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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

FACULDADE DE HISTÓRIA
CENTRO INTEGRADO DE APRENDIZAGEM EM REDE
ESPECIALIZAÇÃO EM HISTÓRIA E CULTURA
AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA
POLO ÁGUAS LINDAS DE GOIÁS

DO AMARGO DO CAFÉ Á ALVURA DAS SAIAS DAS YAÔS


PARA FAZER VALER A LEI 10.639/03!

MARCUS ALBERTO MOURA MACIEL

Águas Lindas de Goiás


2015
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
FACULDADE DE HISTÓRIA
CENTRO INTEGRADO DE APRENDIZAGEM EM REDE
ESPECIALIZAÇÃO EM HISTÓRIA E CULTURA
AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA
POLO ÁGUAS LINDAS DE GOIÁS

DO AMARGO DO CAFÉ Á ALVURA DAS SAIAS DAS YAÔS


PARA FAZER VALER A LEI 10.639/03!

MARCUS ALBERTO MOURA MACIEL

Projeto de Pesquisa apresentado ao curso de História da


Universidade Federal de Goiás - UFG, como exigência
parcial para aprovação na Especialização em História e
Cultura Afro-Brasileira e Africana (HCABA)
Orientadora: Mestranda Luciana Pereira Sousa
Linha de Pesquisa: Identidades, Pluralidade Cultural e
Ações Afirmativas.
Tema: História e dinâmicas identitárias das religiões afro-
brasileiras.

Águas Lindas de Goiás


2015
Èsú matou um pássaro ontem,
com uma pedra que só hoje atirou
(Provérbio Yorùbá)
RESUMO

Trata-se de projeto que se enquadra na terceira linha de pesquisa


apresentada nesta especialização em História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana: Identidades, Pluralidade Cultural e Ações Afirmativas. E está
dentro do recorte: História e dinâmicas identitárias das religiões afro-
brasileiras. Neste, pretende-se desenvolver no município de Águas Lindas
de Goiás um estudo analítico sobre a religião: candomblé, nossas crianças
estão sendo respeitadas quando cultuam esta religião de matriz afro?
Embasado na obra da Professora, Stela Caputo, e nos estudos desta
especialização, observar-se-á a implementação da Lei 10.639/03 e
alterações; que inclui a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura
Afro-Brasileira Africana e Indígena na Educação Infantil e no Ensino Médio.
Com isso, contribuir para erradicar o preconceito e a discriminação tão
arraigada não só nas escolas como em toda sociedade brasileira.
Acreditando que através de uma mudança da Educação mudar-se-á todas
as outras coisas.

Palavras Chaves: Candomblé, Discriminação, Educação, Lei 10.639/03.


SUMÁRIO

1. Linha de Pesquisa .......................................................................................................... 6


2. Problema ......................................................................................................................... 6
3. Hipótese .......................................................................................................................... 7
4. Justificativa ..................................................................................................................... 9
5. Objetivos ......................................................................................................................... 9
5.1 GERAL ...................................................................................................................... 9
5.2 ESPECÍFICOS ........................................................................................................ 10
6. Metodologia .................................................................................................................. 10
6.1. TIPOLOGIAS DA PESQUISA: BIBLIOGRÁFICA, QUALITATIVA, DESCRITIVA e
EXPLICATIVA. .............................................................................................................. 11
6.2. OS QUESTIONÁRIOS ........................................................................................... 12
7. Referencial Teórico ...................................................................................................... 13
7.1. REVISÃO DA LITERATURA .................................................................................. 13
7.2. O LEGADO DOS TEÓRICOS E FILÓSOFOS ....................................................... 15
10. Cronograma da Pesquisa ......................................................................................... 17
Referências Bibliográficas .............................................................................................. 17
6

1. Linha de Pesquisa e Tema

O Presente Projeto se enquadra na terceira linha de pesquisa apresentada á


Especialização em História e Cultura Afro-brasileira e Africana (HCABA) oferecida pelo
Curso de História na modalidade Ensino a Distância da Universidade Federal de Goiás -
UFG: Identidades, Pluralidade Cultural e Ações Afirmativas.
Para o recorte nos identificamos com o tema: História e dinâmicas identitárias
das religiões afro-brasileiras.
Objetivamos transpor, observadas as devidas proporções de tempo e dimensões
geográficas, o estudo exitoso da Professora Doutora, Stela Caputo, e assim, investigar
e verificar se há preconceito velado ou não, nas escolas públicas do Município de
Águas lindas de Goiás, junto aos seus escolares e praticantes de religiões de matriz
afros, pelos gestores, professoras, professores e colegas.
2. Problema

Acreditamos que exista um clima propício aproveitando o ‘vento’ das diversas


transformações sociais no Brasil em interseção com a globalização e as transformações
tecnológicas, para irmos a fonte buscar o porquê de num país de maioria negra ou
afrodescendente, de acordo com dados do IBGE (2010); ainda existir tanto preconceito
e discriminação racial e religiosa.
Esta pesquisa pretende discutir a discriminação que crianças e adolescentes
sofrem pelo simples fato de professarem uma religião de matriz africana; o candomblé1.
As autoridades responsáveis pelo ensino e pela educação da ‘Pátria educadora’
tem cumprido com suas prerrogativas? Na ponta da cadeia educacional os gestores,
professoras e professores estão fazendo cumprir a Lei 10.639/03?
Nossas crianças estão sendo respeitadas quando cultuam o candomblé,
uma religião de matriz afro? Por que estas pequenas e pequenos iyàwós2 são tão

1
Candomblé O verbete é uma junção do termo quimbundocandombe (dança com atabaques) com o termo iorubá ilê
ou ilê (casa): significa, portanto, "casa da dança com atabaques". Alguns historiadores indicam que o candomblé foi
trazido por escravos oriundos de países atualmente conhecidos como Nigéria e República do Benim, conforme
CUNHA A. G. In Dicionário etimológico Nova Fronteira da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova
Fronteira. 1982. p. 146.
7

discriminados, a ponto de alguns terem de mudar de cidade? Por que o culto a religiões
de matriz afro: candomblé e umbanda são tão discriminados?
Como reagem os agressores? E os agredidos? Qual (is) a (as) atitude (s) dos
gestores e do corpo docente? Como os Pais e responsáveis destas crianças
discriminadas agem? E os responsáveis litúrgicos3 o que fazem? Por todas as
perguntas apresentadas, objetivamos dar ouvido aos silenciamentos e visibilidade às
invibilidades ocultas dentro dos ‘muros escolares’ com relação ao culto dos Orixás.
Ao realizarmos este trabalho estaremos de forma direta contribuindo para a
implementação da Lei 10.639/03, e o Plano Nacional de Implementação das Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino
de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, MEC (2013), que tem como objetivo
central colaborar para que todos os sistemas de ensino cumpram as determinações
legais com vistas a enfrentar as diferentes formas de preconceito e discriminação racial
para garantir o direito de aprender a equidade educacional a fim de promover uma
sociedade justa e solidária. (MEC, SECADI, 2013, p. 19)
3. Hipótese
 As crianças são discriminadas por causa da sua religiosidade de
matriz africana, dado o caráter cristão das escolas.
 Nossos gestores e o professorado estão despreparados para lidar
com as diferenças religiosas.
 O MEC como gestor nacional não oferece ferramentas suficiente
para professoras e professores de escolas públicas combaterem o
preconceito e as discriminações.

Nosso elenco de hipóteses continua com o minucioso estudo realizado no


Estado do Rio de Janeiro pela Professora Doutora, Stela Guedes Caputo, (2012), com
início no seu Mestrado, passando pelo Doutorado e concluso no seu Pós Doutorado,

2
Ìyàwó, Iyawô, Yaô ou Iaô Palavras de origem yorubá, é a denominação dos filhos de santo já iniciados e que
tenham passado pelo ritual da ‘Feitura de Santo’, e que ainda não completaram o período de 7 anos da iniciação.
Antes da iniciação são chamados de abíyàn ou abian. Na primeira aparição os verbetes em Yorùbá aparecem com
suas escritas originais e depois, retornam ao texto na versão aportuguesada.
3
Responsáveis Litúrgicos Doravante usaremos ‘Mãe de Santo’, ‘Pai de Santo’, ‘Ìyálòrìsà’, ‘Bàbàlorìsà’ termos que
se assemelham aos Sacerdotes no catolicismo, a Pastor ou Ministro entre os pentecostais e neopentecostais.
8

que resultou no livro Educação nos Terreiros – como a escola se relaciona com
crianças de candomblé.
É possível chegarmos a um denominador bem próximo daquele encontrado pela
mencionada Professora Doutora; já que o racismo institucionalizado paira sobre os
telhados de nossas escolas em especial as escolas públicas; como se fosse o pássaro
das Iyámi Òxòròngà4.
CAPUTO (2012) nas derradeiras páginas de seu livro de forma eloquente
escreve:
(...) o sistema ocupacional discrimina, o sistema de distribuição de renda
discrimina, o sistema educacional discrimina. Essas análises nos ajudam a
compreender que o desafio para a conquista de uma sociedade
verdadeiramente democrática e sem racismo é gigantesco. A educação não
resolve sozinha, claro, mas a defesa e a construção de uma educação
multicultural crítica e antirracista é indispensável. Construí-la, da mesma
maneira, exige movimentos gigantescos e infinitos. (CAPUTO, 2012, p.280)

Esta afirmação nos leva a viajar no tempo chegando à época da promulgação da


‘Lei do Ventre Livre’, onde um de seus artigos garantia aos ingênuos 5 a educação após
os seis anos, bastando que as crianças fossem entregues ao estado, ou seja, a
educação ou a falta dela sempre foi um entrave para os afrodescendentes.
Em entrevista pela passagem do treze de maio no programa ‘Repórter Brasil’ da
TV Brasil-EBC Serviços, o Babalaô6, Ivanir dos Santos, do Rio de janeiro afirmou:
“O descaso de aplicação da Lei 10.639/03 é por todos os setores do governo
seja municipal, estadual e federal, porque na verdade você está falando de
valores, porque a educação não é só instrução, se essa lei estivesse sendo
aplicada, estariam dizendo para os estudantes negros, valorizando sua
autoestima; que não eram escravos, eram africanos escravizados (...)
(Disponível em <http://tvbrasil.ebc.com.br/reporterbrasil/bloco/nossa-conversa-
sobre-o-13-de-maio-e-com-o-babalao-ivanir-dos-santos>) (grifos nossos)

As afirmações ilustram a triste realidade da Lei Federal (10.639/03) nascida no


âmago dos movimentos sociais, em particular o Movimento Negro; no início do governo
Lula, o qual pretendia resgatar a realidade da nossa História recente, trazendo

4
Iyámi Òxòròngà Refere-se ao culto às “Mães Ancestrais” que tem destaque na sociedade africana, o sociólogo
Reginaldo Prandi o listou como o 204º mito africano em sua obra Mitologia dos Orixás.
5
Ingênuos A lei do Ventre Livre oferecia aos ingênuos, filhos de escravos, duas opções: poderiam ficar com seus
senhores até atingir a maioridade, que era de 21 anos à época, ou serem entregues ao governo para serem educados.
Disponível em http://www.historiabrasileira.com/escravidao-no-brasil/lei-do-ventre-livre/ Acesso em 08. mai.2015.
6
Babalaô O mesmo que Bàbàlorìsà = ‘Pai de Santo’.
9

visibilidade aos povos africanos escravizados como mão de obra para o ciclo canavieiro
e do café.
4. Justificativa

Como educador me causa grande inquietude ter visto e continuar a ver a


discriminação descontrolada de professoras, professores e gestores principalmente de
escolas públicas, dificultarem o acesso e/ou a permanência de crianças e adolescentes
nas carteiras escolares quando estas professam as religiões de matriz afro.
A investigação visa verificar se há preconceito velado ou não, nas escolas
públicas do município de Águas lindas de Goiás, junto aos praticantes das religiões de
matriz afro, realizaremos um levantamento que nos permitirá averiguar se a legislação
que obriga o ensino da História e cultura afro-brasileira, africana e indígena: e suas
alterações estão sendo respeitadas.
GERHARDT & SILVEIRA (2009) em recente publicação da Universidade Aberta
do Brasil, ensinam que:
(...) o conhecimento teológico, ou místico, é fundamentado exclusivamente na
fé humana e desprovido de método. É alcançado através da crença na
existência de entes divinos e superiores que controlam a Vida e o Universo.
Resulta do acúmulo de revelações transmitidas oralmente ou por inscrições
imutáveis e procura dar respostas às questões que não sejam inteligíveis às
outras esferas conhecimento. (GERHARDT & SILVEIRA, 2009)

Comungamos da teoria que a EDUCAÇÃO pode amenizar e até erradicar


algumas mazelas da sociedade na modernidade tardia, entre elas: os preconceitos e as
discriminações: racial, de gênero, sexual, social e religiosa, e é esse nosso maior
estímulo para o presente estudo.
5. Objetivos
5.1 GERAL

Analisar os processos de empoderamento das crianças e adolescentes em idade


escolar enquanto Yaôs; contra a discriminação existente junto a seus pares quando
precisam ‘fazer o Santo’7.

7
‘Fazer o Santo’, Diz-se da iniciação litúrgica dentro do Candomblé e/ou Umbanda, ritual este que se assemelharia
ao batismo nas religiões cristãs.
10

5.2 ESPECÍFICOS

 Esclarecer, explicar, evidenciar os elementos fundamentais sobre a


cultura religiosa dos afrodescendentes;
 Verificar o cumprimento da legislação que versa sobre o ensino da
História e cultura afro-brasileira, africana e indígena ressaltando a
importância dessas culturas na formação da sociedade brasileira, com
base na Lei 11.645/08 e alterações;
 Explicar a relação entre a religião de matriz africana e os processos de
discriminação escolar;
 Identificar os rituais de iniciação das crianças yaôs dos terreiros de
candomblé de Águas Lindas;
 Descrever tais rituais de iniciação e os processos de invisibilização
escolar;
 Promover a inclusão social na perspectiva da diversidade cultural.

6. Metodologia

Desvendar os porquês é pesquisar; muito embora a academia tenha exilado o


senso comum; o nosso dia a dia, o linguajar sem regras quase chulo e, por que não o
chulo também? A academia exilou o senso comum e hoje tenta reconquistá-lo para ter
respostas para as hipóteses dos ‘paxás’ do conhecimento na modernidade tardia 8,
como bem discursa SANTOS (2008) sobre as ciências.
Tendo como norte as palavras de DEMO (2001): “A pesquisa é um diálogo
inteligente e crítico com a realidade”, em interseção com os ensinamentos de

8
Modernidade tardia Termo cunhado por Giddens para o período que sucede a modernidade, caracterizado pelo
crescimento da dissociação entre o tempo e o espaço, devido às novas tecnologias de comunicação e transporte. Um
efeito dessa separação é a globalização que se desenvolve no campo da economia e da cultura, possibilitando um
contato maior entre diferentes partes do mundo, e em grande velocidade. Antes desse período as identidades eram
definidas a partir das características estereotípicas de determinados grupos sociais, normalmente ligados a um
determinado local ou atividade comum. Neste período a questão da identidade ganha um novo olhar, sendo muito
mais complexa e multifacetada; as divisões tradicionais perdem o sentido e o indivíduo passa a se definir por seu
caráter híbrido, mutável, imprevisível, algo que se radicaliza em uma sociedade menos controladora e racionalista.
(O texto que serviu de base foi "A questão da identidade em Giddens e Bauman", está disponível em:
http://temquecopiar.blogspot.com.br/2012/04/mapa-conceitual-modernidade-tardia-e.html Acesso em 23. abr.2015).
11

THOMPSON (apud MARTINELLI, 1994) quando diz que pesquisa significa “o viver
histórico cotidiano do sujeito e a sua experiência social expressando a sua cultura,”
desenvolveremos o presente estudo.
O estudo se desenvolverá no período de junho de 2015 a setembro de 2015
quando teremos sua compilação e análise dos resultados.
6.1. TIPOLOGIAS DA PESQUISA: BIBLIOGRÁFICA, QUALITATIVA,
DESCRITIVA e EXPLICATIVA.

Nossa pesquisa terá num primeiro momento o levantamento bibliográfico


inerente à temática por meio de fichamentos de livros e de artigos publicados na
WWW9, em web sites das áreas de Educação, Culto dos Orixás, Candomblé, Lei
10.639/03.
A pesquisa bibliográfica: constitui uma excelente técnica para fornecer ao
pesquisador a bagagem teórica, de conhecimento, e o treinamento científico que
habilitam a produção de um trabalho original e pertinente.
A pesquisa qualitativa: tem como característica a de que o pesquisador observa
os fatos sob a óptica de alguém interno à organização; pesquisa e busca uma profunda
compreensão do contexto da situação; é uma pesquisa que enfatiza o processo dos
acontecimentos, ou seja, a sequência dos fatos ao longo do tempo. Isso confere à
pesquisa bastante flexibilidade e geralmente emprega mais de uma fonte de dados.
TEIXEIRA (2000) nos apresenta a metodologia qualitativa com base no
materialismo dialético, onde:
Aponta a dinâmica do real, trata da coisa em si, a representação e a essência.
Busca o concreto mostrando as contradições querendo conhecer as leis do
movimento investigado e depois a expõe reproduzindo a realidade partindo da
atividade prática objetiva do homem visando à transformação e a mudança da
realidade tendo como vista a totalidade dos fatos e a metafísica da vida
cotidiana. (TEIXEIRA, 2000, p.60).

TRIVIÑOS (1987) nos faz entrar em contato com a pesquisa descritiva afirmando
que esta exige do investigador uma série de informações sobre o que deseja pesquisar,
e que esse tipo de estudo descreve os fatos e fenômenos de determinada realidade.
Temos conhecimento das dificuldades, e que os estudos descritivos podem ser

9
WWW, World Wide Web ou Web em português significa "Rede de alcance mundial".
12

criticados já que pode existir uma descrição inexata dos fenômenos e dos fatos; e os
resultados podem ser equivocados; e as técnicas de coleta de dados, como
questionários, escalas e entrevistas, podem ser subjetivas, apenas quantificáveis,
gerando imprecisão, estamos atentos.
Ao afirmamos que faremos uma pesquisa explicativa, estamos comungando dos
ensinamentos de GIL (2007) que discorre que este tipo de pesquisa preocupa-se em
identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos
fenômenos, ou seja, esta é um tipo de pesquisa que procura explicar ‘os porquês’ das
coisas através dos resultados oferecidos.
Por fim, o presente projeto de pesquisa se insere na Linha de Pesquisa-ação,
uma linha de pesquisa muito adotada na contemporaneidade no meio educacional. A
pesquisa-ação educacional de acordo com TRIPP, (2005): “é principalmente uma
estratégia para o desenvolvimento de professores e pesquisadores de modo que
possam utilizar suas pesquisas para aprimorar seu ensino e, em decorrência, o
aprendizado de seus alunos”. (Elliott; Adlema, 1976; Elliott, 1991 apud TRIPP, 2005).

6.2. OS QUESTIONÁRIOS

No segundo momento realizaremos uma pesquisa qualitativa, descritiva e


explicativa com a aplicação de um questionário anônimo junto a alguns estudantes do
Ensino Fundamental das escolas públicas do município de Águas Lindas de Goiás e
que tenham o candomblé como religião; serão aplicados questionários também aos
professores e gestores dos colégios municipais e aos respectivos ‘Pais de Santo’ e
‘Mães de Santo’ dos escolares eleitos para nosso estudo.
Para o levantamento de dados desta pesquisa, será aplicado um questionário
anônimo com perguntas abertas que permitirão aos informantes emitirem opiniões e
fazerem considerações sobre si, e fechadas de cunho, sim e não, onde as pessoas nos
fornecerão seu perfil com: idade, gênero, cor, grau de instrução, etc., segundo
MARCONI e LAKATOS (1999) o questionário como ferramenta de pesquisa é:
Um instrumento de coleta de dados com uma série de perguntas ordenadas
que devam ser respondidas. O questionário apresentado para os sujeitos dessa
pesquisa constituiu-se de perguntas: fechadas, em que o entrevistado escolhe
uma das duas alternativas propostas; e abertas em que o entrevistado tem total
liberdade para suas respostas. (MARCONI e LAKATOS, 1999, p. 74:75)
13

Posteriormente comparar-se-á com as leituras e as percepções captadas no


levantamento bibliográfico, prosseguindo-se, logo após, com a tabulação dos resultados
construindo gráficos e tabelas e por derradeiro a elaboração das considerações finais
sobre o objeto de estudo ora apresentado.
É provável que nosso universo da pesquisa conste de sessenta e quatro (64)
questionários anônimos; assim distribuídos: 98 escolares, 18 pais e/ou responsáveis,
até 9 gestores escolares, 18 professoras e professores; pelo menos dois para cada
estudante, e até 9 sacerdotisas e/ou sacerdotes de candomblé.
7. Referencial Teórico

7.1. REVISÃO DA LITERATURA

O arcabouço deste trabalho está em três publicações distintas em que os autores


são professores, dois fazem denúncias sérias com relação ao não cumprimento do que
apregoa a Lei 10.639/03, e o outro dá uma solução um tanto utópica nas suas
entrelinhas: transformar o Brasil um país cuja religião oficial fosse o candomblé:

 Educação nos Terreiros e como a escola – se relaciona com crianças do


candomblé (2012) da agora Candomblecista, Professora e Jornalista,
Stela Caputo; a qual proclama sérias denúncias de discriminação na
escola pública principalmente no Rio de Janeiro.
 Meu Caminhar, meu Viver (2013), da Candomblecista, Professora e
Militante do Movimento Negro, Makota10 Valdina, que sem nenhum pudor
nas entrevistas de lançamento, denunciou o não cumprimento da Lei
10.639/032 por parte de professoras e professores que praticam religiões
pentecostais e neopentecostais, e:
 Pedrinhas Miudinhas (2011) do candomblecista, Historiador e músico Luiz
Simas, na qual encontramos uma pequena epístola denominada, ‘Meu
moleque’, dirigida ao seu primogênito no dia 13 de maio de 2011, que nas
entrelinhas lança a solução para tanta discriminação...
Permito-me assim, “ir ás águas”,11 do Historiador Simas (2011), e defender que:

10
Makota Termo utilizado nos ‘terreiros de Angola’ e equivale às equedes no ‘candomblé de ketu’.
11
‘Ir ás águas’ Fala-se de ‘ir’ no axé; na sorte do orixá que comanda a vida da pessoa a qual você se refere.
14

12
(...) todas as pessoas deveriam ser iniciadas por uma Iyálòrisà nas coisas do
13
candomblé e da encantaria; onde seriam civilizadas pelo tambor, alumbradas
14
pelas saias rodadas das yaôs; educadas pela gentileza doce dos ijexas e pela
15
formosura das mestras de encanto e entre uma curimba ·... (SIMAS, 2011,
p.121) (grifos nossos)

O livro: Educação nos terreiros – e como a escola se relaciona com crianças do


candomblé (2012), é a culminância de uma pesquisa de mais de vinte anos na qual a
jornalista e professora, Stela Caputo, acompanhou o crescimento de um grupo de
crianças de quatro Casas de Santo da Baixada Fluminense/Rio de Janeiro.
O inédito do estudo de CAPUTO (2012) é que pela primeira vez trouxe a público
um lado desconhecido; quer seja; os terreiros16 de candomblé como redes de
conhecimentos e significações, onde crianças aprendem a língua, as danças, os mitos,
a culinária sagrada, os toques de atabaques, as cantigas, revelou também, algo mais
impressionante; a existência de muito preconceito e discriminação contra crianças e
jovens candomblecistas na sua relação com a educação formal, principalmente em
escola pública onde o provedor é um Estado que se diz laico.
“Eu quero ser crente. Na escola só gostam dos alunos crentes!” Vi Luana
Navarro, sempre feliz no candomblé, religião que sempre disse amar e desejar
seguir. Depois de vivenciar com alegria uma noite inteira de festa, ela me disse
que na escola “começou a sentir vergonha de sua fé e que desejava escolher
outra religião para ser aceita e amada na escola, tanto pelas professoras
quanta pelos demais alunos e alunas”. (CAPUTO, 2012, p.197) (grifos nossos)
E ainda:
17
Jailson dos Santos, aos 12 anos, dizia: “Sou Amúisan , mas na escola eu não
digo que sou”. Oito anos depois, ao entrevistar novamente Jailson, ele me diz
que nunca se sentiu discriminado na escola, “a não ser aquele preconceito
normal”. “Como assim, preconceito normal?”, pergunto. “De me chamarem de
macumbeiro e de acharem que macumbeiro sempre está pronto para fazer mal
para alguém”. (CAPUTO, 2012, p.201) (grifos nossos)

12
Iyálòrisà do yorubá significa ‘mãe’, bem como a junção Iaiá ou Yayá ("mamãe", forma carinhosa de falar com a
mãe, ou com a senhora da fazenda, muito usada pelos escravos). Palavra utilizada em muitos segmentos das religiões
afro-brasileiras, principalmente no Candomblé.
13
Alumbradas Referência às saias das yaôs, devido apresentar uma alvura que chega a doer nos olhos.
14
Ijexá, Dentro do Candomblé é essencialmente um ritmo que se toca para Orixás, Oxum, Osain, Ogum, Logum-
edé, Exu, Oba, Oyá-Yansan e Oxalá. Ritmo suave, mas de batida e cadência marcadas de grande beleza, no som e na
dança. O Ijexá é tocado exclusivamente com as mãos, os ‘aquidavis’ ou ‘baquetas’ não são usados nesse toque,
sempre acompanhado do Gã (agogô) para marcar o compasso. O Ijexá resiste atualmente como ritmo musical
presente nos Afoxés.
15
Curimba É o nome dado ao grupo responsável pelos toques e cantos sagrados dentro de um ‘terreiro’ num ritual
da Umbanda. É ele que percute os atabaques (instrumentos sagrados de percussão).
16
Terreiro – também chamado roça, barracão ou casa de santo.
17
Amúisan Termo em yorùbá = aquele que é iniciado no culto de ‘Egungum’ (espíritos ancestrais).
15

Em entrevista, quando do lançamento do seu livro autobiográfico: Meu Caminhar,


meu viver (2013) a Educadora aposentada, uma das principais ativista da causa negra
na Bahia e árdua defensora da cultura Afro-Brasileira e Africana, Makota Valdina, disse:
A lei 10.639/03 está aí, mas isso não garante que a coisa vai acontecer. O que
acontece hoje é que você conta com muitos professores evangélicos,
neopentecostais. E muitos professores evangélicos demonizam tudo que é do
negro. (MAKOTA, 2012) (grifos nossos)

7.2. O LEGADO DOS TEÓRICOS E FILÓSOFOS

Vamos ousar construir uma ponte entre a Ciência; que aqui podemos chamar de
18
‘aiyé’ e o candomblé, que chamaremos de ‘òrun’19, e como se estivéssemos enfiando
‘um fio de conta’20 para Èsú21 pediremos para abrir nossos caminhos, nossas estradas
na seara dos Historiadores, Filósofos, Pesquisadores e Estudantes da temática Afro-
Brasileira e Africana.
Em África é sabido que cada nação, cada povo tinha seu Orixá, Deus ou Deusa,
eram todos ‘monoteístas’, lá tínhamos, entre outros: Oyó, o reino de Xangô, o Orixá da
justiça, da pedreira e do fogo; que aqui no sincretismo católico cristão22, equivale a São
João e/ou São Jerônimo, tinha também no meio das matas de África o reino de Ketu,
liderado por Oxóssi, o Orixá do arco e da flecha, rei da caça, é associado a São Jorge
e/ou a São Sebastião.
O sociólogo Reginaldo Prandi (2001), em ‘Mitologia dos Orixás’ afirma que essa
relação com um ou outro santo do panteão23 católico depende da região do país,
variando de acordo com a popularidade do santo no local, e esse sincretismo não é
exato: ao contrário dos santos católicos, os Orixás são entidades com virtudes e

18
Aiyé Termo em yorùbá = o planeta terra, Mundo m Vida.
19
Òrun Termo em yorùbá = o céu, espaço infinito, o mundo espiritual.
20
Fio de contas guia, colar de santo ou cordão de santo é um colar usado pelos adeptos das religiões de matriz
africana, é feito de miçangas coloridas, sendo que a cor indica o Orixá, Inquice ou Vodum do seu usuário. Cada fio
de conta tem um significado, através dele, se pode saber o grau de iniciação e a que nação pertence.
21
Èsú Termo em yorùbá = 'esfera'. É o orixá da comunicação, o guardião das aldeias, cidades, casas e do axé, das
coisas que são feitas e do comportamento humano. Exu é o orixá do movimento, possuí índole vaidosa e suscetível,
desde a África, foi associado pelos colonizadores e catequizadores cristãos ao diabo.
22
Sincretismo católico cristão Termologia criada para se referir à associação feita no período colonial no Brasil,
pelos primeiros africanos de origem iorubá, um povo que cultuavam os Orixás, mas ao aportaram no Brasil como
escravos e não podiam cultuar suas divindades livremente, já que a religião oficial era o catolicismo, começaram a
associar suas divindades com os santos católicos para exercerem sua fé disfarçadamente.
23
Panteão etimologicamente deriva de pan (todo) e théos (deus), literalmente, o conjunto de deuses de uma religião,
eventualmente, o termo "panteão" tem significado tanto o conjunto de deuses quanto o templo específico a eles
devotado. Atualmente, "panteão" tem designado mausoléu que abriga os restos mortais de diversas pessoas notáveis.
16

defeitos, desse sincretismo nasce o candomblé: uma criação tupiniquim para manter
viva a memória coletiva daqueles diversos povos trazidos à força pelo tráfico negreiro
do atlântico; cabe salientar que apesar do candomblé apresentar no seu siré24
dezesseis Orixás não pode ser dado como politeísta; sob pena de perdurar toda esta
discriminação que aí está.
Por derradeiro, para concluir nosso arcabouço, trazemos a fala de um dos mais
importantes estudiosos da contemporaneidade: Homi K. Bhabha para justificar nossa
intervenção:
Esses "entre-lugares" fornecem o terreno para a elaboração de estratégias de
subjetivação - singular ou coletiva - que dão início a novos signos de identidade
e postos inovadores de colaboração e contestação, no ato de definir a própria
ideia de sociedade. É na emergência dos interstícios — a sobreposição e o
deslocamento de domínios da diferença — que as experiências intersubjetivas
e coletivas da nação [nationness], o interesse comunitário ou o valor cultural
são negociados. De que modos se formam sujeitos nos “entre lugares”, nos
excedentes na soma das “partes” da diferença (geralmente expressas como
raça/classe/gênero etc.)? (BHABHA, 2003, p.20)

Após agregar as relações dialógicas proclamadas por Demo, temos como


reconhecer a alteridade que gera o entrelugar criado e preconizado por Bhabha (1998)
e que Bakhtin também teoriza (1997), este entrelugar de que nos fala Bhabha nada
mais é do que o olhar do outro e o meu quando olhamos juntos em convergência,
porém de pontos distintos.
Assim no presente estudo nos faremos fazer griot25, preservando aquilo que os
afrodescendentes através do falso culto ou sincretismo fizeram chegar aos nossos dias
e contribuiremos para erradicar a ignorância sobre o continente Negro, seu povo e suas
culturas.

24
Siré ou Xirê É uma estrutura sequencial de cantigas para todos os orixás. Ocorre em um Candomblé, que é o
nome dado a ocasião festiva quando um terreiro recebe pessoas de fora e toca para os Orixás; temos desta forma duas
coisas: O Candomblé que é a ocasião ou a festa e o Xirê que é a sequência de danças feitas pelos membros, no fim
um é quase sinônimo do outro. "Vou tocar um candomblé" ou "vou fazer um xirê", são expressões equivalentes; Xirê
além de ser um momento plástico e alegre, tem um sentido litúrgico e filosófico, é um dançar circular, é na dança
com atabaques que os Orixás se fazem presente.
25
Griot, Jali ou jeli (djeli ou djéli na ortografia francesa), são contadores de histórias, vivem hoje em muitos lugares
da África ocidental, incluindo Mali, Gâmbia, Guiné, e Senegal, e estão presentes entre muitos. A palavra poderá
derivar da transliteração para o francês "guiriot" ou da palavra portuguesa "criado".
17

10. Cronograma da Pesquisa

2015
ATIVIDADES
MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO
Apresentação Projeto

Pesquisa Bibliográfica

Coleta de Dados

Discussão dos Dados

Apresentação tabulações

Produção do Texto

Revisão do Texto

Entrega do Texto Final

Defesa

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http://www.historiabrasileira.com/escravidao-no-brasil/lei-do-ventre-livre/
http://tvbrasil.ebc.com.br/reporterbrasil/bloco/nossa-conversa-sobre-o-13-de-maio-e-com-o-
babalao-ivanir-dos-santos
http://temquecopiar.blogspot.com.br/2012/04/mapa-conceitual-modernidade-tardia-e.html)

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