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Laudo MPF Uruguaiana
Laudo MPF Uruguaiana
Comarca de Uruguaiana
COMARCA: URUGUAIANA
PARTICIPANTES:
1 – QUANTO À PERÍCIA:
1.6.1 - no local:
- Sr. Luiz Telechea: proprietário da área vizinha àquela
que foi periciada;
- Sr. Gladimir: morador (inquilino) do novo proprietário
da área periciada;
1.6.2 – fora do local:
- Sra. Patrícia Castilla Braccini: Gerente-Administrativa
da empresa Johrmann Mineração e Terraplanagem, atual
proprietária da área periciada.
1.8.1 – GPS:
Aparelho marca Garmin, modelo GPSMAP 76C, com 12
canais de recepção, n.º fabricação 74033528, n.º patrimônio
FEPAM 8660-4.
1.8.2 - Máquina fotográfica:
Aparelho marca Sony, modelo DSC-S600, 6,0 mega pixels de
resolução, n.º fabricação 6115654, n.º patrimônio FEPAM
8619-5.
1
Degradação da qualidade ambiental: A alteração adversa das características do meio ambiente; Lei
Federal. Nº 6.938/81, art. 3º, inciso II
De acordo com a Sra. Patrícia Castilla, Gerente-Administrativa da empresa
Johrmann Mineração e Terraplanagem Ltda (atual proprietária da área), a
licença ainda em nome de Rui Bittencourt Charão encontra-se em processo
de renovação através do processo administrativo FEPAM n.º 12330-
0567/07-9. Deve ser transferida a responsabilidade ambiental para o novo
proprietário.
Independentemente da situação da área em termos das licenças ambientais,
o local não apresenta sinais do cumprimento das licenças concedidas ao seu
tempo, ou seja, não foram implantadas as medidas de recuperação cabíveis
durante a fase de exploração mineral, razão pela qual, fica evidenciada a
extração dos recursos minerais2 e a respectiva degradação ambiental
decorrente.
2.3.1.2 - água:
Não foi constatada durante a vistoria exposição do
lençol freático nem corpos hídricos dentro da área. Não
se verificou indícios ou vestígios de contaminação por
quaisquer materiais provenientes da extração.
2.3.1.3 - solo:
Como em quaisquer atividades de lavra, o solo é o
primeiro material a ser removido. Por tal, esta camada
superior ao minério deveria ter sido acumulada em
locais próprios para a recomposição e recobertura nos
processos de recuperação do local exaurido. Foram
constatadas algumas pequenas pilhas de material
superior da coluna de solo, mas insuficiente para uma
2
Recurso mineral: Elemento ou composto químico formado, em geral, por processos inorgânicos, o qual
tem uma composição química definida e ocorre naturalmente, podendo ser aproveitado economicamente;
Lei Estadual nº 11.520/00 art.14, inciso XLVI
recuperação adequada bem como se entende que não
corresponde ao volume da área decapeada.
HISTÓRICO
Processo adm. Data documento vigência
protocolo
7520-2067/98-1 22.01.1998 LO-2019/99 28.05.1999 até
11.04.2000
10054-0567/00-9 03.07.2000 Indeferimento de -
Licença 024/2002
12284-0567/00-0 15.08.2000 LO-4873/01 05.11.2001até
27.10.2002
2439-0567/04-9 13.02.2004 LO-4263 23.04.2004até
22/04/2008
12330-0567/07-9 20.12.2007 Em análise -
3
Áreas de preservação permanente: Consideram-se de preservação permanente, pelo só efeito desta Lei,
as florestas e demais formas de vegetação natural situadas:
a) ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água desde o seu nível mais alto em faixa marginal cuja
largura mínima seja:
1) de 30 (trinta) metros para os cursos d'água de menos de 10 (dez) metros de largura;
2) de 50 (cinqüenta) metros para os cursos d'água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinqüenta) metros de
largura;
3) de 100 (cem) metros para os cursos d'água que tenham de 50 (cinqüenta) a 200 (duzentos) metros de
largura;
4) de 200 (duzentos) metros para os cursos d'água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos)
metros de largura;
5) de 500 (quinhentos) metros para os cursos d'água que tenham largura superior a 600
(seiscentos)metros;
b) ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d'água naturais ou artificiais;
c) nas nascentes, ainda que intermitentes, e nos chamados "olhos d'água", Qualquer que seja a sua
situação topográfica, num raio mínimo de 50 (cinqüenta) metros de largura;
d) no topo de morros, montes, montanhas e serras;
e) nas encostas, ou partes destas, com declividade superior a 45o, equivalente a 100% na linha de maior
declive;
f) nas restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;
g) nas bordas dos tabuleiros ou chapadas, a partir da linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior
a 100 (cem) metros em projeções horizontais;
h) em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a vegetação.
Parágrafo único - No caso de áreas urbanas, assim entendidas as compreendidas nos perímetros urbanos
definidos por lei municipal, e nas regiões metropolitanas e aglomerações urbanas, em todo o Território
abrangido, observar-se-á o disposto nos respectivos planos diretores e leis de uso do solo, respeitados os
princípios e limites a que se refere este artigo.
3 – Se é possível reparar o dano, caso constatado;
RESPOSTA DO PERITO:
Sim, é possível a reparação da degradação ocorrida através da
implementação das medidas estabelecidas nos procedimentos
de licenciamento ambiental as quais são expressas no corpo da
licença.
4
Cardoso, Artur Renato Albeche. A degradação Ambiental e seus Valores Econômicos Associados.
Sérgio Fabris editor. Porto Alegre, 2003. 96p.
Inicialmente cabe destacar que existem inúmeras formas de monetarizar a
degradação ambiental sendo que, em última análise todas se constituem em
métodos empíricos5 de cálculos, pois não há como matematizar a todos os
processos ambientais e suas inter-relações complexas.
Por esta razão este perito utiliza o chamado método VERD por entender
que este talvez seja o único que agrega fatores ambientais agredidos de
forma associada aos econômicos.
5
Menos empírico que o mero arbitramento.
6
Lei Estadual nº 11.520/00 art.14, inciso XXX.
7
Lei Federal nº 6.938/81, art. 3º, inciso III.
8
NPA 11 - Normas e Procedimentos de Auditoria, pág. 4, 5 e 6. Ibracon - Instituto Brasileiro de
Contadores.
9
NBR 10703/89, pág. 09.
- Licença ambiental10: Ato administrativo pelo qual o órgão
ambiental competente, estabelece as condições, restrições e medidas
de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo
empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar,
ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos
recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente
poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar
degradação ambiental.
Assim,
10
R. CONAMA Nº 237/97, art. 1º, inciso II
3
Σ qn = R$ 17.816,40 + R$ 197.960,00 + R$ 6.754,88= R$ 222.531,28
n=1
Impacto ambiental/Risco
Curto prazo* Médio e longo
prazo**
Ambiente In Sem Baixo Médio Alto
0 1 2 3 4
Ar i1 0
Físico Água i2 0
Solo/sedimento i3 2
Biótico i4 0
Reino monera Bactérias e
cianobactérias
Reino protista Protozoários i5 0
(ameba, paramécio)
Fungos i6 0
Invertebrados i7
(Planária, minhoca, 1
lesmas, caramujos,
insetos, aranha,
Animal ácaros)
Vertebrados i8
( peixes, anfíbios,
répteis, aves, 1
mamíferos)
Vegetais Superiores i9 1
Plantas Vegetais i10 2
intermediários
Vegetais inferiores i11 0
Risco Social i12 0
Ambiente antrópico Paisagístico i13 2
Perdas econômicas i14 0
intangíveis
Bem-estar i15 0
Total 3 6
15
Assim, Σ in = 3 + 6 = 9
n=1
6 – ANEXOS:
6.1 – Anexo fotográfico
6.2 – Relatório Complementar com cópias das licenças.