobre o comércio e o que constituía trabalho no sábado; essa
lei prática mais tarde passou a ser chamada de Talmude. Jesus criticou a imposição de
leis criadas pelo homem, pois amarravam o povo aos sacerdotes e criavam um conjunto
de normas frustrantes que ninguém conseguia cumprir. Esses padrões não eram de Deus;
foram criados pelo homem para que os sacerdotes pudessem controlar o povo.
O segundo conjunto de ensinos orais judaicos era extremamente secreto; tornou-se
conhecido como a Cabala. Um dos livros que constituem a Cabala chama-se Sepher-Ha-
Zohar, ou Livro da Luz. Esse livro foi escrito pelo rabino Simão e seu filho Eliezer, que
ficavam enterrados sentados, com terra até o pescoço, durante 12 anos. Enquanto
estavam nessa terrível condição física, meditavam na lei sagrada e freqüentemente eram
visitados pelo grande profeta Elias. (Nesta Webster, Secret Societies, pág. 8) O apóstolo
Paulo estava certo quando advertiu, em 2 Coríntios 11:14-15, que Satanás e seus anjos
transformam-se em anjos de luz e em ministros da justiça para
conseguirem enganar os homens. Um dos pontos mais comuns
entre as falsas religiões é que o texto original da revelação foi dado
ao fundador por um anjo de luz. Por exemplo, Maomé (Islamismo)
e Joseph Smith (Mormonismo) receberam suas novas revelações
de um anjo de luz.Assim, o sacerdócio judaico começou a formular
um plano para colocar todo o povo em servidão espiritual e física,
criando esse sistema duplo do Talmude público e da Cabala
secreta. Os ensinos do Talmude público escravizavam o povo com
quase 1.000 regras para a vida no dia a dia e começou a afastá-los
da verdade espiritual que Deus revelou a Moisés. Assim, o

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primeiro requisito de uma sociedade secreta foi cumprido, o de esconder a verdade do
povo, parcialmente por fabricação e parcialmente pelos acréscimos feitos à lei mosaica
original.
Os ensinos secretos da Cabala eram realmente satânicos. Alguns autores
admitem que esses ensinos eram para propósitos mágicos. Um autor crítico da Cabala
escreveu que ela é um veneno sutil que entra nas veias do judaísmo e infecta tudo
(Theodore Reinach, citado por Nesta Webster em Secret Societies, pág. 9)
Salomon Reinach chama a Cabala de “a pior aberração da mente humana”;. Além
disso, a Cabala influenciou significativamente as crenças e a direção de muitas sociedades
secretas européias, estabelecidas nos séculos posteriores. Essa influência foi tão
profunda que muitas sociedades secretas não-judaicas assumiram características
judaicas.
Hislope é confirmado por Pe. João Batista de
Almeida Prado Ferraz Costa em sua Resenha
sobre o artigo Si Si No No, na edição de 30 de
novembro de 2012, sobre a relação entre a
Igreja e o judaísmo, refutando a calúnia de
fomentar o ódio racial e religioso que lhe foi
assacada. E ainda, comenta seus efeitos nocivos
ao protestantismo.
O artigo baseia-se principalmente sobre dois
trabalhos científicos sobre a questão judaica:
L’Antisemitisme, do jornalista israelita Bernard
Lazare, e um estudo da Civiltà Cattolica, não
recordando a fundamental distinção entre o judaísmo do Antigo Testamento e o
judaísmo talmúdico depois de Cristo. O esquecimento dessa distinção é causa de muita
confusão sobre o problema. Diz o artigo assinado por Crispinus:
” Sobre o assunto é preciso recordar a distinção importantíssima entre a lei mosaica e a
talmúdica, entre o judaísmo antes e depois de Cristo. A lei mosaica, totalmente relativa
ao Cristo futuro, foi retomada e aperfeiçoada pelo cristianismo; a lei talmúdica, ao
contrário, é a antítese e a corrupção da lei mosaica e cristã. O talmud e a cabala espúria
impediram a conversão do povo eleito ao Messias; o predomínio dos fariseus impediu que
Israel entrasse na Nova e Eterna Aliança porque o talmudismo é uma degeneração carnal
da religião mosaica. Com efeito, enquanto o mosaísmo ensinava que Israel tinha sido
eleito para acolher o Cristo e fazê-lo conhecido a todas as nações e povos, os fariseus e
cabalistas talmudistas sustentavam que o mudo foi criado “para ser submetido ao império

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universal…dos hebreus (Bernard Lazare, o. c. p. 14). Eis aí a nova religião judaica que não
tem nada que ver com a Bíblia e com Moisés: o domínio do hebraísmo sobre o mudo todo!
Segundo esta concepção, de uma parte estão os hebreus, os verdadeiros homens, e de
outra parte, os não hebreus, os “goins”, que são como bestas falantes e devem ser
escravos dos hebreus. Quando vem o Messias pregando o Evangelho do Reino dos Céus,
aperfeiçoamento e cumprimento do Antigo Testamento. os fariseus e talmudistas,
embora soubessem que Ele era o Messias e o próprio Deus. odiaram-no profundamente
até condená-lo à morte, porque lhes contradizia o sonho imperialista de domínio material
sobre o mundo inteiro.”
É com a corrupção do mosaismo em talmudismo que teve início uma perseguição
sistemática contra os hebreus, também no mundo pré-cristão (cf. B. Lazare, o. c. p. 17).
Esse fenômeno explica-se facilmente: ao nascer o ódio e o desprezo a todos os povos não
judeus, nasce também a inevitável reação destes últimos. O artigo explana também com
argumentos lúcidos a relação entre o judaísmo e o protestantismo, bem como explica o
papel da Inquisição em relação aos judeus:

“Contrariamente a quanto se crê em geral, a Inquisição não perseguia os hebreus por


causa da raça ou da religião deles, mas somente na medida em que eles incitavam à
judaização ou, então, após uma eventual conversão ao cristianismo, voltavam a judaizar.
A Igreja não queria a eliminação dos hebreus (postos em um estado de inferioridade legal)
considerando-os um testemunho vivo do triunfo de Cristo. “Asssim, o único apoio – admite
B. Lazare – que o hebreu encontrou foi o Papado e a Igreja. Se a Igreja conservou os
hebreus não foi tadavia sem replicar-lhes e puni-los (,,,). Mas o papel principal da Igreja
foi o de combater dogmaticamente a religião hebraica (o. c. p. 70).”
Quanto à falsa reforma protestante, diz o artigo que já antes da revolução religiosa, no
período do Humanismo e da Renascença, os cristãos se tornaram menos fervorosos,
enquanto os judeus não mudavam em nada seu modo de ser. Os judeus passaram a ser
admitidos pelos humanistas como mestres do hebraico e iniciaram a muitos nos mistérios
da Cabala. (De fato, a história da filosofia registra no período um surto de esoterismo,
ocultimo e hermetismo). Com isso, o hebraismo contribuiu muito para uma nova exegese
da Sagrada Escritura que o protestantismo empregou contra a Igreja, esclarece o artigo:
“Quando Lutero publicou suas teses (…) por um instante os teólogos esqueceram os
hebreus e o movimento que se estava propagando, movimento que lançava suas raízes
nas fontes hebraicas. É o espírito hebraico que triunfa com o protestantismo (….). É

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singular a analogia entre Lutero e Maomé. Ambos fundamentam suas doutrinas nas
fontes hebraicas (Bernard Lazare, o. c. p. 73-84).
Cumpre acrescentar, no que se refere à relação entre judaísmo e protestantismo, que no
protestantismo popular dos nossos dias, nas seitas mais vulgares, a influência do
judaísmo é muito mais notável, sobretudo pelas interpretações mais esdrúxulas do
Antigo Testamento e da teologia da prosperidade.
Como dito acima, o artigo de Si Si No No reporta-se a um estudo da outrora
respeitadíssima publicação dos jesuitas La Civiltà Cattolica. Em um artigo publicado em
1884, diz assim La Civiltà Cattolica: ” A antiga e a moderna Sinagoga (…) são entre si não
só divergentes mas apostas (…). Se os hebreus de hoje seguem a lei mosaica, não se pode
achar razão suficiente desta sempre mais profunda antipatia entre o judeu e o não judeu,
especialmente se cristão (…). Ora, essa razão encontra-se naquela contradição que há
entre a antiga, santa e assistida Sinagoga mosaica e a moderna, ímpia e inspirada
sinagoga rabínica. Essa contradição versa sobre os pontos não apenas de fé mas de moral
e não só da moral cristã mas também da moral natural (…) O judaísmo de hoje é contrário
à lei de Mosés e dos Profetas.”
O artigo conclui-se com a afirmação bem clara de que não se trata de antissemitismo
(vocábulo equívoco porque nem todos semitas são judeus), dizendo:
“O católico deve desejar de coração que os judeus se convertam e vivam; portanto querer
liquidar o problema hebraico mediante o ódio gratuito é um desígnio criminoso e louco.
O católico, além do mais, não pode ficar indiferente ou ignorar que o judaísmo atual se
acha em um estado de reprovação da parte de Deus e por isso deve esforçar-se, com
caridade unida à prudência (“simples como as pombas, prudente como as serpentes), por
ajudar os judeus a sair do seu estado de orgulhosa cegueira, que os impede de reconhecer
o Messias já vindo e os leva a sonhar com outro messias que lhes dará o domínio sobre o
mundo todo.Tudo isto não é antissemitismo mas o coração do verdadeiro cristianismo: “A
vossa fala seja sim sim não não, o mais vem do maligno.”

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O excelente artigo de Si Si No No representa uma grande contribuição para esclarecer
um dos pontos nevrálgicos da crise da Igreja que explodiu por ocasião do Vaticano II, com
o falso ecumenismo e o diálogo interreligioso (Nostra Aetate
e Dignitatis Humanae) que contradizem o magistério
tradicional ( cf. Mortalium animos de Pio XI). Com efeito, é
absolutamente falso dizer que os judeus de hoje são nossos
irmãos mais velhos na fé ou nossos pais na fé. Ou pior ainda
dizer que a sinagoga de hoje é irmã mais velha da Igreja
Católica ou sua mãe na fé! Abraão, sim, é nosso pai na fé, é
pai dos crentes. Nosso Senhor, no Evangelho, diz que
Abraão viu o seu dia e alegrou-se (Jo. 8, 56). Abrãao, Moisés
e os profetas são nossos pais na fé. O Talmud, a falsa Cabala,
não. (Para maiores esclarecimentos sobre o assunto leia-se
Él judio en el misterio de la historia, do Pe. Julio Meinvielle,
Cuz y Fierro, Buenos Aires, 1988; El talmud
desenmascarado!, Editorial La Verdad, Lima, 1981; Il mistero della sinagoga bendata, de
Enrico Maria Radaelli, Effedieffe, Milano, 2002).
No século XVIII a proliferação do cabalismo cristão cai sobremaneira, se divide (se é que
podemos chamar assim) em duas ramificações, sendo a primeira, a chamado Cabala
oculta, que teve origem na segunda metade do século XVIII, e foi determinante em
algumas escolas maçônicas alemãs (como os Irmãos asiáticos e etc.), o
"novo" Rosacrucianismo alemão, bem como grupos como, por exemplo, Ordem dos
Eleitos Cohens ", Martinez de Pasqually (ver Martinismo), que foi difundido e organizado
graças aos esforços de Papus e Augustin Chaboseau. A questão da influência direta do
cabalismo cristão sobre estes grupos não é clara. Mais tarde, essa tradição desenvolveu-
se entre ocultistas como Fabre de Olivier, Eliphas Levi, Helena Blavatsky e atingiu o seu
apogeu na Ordem Hermética Inglesa da Golden Dawn.
Quanto aos Fariseus serem cabalistasAlexander Hislope disse que Jesus foi
odiado,perseguido e morto pelos fariseus que eram cabalistas e, como lidavam com
demônios pensavam que os prodígios de Jesus fossem também vindos dos mesmos
demônios que estavam acostumados a lidar. Até acreditavam que Jesus tinha muito mais
poder do que eles para fazê-los obedecer as vontades.
Segundo Orlando Fedeli em seu artigo Escribas, Doutores da Lei e Fariseus no site
Montfort:

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Nicodemos, "um dos principais entre os judeus" e
"homem da seita dos fariseus" (Jo.III,1), quando foi
ver Jesus à noite, escondido, por medo dos seus
companheiros de seita e do Sinédrio, disse a Jesus:
"Mestre, sabemos que foste enviado por Deus para
ensinar; porque ninguém pode fazer estes milagres
que tu fazes, se Deus não estiver com ele" (Jo. III2).
Note-se que Nicodemos fala na primeira pessoa do
plural: "sabemos". Quem é o nós desse "sabemos"?
Só pode ser o "nós" que designa o Sinédrio judaico.
Os príncipes de Israel sabiam que Deus estava com Cristo. Foi, aliás, o que reconheceram
os Pontífices e fariseus do Sinédrio, quando Cristo ressuscitou Lázaro: "Que havemos de
fazer? Este homem faz muitos milagres" (Jo. XI,47).
Por que Israel resistiu com tanta pertinácia à evidência da Encarnação ? Por que não
aceitaram a prova escriturística dada por Cristo a eles, quando lhes mostrou que o próprio
Daví, num salmo, o havia chamado de Senhor, isto é, de Deus: "Disse o Senhor a meu
Senhor" (Mt. XXII.44) ?

É certo que esta doutrina estranha e cheia de contradições só foi plenamente elaborada
na Idade Média. Mas, se já no período do segundo Templo, quando uma "uma doutrina
esotérica era ensinada em "círculos farisaicos", conforme diz Scholem, e quando já o
Maassei Bereshit e a Maassei Merkabah" eram temas favoritos de uma discussão e
interpretação que aparentemente não convinha tornar pública" (G.G.Scholem, A mística
judaica p.41-42), pode-se perguntar, se, nos tempos da elaboração da Mishnah -
portanto, antes de Cristo- já existia essa doutrina
esotérica do Bereschit, interpretado como o Nada
primordial, Deus absconditus, do qual teria se
originado Elohim, o criador do mundo perecível .

Quem foram os doutores da Lei, os Fariseus e


Saduceus
A invasão grega, no século IV A.C., trouxe novas
complicações ao processo religioso que os judeus
atravessavam. A dominação grega, graças à força e ao prestígio de sua cultura e de sua
filosofia, pouco a pouco, influenciou largas e importantes camadas do povo judeu. Os

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vencidos tendem, apesar do ódio, a admirar os vencedores. Entre os judeus começou-se
a adotar a língua, os modos de ser e os costumes dos gregos, mesmo quando alguns
desses costumes eram contrários à Lei Mosaica. Diante do invasor cheio de prestígio, os
judeus se dividiram. Formaram-se partidos. O partido dos saduceus mostrou-se aberto
às influências estrangeiras, procurando conciliar judaísmo e helenismo, teologia hebraica
e filosofia grega. Este partido teve forte penetração entre os sacerdotes. O partido
fariseu, pelo contrário, opôs tenaz resistência aos costumes e ao pensamento grego,
entrincheirando-se na observância zelosa e rigorista da letra da Lei escrita e oral. A
grande maioria dos escribas e doutores da Lei aderiu ao farisaismo e obteve o apoio
quase total do povo judeu, graças ao prestígio moral e religioso que alcançaram.
As principais diferenças doutrinárias entre saduceus e fariseus foram:
1ª. A questão da Ressureição :
Os fariseus admitiam a imortalidade da alma, a existência de uma
recompensa e de um castigo após a morte, assim como a ressureição dos
corpos, depois de um juízo universal.
Os saduceus, pelo contrário, negavam a ressureição e a existência de uma
vida eterna após a morte, afirmando que a alma perecia junto com o
corpo. Nos Atos dos Apóstolos (XXIII,6) se lê que São Paulo se aproveitou
dessa divergência entre saduceus e fariseus para dividir o Sinédrio que ia
julgá-lo.
2ª. Os anjos:
Enquanto os fariseus acreditavam na existência dos anjos, os saduceus a negavam.
3ª. A questão do destino, (predestinação e livre- arbítrio).
Os saduceus tendiam a dar mais importância ao livre-arbítrio do que à ação de Deus,
através da graça, nas ações humanas. Os fariseus, em contraposição, davam tal
importância à ação da providência divina, na decisão dos atos humanos, que alguns
autores os acusam de defender a idéia do destino, isto é, que as ações humanas não são
livres, dependendo unicamente do querer de Deus, sem cooperação do livre-arbítrio
humano.
4ª. A "Tradição dos Antigos"

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Os fariseus se distanciavam dos saduceus também na valorização da chamada "Tradição
dos Antigos". Eles faziam a Lei Oral suplantar em valor e respeito até a própria Lei de
Deus, codificada por Moisés. Diziam eles que a Torah Oral era o mais correto e perfeito
desenvolvimento e expressão da Torah escrita. Os saduceus, de seu lado, não aceitavam
as tradições farisaicas que não tivessem claro e certo apoio no texto da Escritura. Como
testemunha Flávio Josefo, "os fariseus impuseram ao povo muitas leis provenientes da
tradição dos Antigos, que não estavam escritas na Lei de Moisés" (Flávio
Josefo,Antiguidades judaicas, XIII, 10, 6 ).
5ª. Posicionamento político
O partido saduceu era principalmente sacerdotal e aristocrático, enquanto os fariseus
recrutavam seus membros nas classes populares. Os saduceus sempre mantiveram um
posicionamento político-religioso, enquanto os fariseus sempre foram muito mais
religiosos do que políticos. É absolutamente certo que os fariseus dominaram
doutrinariamente as escolas rabínicas e eram eles que determinaram as principais opções
religiosas do povo judeu.Assim podemos deduzir que faz sentido acreditarmos que os
fariseus cabalistas foram os maiores responsáveis pela perseguição e morte do
Verdadeiro Filho Unigênito de Deus, e o messias pelo qual esperam é o falso deus.
“Magia Branca ???”
Muitos artistas e pessoas proeminentes se tornaram cabalistas da noite para o dia, estão
sendo ensinados que a Cabala se divide em dois aspectos: a teórica (qabbala ‘iyyunit) e a
prática (qabbala ma’asit or shimushit). Em seu aspecto
prático os cabalistas alegam utilizar, como propósito e
intenção, a “magia branca”, pois operam com os nomes
santos de Deus, lidam com anjos, em contraste com a magia
negra, que usa poderes demoníacos (bruxaria).
Apesar dessa aparente distinção, como toda forma de magia,
a cabala busca manipular a realidade por meio de fórmulas
e palavras mágicas. Segundo o estudioso judeu e discípulo do
cabalista Isaac ben Salomon, Hayyim Vital, é difícil definir as linhas prevalecentes dentro
das práticas mágicas cabalísticas. Ele enfaticamente aponta os perigos que envolvem as
fórmulas mágicas, mesmo quando usadas para meditação espiritual. Em certos
praticantes, a linha divisória entre magia negra e branca é difícil de se distinguir,
especialmente no que envolve necromancia, exorcismo e no uso de amuletos. É também

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ligada a muitas outras ciências ocultas, tais como a astrologia, a alquimia e quiromancia.
(Enciclopédia Britânica, verbete ‘Cabala”, Vol IV,1969).
Apesar de amarmos os judeus como descendentes de Abraão, não podemos esquecer
que sua rejeição ao evangelho o colocam numa posição de inimigos de Deus (Rm 11.28).
Sua percepção espiritual embotada (Rm 11.8-10) levou-os ao longo dos anos a se
voltarem a uma forma mística e distorcida de judaísmo, influenciado por elementos
esotéricos gnósticos e neoplatônicos. A magia judaica não é em nada melhor do que a
magia pagã, simplesmente por usar elementos bíblicos como referência. Não só os
nomes de Deus, são utilizados nos encantamentos, mas também os supostos nomes de
diversos anjos. É bom frisar que os nomes dos anjos não são tirados dos livros canônicos
do Antigo Testamento, pois estes só fazem referência aos nomes de dois anjos: Gabriel e
Miguel.
UMA PEQUENA HISTÓRIA DA CABALA
Podemos dividir a história da Cabala em 5 períodos, como segue abaixo:
1. De seu início até o surgimento do Sefer Yetsirah (Livro da Criação) – As origens da
Cabala são bastante incertas como vimos acima. As primeiras manifestações de um tipo
de gnosticismo rabínico remonta ao segundo século da Era Cristã. Estaba relacionado ao
que era denominado Merkabah, ou o trono de Deus descrito em Ezequiel 1. A
contemplação da visão do trono foi constantemente incentivada e o texto de Cantares
6.11 “Desci ao jardim das nogueira” foi interpretado
alegoricamente como sendo esta contemplação. Esta prática era
constantemente descrita como uma jornada através de planetas-
anjos hostis, como a ajuda de selos mágicos. O movimento
espalhou-se pela Babilônia, atingindo também regiões distantes
como Itália e Alemanha.
2. Seu desenvolvimento sob o período Sefer Yetsirah (Livro da
Criação) que durou do século X ao século XIII
Já no século III surge o livro que viria a influenciar a Cabala até o
século XIII. O Sefer Yetsirah ou Livro da Criação foi atribuído a
Abraão, como era comum neste tipo de literatura. O livro se utiliza
de um forte simbolismo relacionado a letras e números. Os
números são conectados com as “criaturas viventes” (anjos) de

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Ezequiel 1. O ponto culminante deste período é o bizarro Sefer Bahir (Livro da Claridade),
do século XII. Apresenta forte traços de magia e introduz na Cabala conceitos gnósticos
como há-male (pleroma) e nezahim (éons).
3. A consumação da Cabala que vai desde o surgimento do sistema Sephiroth até o final
do livro do Zohar, período que vai do final do século XIII ao século XV – Surgem na Europa
grandes nomes ligados ao misticismo judaico, que vão dar grande impulso à Cabala. Entre
esses nomes se encontra os de Samuel e Juda, cognominados “os Hassids” ou devotos,
piedosos. Bem como Eleazar Worms, que pertenciam a famílias que emigraram da Itália
para a Alemanha e vinham de uma tradição do misticismo da Merkaba e das ciências
ocultas. Mas a principal influência para o desenvolvimento da Cabala vem de Provença e
da Espanha. Os líderes judeus espanhois foram Abraham ben Isaac e seu genro Abraham
ben David. Também Jacob há-Nazir of Lunel, que escreveu cometários sobre oração e
alegava receber revelações do profeta Elias e iniciou novas doutrinas cabalísticas.
Na verdade, a Cabala assume neste período, forte características do neoplantonismo,
uma religião pagã criada para combater o cristianismo. A semelhança era tanta que
alguns estudiosos disseram que a diferença era apenas dos nomes e não das práticas. No
final deste período de grande produção literária, surge a obra máxima da Cabala – o Sefer
há-Zohar ou Livro do Esplendor, que surgem em aproximadamente 1280 d.C. em diante.
O corpo literário desta obra inclui: 1) O Zohar propriamente dito; 2) P Tiqqune Zohar, que
são discursos sobre as primeiras palavra da Torá (o Pentateuco); 3) O Novo Zohar (Zohar
Hadash).Estes escritos foram atribuidos a Simeão bem Yokai, um celebre mestre da
Mishna do segundo século e lendária figura do misticismo judaico. Esta atribuição foi
dada por Moisés de Leon de Guadalahara, o qual afirmou que possuia os originais em sua
casa, que nunca foram encontrados. Devido a sua morte repentina, a questão da autoria
da Cabala se tornou um grande mistério para os eruditos.
4. Seu desenvolvimento posterior (Séculos XVI a XVII–) Este período denominado “pós-
zoharico”, foi desenvolvido pela obra de Joseph Gikatila, denominada Sha’are Ora
(Portões de Luz). Também os trabalhos Pelia (a respeito dos seis primeiros capítulos de
Gênesis) e Qana (sobre os dez mandamentos). Houve um grande surto do misticismo
judaico, principalmente em decorrência da expulsão dos judeus da Espanha, em 1992).
5. Período de decadência, que vai do século XVII até os dias atuais – Desde então houve
um declínio em termos de respeito à Cabala por parte do judaísmo tradicional. Pela maior
parte do tempo e pela maioria da religião judaica, passou a ser considerada um pouco

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mais do mera curiosidade histórica ou tema de pesquisas histórico-literárias. Atualmente
a Cabala ganhou notoriedade devido a onda de ocultismo no ocidente, sofrendo
modificações que a despem as vezes de seu caráter puramente judaico.
A CABALA HOJE
O termo “cabala” como é usado por muitos hoje, vai além de seus limites judaicos. Talvez
esteja sendo usado principalmente por seu rótulo de “magia branca”, a fim de amenizar
o impacto na prática da bruxaria. Em seus princípios ela abrangia três campos: a
metafísica especulativa, que busca explicar o funcionamento do mundo e formular uma
compreensão da realidade; a ética ascética que incentiva um afastamento físico do
mundo, bem semelhante ao monasticismo; e por fim a mágica-superticiosa, que
apresenta as mesmas características dos demais títulos de magia e que emprega os
nomes de Deus, de anjos e aplica amplamente um tipo de numerologia.
A ênfase atual que tem popularizado a Cabala é o terceiro destes campos. Havendo
caído no domínio não judaico, tem se dado bastante ênfase aos poderes mágicos, à
comunicação com anjos e outros aspectos semelhantes.
VERDADEIROS FUNDAMENTOS DA CABALA
Apesar das constantes referências à Lei e aos Profetas e de alegar estar fundamenta nas
Escrituras do Antigo Testamento, a verdade é que a Cabala não fundamenta nesta suas
doutrinas e práticas. Trata-se apenas de uma forma da garantir aceitação e
credibilidade. Não podemos esquecer que o povo de Israel, em sua dispersão, tinha a
Bíblia (Velho Testamento) como pátria.
Sempre foi o fundamento de toda a a sua cultura e era impossível a um judeu negá-la. Há
uma diferença muito grande em uma aceitação das Escrituras e uma aceitação
EXCLUSIVA das Escrituras. Muitas correntes religiosas estão
dispostas a reconhecer a autoridades destas se contudo esta
autoridade não for a única. Se tiverem que derivar suas
práticas e ensinos somente dela, com certeza a rejeitarão.
Recusam-se a beber apenas desta fonte. Só será utilizado
aquilo que se harmonizar com o conteúdo de outras fontes,
o demais será rejeitado.
Isto se deu com os cabalistas. Eles foram constantemente
influenciados por ensinos existentes ao seu redor, mais do

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que pelas próprias Escrituras. Nem sempre é possível detectar a origem destas
influências, mas algumas vezes estas são bastante claras e discerníveis. Embora já
referidas anteriormente, devemos analisá-las mais detalhadamente.

Demiurgo
segundo o filósofo grego Platão (428-348 a.C.),o Demiurgo é o artesão divino ou o
princípio organizador do universo que, sem criar de fato a realidade, modela e organiza
a matéria caótica preexistente através da imitação de modelos eternos e perfeitos.Já em
seitas de inspiração platônica e no gnosticismo, é o ser intermediário de Deus na criação
do mundo, responsável pelo mal que não poderia ser atribuído ao Criador supremo.
Os gnósticos acreditavam que o Criador ou demiurgo era uma entidade do mal, o que
contrasta com o conceito platônico Segundo o gnosticismo existe incompatibilidade
entre a esfera divina, que é luz, e o universo de nossa experiência, que é terreno e
desprovido de sentido, esse dualismo, inspirado por uma visão .Acontece, contudo, que
o Demiurgo desconhece sua origem. Desconhece que foi criado pelo Absoluto,
Onipresente Criador, que lhe conferiu o poder de desdobrar a criação, dando origem à
humanidade. ... Por isso os gnósticos se referiam ao Deus do Antigo Testamento como
Demiurgo.
Nesta H. Webster. Sociedade Secreta e Movimentos Subversivos Brochura - 13 de setembro de 2011.
https://www.gutenberg.org/files/19104/19104-h/19104-h.htm

https://www.icp.com.br/df75materia1.asp

https://pt.wikipedia.org/wiki/Cabala_crist%C3%A3

https://pt.wikipedia.org/wiki/Demiurgo

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