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Modelos básicos EPROC Cível – Vara única Cível Comarca de

Pedro Afonso-Tocantins

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 2


Modelos básicos EPROC Cível – Vara única Cível Comarca de
Pedro Afonso-Tocantins

Apresentação

Aproveito o momento para compartilhar um pouco do meu trabalho.

Me chamo Luciana Costa Aglantzakis e atuo profissionalmente como juíza estadual


do Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins e no momento estou lotada numa vara
cível de competência comum de 3º entrância na cidade de Pedro Afonso-To.

A rotina de trabalho que exerço é de uma média de 100(cem sentenças) por mês, 400
( quatrocentos despachos) e 150( cento e cinquenta) decisões, o que realmente revela
que pois o Poder Judiciário exige uma carga de trabalho exaustiva devido as metas de
desempenho pelo Conselho Nacional de Justiça para que seja proporcionado ao cidadão
uma justiça célere e efetiva.

O Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins tem em todas as comarcas instaurado o


processo eletrônico com o sistema eproc criado pelo Tribunal Regional Federal do
Paraná e este sistema permite ao magistrado a criação de modelos para serem inseridos
nos demais feitos que rotineiramente vão sendo concluídos e disponibilizados para
despachar, decidir ou sentenciar.

O trabalho de um magistrado de uma vara cível comum exige o conhecimento de


diversos ritos e matérias para que o profissional exerça a prática do direito civil e
processual civil, num aspecto global, sendo permitido ao juiz desenvolver o seu
conhecimento no direito de família, juizados especiais, fazenda pública e infância e
juventude, direito reais, obrigações, previdenciário,etc.

Apesar do excesso de trabalhos o auxílio de modelos básicos aperfeiçoa e auxilia o


desempenho das tarefas básicas exigidas pelo cargo.

Destaco que além de ser bacharel em Direito tenho formação em comunicação social e
este trabalho é um hobbie pois me interessei pelo tema de marketing digital para criar
ebooks no mês de janeiro de 2019, quando estava em momento de descanso da
profissão e espero que gostem e venha para facilitar aos demais que tenham vocação
para exercer a magistratura.

Pretendo criar livros simples de temas variados de prática jurídica para inserir no meu
blogger e ainda estou engatinhando no hobbie de criar ebooks digitais, tendo auxílio,
por exemplo para criar a capa o site https://www.canva.com e algumas dicas do canal do
youtube de Magali Duarte.

A minha intenção é disponibilizar o conhecimento de forma gratuita e fácil, para


estimular os demais bacharéis de Direito na posse da carreira da magistratura e este
trabalho foi desenvolvido com muito carinho.

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Espero que gostem.

Palmas, 03 de fevereiro de 2019.

Luciana Costa Aglantzakis

Email lucianaaglantzakis@gmail.com

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Pedro Afonso-Tocantins

Conteúdo
Apresentação ............................................................................................................................ 3
1-Despachos ............................................................................................................................. 9
1.1-Despachos Execução Cível .............................................................................................. 9
1.1.1-Despacho que indica leiloeiro novo CPC .................................................................. 9
1.1.2-Despacho expedição RPV município ...................................................................... 10
1.1.3- Despacho inicial cumprimento sentença rito ordinário .......................................... 11
1.1.4- Despacho indicar bens pelo devedor, sob pena de multa ........................................ 12
1.1.5- Despacho saneador execução cível ....................................................................... 13
1.1.6- Despacho nega efeito suspensivo embargos execução modelo prodecer ................. 19
1.2- DESPACHOS DE FAMÍLIA ....................................................................................... 31
1.2.1- Recebimento inicial curatela e estatuto deficientes ................................................. 31
1.2.2- Despacho recebimento inicial ações da vara de família .............................................. 33
1.2.3- Despacho recebimento inicial ação investigação de paternidade ................................. 34
1.3- DESPACHOS DE JUIZADO ESPECIAL CÍVEL ........................................................ 35
1.3.1- Despacho suspensão feito tusd tust ........................................................................ 35
1.3.2- Despacho recebimento inicial JEC TITULO EXTRAJUDICIAL ........................... 36
1.3.3- Despacho recebimento recurso inominado JEC ..................................................... 36
1.3.4- Recebimento inicial JEC com cejusc...................................................................... 37
1.3.5- Despacho recebimento inicial título judicial ........................................................... 39
1.3.6- Despacho Saneador processo de juizado título extrajudicial ................................... 39
1.4- DESPACHOS DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO ....................................................... 40
1.4.1- Recebimento inicial auxilio invalidez ................................................................... 40
1.4.2- Despacho expede alvará previdenciário ................................................................. 41
1.5- DESPACHOS DO RITO ORDINÁRIO ....................................................................... 41
1.5.1- Despacho recebimento inicial usucapião ................................................................ 41
1.5.2- Despacho recebimento inicial geral com cejusc...................................................... 42
1.5.3- Despacho comprovação justiça gratuita ................................................................. 43
1.5.4- Despacho recebimento inicial com cejusc modelo 02 ............................................. 44
1.5.5- Despacho intimação pessoal para manifestar no feito ............................................ 46
1.5.6- Despacho para ter ciência de recurso ..................................................................... 47
1.5.7- Despacho recebe embargos declaratórios ............................................................... 47

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1.5.8- Despacho anexar procuração processo modelo analfabeto ...................................... 48


1.5.9- Despacho citação por edital acolhimento ............................................................... 49
1.5.10- Despacho citação ente público pelo rito ordinário ................................................ 50
1.5.11- Despacho correição TABELA ............................................................................. 51
1.5.12- Despacho indefere restituição de prazo para advogado ......................................... 53
1.5.13- Despacho suspensão do processo prazo máximo do CPC .................................... 53
1.6- DESPACHOS INFÂNCIA E JUVENTUDE ................................................................ 54
1.6.1- Despacho designa audiência de remissão ............................................................... 54
1.7- Despachos Execução fiscal ........................................................................................... 54
1.7.1- Arquivo provisório ................................................................................................ 54
1.7.2- Despacho suspensão de execução fiscal ................................................................. 55
1.7.3- Despacho básico de recebimento da execução fiscal .................................................. 57
1.8- Despacho outros andamentos do feito ........................................................................... 59
1.8.1- Despacho modelo geral recebimento inicial luciana ............................................... 59
1.8.2- Despacho recebimento apelação novo CPC............................................................ 73
1.8.3- Despacho intimar partes para saber se há ou não audiência de instrução ................ 73
1.8.4- Intimar partes com dados do eproc. ........................................................................ 74
1.8.5- Intimar partes e advogados, sob pena de arquivamento .......................................... 75
1.8.6- Despacho inicial inventário.................................................................................... 76
1.8.7- Despacho inicial ação monitória ............................................................................ 77
1.8.8- Despacho inicial ação usucapião ........................................................................... 77
1.8.9- Despacho inicial ação DNPM ............................................................................... 78
2- DECISÕES......................................................................................................................... 79
2.1- Decisão pedido suspensão execução com ação revisional.............................................. 79
2.2- Decisão família penhora bens do FGTS, PIS e Pasep ................................................... 81
2.3- Decisão cautelar modelo simples .................................................................................. 82
2-4- Decisão cautelar Ação Civil Pública com pedido do MP .............................................. 85
2.5- Decisão Suspensão de execução contra o poder público ................................................ 90
2.6- Decisão suspensão de execução, pois há revisional em curso não julgada .................... 90
2.6- Decisão infância e juventude deslocamento competência ............................................. 91
2.7- Decisão indefere embargos declaratórios caso de pré julgamento ................................. 95
2.8- Decisão embargos declaração acolhimento de erro material ......................................... 97

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2.9- Decisão indefere penhora de salário ............................................................................. 99


2.11- Decisão indefere efeito suspensivo execução ............................................................ 100
2.12- Decisão possessória e mancomunhão........................................................................ 103
2.13- Decisão internação menor ato infracional equiparado a roubo com arma fogo ........... 106
2.13- Decisão simples para liminar .................................................................................... 112
2.14- Decisão liminar curatela ........................................................................................... 115
2.15- Decisão liminar guarda modelo simples ................................................................... 118
2.16- Decisão previdenciário pensão por morte................................................................. 121
2.17- Decisão retirada protesto procedente ........................................................................ 129
2.18- Decisão retirada do serasa ........................................................................................ 131
2.19- Decisão mudança titularidade veículo detran ............................................................ 132
2.10- Decisão juizado cumprimento por oficial de justiça e justiça gratuita ........................ 135
2.11- Decisão simples ação de improbidade administrativa ............................................... 137
2.12- Decisão designa praça hasta pública ........................................................................ 138
2.13- Decisão indefere pré -executividade defensoria pública devido citação por edital ...... 139
2.14- Decisão prisão alimentos- falta de justificativa ........................................................ 141
2.15- Decisão redirecionamento execução fiscal contra sócio de empresa .......................... 143
2.16- Decisão cirurgia ente estatal e plan- saúde ............................................................... 146
2.17- Decisão de saúde e pedido do MP............................................................................ 151
2.18- Decisão suspensão TAC TEC .................................................................................. 153
2.19- Decisão suspensão processo ICMS energia ............................................................... 155
03- SENTENÇAS ................................................................................................................. 160
3.1- Sentença de litispendência .......................................................................................... 160
3.2- Sentença extinção ação execução alimentos pelo pagamento ...................................... 161
3.3- Modelo sentença revelia novo CPC ........................................................................... 162
3.4- Sentença de prescrição medida socioeducativa .......................................................... 163
3.5- Sentença de abandono após intimação pessoal do autor ............................................. 165
3.6- Decisão extinção falta interesse do autor movimentar processo após intimação no
endereço ........................................................................................................................... 167
3.7- Sentença alimentos presunção de 50 por cento do salário mínimo ............................... 168
3.8- Sentença adere pedido do autor pelo réu .................................................................... 170
3.9- Sentença alimentos extinção ausência autor audiência ................................................ 171
3.10- Sentença alvará gastos com funeral .......................................................................... 172

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3.11- Sentença alvará improcedência existência outros bens .............................................. 177


3.12- Sentença libera valor de PIS Pasep por alvará ....................................................... 181
3.13- Sentença dano moral aposentado analfabeto empréstimo procedente em parte ......... 183
3.14- Sentença aposentadoria por invalidez INSS .............................................................. 197
3.15- Sentença investigação paternidade cumulada com pedido de alimentos .............. 202
3.16- Sentença busca e apreensão com revelia.................................................................. 207
3.17- Sentença divórcio consensual com alimentos ........................................................... 211
3.18- Sentença execução prescrição intercorrente ............................................................ 212
3.19- Sentença execução fiscal redirecionamento e falecimento executado ..................... 216
3.20- Sentença inépcia ação revisional .............................................................................. 221
3.21- Sentença simples de registro público com artigo 109 LRP ......................................... 225
Sentença ......................................................................................................................... 225
3.22- Sentença salário maternidade rural INSS .................................................................. 226

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1-Despachos

1.1-Despachos Execução Cível

1.1.1-Despacho que indica leiloeiro novo CPC


Decisão

Passo a designar leilão conforme o novo CPC.

Utililiza-se a última avaliação dos bens penhorados neste feito.

Com atendimento, nomeio o leiloeiro D., matriculado na JUCETINS nº xxx, o qual se


encontra regularmente habilitado perante este Juízo, ficando autorizada a realização de
leilão nas modalidades presencial e eletrônica, nos termos do artigo 882, §1º do
CPC/2015, conforme regras a serem estabelecidas no Edital de Leilão.

Proceda sua inclusão no sistema EPROC, para acompanhamento.

Fica o leiloeiro obrigado a indicar duas datas para o leilão, que realizará na forma
presencial e virtual, no átrio do fórum da Comarca de Pedro Afonso.

O leiloeiro se encarregará de enviar para a Vara Cível através de e-mail o edital para
publicação no Diário da Justiça, nos termos do art. 887 do CPC/2015 e em caso de
inércia pela não PUBLICAÇÃO DO EDITAL, o escrivão pode ter PENA DE
SUSPENSÃO, conforme novo CPC, de 05 DIAS A 03 MESES.

Deverá o exequente ficar responsável em fazer a ciência do executado, e demais


interessados conforme artigo 889 do CPC, com pelo menos 5 dias antes do leilão que
constem na certidão atualizada dos bens submetidos a leilão.

A satisfação do crédito obedecerá ao que reza os artigos 905 e 908 do cpc.

Frustrada a alienação do bem também se obedecerá ao artigo 878 do CPC, permitindo a


adjudicação do bem após nova alienação e direito de licitação previsto o artigo 876
parágrafo quinto e sexto do CPC.

A publicação do edital deverá ocorrer, com prazo não superior a 30 (trinta) dias nem
inferior a 10 (dez) dias da data designada para o leilão.

O edital será publicado na rede mundial de computadores, no sitio do leiloeiro


designado www.dmleiloesjudiciais.com.br ou se preferir no sitio
www.leiloesdajustica.com.br, que deverá conter descrição detalhada e, sempre que
possível, ilustrada dos bens, informando expressamente se o leilão se realizará de forma
eletrônica ou presencial.

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Desde logo, fixo a comissão do leiloeiro em: a) 5% do valor da transação, a cargo do


arrematante, importância a ser paga no ato da arrematação; b) de 3 % (três por cento)
sobre o valor da avaliação, no caso de adjudicação, a ser paga pelo adjudicante; c) de
2% (dois por cento) sobre o valor da avaliação, no caso de cancelamento do leilão, a ser
paga pela parte que injustificadamente o motivou; d) de 2% (dois por cento) sobre o
valor da avaliação, no caso de acordo judicial ou extrajudicial, pago por quem o acordo
estabelecer ou, em não havendo cláusula expressa, por ambas as partes.

O arrematante deverá fazer o pagamento de seu lanço à vista, em dinheiro, realizando o


depósito em conta judicial vinculada a este Juízo, cujos recibos devem ser apresentados
em cartório para que sejam inseridos nestes autos, bem como pagar a comissão do
leiloeiro à vista na forma por ele indicada (parágrafo único, art. 884, do NCPC). Não
havendo lanço superior à importância da avaliação seguir-se-á, o segundo pregão, não
sendo admitido, no caso, lanços inferiores a 50% cinquenta por cento) do valor da
avaliação, nos termos do art. 891, § único do CPC/2015, também acrescido de custas e
comissão do leiloeiro.

As propostas de arrematação, seja a vista ou parcelada, seguirão rigorosamente o que


prescreve o art. 895 a 903 do Código de Processo Civil.

Oficie-se ao Juízo Deprecante desta decisão e das datas designadas das praças, para
intimação do exequente para ciência das datas designadas e desta decisão, no prazo
improrrogável de 15 (quinze) dias, bem como que o exequente dê ciência aos credores e
executados do edital de leilão.

Cientifique-se e o Executado, com prazo de 15 dias, desta decisão e das datas


designadas, cuja providência deve caber ao exequente face as novas disposições do
CPC, por analogia ao artigo 799 do CPC.

Cientifique-se também da alienação judicial, com pelo menos 5 (cinco) dias de


antecedência, as pessoas elencadas no art. 889 do CPC/2015, cuja providência deve
caber ao exequente face as novas disposições do CPC, por analogia ao artigo 799 do
CPC.

Cumpra-se. Intime-se.

Pedro Afonso, [$data.dataPorExtenso()]

Juíza Luciana Costa Aglantzakis

1.1.2-Despacho expedição RPV município


Despacho

Defiro o pedido supra.

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Com efeito, após a edição da Resolução nº 16 de 2 de julho de 2015 incumbe ao juízo


da execução a expedição de RPV ao Ente Público.

O cartório deve formalizar o Pedido de RPV e oficiar ao Gestor da Fazenda para o


pagamento no prazo de 5 dias, devendo esse fazer o devido recolhimento em conta
judicial da CEF.

Por esse motivo, o cartório deve expedir RPV e manter uma pasta arquivo numerada de
cada RPV expedida e controlar se o pagamento está sendo feito no prazo dito pelo juiz.

Confira-se a norma:

Art. 1º O processamento das Requisições de Pagamento de Precatório dar-se-á


exclusivamente no Tribunal de Justiça, cabendo ao Presidente assegurar a liquidação
regular dos precatórios e a obediência à ordem cronológica dos pagamentos, nos termos
preconizados na Constituição da República. Art. 2º As Requisições de Pequeno Valor
(RPV) emitidas contra as Fazendas Públicas Federal, Estadual e Municipal serão
expedidas e processadas pelo próprio Juízo da Execução, sem remessa ao Tribunal de
Justiça. Parágrafo único. Cabe ao Juízo da Execução informar ao Presidente do Tribunal
de Justiça sobre a existência de RPV vencida e não paga, para fins de controle na
emissão pela Secretaria de Precatórios da Certidões de Regularidade dos Entes
Públicos, conforme disciplinado pela Resolução TJTO nº 9, de 16 de abril de 2015, que
regulamenta o Programa de Regularidade no Pagamento de Dívidas Judiciais

Ante o exposto, intimem-se o gestor público para pagamento da dívida e recolhimento


nesse feito, sob pena de informação ao TJTO, para os fins exigidos na Lei. O gestor
deverá depositar o valor judicial, pois qualquer valor tanto a parte quanto ao advogado
somente será levantado por alvará eletrônico, sob pena de pagamento indevido.

Cumpra-se.

Datado e certificado pelo eproc.

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

1.1.3- Despacho inicial cumprimento sentença rito ordinário

DECISÃO – Cumprimento de Sentença

Recebo a inicial.

Intimem-se os devedores através de seus advogados, para cumprimento de sentença,


conforme artigo 523 e parágrafo primeiro do CPC,, devendo em 15 dias efetuar o
pagamento da quantia, sob pena de multa de 10%( dez por cento) e honorários de 10%(
dez por cento).

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 11


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Não pago o débito, expeça-se o mandado de penhora e avaliação. A intimação da


penhora e avaliação deve ser realizada conforme parágrafo terceiro do artigo 523 do
CPC.

O objeto penhorado deve ser entregue ao CREDOR, e no caso de ser bem móvel ou
imóvel que for permitido pelo credor o devedor ser depositário fiel o OFICIAL DE
JUSTIÇA DEVE EXIGIR cópia de todas as chaves dos bens bem como, além da
certidão minudente tirar fotos do bem móvel e ou imóvel para incluir no EPROC os
arquivos, bem como arquivar em pasta no Cartório Cível as chaves dos bens
penhorados para que no futuro o oficial de justiça possa fazer novas avaliações e aferir a
condição de viabilidade econômica do bem móvel/imóvel e o zelo do depositário fiela.

A decisão judicial transitada em julgada pode ser levada a protesto se for de preferência
do exequente, conforme artigo 517 do CPC.

Fixo honorários de 10% por cento em caso de não cumprimento voluntário da


obrigação por parte do executado no prazo assinalado de 15 dias úteis.

Observe-se o disposto nos artigos 520 a 522 do novo CPC.

Fica também intimado que todos os pagamentos devem ser feitos por depósito judicial,
pois os pagamentos são realizados por alvará eletronico com observancia de pagamento
diferenciado a parte e advogados e dedução de contribuição previdenciária e Imposto de
Renda.

Cumpra-se.

SERVE A PRESENTE DECISÃO COMO MANDADO.

Pedro Afonso, [$data.dataPorExtenso()]

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

1.1.4- Despacho indicar bens pelo devedor, sob pena de multa


Despacho

Antes de analisar pedido de Bacen Jud ou de bloqueio de veículos, considero que o


executado tem o dever processual de indicar bens que garantam a dívida total ou parcial,
sob pena de multa de 20% do valor da execução.

Tal providência ocorre pois o devedor deve observar o principio da boa fé processual no
curso da execução e pedidos de penhora ou de renajud são geralmente inócuos se o
devedor não auxiliar o juízo.

Ante ao exposto, DETERMINO:

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Intimem-se o executado para indicar bens passíveis de satisfazer a dívida em 5 dias, sob
pena de aplicação imediata de 20% de multa, ou que informe se há em aberto processo
de insolvência civil.

Não havendo resposta atualize-se a divida e envie ofício ao cartório de protesto para
inscrição da dívida.

Em caso do feito ter outro pedido subsidiário diferente de penhora no BACEN JUD ou
de Renajud, se houver pedido de endereço o servidor deverá consultar no sistema SIEL
devido excesso de serviço dessa vara.

Com o transcurso do decurso de prazo, intimem-se o exequente para dizer o que


entender de direito em 5 dias.

Datado e certificado pelo eproc.

Juíza LUCIANA AGLANTZAKIS

1.1.5- Despacho saneador execução cível

Despacho SANEADOR

Execução em geral

Tratam os presentes autos de ação de execução e ou cumprimento de sentença


envolvendo as partes acima identificadas, cuja distribuição dos autos foi
[$data.dataDistribuicao()].

Cabe ao magistrado impulsionar o feito e verificar as possíveis pendências e nulidades,


bem como se estão presentes ou não os pressupostos processuais do feito.

Também é princípio constitucional o juiz velar pela duração razoável do processo.

Nesse desiderato, observando as normas do Código de Processo Civil passo a expor


premissas que devem ser de ordem obrigatória para qualquer execução.

01- O executado deve garantir a execução, após sua citação em qualquer ação
executiva;

02- Se não tiver ocorrido a citação incumbe ao autor exeqüente no prazo de 10( dez)
dias as providências necessárias para viabilizar a citação, sob pena de não se
interromper a prescrição( artigo 240 § §1º 2º e 802 , CPC). Este efeito retroativo se
aplica a decadência e aos demais prazos extintivos previstos em lei, mas não será a parte
prejudicada por demora exclusiva do poder judiciário ( artigo 240 §§ 3º 4º).

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03- Presumem-se válidas as intimações dirigidas aos endereços constantes dos autos
ainda que não recebido pessoalmente pelo interessado( art. 274, CPC) e as citações e
intimações somente serão nulas quando feitas sem observância das prescrições legais(
artigo 280, CPC),mas a parte deve alegar na primeira oportunidade que couber falar nos
autos, sob pena e preclusão( artigo 278, CPC).

04- O procedimento comum se aplica subsidiariamente ao processo de execução(


art. 318,p.u, CPC). A petição inicial de execução deve também obedecer aos requisitos
exigidos pelo artigo 319, CPC e se a parte intimada não emenda a inicial a ação
executiva pode ser extinta porque falece requisitos essenciais( artigo 330, IV, CPC) e
diante dessa situação o juiz deve sanear questões processuais pendentes, artigo 357,
CPC.

Dos Requisitos da Petição Inicial

Art. 319. A petição inicial indicará:

I - o juízo a que é dirigida;

II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o


número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa
Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;

III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;

IV - o pedido com as suas especificações;

V - o valor da causa;

VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;

VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de


mediação.

§ 1o Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na
petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.

§ 2o A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se
refere o inciso II, for possível a citação do réu.

§ 3o A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II
deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente
oneroso o acesso à justiça.

Art. 320. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à


propositura da ação.

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Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts.
319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento
de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a
complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado.

Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial

05- Se o processo ficar parado por 01 ano ou quando a parte não promove atos
exigidos pelo juízo em 30(trinta) dias será esta intimada pessoalmente para suprir a
falta sob pena de extinção( artigo 485,II, III, e § 1º, CPC).

06- Entretanto a extinção do feito executivo pode ocorrer sem intimação pessoal
quando o juiz verifica que há ausência de pressuposto de constituição e
desenvolvimento válido e regular do processo, quando a parte é intimada seguidamente
para regularizar a petição inicial e não o faz( artigo 485, IV, CPC) e quando seria caso
de indeferir a petição inicial e extinguir o feito executivo( artigo 924,I, CPC).

07- Se o processo foi suspenso e o exeqüente após 05 anos não encontra bens aptos
para satisfazer a dívida é caso de extinção do feito em face da prescrição intercorrente,
sendo necessário apenas o juiz alertar o fato conforme artigo 10 , CPC.

08- Intimado o executado a pagar a execução por decisão transitada em julgado e


decorrido o prazo para impugnação conforme artigo 517, sem que ocorra a garantia e ou
o pagamento, a sentença deve ser protestada.

09- A apresentação de impugnação não impede a prática de atos satisfativos se não


houver garantia na execução, conforme artigo 525 §§§ 6º 7º 8º, CPC.

10- Considera-se ato atentatório a justiça se o executado intimado pessoalmente não


indica ao magistrado onde estão os bens sujeitos à penhora e os respectivos valores ,
nem exibe prova de sua propriedade e, se for o caso certidão negativa de ônus( art. 772,
II e 774 , V e p. único do CPC) cabendo multa de até 20% do valor da execução do
débito atualizado. A execução do processo ocorre no interesse do exeqüente, salvo
insolvência do devedor, mas a penhora em dinheiro não é imperativa em face das outras
possibilidades de penhora, pois diante do caso concreto o juiz pode inverter a ordem da
penhora do artigo 835, CPC.

Art. 835. A penhora observará, preferencialmente, a seguinte ordem:

I - dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira;

II - títulos da dívida pública da União, dos Estados e do Distrito Federal com cotação
em mercado;

III - títulos e valores mobiliários com cotação em mercado;

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IV - veículos de via terrestre;

V - bens imóveis;

VI - bens móveis em geral;

VII - semoventes;

VIII - navios e aeronaves;

IX - ações e quotas de sociedades simples e empresárias;

X - percentual do faturamento de empresa devedora;

XI - pedras e metais preciosos;

XII - direitos aquisitivos derivados de promessa de compra e venda e de alienação


fiduciária em garantia;

XIII - outros direitos.

§ 1o É prioritária a penhora em dinheiro, podendo o juiz, nas demais hipóteses, alterar a


ordem prevista no caput de acordo com as circunstâncias do caso concreto

11- No caso de não ser achado bens o oficial de justiça deve descrever os bens que
guarnecem a residência do executado e da pessoa jurídica( art. 836 § 1º, CPC)e o
executado ou seu representante legal nominado como depositário provisório até ulterior
determinação do juiz. A guarda e tutela dos bens penhorados obedece ao artigo 840,
CPC, verbis:

Art. 840. Serão preferencialmente depositados:

I - as quantias em dinheiro, os papéis de crédito e as pedras e os metais preciosos, no


Banco do Brasil, na Caixa Econômica Federal ou em banco do qual o Estado ou o
Distrito Federal possua mais da metade do capital social integralizado, ou, na falta
desses estabelecimentos, em qualquer instituição de crédito designada pelo juiz;

II - os móveis, os semoventes, os imóveis urbanos e os direitos aquisitivos sobre


imóveis urbanos, em poder do depositário judicial;

III - os imóveis rurais, os direitos aquisitivos sobre imóveis rurais, as máquinas, os


utensílios e os instrumentos necessários ou úteis à atividade agrícola, mediante caução
idônea, em poder do executado.

§ 1o No caso do inciso II do caput, se não houver depositário judicial, os bens ficarão


em poder do exequente.

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§ 2o Os bens poderão ser depositados em poder do executado nos casos de difícil


remoção ou quando anuir o exequente.

§ 3o As joias, as pedras e os objetos preciosos deverão ser depositados com registro do


valor estimado de resgate.

Art. 841. Formalizada a penhora por qualquer dos meios legais, dela será
imediatamente intimado o executado.

§ 1o A intimação da penhora será feita ao advogado do executado ou à sociedade de


advogados a que aquele pertença.

§ 2o Se não houver constituído advogado nos autos, o executado será intimado


pessoalmente, de preferência por via postal.

§ 3o O disposto no § 1o não se aplica aos casos de penhora realizada na presença do


executado, que se reputa intimado.

Incumbe ao executado no prazo de 05 dias comprovar quantia bloqueada em Bacenjud


indisponível, conforme artigo 854, § 3º, sendo impenhoráveis conforme o CPC os
seguintes bens: Art. 833. São impenhoráveis:

I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução;

II - os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do


executado, salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns
correspondentes a um médio padrão de vida;

III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de


elevado valor;

IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos


de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias
recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua
família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal,
ressalvado o § 2o;

V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens


móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do executado;

VI - o seguro de vida;

VII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem


penhoradas;

VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela
família;

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IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória


em educação, saúde ou assistência social;

X - a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta)


salários-mínimos;

XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos termos
da lei;

XII - os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime de


incorporação imobiliária, vinculados à execução da obra.

§ 1o A impenhorabilidade não é oponível à execução de dívida relativa ao próprio bem,


inclusive àquela contraída para sua aquisição

12- Frustradas as tentativas de alienação de bens o exeqüente deve se manifestar


sobre a possibilidade de adjudicação do bem penhorado( artigO. 878, CPC) pois se não
foi possível a alienação particular ou a praça, cabe ao exequente decidir pela
adjudicação sobe pena de extinguir o feito, pois não há mais providências a serem feitas
pelo poder judiciário.

Ante o exposto, verifico que diante do caso concreto deve-se este juízo tomar as
seguintes providências:

FALAR AO CASO CONCRETO

Pedro Afonso, [$data.dataPorExtenso()]

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

[1] APELAÇÃO – AP – 5001985-09.2011.827.0000.

ORIGEM: COMARCA DE DIANÓPOLIS.

APELANTE: ESTADO DO TOCANTINS.

PROC. EST.: FABIANO ANTÔNIO NUNES DE BARROS.

APELADO: VILMAR JÚNIOR ANASTÁCIO.

RELATOR: DESEMBARGADOR LUIZ GADOTTI.

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EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. CITAÇÃO EXECUTADO.


PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. PARALISAÇÃO DO FEITO POR MAIS DE
CINCO ANOS. INÉRCIA DA EXEQÜENTE. SUSPENSÃO. INTIMAÇÃO DA
FAZENDA PÚBLICA SOBRE O ARQUIVAMENTO DO FEITO.
DESNECESSIDADE. RESPONSABILIDADE PELA DEMORA NA CITAÇÃO.
SÚMULA Nº 106/STJ. INAPLICABILIDADE. 1. Configura-se a prescrição
intercorrente quando, proposta a execução fiscal, o feito permanecer paralisado por mais
de cinco anos por culpa da exeqüente. 2. Desnecessária a intimação do credor da
suspensão da execução, bem como do arquivamento do feito executivo, decorrência
automática do transcurso do prazo de um ano de suspensão e termo inicial da
prescrição. 3. A orientação da Súmula nº 106 do STJ, relativa a decretação de prescrição
ou decadência, deve ser afastada quando a responsabilidade pelo transcurso do prazo
prescricional for imputada à inércia da Fazenda Pública, e não ao mecanismo judiciário.
4. Verificada a prescrição intercorrente, correta é a adoção das disposições do artigo
219, § 5º, do CPC, de modo que o lustro prescricional da ação executiva pode ser
decretado de ofício sem que se exija a oitiva da Fazenda exeqüente.

ACÓRDÃO: Sob a Presidência do Excelentíssimo Senhor Desembargador Antônio


Félix, a 4ª Turma Julgadora da 2ª Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do
Estado do Tocantins, por unanimidade, negou provimento ao recurso, nos termos do
voto do relator. Votaram com o Relator: Exmo. Sr. Des. Antônio Félix – vogal. Exmo.
Sr. Des. Moura Filho – vogal. Ausência justificada do Exmo. Sr. Des. Marco Villas
Boas, Presidente. Representou a Procuradoria Geral de Justiça, o Dr. José Maria da
Silva Júnior

1.1.6- Despacho nega efeito suspensivo embargos execução modelo prodecer

Decisão Recebimento Inicial

Trata-se de Embargos de execução proposto por : [$processoParte.getPartesAutores()]


em face ao Banco do Brasil S.A, ambos regularmente qualificados, com a finalidade de
suspensão da execução instaurada pela referida instituição financeira.

Alega, em síntese, que ingressou na presente Comarca com ação revisional que impede
o processamento dessa execução.

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Denuncia, também, que no contrato originário há diversas clausulas ilegais, como


capitalização ilegal de juros e excesso de cobrança de juros remuneratórios, entre outras,
que torna a dívida impagável.

O Banco alega na execução (nº do processo), que os embargantes são devedores do


valor de R$7.126.070,63 (sete milhões cento e vinte e seis mil e setenta reais e sessenta
e três centavos), atualizados até 31/07/2018, por contratos e aditivos, que os
Embargantes firmaram com o Banco do Brasil S/A, financiamento agrícola do Prodecer
III, através de Escritura Pública de Compra e Venda de Imóvel Rural mediante
Confissão e Assunção de Dívida com Transferência Parcial de Financiamento Fundiário
com Pacto Adjeto de Hipoteca, firmadas em maio/2001 e abril/2004, vencidas desde
15/05/2018.

Alega que os embargantes deixaram de adimplir os pagamentos, o que ensejou o


vencimento antecipado e que foram infrutíferas as tentativas de receber o crédito
demonstrado. Requereu a citação para que os embargantes efetuassem o pagamento da
quantia cobrada, acrescido de honorários advocatícios, em três dias; e, caso não
efetuassem o pagamento que fossem penhorados bens; requereu a averbação do
ajuizamento da execução no Cartório de Imóveis.

Justifica o fumus boni iuris na aparência do bom direito de que tem uma sentença de
mérito em seu favor e no tocante ao periculum in mora destaca Assim, requer a Vossa
Excelência o recebimento dos presentes embargos, nos efeitos suspensivo e devolutivo,
pois já existe imóvel hipotecado ao Banco, de valor infinitamente superior à dívida,
dando ao processo principal efeito suspensivo e requerendo ainda que não haja
bloqueios judiciais, via penhora “online” em nome dos embargantes até final
julgamento dos presentes embargos.

É o que importa relatar. Decido.

Se os embargos são ajuizados no prazo, recebo os embargos para discussão, a teor do


que dispõe o art. 914 do Código de Processo Civil.

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Afasto a preliminar de conexão com a ação revisional citada pelo embargante, pois a
ação revisional já teve o seu julgamento de mérito em primeiro grau, o que afasta a
conexão.

A reunião de processos por conexão não se aplica quando um deles já foi julgado e
também não é cabível se for tumultuar o juízo, conforme já decidido e sedimentado pelo
Superior Tribunal de Justiça.

O CPC nos artigos 55 e seguintes, cuida da modificação de competência no caso de


conexão, in verbis:

Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido
ou a causa de pedir.

§ 1o Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um


deles já houver sido sentenciado.

§ 2o Aplica-se o disposto no caput:

I - à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato


jurídico;

II - às execuções fundadas no mesmo título executivo.

§ 3o Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de
prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente,
mesmo sem conexão entre eles.

Nesse contexto, cito a súmula 235 do STJ:

Sumula nº 235/STJ: A conexão ao determina a reunião dos processos, se um deles já foi


julgado.

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A jurisprudência por seu turno, segue o mesmo entendimento jurídico, senão veja-se:

Ementa: CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. PREVIDÊNCIA PRIVADA.


PROCESSUAL CIVIL. REUNIÃO DE PROCESSOS POR CONEXÃO.
INOCORRÊNCIA. PROCESSO JULGADO. APLICAÇÃO DA SÚMULA 235 DO
STJ. DECLARADA A COMPETÊNCIA DA 1ª VARA CÍVEL DE OSÓRIO.
CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA JULGADO PROCEDENTE.

(Conflito de Competência Nº 70075001339, Sexta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do


RS, Relator: Luís Augusto Coelho Braga, Julgado em 21/05/2018).

Decido agora se os embargos devem ser recebidos com efeito suspensivo ou não.

Dispõe o § 1º, do art. 919, do Código de Processo Civil, in verbis:

Art. 919. Os embargos à execução não terão efeito suspensivo.

§ 1o O juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito suspensivo aos


embargos quando verificados os requisitos para a concessão da tutela provisória e desde
que a execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficientes.

A regra do art. 919 do CPC é da ausência de efeito suspensivo aos embargos, sendo
excepcional, a hipótese prevista no respectivo parágrafo primeiro.

Os artigos 783 e 784, § 1o do CPC definem que a execução é devida se verificado a


existência de obrigação certa, líquida e exigível e não é impedimento o seu
processamento se houver aliada a essa a existência anterior ou posterior de ação
revisional de crédito.

Art. 783. A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de


obrigação certa, líquida e exigível.

Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:

§ 1o A propositura de qualquer ação relativa a débito constante de título executivo não


inibe o credor de promover-lhe a execução.

A suspensão requerida, dessa forma, somente poderá ser deferida em situação de


evidência, quando será exigida uma comprovação robusta do direito alegado, ou seja,
em casos imprescindíveis e diante da presença dos requisitos autorizadores, desde que o

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executado convença o juiz de que seus motivos são relevantes, demonstrando haver
elementos que evidenciem a probabilidade do alegado, ou seja, deverá provar, ainda que
superficialmente, que os embargos por ele opostos tem grande chance de êxito, isto é,
que a execução não deve prosseguir, por lhe faltar um de seus requisitos essenciais,
quais sejam: (i) legitimidade de partes ou interesse processual; (ii) pressupostos
processuais de existência ou validade; (iii) título executivo que contenha obrigação
líquida, certa e exigível.

Nesse sentido, cumpre ao magistrado proceder à análise da existência dos três


pressupostos (requerimento do embargante; relevância dos fundamentos; garantia
suficiente da execução e receio manifesto de grave dano de difícil e incerta reparação),
de forma concomitante, para que possa conceder o efeito suspensivo, que impeça o
andamento da execução.

As alegações de mérito da execução são inviáveis de serem analisadas nesse momento


processual, pois o próprio executado alega que não ocorreu o transito em julgado de
sentença de primeiro grau que revisionou clausulas do contrato. A sentença de mérito
deste tipo de ação não é requisito elementar para paralisar a execução, pois o
embargante não comprovou de imediato o cumprimento da obrigação inicial pactuado
com o banco e demais réus no contrato bancário do Prodecer.

Ademais se o interessado formula pedidos de revisão, mesmo em sede de execução,


deverá também indicar claramente os motivos para a concessão de antecipação de
tutela, para impedir a inscrição do nome do devedor nos cadastros de inadimplentes,
depende da ocorrência simultânea de três requisitos: "a) que haja ação proposta pelo
devedor contestando a existência integral ou parcial do débito; b) que haja efetiva
demonstração de que a contestação da cobrança indevida se funda na aparência do bom
direito e em jurisprudência consolidada do STF ou do STJ; c) que sendo a contestação
apenas de parte do débito, deposite o valor referente à parte tida por incontroversa, ou
preste caução idônea, ao prudente arbítrio do magistrado" (Resp nº 527.618/RS, Rel.
Min. Cesar Asfor Rocha, J. 22/10/2003),

O perigo de dano ao executado ou risco ao resultado útil do processo não pode, jamais,
ser interpretado como a possibilidade de alienação do bem para a satisfação do crédito
exequendo, salvo quando se tratar de bem absolutamente impenhorável indicado pelo
exequente, ou que o bem penhorado seja infungível, já que toda e qualquer execução
por quantia certa tem esse objetivo.

Sucede, ademais, que a execução do contrato bancário postula o pagamento de um


direito que foi suspenso por ação revisional que impede a prescrição do direito e não é

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razoável que o Banco fique eternamente obrigado a não receber valores definidos em
título líquido certo e exigível porque o devedor ajuíza ação revisional que impediu a
inscrição no Serasa e postulou a revisão do débito.

Significa dizer que a alegação deve sempre ser no que diz respeito ao mérito dos
embargos e nunca em relação aos efeitos da execução sobre a esfera patrimonial do
executado.

A melhor forma de interpretar a concessão da suspensão é tornar ônus do executado, até


o momento do oferecimento dos embargos, ou simultaneamente a ele, indicar bens que
sejam suficientes para a garantia do juízo ou, ainda, caucionar em dinheiro, o montante
correspondente à obrigação, acrescida de custas processuais e dos honorários fixados
pelo juiz, em 10% sobre o valor da execução.

Analisando detidamente os documentos que instruem o presente pedido, vislumbro que


a questão não merece maiores digressões para se concluir que de fato não assiste razão
ao embargante.

Os embargos do devedor passaram a ter uma nova sistemática com a Lei n.º
11.382/2006, pela qual o executado tem a possibilidade de apresentar sua defesa,
independente da indicação de bens para garantia do juízo da execução.

Conforme explicado, os embargos do devedor, via de regra, não terão efeito suspensivo,
tramitando simultaneamente a ação executiva e os embargos, porém o juiz poderá
atribuir efeito suspensivo aos embargos, sobrestando o andamento da execução, desde
que preenchidos os requisitos estabelecidos no §1º do Art. 739-A do CPC, quais sejam:
a) relevância dos fundamentos dos embargos; b) o prosseguimento da execução,
manifestamente, possa causar grave dano de difícil ou incerta reparação ao executado;
c) a execução esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficientes.

Nesta esteira, como pacificado na doutrina e jurisprudência, os citados requisitos devem


ser preenchidos de maneira cumulativa, ou seja, para que o juiz atribua efeito
suspensivo aos embargos, estes além de ter fundamentos relevantes (fumus boni iuris, o
prosseguimento da execução deve ter a premente possibilidade de causar grave dano ao
executado (periculum in mora); a execução deve estar garantida, o que não é o caso dos
autos, pois pela própria leitura da norma processual se depreende que a lei estabeleceu a
obrigatoriedade de atendimento de todos os pressupostos enumerados.

Desta forma, verifica-se que o embargante não apresentou garantia fidedigna para a
execução no juízo a quo, não sendo possível, portanto, a concessão de efeito suspensivo
aos embargos opostos porque tem bem hipotecado.

Considero que o(s) bem(s) indicado(s) no contrato bancário executado podem ser
alienados pois é garantia inicial de um contrato antigo e considero que se o devedor
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quiser impedir a execução dos bens que garantiram o contrato deverá indicar outros
bens, pois a execução sempre se dá em função do credor e penso que deve ter colhido
rendimentos da terra ao longo deste período de inadimplemento contratual.

O princípio da menor onerosidade do artigo 805 do CPC deve ser conjugado com o
principio do exato adimplemento e o princípio da patrimonialidade que atende a
premissa que a execução cível por regra deve ser sempre para atender o interesse do
credor.

Neste sentido, é pertinente o julgado do STJ colacionado:

AGRAVO REGIMENTAL - AGRAVO DE INSTRUMENTO – EMBARGOS À


EXECUÇÃO - EFEITO SUSPENSIVO - EXAME DE MATÉRIA FÁTICA

- INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7/STJ - DECISÃO AGRAVADA MANTIDA

– IMPROVIMENTO.

I - É facultado ao magistrado, nos termos do artigo 739-A, § 1º, do Código de Processo


Civil, atribuir efeito suspensivo aos Embargos quando, sendo relevantes seus
fundamentos, o prosseguimento da execução possa causar ao executado grave dano de
difícil ou incerta reparação, exigindo-se, ainda, que a execução já esteja garantida por
penhora, depósito ou caução. II – omissis III – Agravo Regimental improvido. (AgRg
no Ag 1.217.737, Rel. Min. Sidnei Beneti, 3ª T., DJe 16.08.2010),
.
Caso sejam opostos os embargos sem a garantia do juízo não mais poderá ser concedida
a suspensão da execução, salvo quando se tratar de questão superveniente que mercê da
constrição efetivada acarrete em dano irreparável ao executado, v. g. quando ocorrer,
posteriormente à oposição dos embargos à execução, a penhora de bem absolutamente
impenhorável.

O fumus boni iuris não restou devidamente comprovado pois os embargantes não
trouxeram nenhum bem diferente do bem hipotecado que comprove a garantia do valor
total da execução, além de que a ação judicial revisional ajuizada neste juízo que
discute a dívida não impede a cobrança de título líquido certo e exigível, na medida que
não há sentença definitiva que mude completamente sua qualidade executiva.

O bem dado em hipoteca determina um direito real de garantia e no caso da ação


executiva é prerrogativa do credor e não do devedor aceitar este bem antes aos demais
bens e também cabe ao magistrado suspender a execução se não tiver certeza de que

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este bem dado em hipoteca serve também como penhora para cobrir todo o valor da
execução, pois são direitos diferentes o direito de penhora e o de garantia.

Deixo também registrado que no direito real de garantia o devedor permanece com o
domínio e posse, mas, em caso de inadimplência ou perecimento da coisa, o credor tem
a faculdade de promover a venda judicial do bem, recebendo o produto até o valor total
do crédito, com preferência. Além disso, a hipoteca tem característica de
indivisibilidade e acessoriedade e a coisa dada em garantia, embora não suscetível ao
pacto comissório, fica sujeita, por vínculo real, a cumprimento da obrigação principal.

Assim, por um lado, à luz da causa de pedir da execução, não bastasse ressair nítido o
interesse do credor hipotecário em não ver, ao arrepio do contrato, depreciado o bem
que consubstancia a garantia real de seu crédito, o art. 1.474 do CC estabelece que
a hipoteca abrange todas as acessões, melhoramentos ou construções do imóvel.

A exigência da caução idônea é um fator importante a ser analisado pelo magistrado


pois evita que seja realizada ou até mesmo revista a devida inscrição do autor
embargante, nos órgãos de crédito ou do direito deste ter suspensa a execução cível:

SERASA. INSCRIÇÃO. TUTELA. DESCABIMENTO. A turma decidiu que, não


obstante o CDC ter vindo amparar os hipossuficientes, não serve de escudo para
perpetuar devedores, razão pela qual, nas causas judiciais pendentes de decisão
definitiva quanto à revisão contratual de cláusulas abusivas, descabe a antecipação de
tutela ou medida cautelar para sustar a inscrição do nome de devedor do Serasa a menos
que seja depositado valor referente ao débito. Precedentes citados: Resp 527.618-RS,
DJ 24/11/2003, e REsp.610.063-PE, DJ 13/05/2004. Resp. 863.746-RS, Relator Min.
Jorge Scartezzini, julgado em 12/09/2006, 4ª Turma. (inf. n˚296)

SPC. INSCRIÇÃO. NOME. ANTECIPAÇÃO. TUTELA. Nas ações revisionais de


cláusulas contratuais, ainda que a dívida seja objeto de discussão em juízo, não cabe a
concessão de tutela antecipada para impedir o registro de inadimplentes nos cadastros
de proteção ao crédito, salvo nos casos em que o devedor, demonstrando efetivamente
que a contestação do débito funda-se em bom direito, deposite o valor correspondente à
parte reconhecida do débito ou preste caução idônea, ao prudente arbítrio do
magistrado. No caso, questiona-se, tão-somente, o fato de a questão encontrar-se sub

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judice, não sendo preenchidas pelo autor as exigências suscetíveis de impedir o registro
de inadimplência nos cadastros restritivos de créditos. Com esse entendimento, a Turma
conheceu do recurso do banco e deu-lhe provimento. Precedentes citados: Resp
527.618-RS, DJ 24/11/2003, e Resp.610063-PE, DJ 31/05/2004. Resp 756.738-MG,
Rel. Min. Jorge Scartezzini, julgado em 11/10/2005, 4ª Turma. (Informativo nº264)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EMBARGOS À EXECUÇÃO. EFEITO


SUSPENSIVO. AUSÊNCIA DE GARANTIA DO JUÍZO. REQUISITOS LEGAIS
NÃO DEMONSTRADOS. DECISÃO MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E NÃO
PROVIDO. 1. Interpostos Embargos à Execução, cabe conceder efeito suspensivo
quando atendidos os requisitos do artigo 919, § 1º do novo Código de Processo Civil. 2.
Não preenchido os requisitos legais para a atribuição de efeito suspensivo aos embargos
à execução, em razão da ausência de garantia do juízo, deve prevalecer a regra prevista
no caput do artigo 919 do novo Código de Processo Civil, ou seja, a inexistência de
efeito suspensivo. 3. Agravo de Instrumento a que se negaprovimento. (AI 0017729-
56.2016.827.0000, Rel. Des. JOÃO RIGO, 5ª Turma, 2ª Câmara Cível, julgado em
17/05/2017.

Por outro lado, destaco que o ajuizamento de qualquer ação cognitiva não é causa para
extinguir, nem sequer para suspender o processo executivo calcado em título líquido,
certo e exigível, porquanto não se enquadra em quaisquer das hipóteses legais do art.
921, incisos I a V do Novo Código de Processo Civil.

Ao contrário, é assente que o mero ajuizamento de demanda cognitiva, relacionada ao


título que está sendo executado não basta à suspensão do processo de execução.

Aliás, essa é a ilação que se deduz da regra trazida pelo §1º do art. 784 do Novo Código
de Processo Civil de que a propositura de qualquer ação relativa a débito constante de
título executivo não inibe o credor de promover-lhe a execução.

Considero, ainda que o julgamento da ação revisional possa importar em alteração das
cláusulas contratuais firmadas em razão do reconhecimento de ilegalidades, não haverá
qualquer prejuízo ao prosseguimento da execução, na medida em que poderá ser
readequado o montante do crédito, com base no apurado na ação revisional

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Nesse sentido, colaciono o seguinte precedente do Superior Tribunal de Justiça:

AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO


DECLARATÓRIA DE NULIDADE E REVISÃO DE CLÁUSULAS
CONTRATUAIS. SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO. PREJUDICIALIDADE NÃO
RECONHECIDA PELA INSTÂNCIA ORDINÁRIA. INVERSÃO DO JULGADO.
NECESSIDADE DE REEXAME DE PROVAS. SÚMULA 07/STJ. 1. A jurisprudência
desta Corte é firme no sentido de que o julgamento de ação revisional, apontando a
ilegalidade de cláusulas do contrato que aparelha a execução, não torna ilíquido o
crédito. Precedentes. 2. Rever as conclusões do acórdão recorrido quanto à
prejudicialidade da ação declaratória em relação a execução demandaria o reexame de
matéria fático-probatória, o que é vedado em recurso especial, nos termos da Súmula nº
7 do Superior Tribunal de Justiça. 3. Agravo interno não provido. (AgInt no AREsp
950.153/SP, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA,
julgado em 25/10/2016, DJe 10/11/2016)

Ademais a propositura de qualquer ação relativa ao débito constante do título


executivo não retira a liquidez, certeza e exigibilidade do título executado, não havendo
que se falar, portanto, que o título executivo em questão não é exigível.

Confiram-se os julgados abaixo que definem claramente essa premissa, verbis:

AGRAVO REGIMENTAL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. DANO MORAL.


PROTESTO DE NOTA PROMISSÓRIA. MORA CARACTERIZADA.
INEXISTÊNCIA DE ATO ILÍCITO. 1.- A jurisprudência desta Corte já decidiu que
"não retira a liquidez do título, possível julgamento de ação revisional do contrato
originário, demandando-se, apenas, adequação da execução ao montante apurado na
ação revisional" (REsp 593.220/RS, Rel. Min. NANCY ANDRIGHI, DJ. 7.12.2004).
[...] (AgRg nos EDcl no REsp 959.553/RJ, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, TERCEIRA
TURMA, julgado em 22/03/2011, DJe 30/03/2011)

PROCESSUAL CIVIL. SFH. RECURSO ESPECIAL. DIVERGÊNCIA


JURISPRUDENCIAL NOTÓRIA. CONFIGURAÇÃO. EXECUÇÃO
EXTRAJUDICIAL. TÍTULO EXECUTIVO. AÇÃO REVISIONAL JULGADA
PROCEDENTE. LIQUIDEZ DO TÍTULO DA EXECUÇÃO. READEQUAÇÃO.
RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. 1. "[...] Esta Corte Superior tem decidido que
o julgamento de ação revisional não retira a liquidez do título executado (contrato), não

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impedindo, portanto, a sua execução. Com efeito, "o fato de ter sido determinada a
revisão do contrato objeto da ação executiva não retira sua liquidez, não acarretando a
extinção do feito. Necessário apenas a adequação da execução às modificações impostas
pela ação revisional" (REsp nº 569.937/RS, Rel. Ministro CÉSAR ASFOR ROCHA, DJ
de 25.9.2006). Precedentes. [...] (REsp 967.783/PR, Rel. MIN. CARLOS FERNANDO
MATHIAS (JUIZ CONVOCADO DO TRF 1ª REGIÃO), SEGUNDA TURMA,
julgado em 15/04/2008, DJe 29/04/2008) PROCESSO CIVIL - RECURSO ESPECIAL
- EMBARGOS DO DEVEDOR - OFENSA AOS ARTS. 265, IV, "A", E 585, § 1º, DO
CPC - SÚMULA 211/STJ - EXECUÇÃO - ALTERAÇÃO DE CLÁUSULAS
CONTRATUAIS EM AÇÃO REVISIONAL

- LIQUIDEZ DO TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL - AJUSTE DO VALOR


EXECUTADO. [...] 2 - Esta Corte Superior tem decidido que o julgamento de ação
revisional não retira a liquidez do título executado (contrato), não impedindo, portanto,
a sua execução. Com efeito, "o fato de ter sido determinada a revisão do contrato objeto
da ação executiva não retira sua liquidez, não acarretando a extinção do feito.
Necessário apenas a adequação da execução às modificações impostas pela ação
revisional" (REsp nº 569.937/RS, Rel. Ministro CÉSAR ASFOR ROCHA, DJ de
25.9.2006). Nesta esteira: REsp nº 668.544/PR Rel. Ministro CARLOS ALBERTO
MENEZES DIREITO, DJ de 30.6.2006; REsp nº 593.220/RS, Rel. Ministra NANCY
ANDRIGHI, DJ de 21.2.2005; AgRg no Ag nº 680.368/RS, Rel. Ministro FERNANDO
GONÇALVES, DJ de 5.9.2005. [...] (REsp 824.255/MG, Rel. Ministro JORGE
SCARTEZZINI, QUARTA TURMA, julgado em 26/09/2006, DJ 30/10/2006, p. 326)

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. AÇÃO


REVISIONAL JULGADA PROCEDENTE. LIQUIDEZ DO TÍTULO QUE
EMBASOU A EXECUÇÃO. - Não retira a liquidez do título, possível julgamento de
ação revisional do contrato originário, demandando-se, apenas, adequação da execução
ao montante apurado na ação revisional. [...] (REsp 593.220/RS, Rel. Ministra NANCY
ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 07/12/2004, DJ 21/02/2005, p. 176)

Por essa razão foi editada a súmula nº 380 do Superior Tribunal de Justiça que firmou o
precedente de que a SIMPLES PROPOSITURA DA AÇÃO DE REVISÃO DE
CONTRATO NÃO INIBE A CARACTERIZAÇÃO DA MORA DO AUTOR.

Pondero ainda que não há prova alguma de acertamento do quantum


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debeatur favorável ao embargante ou ao embargado, situação que somente será possível


no acertamento do direito em fase executória da ação revisional de contrato.

Dessa forma, a definição do quantum debeatur deve ficar para fase pré-executória, de
liquidação de sentença da ação revisional, com a apresentação do cálculo aritmético
que a parte vencedora exequente tiver de crédito eventual,em forma de planilha
contendo memória discriminada e atualizada do cálculo, que deverá observar a sentença
definitiva da ação revisional após transito em julgado.

Em sendo assim, não prospera o argumento de que a execução deve ser suspensa até o
julgamento definitivo da ação revisional ou de que a ação de execução é prescrita, pois
se a ação revisional foi proposta em período anterior ao ajuizamento desta execução foi
interrompida uma vez e suspenso os efeitos do protesto a prescrição está suspensa até
a presente data, o que não impede a postulação do direito no poder judiciário, mesmo
após o prazo de 05 anos.

Com o ajuizamento da ação revisional houve a interrupção da prescrição conforme


artigo 202, I, CC e quando o magistrado suspendeu os efeitos do protesto ocorreu a
suspensão da prescrição, o que desde logo deixo registrado o meu convencimento que a
execução não está prescrita.

Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á:

I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a


promover no prazo e na forma da lei processual;

Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr da data do ato que a


interrompeu, ou do último ato do processo para a interromper.

Art. 199. Não corre igualmente a prescrição:

I - pendendo condição suspensiva.

Como bem explica Paulo Nader no seu livro Curso de Direito Civil – Parte
Geral , fls. 578: “ Quem tem um direito condicionado à um acontecimento futuro e
incerto não dispõe de ação que o assegure, pois se encontra apenas na expectativa de
vir a ter um direito incorporada ao seu patrimônio. Somente na hipótese de a condição
se verificar é que o prazo prescricional começará a fluir”. Ou melhor, apenas com a
edição de uma sentença definitiva e transitada em julgado da ação revisional que foi a

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primeira a ser ajuizada é que o embargante teria o prazo prescricional iniciado em seu
favor.

Ante o exposto e os documentos juntados aos autos, determino que seja processado os
embargos sem efeito suspensivo, autorizando ao credor efetivar as medidas de
satisfação do crédito que entender necessárias Determino que conforme o Art. 920, I,
CPC o exequente seja ouvido no prazo de 15 (quinze) dias.

Autorizo a averbação dessa execução no cartório de registro de imóveis a ser procedido


pelo embargado, a seu critério.

Determino que seja inscrita essa execução nos órgãos de restrição por fundamento novo,
pois o título continua líquido, certo e exigível e não há sentença definitiva nem
acertamento do quantum debeatur, nos termos do que ficou definido nessa decisão..

Faculto que o embargante recolha custas e taxa judiciária imediatamente, ou prove que
não tem condições financeiras juntando as três últimas declarações do imposto de renda,
sob pena de cancelamento dessa distribuição.

Cumpra-se.

Pedro Afonso, [$data.dataPorExtenso()]

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

1.2- DESPACHOS DE FAMÍLIA

1.2.1- Recebimento inicial curatela e estatuto deficientes

Decisão

A Lei 13.146, de 6 de julho de 2015, que tem a missão de promover inclusão de pessoas
com deficiência, seja física ou mental e que entrou em vigor após seis meses de sua
publicação, ocorrida em 6 de julho de 2015, admite apenas como absolutamente
incapaz no ordenamento jurídico brasileiros os menores de 16 anos.

Em que pese o pedido de tutela antecipada tenha sido no sentido de ser concedida
liminar para desde logo nomear o(a) requerente como curador(a), o caso é de que o
interditando(a) tem o direito de ser ouvido(a) no sentido de querer ter mais de um
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tomador de decisão, pois é considerada como pessoa física relativamente incapaz, após
a novel mudança do código civil.

Vejamos o contexto da mudança em significativos artigos do Código Civil:

“Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:

.....................................................................................

II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico;

III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua
vontade;

“Art. 1.771. Antes de se pronunciar acerca dos termos da curatela, o juiz, que deverá
ser assistido por equipe multidisciplinar, entrevistará pessoalmente o interditando.”
(NR)

“Art. 1.772. O juiz determinará, segundo as potencialidades da pessoa, os limites da


curatela, circunscritos às restrições constantes do art. 1.782, e indicará curador.

Parágrafo único. Para a escolha do curador, o juiz levará em conta a vontade e as


preferências do interditando, a ausência de conflito de interesses e de influência
indevida, a proporcionalidade e a adequação às circunstâncias da pessoa.” (NR)

“Art. 1.775-A. Na nomeação de curador para a pessoa com deficiência, o juiz poderá
estabelecer curatela compartilhada a mais de uma pessoa.”

Art. 1.783-A. A tomada de decisão apoiada é o processo pelo qual a pessoa com
deficiência elege pelo menos 2 (duas) pessoas idôneas, com as quais mantenha vínculos
e que gozem de sua confiança, para prestar-lhe apoio na tomada de decisão sobre atos
da vida civil, fornecendo-lhes os elementos e informações necessários para que possa
exercer sua capacidade.

§ 1o Para formular pedido de tomada de decisão apoiada, a pessoa com defici ncia e os
apoiadores devem apresentar termo em que constem os limites do apoio a ser oferecido
e os compromissos dos apoiadores, inclusive o prazo de vig ncia do acordo e o respeito
à vontade, aos direitos e aos interesses da pessoa que devem apoiar.

§ 2o O pedido de tomada de decisão apoiada será requerido pela pessoa a ser apoiada,
com indicação expressa das pessoas aptas a prestarem o apoio previsto no caput deste
artigo.

§ 3o Antes de se pronunciar sobre o pedido de tomada de decisão apoiada, o juiz,


assistido por equipe multidisciplinar, após oitiva do Ministério Público, ouvirá
pessoalmente o requerente e as pessoas que lhe prestarão apoio.

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Ante o exposto, RECEBO a inicial como pedido de curatela parcial de relativamente


incapaz, para que seja designada audiência para oitiva do(a) interditando(a), cujo
objetivo será saber se aceita o pedido feito pela parte autora, ou, se quer impor limites
ou incluir outra pessoa na tomada de decisões de atos que interesse diretamente a sua
vida civil.

Defiro os benefícios da justiça gratuita.

Designo a servidora xx para ouvir a idosa e colher sua vontade pessoal, em caso de
ausência dessa magistrada, por entender que se trata de ato de voluntariedade e se não
ficar possível a colheita da vontade certifique o estado da parte ré

Data da audiência xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Deve a parte ré ser citada pessoalmente e comparecer com a rerquerente para audiência
designada, pois é pessoa relativamente capaz, e tem o direito de expressar sua
vontade após a mudança do Código Civil pela Lei 13.146 de 2015.

Cientifique o MP e a requerente para comparecer ao ato.

Após a audiência, desde logo, o cartório deve encaminhar os autos ao TJTO, para
perícia médica, se o juiz entender que pela deficiência apresentada em audiência não
fique comprovada a necessidade de um curador.

Se ficar comprovada a necessidade de curatela parcial, para fins específicos, deve o


pedido de tutela antecipada ser decidido após a audiência conciliatória.

Pedro Afonso,[$data.dataPadrao()]

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

1.2.2- Despacho recebimento inicial ações da vara de família

Despacho

Recebo a inicial.

Fica deferido eventual pedido de justiça gratuita, caso tenha sido feito na peça inicial,
mas condicionado ao aceite do réu.

Intimem-se o réu para comparecer audiência de conciliação promovida pelo CEJUSC,


mediação, cuja data será o termo inicial em que o réu fica oficialmente citado para que
apresente contestação, conforme artigo 335, I, CPC, no prazo de 15 dias úteis. Em ações
de investigação de paternidade, o Cejusc deverá intimar o perito judicial para
comparecer ao ato e fazer eventual colheita de prova para análise laboratorial.

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Se ambas as partes não tiverem interesse na conciliação a audiência não será realizada,
ficando a data do protocolo do réu, pelo não interesse de transação, a data inicial do
prazo de contestar o feito em 15 dias úteis.

A audiência de conciliação somente não ocorre se ambas as partes não tiverem interesse
ou quando o magistrado entender que não é caso de composição judicial.

Ocorrendo a conciliação, e não houver ciência do MP, encaminhem-se a este para


analise e após cls para o magistrado.

Não ocorrendo conciliação fica o CEJUSC autorizado a intimar o autor que o prazo para
réplica é após o prazo da contestação do réu.

Delego ao Cejusc a criar um calendário para o andamento célere de cada ação,


definindo no feito o prazo para contestar, o prazo para replica e o prazo para ambas as
partes dizerem as provas que pretendem produzir, ou até mesmo de indicar quando
possível data para audiência de instrução e julgamento, conforme artigo 191 do CPC:

Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos
atos processuais, quando for o caso.

§ 1o O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão


modificados em casos excepcionais, devidamente justificados.

§ 2o Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato processual ou a realização


de audiência cujas datas tiverem sido designadas no calendário.

Ante o exposto, Intimem-se o réu para a audiência de conciliação e bem como se tiver
alguma decisão liminar adote o cumprimento imediatamente.

Pedro Afonso, [$data.dataPorExtenso()]

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

1.2.3- Despacho recebimento inicial ação investigação de paternidade


DESPACHO

1 – Defiro a gratuidade processual, processe-se em segredo de justiça;

2 – Coloque-se em pauta audiência de conciliação/mediação a ser realizada pelo


CEJUSC, podendo as partes optarem pela coleta de material genético a ser custeado
pelo Requerido, no valor de R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais).

3 – Cite-se e intime-se o réu para se defender da ação e comparecer audiência inicial de


conciliação, observando que a CITAÇÃO deve ocorrer com antecedência mínima de 15
dias da data designada para audiência, conforme artigo 695, parágrafo segundo, CPC.

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As partes ficam desde já intimadas que a partir da audiência será contado o prazo para
contestação, presentes ou não, nos moldes do artigo 335 do CPC.

Dê ciência ao Ministério Público.

Cumpra-se. Intime-se.

Pedro Afonso-TO, [$data.dataPorExtenso()].

Juíza Luciana Costa Aglantzakis

1.3- DESPACHOS DE JUIZADO ESPECIAL CÍVEL

1.3.1- Despacho suspensão feito tusd tust

Assunto: Repetição indébito TUSD TUST

Despacho

Em obediência a decisão do STJ, e considerando que o tema é objeto de Recurso


Especial que foi aceito como como representativo da controvérsia em dezembro de
2017, conjuntamente com o REsp 1.699.851/TO e o REsp 1.692.023/MT, nos termos do
artigo 1.036, § 5º, do CPC/2015, observando-se o que segue:

a) a delimitação da seguinte tese controvertida: "questão atinente à inclusão da Tarifa de


Uso do Sistema Transmissão de Energia Elétrica (TUST) e da Tarifa de Uso do Sistema
de Distribuição de Energia Elétrica (TUSD) na base de cálculo do ICMS";

b) a suspensão de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que versem


acerca da questão delimitada e tramitem no território nacional (art. 1037, II, do
CPC/2015);

c) a comunicação, com cópia do acórdão, aos Ministros da Primeira Seção do STJ e aos
Presidentes dos Tribunais Regionais Federais, Tribunais de Justiça e à Turma Nacional
de Uniformização;

Fica o feito suspenso até que o tema seja julgado pelo STJ.

Intimem-se as partes dessa decisão, devendo o autor movimentar o feito a partir do


momento que o feito for julgado, bem como o réu.

Cumpra-se.

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Pedro Afonso, [$data.dataPorExtenso()]

Juiza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

1.3.2- Despacho recebimento inicial JEC TITULO EXTRAJUDICIAL

DESPACHO

1- Recebo parcialmente a inicial e verifico que é possível execução de título


extrajudicial no rito do Juizado Especial Civil, que expressa no seu artigo 54 que o
“acesso independerá, em primeiro grau de jurisdição, do pagamento de custas, taxas ou
despesas” Este ato de recebimento é apto para cientificar o credor que este rito é célere e
naõ cabe indicar novo endereço do devedor se indicar errado ou de indicar nova penhora
se não for encontrado bens pelo oficial de justiça ou em bacen jud, será caso de
extinção imediata;

2- Cite-se o executado e seu cônjuge para, no prazo de 03 dias, efetuar o pagamento da


dívida, sob pena de penhora de tantos bens quantos bastem para garantia da mesma(
principal, juros, custas e honorários advocatícios), No mandado de citação deve constar
ordem ao oficial de dizer os bens que guarnecem a residência e perguntar ao executado
se ele tem bens para satisfazer a execução simples no juizado.

3- Se o executado não for localizado, o processo deve ser extinto de imediato por esse
juízo pois segundo o artigo 53 § 4º Não encontrado o devedor ou inexistindo bens
penhoráveis, o processo será imediatamente extinto, devolvendo-se os documentos ao
autor.

4- Sendo encontrado o devedor mas depois de 3 dias não localizado bens, o feito será
remetido ao juiz para bacen jud. Não encontrado bens o feito será extingo por inexistir
bens penhoráveis

Fixo honorários em 10% do valor da execução e reduzo pela metade se o pagamento for
feito em 03 dias, conforme artigo 827, parágrafo segundo do CPC.

Cite-se. Intimem-se e Cumpra-se.

Pedro Afonso-TO, [$data.dataPorExtenso()].

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

1.3.3- Despacho recebimento recurso inominado JEC

DESPACHO

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Intime-se as partes para conhecimento do julgamento do recurso e no prazo de 10 (dez)


dias, requerer o que entender de direito, sob pena de arquivamento.

Entretanto este feito somente pode ser desarquivado para cumprimento de sentença nos
autos até o prazo de até 01 ano do transito em julgado.

Isso porque pelo novo CPC se a parte não ingressar com ação de cumprimento de
sentença no prazo do artigo 513 § 4º do CPC, a intimação deve ser feita na pessoa do
devedor, por meio de carta com aviso de recebimento, EM AUTOS APARTADOS.

Decorrido o prazo de 10 dias sem que tenha ingressado com o pedido de cumprimento o
cartório deverá cobrar custas e taxa imediatamente e fazer o arquivamento.

Em caso de anulação de sentença a intimação deverá ser para cumprir o determinado


pelo TJTO.

Cumpra-se. Intime-se.

Pedro Afonso-TO, [$data.dataPorExtenso()].

Juiza Luciana Costa Aglantzakis

1.3.4- Recebimento inicial JEC com cejusc

DESPACHO

1 – Recebo a presente inicial do Juizado Especial Cível.

Cite-se o requerido para querendo contestar o pedido nos termos do artigo 30 e 31 da


Lei n. 9099/95 no prazo de 15 (quinze) dias sob pena de confissão e revelia, sendo o
prazo de 15 dias a ser contado da data de audiência se houver intimação em tempo do
réu e não havendo a contar da data da devolução do mandado no eproc.

Determino o agendamento de audiência de conciliação/mediação a ser realizada pelo


CEJUSC no fórum de Pedro Afonso.

O não comparecimento do autor implica em arquivamento do feito e o não


comparecimento do réu em revelia.

Intimem-se o réu para comparecer audiência de conciliação promovida pelo CEJUSC,


mediação, cuja data será o termo inicial em que o réu fica oficialmente citado para que
apresente contestação, conforme artigo 335, I, CPC, no prazo de 15 dias úteis.

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Se ambas as partes não tiverem interesse na conciliação a audiência não será realizada,
ficando a data do protocolo do réu, pelo não interesse de transação, a data inicial do
prazo de contestar o feito em 15 dias úteis.

A audiência de conciliação somente não ocorre se ambas as partes não tiverem interesse
.

Não ocorrendo conciliação fica o CEJUSC autorizado a intimar o autor que o prazo para
manifestação será de 15 dias úteis, ou do que entender de direito, após ajuizamento de
contestação pelo réu.

Se houver ausência do réu com justificativa, conta-se a partir desta data o prazo para
peticionamento de contestação pelo réu e após este o prazo de impugnação do autor.

Em caso do réu não ter sido intimado em tempo hábil para comparecer a audiência o
prazo da contestação será o da data da devolução da carta precatória e juntada no
sistema eproc.

Se não tiver ocorrida a citação do réu e este fato for verificado em audiência, deve o
autor indicar novo endereço válido em 15 dias úteis, sob pena de extinção da ação.

Delego ao Cejusc a criar um calendário para o andamento célere de cada ação,


definindo no feito o prazo para contestar, o prazo para replica e o prazo para ambas as
partes dizerem as provas que pretendem produzir, ou até mesmo de indicar quando será
possível futura data para audiência de instrução e julgamento, conforme artigo 191 do
CPC:

Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos
atos processuais, quando for o caso.

§ 1o O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão


modificados em casos excepcionais, devidamente justificados.

§ 2o Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato processual ou a realização


de audiência cujas datas tiverem sido designadas no calendário.

Com a intimação do calendário o feito fica automaticamente com os atos realizados, e a


depender da situação será conclusos ao juiz para analise de necessidade de análise das
provas indicadas pelas partes, ou para desde já realizar audiência de instrução e
julgamento.

Consigne-se no mandado que, não sendo contestada a ação, se presumirão aceitos como
verdadeiros os fatos articulados na inicial pelo autor;

Ante o exposto, Intimem-se o réu para a audiência de conciliação e bem como se tiver
alguma decisão liminar adotar o cumprimento imediato desta. O cartório deverá juntar

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cópia integral deste despacho para ciência do réu e do autor de seus prazos e deveres
processuais.

Datado e certificado pelo eproc.

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

1.3.5- Despacho recebimento inicial título judicial

DESPACHO

Recebo a presente execução.

1 - A Contadoria para atualizar o débito exequendo e a seguir expeça-se mandado de


penhora, avaliação, deposito e intimação, do executado e seu eventual cônjuge.

2 - Feita a penhora e avaliado o(s) bem(s) penhorado(s) intime-se o(a) executado(a) do


prazo de que dispõe para oferecer impugnação, que segundo o enunciado nº 104 do
FONAJE “ Na execução por título judicial o prazo para oferecimento de embargos será
de quinze dias e fluirá da intimação da penhora, sendo o recurso cabível o
inominado( aprovado no XIX Encontro – Aracaju/SE)”.

3 - Após, volvem-me para designar audiência ou bloqueio BACEN jud.

Pedro Afonso, [$data.dataPadrao()]

Juíza LUCIANA AGLANTZAKIS

1.3.6- Despacho Saneador processo de juizado título extrajudicial


DESPACHO

1- No rito do Juizado Especial Civil, que expressa no seu artigo 54 que o “acesso
independerá, em primeiro grau de jurisdição, do pagamento de custas, taxas ou
despesas” Este ato de recebimento é apto para cientificar o credor que este rito é célere e
não cabe indicar novo endereço do devedor se indicar errado ou de indicar nova penhora
se não for encontrado bens pelo oficial de justiça ou em bacen jud, será caso de
extinção imediata;

2- Em caso de não ser localizado o endereço o feito será extinto.

3- Se o executado não for localizado, o processo deve ser extinto de imediato por esse
juízo pois segundo o artigo 53 § 4º Não encontrado o devedor ou inexistindo bens
penhoráveis, o processo será imediatamente extinto, devolvendo-se os documentos ao
autor.

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4- Sendo encontrado o devedor mas depois de 3 dias não localizado bens, o feito será
remetido ao juiz para bacen jud.. Não encontrado bens o feito será extingo por inexistir
bens penhoráveis, devendo a parte ser intimada para em 48 horas ter oportunidade de
indicar bem específico.

Dessa forma, intimo a PARTE em 48 horas para cientificar que o processo será extinto e
se quiser ajuize no rito da Vara Comum. O processo será conclusos para extinção

Pedro Afonso-TO, [$data.dataPorExtenso()].

Juiz de Direito

1.4- DESPACHOS DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO

1.4.1- Recebimento inicial auxilio invalidez


DESPACHO

Recebo a inicial e defiro os benefícios da Justiça Gratuita.

Considerando a Recomendação Conjunta 01 de 15 de dezembro de 2015 que dispõe


sobre a adoção de procedimentos uniformes nas ações judiciais que envolvam a
concessão de benefícios previdenciários de aposentadoria por invalidez, auxílio –
doença e auxilio acidente, DETERMINO que seja o requerente submetido a perícia
médica a ser realizada pela Junta Médica do TJTO e ser remetido os autos para informar
a data e o horario em que o periciando deverá comparecer.

Atendida a determinação acima, intimem-se o autor para comparecer no local, data e


horário designado para realização da perícia médica.

Deve ainda as partes serem intimadas para, querendo, apresentar quesitos


complementares ou assistente técnico em 05 dias.

Após a juntada do laudo, CITE-SE o requerido para, no prazo legal de 30 dias uteis,
conforme artigos 183 do CPC.

Após, apresentada a contestação, intime-se o autor para, no prazo de 15 (quinze) dias,


manifestar-se em réplica, conforme artigo 350 do CPC.

Transcorrido in albis o prazo para contestar ou ofertada a réplica pelo autor, volvam os
autos conclusos.

INSIRA O MP NESTE PROCESSO, PARA QUE DIGA SE TEM INTERESSE

CUMPRA-SE. INTIMEM-SE.

Pedro Afonso-TO, [$data.dataPorExtenso()]


Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 40
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Pedro Afonso-Tocantins

Juíza Luciana Costa Aglantzakis

1.4.2- Despacho expede alvará previdenciário

DESPACHO

Considerando que a Justiça Federal informou que os valores devidos já foram


depositados em nome da parte e do advogado, intime-se para retirar em cartório os
respectivos alvarás.

Expeça-se o necessário.

Proceda-se o trânsito em julgado e baixa.

Observe-se os termos da sentença, havendo condenação em custas, remeta-se ao


COJUN/DIFIN para cálculo e as cobranças devidas.

Cumpra-se. Intime-se.

Pedro Afonso-TO, [$data.dataPorExtenso()].

Juiz de Direito

1.5- DESPACHOS DO RITO ORDINÁRIO

1.5.1- Despacho recebimento inicial usucapião

DECISÃO

Citem-se pessoalmente a pessoa em cujo nome estiver transcrito o imóvel e os


confinantes, e por edital, com prazo de 30 ( trinta) dias, os interessados ausentes,
incertos e desconhecidos( art. 942 e 232, IV, CPC), para, querendo contestarem a ação
no prazo de 15 ( quinze) dias, sob pena de presumirem-se verdadeiros os fatos
alegados na petição inicial.

Intimem-se por via postal, para que manifestem interesse na causa, a União, o
Estado e o município que se localiza o bem a ser usucapido, remetendo-se a cada um
deles cópia da petição inicial e dos documentos que a instruem.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 41


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Após, ciência ao MP

Intimem-se.

Pedro Afonso,[$data.dataPadrao()]

[$processo.getRelator()]

1.5.2- Despacho recebimento inicial geral com cejusc

DESPACHO

Ficam as partes devidamente intimadas para comparecerem audiência de conciliação no


[$processo.getAudiencia()], sendo que em caso de processo do rito especial do juizado
Especial Cível as partes ficam cientes que para a ausência do autor o processo será
extinto e em caso de ausência do réu ocorre revelia.

Em processo de rito ordinário e de familia a audiência de conciliação é um momento


propício de resolver o litígio, ficando as partes intimadas para comparecer audiência de
conciliação a ser realizada no CEJUS de Pedro Afonso.

Ambas as partes ficam intimadas que se comparecerem a audiência ficam desde já


intimadas para apresentar contestação com o prazo a contar da data de audiência e se
não aparecerem o prazo conta-se conforme a regra do novo CPC.

Art. 335. O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias,
cujo termo inicial será a data:

I - da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação,


quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição;

II - do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de


mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4o, inciso I;

III - prevista no art. 231, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais
casos.

§ 1o No caso de litisconsórcio passivo, ocorrendo a hipótese do art. 334, § 6o, o termo


inicial previsto no inciso II será, para cada um dos réus, a data de apresentação de seu
respectivo pedido de cancelamento da audiênciades

ANTE O EXPOSTO FICA A PARTE A COMPARECER AUDIENCIA DE


CONCILIAÇÃO NO CEJUS designada pelo CARTÓRIO, e intimado a CONSTAR
conforme artigo 335, I, CPC, REGRA GERAL.

Cumpra-se. Intime-se.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 42


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Pedro Afonso, [$data.dataPorExtenso()]

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

1.5.3- Despacho comprovação justiça gratuita

DESPACHO

Considerando que os benefícios da assistência judiciária e ou gratuidade da justiça é


relativa, determino:

Intime-se a parte autora, para em 05 (cinco) dias, comprovar os pressupostos legais para
a concessão da gratuidade, nos termos do art. 99, § 2º do CPC, sob pena de baixa na
distribuição.

Decorrido o prazo, conclusos para decidir.

Cumpra-se. Intime-se.

Datado e certificado pelo sistema.

Juíza Luciana Costa Aglantzakis

Ou

DESPACHO

Junte-se em 15 dias declaração de hipossuficiência da parte interessada, ou o


recolhimento de custas, sob pena de indeferimento da petição inicial por ausência de
pressuposto processual, na forma do artigo 99 e parágrafo terceiro do CPC, verbis:

Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na
contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso.

§ 1o Se superveniente à primeira manifestação da parte na instância, o pedido poderá


ser formulado por petição simples, nos autos do próprio processo, e não suspenderá seu
curso.

§ 2o O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos elementos que
evidenciem a falta dos pressupostos legais para a concessão de gratuidade, devendo,
antes de indeferir o pedido, determinar à parte a comprovação do preenchimento dos
referidos pressupostos.

§ 3o Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por


pessoa natural.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 43


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Por ser um direito personalíssimo entendo que o simples pedido do advogado na peça
inicial é incompleto para o deferimento dessa petição. Emende-se em 15 dias.

Datado e certificado pelo eproc.

Juíza LUCIANA AGLANTZAKIS

1.5.4- Despacho recebimento inicial com cejusc modelo 02

DESPACHO

1 – Recebo a inicial.

Fica deferido eventual pedido de justiça gratuita, caso tenha sido feito na peça inicial,
mas condicionado ao aceite do réu.

Intimem-se o réu para comparecer audiência de conciliação promovida pelo CEJUSC,


mediação, cuja data será o termo inicial em que o réu fica oficialmente citado para que
apresente contestação, conforme artigo 335, I, CPC, no prazo de 15 dias úteis. Em ações
de investigação de paternidade, o Cejusc deverá intimar o perito judicial para
comparecer ao ato e fazer eventual colheita de prova para análise laboratorial.

Se ambas as partes não tiverem interesse na conciliação a audiência não será realizada,
ficando a data do protocolo do réu, pelo não interesse de transação, a data inicial do
prazo de contestar o feito em 15 dias úteis.

A audiência de conciliação somente não ocorre se ambas as partes não tiverem interesse
ou quando o magistrado entender que não é caso de composição judicial.

Ocorrendo ou não a conciliação, e houver necessidade de oitiva do MP, encaminhem-se


a este para analise após o prazo final de replica do autor, ficando o MP intimado para
também indicar provas que pretende produzir.

Não ocorrendo conciliação fica o CEJUSC autorizado a intimar o autor que o prazo para
réplica de 15 dias úteis é após o prazo da contestação do réu,, indicado pelo sistema,
sendo a data do inicio o dia da audiencia conciliação se houver o comparecimento do
réu, ou seu não comparecimento injustificado.

Se houver sua ausência com justificativa, conta-se a partir da data do peticionamento o


prazo para contestar e após este o de impugnação da contestação.

Em caso do réu não ter sido intimado em tempo hábil para comparecer a audiência o
prazo da contestação será o da data da devolução da carta precatória e juntada no
sistema eproc.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 44


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Se não tiver ocorrida a citação do réu, deve o autor indicar novo endereço válido em 15
dias úteis, sob pena de extinção da ação.

Delego ao Cejusc a criar um calendário para o andamento célere de cada ação,


definindo no feito o prazo para contestar, o prazo para replica e o prazo para ambas as
partes dizerem as provas que pretendem produzir, ou até mesmo de indicar quando
possível data para audiência de instrução e julgamento, conforme artigo 191 do CPC:

Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos
atos processuais, quando for o caso.

§ 1o O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão


modificados em casos excepcionais, devidamente justificados.

§ 2o Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato processual ou a realização


de audiência cujas datas tiverem sido designadas no calendário.

Com a intimação do calendário o feito fica automaticamente com os atos realizados, e a


depender da situação será conclusos ao juiz para analise de necessidade de análise das
provas indicadas pelas partes, ou para desde já realizar audiência de instrução e
julgamento.

3- Segundo a sistemática do novo CPC, a ausência injustificada do réu ou autor da


audiência implica em multa a ser revertida em favor do Estado, em até 2 % do valor da
causa, conforme artigo334 parágrafo oitavo do CPC e as partes devem estar
acompanhadas de seus advogados ou defensores públicos, salvo justificativa decorrente
da carência da região, que pode ser relevado por esse juízo em que será aceito proposta
de acordo que deve ser analisada por advogado que será nomeado para o ato ou
momento oportuno, devido a carência de causídicos na Comarca.

4- Consigne-se no mandado que, não sendo contestada a ação, se presumirão aceitos


como verdadeiros os fatos articulados na inicial pelo autor;

Ante o exposto, Intimem-se o réu para a audiência de conciliação e bem como se tiver
alguma decisão liminar adote o cumprimento imediatamente. O cartório deverá juntar
cópia integral deste despacho para ciência do réu e do autor de seus prazos e deveres
processuais.

7 - Defiro a Assistência Judiciária.

Cumpra-se. Intime-se.

Pedro Afonso-TO, [$data.dataPadrao()].

Juíza Luciana Costa Aglantzakis

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 45


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1.5.5- Despacho intimação pessoal para manifestar no feito

DESPACHO

Intime-se a parte autora PESSOALMENTE para, querendo, atender a determinação


anterior deste Juizo no prazo de 05 dias, ficando intimada também que no caso de
negligência das partes se o processo ficar parado mais de um ano, ambos pagam as
custas pela metade, e se no caso do autor não promover os atos que lhe competem por
mais de 30 dias, o que indica situação de abandono de causa, a ele incumbe o
pagamento das custas, despesas e honorários, devendo constar no mandado, nos termos
do art. 485, II e III e parágrafo primeiro do novo CPC, sob pena de extinção e
arquivamento.

Ao autor deve ser oportunizado realizar o ato pelo qual o seu patrono não se manifestou,
nos termos do parágrafo priemeiro do artigo 485 do CPC. Confira-se:

Nesse sentido é o julgado abaixo:

RECURSO DE APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DE EXECUÇÃO POR TÍTULO


EXTRAJUDICIAL – EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO
– ARTIGO 485, INCISO III E § 1º, DO CPC/15 - ABANDONO DA CAUSA –
AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO PESSOAL DA PARTE AUTORA COM
ADVERTÊNCIA EXPRESSA ACERCA DA POSSIBILIDADE EXTINÇÃO DO
FEITO NO PRAZO DE 5 (CINCO) DIAS – NÃO OCORRÊNCIA DO ABANDONO -
RECURSO PROVIDO. Para a extinção do feito por abandono da causa, imprescindível
a intimação pessoal da parte autora para suprir a falta no prazo de cinco dias, sob pena
de extinção, nos moldes do § 1º do art. 485 do CPC/15. Não realizada a intimação
pessoal da parte interessada, a anulação da sentença é medida que se impõe, com a
determinação do regular prosseguimento do feito na comarca de origem. (Ap
127830/2016, DESA. MARILSEN ANDRADE ADDARIO, SEGUNDA CÂMARA
CÍVEL, Julgado em 14/12/2016, Publicado no DJE 19/12/2016)

Decorrido o prazo sem manifestação, intime-se a requerida para manifestação em 10


(dez) dias, para fins do art. 485, § 6º do CPC.

Por último, conclusos.

Cumpra-se. Intime-se.

Pedro Afonso-TO, [$data.dataPorExtenso()].

Luciana Costa Aglantzakis

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 46


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Juíza de Direito

1.5.6- Despacho para ter ciência de recurso

DESPACHO

Intime-se as partes para conhecimento do julgamento do recurso e no prazo de 10 (dez)


dias, requerer o que entender de direito, sob pena de arquivamento.

Entretanto este feito somente pode ser desarquivado para cumprimento de sentença nos
autos até o prazo de até 01 ano do transito em julgado.

Isso porque pelo novo CPC se a parte não ingressar com ação de cumprimento de
sentença no prazo do artigo 513 § 4º do CPC, a intimação deve ser feita na pessoa do
devedor, por meio de carta com aviso de recebimento, EM AUTOS APARTADOS.

Decorrido o prazo de 10 dias sem que tenha ingressado com o pedido de cumprimento o
cartório deverá cobrar custas e taxa imediatamente e fazer o arquivamento.

Em caso de anulação de sentença a intimação deverá ser para cumprir o determinado


pelo TJTO.

Cumpra-se. Intime-se.

Pedro Afonso-TO, [$data.dataPorExtenso()].

Juiza Luciana Costa Aglantzakis

1.5.7- Despacho recebe embargos declaratórios


DESPACHO

Considerando o caráter infringente dos Embargos Declaratório, abra-se vista às partes


adversas para, no prazo de 05 dias, querendo, apresentar contrarrazões ao recurso,
conforme artigo 1023 do novo CPC.

Os prazos para interposição de outros recursos estão INTERROMPIDOS conforme


artigo 1026 do CPC, mas este recurso não tem efeito SUSPENSIVO.

No caso em tela não considero que o autor trouxe aos autos motivo idôneo para
suspender decisão monocrática, conforme artigo 1026, pp. primeiro do CPC.

Após, conclusos.

Cumpra-se. Intime-se.

Pedro Afonso-TO, [$data.dataPorExtenso()].

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 47


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Juíza Luciana Costa Aglantzakis

1.5.8- Despacho anexar procuração processo modelo analfabeto

Despacho

Fica o autor intimado que deverá juntar nos autos procuração pública a teor de que na
procuração ad juditia era necessário constar uma procuração publica do seu procurador
que assinou a rogo e não houve juntada desse documento no feito, ou que o analfabeto
indicasse o advogado por intermédio de procuração pública.

TRF-1 - APELAÇÃO CIVEL AC 00588449820154019199 0058844-


98.2015.4.01.9199 (TRF-1)

Data de publicação: 01/02/2018

Ementa: PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL.


PROCURAÇÃO. OUTORGANTE ANALFABETO. AUSÊNCIA DO
INSTRUMENTO PÚBLICO. IRREGULARIDADE SANADA PELO REGISTRO EM
ATA DE AUDIÊNCIA. MANDATO TÁCITO. APOSENTADORIA POR IDADE.
SEGURADO ESPECIAL. EMPREGADO RURAL. REGIME DE ECONOMIA
FAMILIAR DESCARACTERIZADO. BENEFÍCIO INDEVIDO. 1. A ausência de
procuração por instrumento público de demandante analfabeto é suprida pelo mandato
tácito, decorrente do registro, em ata, da presença do autor e de seu advogado na
audiência de instrução e julgamento (AC 0069281-09.2012.4.01.9199/BA; Rel. JUIZ
FEDERAL ANTONIO OSWALDO SCARPA; 1ª CRP/BA; e-DJF1: 03/12/2015). 2. A
aposentadoria por idade será devida ao segurado especial que, cumprida a carência
exigida em lei, completar 60 anos de idade, se homem, e 55, se mulher. Além disso,
deve comprovar o efetivo exercício de atividade rural em regime de economia familiar,
ainda que de forma descontínua, no período imediatamente anterior ao requerimento do
benefício ou do implemento do requisito etário. 3. O autor não se desincumbiu de
apresentar de início razoável de prova material contemporânea ao período de carência
(Súmula nº 34, TNU), de modo que a prova oral, por si, não basta para a concessão do
benefício. 4. Ademais, os registros de vínculos empregatícios rurais na Carteira de
Trabalho e no CNIS demonstram que a sua subsistência advinha dosalário recebido na
condição de empregado rural, o que descaracteriza o labor campesino em regime de
economia familiar previsto no art. 11, VII, "a" e §1º da Lei 8.213/91. Acrescente-se que
a certidão de casamento apresentada qualificou o autor como motorista, o que ainda

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 48


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mais fragiliza a alegada qualidade de segurado especial. 5. Apelação desprovida.


Sentença mantida.

TRF-1 - APELAÇÃO CIVEL AC 00568128620164019199 0056812-


86.2016.4.01.9199 (TRF-1)

Data de publicação: 04/12/2017

Ementa: PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL.


PROCURAÇÃO. OUTORGANTE ANALFABETO. AUSÊNCIA DO
INSTRUMENTO PÚBLICO. IRREGULARIDADE SANADA PELO REGISTRO DA
PRESENÇA DA PARTE ACOMPANHADA POR SEU ADVOGADO EM ATA DE
AUDIÊNCIA. MANDATO TÁCITO. APOSENTADORIA POR IDADE.
SEGURADA ESPECIAL. APELAÇÃO DESPROVIDA. 1. A ausência de procuração
por instrumento público de demandante analfabeto é suprida pelo mandato tácito,
decorrente do registro, em ata, da presença da parte autora e de seu advogado na
audiência de instrução e julgamento (AC 0069281-09.2012.4.01.9199/BA; Rel. JUIZ
FEDERAL ANTONIO OSWALDO SCARPA; 1ª CRP/BA; e-DJF1: 03/12/2015). 2.
Correta a sentença ao não se submeter ao reexame necessário, pois, a despeito da
iliquidez do julgado, percebe-se nitidamente que as diferenças devidas não ultrapassarão
sessenta salários mínimos, pois deferida aposentadoria no valor mínimo a partir de
26/06/2012 e a sentença proferida em 05/05/2015, sendo aplicável à hipótese o § 2º do
art. 475 do CPC /73, vigente ao tempo da sentença. 3. Não se conhece da apelação que
renova o debate sobre ausência de interesse processual por falta de requerimento
administrativo, pois tal questão já foi decidida pela instância a quo, não impugnada
através do recurso próprio, no tempo e modo devidos (art. 473 , CPC /73). 4. Apelação
desprovida

Este documento deve ser juntado no prazo de 15 dias úteis, sob pena de extinção.

Pedro Afonso, [$data.dataPorExtenso()]

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

1.5.9- Despacho citação por edital acolhimento

DESPACHO

1. DEFIRO o pedido de citação editalícia, ADVERTINDO a parte requerente que caso


comprovado que alegou dolosamente a ocorrência das circunstâncias autorizadoras da
citação por edital, incorrerá em multa de 05 (cinco) vezes o salário mínimo, revertida
em benefício do citando (NCPC, art. 258).

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 49


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2. EXPEÇA-SE edital, com prazo de 30 (trinta) dias úteis contados da data da primeira
publicação. PUBLIQUE-SE na rede mundial de computadores, no sítio do Tribunal de
Justiça do Estado do Tocantins e na plataforma de editais do CNJ (NCPC, art. 257, II).
PUBLIQUE-SE, ainda, em jornal de ampla circulação (NCPC, art. 257, parágrafo
único).

3. Em caso de não comparecimento da parte, NOMEIO como curador especial para


defender os interesses do(s) requerido(s) citado(s) por edital, a Defensoria Pública do
Estado do Tocantins, nos termos do art. 72, II do NCPC.

4. INTIME-SE o curador da presente nomeação, CONCEDENDO-LHE vistas ao


processo pelo prazo legal (NCPC, art. 186).

5. INTIME-SE. CUMPRA-SE.

Pedro Afonso-TO., data no sistema.

LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

Juíza de Direito

1.5.10- Despacho citação ente público pelo rito ordinário

DESPACHO

Defiro o pagamento das custas ao final, como requerido pela parte autora. Levante-se o
segredo de justiça, se constar na petição e não for o caso de caso de criança e
adolescente, ou de direito de familia, ou caso em que o sigilo o necessite.

Determino a citação do requerido perante a procuradoria responsável por sua


representação judicial para querendo contestar o pedido no prazo legal (artigo 183
NCPC), nos termos do artigo 246, §§ 1º e 2º do NCPC, sob pena de revelia (artigo 344
NCPC).

Com ou sem resposta do réu, abre-se vistas ao MP,e posteriormente, conclusos.

Intimem-se. Cumpra-se.

Datado e certificado pelo eproc.

LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

Juízo da 1ª Vara Cível de Pedro Afonso

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 50


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1.5.11- Despacho correição TABELA

CORREIÇÃO GERAL ORDINÁRIA

VISTOS EM CORREIÇÃO

Processo nº[$processo.getNumeroDoProcesso()]

Em caráter correicional profiro o despacho/decisão abaixo assinalado e rubricado:

( )O processo está em ordem.

( ) Intime-se a parte autora para, em 10 dias, manifestar-se sobre os docs. Juntados no


evento

( ) Intime-se a parte ré para, em 10 dias, manifestar-se sobre os docs. de evento

( ) Vistas à parte autora pelo prazo de 10 (dez) dias. Intime-se.

( ) Vistas à parte Requerida pelo prazo de 10 (dez) dias. Intime-se.

( ) Intime-se a parte autora, via advogado, para promover o regular andamento do


feito, no prazo de 30 dias, sob pena de extinção do processo (CPC, art. 485, III).

( ) Intime-se a parte autora, via advogado, para manifestar interesse no feito, no prazo
de 05 dias, sob pena de extinção do processo (CPC, art. 485, II).

( ) Intime-se a parte autora, pessoalmente, para promover o regular andamento do feito,


no prazo de 05 dias, sob pena de extinção (CPC, art. 485, § 1º).

( ) Oficie-se ao Juízo deprecado solicitando a devolução da carta precatória de evento


x, independentemente de cumprimento

( ) Oficie-se ao Juízo deprecante solicitando o recolhimento de custas e taxa judiciária


em 05 dias, sob pena de devolução.

( ) Aguarde-se devolução da carta precatória/mandado de evento

( ) À Contadoria para atualização do débito.

( ) À Contadoria para cálculo das custas o iniciais; o finais; o outros

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 51


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________________

( ) Cumpra-se o o despacho; o decisão; o sentença, de evento

o Defiro o requerimento do evento x. Proceda-se na forma requerida.

( ) Certifique-se o decurso do prazo.

( ) Certifique-se o trânsito em julgado, proceda-se à baixa na distribuição e ao


arquivamento dos autos, com as cautelas legais.

( ) Designo audiência de conciliação a ser agendada pelo cejusc. Promovam-se os atos


necessários para realização do ato. Intimem-se.

( ) Designo audiência de instrução e julgamento a ser agendada pelo cejusc.


Promovam-se os atos necessários para realização do ato. Ficam as partes intimadas que
devem trazer até três testemunhas independentemente de intimação e juntar lista das
testemunhas para ciência a parte adversa. Intimem-se.

( ) Determino a SUSPENSÃO do processo _______________________________.


Intimem-se.

( ) Venham os autos CONCLUSOS para o despacho; o decisão __________________.

( ) Venham os autos CONCLUSOS para sentença o extintiva; o de mérito; o


homologatória.

( ) CONCLUSÃO oportunamente, observando-se a prioridade dos processos em


METAS do CNJ e ordem conclusão pelo novo CPC.

o Expeça-se RPV ou precatório no feito.

( ) Ao arquivo.

( ) Segue o despacho; o decisão ou sentença a parte, se maior que uma lauda, se for
decisão diferente ou menor ficará no final deste despacho.

( ) Vistas ao MP, para se manifestar em 5 dias

( ) Vistas a Defensoria, para atuar do feito como curador ou em caso contrário


manifestar-se no que entender de direito em 05 dias

( ) Remeta-se ao GGEM para acompanhar o caso, conforme decisão judicial.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 52


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OUTROS:
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXX

Pedro Afonso-TO, [$data.dataPorExtenso()]

LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

Juíza de Direito

1.5.12- Despacho indefere restituição de prazo para advogado


DESPACHO

Indefiro o requerimento do advogado, posto que o descredenciamento de advogado não


autoriza a restituição de prazo, ao contrário, o advogado continua vinculado ao processo
pelo prazo definido nos termos do CPC e Estatuto da OAB.

Advirto ao cartório que não há necessidade de fazer conclusão quando o pedido do


advogado for similar ao anterior, ficando autorizado a proceder a associação do
advogado a ser intimado dos atos futuros, não sendo permitido a restituição de prazos
pretéritos.

Cumpra-se os despachos/decisões já proferidas.

Cumpra-se. Intime-se.

Pedro Afonso-TO, [$data.dataPorExtenso()].

Juiza Luciana Costa Aglantzakis

1.5.13- Despacho suspensão do processo prazo máximo do CPC


Decisão

Fica o feito suspenso pelo prazo máximo de convenção entre as partes, artigo 315, II
CPC, mas esse juízo apenas pode homologar acordo de pedido que compreenda esse
processo .

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 53


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Fica também as partes intimadas que o feito fica suspenso por 06 meses, ao máximo,
conforme artigo 313, parágrafo quarto do CPC. Após as partes devem promover o
andamento do feito, sob pena de extinção.

Intimem-se.

Datado e certificado pelo eproc.

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

1.6- DESPACHOS INFÂNCIA E JUVENTUDE

1.6.1- Despacho designa audiência de remissão

DESPACHO

Designo audiência para proposta de remissão para o dia xxx.

Intimem-se o menor [$processoParte.getPartesReus()] e seu representante legal e se


quiser designe advogado para defender o adolescente no ato.

No ato intimem-se a defensoria se o adolescente não constituir advogado.

Ciência ao Ministério Público e Defensoria Pública.

Cumpra-se.

Pedro Afonso-TO,[$data.dataPorExtenso()]

[$processo.getRelator()]

1.7- Despachos Execução fiscal

1.7.1- Arquivo provisório

DESPACHO

Considerando que já transcorreu o prazo de 01 (um) ano da suspensão destes autos,


devolvo os autos a escrivania para o cumprimento final do despacho proferido no
evento ----, devendo ser procedida a movimentação do feito de ARQUIVO
PROVISÓRIO (EVENTO 245), correndo a partir de então o prazo apto para configurar
a prescrição intercorrente.

PEDRO AFONSO - TO, [$data.dataPadrao()]

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LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

JUÍZA DE DIREITO

1.7.2- Despacho suspensão de execução fiscal


DECISÃO

Considero que diante do andamento do feito não há bens aptos para satisfazer a dívida.

Diante desse fato, o processo deve ser impulsionado de ofício, independentemente de


pedido de suspensão ou de requerimentos protelatórios de penhora para localização de
bens.

Dessa feita, considero que é caso de SUSPENSÃO do processo, por observar o artigo
40 LEF, que pode inclusive ser utilizado por analogia aos outros feitos de execução.

O pedido de suspensão deve ter conforme lei especial o prazo máximo de 01 ano,
conforme o artigo 40 da LEF, enquanto não localizado os bens sobre os quais possa
recair a penhora.

Se no prazo de 01 ano não ocorrer o pagamento, considero que será caso do feito ficar
no arquivo provisório, e após o arquivamento provisório ultrapassado cinco anos,
mesmo com pedidos infrutíferos de localização de bens não for encontrado bens aptos à
satisfazer a execução.

Nesse sentido o julgado do STJ, verbis:

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.


PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO
INTERCORRENTE. REQUERIMENTOS DE DILIGÊNCIAS INFRUTÍFERAS QUE
NÃO AFETAM A CONTAGEM DO PRAZO PRESCRICIONAL. PRECEDENTES:
EDCL NO AGRG NO ARESP. 594.062/RS; AGRG NO AG. 1.372.530/RS; E AGRG
NO ARESP. 383.507/GO. AGRAVO REGIMENTAL DA FAZENDA NACIONAL A
QUE SE NEGA PROVIMENTO.

1. Requerimentos de diligências infrutíferas não são capazes de interromper ou


suspender o fluxo da prescrição intercorrente, que se consuma depois de cinco anos
contados do fim do prazo anual durante o qual se suspende o curso do feito.2.
Prestigiando o efeito estabilizador de expectativas que decorre da fluência do tempo,
pretende-se evitar a prática de pedidos de desarquivamento dos autos, em momento
próximo ao lustro fatal, para a realização de diligências inócuas, seguidas por novos
pleitos de suspensão do curso da execução, com o reprovável intuito de escapar os
créditos executados do instituto da prescrição. 3. Precedentes: EDcl no AgRg no
AREsp. 594.062/RS, Rel. Min. HUMBERTO MARTINS, DJe 25.3.2015; AgRg no Ag.

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1.372.530/RS, Rel. Min.NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, DJe 19.5.2014; e AgRg


no AREsp.383.507/GO, Rel. Min. ARNALDO ESTEVES LIMA, DJe 7.11.2013.4.
Agravo Regimental da FAZENDA NACIONAL a que se nega provimento.(AgRg no
AREsp 251.790/GO, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA
TURMA, julgado em 10/11/2015, DJe 30/11/2015).

Esse expediente é possível inclusive para os casos em que se postula a suspensão da


execução quando o crédito é em razão do pequeno valor do débito executado, sem baixa
na distribuição, nos termos do art. 20 da Lei 10.522/2002, tendo o STJ julgado em
recurso repetitivo que deve ser reconhecida a prescrição intercorrente se o processo ficar
paralisado por mais de cinco anos a contar da decisão que determina o arquivamento,
pois essa norma não constitui causa de suspensão do prazo prescricional.

Confira-se:

PROCESSUAL CIVIL. ART. 535 DO CPC. OMISSÃO. INEXISTÊNCIA.


TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. ARQUIVAMENTO. ART. 20 DA LEI
10.522/02.BAIXO VALOR DO CRÉDITO EXECUTADO. PRESCRIÇÃO
INTERCORRENTE. ART. 40, § 4º, DA LEF. APLICABILIDADE.1. A omissão
apontada acha-se ausente. Tanto o acórdão que julgou a apelação como aquele que
examinou os embargos de declaração manifestaram-se explicitamente sobre a tese
fazendária de que a prescrição intercorrente somente se aplica às execuções arquivadas
em face da não localização do devedor ou de bens passíveis de penhora, não incidindo
sobre o arquivamento decorrente do baixo valor do crédito. Prejudicial de violação do
art. 535 do CPC afastada.

2. Ainda que a execução fiscal tenha sido arquivada em razão do pequeno valor do
débito executado, sem baixa na distribuição, nos termos do art. 20 da Lei 10.522/2002,
deve ser reconhecida a prescrição intercorrente se o processo ficar paralisado por mais
de cinco anos a contar da decisão que determina o arquivamento, pois essa norma não
constitui causa de suspensão do prazo prescricional.

Precedentes de ambas as Turmas de Direito Público.3. A mesma razão que impõe à


incidência da prescrição intercorrente quando não localizados o devedor ou bens
penhoráveis – impedir a existência de execuções eternas e imprescritíveis –, também
justifica o decreto de prescrição nos casos em que as execuções são arquivadas em face
do pequeno valor dos créditos executados. 4. O § 1º do art. 20 da Lei 10.522/02 - que
permite sejam reativadas as execuções quando ultrapassado o limite legal – deve ser
interpretado em conjunto com a norma do art. 40, § 4º, da LEF – que prevê a prescrição
intercorrente -, de modo a estabelecer um limite temporal para o desarquivamento das
execuções, obstando assim a perpetuidade dessas ações de cobrança.5. Recurso especial
não provido. Acórdão sujeito ao regime do art. 543-C do CPC e da Resolução STJ n.º

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08/2008.(REsp 1102554/MG, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, PRIMEIRA SEÇÃO,


julgado em 27/05/2009, DJe 08/06/2009).

A nova orientação do STJ está em sintonia com o princípio da duração razoável do


processo e da dignidade da pessoa humana, para fins de não ficar eternizado ao alvedrio
do Poder Judiciário execuções inúteis.

DECIDO

ANTE O EXPOSTO, fica o processo suspenso por 01 ano a partir dessa data e depois
dessa data, deve constar no arquivo provisório apto a configurar a prescrição
intercorrente se a Fazenda, ou eventual exequente não conseguir bens aptos a satisfazer
o débito, inclusive pedidos de penhora "on line", sendo os pedidos de desarquivamento
condicionados ao lapso temporal de 05 anos, para o caso da fazenda pública, ou o prazo
máximo da prescrição da obrigação de execução se for feito de competência cível.

O cartório deverá proceder com a movimentação de processo em suspensão e após o


prazo concluir o feito para que o juiz retire o prazo da suspensão e depois o servidor
colocar o localizador de que o feito está no arquivo provisório.

Publique-se. Intimem-se. Conste lembrete no feito de suspensão do feito e arquivo


provisório após o prazo de dilação do prazo de suspensão.

CUMPRA-SE.

Pedro Afonso-TO, [$data.dataPorExtenso()].

Juíza Luciana Costa Aglantzakis

1.7.3- Despacho básico de recebimento da execução fiscal


DECISÃO

DEFIRO DESDE JÁ O RECOLHIMENTO DE CUSTAS AO FINAL .

1. CITE-SE o Devedor, através de seu Representante legal, para, no prazo de 05 (cinco)


dias, pagar a dívida com juros, multa de mora e encargos indicados na Certidão de
Dívida Ativa, bem como as custas processuais, ou garantir a execução com
oferecimento de bens à penhora, devendo constar no mandado o valor do principal,
constante na inicial, mais honorários advocatícios, que fixo em 10% da dívida, salvo
embargos.

2. Deve a citação inicial ser procedida por via postal.

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3- Em caso de não ser localizado o devedor por via postal, intimem-se a Fazenda
Pública para pagar custas de citação por oficial de justiça ou requerer a citação por
edital.

4- Feita a citação por edital, nomeio desde já a defensoria pública.

3. Concluída a fase de citação do devedor e Expirado o prazo de 05 (cinco) dias sem


pagamento ou oferecimento de bens à penhora, o Oficial de Justiça
deve PENHORAR tantos bens quantos bastem para garantir a execução, efetuando
estimativas do valor, nomeando fiel depositário o executado se houver aquiescência do
FISCO e intimando-o a oferecer embargos, assim como o cônjuge no caso de bem de
imóvel.

4- O OFICIAL de justiça deve tirar FOTOGRAFIAS do bem penhorado e incluir no


sistema EPROC, bem como exigir chaves extras do bem móvel ou imóvel para fins de
acesso ao Poder Judiciário, SENDO acauteladas na Vara Cível, para que no futuro seja
viabilizada acesso se for necessário praça ou leilão.

4. Havendo oferecimento de bens, certidão negativa de penhora ou não localização do


devedor, INTIME-SE a Exeqüente a se manifestar em 05 (cinco) dias.

5. Se aceito pela Fazenda Pública os bens oferecidos pelo Executado, proceda-se a


penhora pelo Oficial de Justiça que deverá fazer detalhada descrição do bem e
estimativa do valor, nomeando fiel depositário o Executado, se for de interesse da parte
credora e intimando-o a oferecer embargos, assim como o cônjuge no caso de bem
imóvel. Lembro, novamente que O OFICIAL de justiça deve tirar fotografias do bem
penhorado, bem como exigir chaves extras do bem móvel ou imóvel para fins de acesso
ao Poder Judiciário. Em caso de não ser fornecida chaves extras o oficial de justiça
deverá reter as chaves que se encontram em poder do devedor, cabendo a este o ônus de
fazer novas chaves. Por conseguinte, todos as chaves do imóvel devem ser guardadas
em local apropriado para fins de possível alienação judicial.

6- Havendo embargos, autuem-se em separado e em conexão , certifique a


tempestividade e volvam-me conclusos.

SERVE A PRESENTE DECISÃO COMO MANDADO.

Pedro Afonso, [$data.dataPorExtenso()]

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Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

1.8- Despacho outros andamentos do feito

1.8.1- Despacho modelo geral recebimento inicial luciana

Data distribuição
processo:[$data.dataDistribuicao()]

Chave do processo:[$processo.getChave()]

Requerente:[$processoParte.getPartesAutores()]

Advogado:[$processo.getDefensorPoloAtivo()]

Requerido:[$processoParte.getPartesReus()]

Advogado:[$processo.getDefensorPoloPassivo()]

RECEBIMENTO DE PETIÇÕES INICIAIS

( )CARTAS PRECATÓRIAS E DE ORDEM:

Vistos etc.

I - Certifique-se a escrivania quando ao recolhimento


das despesas processuais ou tratar-se de justiça
gratuita;

;II - Caso negativo e não havendo o devido


recolhimento DEVOLVA-se para que a parte
interessada envie outra Carta Precatória;

III - Não recolhidas, devolva-se à origem com nossas


homenagens e cautelas de estilo;

IV - Tratando-se de assistência judiciária gratuita,


cumpra-se conforme deprecado, devolvendo-se a
deprecada em seguida.

Em eventuais dúvidas do recolhimento e valor consulte


a COJUN, em 5 dias.

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Cumpra-se.

( )Carta precatória Prisão

Cumpra-se a carta precatória apenas em face da ordem


de intimação do executado para pagar a dívida sob
ameaça de prisão.

Intimem-se o executado para o pagamento da dívida de


alimentos e deixo de atender o disposto de prisão por
falta de condições de custodia nessa comarca,com base
no Despacho nº 49429/201** da Corregedoria Geral
de Justiça do Estado do Tocantins e bem como a
secretaria do Estado até a presente data não ter
solucionado o problema.

Após a intimação ou não devolva-se a carta precatória


e se o juizo deprecante quiser realmente a prisão do
executado deverá remeter outra carta indicando a vaga
em estabelecimento prisional adequado e fazer o
recambiamento do preso, após ser intimado do ato.

Considerando que não é responsabilidade do juízo


deprecado encontrar vagas de outras comarcas pois
entendo que a vaga é de interesse do juízo deprecante .

Após, o cumprimento satisfatório ou não da carta


precatória, remetam-se de volta ao juízo deprecante.

PROCESSOS DE DIREITO DE FAMÍLIA:

( ) PEDIDOS SIMPLES. Defiro a gratuidade


judiciária. Vistas ao MP, para parecer em 15 dias úteis
e após conclusos para eventual prolação de sentença.
Cumpra-se.

( ) PEDIDO SIMPLES ORDINÁRIO COM


AUDIÊNCIA INICIAL CEJUSC

Recebo a inicial.Fica deferido eventual pedido de


justiça gratuita, caso tenha sido feito na peça inicial,
mas condicionado ao aceito do réu. Em ações de
investigação de paternidade, o Cejusc deverá intimar o
perito judicial para comparecer ao ato e fazer eventual

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colheita de prova para análise laboratorial.

Se ambas as partes não tiverem interesse na conciliação


a audiência não será realizada, ficando a data do
protocolo do réu, pelo não interesse de transação, a
data inicial do prazo de contestar o feito em 15 dias
úteis

.A audiência de conciliação somente não ocorre se


ambas as partes não tiverem interesse ou quando o
magistrado entender que não é caso de composição
judicial.Ocorrendo a conciliação, e não houver ciência
do MP, encaminhem-se a este para analise e após cls
para o magistrado.Não ocorrendo conciliação fica o
CEJUSC autorizado a intimar o autor que o prazo para
réplica é após o prazo da contestação do réu.

Delego ao Cejusc a criar um calendário para o


andamento célere de cada ação, definindo no feito o
prazo para contestar, o prazo para replica e o prazo
para ambas as partes dizerem as provas que pretendem
produzir, ou até mesmo de indicar quando possível data
para audiência de instrução e julgamento, conforme
artigo 191 do CPC:

Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes podem


fixar calendário para a prática dos atos processuais,
quando for o caso.

§ 1o O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos


nele previstos somente serão modificados em casos
excepcionais, devidamente justificados.

§ 2o Dispensa-se a intimação das partes para a prática


de ato processual ou a realização de audiência cujas
datas tiverem sido designadas no calendário.

Ante o exposto, Intimem-se o réu e autor para


comparecerem a audiência de conciliação e bem como
se tiver alguma decisão liminar adote o cumprimento
imediatamente. Conste no termo de citação e intimação
que o réu deverá contestar em até 15 dias a contar da
data agendada para ocorrer a conciliação conforme

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artigo 335,I, CPC. Cumpra-se.

( ) INICIAL ALIMENTOS

DECISÃO

Recebo a inicial e defiro os beneficios da Justiça


Gratuita.

Determino a Escrivania que designe audiencia de


mediação e conciliação nos termos do art. 695 do
NCPC.

Nos termos do § 1º do referido artigo, o mandado de


citação conterá apenas os dados necessários à audiência
e deverá estar desacompnahdo de cópia da inicial,
assegurado ao réu o direito de examinar seu conteúdo a
qualquer tempo. Deverá constar no mandado de citação
o número e a chave do processo.

A citação deverá ocorrer com antecedencia minima de


15 dias da data designada para audiência (art. 695; § 2º
NCPC), devedno as partes comparecerem
acompanhadas de seus advogados ou defensores. (
art. 695, § 3º).

No momento da citação deverá o Oficial de Justiça


informar o Requerido que, caso não tenha condições de
pagar um advogado deverá o mesmo procurar a
Defensoria Pública e não sendo possivel o atendimento
por aquela Instituição, deverá procurar a Secretaria do
Foro para que seja nomeado um advogado para atuar
na casa. Ressalto que a impossibilidade de atendimento
pela Defensoria deverá ser justificada pela própria
Instituição.

Considerando que se trata de alimentos e pedido de


fixação de alimentos provisórios, como medida de
urgência fixo o percentual de 30% do salário mínimo,
uma vez que não há nos autos comprovante dos
rendimentos do Requerido.

( ) EXECUÇÃO ALIMENTOS. PEDIDO DE

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PRISÃO. Recebo a inicial por preencher os requisitos


legais. Processe-se em Segredo de Justiça. Defiro os
benefícios da Justiça Gratuita.1 - Cite-se o Executado
para, em 03 (três) dias efetuar o pagamento das
parcelas anteriores ao início da execução e das que se
vencerem no seu curso, provar que o fez ou justificar a
impossibilidade de fazê-lo conforme artigo 911 do
CPC, ou em cumprimento de sentença artigo 528 do
CPC. No mesmo ato deverá o cartório intimar o
requerido e autor para comparecer a audiencia de
conciliação no CEJUSC da Comarca de Pedro
Afonso.Conforme autoriza a súmula 309 do STJ "O
debito alimentar que autoriza prisão civil ao
alimentante é o que compreende as três últimas
prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as
que vencerem no curso ao processo".2 - Decorrido o
prazo do Executado com ou sem manifestação ou não
sendo localizado, INTIMEM-SE a Exeqüente para,
dizer se recebeu os alimentos ou indicar novo
endereço, em 48 (quarenta e oito) horas, sob pena de
extinção e arquivamento;3 - Em caso de não ter
ocorrido o pagamento, oficie-se à Caixa Econômica
Federal para fins de bloqueio no sistema do PIS e
FGTS, para fins de efetivar direito fundamental do
alimentando,nos moldes de jurisprudência do STJ,
verbis:

AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE


INSTRUMENTO. DIREITO DE
FAMÍLIA.EXECUÇÃO DE ALIMENTOS.
PENHORA SOBRE CONTA DO FGTS.
POSSIBILIDADE.1. Este Tribunal Superior entende
ser possível a penhora de conta vinculada do FGTS (e
do PIS) no caso de execução de alimentos. É que, em
casos tais, há mitigação do rol taxativo previsto no art.
20 da Lei 8.036/90, dada a incidência dos princípios
constitucionais da proporcionalidade e da dignidade da
pessoa humana. 2. A orientação jurisprudencial das
Turmas de Direito Privado desta Corte é na vertente de
se admitir o bloqueio da conta relativa ao FGTS para a
garantia do pagamento da obrigação alimentar,
segundo as peculiaridades do caso concreto.3. Agravo

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regimental não provido.(AgRg no Ag 1034295/SP, Rel.


Ministro VASCO DELLA GIUSTINA
(DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/RS),
TERCEIRA TURMA, julgado em 15/09/2009, DJe
09/10/2009)

4- Em caso de ser funcionário público este cartório


deverá oficiar ao Banco do Brasil , para bloqueio na
conta Pasep, pelos mesmos fundamentos juridicos do
acordão acima citado.5 - caso o executado não efetue o
pagamento ou justifique a impossibilidade de fazê-lo, o
cartório deve certificar a ausência de pagamento e
oficiar desde já para o devido protesto da dívida
atualizada, para fins de tentar de forma reflexa a
satisfação da dívida e intimar o executado sob quais
medidas pretendem com o andamento do feito
executivo.6 - Em seguida, ao MP.

CUMPRA-SE.

SERVIRÁ A PRESENTE DE MANDADO

( ) Vistas à parte autora pelo prazo de 10 (dez) dias.


Intime-se.

( ) Vistas à parte Requerida pelo prazo de 10 (dez)


dias. Intime-se.

( ) Intime-se a parte autora, via advogado, para


promover o regular andamento do feito, no prazo de 30
dias, sob pena de extinção do processo (CPC, art. 485,
III).

( ) Intime-se a parte autora, via advogado, para


manifestar interesse no feito, no prazo de 05 dias,
sob pena de extinção do processo (CPC, art. 485, II).

( ) Intime-se a parte autora, pessoalmente, para


promover o regular andamento do feito, no prazo de 05
dias, sob pena de extinção (CPC, art. 485, § 1º).

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 64


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PROCESSOS DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL:

( ).

( ) EXECUÇÃO JEC TITULO EXTRAJUDICIAL

1- Recebo parcialmente a inicial e verifico que é


possível execução de título extrajudicial no rito do
Juizado Especial Civil, que expressa no seu artigo 54
que o “acesso independerá, em primeiro grau de
jurisdição, do pagamento de custas, taxas ou despesas”
Este ato de recebimento é apto para cientificar o credor
que este rito é célere e naõ cabe indicar novo endereço
do devedor se indicar errado ou de indicar nova
penhora se não for encontrado bens pelo oficial de
justiça ou em bacen jud, será caso de extinção
imediata;

2- Cite-se o executado e seu cônjuge para, no prazo de


03 dias, efetuar o pagamento da dívida, sob pena de
penhora de tantos bens quantos bastem para garantia da
mesma( principal, juros, custas e honorários
advocatícios), No mandado de citação deve constar
ordem ao oficial de dizer os bens que guarnecem a
residência e perguntar ao executado se ele tem bens
para satisfazer a execução simples no juizado.

3- Se o executado não for localizado, o processo deve


ser extinto de imediato por esse juízo pois segundo o
artigo 53 § 4º Não encontrado o devedor ou inexistindo
bens penhoráveis, o processo será imediatamente
extinto, devolvendo-se os documentos ao autor.

4- Sendo encontrado o devedor mas depois de 3 dias


não localizado bens, o feito será remetido ao juiz para
bacen jud.. Não encontrado bens o feito será extingo
por inexistir bens penhoráveis

Fixo honorários em 10% do valor da execução e reduzo


pela metade se o pagamento for feito em 03 dias,
conforme artigo 827, parágrafo segundo do CPC.

Cite-se. Intimem-se e Cumpra-se.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 65


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( ) Oficie-se ao Juízo deprecante solicitando o


recolhimento de custas e taxa judiciária em 05 dias, sob
pena de devolução.

( ) Aguarde-se devolução da carta precatória/mandado


de evento

( ) À Contadoria para atualização do débito.

( ) À Contadoria para cálculo das custas o iniciais; o


finais; o outros ________________

( ) Cumpra-se o o despacho; o decisão; o sentença, de


evento

o Defiro o requerimento do evento x. Proceda-se na


forma requerida.

PROCESSOS DO RITO ORDINÁRIO:

( ) INICIAL EXECUÇÃO FISCAL

DEFIRO DESDE JÁ O RECOLHIMENTO DE


CUSTAS AO FINAL

1. CITE-SE o Devedor, através de seu Representante


legal, para, no prazo de 05 (cinco) dias, pagar a dívida
com juros, multa de mora e encargos indicados na
Certidão de Dívida Ativa, bem como as custas
processuais, ou garantir a execução com oferecimento
de bens à penhora, devendo constar no mandado o
valor do principal, constante na inicial, mais honorários
advocatícios, que fixo em 10% da dívida, salvo
embargos.

2. Deve a citação inicial ser procedida por via postal.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 66


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3- Em caso de não ser localizado o devedor por via


postal, intimem-se a Fazenda Pública para pagar custas
de citação por oficial de justiça ou requerer a citação
por edital.

4- Feita a citação por edital, nomeio desde já a


defensoria pública.

3. Concluída a fase de citação do devedor e Expirado o


prazo de 05 (cinco) dias sem pagamento ou
oferecimento de bens à penhora, o Oficial de Justiça
deve PENHORAR tantos bens quantos bastem para
garantir a execução, efetuando estimativas do valor,
nomeando fiel depositário o executado se houver
aquiescência do FISCO e intimando-o a oferecer
embargos, assim como o cônjuge no caso de bem de
imóvel.

4- O OFICIAL de justiça deve tirar FOTOGRAFIAS


do bem penhorado e incluir no sistema EPROC, bem
como exigir chaves extras do bem moveL ou imóvel
para fins de acesso ao Poder Judiciário, SENDO
acauteladas na Vara Cível, para que no futuro seja
viabilizada acesso se for necessário praça ou leilão.

4. Havendo oferecimento de bens, certidão negativa de


penhora ou não localização do devedor, INTIME-SE a
Exeqüente a se manifestar em 05 (cinco) dias.

5. Se aceito pela Fazenda Pública os bens oferecidos


pelo Executado, proceda-se a penhora pelo Oficial de
Justiça que deverá fazer detalhada descrição do bem e
estimativa do valor, nomeando fiel depositário o
Executado, se for de interesse da parte credora e
intimando-o a oferecer embargos, assim como o

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 67


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cônjuge no caso de bem imóvel. Lembro, novamente


que O OFICIAL de justiça deve tirar fotografias do
bem penhorado, bem como exigir chaves extras do bem
móvel ou imóvel para fins de acesso ao Poder
Judiciário. Em caso de não ser fornecida chaves extras
o oficial de justiça deverá reter as chaves que se
encontram em poder do devedor, cabendo a este o ônus
de fazer novas chaves. Por conseguinte, todos as
chaves do imóvel devem ser guardadas em local
apropriado para fins de possível alienação judicial.

6- Havendo embargos, autuem-se em separado e em


conexão , certifique a tempestividade e volvam-me
conclusos.

( ) . PROCESSO DE USUCAPIÃO Citem-se


pessoalmente a pessoa em cujo nome estiver transcrito
o imóvel e os confinantes, e por edital, com prazo de
30 ( trinta) dias, os interessados ausentes, incertos e
desconhecidos( art. 942 e 232, IV, CPC), para,
querendo contestarem a ação no prazo de 15 ( quinze)
dias, sob pena de presumirem-se verdadeiros os fatos
alegados na petição inicial. Intimem-se por via
postal, para que manifestem interesse na causa, a
União, o Estado e o município que se localiza o bem a
ser usucapido, remetendo-se a cada um deles cópia da
petição inicial e dos documentos que a instruem.
Após, ciência ao MP. Intimem-se.

( ) Emende –se a petição em 15 dias conforme artigo


331 do CPC, para x.

( ) inicial PREVIDENCIÁRIO COMUM

DECISÃO

1 - Defiro os benefícios da Assistência Judiciária


Gratuita. Deixo de marcar audiência de mediação

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 68


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Pedro Afonso-Tocantins

conciliação pois dificilmente ocorre resultado positivo


e o Procurador do ente publico não tem poderes para
transigir.

2- CITE-SE o requerido para, no prazo legal de 30


dias uteis CONTESTE A AÇÃO , conforme artigo 182
do cpc.

3-Após, apresentada a contestação, intime-se o autor


para, no prazo de 15 (quinze) dias, manifestar-se em
réplica, conforme artigo 350 do CPC.

4-Transcorrido in albis o prazo para contestar ou


ofertada a réplica pelo autor, volvam os autos
conclusos.

5- Fica o autor intimado que esse juízo pode realizar


inspeção judicial em loco para averiguar a veracidade
do domicílio do autor e seu respectivo trabalho rural
sem prazo determinado e por isso fica o autor desde já
intimado para juntar no feito dados específicos do
endereço atual e o último endereço do autor no campo
com limites definiidos da localização e rodovia para o
juízo inspecionar pessoalmente.

6- Fica o autor também intimado para juntar demais


documentos que não juntaram na inicial com dados
definidos de endereço de todas as fazendas e
localidades que porventura o autor tenha trabalhado
para fins de necessidade de diligência.

7- Os itens 5 e 6 são necessários para fins de aferir a


veracidade do pedido pois a prova testemunhal muitas
vezes é insuficiente para definir o tempo de trabalho
rural.

( ) Vistos etc.

Recebo a inicial. Defiro os benefícios da Assistência


Judiciária.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 69


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1 – Defiro a abertura de inventário dos bens deixados


pelo “de cujus” e nomeio inventariante o Requerente,
sob compromisso.

2 – Intime-se o Requerente para prestar compromisso


em cartório, com a assinatura do termo de
compromisso em 05 dias.

3 – No prazo de 20 (vinte) dias, contados da data em


que prestou compromisso, deverá o inventariante
apresentar as primeiras declarações, acompanhadas dos
documentos cadastrais e fiscais dos bens inventariados,
conforme artigo 620 do CPC;

4 - Após, as primeiras declarações, proceda-se a


citação dos herdeiros, no prazo de 15 dias, para
contestar, importando o silêncio em concordância.
Sendo os herdeiros representados pelo mesmo
Advogado/Defensor, dispensa-se a citação.

5 - Havendo herdeiro com endereço fora da comarca,


cite-se pelo correio e os que estiverem em local incerto
e não sabido por edital com prazo de 20 dias. (art. 626,
§ 1º do CPC).

6 - Decorrido o prazo, intime-se as Fazenda Públicas e


o Ministério Público, se houver incapaz ou ausente e o
testamenteiro, se houver testamento.

7 - Havendo herdeiros citados por edital, nomeio desde


já a Defensoria Pública para patrocinar a defesa.

8 - Após cumpridas as determinações acima, oficie-se a


Secretaria da Fazenda para providenciar a vistoria e
avaliação dos bens, emitindo-se a competente guia para
pagamento do ITCMD.

9 - Por último, nada mais havendo, intime-se o


inventariante para as ultimas declarações e o esboço de
partilha.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 70


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10 - Após, conclusos.

( ) PREVIDENCIÁRIO AUXILIO INVALIDEZ

Recebo a inicial e defiro os beneficios da Justiça


Gratuita.

Considerando a Recomendação Conjunta 01 de 15 de


dezembro de 2015 que dispõe sobre a adoção de
procedimentos uniformes nas ações judiciais que
envolvam a concessão de benefícios previdenciários de
aposentadoria por invalidez, auxílio – doença e auxilio
acidente, DETERMINO que seja o requerente
submetido a perícia médica a ser realizada pela Junta
Médica do TJTO e ser remetido os autos para informar
a data e o horario em que o periciando deverá
comparecer.

Atendida a determinação acima, intimem-se o autor


para comparecer no local, data e horário designado
para realização da perícia médica.

Deve ainda as partes serem intimadas para, querendo,


apresentar quesitos complementares ou assistente
técnico em 05 dias.

Após a juntada do laudo, CITE-SE o requerido para,


no prazo legal de 30 dias uteis, conforme artigos 183
do CPC.

Após, apresentada a contestação, intime-se o autor


para, no prazo de 15 (quinze) dias, manifestar-se em
réplica, conforme artigo 350 do CPC.

Transcorrido in albis o prazo para contestar ou ofertada


a réplica pelo autor, volvam os autos conclusos.

INSIRA O MP NESTE PROCESSO, PARA QUE


DIGA SE TEM INTERESSE

( ).

( ) Determino a SUSPENSÃO do processo

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 71


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_______________________________. Intimem-se.

( ) Venham os autos CONCLUSOS para o despacho;


o decisão __________________.

PROCESSOS DE EXECUÇÃO CÍVEL

( ) Venham os autos CONCLUSOS para sentença o


extintiva; o de mérito; o homologatória.

( ) CONCLUSÃO oportunamente, observando-se a


prioridade dos processos em METAS do CNJ e ordem
conclusão pelo novo CPC.

o Expeça-se RPV ou precatório no feito.

( ) Ao arquivo.

( ) Segue o despacho; o decisão ou sentença a parte,


se maior que uma lauda, se for decisão diferente ou
menor ficará no final deste despacho.

( ) Vistas ao MP, para se manifestar em 5 dias

( ) Vistas a Defensoria, para atuar do feito como


curador ou em caso contrário manifestar-se no que
entender de direito em 05 dias

( ) Remeta-se ao GGEM para acompanhar o caso,


conforme decisão judicial.

OUTROS( Casos de emenda)

CUMPRA E INTIMEM-SE. Em caso de despacho


simples o prazo é de 5 dias.

Pedro Afonso-TO, [$data.dataPorExtenso()]

LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 72


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Juíza de Direito

1.8.2- Despacho recebimento apelação novo CPC

DECISÃO

Em face do recurso de apelação intimem-se a parte recorrida para apresentar


contrarrazões no prazo legal e depois remeta-se ao TRIBUNAL para decidir acerca do
juízo de admissibilidade do recurso, seu efeito e bem como se é caso de julgamento do
mérito.

CUMPRA-SE.

Pedro Afonso-TO, [$data.dataPorExtenso()]

Luciana Costa Aglantzakis

Juíza de Direito

1.8.3- Despacho intimar partes para saber se há ou não audiência de instrução

DESPACHO

Intimem-se as partes para, em 05 dias, justificarem a necessidade de produção de prova


em audiência.

Ficam as partes intimadas, para no mesmo prazo, em cooperação com esse juízo,
delimitem consensualmente as questões relevantes de fato e de direito para a resolução
da controvérsia, na forma de proposições simples e objetivas e no máximo em uma
lauda, nos termos do parágrafo terceiro do artigo 357 do NCPC, sob pena deste juízo
entender que o feito encontra-se maduro para o julgamento antecipado, e as parte
sofram pela inércia em não auxiliar esse juízo.

Caso juntem alguma prova documental nesse prazo o cartório deverá intimar à parte
contraria para vistas em 5 dias.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 73


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Em caso de nada alegarem o FEITO DEVE SER CONCLUSOS NO LOCALIZADOR


CONCLUSOS SENTENÇA JULGAMENTO ANTECIPADO.

Após, cls.

Cumpra-se. intime-se.

Pedro Afonso-TO,[$data.dataPorExtenso()].

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

1.8.4- Intimar partes com dados do eproc.


Decisão

Os autores requerem a esse juízo que localize o endereço do(s) réu(s), indicados na
presente ação.e passo a decidir de forma mais célere e coerente nos autos, para fins de
preservar e efetivar o princípio da duração razoável do processo.

Certifico que é de conhecimento publico que perante esta Comarca tramitam alguns
feitos envolvendo o Sr. [$processoParte.getPartesReusComCPFCNPJ()], que possui
advogados cadastrados em outros processos.

Em razão disto, com base no princípio da razoável da duração do processo proceda a


associação do Sr. advogado que esteja postulando em nome do (s) requerentes, na
condição de procurador do Requerido provisória nessa ação.

Ademais, com base nos arts. 8º, I e II e 22 da Instrução Normativa nº 5 de 24/10/2011,


procedo a NOTIFICAÇÃO/INTIMAÇÃO do(s )Requerido(s) para que dê ciência ao
seu cliente da citação, ou indique endereço válido, pois a certidão do oficial de justiça
informa que não foi encontrado no endereço declinado nestes autos.

A Instrução Normativa nº 5 de 24/10/2011 Seção II Dos Usuários Art. 8º Os usuários do


e-Proc/TJTO são: I - internos - desembargadores, juízes, servidores e auxiliares
autorizados do Poder Judiciário do Estado do Tocantins; II - externos - partes,
advogados, defensores, procuradores, membros do Ministério Público, policiais, peritos
e outros interessados ou intervenientes na relação jurídico-processual. Seção VII Da
Citação, Intimação, Notificação e Requisição Art. 22. As citações, intimações,
notificações e requisições endereçadas aos usuários cadastrados serão realizadas
diretamente no e -Proc/TJTO, dispensada a publicação em diário oficial ou a expedição
de mandado, excetuadas as citações em feitos que envolvam os direitos processuais
criminal e infracional (art. 6º da Lei nº 11.419/06) ou quando determinado pelo
magistrado da causa. (grifos).

Dessa forma, para fins de aferir a boa fé processual do advogado e de seu requerente, é
preciso que as partes declinem verdadeiramente os seus endereços nos contratos
firmados entre os particulares, sob pena de que a citação e intimação feita pelo eproc,

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 74


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com base em buscas do cadastro feito em outros processos do eproc sirva como citação
pessoal ou intimação pessoal, para fins de preservar a dignidade da justiça.

Ante o exposto, fica o cartório autorizado a CITAR os requeridos em nome dos


advogados porventura cadastrados em outros feitos no eproc.

Pedro Afonso, [$data.dataPadrao()]

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

1.8.5- Intimar partes e advogados, sob pena de arquivamento


DESPACHO

INTIME-SE primeiro o advogado da parte autora para dar andamento no feito e


requerer pormenorizadamente o que entender de direito, em 05 (cinco) dias, sob pena
de extinção.

Mantenha o feito no localizador de intimação sob pena de extinção e se no prazo de 05


dias não tiver sido protocolizado qualquer pedido a escrivania de ofício deve INTIMAR
o autor PESSOALMENTE para que providencie o que foi pedido ao seu advogado no
mesmo prazo de 05 dias.

Isso porque o advogado da parte autora ao ser intimado para movimentar o feito em
prazo assinalado sob pena de extinção com objetivo de manifestar-se acerca de fato
informado por esse juízo e se caso mantenha-se silente a parte deve ter oportunidade de
contratar outro causídico e movimentar o feito.

De outra sorte, o juiz tem o dever de impulsionar o feito mas as partes tem a obrigação
de responder ao juízo no prazo assinalado sob pena de incorrer em sanção processual ou
até mesmo a extinção anômala do feito.

Nesse sentido é o julgado abaixo:

RECURSO DE APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DE EXECUÇÃO POR TÍTULO


EXTRAJUDICIAL – EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO
– ARTIGO 485, INCISO III E § 1º, DO CPC/15 - ABANDONO DA CAUSA –
AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO PESSOAL DA PARTE AUTORA COM
ADVERTÊNCIA EXPRESSA ACERCA DA POSSIBILIDADE EXTINÇÃO DO
FEITO NO PRAZO DE 5 (CINCO) DIAS – NÃO OCORRÊNCIA DO ABANDONO -
RECURSO PROVIDO. Para a extinção do feito por abandono da causa, imprescindível
a intimação pessoal da parte autora para suprir a falta no prazo de cinco dias, sob pena
de extinção, nos moldes do § 1º do art. 485 do CPC/15. Não realizada a intimação
pessoal da parte interessada, a anulação da sentença é medida que se impõe, com a
determinação do regular prosseguimento do feito na comarca de origem. (Ap

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 75


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127830/2016, DESA. MARILSEN ANDRADE ADDARIO, SEGUNDA CÂMARA


CÍVEL, Julgado em 14/12/2016, Publicado no DJE 19/12/2016)

Ante o exposto, a escrivania deve administrar a inércia do feito intimando primeiro o


advogado do autor e segundo a parte pessoalmente, nos termos do art. 485, § 1º do CPC.

Não havendo resposta, volvam conclusos para extinção do feito.

Cumpra-se. Intime-se.

Pedro Afonso, [$data.dataPorExtenso()].

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

1.8.6- Despacho inicial inventário


DECISÃO

Vistos etc.

Recebo a inicial. Defiro os benefícios da Assistência Judiciária.

1 – Defiro a abertura de inventário dos bens deixados pelo “de cujus” e nomeio
inventariante o Requerente, sob compromisso.

2 – Intime-se o Requerente para prestar compromisso em cartório, com a assinatura do


termo de compromisso em 05 dias.

3 – No prazo de 20 (vinte) dias, contados da data em que prestou compromisso, deverá


o inventariante apresentar as primeiras declarações, acompanhadas dos documentos
cadastrais e fiscais dos bens inventariados, conforme artigo 620 do CPC;

4 - Após, as primeiras declarações, proceda-se a citação dos herdeiros, no prazo de 15


dias, para contestar, importando o silêncio em concordância. Sendo os herdeiros
representados pelo mesmo Advogado/Defensor, dispensa-se a citação.

5 - Havendo herdeiro com endereço fora da comarca, cite-se pelo correio e os que
estiverem em local incerto e não sabido por edital com prazo de 20 dias. (art. 626, § 1º
do CPC).

6 - Decorrido o prazo, intime-se as Fazenda Públicas e o Ministério Público, se houver


incapaz ou ausente e o testamenteiro, se houver testamento.

7 - Havendo herdeiros citados por edital, nomeio desde já a Defensoria Pública para
patrocinar a defesa.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 76


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8 – Após cumpridas as determinações acima, oficie-se a Secretaria da Fazenda para


providenciar a vistoria e avaliação dos bens, emitindo-se a competente guia para
pagamento do ITCMD.

9 - Por último, nada mais havendo, intime-se o inventariante para as ultimas declarações
e o esboço de partilha.

10 - Após, conclusos.

Cumpra-se. Intime-se.

Pedro Afonso-TO, [$data.dataPorExtenso()]

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

1.8.7- Despacho inicial ação monitória


DECISÃO

1 – Cite-se o Requerido via mandadode pagamento para entrega da coisa, ou para


obrigação de fazer ou de não fazer , no prazo de 15 dias e honorários de 5% sobre o
valor da causa, conforme novo CPC, artigo 701.

2 – O réu será isento de CUSTAS se cumprir o MANDADO DE PAGAMENTO no


prazo de 15 dias, artigo 701, parágrafo primeiro do CPC;

3 – Os embargos serão processados nos próprios autos, pelo procedimento ordinário e


suspende a eficácia da decisão do artigo 701 até o julgamento em primeiro grau. Deste
intimem-se o autor para responder aos embargos em 15 dias.

4 – Se os embargos não forem opostos ou não forem aceitos, constituir-se-á, de pleno


direito, o título executivo judicial, observando-se o que couber o Título II do Livro I da
Parte Especial do novo CPC

6 - Indefiro a Assistência Judiciária posto que a parte autora não comprova a sua
hipossuficiência.

Antes de cumprir o presente, remeta-se a contadoria para os calculos devidos e intime-


se para recolhimento em 05 (cinco) dias, sob pena de indeferimento.

Não havendo atendimento, conclusos.

Cumpra-se. Intime-se.

Datado e certificado pelo sistema.

1.8.8- Despacho inicial ação usucapião


DECISÃO

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 77


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Defiro os benefícios da justiça gratuita

Citem-se pessoalmente a pessoa em cujo nome estiver transcrito o imóvel e , os


eventuais credores hipotecários e garantidores que estejam porventura inscritos no título
e os confinantes.

Citem-se por edital, com prazo de 30 ( trinta) dias, os interessados ausentes, incertos e
desconhecidos para, querendo contestarem a ação no prazo de 15 ( quinze) dias, sob
pena de presumirem-se verdadeiros os fatos alegados na petição inicial.

Intimem-se por via postal, para que manifestem interesse na causa, a União, o Estado e
o município de localidade do título, remetendo-se a cada um deles cópia da petição
inicial e dos documentos que a instruem.

Após, ciência ao MP

Intimem-se.

Pedro Afonso, [$data.dataPadrao()]

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

1.8.9- Despacho inicial ação DNPM


Despacho

Considerando a sistemática definida para este tipo de feito, cite-se na forma do art. 27
do Código de Mineração e 1105 do CPC a empresa titular do Alvará de Pesquisa, para
as providencias abaixo:

Na oportunidade devem serem feitas as seguintes providências:

"Nesse passo, deverá a empresa interessada ser citada para que no prazo de 3 (três) dias
indique o lugar – localização- e os nomes dos proprietários ou posseiros dos imóveis
onde realizará as pesquisas. O feito deverá ser remetido à contadoria judicial para o
cálculo de custas processuais e de locomoção do Oficial de Justiça, e depois de intimada
a empresa interessada, para que no prazo de 24 horas proceda ao depósito das custas
processuais, incluindo-se as despesas de locomoção.

Após apresentados os nomes dos proprietários e posseiros, tais deverão ser intimados
para ingressarem no feito. O Ministério Público deverá ser citado, nos termos do art. 27,
VIII, do Decreto Lei n. 227/1967.

Ressalto que os demais atos, tais como, avaliação da renda auferida pelos superficiários
na área especificada no alvará, bem como os possíveis danos e prejuízos suportados
pelo imóvel decorrentes da pesquisa e a elaboração dos laudos, deverão ser realizadas
após as providências iniciais e custeadas pela empresa titular do Alvará de Pesquisa".

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 78


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Cumpra-se.

Datado e certificado pelo eproc.

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

2- DECISÕES

2.1- Decisão pedido suspensão execução com ação revisional

DECISÃO

Versam os presentes autos de ação bancária [$processo.getAssuntoJudicial()] proposta


pela parte autora acima identificadas em que há pedido liminar para suspensão dos
seus efeitos jurídicos da mora.

Cabe explicitar que os advogados utilizam a ação de revisão contratual praticamente


com a mesma finalidade dos embargos à execução, para fins de obstar os efeitos da
mora, seja em face de protesto do título ou demais atos executórios.

Nesse sentido, o registro do Resp 800.880/PE, julgado pelo Relator Ministro CARLOS
ALBERTO MENEZES DIREITO, TERCEIRA TURMA, julgado em 05/10/2006, DJe
05/03/2009, que decidiu que : “ Ação de revisão de cláusulas. Execução. Conexão. 1.
Como está em precedente da Corte, possível a reunião do processo de conhecimento e
da execução posteriormente ajuizada, por razões de ordem prática, e, se garantido o
Juízo, dá-se à ação de revisão o tratamento de embargos com as conseqüências daí
decorrentes”.

É possível revisar os contratos firmados com a instituição financeira, desde a origem,


para afastar eventuais ilegalidades, independentemente de quitação ou novação.
Incidência da Súmula 286/STJ

Entretanto o “protesto do título representativo da dívida é procedimento legítimo e


inerente à cobrança executiva, não podendo ser obstado em face de simples
ajuizamento, pela devedora, de ação revisional do contrato de confissão de dívida, salvo
situação excepcional (REsp nº 486.612/SP, Relator o Ministro Aldir Passarinho Junior,
DJ de 23/6/03) e conforme a orientação 4- INSCRIÇÃO/MANUTENÇÃO EM
CADASTRO DE INADIMPLENTES em pedidos suspensivos dessa natureza a
abstenção da inscrição/manutenção em cadastro de inadimplentes, requerida em
antecipação de tutela e/ou medida cautelar, somente será deferida se, cumulativamente:
i) a ação for fundada em questionamento integral ou parcial do débito; ii) houver
demonstração de que a cobrança indevida se funda na aparência do bom direito e em
jurisprudência consolidada do STF ou STJ; iii) houver depósito da parcela incontroversa
ou for prestada a caução fixada conforme o prudente arbítrio do juiz;

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 79


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A orientação dos tribunais superiores que vincula o magistrado é no sentido de que a


inscrição/manutenção do nome do devedor em cadastro de inadimplentes decidida na
sentença ou no acórdão observará o que for decidido no mérito do processo.
Caracterizada a mora, correta a inscrição/manutenção. (REsp 1061530 / RS)

Consoante entendimento do STJ "A cédula de crédito bancário, mesmo quando o valor
nela expresso seja oriundo de saldo devedor em contrato de abertura de crédito em conta
corrente, tem natureza de título executivo, exprimindo obrigação líquida e certa" (AgRg
no REsp 1.038.215/SP, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, Quarta Turma,
DJe de 19/11/2010).

Com relação aos juros remuneratórios, a jurisprudência da Segunda Seção desta Corte,
na assentada do dia 22/10/2008, decidindo o Recurso Especial nº 1.061.530/RS com
base no procedimento dos recursos repetitivos (CPC, art. 543-C, § 7º), consagrou as
seguintes orientações: a) as instituições financeiras não se sujeitam à limitação dos juros
remuneratórios estipulada na Lei de Usura (Decreto 22.626/33), Súmula 596/STF; b) a
estipulação de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si só, não indica
existência de abuso; c) são inaplicáveis aos juros remuneratórios dos contratos de mútuo
bancário as disposições do art. 591, c/c o art. 406 do CC/2002; d) é admitida a revisão
das taxas de juros remuneratórios em situações excepcionais, desde que caracterizada a
relação de consumo e que o caráter abusivo (capaz de colocar o consumidor em
desvantagem exagerada - art. 51, § 1º, do CDC) fique cabalmente demonstrada, ante as
peculiaridades do julgamento em concreto.

Quanto à capitalização mensal dos juros, a jurisprudência desta eg. Corte pacificou-se
no sentido de que sua cobrança é admitida nos contratos bancários celebrados a partir da
edição da Medida Provisória nº 1.963-17/2000, reeditada sob o nº 2.170-36/2001, qual
seja, 31/3/2000, desde que expressamente pactuada.

O STJ possui entendimento de que há previsão expressa de cobrança de juros


capitalizados em periodicidade mensal quando a taxa de juros anual ultrapassa o
duodécuplo da taxa mensal.

A mora do devedor é descaracterizada tão somente quando o abuso decorrer da


cobrança dos chamados encargos do "período da normalidade" - juros remuneratórios e
capitalização dos juros e quanto à inclusão do nome do devedor cadastros de
inadimplentes este passa a ter razão se ficar configurada a sua mora.

Em relação à repetição do indébito, o STJ tem jurisprudência pacífica no sentido de seu


cabimento na forma simples, pois a devolução em dobro dos valores pagos pelo
consumidor somente é possível quando demonstrada a má-fé do credor.

Consoante prevê o 919 do cpc a regra é de que os embargos á execução não tem efeito
suspensivo, mas cabe ao magistrado quando verifica os requisitos de tutela provisória e
desde que a execução esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficiente.

Decido.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 80


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Diante do exposto, e atendendo a nova sistemática do CPC, de que se deve observar os


precedentes do tribunais superiores NÃO VISLUMBRO presentes os requisitos
autorizadores para suspensão de efeitos da mora, pedido liminar feito pela parte
interessada.

Deve preponderar a legalidade e o exercicio do direito do credor no caso concreto.

Justificar....

Cumpra-se. Intime-se.

Pedro Afonso-TO, [$data.dataPorExtenso()].

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

2.2- Decisão família penhora bens do FGTS, PIS e Pasep

DECISÃO

Versam os presentes autos de ação executiva de alimentos proposta


por [$processoParte.getPartesAutores()] em face de
.[$processoParte.getPartesReus()].

Devidamente citado o réu executado não satisfez voluntariamente dívida alimentar que
os tribunais superiores entendem ser de prioridade absoluta no direito, tendo inclusive
relativizado a impenhorabilidade dos recursos do trabalhador no FGTS, em prol dos
menores em situação de necessidade alimentar.

Nesse sentido a novel decisão inovadora do Superior Tribunal de Justiça e acolhimento


do Tribunal de Justiça Estadual do Rio Grande do Sul, que apresento o extrato de
decisão, litteris:

AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO DE


FAMÍLIA. EXECUÇÃO DE ALIMENTOS. PENHORA SOBRE CONTA DO FGTS.
POSSIBILIDADE. 1. Este Tribunal Superior entende ser possível a penhora de conta
vinculada do FGTS (e do PIS) no caso de execução de alimentos. É que, em casos tais,
há mitigação do rol taxativo previsto no art. 20 da Lei 8.036/90, dada a incidência dos
princípios constitucionais da proporcionalidade e da dignidade da pessoa humana. 2. A
orientação jurisprudencial das Turmas de Direito Privado desta Corte é na vertente de se
admitir o bloqueio da conta relativa ao FGTS para a garantia do pagamento da
obrigação alimentar, segundo as peculiaridades do caso concreto. 3. Agravo regimental
não provido. (STJ - AgRg no Ag: 1034295 SP 2008/0073612-1, Relator: Ministro
VASCO DELLA GIUSTINA (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/RS), Data

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 81


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de Julgamento: 15/09/2009, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe


09/10/2009)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE ALIMENTOS. VALORES DO


FGTS E DO PIS. PENHORA. POSSIBILIDADE. Na falta de outros bens, é viável
penhorar e depois levantar valores do FGTS e do PIS do alimentante/executado, para
satisfação de dívida de alimentos. Precedentes jurisprudenciais do STJ e desta Corte.
AGRAVO PROVIDO. EM MONOCRÁTICA. (Agravo de Instrumento Nº
70044559524, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Rui Portanova,
Julgado em 19/08/2011) (TJ-RS - AI: 70044559524 RS , Relator: Rui Portanova, Data
de Julgamento: 19/08/2011, Oitava Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça
do dia 23/08/2011).

Ante o exposto, e havendo fortes indícios de que o executado é trabalhador é pode


existir recursos depositados na Caixa Econômica Federal, deixo de apreciar inicialmente
o pedido de bacen jud, intimando a Defensoria/ advogado(a) dessa decisão para que
forneça maiores dados do requerido, inclusive o CPF, para que ocorra um resultado
satisfatório no pedido proposto na ação executiva inicial.

Determino que se oficie a CEF de Guaraí para que penhore em favor do exequente até
os valores informados na inicial as contas porventura existentes em face do executado
do PIS/PASEF ou FGTS e deposite judicialmente para os fins dessa ação executiva.

Cumpra-se.

Inicialmente intimem-se o advogado da parte autora dessa decisão, depois oficie à CEF.

Pedro Afonso,[$data.dataPorExtenso()]

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

2.3- Decisão cautelar modelo simples

DECISÃO CAUTELAR

Versam os presentes autos de ação [$processo.getClasseJudicial()] envolvendo as


partes acima identificadas.

Os autos vieram conclusos. Decido o pedido liminar.

Bem, as tutelas jurisdicionais provisórias, como o próprio nome diz, são tutelas
jurisdicionais não definitivas, concedidas pelo Poder Judiciário em juízo de cognição

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sumária, que exigem, necessariamente, confirmação posterior, através de sentença,


proferida mediante cognição exauriente.

As tutelas provisórias são o gênero, dos quais derivam duas espécies: sendo a
primeira, tutela provisória de urgência e a segunda tutela provisória da evidência. Uma,
exige urgência na concessão do Direito. A outra, evidência.

Passo à análise do pedido na sua forma da tutela urgente cautelar, pois conforme o
novo CPC a tutela urgente pode ser subdividida em tutela urgente cautelar e
antecipada, conforme artigo 295.

O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da tutela
provisória ( artigo 297, CPC).

No caso em tela verifico que há elementos que evidenciam a probabilidade do direito e


o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo, consoante artigo 300 do
CPC, requisitos comuns à tutela de urgência.

Com efeito, com a reforma do CPC penso que o deferimento de tutela antecipada
somente deve ser realizada em casos cuja certeza seja demonstrada de plano pela parte
interessada, verdade essa indiscutível de ser reformulada pelo requerido, diante dos
elementos colacionados no feito.

Isso porque é possível demonstrar no novo CPC que a tutela antecipada antecedente
faz coisa julgada e esta questão se torna extremamente relevante em razão da
possibilidade de deferimento e estabilização dos efeitos da tutela antecipada, com a
extinção do processo sem o julgamento do mérito (artigo 304, caput e parágrafo 1º do
novo Código de Processo Civil).

Os fundamentos do novo CPC para sustentar a existência de coisa julgada sobre as


referidas decisões, são as normas dos artigos 337, parágrafos 1º e 4º combinados com o
artigo 304, parágrafos 2º, 3º, 4º e 5º, todas do novo CPC[1]

Ocorre que o pedido do autor se adequa melhor ao que preceitua o artigo 305 do CPC,
em que a petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter
antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se
objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

Neste sentido, entendo que o autor demonstrou a probabilidade do seu direito, uma vez
que
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxx
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O perigo de dano também restou demonstrado pois até o resultado final do processo o
Requerente poderá danos prejuízos irreparáveis, uma vez que
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Isto Posto, nos termos do art. 300 do CPC concedo parcialmente a liminar pleiteada
para determinar que xxxxxxx,( FALAR PEDIDO).

Cite-se o réu para querendo conteste a ação no prazo de 15 dias, sob pena de serem
considerados verdadeiros os fatos alegados na inicial. Se for réu defendido pela
defensoria a contestaçaõ é em dobro, ou se o réu for pessoa jurídica de direito publico.

Expeça-se o necessário.

Cumpra-se. Intimem-se.

Pedro Afonso,[$data.dataPadrao()]

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

[1] Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se
da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso.

§ 1o No caso previsto no caput, o processo será extinto.

§ 2o Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou
invalidar a tutela antecipada estabilizada nos termos do caput.

§ 3o A tutela antecipada conservará seus efeitos enquanto não revista, reformada ou


invalidada por decisão de mérito proferida na ação de que trata o § 2 o.

§ 4o Qualquer das partes poderá requerer o desarquivamento dos autos em que foi
concedida a medida, para instruir a petição inicial da ação a que se refere o § 2 o,
prevento o juízo em que a tutela antecipada foi concedida.

§ 5o O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada, previsto no § 2o deste


artigo, extingue-se após 2 (dois) anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o
processo, nos termos do § 1o.

Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:

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§ 1o Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação


anteriormente ajuizada.

§ 4o Há coisa julgada quando se repete ação que já foi decidida por decisão transitada
em julgado.

2-4- Decisão cautelar Ação Civil Pública com pedido do MP

DECISÃO CAUTELAR

Os autos vieram-me conclusos. Decido o pedido liminar.

Cuidam os presentes autos de ação de obrigação de fazer promovida pelo MP dizendo


que aportou na promotoria __________________________

Com isso, pediu providências a este órgão, juntando documentos comprobatórios no


evento 01 e com base no procedimento instaurado.

Juntou aos autos documentos suficientes para análise por parte desse Juízo.

A legitimidade do Ministério Público Estadual para ingressar com Ação Civil Pública é
patente e tem como fundamento o art. 129, III, da Constituição Federal, afirmando ser
uma das funções institucionais do Ministério Público “promover o inquérito civil e a
ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e
de outros interesses difusos e coletivos”.

A legislação infraconstitucional reafirma a legitimidade do órgão ministerial para tutelar


interesses individuais homogêneos indisponíveis (Lei 7.347/1985).

Apresenta o parquet minucioso estudo sobre a observância do principio da legalidade a


ser imposta aos órgãos responsáveis pela assistência social do município requerido.

A Lei Orgânica da Assistência Social, Lei n.º 8.742 de 07 de dezembro de 1993,


preceitua:

Art. 1º A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de


Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de
um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o
atendimento às necessidades básicas.

Art. 2º A assistência social tem por objetivos:

(...) I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;

(...) IV – a habilitação e a reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a


promoção de sua integração à vida comunitária

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A Política Pública de Assistência Social, de forma integrada às políticas sociais, tem os


seguintes objetivos:

- Prover serviços, programas, projetos e benefícios de proteção social básica e, ou,


especial para famílias, indivíduos e grupos que deles necessitarem.

- Contribuir com a inclusão e a equidade dos usuários e grupos específicos, ampliando o


acesso aos bens e serviços socioassistenciais básicos e especiais, em áreas urbana e
rural.

Constitui o público usuário da Política de Assistência Social, cidadãos e grupos que se


encontram em situações de vulnerabilidade e riscos (...) (Anexo I, p. 27).

São serviços que requerem acompanhamento individual (...) Os serviços de proteção


especial têm estreita interface com o sistema de garantia de direito, (...) compartilhada
com o Poder Judiciário, Ministério Público e outros órgãos e ações do Executivo.
(Anexo I, p. 31)

Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente
de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos :

I – a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;

(...) IV- a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a


promoção de sua integração à vida comunitária;

A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado, conforme a Constituição


Federal e a Lei Orgânica da Assistência Social, Lei n.º 8.742 de 07 de dezembro de
1993, preceitua no seu artigo 1º que a assistência social, direito do cidadão e dever do
Estado, é Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais,
realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da
sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas.

Art. 4º A assistência social rege-se pelos seguintes princípios:

I - supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de


rentabilidade econômica;

II - universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação


assistencial alcançável pelas demais políticas públicas;

III - respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e


serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária, vedando-se
qualquer comprovação vexatória de necessidade.

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Art. 11. As ações das três esferas de governo na área de assistência social realizam-se
de forma articulada, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a
coordenação e execução dos programas, em suas respectivas esferas, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios.

Art. 15. Compete aos Municípios:

(...) IV - atender às ações assistenciais de caráter de emergência;

V - prestar os serviços assistenciais de que trata o art. 23 desta Lei. (...)

Art. 23. Entendem-se por serviços assistenciais as atividades continuadas que visem à
melhoria de vida da população e cujas ações, voltadas para as necessidades básicas,
observem os objetivos, princípios e diretrizes estabelecidas nesta lei.

Art. 24. Os programas de assistência social compreendem ações integradas e


complementares com objetivos, tempo e área de abrangência definidos para qualificar,
incentivar e melhorar os benefícios e os serviços assistenciais.

§ 1º Os programas de que trata este artigo serão definidos pelos respectivos Conselhos
de Assistência Social, obedecidos aos objetivos e princípios que regem esta lei, com
prioridade para a inserção profissional e social.

§ 2º Os programas voltados ao idoso e à integração da pessoa portadora de deficiência


serão devidamente articulados com o benefício de prestação continuada estabelecido no
art. 20 desta lei.

Art. 31. Cabe ao Ministério Público zelar pelo efetivo respeito aos direitos
estabelecidos nesta lei.

O Conselho Nacional de Assistência Social, através da Resolução nº 145, de 15 de


outubro de 2004, publicada no Diário Oficial da União de 28 de outubro de 2004,
aprovou a Política Nacional de Assistência Social.

O texto do referido documento constitui o Anexo I dessa Resolução, determinando o


seguinte:

A Assistência Social como política de proteção social configura-se como uma nova
situação para o Brasil. Ela significa garantir a todos, que dela necessitam, e sem
contribuição prévia a provisão dessa proteção.

O tópico do Anexo I trata sobre a Gestão da Política Nacional de Assistência Social na


Perspectiva do Sistema Único de Assistência Social – SUAS dispõe nos seguintes
termos:

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A proteção social especial é a modalidade de atendimento assistencial destinada a


famílias e indivíduos que se encontram em situação de risco pessoal e social, por
ocorrência de abandono, maus tratos físicos e, ou, psíquicos, abuso sexual, uso de
substâncias psicoativas, cumprimento de medidas sócioeducativas, situação de ruas,
situação de trabalho infantil, entre outras. (Anexo I, p. 31) Os serviços de proteção
especial têm estreita interface com o sistema de garantia de direito exigindo, muitas
vezes, uma gestão mais complexa e compartilhada com o Poder Judiciário, Ministério
Público e outros órgãos e ações do Executivo. (Anexo I, p. 31 I - Serviços de Proteção
Social Básica: a) Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família - PAIF; b)
Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos; c) Serviço de Proteção Social
Básica no domicílio para pessoas com deficiência e idosas.

Bem, as tutelas jurisdicionais provisórias, como o próprio nome diz, são tutelas
jurisdicionais não definitivas, concedidas pelo Poder Judiciário em juízo de cognição
sumária, que exigem, necessariamente, confirmação posterior, através de sentença,
proferida mediante cognição exauriente.

As tutelas provisórias são o gênero, dos quais derivam duas espécies: sendo a
primeira, tutela provisória de urgência e a segunda tutela provisória da evidência.

Uma, exige urgência na concessão do Direito. A outra, evidência. Por essa razão
considero, inclusive, que se torna desnecessário que o autor demonstre que o réu se
nega ao pedido, pois seu direito é tão evidente que o Juiz pode substituir a vontade do
requerido.

Em outras palavras, nesta situação e diante da gravidade do caso não há espaço para se
dizer que há falta de interesse da parte autora, que tem a função constitucional de
defender direito indisponível de pessoa em situação de risco social, com demanda o
caso.

O artigo 311 do CPC incluiu no inciso IV este novo tipo de tutela provisória quando
ensina que é possível no caso da petição inicial for instruída com prova documental
suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova
capaz de gerar dúvida razoável.

Por essa razão eu passo à análise do pedido na sua forma da tutela urgente de evidência.

Luiz Fux esclarece o que é um direito evidente quando diz que este é demonstrável
prima facie através de prova documental que o consubstancie líquido e certo, como
também o é o direito assentado em fatos incontroversos, notórios, o direito a coibir um
suposto atuar do adversus com base em manifesta ilegalidade, o direito calcado em
questão estritamente jurídica, o direito assentado em fatos confessados noutro processo
ou comprovados através de prova emprestada obtida sob contraditório ou em provas
produzidas antecipadamente, bem como o direito dependente de questão prejudicial,
direito calcado em fatos sobre os quais incide presunção jure et de jure de existência e
em direitos decorrentes da consumação de decadência ou da prescrição. FUX, Luiz. A
tutela dos Direitos Evidentes. Jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça.
Disponível em: .Acesso em: 10.mar.2011, p.8.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 88


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O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da tutela
provisória ( artigo 297, CPC).

No caso em tela verifico que há elementos que evidenciam evidência do direito do autor
de lhe ser concedido com URGÊNCIA o pedido na forma feita pelo órgão ministerial,
até porque cabe ao ente municipal atender pedido emergencial.

Neste sentido, entendo que o autor demonstrou a probabilidade do seu direito, e o


perigo de dano também restou demonstrado, pois até o resultado final do processo o
Requerente poderá sofrer prejuízos irreparáveis, diante da gravidade do seu estado como
pessoa humana, que merece ter tutela especial do Estado, diante da sua situação social
de risco.

Além do mais, o caso também se adéqua a tutela urgente cautelar pois o autor prova a
probabilidade do direito e o perigo de dano, e o Novo Código de Processo Civil traz,
em seu art. 300, a possibilidade de concessão de tutela de urgência liminarmente, desde
que tenha elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o
risco ao resultado útil do processo.

No caso em tela, restaram corretamente afirmados pelo autor os requisitos


autorizadores do pleito de antecipação de tutela, tais como a verossimilhança das
alegações de normas regentes do direito de receber tratamento especial da Secretaria do
Municipio conforme a Política Social do SUAS, em face da documentação juntada e o
fundado receio de dano irreparável posto que o MP, faz o pedido final de ser aplicadas
as medidas de proteção à incapaz no sentido de determinar ao requerido que tome
medidas para: - Fortalecer a função protetiva da sua família, contribuindo na melhoria
da sua qualidade de vida; - Prevenir a ruptura dos vínculos familiares e comunitários,
possibilitando a superação de situações de fragilidade social vivenciadas; - Promover
aquisições sociais e materiais à família, potencializando o protagonismo e a autonomia
dela; - Promover acessos a benefícios, programas de transferência de renda e serviços
socioassistenciais, contribuindo para a inserção da família na rede de proteção social de
assistência social; - Promover acesso aos demais serviços setoriais, contribuindo para o
usufruto de direitos; e - Outras medidas que se fizerem necessárias para tirar a
adolescente da situação de risco vivida,

Isto Posto, nos termos do art. 300 e 311, IV do CPC concedo a liminar pleiteada para
determinar que o réu realize os procedimentos pedidos neste no prazo de 05 dias, após
a intimação dessa decisão, sob pena de bloqueio judicial do requeridovou a multa diária
de R$ 500,00( quinhentos reais), e também não se olvidando que desobediência de
ordem judicial sem justificativa convincente é caso de improbidade administrativa.

Cite-se o réus para querendo contestem a ação no prazo de 30 dias, sob pena de serem
considerados verdadeiros os fatos alegados na inicial. No mandado de citação devem os
réus serem intimados da necessidade do cumprimento da decisão.

Expeça-se o necessário.

Cumpra-se. Intimem-se.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 89


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Datado e certificado pelo eproc.

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

2.5- Decisão Suspensão de execução contra o poder público

Decisão

A parte autora [$processoParte.getPartesAutores()] ajuizou embargos à execução em


face de [$processoParte.getPartesReus()] e pede a suspensão do feito.

Os embargos à execução não terão em regra efeito suspensivo, conforme artigo 919 do
CPC, mas o magistrado pode atribuir o efeito suspensivo quando verificados os
requisitos na tutela provisória e desde que a execução já esteja garantida por penhora,
depósito ou caução idônea.

No caso dos autos, entendo que a condição do executado dispensa caução idônea, na
medida que há condição de pagamento até a sentença final de mérito, pois a garantia
advém da constituição.

Dessa forma, RECEBO os embargos e DETERMINO que em 15 dias úteis seja ouvido
o embargado, nos termos do artigo 920 do novo CPC.

Se for necessária audiência, as partes devem INFORMAR a esse JUÍZO sob pena de
julgamento antecipado, nos moldes do artigo 920,II, CPC.

Cumpra-se.

Pedro Afonso, [$data.dataPadrao()]

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

2.6- Decisão suspensão de execução, pois há revisional em curso não julgada

DECISÃO

Determino a suspensão do feito para evitar julgamento conflitante com a Ação de


Revisão Contratual, hei por bem suspender o presente feito com espeque no art. 313, V,
“a” do CPC, pois ainda não houve a sentença definitiva de mérito.

Art. 313. Suspende-se o processo:

V - quando a sentença de mérito:

a) depender do julgamento de outra causa ou da declaração


de existência ou de inexistência de relação jurídica que
constitua o objeto principal de outro processo pendente;

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Isto posto, em razão da continência, nos termos do art. 313, § 4º do CPC, suspendo os
presentes autos por 06 (seis) meses para aguardar o deslinde da Ação Revisional citada
pelo interessado.

Apense-se à Ação Revisional.

Cumpra-se. Intime-se.

Pedro Afonso-TO, [$data.dataPorExtenso()].

Juíza Luciana Costa Aglantzakis

2.6- Decisão infância e juventude deslocamento competência

Decisão

Versam os presentes autos de ação de [$processo.getClasseJudicial()] envolvendo as


partes acima identificadas.

Observando a situação peculiar do feito entendo que é caso de ser declarada a


incompetencia absoluta desse juízo, pois houve a mudança de endereço da parte autora
identificada nos autos.

Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à


pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-
lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes
facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de
liberdade e de dignidade.

Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e


adolescentes, sem discriminação de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça,
etnia ou cor, religião ou crença, deficiência, condição pessoal de desenvolvimento e
aprendizagem, condição econômica, ambiente social, região e local de moradia ou outra
condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que
vivem. (incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)

Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público


assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.

O art. 147, I, do Estatuto da Criança e do Adolescente aduz que:

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 91


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“Art. 147. A compet ncia será determinada:

I - pelo domicílio dos pais ou responsável;

Conforme dispõe o artigo supra, a competência é fixada no foro de domicílio do


responsável pela criança; e no caso em tela, se o responsável legal muda de domicílio
para outra comarca se desloca a competencia da ação ou execução com forma de
proteção específica decorente do sistema de garantias do ECA e da Constituição.

A regra geral para a fixação da competência, no caso vertente, é a territorial, e,


portanto, absoluta para a menor em prol de sua defesa na condição de pessoa em
desenvolvimento.

A mudança voluntária do domicílio do menor segundo novel entendimento do STJ


configura o deslocamento da competência da demanda, pois prevalece o melhor
interesse do menor.

Nessa esteira, os tribunais pátrios estão acolhendo a orientação jurisprudencial do STJ e


determinando que feitos que envolva interesses de guarda ou de casos de julgamentos
de que envolva menores, como no caso de execução de alimentos sejam julgados no
local que se encontra o menor, pessoa que merece proteção especial do ordenamento
jurídico.

Nesse sentido apresento alguns julgados, litteris:

STJ - CONFLITO DE COMPETENCIA CC 114782 RS


2010/0203232-0 (STJ)

Data de publicação: 19/12/2012

Ementa: PROCESSO CIVIL. CONFLITO NEGATIVO


DE COMPETÊNCIA. AÇÃO DERECONHECIMENTO E
DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL C/C GUARDA DE
FILHO.MELHOR INTERESSE DO MENOR. PRINCÍPIO DO
JUÍZO IMEDIATO. COMPETÊNCIADO JUÍZO SUSCITANTE. 1.
Debate relativo à possibilidade de deslocamento da competência em
face da alteração no domicílio do menor, objeto da disputa judicial.
2. Em se tratando de hipótese de competência relativa, o art. 87 do
CPC institui, com a finalidade de proteger a parte, a regra da
estabilização da competência (perpetuatio jurisdictionis),evitando-se,
assim, a alteração do lugar do processo, toda a vez que houver
modificações supervenientes do estado de fato ou de direito. 3.
Nos processos que envolvem menores, as medidas devem ser
tomadas no interesse desses, o qual deve prevalecer diante de
Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 92
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quaisquer outras questões. 4. Não havendo, na espécie, nada que


indique objetivos escusos por qualquer uma das partes, mas apenas
alterações de domicílios dos responsáveis pelo menor, deve a regra
da perpetuatio jurisdictionisceder lugar à solução que se afigure mais
condizente com os interesses do infante e facilite o seu pleno acesso
à Justiça.Precedentes. 5. Conflito conhecido para o fim de declarar
a competência do Juízode Direito de Carazinho/RS (juízo
suscitante), foro do domicilio domenor.

Encontrado em: Relatora. S2 - SEGUNDA SEÇÃO DJe 19/12/2012


- 19/12/2012 CONFLITO DE COMPETENCIA CC 114782 RS
2010

TJ-RO - Conflito de competência CC 00102643920138220000 RO


0010264-39.2013.822.0000 (TJ-RO)

Data de publicação: 18/11/2013

Ementa: Conflito negativo de competência. Ação de execução de


alimentos. Alteração de domicílio do menor. Fixação
de competência. Prevalência de interesses. Mitigação da regra da
perpetuação da competência. Conflito suscitado em razão
de deslocamento da competência em face de alteração no domicílio
do menor. Ainda que a regra do artigo 87 do CPC determine a
fixação da competência no momento da propositura da ação, referida
imposição deve ser flexibilizada nos processos que
envolvem menores, haja vista que os seus interesses devem
prevalecer diante de outras questões. Comprovada a alteração do
domicílio do menor no curso da ação, impõe-se a declinação
de competência, mormente quando requerida pela própria parte.

Encontrado em: O O JUÍZO SUSCITANTE. 2ª Câmara


Especial Processo publicado no Diário Oficial em 18/11/2013. -
18.../11/2013 Conflito de competência CC 00102643920138220000
RO 0010264-39.2013.822.0000 (TJ-RO).

A respeito, dispõe o art. 113, do CPC:

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Art. 113. A incompetência absoluta deve ser declarada de ofício e


pode ser alegada, em qualquer tempo e grau de jurisdição,
independentemente de exceção.

§ 1º Não sendo, porém, deduzida no prazo da contestação, ou na


primeira oportunidade em que lhe couber falar nos autos, a parte
responderá integralmente pelas custas.

§ 2º Declarada a incompetência absoluta, somente os atos decisórios


serão nulos, remetendo-se os autos ao juiz competente.

O tema também foi decidido pelo TJTO, no voto de maestria do Des.


Marco Villas Boas, confira-se:

E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE


ALIMENTOS. CONFLITO DE COMPETÊNCIA. ALTERAÇÃO
DO DOMICÍLIO DA CRIANÇA E DOS GENITORES.
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. PRINCÍPIO
DO JUIZ IMEDIATO. EXCEÇÃO AO PRINCÍPIO DA
ESTABILIZAÇÃO DA COMPETÊNCIA. OCORRÊNCIA. 1. O
foro competente para apreciar e julgar as medidas, ações e
procedimentos que tutelam interesses, direitos e garantias do menor,
é determinado pelo lugar onde a criança ou o adolescente exerce,
com regularidade, seu direito à convivência familiar e comunitária
(art. 147, I e II, do ECA), conforme princípio do juiz imediato,
exceção legal à regra da estabilização da competência (perpetuatio
jurisdictionis), que estabelece a competência no momento do
ajuizamento da ação (art. 87, do CPC). 2. Ocorrendo execução de
alimentos em comarca diversa, prevalece a regra especial, do juiz
imediato, em face da geral (perpetuatio jurisdictionis), quando a
criança e seus genitores mudarem de endereço e houver conflito de
competência, face à primazia ao melhor interesse da infante.
(Precedentes do Superior Tribunal de Justiça). (AI 0017556-
66.2015.827.0000, Rel. Des. MARCO VILLAS BOAS, 2ª Turma da
2ª Câmara Cível, julgado em 17/02/2016).

Assim, tem-se que a incompetência pode ser alegada em qualquer


tempo e grau de jurisdição, independentemente de exceção.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 94


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Pedro Afonso-Tocantins

Ante o exposto RECONHEÇO a incompetência absoluta desse juízo


e remeto o feito a Comarca onde se encontra a representante legal
do(a) menor, para uma das varas de família.

Proceda com a baixa do feito e as providências de praxe.

Datado e certificado pelo eproc.

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

2.7- DECISÃO INDEFERE EMBARGOS DECLARATÓRIOS CASO PRÉ


JULGAMENTO

DECISÃO

Versam os presentes autos de recurso de embargos de declaração envolvendo as partes


do feito em referência.

Passo ao exame do pedido.

É o necessário. Passo aos fundamentos.

É cediço que os Embargos Declaratórios tem o condão apenas analisar os requisitos


elencados no art. 1022 do novo CPC, sendo assim definidos:

Art. 1022. Cabem embargos de declaração quando:

I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;

II -suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia


for omitido ponto sobre o qual devia pronunciar-se o juiz ou
tribunal.

III- corrigir erro material.

São cabíveis embargos declaratórios quando na decisão embargada houver contradição,


obscuridade ou omissão.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 95


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Pedro Afonso-Tocantins

Em relação a esta última, deve ser considerada quando o juiz ou tribunal omite-se em
relação a ponto sobre o qual deveria pronunciar-se. Isto não significa que o julgador
esteja obrigado a responder a todas as alegações das partes, nem a rebater todos seus
argumentos. Basta que expresse os motivos que reputa suficientes à conclusão.

Os fundamentos em que se baseia para decidir de uma ou outra forma constituem a


motivação, requisito essencial à validade do julgamento.

A parte embargante opôs o presente recurso com o intuito de julgar novamente o feito e
não de tratar de omissão, pois rebate os mesmos fundamentos deduzidos no decorrer do
feito demonstrando tão somente sua insatisfação quanto à sentença.

Nesse sentido o aresto do TJRS, verbis:

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. RESPONSABILIDADE CIVIL. ALEGAÇÃO DE


SUSPEIÇÃO DE MAGISTRADO. INOBSERVÂNCIA DOS ARTS. 305 E 312 DO
CPC. DESCABIMENTO. ACOLHIMENTO DA PRELIMINAR DE
ILEGITIMIDADE PASSIVA. SUPOSTO PREJULGAMENTO DA CAUSA NÃO
CONFIGURADO. OMISSÃO NÃO VERIFICADA. PREQUESTIONAMENTO.
Inexistência dos vícios previstos no art. 535 do CPC, não se prestando os embargos à
rediscussão de matéria já apreciada. Cumpre ao julgador apenas a fundamentação
adequada à sua decisão, não sendo, pois, imprescindível à apreciação de todos os
argumentos ou dispositivos legais invocados pela parte. Descabida a oposição de
embargos declaratórios exclusivamente com fins de prequestionamento, sem apontar
alguma das hipóteses do art. 535, do CPC. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NÃO
ACOLHIDOS. (Embargos de Declaração Nº 70053591459, Nona Câmara Cível,
Tribunal de Justiça do RS, Relator: Leonel Pires Ohlweiler, Julgado em 27/03/2013)

(TJ-RS - ED: 70053591459 RS , Relator: Leonel Pires Ohlweiler, Data de Julgamento:


27/03/2013, Nona Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia
03/04/2013)

Dessa feita, o recurso próprio é apelação e não embargos de declaração.

Assim, no caso concreto, não se constatam as omissões apontadas nos embargos


declaratórios. Não padece a sentença de nenhum defeito à luz do artigo 1022 do Código
de Processo Civil.

Decido.

Posto isto, conheço os Embargos Declaratórios, entretanto, rejeito-os.

Mantenho a r. sentença proferida nos autos, sob seus próprios fundamentos

Pedro Afonso,[$data.dataPorExtenso()]

intimem-se.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 96


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Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

2.8- DECISÃO ACOLHE EMBARGOS DECLARAÇÃO ERRO MATERIAL

Decisão

Versam os presentes de Embargos Declaratórios propostos em face da r. sentença


proferida no evento ______, sob argumento de que houve erro material na parte
dispositiva da sentença no que concerne _______________________.

Instado a manifestar-se, tanto o MP quanto o Requerente da ação pugnaram pelo


provimento dos presentes embargos.

Decido.

Leciona CÂNDIDO RANGEL DINAMARCO (“Instituições de Direito Processual


Civil”, vol. III/686-687, item n. 1.237, 5ª ed., 2005, Malheiros):

“O inc. I do art. 463 autoriza o juiz a alterar sua própria sentença ‘para lhe corrigir,
de-ofício ou a requerimento da parte, inexatidões materiais, ou lhe retificar erros de
cálculo’. Essa é a mais excepcional das regras destinadas à correção de
sentenças, contidas no Código de Processo Civil, porque é a que mais frontalmente
colide com aquela regra maior, da consumação da jurisdição (ou exaurimento da
competência (...). O que há de fundamental, no confronto entre a regra maior e a
exceção a ela, é que o juiz fica somente autorizado a corrigir eventuais ‘defeitos de
expressão’ e nunca, desvios de pensamento ou de critério para julgar. Os conceitos de
‘inexatidão material’ e ‘erro de cálculo’, contidos no inc. I do art. 463, são bastante
estritos e não comportam ampliações, sob pena de ultraje à regra do ‘caput’ e, em
última análise, de desestabilizar a própria autoridade da coisa julgada material.

As correções informais da sentença são admissíveis a qualquer tempo, sem o óbice de


supostas preclusões. Precisamente porque não devem afetar em substância o decisório
da sentença, o que mediante elas se faz não altera, não aumenta e não diminui os
efeitos desta. Eventual coisa julgada que já se tenha abatido sobre esses efeitos não
ficará prejudicada pela mera retificação formal. Como está explícito no texto da lei,
tais correções podem ser feitas a requerimento de parte ou também de-ofício pelo juiz.”
(grifei)

Com o advento da Lei 13.105/2015, o antigo 463, I passou a estar previsto no art. 1.022,
inciso III do CPC com a seguinte redação:

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Art. 1022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para

(...)

III - corrigir erro material.

Cabe advertir, no entanto, que a possibilidade de correção de eventuais


inexatidões ou erros materiais não legitima a modificação da substância do
julgado, de tal modo que não se revelará processualmente lícito reexaminar o
conteúdo decisório do ato judicial, considerados os estritos limites delineados pelo
art. 1022 e incisos do CPC.

Neste sentido:

Não se pode, a pretexto de se corrigir inexatidão material, alterar-se o ‘decisum’ (2ª


Turma do Supremo Tribunal Federal, 20 de julho de 1951, R.F., 142, 163, que
repeliu emenda de ‘negar provimento’ por ‘dar provimento’). O ter sido confirmada a
sentença não é óbice à corrigenda pelo juiz que a proferiu, se não atinge o ‘decisum’
confirmado e o ‘decisum’ confirmante (e.g., 4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do
Distrito Federal, 28 de novembro de 1947, R. dos T., 188, 397). (...).” (grifei).

Em suma: tendo em vista os precedentes mencionados, e considerando, ainda, o


magistério da doutrina, reconheço a ocorrência do alegado erro material, eis que o
período mencionado na incial consta divergente do disposto na parte dispositiva da
sentença.

Sendo assim, e em face das razões expostas e por preencher os requisitos de


admissibilidade reconheço os embargos declaratórios para corrigir o erro contido na
parte dispositiva da sentença para _________.

P.R.I.Cumpra-se.

Datado e certificado pelo sistema.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 98


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2.9- DECISÃO INDEFERE PENHORA IMPENHORABILIDADE DO SALÁRIO

Decisão

Versam os presentes autos


de [$processo.getNumeroDoProcesso()][$processo.getClasseJudicial()] envolvendo as
partes acima identificadas.

Observo que há pedido de penhora de salário do requerido como forma de flexibilização


da norma de impenhorabilidade de verbas salariais. Pede que o valor seja razoável em
razão de que o exequente receba a dívida parcelada com um percentual compatível para
a sobrevivência do requerido.

Com efeito, o pedido é de ser indeferido pois o novo CPC apenas admite a
flexibilização os frutos e rendimentos dos bens inalienáveis e não os bens
impenhoráveis.

Embora seja injusto aguardar o pagamento de uma dívida pela inexistência de bens no
patrimônio do executado o artigo 833, IV é uma regra impositiva e que não permite
relativizá-la.

Quando o legislador impõe limites ao desconto dos salários edita normas especiais para
utilização dos operadores de Direito, mas nem todos os outros tipos de descontos são
permissíveis por analogia.

Em caso diferente o e. TJTO não permitiu limitar descontos para empréstimos de um


devedor, quanto menos esse juízo considera legitimo o desconto na folha de pagamento
do Executado.

Nesse caso abaixo se observou o princípio da autonomia da vontade e o Poder


Judiciário autorizou o desconto anteriormente convencionado. Mas no caso concreto é
necessário ajuste das partes para o desconto em folha e não verifico permissão que
legitime esse comando judicial.

Confira-se:

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE READAPTAÇÃO CONTRATUAL.


LIMITAÇÃO DE 30% DA CONSIGNAÇÃO EM FOLHA DE PAGAMENTO.
PRINCÍPIO DA DIGNIDADE HUMANA. 1. Nos termos do Decreto nº 6.386/08 e do
art. 41 do Estatuto dos Servidores Públicos do Estado do Tocantins, a soma dos
descontos relativos a pagamentos de empréstimos consignados em folha não pode
ultrapassar o limite de 30% (trinta por cento) da remuneração do servidor, após
deduzidos os descontos constitucionais, em respeito ao postulado da dignidade da
pessoa humana. LIMITE DE 30% DA CONSIGNAÇÃO FOLHA PAGAMENTO.
PREVISÃO QUE NÃO ESTENDE AOS DECONTOS DE EMPRÉSTIMOS EM

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 99


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CONTA CORRENTE. NÃO SE CONFUNDE COM A IMPENHORABILIDADE


PREVISTA NO ART. 649 CPC. PRINCÍPIO DA AUTONOMIA CONTRATUAL. 2.
A forma contratada que prevê débito em conta corrente, não se confunde com o limite
de 30% da consignação em folha de pagamento, bem como com a impenhorabilidade
prevista no art. 649 do Código de Processo Civil, que trata de um ato judicial de
penhora. É inadmissível utilizar os parâmetros estabelecidos para executar um ato
processual, com o fim de substituir um acordo privado firmado entre as partes. Agir
desta forma é referendar uma intervenção estatal arbitrária na autonomia contratual, o
que viola os princípios basilares de um Estado Democrático de Direito. 3. Recurso
conhecido e, no mérito, não provido. (AP 5007262-35.2013.827.0000, Rel. Des.
HELVÉCIO MAIA, Rel. em substituição Juíza EDILENE PEREIRA DE AMORIM A.
NATÁRIO, 4ª Turma da 2ª Câmara Cível, julgado em 24/02/2016).

Ante o exposto INDEFIRO o pedido retro. Fica a parte intimada para indicar bens em 5
dias sob pena de extinção em feito do JEC e em outros Processos com ritos diferentes,
no caso ordinário, fica o credor intimado da suspensão do feito por frustração da
execução, se também não indicar bens em 5 dias.

Intimem-se.

Datado e cert. Eproc.

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

2.11- DECISÃO INDEFERE EFEITO SUSPENSIVO EMBARGOS DE


EXECUÇÃO

DECISÃO

Não há necessidade de relatório em decisão interlocutória.

É a síntese do necessário. Decido.

Se no prazo, recebo os embargos para discussão, a teor do que dispõe o art. 914 do
Código de Processo Civil.

A suspensão requerida somente poderá ser deferida em situação de evidência, quando


será exigida uma comprovação robusta do direito alegado, ou seja, em casos
imprescindíveis e diante da presença dos requisitos autorizadores, desde que o
executado convença o juiz de que seus motivos são relevantes, demonstrando haver
elementos que evidenciem a probabilidade do alegado, ou seja, deverá provar, ainda que
superficialmente, que os embargos por ele opostos tem grande chance de êxito, isto é,
que a execução não deve prosseguir, por lhe faltar um de seus requisitos essenciais,
quais sejam: (i) legitimidade de partes ou interesse processual; (ii) pressupostos
processuais de existência ou validade; (iii) título executivo que contenha obrigação
líquida, certa e exigível.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 100


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As alegações de mérito da execução são inviáveis de ser analisada nesse momento


processual, pois o próprio executado alega necessário dilação probatória, bem como não
comprova de imediato o cumprimento da satisfação.

Ademais se o interessado formula pedidos de revisão, mesmo em sede de execução,


deverá também indicar claramente os motivos para a concessão de antecipação de
tutela, para impedir a inscrição do nome do devedor nos cadastros de inadimplentes,
depende da ocorrência simultânea de três requisitos: "a) que haja ação proposta pelo
devedor contestando a existência integral ou parcial do débito; b) que haja efetiva
demonstração de que a contestação da cobrança indevida se funda na aparência do bom
direito e em jurisprudência consolidada do STF ou do STJ; c) que sendo a contestação
apenas de parte do débito, deposite o valor referente à parte tida por incontroversa, ou
preste caução idônea, ao prudente arbítrio do magistrado" (Resp nº 527.618/RS, Rel.
Min. Cesar Asfor Rocha, J. 22/10/2003),

O perigo de dano ao executado ou risco ao resultado útil do processo não pode, jamais,
ser interpretado como a possibilidade de alienação do bem para a satisfação do crédito
exequendo, salvo quando se tratar de bem absolutamente impenhorável indicado pelo
exequente, ou que o bem penhorado seja infungível, já que toda e qualquer execução
por quantia certa tem esse objetivo.

Significa dizer que a alegação deve sempre ser no que diz respeito ao mérito dos
embargos e nunca em relação aos efeitos da execução sobre a esfera patrimonial do
executado.

A melhor forma de interpretar a concessão da suspensão é tornar ônus do executado, até


o momento do oferecimento dos embargos, ou simultaneamente a ele, indicar bens que
sejam suficientes para a garantia do juízo ou, ainda, caucionar em dinheiro, o montante
correspondente à obrigação, acrescida de custas processuais e dos honorários fixados
pelo juiz, em 10% sobre o valor da execução.

Analisando detidamente os documentos que instruem o presente pedido, vislumbro que


a questão não merece maiores digressões para se concluir que de fato não assiste razão
ao embargante.

Os embargos do devedor passaram a ter uma nova sistemática com a Lei n.º
11.382/2006, pela qual o executado tem a possibilidade de apresentar sua defesa,
independente da indicação de bens para garantia do juízo da execução.

Contudo, os embargos do devedor, via de regra, não terão efeito suspensivo, tramitando
simultaneamente a ação executiva e os embargos, porém o juiz poderá atribuir efeito
suspensivo aos embargos, sobrestando o andamento da execução, desde que
preenchidos os requisitos estabelecidos no §1º do Art. 739-A do CPC, quais sejam: a)
relevância dos fundamentos dos embargos; b) o prosseguimento da execução,
manifestamente, possa causar grave dano de difícil ou incerta reparação ao executado;
c) a execução esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficientes.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 101


Modelos básicos EPROC Cível – Vara única Cível Comarca de
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Neste esteira, como pacificado na doutrina e jurisprudência, os citados requisitos devem


ser preenchidos de maneira cumulativa, ou seja, para que o juiz atribua efeito
suspensivo aos embargos, estes além de ter fundamentos relevantes (fumus boni iuris, o
prosseguimento da execução deve ter a premente possibilidade de causar grave dano ao
executado (periculum in mora); a execução deve estar garantida, o que não é o caso dos
autos, pois pela própria leitura da norma processual se depreende que a lei estabeleceu a
obrigatoriedade de atendimento de todos os pressupostos enumerados.

Desta forma, verifica-se que o embargante não apresentou garantia suficiente para a
execução no juízo a quo, não sendo possível, portanto, a concessão de efeito suspensivo
aos embargos opostos.

Neste sentido, é pertinente o julgado do STJ colacionado:

AGRAVO REGIMENTAL - AGRAVO DE INSTRUMENTO - EMBARGOS

À EXECUÇÃO - EFEITO SUSPENSIVO - EXAME DE MATÉRIA FÁTICA

- INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7/STJ - DECISÃO AGRAVADA MANTIDA

– IMPROVIMENTO.

I - É facultado ao magistrado, nos termos do artigo 739-A, § 1º, do Código de

Processo Civil, atribuir efeito suspensivo aos Embargos quando, sendo

relevantes seus fundamentos, o prosseguimento da execução possa causar ao

executado grave dano de difícil ou incerta reparação, exigindo-se, ainda, que

a execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução.

II – omissis

III – Agravo Regimental improvido. (AgRg no Ag 1.217.737, Rel. Min. Sidnei

Beneti, 3ª T., DJe 16.08.2010),


.
Caso sejam opostos os embargos sem a garantia do juízo não mais poderá ser concedida
a suspensão da execução, salvo quando se tratar de questão superveniente que mercê da
constrição efetivada acarrete em dano irreparável ao executado, v. g. quando ocorrer,
posteriormente à oposição dos embargos à execução, a penhora de bem absolutamente
impenhorável.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 102


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Art. 920. Recebidos os embargos:

I - o exequente será ouvido no prazo de 15 (quinze) dias;II - a seguir, o juiz julgará


imediatamente o pedido ou designará audiência;

Ante o EXPOSTO:

Intime-se o Embargado para, querendo, no prazo de 15 (quinze) dias, impugnar os


embargos, com fundamento no art. 920 do Código de Processo Civil, na pessoa do
advogado do embargado.

Certifique na execução a propositura destes embargos sem efeito suspensivo e


transladem-se cópia desta decisão para aqueles autos de execução, facultando ao
advogado do embargado que desde já prossiga com a execução e peça o que for de
direito.

Intimem-se.

Pedro Afonso,[$data.dataPadrao()]

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

2.12- DECISÃO POSSESSÓRIA INDEFERE SUSPENSÃO MANCOMUNHÃO

DECISÃO

Versam os presentes autos de Ação de Interdito Proibitório com Pedido Liminar


envolvendo as partes acima identificadas.

Alega em breve síntese, a Requerente que: (relatório)

Relatados, passo a análise do pedido liminar.

Como é cediço, Interdito proibitório é a ação de preceito cominatório utilizada para


impedir agressões iminentes que ameaçam a posse de alguém. É uma ação de caráter
preventivo, manejada quando há justo receio de que a coisa esteja na iminência de ser
turbada ou esbulhada, apesar de não ter ocorrido ainda ato material nesses dois sentidos,
havendo apenas uma ameaça implícita ou expressa. Assim, para o possuidor, direto ou
indireto, que tenha justo receio de ser molestado na posse, poderá impetrar ao juiz que o
segure da turbação ou esbulho iminente, mediante mandado proibitório, em que se
comine ao réu determinada pena pecuniária, caso transgrida o preceito.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 103


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Sabe-se que o interdito proibitório tem cabimento para assegurar a posse sobre o bem,
ameaçado de turbação ou esbulho. E a posse, como também não se desconhece, dimana
da circunstância de alguém dispor fisicamente da coisa, segundo a teoria subjetiva de
SAVIGNY, ou, diversamente, como apregoa a teoria objetiva de IHERING, promana de
atos que revelem a efetiva exteriorização do domínio.

Em resumo, posse nada mais é do que estado de fato, e para se obtê-la é necessário que
estejam coadjuvados dois imprescindíveis elementos, ou seja, a intenção de possuir a
coisa como se fosse sua (animus) e a apreensão física da mesma, mediante atos de
exteriorização que possam ser objetivamente aferidos (corpus).

ORLANDO GOMES, analisando as duas correntes, conclui que "depois de tecer


considerações preliminares, IHERING insurge-se contra a concepção subjetivista, que
valoriza o elemento psíquico. Mostra, em seguida, que a posse não é, como parece aos
partidários da teoria subjetiva, o poder físico da pessoa sobre a coisa, mas, sim, a
exterioridade da propriedade. O que importa é o uso econômico sobre a coisa, a
destinação das coisas, a forma econômica de sua relação exterior com a pessoa.
Algumas coisas comportam o poder físico porque podem ser guardadas e defendidas.
Outras, porém, não o admitem, porque são livres e abertas" (Direitos Reais. 8. ed., Rio
de Janeiro: Forense, 1983, p. 16).

O Tribunal de Justiça de Santa Catarina, nessa linha de entendimento, já proclamou:

"São pressupostos para a concessão do interdito possessório, a


existência comprovada do exercício da posse de seu titular,
como, também, a caracterização do esbulho, no que faz privar o
possuidor da coisa ou do direito por meio de violência, de
clandestinidade ou de precariedade. Na ausência dos requisitos,
a improcedência do pedido é medida que se impõe. (AC n.
2004.000788-4, de Biguaçu, rel. Des. Subst. Ricardo Roesler, j.
19/10/09).

Neste sentido, comungo no entendimento do E. Tribunal de Justiça do Piauí transcrevo:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇAO DE INTERDITO


PROIBITÓRIO. DEFERIMENTO DE MEDIDA
LIMINAR. EXPEDIÇAO DE MANDADO PROIBITÓRIO.
ARGUIÇAO DE NULIDADE DO DECISUM POR
AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇAO E POR ERROR IN
PROCEDENDO. REJEIÇAO. FUNDAMENTAÇAO
CONCISA, NOS TERMOS DO ART. 165, DO CPC.
AUSÊNCIA DE IRREGULARIDADE QUANTO A NAO
REALIZAÇAO DE AUDIÊNCIA PREVISTA NO ART.
928, DO CPC. LIMINAR. REQUISITOS. POSSE
ANTERIOR SOBRE A ÁREA DE LITÍGIO. JUSTO
RECEIO. PRESENÇA. MANUTENÇAO DECISAO
AGRAVADA. (AI 200900010007241-PI – Rel. Des.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 104


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Raimundo Eufrásio Alves Filho – Julgamento: 22/06/2011 –


1ª Câmara Especializada Cível).

No caso em tela, a possuidora é também proprietária do imóvel onde reside, uma vez
que é uma das herdeiras dos bens deixados pelos seus falecidos pais, exercendo a posse
e sua função social há anos, e vem suportando as ameaças dos Requeridos, seus irmãos,
por alguns meses.

Enquanto não houver a partilha dos quinhões é possível o uso exclusivo, por um dos
herdeiros, do bem comum. Assim é o entendimento jurisprudencial que abaixo
transcrevo:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE ARBITRAMENTO DE


ALUGUÉIS. USO EXCLUSIVO DE COISA COMUM.
PENDÊNCIA DE PARTILHA. INEXISTÊNCIA DE
QUINHÕES. IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO.
SENTENÇA MANTIDA. - Por força do princípio da saisine, os
herdeiros recebem o acervo hereditário indivisamente, de forma
que, para pleitear aluguéis como forma de compensação por não
poder usufruir do bem, necessária a prévia individualização dos
quinhões, pena de inadmissibilidade jurídica do pedido. (TJ-MG
- AC: 10398130008608001 MG , Relator: José Marcos Vieira,
Data de Julgamento: 24/07/2014, Câmaras Cíveis / 16ª
CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 04/08/2014).

AÇÃO DE ARBITRAMENTO E COBRANÇA DE


ALUGUEL. CASAL SEPARADO. IMÓVEL COMUM.
PENDÊNCIA DE PARTILHA. DESCABIMENTO. 1.
Enquanto não for procedida a partilha dos bens comuns, estes
pertencem a ambos os litigantes em estado de mancomunhão,
sendo descabida a fixação de aluguel em favor daquele que não
faz uso do bem comum. 2. Não havendo indicativo de que a
demandada esteja postergando a divisão do patrimônio, descabe
impor-lhe qualquer encargo financeiro, cumprindo apenas que
tenha curso a partilha dos bens em razão da dissolução da
sociedade conjugal. Recurso desprovido. (Apelação Cível Nº...
(TJ-RS - AC: 70040618266 RS , Relator: Sérgio Fernando de
Vasconcellos Chaves, Data de Julgamento: 23/11/2011, Sétima
Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia
07/12/2011).

A proteção preventiva da posse diante da ameaça de atos turbativos ou esbulhadores


opera-se mediante o interdito proibitório. É apropriada para que o possuidor, em vias de
comprovada ameaça, proponha e receba a devida segurança, que nada mais é do que
uma ordem judicial proibitória (daí o seu nome), para impedir que se concretize tal

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 105


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ameaça, acompanhada de pena ou castigo para a hipótese de falta de cumprimento dessa


ordem.

Decido.

Posto isto, CONCEDO A LIMINAR PLEITEADA e determino a expedição


de MANDADO PROIBITÓRIO para notificação da requerida para se abster de
praticar quaisquer ato atentatório no imóvel onde a autora vem residindo, nos
termos do artigo 304 , 562, 568 Código de Processo Civil, ficando cominada pena
pecuniária diária, no valor de 200,00 (duzentos reais) diários, revertidos em favor do
autora, caso a requerida transgrida o preceito e venham a continuar molestando,
turbando ou esbulhando a posse da requerente. O oficial de justiça conforme o novo
CPC, pode independentemente de autorização judicial cumprir o ato em quaquer
horário, observando o artigo 212 do CPC.

Determino que a parte autora faça a inclusão dos demais herdeiros no pólo passivo da
demanda, com seus respectivos endereços no prazo de 10 dias.

Sendo apresentado o endereço, cite-se a requerida e os demais, para querendo, contestar


a presente ação no prazo de 15 dias úteis, conforme artigo 564 do novo CPC.

Intimem-se. CUMPRA-SE.

SERVIRÁ A PRESENTE DE MANDADO DE CITAÇÃO/INTIMAÇÃO.

Datado e certificado pelo sistema.

Juíza Luciana Costa Aglantzakis

2.13- DECISÃO INTERNAÇÃO MENOR ARMA DE FOGO

Decisão

Tratam os presentes autos de boletim circunstanciado de ocorrência em que consta


pedido de internação provisória do requerido [$processoParte.getPartesReus()].

Ouvido o Mp, este proferiu parecer pelo acolhimento do pedido.

É o necessário. Passo aos fundamentos.

Para decretar a apreensão de menor infrator e sua internação provisória se faz


necessário a presença dos seguintes elementos cautelares presentes em qualquer
situação urgente criminal, no caso o fumus comissi delicti e o periculum liberatis:

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 106


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O Fumus comissi delicti, que resta demonstrado, afirmando ser o menor autor dos
fatos, seja na forma consumada ou tentada.( DESCREVER OS FATOS)

O Periculum libertatis, reveste-se na insegurança da população, em especial do modus


operandi do menor o que registra o seu grau de periculosidade no meio social.

Em caso desta jaez, o ECA autoriza a medida de internação provisória do Adolescente:

Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar
ao adolescente as seguintes medidas:

VI - internação em estabelecimento educacional;

§ 1º A medida aplicada ao adolescente levará em conta a sua capacidade de cumpri-la,


as circunstâncias e a gravidade da infração.

Art. 122. A medida de internação só poderá ser aplicada quando:

I - tratar-se de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência à pessoa;

II - por reiteração no cometimento de outras infrações graves;

A prática reiterada dos atos delitivos demonstram a gravidade da conduta perpetrada


pelo infrator, atrelada à analise das circunstancias pessoais do menor que me convence
da necessidade de se manter a segregação cautelar do adolescente.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 107


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Pedro Afonso-Tocantins

Emerge também o interesse em se resguardar a ordem pública, já que se trata de ato de


natureza grave com evidente e séria repercussão no meio social, sendo aconselhável a
segregação daquele até a ultimação desse procedimento, com apuração dos fatos com
maior acuidade por este Juízo.

Em que pese não se tenha ainda o MP proferido representação nos autos, entendo que a
inércia poderá repercutir favoravelmente em eventual defesa do adolescente, caso essa
demora venha prejudicar a abertura de procedimento para aplicação de medida
socioeducativa ao adolescente.

Isso porque este BOC, procedimento inicial não foi concluído e o delegado pede
diligência extrema de internação provisória sem que conste representação ofertada pelo
MP, que anuiu ao pedido de internação ofertado pela autoridade policial.

A representação socioeducativa é o ato processual e jurídico previsto no ECA e idôneo


para interromper a prescrição do ato infracional e que o adolescente possa se defender
em face das garantias legais e constitucionais.

Porém, enquanto não ajuizada a representação entendo que deixar o adolescente em


situação de liberdade compromete a segurança pessoal deste que precisa se reabilitar
moralmente e socialmente, além da segurança da comunidade que deve ter a legítima
expectativa de que este representante da juventude seja um fator positivo e de orgulho
na sociedade e não um perigo concreto para qualquer um do corpo social, diante da
concretude dos fatos narrados neste feito.

Dessa forma entendo que a melhor medida no presente momento é decretar a busca e
apreensão do menor e decretar sua internação provisória por 45 dias, nos moldes do que
rege o artigo 108 do ECA:

Art. 108. A internação, antes da sentença, pode ser determinada pelo prazo máximo de
quarenta e cinco dias.

Parágrafo único. A decisão deverá ser fundamentada e basear-se em indícios suficientes


de autoria e materialidade, demonstrada a necessidade imperiosa da medida.

Nesse sentido é o entendimento do TJTO:

Processo: 00001133920148270000
Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 108
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HABEAS CORPUS Nº 00001133920148270000

ORIGEM: TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO


TOCANTINS

REFERENTE: APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL Nº


0000020-09.2014.827.2706, DO JUIZADO ESPECIAL

DA INFÂNCIA E JUVENTUDE DA COMARCA DE


ARAGUAÍNA-TO.

IMPETRANTE: DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO


TOCANTINS

PACIENTE: V.R.D.O.L

IMPETRADO: JUIZADO DA INFÂNCIA E JUVENTUDE DA


COMARCA DE ARAGUAÍNA-TO.

PROC.JUST. JACQUELINE BORGES SILVA TOMAZ

RELATOR: Desembargador RONALDO EURÍPEDES

EMENTA: HABEAS CORPUS. INTERNAÇÃO


PROVISÓRIA DE MENOR. ATO INFRACIONAL
ANÁLOGO AO CRIME DE ROUBO QUALIFICADO PELO
USO DE ARMA DE FOGO E EM CONCURSO DE
PESSOAS. MEDIDA ADEQUADA E PROPORCIONAL.
ORDEM DENEGADA. 1. Consta dos autos de Apuração de Ato
Infracional que o paciente juntamente com outro adolescente
subtraiu, mediante grave ameaça, consistente no uso de arma de
fogo, dinheiro e um aparelho celular em um posto de
combustível. 2. Estão presentes indícios suficientes de autoria e
de materialidade, ante a confissão do menor paciente e os
depoimentos das testemunhas, sendo que o prazo de 45
(quarenta e cinco) dias para internação provisória ainda não está
encerrado. 3. A internação provisória mostra-se adequada e
proporcional ao caso concreto, na medida em que o ato
infracional imputado ao paciente foi cometido com uso de arma
de fogo e com grave ameaça à pessoa, tendo a medida, o escopo
de conscientizar o adolescente do equívoco cometido, além de
preservar a ordem pública. 4. Da decisão que denegou o pedido
de desinternação é possível extrair claramente a necessidade da
internação provisória como forma de garantia da ordem pública,
Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 109
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na medida em que é necessário acautelar o meio social e a


própria credibilidade da justiça em face da gravidade do ato e
sua repercussão. 5. Ordem denegada.

Processo: 00021489820168270000

EMENTA: ECA - HABEAS CORPUS - ATO INFRACIONAL


ANÁLOGO AO CRIME DE ROUBO QUALIFICADO -
INTERNAÇÃO PROVISÓRIA - AUSÊNCIA DE VAGA EM
UNIDADE DESTINADA AO RECOLHIMENTO DE MENOR
INFRATOR - RECOLHIMENTO EM CADEIA PÚBLICA -
POSSIBILIDADE EXCEPCIONAL - CONSTRANGIMENTO
ILEGAL NÃO CONFIGURADO - ORDEM DENEGADA. 1.
Inexistindo vaga em estabelecimento destinado ao recolhimento
de menores infratores apreendidos, poderá o menor cumprir a
medida em cadeia pública, ao aguardo de transferência, desde
que o mesmo fique isolado, não se comunicando com demais
presos. 2. Não há violação ao artigo 185, § 2º, do ECA, quando
a manutenção do adolescente em estabelecimento prisional
inadequado de maneira excepcional, aguarda o surgimento de
vaga em um dos centros próprios. (HC 0002148-
98.2016.827.0000, Rel. Des. JOÃO RIGO, 5ª Turma da 2ª
Câmara Cível, julgado em 02/03/2016).

Destarte, a medida de internação provisória mostra-se adequada e proporcional ao caso


concreto, na medida em que o ato infracional imputado ao paciente foi cometido com
uso de arma de fogo e com grave ameaça à pessoa, tendo especialmente a medida, o
escopo também de propiciar uma forma de reintegrar o menor no seio social.

Decido.

ISTO POSTO, pelas razões acima expostas e com fundamento no art. 108 p. único e
art. 114, caput do E.C.A., determino a INTERNAÇÃO PROVISÓRIA de
[$processoParte.getPartesReus()], podendo excepcionalmente permanecer por 48 horas
na cadeia pública, para que seja encaminhado no estabelecimento adequado e dar
conhecimento ao Juízo competente (artigo 185, p. primeiro do ECA).
Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 110
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Expeça-se Carta Precatória para o Juízo da Infância e Juventude de Palmas solicitando


vaga para a internação em estabelecimento adequado.

Determino que se oficie a Corregedoria Geral de Justiça via malote digital para que
viabilize uma vaga em Palmas ou em outro local devidamente adequado com urgência,
devendo o Cartório oficiar, telefonar e tomar todas as providências cabíveis para que o
menor seja internado em local adequado.

Determino que se Oficie a Secretaria da Cidadania e Justiça - Diretoria de Proteção a


Criança e Adolescente para com urgência, viabilizar a vaga para o menor apreendido.

Com atendimento da vaga, a autoridade policial fica desde já proceder o entrega do


menor no estabelecimento indicado e no mesmo expediente informar ao Juízo da
Infância e Juventude da Comarca onde ficará apreendido.

Dê-se ciência ao Ministério Público dessa decisão e bem como que não consta no feito
pedido de representação em face do adolescente e que é necessário o ajuizamento para
que seja designada audiência de apresentação, devendo fazer em prazo máximo sob
pena do menor ser posto em liberdade se não existir processo de investigação de ato
infracional no prazo de 45 dias.

Nomeio a Defensoria Pública para a defesa do menor, caso não tenha condições de
contratar advogado particular.

Intime-se a autoridade policial desta decisão para cumprimento.

Servirá a presente de mandado e ofício.

Intimem-se. Cumpra-se.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 111


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Pedro Afonso-TO,[$data.dataPorExtenso()]

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

2.13- DECISÃO SIMPLES LIMINAR

DECISÃO

Os autos vieram-me conclusos. Decido o pedido liminar.

Primeiro recebo a inicial e Defiro os benefícios da justiça gratuita.

Cuidam os presentes autos de [$processo.getClasseJudicial()] envolvendo as


partes [$processoParte.getPartesAutores()] e [$processoParte.getPartesReusComCPFC
NPJ()], cujo conflito consiste em xxxxxxxxxxxxxxxx.

O autor justifica em síntese a necessidade do pedido liminar xxxxx

Juntou aos autos documentos suficientes para análise por parte desse Juízo.

Bem, as tutelas jurisdicionais provisórias, como o próprio nome diz, são tutelas
jurisdicionais não definitivas, concedidas pelo Poder Judiciário em juízo de cognição
sumária, que exigem, necessariamente, confirmação posterior, através de sentença,
proferida mediante cognição exauriente.

As tutelas provisórias são o gênero, dos quais derivam duas espécies: sendo a
primeira, tutela provisória de urgência e a segunda tutela provisória da evidência.

Uma, exige urgência na concessão do Direito. A outra, evidência, sendo que nesta
última se torna desnecessário que o autor demonstre que o réu se nega ao pedido, pois
seu direito é tão evidente que o Juiz pode substituir a vontade do requerido.

Em outras palavras, nesta situação e diante da gravidade do caso não há espaço para se
dizer que não há falta de interesse da parte autora.

No caso de ser caso de tutela de urgência se aplica o artigo 300 do CPC.

Reza o art. 300 do CPC:

Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem
a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

§ 1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução
real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer,

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 112


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podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder


oferecê-la.

§ 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia

A tutela de urgência segundo o novo CPC pode ser ainda cautelar ou satisfativa
também conhecida como tutela antecipada de urgência, conforme artigo 294, p.único do
NCPC.

E ao analisar o caso concreto o juiz poderá determinar as medidas que considerar


adequadas para efetivação da tutela provisória ( artigo 297, CPC).

No caso em tela verifico que há elementos que sugere utilizar-se das regras previstas
para a tutela de.....

Restaram corretamente afirmados pelo autor os requisitos autorizadores do pleito de


antecipação de tutela, tais como a verossimilhança das alegações de normas regentes do
direito xxxx do Requerente e a documentação juntada e o fundado receio de dano
irreparável posto que xxxxxxxxx.

Isto Posto, nos termos do art. 300 e 311, IV do CPC concedo parcialmente a liminar
pleiteada para determinar que o réu xxxxxxxxxxx.

Ficam as partes devidamente intimadas para comparecerem audiência de conciliação


no [$processo.getAudiencia()], sendo que em caso de processo do rito especial do
juizado Especial Cível as partes ficam cientes que para a ausência do autor o processo
será extinto e em caso de ausência do réu ocorre revelia.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 113


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Em processo de rito ordinário e de família ou cível a audiência de conciliação é um


momento propício de resolver o litígio, ficando as partes intimadas para
comparecer audiência de conciliação a ser realizada no CEJUSC de Pedro Afonso.

Ambas as partes ficam intimadas que se comparecerem a audiência ficam desde já


intimadas para apresentar contestação com o prazo a contar da data de audiência
e se não aparecerem o prazo conta-se conforme a regra do novo CPC.

Art. 335. O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze)
dias, cujo termo inicial será a data:

I - da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação,


quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver
autocomposição;

II - do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de


mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4o, inciso
I;

III - prevista no art. 231, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos
demais casos.

§ 1o No caso de litisconsórcio passivo, ocorrendo a hipótese do art. 334, § 6o, o


termo inicial previsto no inciso II será, para cada um dos réus, a data de
apresentação de seu respectivo pedido de cancelamento da audiênciades

ANTE O EXPOSTO FICA A PARTE A COMPARECER AUDIENCIA DE


CONCILIAÇÃO NO CEJUSC designada pelo CARTÓRIO, e intimado a
contestar conforme artigo 335, I, CPC, REGRA GERAL.

Expeça-se o necessário.

Cumpra-se. Intimem-se.

Pedro Afonso,[$data.dataPorExtenso()]

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

[1] O novo código de Processo Civil Brasileiro, 2º edição, editora Gen, Atlas, 2016, p.
156.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 114


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[2] Idem.

[3] Art 304, parágrafo 6º, do CPC/2015 29. A estabilização poderá ser objeto de
negociação entre as partes, conforme enuncia o nº 32, da Carta de Belo Horizonte,
gestada pelo Forum Permanente de Processualistas Civis (FPPC). O Enunciado diz o
seguinte: "Além da hipótese prevista no art. 304, é possível a estabilização
expressamente negociada da tutela antecipada de urgência satisfativa antecedente.
Alexandre Câmara em O Novo Processo Civil Brasileiro, Editora Atlas, 2015, p. 163.

2.14- DECISÃO LIMINAR CURATELA

Decisão

Versam os autos de ação de pedido de interdição promovida


por[$processoParte.getPartesAutores()] em face de[$processoParte.getPartesReus()]

A ação de interdição está prevista no artigo 1767 do Código Civil, incluindo I - aqueles
que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; II - os
ébrios habituais e os viciados em tóxicoI e os pródigos.

.Curatela é a responsabilidade atribuída a uma pessoa pelo juiz, para qual toma a
responsabilidade de zelar e se responsabilizar pelos bens e atos jurídicos da pessoa que
se encontra incapaz de realizar e decidir atos da sua vida civil.

O artigo 3º do Código Civil não entende que os deficientes sejam absolutamente


incapazes e o artigo 4o define após a edição da Lei 13.146 que eles são relativamente
incapazes se por causa transitória ou permanente não puderem exprimir sua vontade.São
incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:

A proposição desta ação constitutiva tem os seguintes legitimados conforme o CPC:

Art. 747. A interdição pode ser promovida:

I - pelo cônjuge ou companheiro;

II - pelos parentes ou tutores;

III - pelo representante da entidade em que se encontra abrigado o interditando;

IV - pelo Ministério Público.

Parágrafo único. A legitimidade deverá ser comprovada por documentação que


acompanhe a petição inicial.

Art. 748. O Ministério Público só promoverá interdição em caso de doença mental


grave:

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 115


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I - se as pessoas designadas nos incisos I, II e III do art. 747 não existirem ou não
promoverem a interdição;

II - se, existindo, forem incapazes as pessoas mencionadas nos incisos I e II do art. 747

Art. 747. A interdição pode ser promovida:

I - pelo cônjuge ou companheiro;

II - pelos parentes ou tutores;

III - pelo representante da entidade em que se encontra abrigado o interditando;

IV - pelo Ministério Público.

Parágrafo único. A legitimidade deverá ser comprovada por documentação que


acompanhe a petição inicial.

Art. 748. O Ministério Público só promoverá interdição em caso de doença mental


grave:

I - se as pessoas designadas nos incisos I, II e III do art. 747 não existirem ou não
promoverem a interdição; II - se, existindo, forem incapazes as pessoas mencionadas
nos incisos I e II do art. 747

O código civil não considera o deficiente incapaz para certos atos da vida civil exigindo
o curador em face do código que este seja privado de emprestar, transigir, dar quitação,
alienar, hipotecar, demandar ou ser demandado, e praticar, em geral, os atos que não
sejam de mera administração.

Nos caso dos demais casos do artigo 1767 do código civil o interditado tem o direito de
tomar decisão apoiada consoante dispostos nos artigos 1783-A do Código Civil.[1]

Passo ao exame do pedido urgente liminar.

FALAR DO CASO CONCRETO , DIZER OS FATOS

A situação narrada me convence da necessidade de nomeação de um curador


provisoriamente e depois o interessado possa dizer quem são os escolhidos para tomada
de decisão, conforme artigo 72, CPC e 300, CPC.

Ante o exposto defiro: A nomeação do curador provisório indicado pelo autor e os


demais pedidos feitos nessa ação.

Cite-se o requerido para ciência e conhecimento da decisão e o oficial colha certidão se


este tem discernimento ou não, pois se não tiver o feito deve ser encaminhado a
defensoria para contestar o pedido.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 116


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Após com a defesa do requerido, as partes devem ser intimadas para audiência de
conciliação e tomada de decisão do interditando.

Cumpra-se.

Datado e cert. Eproc.

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

[1] Art. 1.783-A. A tomada de decisão apoiada é o processo pelo qual a pessoa com
defici ncia elege pelo menos 2 (duas) pessoas id neas, com as quais mantenha vínculos
e que gozem de sua confiança, para prestar-lhe apoio na tomada de decisão sobre atos
da vida civil, fornecendo-lhes os elementos e informações necessários para que possa
exercer sua capacidade. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)

§ 1o Para formular pedido de tomada de decisão apoiada, a pessoa com deficiência e os


apoiadores devem apresentar termo em que constem os limites do apoio a ser oferecido
e os compromissos dos apoiadores, inclusive o prazo de vig ncia do acordo e o respeito
à vontade, aos direitos e aos interesses da pessoa que devem apoiar. (Incluído
pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)

§ 2o O pedido de tomada de decisão apoiada será requerido pela pessoa a ser apoiada,
com indicação expressa das pessoas aptas a prestarem o apoio previsto no caputdeste
artigo. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)

§ 3o Antes de se pronunciar sobre o pedido de tomada de decisão apoiada, o juiz,


assistido por equipe multidisciplinar, após oitiva do Ministério Público, ouvirá
pessoalmente o requerente e as pessoas que lhe prestarão apoio. (Incluído pela Lei nº
13.146, de 2015) (Vigência)

§ 4o A decisão tomada por pessoa apoiada terá validade e efeitos sobre terceiros, sem
restrições, desde que esteja inserida nos limites do apoio acordado. (Incluído pela
Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)

§ 5o Terceiro com quem a pessoa apoiada mantenha relação negocial pode solicitar que
os apoiadores contra-assinem o contrato ou acordo, especificando, por escrito, sua
função em relação ao apoiado. (Incluído pela Lei nº 13.146, de
2015) (Vigência)

§ 6o Em caso de negócio jurídico que possa trazer risco ou prejuízo relevante, havendo
diverg ncia de opiniões entre a pessoa apoiada e um dos apoiadores, deverá o juiz,

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 117


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ouvido o Ministério Público, decidir sobre a questão. (Incluído pela Lei nº 13.146, de
2015) (Vigência)

§ 7o Se o apoiador agir com neglig ncia, exercer pressão indevida ou não adimplir as
obrigações assumidas, poderá a pessoa apoiada ou qualquer pessoa apresentar denúncia
ao Ministério Público ou ao juiz. (Incluído pela Lei nº 13.146, de
2015) (Vigência)

§ 8o Se procedente a denúncia, o juiz destituirá o apoiador e nomeará, ouvida a pessoa


apoiada e se for de seu interesse, outra pessoa para prestação de apoio. (Incluído
pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)

§ 9o A pessoa apoiada pode, a qualquer tempo, solicitar o término de acordo firmado


em processo de tomada de decisão apoiada. (Incluído pela Lei nº 13.146, de
2015) (Vigência)

10. O apoiador pode solicitar ao juiz a exclusão de sua participação do processo de


tomada de decisão apoiada, sendo seu desligamento condicionado à manifestação do
juiz sobre a matéria. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)

11. Aplicam-se à tomada de decisão apoiada, no que couber, as disposições referentes


à prestação de contas na curatela. (Incluído pela Lei nº 13.146, de
2015) (Vigência)

2.15- Decisão liminar guarda modelo simples

DECISÃO LIMINAR

A parte autora [$processoParte.getPartesAutores()] ingressou com a presente AÇÃO DE


GUARDA COM PEDIDO LIMINAR em face de [$processoParte.getPartesReus()],
necessitando de regular a guarda em prol dos filhos, sendo:************

Aduziu de início, que **********

O Ministério Público opinou pelo deferimento do pedido.

Os autos vieram conclusos.

É o necessário. Fundamentos:

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O pedido liminar em tela, na verdade, possui o mesmo condão de antecipação dos


efeitos da tutela, já que a pretensão inicial se funda justamente em obter a guarda nos
moldes do que evidenciará ao final do processo:

"A tutela antecipada deve corresponder à tutela definitiva, que será restada se a ação for
julgada procedente. Assim: 'Medida antecipatória, conseqüentemente, é a que contém
providência apta a assumir contornos de definitividade pela simples superveniência da
sentença que julgar procedente o pedido" (STF-Pleno: RTJ 180/453; a citação é a
decisão do relator, confirmada pelo Plenário".

A concessão de medida antecipatória está prevista no art. 294 e, 300 e 303 do Diploma
Processual Civil, e tem como requisitos para seu deferimento a ocorrência de elementos
que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil
do processo.

Nesse caso entendo que é de ser concedida a tutela antecipada urgente sem justificação
prévia, conforme parágrafo segundo do artigo 300 do CPC. O pedido liminar em tela, na
verdade, possui o mesmo condão de antecipação dos efeitos da tutela, já que a pretensão
da Autora se funda justamente em obter a guarda das filhas ao final do processo:

"A tutela antecipada deve corresponder à tutela definitiva, que será restada se a ação for
julgada procedente. Assim: 'Medida antecipatória, conseqüentemente, é a que contém
providência apta a assumir contornos de definitividade pela simples superveniência da
sentença que julgar procedente o pedido" (STF-Pleno: RTJ 180/453; a citação é a
decisão do relator, confirmada pelo Plenário".[1]

A concessão de medida de urgência está prevista no art. 300 do Diploma Processual


Civil, e tem como requisitos para seu deferimento a ocorrência de elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil a
duração do processo.

De fato, para concessão dessas medidas, é extremamente necessária, além da existência


de um desses pressupostos, a prova inequívoca da alegação:

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"Só a existência de prova inequívoca, que convença da verossimilhança das alegações


do autor, é que autoriza o provimento antecipatório da tutela jurisdicional em processo
de conhecimento".[2]

De fato, para concessão dessas medidas, é extremamente necessária, além da existência


de um desses pressupostos, a probabilidade do direito e no caso dos autos, A Parte
Autora comprovou o parentesco através da juntada das certidões de nascimento, bem
como a alegação do risco iminente.

A própria natureza da ação e do direito trazido à debate já justificam a antecipação dos


efeitos da tutela, pois sem a concessão da medida,o interessado direto pela medida
sofrerá prejuízos de difícil reparação ante a necessidade de que uma pessoa de maior
capacidade civil venha lhe assistir ou reger nos atos da vida civil.

Ressalte-se ainda, que a presente medida está revestida pelo manto da reversibilidade,
ou seja, a qualquer tempo a guarda poderá ser alterada, desde que presentes os requisitos
e se as circunstâncias assim o permitirem.

DECIDO

Ante o exposto, com aparo no art. 33, § 1º do ECA e acolho o pedido inicial no sentido
de deferir a guarda dos menores: *******, para a genitora *************

Expeça-se o Termo de Guarda.

Designo desde já audiência de conciliação/mediação a ser realizada pelo CEJUSC.

Cite-se o Requerido, devendo no mandado constar as advertências legais, sendo que o


prazo começa a fluir a contar da data da audiência de conciliação/mediação, nos termos
do art. 335, I do CPC.

Com a resposta do Requerido, vista parte autora para réplica.

Sem prejuizo dos prazos acima, encaminhe-se ao GGEM para estudo psicosscial e
pedagógico com os envolvidos.

Cumpra-se. Intime-se.

Pedro Afonso-TO, [$data.dataPorExtenso()].

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 120


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2.16- Decisão previdenciário pensão por morte

Decisão Tutela Antecipada

Vistos etc.

Trata-se de Ação Reivindicatória proposta por [$processoParte.getPartesAutores()] ,


devidamente qualificada, em face do INSTITUTO NACIONAL DE SEGURIDADE
SOCIAL – INSS, aduzindo, em síntese, que o beneficiário e falecido exerceu trabalho
urbano em período concomitante à sua morte, no período de 19 de fevereiro de 2001 a
20 de junho de 2003, e atende os requisitos exigidos pela Lei 8.213 de 1991, para que
ele possa obter o benefício de pensão por morte.

Assim requer a condenação do INSTITUTO NACIONAL DE SEGURIDADE SOCIAL


INSS a conceder o benefício de pensão por morte, nos moldes pedido na petição inicial,
mas nessa fase passo à análise inicial do pedido cautelar.

Com a inicial vieram documentos EVENTO 01.

Trata-se de Ação Ordinária de Pensão Previdenciária proposta por dependente da


Previdência Social contra a Autarquia Previdenciária, fundada na dependência
econômica, visando à obtenção do benefício de pensão por morte, em razão do
falecimento do cônjuge, segurado da previdência social.

O direito que regula o presente pedido está expresso nos artigos 74 a 79 da Lei 8213/91
e artigos 104 a 115 do RPS( Decreto 3.048/99).

Nesse sentido, transcrevo o texto de lei em vigor atualmente, litteris:

Art. 74. A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que
falecer, aposentado ou não, a contar da data: (Redação dada pela Lei nº 9.528, de
1997)

I - do óbito, quando requerida até noventa dias depois deste; (Redação pela Lei nº
13.183, de 2015)

II - do requerimento, quando requerida após o prazo previsto no inciso


anterior; (Incluído pela Lei nº 9.528, de 1997)

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III - da decisão judicial, no caso de morte presumida. (Incluído pela Lei nº 9.528, de
1997)

§ 1o Perde o direito à pensão por morte, após o trânsito em julgado, o condenado pela
prática de crime de que tenha dolosamente resultado a morte do
segurado. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

§ 2o Perde o direito à pensão por morte o cônjuge, o companheiro ou a companheira se


comprovada, a qualquer tempo, simulação ou fraude no casamento ou na união estável,
ou a formalização desses com o fim exclusivo de constituir benefício previdenciário,
apuradas em processo judicial no qual será assegurado o direito ao contraditório e à
ampla defesa. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

Art. 75. O valor mensal da pensão por morte será de cem por cento do valor da
aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse
aposentado por invalidez na data de seu falecimento, observado o disposto no art. 33
desta lei. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 1997)

Art. 76. A concessão da pensão por morte não será protelada pela falta de habilitação de
outro possível dependente, e qualquer inscrição ou habilitação posterior que importe em
exclusão ou inclusão de dependente só produzirá efeito a contar da data da inscrição ou
habilitação.

§ 1º O cônjuge ausente não exclui do direito à pensão por morte o companheiro ou a


companheira, que somente fará jus ao benefício a partir da data de sua habilitação e
mediante prova de dependência econômica.

§ 2º O cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato que recebia pensão de


alimentos concorrerá em igualdade de condições com os dependentes referidos no
inciso I do art. 16 desta Lei.

Art. 77. A pensão por morte, havendo mais de um pensionista, será rateada entre todos
em parte iguais. (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995)

§ 1º Reverterá em favor dos demais a parte daquele cujo direito à pensão


cessar. (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995)

§ 2o O direito à percepção de cada cota individual cessará: (Redação dada pela


Lei nº 13.135, de 2015)

I - pela morte do pensionista; (Incluído pela Lei nº 9.032, de 1995)

II - para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de ambos os sexos, ao completar


vinte e um anos de idade, salvo se for inválido ou tiver deficiência intelectual ou mental
ou deficiência grave; (Redação dada pela Lei nº 13.183, de 2015) (Vigência)

III - para filho ou irmão inválido, pela cessação da invalidez; (Redação dada pela
Lei nº 13.135, de 2015)
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IV - pelo decurso do prazo de recebimento de pensão pelo cônjuge, companheiro ou


companheira, nos termos do § 5º. (Incluído pela Medida Provisória nº 664, de
2014) (Vigência) (Vide Lei nº 13.135, de 2015)

V - para cônjuge ou companheiro: (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

a) se inválido ou com deficiência, pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da


defici ncia, respeitados os períodos mínimos decorrentes da aplicação das alíneas “b” e
“c”; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

b) em 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer sem que o segurado tenha vertido 18


(dezoito) contribuições mensais ou se o casamento ou a união estável tiverem sido
iniciados em menos de 2 (dois) anos antes do óbito do segurado; (Incluído pela
Lei nº 13.135, de 2015)

c) transcorridos os seguintes períodos, estabelecidos de acordo com a idade do


beneficiário na data de óbito do segurado, se o óbito ocorrer depois de vertidas 18
(dezoito) contribuições mensais e pelo menos 2 (dois) anos após o início do casamento
ou da união estável: (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

1) 3 (três) anos, com menos de 21 (vinte e um) anos de idade; (Incluído pela Lei
nº 13.135, de 2015)

2) 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos de idade; (Incluído
pela Lei nº 13.135, de 2015)

3) 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove) anos de


idade; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

4) 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de idade; (Incluído pela


Lei nº 13.135, de 2015)

5) 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta e três) anos de


idade; (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

6) vitalícia, com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos de idade. (Incluído pela Lei
nº 13.135, de 2015)

§ 2o-A. Serão aplicados, conforme o caso, a regra contida na alínea “a” ou os prazos
previstos na alínea “c”, ambas do inciso V do 2o, se o óbito do segurado decorrer de
acidente de qualquer natureza ou de doença profissional ou do trabalho,
independentemente do recolhimento de 18 (dezoito) contribuições mensais ou da
comprovação de 2 (dois) anos de casamento ou de união estável. (Incluído pela
Lei nº 13.135, de 2015)

§ 2o-B. Após o transcurso de pelo menos 3 (três) anos e desde que nesse período se
verifique o incremento mínimo de um ano inteiro na média nacional única, para ambos
os sexos, correspondente à expectativa de sobrevida da população brasileira ao nascer,
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poderão ser fixadas, em números inteiros, novas idades para os fins previstos na alínea
“c” do inciso V do 2o, em ato do Ministro de Estado da Previdência Social, limitado o
acréscimo na comparação com as idades anteriores ao referido
incremento. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

§ 3º Com a extinção da parte do último pensionista a pensão extinguir-se-


á. (Incluído pela Lei nº 9.032, de 1995)

§ 4o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.135, de 2015)

§ 5o O tempo de contribuição a Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) será


considerado na contagem das 18 (dezoito) contribuições mensais de que tratam as
alíneas “b” e “c” do inciso V do 2o. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)

§ 6º O exercício de atividade remunerada, inclusive na condição de microempreendedor


individual, não impede a concessão ou manutenção da parte individual da pensão do
dependente com deficiência intelectual ou mental ou com deficiência
grave. (Incluído pela Lei nº 13.183, de 2015)

Art. 78. Por morte presumida do segurado, declarada pela autoridade judicial
competente, depois de 6 (seis) meses de ausência, será concedida pensão provisória, na
forma desta Subseção.

§ 1º Mediante prova do desaparecimento do segurado em conseqüência de acidente,


desastre ou catástrofe, seus dependentes farão jus à pensão provisória
independentemente da declaração e do prazo deste artigo.

§ 2º Verificado o reaparecimento do segurado, o pagamento da pensão cessará


imediatamente, desobrigados os dependentes da reposição dos valores recebidos, salvo
má-fé.

Art. 79. Não se aplica o disposto no art. 103 desta Lei ao pensionista menor, incapaz ou
ausente, na forma da lei.

Tem direito ao benefício as pessoas listadas no artigo 16 da Lei 8.213/91, devendo a


condição de dependente ser fixada na data do óbito do instituidor, e não em outro
marco, pois é com o falecimento que nasce o direito.

Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de


dependentes do segurado:

I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de


qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha

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deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (Redação dada pela Lei nº


13.146, de 2015) (Vigência)

II - os pais;

III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos
ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência
grave; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)

§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às


prestações os das classes seguintes.

§ 2º .O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do


segurado e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no
Regulamento. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 1997)

§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém


união estável com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da
Constituição Federal.

§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das


demais deve ser comprovada.

ANNÍBAL FERNANDES afirma que “o direito de conquista representado pelos planos


de benefícios da previdência tem uma longa história. Reflete um processo de
permanente tensão que sempre se mantém. Revela uma sociedade não apenas de
‘hipossuficientes’ (Cardone) ou de ‘míseros’ (Deveali), mas de uns e outros em
contraposição com minorias privilegiadas. A previdência resulta de conflitos de trabalho
e não lhe é estranha. E nesse contexto de uma sociedade de desiguais que se realiza a
solidariedade social, originada no mutualismo. A interpretação da norma previdenciária
fora desse quadro de composição de desigualdades ou de proteção social descaracteriza
o sistema previdenciário. Será mais ornamento do que realidade.[1] ”

No caso concreto, o benefício de pensão por morte, nos termos do art. 74 da Lei
8.213/91, é devido ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou
não, a contar da data da vigência da Lei no tempo da morte do(a) segurado(a), para
efeitos de recebimento de benefício, por ser norma de direito material e de direito
fundamental que prevalece em face de mudança legislativa posterior, com finalidade de
delimitar o início do recebimento do benefício.

Estabelece o art. 11 da Lei nº 8.213, de 24.07.1991, que dispõe sobre os Planos de


Benefícios da Previdência Social e dá outras providências, que são segurados
obrigatórios,“as seguintes pessoas físicas: I- Como empregado: g) o servidor público
ocupante de cargo em comissão , sem vínculo efetivo com a União, Autarquias,
inclusive em regime especial e Fundações Federais.

Destarte, devidamente comprovada a condição dependente do falecido segurado


público, pois há nos autos prova de vínculo trabalhista com o município de Pedro

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Afonso, conforme anexo 4 em que há atestado subscrito pelo Prefeito Municipal e o


Secretário Municipal de Infraestrutura e Vereador, no período de 19 de fevereiro de
2001 a 20 de junho de 2003.

No feito não há registro de contribuições feitas pelo Município de Pedro Afonso, mas
por ser o de cujus dependente obrigatório caberá ao Município fazer o pagamento dos
valores em atraso, o que não elimina o direito da autora de ter reconhecido
judicialmente o direito de carência de 24( vinte e quatro) meses para que possa ter o
reconhecimento da pensão por morte, nos termos do artigo 25, IV da Lei 8213/91.

Há relato de indeferimento do pedido administrativo conforme NB 21/157.133.963-6.

Ressalto que o direito se inicia do óbito se pedido em até 30 dias na Autarquia e após
esse prazo a partir do pedido feito na esfera administrativa , observando-se o prazo de
prescrição quinquenal, juros de mora a contar da citação válida e não da morte do autor,
pois o falecimento ocorreu no ano de 1998, quando vigente o artigo 74 da Lei 8.213/91.

O Pedido de tutela antecipada tem fundamento nos artigos 294, 300 § 3º e 303 do
NCPC, pois há prova do vínculo trabalhista em período de carência ao tempo da morte
do esposo da autora, em que o recolhimento do INSS era de atribuição do Município.
Cabe asseverar que não se trata de contribuinte individual que não se permite o
deferimento do benefício sem a prova das contribuições.

Confira-se:

PREVIDENCIÁRIO PENSÃO POR MORTE. TRABALHADOR URBANO.


VÍNCULO LABORAL COMPROVADO. PRESUNÇÃO DE VERACIDADE DA
CTPS. PRESENÇA DA QUALIDADE DE SEGURADO. ESPOSA. DEPENDÊNCIA
ECONÔMICA PRESUMIDA. JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA. APELAÇÃO A
QUE SE NEGA PROVIMENTO. REEXAME NECESSÁRIO PARCIALMENTE
PROVIDO. 1. "Não é aplicável o disposto no § 2º do art. 475 do CPC quando a
sentença é ilíquida ou não está fundada em súmula deste Tribunal ou jurisprudência do
plenário do STF ou de Tribunal Superior, observando-se em tais casos a necessidade de
reexame em remessa oficial" (AC 0040132-60.2015.4.01.9199 / RO, Rel.
DESEMBARGADORA FEDERAL GILDA SIGMARINGA SEIXAS, PRIMEIRA
TURMA, e-DJF1 p.491 de 23/09/2015). 2. "A anotação da remuneração constante da
Carteira de Trabalho e Previdência Social goza de presunção juris tantum de veracidade,
ainda que não haja recolhimento correto das contribuições previdenciárias, pois esta
responsabilidade é do empregador e não pode ser imputada ao empregado." (TRF1, AC
2006.33.00.010292-9 / BA, JUIZ FEDERAL CRISTIANO MIRANDA DE
SANTANA, 1ª CÂMARA REGIONAL PREVIDENCIÁRIA DA BAHIA, 20/01/2016
e-DJF1 P. 2257). De seu turno, o INSS não logrou êxito em provar que a CTPS
contenha informação inverídica em relação ao período em que o segurado trabalhou na
empresa Rota Livre Vigilância. 3. A qualidade de segurado especial do falecido esposo
da autora está devidamente comprovada uma vez que a época do óbito (05/01/2008) ele
estava em gozo de auxílio-doença (cf. CNIS à fl.28). 4. No caso dos autos, ficou
demonstrado que a autora é esposa do instituidor da pensão (certidão de casamento à fl.
24). 5. Ressalvado o entendimento da relatora quanto à aplicabilidade da Lei n.

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11.960/2009, incidem "juros e correção monetária com base nos índices do Manual de
Cálculos da Justiça Federal, aplicando-se o INPC após a entrada em vigor da Lei n.
11.960/2009, tendo em vista a imprestabilidade da TR - atualmente usada na
remuneração das cadernetas de poupança - como índice de correção monetária de
débitos judiciais, conforme fundamentos utilizados pelo STF no julgamento das ADI n.
493 e 4.357/DF, e ainda pelo STJ no julgamento do Resp n. 1.270.439/PR, pelo rito do
art. 543-C do CPC" (ApReeNec n. 0017703-02.2015.4.01.9199/MG, rel. Juiz Federal
Convocado Francisco Renato Codevila Pinheiro Filho, julgado em 7/10/2015). 6.
Apelação a que se nega provimento e reexame necessário parcialmente provido, apenas
para determinar a incidência de correção monetária e juros de mora na forma da
fundamentação. (AC 0006636-48.2009.4.01.3800 / MG, Rel. JUÍZA FEDERAL
RAQUEL SOARES CHIARELLI, PRIMEIRA TURMA, e-DJF1 de 19/05/2016)

PREVIDENCIÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. PENSÃO POR MORTE. ÓBITO EM


28.08.2008, POSTERIOR À LEI Nº 9.528/97. QUALIDADE DE SEGURADO.
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL PRESTADOR DE SERVIÇO. CONTRIBUIÇÃO
PREVIDENCIÁRIA. RECOLHIMENTO. OBRIGAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA
TOMADORA DO SERVIÇO. 1. O falecido era prestador de serviço médicos, na
especialidade clínica geral para Prefeitura, entidade equiparada à empresa para efeitos
previdenciários, situação em que a comprovação do trabalho remunerado implica o
reconhecimento tácito e presumido de contribuição a cargo da empresa, não podendo
prejudicar qualquer direito do pensionista a ausência dessa contribuição obrigatória. 2.
As contribuições a cargo do município não foram realizadas conforme a Lei nº
8.212/91. A omissão dos recolhimentos previdenciários por parte da empresa não pode
penalizar o segurado e seus dependentes, cabendo ao INSS a fiscalização e cobrança dos
valores não recolhidos (art. 15 da Lei 8.212/91). 3. Qualidade de dependente
comprovada pela prova oral produzida (fls. 146/147) e por constar como dependente na
declaração do imposto de renda do ano de 2008 (fls. 35/40) 4. Apelação não provida.
(AC 0017737-45.2013.4.01.9199 / GO, Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL
FRANCISCO DE ASSIS BETTI, Rel.Conv. JUIZ FEDERAL CÉSAR CINTRA
JATAHY FONSECA (CONV.), SEGUNDA TURMA, e-DJF1 de 16/05/2016)

PREVIDENCIÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. PENSÃO POR MORTE. ÓBITO EM


28.07.2005, POSTERIOR À LEI Nº 9.528/97. QUALIDADE DE SEGURADO.
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL OBRIGATÓRIO. FILIAÇÃO AUTOMÁTICA:
ATIVIDADE REMUNERADA. COMPROVAÇÃO DOCUMENTOS. INSCRIÇÃO E
CONTRIBUIÇÕES REALIZADAS. RECOLHIMENTO DE CONTRIBUIÇÃO
PREVIDENCIÁRIA EM ATRASO: POSSIBILIDADE. 1. O falecido trabalhou como
advogado da Prefeitura Municipal de Itarumã/GO (contribuinte individual) até a data do
óbito, fato gerador da contribuição previdenciária. No entanto, não houve o
recolhimento das contribuições, nos termos do art. 30, I e II da Lei nº 8.212/91, por
quaisquer das partes, ainda que tardiamente. 2. O óbito ocorreu em 28.04.2005. 3 No
caso dos autos o instituidor da pensão prestava serviço como advogado para Prefeitura
Municipal de Itarumã/GO, entidade equiparada à empresa para efeitos previdenciários,
conforme contratos de prestação de serviço e recibos, situação em que a comprovação
do trabalho remunerado implica no reconhecimento tácito e presumido de contribuição
a cargo da empresa, não podendo prejudicar qualquer direito do pensionista a ausência
dessa contribuição obrigatória 5. As contribuições a cargo do município não foram

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 127


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realizadas conforme a legislação de regência (art. 22,III, cc 30, I, ambos da Lei n.


8.212/91). 6. Essa omissão não prejudica acondição do segurado obrigatório, posto que
cabia ao INSS fiscalizar essa obrigação da entidade equiparada à empresa (art. 15 da Lei
8.212/91). 7. A qualidade de segurado do falecido, como contribuinte individual, deve
ser reconhecida, permitindo-se a cocessão da pensão por morte aos dependentes. 8. O
cálculo do benefício deverá seguir as balizas da Lei n. 8.213/91 e Lei 8.212/91. 9. Os
atrasados devem ser corrigidos e acrescidos de juros pelo MCCJF vigente quando da
liquidação do julgado. 10. Implantação imediata do benefício, nos termos do art. 461 do
CPC - obrigação de fazer. 11. Apelação não provida. Remessa oficial parcialmente
provida (itens 8 e 9).

(TRF-1 - AC: 00327194020084019199 0032719-40.2008.4.01.9199, Relator:


DESEMBARGADOR FEDERAL FRANCISCO DE ASSIS BETTI, Data de
Julgamento: 16/12/2015, SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: 26/01/2016 e-
DJF1)

O artigo 15, I da Lei 8.212/91 informa que se equipara a empresa os órgãos e entidades
da administração direta, indireta e fundacional e o município de Pedro Afonso não foi
fiscalizado pelo INSS da devida obrigação de recolher os benefícios previdenciários em
face do Município e do contribuinte equiparado a cargo em comissão( artigos 22,III e
30, I, da Lei 8212/91), motivo que não pode impedir a autora o reconhecimento do
direito.

As Contribuições para a Previdência Social são subespécies das Contribuições para a


Seguridade Social e possuem natureza tributária na forma do art. 195, I, “a” e inc. II c/c
art. 149 da CRFB.

O fato gerador de tais contribuições para o empregador, será a folha de salários e os


rendimentos pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste
serviço, mesmo sem vínculo empregatício, e, para o trabalhador e demais segurados da
previdência social a remuneração percebida pelo trabalho realizado.

Trata-se de receita vinculada ao custeio da Previdência Social, sendo esta um ramo


específico da Seguridade Social que abrange além da referida Previdência, a Saúde e a
Assistência Social, nos termos do art. 194 da CRFB.

Importante salientar que a destinação das receitas oriundas das ditas contribuições
previdenciárias, também denominadas patronais, são vinculadas à Previdência e não
para os demais segmentos da Seguridade.

A Constituição estabeleceu no inc. XI do art. 167 vedação da utilização dos recursos


oriundos das contribuições patronais para realização de despesas distintas ao pagamento
de benefícios do Regime Geral de Previdência Social de que trata o art. 201 da CRFB.

No que tange ao fato gerador do empregador ou empresa correspondente a expressão


“folha de salários”, o STF possui jurisprud ncia restritiva entendendo que abrange

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apenas salário, como remuneração paga ao empregado, fruto da contraprestação pelo


trabalho desenvolvido de forma habitual, pessoal, onerosa e sob a dependência do
empregador, nos termos do art. 2 do DL 5.452/1943 (CLT).

Pelo exposto, DEFIRO o pedido de tutela antecipada a contar do ajuizamento da ação,


no valor de 01 salário mínimo a parte autora. Intimem-se o INSS para implantação do
benefício em sede de tutela antecipada, em 30 dias, sob pena de multa mensal de um
salário mínimo, conforme artigo 537 do NCPC.

Cite-se também, no mesmo ato, para apresentar defesa no prazo legal.

Após a resposta, intimem-se para replica no prazo de 15 dias úteis.

Publique-se, registre-se e intimem-se.

Pedro Afonso,[$data.dataPorExtenso()]

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

2.17- DECISÃO RETIRADA PROTESTO PROCEDENTE

Decisão Tutela Cautelar

Recebo a inicial e passo a decidir o pedido inicial de tutela antecipada, na sua forma
CAUTELAR.

Tratam os presentes autos de ação cautelar de XXXXXXX, envolvendo as partes


identificadas na presente ação.

Destaca que XXXXXXXXXXXXXXXXX.

Fundamenta o seu direito em diversos artigos do antigo código de processo civil e diz
que irá após ingressar com a ação de conhecimento de declaratória de inexistência de
débito.

Observando os fatos e fundamentos jurídicos devidamente delineados pelo ora


requerente entendo preenchidos os requisitos do artigo 305 do CPC.

O art. 305 do CPC versa sobre a tutela cautelar requerida em caráter antecedente e se
trata de medida idônea para asseguração do direito.

Para o deferimento da tutela cautelar verifica-se o fundado perigo de dano ou o


resultado útil do processo e probabilidade do direito, requisitos idênticos segundo o
CPC, considerados para deferimento de tutela urgente, consoante artigo 300 do novel
CPC.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 129


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A verossimilhança das alegações que é a probabilidade do direito está materializada na


documentação acostada aos autos, cumprindo ressalvar que se trata de dano presumido a
inscrição indevida por dívida não realizada, sendo caso de prova diabólica exigir esse
ônus da prova à parte requerente prejudicada, pois esta não tem obrigação de fazer
prova do impossível, de fazer prova negativa do que nunca fez, pois fere a lógica impor
este ônus ao consumidor, mas sim ao Fornecedor.

O perigo de dano é patente e por sua vez, está consubstanciado na defesa do nome do
autor, direito fundamental que tutela a sua personalidade jurídica.

É cediço que na sociedade globalizada em que vivemos os fornecedores devem agir


com cautela, zelo e presteza na promoção de contratos de adesão e cercarem-se de
cuidados na conferência dos documentos, pois o produto que oferecem no mercado
atendem ao interesse coletivo da comunidade.

A inversão do ônus da prova é debatida na doutrina e jurisprudência e enseja discussão


se é possível na fase probatória ou na decisória, mas considero que o momento
apropriado deve ser entre a propositura da ação e o despacho saneador, sob pena de
inviabilizar a defesa do réu e sempre em atenção aos princípios constitucionais do
contraditório e da ampla defesa.

No presente caso considero necessária a inversão do ÔNUS da prova em face do réu,


diante do caso concreto e pelo novo cpc a inversão deve ser conforme parágrafo
primeiro e segundo do artigo 373 do novo CPC.

Ante o exposto, defiro o pedido de inversão do ônus da prova.

Passo a examinar ao pedido de cancelamento dos órgãos de restrição.

Com efeito, além de deferir o pedido de inversão do ônus da prova entendo plausível o
segundo pedido mas de forma diferente, na condição de suspensão dos efeitos da
anotação do nome da autora até a finalização desse feito, pois as suas alegações são
verossímeis, bem como é patente o periculum in mora na condição de consumidora
hipossuficiente.

Entendo que o deferimento de sustação é imperioso até que elucide o mérito dessa
demanda e não cancelamento, pois senão o pedido seria irreversível.

Cabe salientar que se objetiva com pedidos de tutela antecipada, em sede de ações
declaratórias a suspensão da eficácia do protesto da firma no Serasa ou demais órgãos
de restrição para afastar os efeitos do ato que se pretende anular.

Isso porque quando da prolação dessa decisão sumária se extrai um direito ou uma
tutela de direito que teria como pressuposto as tutelas declaratórias e constitutivas
finais, na lição de Luiz Guilherme Marinoni e Sérgio Cruz Arenhart, na sua obra
Processo Cautelar, V.4, Editora RT, ano 2008, explicações dadas nas folhas 65/66.

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Dessa forma, considerando estarem presentes os requisitos essenciais do artigo 300 do


CPC: defiro o pedido de tutela antecipada de sustação dos efeitos do protesto realizado
no Serasa de mais órgãos de restrição constantes no pedido final da petição inicial ,
além de deferir a inversão do ônus da prova, no prazo de 05 dias.

Fixo o valor de R$ 500,00( quinhentos reais) até o limite de R$ 10.000,00 ( dez mil
reais), por descumprimento dessa decisão liminar, para fins de prevenir enriquecimento
ilícito indevido.

Cite-se o réu para contestar a ação no prazo de 15 dias uteis , após intimem-se o autor
para réplica em outros 15 dias úteis.

Intimem-se o autor que este deve realizar o pedido principal após 30 dias efetivação
liminar nesse mesmo feito e em petição e após isso o cartório agendar audiência de
conciliação, conforme artigo 308, parágrafo primeiro e 309 do CPC.

Defiro os benefícios da justiça gratuita.

Cumpra-se.

Pedro Afonso, [$data.dataPorExtenso()]

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

2.18- Decisão retirada do serasa

DECISÃO

Versam os presentes
autos [$processo.getNumeroDoProcesso()][$processo.getClasseJudicial()] envolvendo
as partes acima identificadas.

Consta pedido de exclusão do nome em órgão de restrição.

É o necessário. Passo aos fundamentos.:

A inscrição do nome do devedor só está vedada se, cumulativamente: a) houver


interposição de ação revisional; b) as alegações do devedor se fundarem na aparência do
bom direito e na jurisprudência do STJ ou do STF; c) for depositada a parcela
incontroversa do débito.

A orientação do STJ, consolidada no REsp 1.061.530/RS, julgado sob a ótica de recurso


repetitivo (art. 543-C, do CPC), é no sentido de que a exclusão/abstenção da inscrição
do nome da parte autora em cadastros de órgãos de proteção de crédito, bem como de
sua manutenção na posse do veículo, somente, é possível se afastada a mora.

Para tanto, é imprescindível haver, cumulativamente: a) ação fundada em

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questionamento integral ou parcial do débito; b) demonstração de que a cobrança


indevida se funda na aparência do bom direito e em jurisprudência consolidada do STF
ou STJ; c) depósito da parcela incontroversa ou prestação de caução, conforme prudente
arbítrio do magistrado (REsp 1.061.530/RS).

Verifico nos autos que oxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Disso se infere que a inexistência de qualquer um dos requisitos acima citados implica
configuração da mora, o que inviabiliza a concessão de medidas de urgência que visam
à exclusão/abstenção de inscrição do nome autor em cadastros de órgãos de proteção de
crédito e de sua manutenção na posse de veículo sobre o qual recai alienação fiduciária.

Isto Posto,xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Cumpra-se.

[$data.dataPadrao()]

[$processo.getRelator()]

[1] Comentários à Consolidação das Leis da Previdência Social, vol. 2 – Jurisprudência,


Ed. Atlas, 1988, p. 25.

2.19- Decisão mudança titularidade veículo detran

1 – Recebo a presente inicial do Juizado Especial Cível.

Passo ao exame dos pedidos cautelares.

O REQUERENTE, ajuizou a Ação de Obrigação de Fazer c/c Pedido de Tutela


Antecipada em desfavor do REQUERIDO, aduzindo em síntese que vendeu bem
móvel para o requerido e consta restrição do seu nome no Governo do Estado,
constando o seu nome como o atual possuidor e proprietário do bem móvel, requerendo
a regularização da posse / propriedade e eventuais dívidas para o requerido.

Com a inicial vieram os documentos no evento 01.

Relatados, passo aos fundamentos da decisão.

Para o deferimento da antecipação da tutela é necessário, além da verossimilhança das


alegações lastreada em prova inequívoca, a existência do fundado receio de dano
irreparável ou de difícil reparação.

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Pois bem. A concessão da tutela antecipatória dos efeitos da sentença de mérito, esta
fica condicionada à comprovação inequívoca dos requisitos exigidos pelo artigo 300 do
CPC.

Arruda Alvim, in Manual de Direito Processual Civil, Vol.2, 7ª Ed. RT, p. 393/394,
sobre o tema, assinala que:

"Já em relação à tutela antecipatória a possibilidade de uma tal


lesão comparece mais proximamente, exatamente porque, neste
instituto, admite-se seja proferida decisão, com acolhimento da
pretensão do autor, em processo em que, pelo próprio sistema
do instituto, a instrução ainda não está terminada. Por isso é
que o legislador foi cuidadoso, e, bem assim, deverá ser
cauteloso o aplicador da lei. Por causa desses mandamentos,
deve-se ter presente que o juiz, para antecipar a tutela, deverá
realmente constatar verossimilhança, à luz de prova inequívoca,
i.e., que o convença realmente de que - ao que tudo está a
indicar - o autor tem efetivamente razão, e, por isto, com
apreciável margem de segurança, pode antecipar a tutela."

A PROBABILIDADE DO DIREITO se encontra materializada no caso concreto, pois


há prova formal de compra e venda através do recibo de transferência do veículo e de
que o bem móvel não é mais da parte autora, tendo sido obrigada após essa data a
custear despesas sem que esteja na posse do bem móvel, o que não se apresenta coerente
em face do principio geral de direito de que o dono e proprietário do bem movel é que
deve suportar por eventual responsabilidade de débitos e não seu anterior dono ou
possuidor.

O PERIGO DE DANO, por sua vez, está consubstanciado na necessidade de excluir o


risco do veículo do autor em ocasionar prejuízos, de ordem material, fiscal ou moral a
terceiros, conforme bem explicitado na sua petição, informando que a situação está
prejudicando o seu exercício profissional.

O periculum in mora resultante do direito da requerente ter um bem no seu nome, fato
este que fere o princípio da veracidade e tem o condão de iludir inclusive a satisfação de
dívidas junto aos órgãos de trânsito. Cabe assinalar que enquanto o bem encontrar-se
registrado no nome do requerente é perfeitamente possível que multas sejam incluídas
em seu nome e pontos em sua carteira de habilitação o que prejudicará o bom conceito
de sua conduta no trânsito.

O requerido desidioso em transferir o veículo gera uma situação de insegurança que tem
o condão de instabilizar a tranquilidade diária do requerente, periculum que resulta do
próprio fato, pois os contratantes devem agir com boa fé e confiança no início e na fase
pós-contratual.

Ressalto ainda, que o direito do autor requerer a transferência do veículo de seu nome é
perfeitamente plausível, entretanto, bem como quanto à exclusão das multas e
pendências administrativas.

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Como se sabe, ainda que seja do novo proprietário o dever de efetuar o registro da
venda do automóvel, pode o vendedor formalizar a comunicação da venda, conforme
dispõe o artigo 134, do Código de Trânsito Brasileiro, além de que a jurisprudência
entende que essa obrigação deve-se tão somente para evitar que pontos na carteira do
motorista sejam incluídos indevidamente no nome de quem não tem posse do bem
móvel.

Reza o artigo 134 do Código de Trânsito Brasileiro que no caso de transferência de


propriedade o antigo proprietário deverá encaminhar ao órgão de trânsito do Estado,
dentro do prazo de trinta dias, cópia autenticada do comprovante de transferência de
propriedade, devidamente assinado e datado, sob pena de ter que se responsabilizar
solidariamente pelas penalidades impostas e suas reincidências até a data da
comunicação.

No entanto, o dispositivo do Código de Trânsito acima mencionado, acaba por ser


relativizado em face à comprovação da realização do negócio ter ocorrido em data
anterior ao cometimento das infrações, pois a inobservância de uma formalidade
administrativa não descaracteriza a compra e venda, tampouco a tradição, que se faz
mediante a simples entrega do bem ao comprador.

Assim, a solidariedade entre o autor e o novo proprietário do veículo, em razão da


ausência de tomada de providência constante do artigo 134 do CTB, diz respeito tão
somente ao pagamento das multas, as quais são de natureza patrimonial, haja vista o
entendimento do Superior Tribunal de Justiça que é no sentido da responsabilidade
mitigada, isto é, a solidariedade imposta ao antigo proprietário que no prazo legal não
realizar junto ao órgão de trânsito a transferência do veículo.

Nesse sentido é a orientação jurisprudencial:

"ADMINISTRATIVO. ALIENAÇÃO DE VEÍCULO


AUTOMOTOR. MULTAS. RESPONSABILIDADE
SOLIDÁRIA DO ALIENANTE. INTERPRETAÇÃO DO
ART. 134 DO CTB.
RELATIVIZAÇÃO. Consoante entendimento desta Corte, a
regra prevista no art. 134 do CTB sofre mitigação quando
restarem comprovadas nos autos que as infrações foram
cometidas após a aquisição de veículo por terceiro, ainda
que não ocorra a transferência afastando a responsabilidade
do antigo proprietário. Agravo regimental improvido."
(STJ, 2ª Turma, AgRg no AREsp 174.090/SP, Rel. Min.
HUMBERTO MARTINS, DJe 29/06/2012).

Como se vê, na manifestação da relação externa da solidariedade, o órgão de trânsito


está autorizado a cobrar de qualquer dos proprietários o valor integral da multa. Na
manifestação da relação interna, o devedor que pagou a multa por inteiro, se não
cometeu a infração, poderá exercer seu direito de regresso em face de seu coobrigado.
Isso é possível porque a multa, assim como a solidariedade, tem feição nitidamente
patrimonial.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 134


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Pedro Afonso-Tocantins

Decido.

ISTO POSTO, concedo parcialmente os efeitos da tutela antecipada para determinar


apenas ao requerido para que proceda a transferência do veículo descrito na inicial no
prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de multa-diária no valor de R$ 100,00 (cem reais), a
conta da ciência da decisão, limitada ao valor de R$ 3.000,00( três mil reais).
Determino também que sejam excluídos do nome do autor qualquer penalidade,
inscrição de restrição ao crédito no SPC, SERASA, CARTÓRIOS DE PROTESTOS,
multa ou impostos, devendo repassar a dívida e penalidades, para o nome do
requerido, responsável pelo débito, fato incontroverso..

2– Para maior celeridade ao feito. Cite-se o requerido para, querendo, apresentar


contestação até a data da audiência que deverá ser inserida no e-proc. Independente do
prazo acima, determino ao Cartório do Juízado Civel para designar audiência de
conciliação.

3 - Conste no mandado que a ausência da parte autora acarretará a extinção do feito e a


ausência da parte requerida importará em revelia (art. 20 e 23 da LJE).

4 – Conste no mandado que, havendo provas a serem produzidas, deverão ser indicadas
em 05 (cinco) dias, sob pena de preclusão.

5 – Havendo acordo volvam-me conclusos para homologação.

6- Expeçam-se os ofícios que forem necessários.

Pedro Afonso,[$data.dataPadrao()]

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

2.10- Decisão juizado cumprimento por oficial de justiça e justiça gratuita

Decisão

Inicialmente cumpre salientar que a ação foi proposta pelo rito do Juizado Especial
Cível, o qual prev na Lei 9.099/95, artigo 54, que “o acesso ao Juizado Especial
independerá, em primeiro grau de jurisdição, do pagamento de custas, taxas, ou
despesas.”

A Constituição Federal em seu artigo 5º, LXXXIV aduz que:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem
insuficiência de recursos;

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 135


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A assistência judiciária gratuita (art. 5º, LXXIV, CF) constitui garantia constitucional
do direito ao acesso à justiça. Deste modo, a decisão que concede a justiça gratuita, com
ressalva de que a parte beneficiária deve pagar às custas do Oficial de Justiça, constitui
ofensa ao mencionado preceito fundamental.

Ademais, a gratuidade da justiça isenta o beneficiário de diversas despesas processuais,


todas elas relacionadas nos vários incisos do § 1º, do art. 98, incluindo custas iniciais, as
despesas com citações (por cartas, oficial de justiça ou mesmo editalícia), as despesas e
emolumentos cartorários e honorários periciais.

Tem-se ainda conforme ensinamento do artigo 99 do CPC que a assistência do


requerente por advogado particular não impede a concessão de gratuidade da Justiça.

Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na
contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso. (...)

§ 3º Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por


pessoa natural.

§ 4o A assistência do requerente por advogado particular não impede a concessão de


gratuidade da justiça. (grifo nosso)
Desta feita, com base no artigo 152 do CPC cabe ao Oficial Justiça executar as ordens
do juiz a que estiver subordinado, vejamos:

Art. 154. Incumbe ao oficial de justiça:

I - fazer pessoalmente citações, prisões, penhoras, arrestos e demais diligências próprias


do seu ofício, sempre que possível na presença de 02 (duas) testemunhas, certificando
no mandado o ocorrido, com menção ao lugar, ao dia e à hora;

II - executar as ordens do juiz a que estiver subordinado;

III - entregar o mandado em cartório após seu cumprimento; (grifo nosso)

Desta feita, determino o cumprimento da ordem de citação com o cumprimento do


mandado considerando que a ação foi proposta pelo JEC.

Advirto que o não cumprimento do mandado por parte o Oficial de Justiça poderá
incidir em responsabilidade disciplinar.

Redesigne-se a audiência de conciliação para outra data, tendo em vista o curto laspo
temporal para cumprimento.

Expeça-se o necessário.

Cumpra-se. Intime-se.

Pedro Afonso-TO, [$data.dataPorExtenso()]

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Juíza Luciana Costa Aglantzakis

2.11- Decisão simples ação de improbidade administrativa

DECISÃO

A decisão que recebe a petição inicial de improbidade consiste em pronunciamento


resultante de cognição sumária, somente sendo admissível a rejeição liminar da ação
quando evidente a inexistência do ato de improbidade, a improcedência da ação ou a
inadequação da via eleita, consoante previsão do art. 17, § 8°, da LIA.

Analisando o feito em epígrafe vislumbro que não é o caso dos autos pois não se
fazem presentes essas exceções previstas em Lei.

Vigora em regra na presente fase deste tipo de processo a regra do princípio in dúbio
pro societate:

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA.


IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. RECEBIMENTO DA AÇÃO ORIGINÁRIA.
INDÍCIOS DA PRÁTICA DE ATO IMPROBO. DECISÃO FUNDAMENTADA.
PRINCÍPIO DO IN DUBIO PRO SOCIETATE. RECURSO IMPROVIDO. 1. Em
Ação Civil Pública por Improbidade Administrativa, após a apresentação da defesa
preliminar pelo réu o Magistrado, em decisão fundamentada, deve deliberar acerca do
recebimento da Ação e, acaso recebida, determinar a citação do réu para apresentar
contestação, nos termos do artigo 17, §§ 7º, 8º e 9º da Lei nº. 8429/92. 2. Existindo
indícios de cometimento de atos enquadrados na Lei de Improbidade Administrativa, a
petição inicial deve ser recebida, fundamentadamente, pois, na fase inicial prevista no
artigo 17, §§ 6º, 7º, 8º e 9º, da Lei 8.429/92, prevalece o princípio do in dubio pro
societate, a fim de possibilitar o maior resguardo do interesse público. 3. No caso dos
autos, a decisão do Magistrado que recebeu a Ação Civil Pública por Improbidade
Administrativa foi devidamente fundamentada, explicitando as razões de seu
convencimento de não ser o caso de rejeição liminar da ação e nem de improcedência
do pedido ou ainda de inadequação da via eleita (artigo 17, §8º da Lei de Improbidade
Administrativa), tendo entendido o Magistrado estarem presentes indícios suficientes de
autoria e materialidade do ato de improbidade praticado pelas agravantes. 4. Existindo
relevância nos fatos narrados pelo Ministério Público Estadual, imperativo é o
recebimento da Ação Civil Pública, para melhor análise e mais apurada investigação (in
dubio pro societate), não sendo o Agravo a via própria para essa discussão, que exige
aprofundado exame probatório. 5. O mero recebimento da petição inicial da Ação Civil
Pública por Ato de Improbidade Administrativa, não induz ao julgamento prévio da
causa, pois se restringe a avaliar os indícios consistentes com atos de improbidade, que
no caso em apreço não foram afastados pelas alegações defensivas. 6. Agravo de
Instrumento conhecido e improvido. (AI 0002960-77.2015.827.0000, Rel. Des.
ÂNGELA PRUDENTE, 2ª Câmara Cível, julgado em 28/10/2015).

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Dessa feita, ante a inexistência do ato de improbidade, a improcedência da ação ou a


inadequação da via eleita, motivo pelo qual RECEBO a inicial com fulcro no artigo 17,
parágrafo 9, da Lei 8429/92.

Citem-se os requeridos para, querendo, oferecer contestação no prazo de 15 dias úteis.

Após a resposta, ouça o representante do Ministério Público.

Cumpra-se.

Pedro Afonso-TO, [$data.dataPorExtenso()]

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

2.12- Decisão designa praça hasta pública

DECISÃO

Uma vez que não requerida à adjudicação e/ou a alienação do bem penhorado por
iniciativa particular, deverá este ser alienado através de hasta pública.

A teor da lei processual (CPC, art. 873), a realização de nova avaliação somente é
admitida quando demonstrada a ocorrência de erro na avaliação ou dolo do avaliador
(inciso I), se verificar, posteriormente à avaliação, que houve majoração ou diminuição
do valor do bem (inciso II); ou se houver fundada dúvida sobre o valor atribuído ao bem
(inciso III).

Determino que o imóvel penhorado seja reavaliado, devendo inclusive, o Oficial de


Justiça tirar fotos para verificar-se a real situação do bem. Determino ainda que o
Meirinho exija do depositário fiel, no caso de imóvel, a cópia de todas as chaves que
dão acesso ao bem e deposite em cartório para que a Justiça fiscalize se o depositário
está dispensando todos os cuidados necessários para manutenção do bem.

Após a juntada do laudo de avaliação, expeça-se o edital de hasta pública observando o


disposto no art. 886 do novo CPC.

A publicação do edital deve ser até cinco dias da data designada, conforme artigo 887,
parágrafo primeiro do CPC. Em caso de inércia pela não PUBLICAÇÃO DO EDITAL,
o escrivão pode ter PENA DE SUSPENSÃO, conforme novo CPC, de 05 DIAS A 03
MESES.

Dessa forma delego ao leiloeiro que agende em data efetiva no site da internet datas
para as 1ª e 2ª praças e bem como tome as providências necessárias, ficando

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autorizado a informar nos autos a escrivã para que seja dado o cumprimento em tempo
hábil.

Se porventura houver segundo leilão o bem imóvel poderá ser arrematado por até 50%
do valor avaliado do bem.

Das praças ou leilões cientifique-se o executado através de seu advogado, pelo DJ. Em
caso de haver credor hipotecário ou o executado não seja o proprietário do imóvel, deve
o cartório intimar as partem em 10 dias antes do leilão para que se quiserem exerçam a
preferência do bem submetido a praça ou leilão. No caso de haver advogado habilitado
nos autos intimem-se estes, na pessoa do seu advogado.

Cumpra-se.

Pedro Afonso-TO, [$data.dataPorExtenso()]

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

2.13- Decisão indefere pré -executividade defensoria pública devido citação por
edital

DECISÃO

Versam os presentes autos de ação de execução fiscal envolvendo as partes acima


identificadas.

O feito veio concluso para análise de pedido de exceção de pré-executividade.

O Réu foi citado por edital e a Defensoria Pública, nomeada para intervir como
curadora na lide, oportunidade pelo qual ajuizou exceção de pré-executividade, com os
seguintes pedidos de: "Nulidade da citação por edital porque não foram esgotadas as
tentativas necessárias para ser citado o executado. Postula também o efeito suspensivo
da ação executiva fiscal e a extinção o do feito".

O ente público foi devidamente intimado para impugnação e argumentou que: "Que no
caso a execução fiscal é regida, de forma especial, pela Lei 6.830/80, e não se exige a
citação por oficial de justiça se a tentativa de citação real foi empreendida no caso em
comento, no endereço da empresa executada.e este não manteve atuallizado o seu
domicílio tributário"

É o que importa RELATAR. DECIDO.

Passo ao exame dos fatos da presente demanda.

Passo à análise da tese de que a citação por edital requerida pela Fazenda Pública foi
eivada de nulidade ou não.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 139


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A temática foi decidida em recurso repetitivo do STJ de número tema 102:

PROCESSO CIVIL. RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO FISCAL. CITAÇÃO POR


EDITAL. CONDIÇÃO DE CABIMENTO: FRUSTRAÇÃO DAS DEMAIS
MODALIDADES DE CITAÇÃO (POR CORREIO E POR OFICIAL DE JUSTIÇA).
LEI 6830/80, ART. 8º. 1. Segundo o art. 8º da Lei 6.830/30, a citação por edital, na
execução fiscal, somente é cabível quando não exitosas as outras modalidades de
citação ali previstas: a citação por correio e a citação por Oficial de Justiça. Precedentes
de ambas as Turmas do STJ. 2. Recurso especial improvido. Acórdão sujeito ao regime
do art.

543-C do CPC e da Resolução STJ 08/08.

(REsp 1103050/BA, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA SEÇÃO,


julgado em 25/03/2009, DJe 06/04/2009)

No caso em concreto houve a tentativa infrutífera de citação do requerido tanto pelos


correios quanto por oficial de justiça ad hoc e por esse motivo considero legitima a
citação por edital, nos moldes da jurisprudência em recurso repetitivo do STJ.

No tocante a tese de que não é cabível exceção de pré - executividade sem garantia não
é cabível em face da defensoria que tem a prerrogativa de defender por negativa geral e
no caso dos procedimentos de execução fiscal dispensa-se a garantia. Além disso o
pedido é daqueles que poderia ser reconhecido de ofício, sem necessário dilação
probatória. Se essa premissa for aceita haverá afronta ao princípio constitucional da
ampla defesa na lavra de julgado recente do STJ, litteris: STJ - Recurso especial
repetitivo. Execução. Recurso especial representativo da controvérsia. Execução.
Revelia. Nomeação de curador especial. Defensoria pública. Garantia do juízo, nos
termos do revogado art. 737, I, do CPC. Inexibilidade. Precedentes do STJ. Súmula
196/STJ CPC, art. 543-C. Lei Compl. 80/1994, art. 4º, VI. «1. A teor da antiga redação
do art. 737, I, do CPC, «Não são admissíveis embargos do devedor antes de seguro o
juízo: pela penhora, na execução por quantia certa;» (Revogado pela Lei 11.382/2006).
2. «Ao executado que, citado por edital ou por hora certa, permanecer revel, será
nomeado curador especial, com legitimidade para apresentação de embargos» (Súmula
196/STJ). 3. É dispensado o curador especial de oferecer garantia ao Juízo para opor
embargos à execução. Com efeito, seria um contra-senso admitir a legitimidade do
curador especial para a oposição de embargos, mas exigir que, por iniciativa própria,
garantisse o juízo em nome do réu revel, mormente em se tratando de defensoria
pública, na medida em que consubstanciaria desproporcional embaraço ao exercício do
que se constitui um munus publico, com nítido propósito de se garantir o direito ao
contraditório e à ampla defesa. 4. Recurso especial provido. Observância do disposto no
art. 543-C, § 7º, do CPC, c.c. os arts. 5º, II, e 6º, da Resolução 08/2008.» (STJ - Rec.
Esp. 1.110.548/2010 - PB - Rel.: Minª. Laurita Vaz - J. em 25/02/2010 - DJ 26/04/2010-
Doc. LEGJUR 131.8663.4000.1600)

Ante o exposto, rejeito a exceção de pré-executividade e decido pelo reconhecimento


da citação por edital determinando que permaneça os autos de execução fiscal.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 140


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Por consequência e por não haver bens aptos para satisfazer a execução determino o
arquivamento provisório do feito com fulcro no artigo 40 da LEF.

P. R Intimem-se e cumpra-se.

O feito ficará suspensos até que o Exequente encontre bens aptos para satisfazer a
dívida.

Sem custas e honorários.

Cumpra-se. Intime-se.

Pedro Afonso-TO, [$data.dataPorExtenso()].

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

2.14- Decisão prisão alimentos- falta de justificativa

DECISÃO

[$processoParte.getPartesAutores()], menor impúbere, devidamente representado por


sua genitora , aforou AÇÃO DE EXECUÇÃO DE ALIMENTOS, pelo rito do art. 528
ou por analogia o artigo 911 do CPC, em desfavor de [$processoParte.getPartesReus()],
já qualificado na inicial, ao argumento de que o executado deixou, há mais de três
meses, de pagar os alimentos fixados nos presentes autos, conforme petição de evento1.

Devidamente citado, em cujo mandado constava a advertência da pena de prisão na


ausência de pagamento, o executado não apresentou justificativa.

O MP pugnou pelo decreto de prisão.

Relatei. DECIDO.

Diz o §§ 1º e 3º do art. 528 do CPC que trata da execução da prestação alimentícia:


“caso o executado , no prazo referido no caput, não efetiue o pagamento, não prove que
o efetuou ou não apresetar justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, o juiz mandará
protestar o titulo judicial ou decretar-lha a prisão no prazo de 01 a 03 meses".

A hipótese “sub júdice” é uma das exceções previstas na Constituição Federal que
permite a prisão por dívida (art. 5º, LXVII).

AMILCAR DE CASTRO, citado por YUSSEF SAID CAHALI, adverte: “a prisão civil
é o meio executivo de finalidade econômica; prende-se o executado, não para puni-lo,
como se criminoso fosse, mas para força-lo indiretamente a pagar, supondo-se que
tenha meios de cumprir a obrigação e queira evitar sua prisão, ou readquirir sua
liberdade”. [1]

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 141


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Já ARNALDO MARMITT assevera: “As necessidades do reclamante, por natureza


inadiáveis, se desnaturam com a demora em alimentar, enquanto são operadas tentativas
procrastinatórias. ... O caráter coercitivos da custódia por débito alimentar requer que
ela seja imposta sem delongas, para que não se constitua em expediente meramente
teórico. Sua razão de ser exige que tenha efeitos práticos e expeditos, os quais lhe
devem ser inerentes. É inadmissível na espécie qualquer uso de manobras ladinas ou
deletérias, que até podem levar ao definhamento e à morte de crianças inocentes”. [2]

A fome não espera. A omissão do executado no pagamento da pensão alimentícia a


[$processoParte.getPartesAutores()] menor resulta evidente, fato que demonstra sua
resistência injustificada de não cumprir sua obrigação alimentar sem justo motivo.

A falta de justificativa evidenciao abandono material .

O STJ editou a Súmula 309 nos seguintes termos: “O débito alimentar que autoriza a
prisão civil do alimentante é o que compreende as três prestações anteriores ao
ajuizamento da execução e as que vencerem no curso do processo", conforme nova
redação da Súmula expedida em março de 2006.

Desta forma, ausente qualquer justificativa plausível pelo devedor, outra solução não
resta que decretar a sua segregação. “Pior do que a prisão do devedor é a necessidade ou
a fome do alimentando. Alimenta denegans, necare videtur”[3].

EX POSITIS, fulcrado no art. 733, § 1º do CPC e na Constituição Federal (art. 5º


LXVII) DECRETO A PRISÃO de J[$processoParte.getPartesReus()] qualificado nos
autos, pelo prazo de 30 (trinta) dias a ser cumprida na cadeia da comarca mais próxima
dessa comarca, ficando o oficial de justiça autorizado a requerer auxilio da polícia civil
ou da policia militar e requerer exame de corpo de delito com base nessa decisão.

Determino a remessa dos autos à Contadoria a fim de se apurar o atual valor do débito,
incluindo as tres parcelas dos meses anteriores ao ajuizamento da inicial e as demais
parcelas que vencem no curso do presente feito, nos precisos termos da Súmula 309 do
Superior Tribunal de Justiça.

Anote-se que paga a pensão alimentícia devida, a prisão se suspenderá se for feito o
pagamento integral, conforme entendimento majoritário do STJ.

Remeta-se a contadoria, com segredo de justiça, se não existir cálculos nos moldes
decidido.

EM NÃO SENDO PAGA A DIVIDA, MESMO COM A PRISÃO, DETERMINO O


PROTESTO DA DIVIDA NO CARTÓRIO DE PROTESTO.

SERVE ESSA PRESENTE DECISÃO COMO MANDADO DE PRISÃO E


HAVENDO PAGAMENTO SERVIRÁ DE ALVARÁ DE SOLTURA, se por outro
motivo não estiver legalmente preso.

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Pedro Afonso-Tocantins

Oficie-se a Secretaria da Cidadania e Justiça Esplanada das Secretarias de Governo


Praça dos Girassóis - Caixa Postal nº 216 Palmas - Tocantins CEP: 77001-970 para que
a secretaria consiga uma vaga em comarca próxima de Pedro Afonso em 72 horas, antes
do cumprimento do mandado e se não houver resposta apenas cumpra a decisão no
sentido de protestar a dívida e que seja intimado o exequente após juntada de certidão
do escrevente, para que converta a execução de alimentos por rito especial para o rito
de execução por quantia certa devido a dificuldade de cumprir o respectivo mandado de
prisão por inexistir local adequado nessa comarca.

SERVE ESSA PRESENTE DECISÃO COMO MANDADO DE PRISÃO se a


Secretaria de Cidadania e Justiça encaminhar vaga pedida pelo ofício E HAVENDO
PAGAMENTO SERVIRÁ DE ALVARÁ DE SOLTURA, se por outro motivo não
estiver legalmente preso.

EM NÃO SENDO PAGA A DIVIDA, MESMO COM A PRISÃO, DETERMINO O


PROTESTO DA DIVIDA NO CARTÓRIO DE PROTESTO.

CUMPRA-SE. INTIME-SE.

Pedro Afonso-TO, [$data.dataPorExtenso()].

[$processo.getRelator()]

[1] In DOS ALIMENTOS, 1ª ED. 2ª tir., 1.985, Ed. RT, pág. 624).

[2] PRISÃO CIVIL POR ALIMENTOS E DEPOSITÁRIO INFIEL, Ed. Aide, 1989,
pag. 111.

[3] Cf. Dos Alimentos no Direito de Família, João Claudino de Oliveira e Cruz,
Forense, 2ª ed.p.362.

2.15- Decisão redirecionamento execução fiscal contra sócio de empresa

Decisão

Consta no último evento pedido de procurador da AGU em que postula o


redirecionamento da execução fiscal, nos seguintes termos:

“Conforme se observa do mandado de citação devolvido sem cumprimento (evento 08),


a pessoa jurídica executada não mais funciona no endereço constante dos cadastros do
contribuinte junto ao Fisco Federal. Essa situação é configuradora de dissolução
irregular, o que demonstra desobediência à lei apta a gerar responsabilidade tributária
do sócio-administrador, à luz do que preleciona o art. 135, III, do Código Tributário
Nacional: CTN, Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos
correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de
poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos: III - os diretores, gerentes ou

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representantes de pessoas jurídicas de direito privado. Essa conduta, conforme


entendimento sólido e pacífico da jurisprudência nacional, autoriza o redirecionamento
da execução para o patrimônio do gestor que agiu com infração às normas de direito
tributário. É nesse sentido a Súmula n. 435 do Superior Tribunal de Justiça: Súmula n.
435/STJ: Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no
seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o
redirecionamento da execução fiscal para o sóciogerente.

Assim, diante do cenário observado neste processo, requer-se seja incluído no polo
passivo da demanda o(s) sócio(s)-administrador(es) da pessoa jurídica executada,
senhor xxxxx”

O fato narrado pelo procurador é situação de redirecionamento da execução conforme


vem decidindo o STJ:

PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. REDIRECIONAMENTO. EXECUÇÃO


FISCAL.SÓCIO-GERENTE. POSSIBILIDADE. COMPROVAÇÃO DE
DISSOLUÇÃO IRREGULAR.CERTIDÃO DO OFICIAL DE JUSTIÇA. 1. A
orientação da Primeira Seção do STJ firmou-se no sentido deque, se a Execução Fiscal
foi promovida apenas contra pessoa jurídica e, posteriormente, redirecionada contra
sócio-gerente cujo nome não consta da Certidão de Dívida Ativa, cabe ao Fisco
comprovar que o referido sócio agiu com excesso de poderes, infração a lei,contrato
social ou estatuto, ou na hipótese de dissolução irregular da empresa, nos termos do art.
135 do CTN.2. A jurisprudência do STJ consolidou o entendimento de que a certidão
emitida pelo Oficial de Justiça, atestando que a empresa devedora não mais funciona no
endereço constante dos assentamentos da junta comercial, é indício de dissolução
irregular, apto a ensejar o redirecionamento da execução para o sócio-
gerente.Precedentes do STJ.3. Agravo Regimental não provido. (STJ - AgRg no Ag:
1323369 PR 2010/0113989-6, Relator: Ministro HERMAN BENJAMIN, Data de
Julgamento: 07/10/2010, T2 - SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: DJe
02/02/2011).

Cabe salientar que não é possível o redirecionamento em caso de dívida não tributária,
mas sim desconsideração da pessoa jurídica.

No caso se trata de imposto federal.

Em se tratando de cobrança de multa administrativa de relação de direito público, que


não tem natureza tributária, está afastada a responsabilização prevista no art. 135 do
Código Tributário Nacional , o que, por conseguinte, desautoriza
o redirecionamento da execução fiscal para o sócio da pessoa jurídica executada. 2.
Precedentes: (AgRg no REsp 1186531/PR , Rel. Ministro CESAR ASFOR ROCHA,
SEGUNDA TURMA, julgado em 23/08/2011, DJe 06/09/2011); (AMS 0005595-
78.2006.4.01.3500 / GO, Rel. JUIZ FEDERAL LINO OSVALDO SERRA SOUSA
SEGUNDO, 7ª TURMA SUPLEMENTAR, e-DJF1 p.1075 de 25/01/2013); (AMS
0010910-53.2007.4.01.3500 / GO, Rel. DESEMBARGADORA FEDERAL MARIA
DO CARMO CARDOSO, OITAVA TURMA, e-DJF1 p.537 de 16/09/2011). 3.
Decisão Mantida. 4. Agravo Regimental não provido.

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A sistemática é ensinada pelo doutrinador Aldo de Campos Costa, no


site http://www.conjur.com.br/2013-jul-18/toda-prova-redirecionamento-execucao-
fiscal-julgados-stj, litteris:

“Apresenta-se viável o redirecionamento da execução fiscal na


hipótese de dissolução irregular da sociedade (STJ AgR-REsp
1.368.205), cabendo a cada sócio a quem foi redirecionada a
execução a prova da regularidade do encerramento da empresa,
o que deverá ocorrer por meio da oposição de embargos à
execução e não pela via da exceção de pré-executividade (STJ
AgR-REsp 561.854).

Conquanto fato autorizador do redirecionamento da execução


fiscal, à luz do verbete 435 da Súmula do Superior Tribunal de
Justiça[3], a presunção de dissolução irregular da sociedade
empresária, não serve para alcançar ex-sócios, que não mais
compunham o quadro social à época da dissolução irregular e
que não constam como corresponsáveis da CDA, salvo se
comprovada sua responsabilidade, nos termos do artigo
135, caput, do Código Tributário Nacional[4] (STJ REsp
824.503).

O redirecionamento deverá ser feito contra o sócio-gerente ou o


administrador contemporâneo à ocorrência da dissolução (STJ
EAg 1.105.993)”

O procurador tem razão em apontar a diferença de que não cabe desconsideração na


LEF, pois “ a lógica da execução fiscal é toda voltada à proteção do crédito público. O
exercício do contraditório e ampla defesa, através dos embargos à execução, pressupõe
garantia da execução, sob pena de inadmissibilidade da defesa.

É a dicção do artigo 16, parágrafo 1º, da Lei 6.830/80, consignando que “não são
admissíveis embargos do executado antes de garantida a execução”.

Anote-se, também, que o incidente de desconsideração da personalidade jurídica não


se configura hipótese de suspensão da exigibilidade do crédito tributário, razão pela
qual não suspende a prescrição tributária.

Ou seja, conforme doutrinador do tema tributário “teríamos uma hipótese de suspensão


da execução fiscal sem a correlata suspensão do fluxo do prazo prescricional para a
cobrança do crédito.

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Lembre-se que casos de suspensão da prescrição tributária dependem de previsão em


lei complementar, nos termos do artigo 146, III, “b”, da Constituição Federal”[1].

Ante o exposto, DEFIRO a inclusão do sócio no polo passivo, sem suspensão da


prescrição, conforme requerido.

A AGU, para apresentar nova CDA, no prazo de 05 dias úteis.

Cumpra-se.

Datado e certificado pelo eproc.

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

2.16- Decisão cirurgia ente estatal e plan- saúde

Decisão

Defiro os benefícios da justiça gratuita e a emenda da petição inicial.

Inclua o Estado do Tocantins no pólo passivo da ação.

Dispenso o relatório, passo ao exame do pedido urgente.

Como cediço, é certo que a concessão da tutela antecipatória pressupõe a


evidência do direito postulado, assentada em prova inequívoca e que confira
verossimilhança ao alegado, da presença de fundado receio de dano de lesão
irreparável, abuso do direito de defesa ou propósito protelatório da parte requerida
e, ainda, ausência da possibilidade de irreversibilidade do provimento pleiteado.

Diversamente do provimento cautelar que visa assegurar o futuro exercício do


direito objeto da ação principal, a antecipação da tutela é medida de caráter
satisfativo, decisão de mérito que autoriza o provisório, mas efetivo exercício e
execução do direito postulado em juízo.

Em decorrência, não se contenta com a mera aparência ou plausibilidade do


direito, o chamado fumus bonis iuris, inerente às medidas cautelares, posto que,
na tutela antecipatória é imprescindível evidenciar-se o direito pleiteado,
traduzida na obrigatória presença de prova inequívoca destinada ao
convencimento da verossimilhança do alegado.

A despeito da diversidade de requisitos aos provimentos cautelar e antecipatório


dos efeitos da tutela, a Lei 10.444/02 introduziu no diploma processual civil a
possibilidade do deferimento incidental de medida cautelar quando o autor
requerer, em sede de antecipação de tutela, providência de natureza cautelar, dês
que presentes os requisitos e pressupostos legais (art. 273, § 7º, do CPC).

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Após o novo CPC regulou o tema nos artigos 297 e ss e no caso em tela o direito
urgente é de evidência.

Ademais, o rito da ação civil pública, é o ordinário e a concessão da liminar está


condicionada, além da presença dos requisitos legais que ensejam a medida, à
prévia oitiva do representante judicial da pessoa jurídica de direito público
requerida, consoante expressa o artigo 2º da Lei 8.437/92.

Não obstante, é certo que a determinação cautelar admite mitigação quando se


verifica a relevância dos fundamentos do pedido, a possibilidade da ocorrência de
lesão de dano irreparável ou de difícil reparação ao direito que se pretende
tutelado e, ainda, a ineficácia da medida se concedida somente ao final, posto
que, “na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às
exigências do bem comum” (art. 5º, da LICC).

Na lapidar lição haurida a Carlos Maximiliano "Desapareceu nas trevas do


passado o método lógico, rígido, imobilizador do Direito: tratava todas as
questões como se foram problemas de Geometria. O julgador hodierno preocupa-
se com o bem e o mal resultantes do seu veredictum. Se é certo que o juiz deve
buscar o verdadeiro sentido e alcance do texto; todavia este alcance e aquele
sentido não podem estar em desacordo com o fim colimado pela legislação – o
bem social." (in HERMENÊUTICA E APLICAÇÃO DO DIREITO. Rio de
Janeiro: 2001, Forense, 19ª edição, pág. 129/130).

A jurisprudência do Colendo Superior Tribunal de Justiça não discrepa desse


entendimento, verbis:

“A regra inscrita no art. 2º da Lei nº. 8.437/1992 sofre abrandamento em


situações nas quais a prévia intimação do ente público para se manifestar
sobre a concessão da liminar pode acarretar dano irreparável à
vida.” (REsp n.º 746255/MG, 2ª Turma, Rel. Min. João Otávio de
Noronha. Julgado em 02.02.2006, unânime, DJ 20.03.2006).

“Excepcionalmente, o rigor do disposto no art. 2º da Lei 8.437/92 deve ser


mitigado em face da possibilidade de graves danos decorrentes da demora
do cumprimento da liminar, especialmente quando se tratar da saúde de
menor carente que necessita de medicamento.” (REsp n.º 439833/SP, 1ª
Turma, Rel. Ministra Denise Arruda. Julgado em 28.03.2006, unânime, DJ
24.04.2006).

Destarte, atento ao alegado risco, atual e iminente, à vida e saúde da beneficiária


da pretensão patrocinada pelo douto órgão ministerial, passo ao exame do
provimento liminar pleiteado.

Pois bem.

A priori, insta anotar que, dentre os princípios insculpidos na vigente Carta


Magna, a saúde é dever do Estado e direito de todos (art. 196, CF), cuja proteção

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constitucional visa assegurar, indelevelmente, o bem mais precioso do ser


humano: a própria vida.

Da mesma forma, resta inequívoco que o ordenamento jurídico-político pátrio


erige a cidadania e a dignidade da pessoa humana como princípios fundamentais
da Nação (artigo 1º, II e III, da CF), cujos preceitos exigem a observância e o
respeito por parte de todo e qualquer servidor público, agente político ou
representante do povo.

Por seu turno, a Lei 8.080, de 19/09/1990, que regula as ações e execuções dos
serviços de promoção, prestação e recuperação da saúde, assinala que “a saúde é
um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições
indispensáveis ao seu pleno exercício” (art. 2º, caput), bem como que o SUS –
Sistema Único de Saúde é constituído pelo “conjunto de ações e serviços de
saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e
municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo
Poder Público”, (cabeça do artigo 4º), incluído em seu campo de atuação a
execução de ações relativas à “assistência terapêutica integral, inclusive
farmacêutica” (art. 6º, I, alínea “d”), cujo sistema possui direção única que é
exercida em cada esfera de governo e “no âmbito dos Municípios, pela respectiva
Secretaria de Saúde ou órgão equivalente” (art. 9º, III), a quem compete, dentre
outras, a atribuição de “planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os
serviços de saúde e gerir e executar os serviços públicos de saúde” (art. 18, I).

xxxxxxxxxxxxxxxxxx dizer a doença do autor

A aludida Lei Federal, ao disciplinar o Sistema Único de Saúde (SUS), acabou


por universalizar o acesso aos sistemas de saúde em todos os níveis, bem como
garantiu a integralidade de cobertura aos que dele necessitem

. Ademais o direito à saúde foi delegado pela Constituição para entes privados e
a Lei 9.656/98, que dispõe sobre os planos de assistência privada, assim prevê:

Art. 1 o Submetem-se às disposições desta Lei as pessoas jurídicas de direito


privado que operam planos de assistência à saúde, sem prejuízo do cumprimento
da legislação específica que rege a sua atividade, adotando-se, para fins de
aplicação das normas aqui estabelecidas, as seguintes definições: (Redação dada
pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001) I - Plano Privado de Assistência à
Saúde: prestação continuada de serviços ou cobertura de custos assistenciais a
preço pré ou pós estabelecido, por prazo indeterminado, com a finalidade de
garantir, sem limite financeiro, a assistência à saúde, pela faculdade de acesso e
atendimento por profissionais ou serviços de saúde, livremente escolhidos,
integrantes ou não de rede credenciada, contratada ou referenciada, visando a
assistência médica, hospitalar e odontológica, a ser paga integral ou parcialmente
às expensas da operadora contratada, mediante reembolso ou pagamento direto
aoprestador, por conta e ordem do consumidor; (Incluído pela Medida Provisória
nº 2.177-44, de 2001)

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 148


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o Plano de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Estado do Tocantins-


PLANSAUDE se constitui em plano público de assistência à saúde do
funcionário público do Estado do Tocantins, nos termos da Lei 2.296, de
11/03/2010

o Estado retém o valor correspondente a tal prestação diretamente na folha de


pagamento dos seus servidores, tal como ocorre com o Autor. Nessa situação, o
Estado assume a função de garantidor de tratamento de saúde a todos os filiados
ao seu plano, nos termos estabelecidos na lei acima citada. Ademais, o art. 33,
inciso I, alínea “a”, da Lei nº 2.296, de 11/03/2010, prev : Art. 33. Os serviços do
PLANSAÚDE: I – são prestados: a) nos Estados do Tocantins, Goiás e Maranhão
e no Distrito Federal; b) em qualquer unidade da federação, no caso de
emergência ou urgência, ou quando se tratar de especialidade não oferecida nos
locais de que trata a alínea anterior mediante autorização da unidade gestora, à
vista de declaração da operadora do PLANSAÚDE; (...)”.

No caso em tela, restam sobejamente evidenciados os requisitos autorizadores do


pleito de antecipação de tutela, senão vejamos.

A prova inequívoca da verossimilhança das alegações resta patente diante do


cabedal de normas regentes do direito à saúde do Requerente, alhures
demonstrados, bem como da documentação juntada.

O fundado receio de dano irreparável também emerge cristalino da documentação


acostada, posto que o relatório médico anexado prescreve a necessidade do
Requerente ser submetida ao tratamento indicado para sua lesão..

Nesse compasso, no caso dos autos, a omissao e/ou negativa da administração


pública equivale a abandonar um dos seus concidadãos entregue à própria sorte,
posto que o procedimento ou medida exigida ao caso deixa o requerente em
situação de risco haja vista a manifesta hipossuficiência financeira.

Logo, forçoso é reconhecer que, no caso em foco, é dever e obrigação do poder


público e de quem se comprometa solidariamente preservar a vida e prestar a
necessária assistência médica, cirúrgica, hospitalar e farmacêutica à cidadã que
dela necessite.

Destarte, por emergir cristalino dos autos a verossimilhança do alegado e o perigo


da demora, uma vez que a parte autora (i) é portadora de grave lesão e necessita
ser submetida a urgente intervenção cirúrgica; (ii) é direito de todo cidadão
receber do poder público a necessária assistência à saúde; (iii) é dever do ente
federado estadual prover, gerir e executar a contento o serviço de saúde pública e,
(iv) em face da evolução da lesão e o comprometimento da qualidade de vida da
paciente, reputo ineficaz a concessão da medida somente ao final, impondo-se,
pois, cessar, incontinenti, a lesão ao direito do cidadão.

Destarte, o deferimento da liminar pleiteada é medida de rigor e justiça

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 149


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Ante o exposto e o mais que dos autos consta, acolhendo a peça


vestibular, defiro o provimento liminar pleiteado, a fim de determinar aos réus,
[$processoParte.getPartesReus()] que promova, no prazo de 48 (quarenta e oito)
horas, contado da intimação desta, a adoção das medidas
administrativas necessárias à efetiva realização da intervenção cirúrgica no
paciente interessado, , inclusive se for o caso indique Tratamento Fora de
Domicílio (TFD) e a contratação do serviço e de leito de UTI na rede de saúde
privada desta ou de outra Unidade da Federação, salvo ulterior deliberação
judicial.

Estabeleço o valor de R$-10.000,00 (dez mil reais), como multa diária ao ente
federado requerido, em caso do descumprimento da liminar ora deferida, sem
prejuízo das demais sanções legais cabíveis, inclusive de ordem criminal à
ilustre Gestora da Saúde Pública Estadual, posto que a esta incumbe a execução
da política de saúde e, por consequência, o cumprimento de ordem judicial
vinculada à pasta respectiva.

Estabeleço a Unimed o direito de realizar o tratamento e requerer o


reembolso do Estado em caso da notoriedade de mora no contrato existente
com o ente federado.

Cite-se eletronicamente o requerido, na pessoa do douto Procurador-Geral


Estadual, para oferecer defesa ao pedido, caso queira, no prazo de 30 ( trinta)
dias, sob as penas da lei.

Notifique-se, por ofício e pelo meio mais rápido (email, fac-simile, etc.), a
senhora Secretária da Saúde do ente federado requerido de todos os termos da
presente, para ciência, conhecimento e adoção das providências
administrativas cabíveis, inclusive a dispensa de licitação, se necessária ao fiel e
efetivo cumprimento da presente.

Ad cautelam, cientifique-se os termos da presente aos órgãos de apoio às


demandas judiciais da parte requerida, para conhecimento e acompanhamento,
com oportuna informação a este juízo.

Ciência ao douto órgão ministerial.

Intime-se e cumpra-se.

Pedro Afonso,[$data.dataPorExtenso()]

Juiz LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

(Assinado digitalmente pelo sistema EPROC/TJTO)

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 150


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2.17- Decisão de saúde e pedido do MP

DECISÃO

Os autos vieram-me conclusos. Decido o pedido liminar.

Cuidam os presentes autos de ação de obrigação de fazer promovida pelo MP dizendo


que aportou na promotoria Notícia de Fato que pede providências na área da sáude:
(descrever)

Desta feita, entende a inércia do órgão Municipal e Estadual e por isso propõe a
presente ação.

Juntou aos autos documentos suficientes para análise por parte desse Juízo.

A legitimidade do Ministério Público Estadual para ingressar com Ação Civil Pública é
patente e tem como fundamento o art. 129, III, da Constituição Federal, afirmando ser
uma das funções institucionais do Ministério Público “promover o inquérito civil e a
ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e
de outros interesses difusos e coletivos”.

A legislação infraconstitucional reafirma a legitimidade do órgão ministerial para tutelar


interesses individuais homogêneos indisponíveis (Lei 7.347/1985).

Além disso o Estatuto do Idoso em seu artigo 74, inciso I “Compete ao Ministério
Público instaurar o inquérito civil e a ação civil pública para a proteção dos direitos e
interesses difusos ou coletivos, individuais indisponíveis e individuais homogêneos do
idoso”

Bem, as tutelas jurisdicionais provisórias, como o próprio nome diz, são tutelas
jurisdicionais não definitivas, concedidas pelo Poder Judiciário em juízo de cognição
sumária, que exigem, necessariamente, confirmação posterior, através de sentença,
proferida mediante cognição exauriente.

As tutelas provisórias são o gênero, dos quais derivam duas espécies: sendo a
primeira, tutela provisória de urgência e a segunda tutela provisória da evidência.

Uma, exige urgência na concessão do Direito. A outra, evidência. Por essa razão
considero, inclusive, que se torna desnecessário que o autor demonstre que o réu se
nega ao pedido, pois seu direito é tão evidente que o Juiz pode substituir a vontade do
requerido.

Em outras palavras, nesta situação e diante da gravidade do caso não há espaço para se
dizer que há falta de interesse da parte autora.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 151


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O artigo 311 do CPC incluiu no inciso IV este novo tipo de tutela provisória quando
ensina que é possível no caso da petição inicial for instruída com prova documental
suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova
capaz de gerar dúvida razoável.

Por essa razão eu passo à análise do pedido na sua forma da tutela urgente de evidência.

Luiz Fux esclarece o que é um direito evidente quando diz que este é demonstrável
prima facie através de prova documental que o consubstancie líquido e certo, como
também o é o direito assentado em fatos incontroversos, notórios, o direito a coibir um
suposto atuar do adversus com base em manifesta ilegalidade, o direito calcado em
questão estritamente jurídica, o direito assentado em fatos confessados noutro processo
ou comprovados através de prova emprestada obtida sob contraditório ou em provas
produzidas antecipadamente, bem como o direito dependente de questão prejudicial,
direito calcado em fatos sobre os quais incide presunção jure et de jure de existência e
em direitos decorrentes da consumação de decadência ou da prescrição. FUX, Luiz. A
tutela dos Direitos Evidentes. Jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça.
Disponível em: .Acesso em: 10.mar.2011, p.8.

O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da tutela
provisória ( artigo 297, CPC).

No caso em tela verifico que há elementos que evidenciam evidência do direito do autor
de lhe ser concedido com URGÊNCIA xxxxxx

Neste sentido, entendo que o autor demonstrou a probabilidade do seu direito, e o


perigo de dano também restou demonstrado pois até o resultado final do processo o
Requerente poderá sofrer prejuízos irreparáveis, diante da gravidade do seu estado de
saúde.

Além do mais, o caso também se adéqua a tutela urgente cautelar pois o autor prova a
probabilidade do direito e o perigo de dano, e o Novo Código de Processo Civil traz,
em seu art. 300, a possibilidade de concessão de tutela de urgência liminarmente, desde
que tenha elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o
risco ao resultado útil do processo.

No caso em tela, restaram corretamente afirmados pelo autor os requisitos


autorizadores do pleito de antecipação de tutela, tais como a verossimilhança das
alegações de normas regentes do direito à saúde do Requerente e a documentação
juntada e o fundado receio de dano irreparável posto que o MP, faz o pedido final de
xxxxxxxxxxxxxx.

Dispositivo

Isto Posto, nos termos do art. 300 e 311, IV do CPC concedo a liminar pleiteada para
determinar que o réu realize os procedimentos pedidos neste no prazo de 05 dias, após
a intimação dessa decisão, sob pena de bloqueio judicial do requerido ou a multa diária

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de R$ 500,00 (quinhento reais), e também não se olvidando que desobediência de


ordem judicial sem justificativa convincente é caso de improbidade administrativa.

Cite-se o réu para querendo contestem a ação no prazo de 30 dias, sob pena de serem
considerados verdadeiros os fatos alegados na inicial. No mandado de citação devem os
réus serem intimados da necessidade do cumprimento da decisão.

Expeça-se o necessário.

Cumpra-se. Intimem-se.

Pedro Afonso-TO,[$data.dataPorExtenso()]

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

[1] Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se
da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso.

§ 1o No caso previsto no caput, o processo será extinto.

§ 2o Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou
invalidar a tutela antecipada estabilizada nos termos do caput.

§ 3o A tutela antecipada conservará seus efeitos enquanto não revista, reformada ou


invalidada por decisão de mérito proferida na ação de que trata o § 2o.

§ 4o Qualquer das partes poderá requerer o desarquivamento dos autos em que foi
concedida a medida, para instruir a petição inicial da ação a que se refere o § 2 o,
prevento o juízo em que a tutela antecipada foi concedida.

§ 5o O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada, previsto no § 2 o deste


artigo, extingue-se após 2 (dois) anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o
processo, nos termos do § 1o.

Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:

§ 1o Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação


anteriormente ajuizada.

§ 4o Há coisa julgada quando se repete ação que já foi decidida por decisão transitada
em julgado.

2.18- Decisão suspensão TAC TEC

DECISÃO

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 153


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Vistos,

Cuida-se de pedido de suspensão do processo em razão da decisão proferida no


RECURSO ESPECIAL Nº 1.578.526 – SP (2016/0011287-7), que assim determina:

“Efetivamente, verifica-se a existência de uma multiplicidade de


recursos que ascendem a esta Corte com fundamento na
controvérsia acerca da abusividade da cobrança, em contratos
bancários, de serviços prestados por terceiros, registro do
contrato e/ou avaliação do bem dado em garantia, o que justifica
o julgamento do recurso pelo rito dos recursos especiais
repetitivos.

Desse modo, afeto à SEGUNDA SEÇÃO o julgamento do


presente recurso para, nos termos do art. 1.040 do Código de
Processo Civil, consolidar o entendimento desta Corte acerca da
"validade da cobrança, em contratos bancários, de despesas com
serviços prestados por terceiros, registro do contrato e/ou
avaliação do bem".

Determino a suspensão, em todo o território nacional, dos


processos pendentes que versem sobre a questão ora afetada (cf.
art. 1.037, inciso II, do CPC/2015), ressalvadas as hipóteses de
autocomposição, tutela provisória, resolução parcial do mérito e
coisa julgada, de acordo com as circunstâncias de cada caso
concreto, a critério do juízo.

Os autos vieram conclusos.

É o necessário. Passo aos fundamentos.

O pedido é pertinente ao caso, conforme se observa na inicial.

O caso em tela também não se enquadra em nenhuma das ressalvas descritas no


sobredito Recurso Especial.

Decido.

Posto isto, acolho o pedido e determino a suspensão do processo por 06 (seis meses).

Decorrido o prazo, conclusos.

P. R. I. Cumpra-se.

Pedro Afonso-TO, [$data.dataPorExtenso()].

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[$processo.getRelator()]

Obs.: Assinado Eletronicamente por meio do cadastro de usuário (Matrícula 291050),


nos termos do art. 1º, parágrafo único, V, “b” da Instrução Normativa Nº 02/2011, de
lavra da Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins.

2.19- Decisão suspensão processo ICMS energia

DECISÃO LIMINAR

Cuida-se de Ação de Obrigação de Fazer c/c Perdas e Danos e Danos Morais c/c Tutela
Antecipada proposta por [$processoParte.getPartesAutores()] em face do Estado do
Tocantins alegando em síntese que:

“Que o autor mantém há mais de 05 anos contrato de prestação


de serviços de consumo de energia elétrica, conforme
comprovam os pagamento efetuados. Que o Requerido vem
sendo cobrado a título de ICMS sobre a base de cálculo superior
a legal e constitucionalmente prevista, vez que o tributo não está
sendo tão-somente sobre o valor da mercadoria – frise-se:
energia elétrica - mas também, sobre as tarifas de uso do sistema
de transmissão e distribuição de energia elétrica proveniente da
rede básica de transmissão, as denominadas TARIFAS DE USO
DO SISTEMA ELÉTRICO DE TRANSMISSÃO (TUST) e
TARIFA DE USO DO SISTEMA ELÉTRICO DE
DISTRIBUIÇÃO (TUSD), bem como ENCARGOS
SETORIAIS, que não representem efetivo fornecimento de
consumo de energia, o que é VEDADO; Que no Estado do
Tocantins, a base de cálculo é realizada somando-se os valores
da TUST, aqui chamada de transmissão, da TUSD, de igual
modo, chamada de distribuição, e dos ENCARGOS, esses
compreendidos como ENCARGOS SETORIAIS, no que, da
mesma forma, não representam consumo efetivo de energia .
Que em decorrência da cobrança indevida deve ser restituída
com atualização, acrescida dos danos morais. Que a cobrança
referente ao TUST e TUSD sejam imediatamente sobrestada.
Alegou a legislação pertinente e juntou documentos”.

Citado o Requerido Estado do Tocantins apresentou contestação rebatendo os


argumentos da exordial.

O autor pleiteia a análise do pedido de tutela antecipada.

Os autos vieram conclusos.

Eis o sucinto relatório, passo a decidir quanto ao pedido de tutela antecipada.


Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 155
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Para concessão da medida liminar faz-se necessário estarem presentes os requisitos


previstos no art. 300 do CPC, quais sejam, probabilidade do direito e perigo de dano ou
risco ao resultado útil do processo.

Cinge-se a demanda quando a ilegitimidade de incidência ao ICMS sobre a TUSD,


TUST e de consequência a sua cobrança repassada ao consumidor de energia elétrica.

Embora o autor tenha colacionado vários entendimentos pretorianos quanto ao assunto,


inclusive de nosso sodalício Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins, por cautela e
com embasamento em outros precedentes mais recentes, o pedido de tutela antecipada
para determinar a suspensão da cobrança não prospera. Senão vejamos:

O pedido de tutela antecipada nesses casos, já foi enfrentado pelo Tribunal de Justiça
em sede de Agravo de Instrumento 0003903-26.2017.827.0000 manejado em decisão
proferida pelo Juiz singular na Ação Popular 0026081-61.2016.827.2729, a qual peço
vênia para transcrever em parte:

É o necessário a relatar. DECIDO.

O pedido de “Suspensão de Liminar” está regulado pela Lei


8.437/92, devendo ser dirigido ao Presidente do Tribunal nas
hipóteses em que a tutela provisória concedida contra o Poder
Público, por ser ilegítima, e haver manifesto interesse público,
possa causar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à
economia públicas.

Entendendo plausível a pretensão, o Presidente do Tribunal pode


suspender os efeitos da medida atacada, limitado, o
estancamento, ao trânsito em julgado da decisão de mérito.

Uma breve reflexão sobre o instituto demonstra que seu intuito é


evitar que o Poder Público seja surpreendido por decisão judicial
extemporânea, e assim, não se produzam reflexos negativos nas
esferas vitais da Administração, o que poderia acarretar
malefícios concretos à população, que seria atingida em sua
órbita pelo conflito jurídico protagonizado pelo Ente Público na
ação judicial de origem.

No caso em apreço é de fácil constatação que a decisão atacada


é dotada de alto potencial lesivo à economia pública, uma vez
que a arrecadação tributária em debate representa importante
fatia na receita do Estado. Nesse sentido, este declínio da
arrecadação poderá impactar nos compromissos financeiros do
Estado junto ao funcionalismo, fornecedores e credores em
geral, além de colocar em risco os serviços públicos,
especialmente os essenciais, como saúde, segurança e educação.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 156


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Pelo atento estudo sobre o tema em questão, é de se concluir,


sem dificuldade, que se trata de matéria em debate tormentoso
nos Tribunais Pátrios, inexistindo pacificação sobre a questão
jurídica de fundo, o que produz decisões conflitantes, algumas
exaradas de um mesmo Tribunal. Noutra senda, em caso de
indeferimento de mérito na presente ação popular, estaríamos
diante de dois grandes problemas, sendo um de ordem
econômica, uma vez que a cobrança do valor tributário não
arrecadado no decorrer do tempo em que o processo tramitou,
poderá gerar potencial e significativo endividamento dos
contribuintes, e outro de ordem fiscal, eis que, o Estado, mesmo
procedendo pela cobrança do pretérito, ainda assim, certamente
poderia deixar de reaver boa parte do tributo devido. Ademais, a
sistemática administrativa para que o Estado venha a manejar os
procedimentos de cobranças, tais como serviços de contadoria,
inclusão do pretérito nas contas de energia, seu eventual
parcelamento, enfim, todo o sistema administrativo a ser
desenvolvido para a cobrança futura do ICMS, em caso de
decisão final de indeferimento do pedido principal na ação
popular, geraria uma demanda procedimental de alto custo ao
Estado.

Aos contribuintes, por outro lado, na hipótese de sucesso


da Ação Popular, restará a via da repetição, quando terão a
possibilidade de reaver o tributo que, por hipótese, vier a ser
julgado indevido, sendo certo que, obedecida a trilha legal, terão
sucesso em seu intento. Resta claro, portanto, que predomina
maior irreversibilidade da medida combatida ao Estado
requerente.

Enfim, atento aos fatores aqui relatados, imediatos e futuros,


entendo que a medida liminar fustigada, acaba por traduzir em
grave risco para a ordem econômica, devendo, portanto, ser
interpretada como motivo determinante ao deferimento do pleito
estatal. Isto posto, mediante os fundamentos
consignados, acolho o pedido para suspender, até o trânsito
em julgado, os efeitos da decisão liminar proferida nos autos da
Ação Popular de n.º 0026081-61.2016.827.2729, proferida pelo
Juiz da 4ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Palmas/TO.

Dê-se conhecimento desta decisão ao Juízo de origem de


primeiro grau de jurisdição.

Ouça-se a Douta Procuradoria Geral de Justiça.

Intimem-se.

Cumpra-se.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 157


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Palmas - TO, 14 de março de 2017.

Desembargador EURÍPEDES LAMOUNIER

Irresignado com a decisão liminar do Presidente e relator, apresentaram Agravo Interno,


tendo como parecer da Procuradoria Geral da Justiça que também firmou seu
posicionamento na instabilidade da economia pública e na decisão do STF:

Transcrevo:

No caso em deslinde, nota-se que a imediata retirada das tarifas


relacionadas ao uso do sistema de transmissão e distribuição de
energia (TUSD e TUST) da base de cálculo do ICMS, acarreta
risco de grave lesão à ordem e à economia pública, porquanto a
referida redução na arrecadação do tributo gera impacto
significativo nas finanças governamentais, além de criar
embaraço na execução dos serviços públicos.

Inobstante a isso, impõe afastar a probabilidade do efeito


multiplicador, que reside na possibilidade de um significativo
número de contribuintes pleitearem a mesma medida, não se
podendo olvidar que na tese fixada pelo Supremo Tribunal
Federal no RE 593.824/SC, com repercussão geral reconhecida,
o Ministro Edson Fachin decidiu pela “suspensão do
processamento dos feitos pendentes que versem sobre a presente
questão e tramitem no território nacional”

Sendo assim, o Ministério Público, pelo seu Órgão de Cúpula,


na linha dos fundamentos expendidos, opina no sentido de que
seja deferido o pedido de suspensão deduzido pelo Estado do
Tocantins.

É o parecer.

Palmas/TO, data certificada pelo sistema.

Maria Cotinha Bezerra Pereira

Promotora de Justiça

Assessora Especial do PGJ

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 158


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Clenan Renaut de Melo Pereira

Procurador-Geral de Justiça

A decisão liminar inicial foi mantida. Transcrevo:

EMENTA: AGRAVO INTERNO - SUSPENSÃO DE PEDIDO


DE TUTELA ANTECIPADA CONTRA FAZENDA PÚBLICA
- LEI 8.437/92 - COBRANÇA DE ICMS SOBRE TARIFAS
DE USO DOS SISTEMAS DE TRANSMISSÃO E
DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA - TUST e TUSD -
EXISTÊNCIA DE DECISÕES ANTAGÔNICAS NOS
TRIBUNAIS SUPERIORES. 1 - A Suspensão de Liminar
prevista na Lei 8.437/92 visa evitar que o Poder Público venha a
ser surpreendido por uma decisão judicial extemporânea. Tal
medida, quando se mostra necessária, previne reflexos negativos
nas esferas vitais da Administração, o que poderia acarretar
malefícios concretos à população, que seria atingida em sua
órbita pelo conflito jurídico protagonizado pelo Ente Público na
ação judicial de origem. 2 - O agravante baseou seus argumentos
em uma inexistente harmonia de decisões sobre o tema no
Tribunal Superior, em particular, quanto a legitimidade da
cobrança de ICMS sobre as Tarifas de Uso dos Sistemas de
Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica, conhecidas
como "TUST e TUSD". 3 - A questão acerca da cobrança de
ICMS sobre a Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica
não está pacificada quanto a sua ilegitimidade, havendo ainda
posicionamento da Primeira Turma da Corte Superior no sentido
contrario. 4 – A existência de posicionamentos antagônicos nas
Cortes Superiores gera insegurança jurídica à Administração
Pública em caso de manutenção da decisão liminar concedida na
instância de piso, ora guerreada. Agravo interno improvido.
(AgInt na SLAT 0003903-26.2017.827.0000, Rel. Des.
Presidente EURÍPEDES LAMOUNIER, Tribunal Pleno,
julgado em 19/10/2017).

Como bem ressaltou o nobre Presidente do Tribunal de Justiça do Tocantins, o perigo


de dano inverso é visível, de fácil constatação, mormente quando o Poder Público é
surpreendido por uma decisão que afeta a Administração Pública diretamente, pois
suspender a arrecadação em comento afetará sobremaneira a educação, saúde, segurança

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 159


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entre outros setores e também os municípios que recebem seus repasses. Ademais, a
suspensão da incidência de ICMS nas TUSD, TUST ainda não é ponto pacífico nos E.
Tribunais Superiores, havendo ainda decisões antagônicas.

Trago ainda a decisão do Supremo Tribunal Federal no RE 593.824 / SC, com


repercussão geral reconhecida, na qual o Ministro Edson Fachin decidiu pela
“suspensão do processamento dos feitos pendentes que versem sobre a presente questão
e tramitem no território nacional”.

Decido.

Isto posto, indefiro o pedido de tutela antecipada e com fulcro no art. 313, V, “a” do
CPC e com arrimo na decisão do RE 593/824/SC proferida pelo STF determino a
suspensão do feito por 06 (seis) meses.

Decorrido o prazo, volvam conclusos.

Cumpra-se. Intime-se.

Pedro Afonso-TO, [$data.dataPorExtenso()].

Juíza Luciana Costa Aglantzakis

[1] http://www.conjur.com.br/2016-fev-08/ricardo-queiroz-desconsideracao-pj-nao-
cabe-execucao-fiscal, matéria de Ricardo e Lima Sousa Queiroz

03- SENTENÇAS

3.1- Sentença de litispendência

SENTENÇA

Versam os presentes autos de Ação


[$processo.getNumeroDoProcesso()][$processo.getClasseJudicial()] envolvendo as
partes acima identificadas.

Verifico que o processo foi protocolado em duplicidade e portanto deve ser arquivado.

É o necessário.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 160


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Verifico que é caso de extinção do feito de ofício, sem resolução do mérito,


conforme artigo 485, VI do CPC.

Passo a elencar o motivo suficiente para extinguir o feito.

Com efeito, é caso de ser reconhecida a litispendência, pois o processo de nº *********


.827.2733, encontra-se ***********

Decido.

Ante o exposto, julgo extingo o processo, sem resolução do mérito, com fulcro no artigo
485, VI do CPC.

Sem custas e sem honorários.

P.R.I. CUMPRA-SE. Promova a baixa no feito e depois arquivem-se após o trânsito em


julgado.

Pedro Afonso-TO, [$data.dataPorExtenso()].

[$processo.getRelator()]

3.2- Sentença extinção ação execução alimentos pelo pagamento

Sentença

Versam os presentes autos de execução de alimentos envolvendo as partes acima


identificadas.

O feito seguiu seu regular processamento,e consta informação de que houve o


pagamento.

O MP concordou com o arquivamento do feito.

É o que importa relatar. DECIDO.

A execução de toda e qualquer demanda deve ser eficaz, única forma de ser alcançada a
satisfação do direito. Nas ações que envolvem alimentos essa pressa é ainda maior.
Afinal, os alimentos são indispensáveis à vida e ao sustento de quem deles necessita.
Trata-se de direito personalíssimo inerente à subsistência e a integridade física do ser
humano.

A obrigação alimentar tem um fim precípuo: atender às necessidades de uma pessoa que
não pode prover a própria subsistência.

O Código Civil não define o que sejam alimentos, mas não significam somente o que
assegura a sobrevivência. Na busca de estabelecer parâmetros, se invoca o que a lei

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 161


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prevê como legado de alimentos (CC 1.920): sustento, cura, vestuário e casa, além de
educação, se o legatário for menor.

No âmbito do direito das famílias, o dever de alimentos tem origem no princípio da


solidariedade familiar. Decorre do poder familiar, do parentesco, da dissolução do
casamento ou da união estável. Assim, a nova sistemática do cumprimento da sentença
socorre o credor de alimentos não só para fazer cumprir a determinação judicial, mas
para cumprir preceito constitucional que assegura o direito à vida.

No caso em tela verifica-se que a obrigação foi cumprida e não permanece litigio
algum.

Art. 924. Extingue-se a execução quando:

I - a petição inicial for indeferida;

II - a obrigação for satisfeita;

III - o executado obtiver, por qualquer outro meio, a extinção total da dívida;

IV - o exequente renunciar ao crédito;

V - ocorrer a prescrição intercorrente.

Art. 925. A extinção só produz efeito quando declarada por sentença.

Ante o exposto, julgo esta execução de alimentos com resolução do mérito e


determino a extinção da execução com fulcro no artigo 924, II , III e 925 do CPC.

Sem custas e honorários se for beneficiário de justiça gratuita. Em caso contrário fica o
executado condenado a pagar as custas e honorários que fixo em 10% do valor da
obrigação alimentícia.

Deve o cartório ter cuidado na cobrança de custas após arquivar o feito e remeter ao
COJUN e DIFIN caso necessário.

P. R I e Cumpra-se.

Pedro Afonso,[$data.dataPadrao()]

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

3.3- Modelo sentença revelia novo CPC

SENTENÇA

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 162


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Versam os presentes autos de


[$processo.getNumeroDoProcesso()][$processo.getClasseJudicial()] envolvendo as
partes acima identificadas.

Consoante a leitura dos autos, a parte requerida não contestou a presente ação, o que
implica revelia.

Neste contexto, deve-se registrar que a decretação de sua revelia, presumindo-se


verdadeiros os fatos narrados na peça de ingresso tem presunção relativa de veracidade.

Considerando que a revelia opera tão-somente a presunção relativa de veracidade dos


fatos, importa consignar que, em obediência ao comando inserto no art. 344 do Código
de Processo Civil, passo à análise da documentação comprobatória dos fatos narrados
pelo autor.

Neste particular, assinalo que restaram comprovadas as alegações do requerente pela


análise dos documentos apresentados na inicial, consoante evento 01 e ausência de
impugnação específica dos fatos narrados e provados pelo(a) requerente..

Decido.

Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido formulado na petição inicial,


condeno ao réu o pagamento de custas e honorários que fixo em10% do valor da causa,
com fulcro no artigo 487 I, e 344 do CPC.

Expeça-se o que for necessário.

Apos a COJUN e DIFIN, para cobrança custas e depois o arquivo.

P.R.I. Cumpra-se.

Pedro Afonso, [$data.dataPorExtenso()]

3.4- Sentença de prescrição medida socioeducativa

SENTENÇA

Vistos etc.

Trata-se de Representação para apuração de ato infracional, imputado ao adolescente


[$processoParte.getPartesReus()].

A defesa do adolescente alegou a prescrição da pretensão punitiva, sendo que não houve
até o momento o cumprimento da medida socioeducativa imposta.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 163


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O douto MP instado a se manifestar proferiu parecer pugnando pelo arquivamento do


feito, face ao reconhecimento da prescrição punitiva.

É o relatório necessário.

Pela análise do caso vertente, denota-se que é caso de ser reconhecida de ofício a
prescrição.

Registro que a prescrição na forma do artigo 61 do Código de Processo Penal é de ser


conhecida a qualquer tempo e até mesmo de ofício pelo juiz.

A prescrição é matéria de ordem pública e deve ser conhecida independentemente da


vontade do réu, cuja declaração, com amplos e abrangentes efeitos, põe fim à demanda,
apagando todo o acontecimento como se jamais tivesse existido, considerado o réu
inocente com todos os seus corolários e obstruindo, por isso, a apreciação do meritum
causae (v. RT 646/299, rel. Ribeiro dos Santos).

A pena máxima prevista para o delito em questão mesmo que seja em sede de concurso
leva ao reconhecimento da prescrição, que deve ser observada em face de cada delito.

É possível a aplicação da prescrição em situações de ato infracional conforme


entendimento do STJ, na súmula 338.

Com efeito, cumpre asseverar que o Superior Tribunal de Justiça tem sufragado o
entendimento de que se aplica o instituto da prescrição aos atos infracionais praticados
por menores, pois as medidas sócio-educativas, a par de sua natureza preventiva e
reeducativa, possuem também caráter retributivo e repressivo.

Segundo interpretação jurisprudencial do art. 226 da Lei n.º 8.069/90, aplicam-se as


regras pertinentes à punibilidade da Parte Geral do Código Penal, tanto para definição
do que seja ato infracional (art. 103 do Estatuto da Criança e do Adolescente), quanto
em relação aos crimes praticados contra criança e adolescente.

E, para aferir a prescrição das medidas sócio-educativas, utilizam-se os mesmos


cálculos necessários à declaração da prescrição da pretensão punitiva estatal,
equivalendo o recebimento da representação ao recebimento da denúncia ou queixa.

Outrossim, é pacífico no STJ a aplicabilidade do art. 115 do Código Penal, para reduzir
o prazo prescricional pela metade, em face da menoridade.

Nesse sentido a jurisprudência do TJRJ, que passa a utilizar do entendimento do STJ,


que me filiou e passo a expor:

ESTATUTO DA CRIANCA E DO ADOLESCENTE.


PRESCRICAO. PRAZO. E.C.A. Prescrição. Súmula 338 do STJ.
Prazo. É possível o reconhecimento da prescrição de ato
infracional, pouco importando a inexistência de previsão na
legislação especial própria, ninguém podendo desconsiderar o
Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 164
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caráter retributivo das MSE, apesar de sua maior finalidade


pedagógica. A questão, aliás,foi recentemente sumulada pelo STJ
(cf Verbete n. 338). A lei, porém, não dispõe sobre a forma de
contagem do prazo respectivo. Entendo que a melhor regra é
aquela que tem por base o prazo máximo da medida aplicável,
reduzida pela metade por força da menoridade, não me parecendo
lógico aplicar puramente o prazo do Código Penal com a redução
respectiva ou adotar como base o prazo mínimo da MSE com a
redução antes referida. Na hipótese, entre a data do fato e a de
hoje ainda não foi ultrapassado o prazo de quatro anos, o que
impede o reconhecimento da prescrição. (TJRJ. HC -
2007.059.05908. JULGADO EM 09/10/2007. PRIMEIRA
CAMARA CRIMINAL - Unanime. RELATOR:
DESEMBARGADOR MARCUS BASILIO)

Evidenciada a prescrição pela pena fixada em abstrato, cumpre declarar a extinção da


medida socioeducativa.

DISPOSITIVO

Ante o exposto, com arrimo no parecer ministerial, JULGO EXTINTO O PROCESSO


COM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, nos termos do art. 487, II do CPC e EXTINGO A
PUNIBILIDADE do representado [$processoParte.getPartesReus()], qualificado nos
autos, nos termos do artigo 109 e 107, do Código Penal, combinados com o artigo 61 do
Código de Processo Penal em razão do reconhecimento da PRESCRIÇÃO.

Dê ciência as partes.

Dispensado o trânsito em julgado, sendo que possível recurso é incompatível com a


manifestação das partes.

Sem custas, na forma da lei.

P.R.I.Cumpra-se.

Datado e certificado pelo sistema.

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

3.5- Sentença de abandono após intimação pessoal do autor

SENTENÇA

Emito um relatório sucinto, face ser feito submetido a extinção sem julgamento do
mérito.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 165


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Verifica-se que a parte autora foi devidamente intimada pessoalmente para cumprir
deliberação exigida por esse juízo e manteve-se inerte. CITAR EVENTO

Considere ainda que a doutrina e jurisprudência entende que a intimação pessoal é


válida enviando carta ou intimação por mandado no endereço mencionado no processo.

Nesse sentido é o julgado abaixo:

RECURSO DE APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE EXECUÇÃO POR TÍTULO


EXTRAJUDICIAL - EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO
- ARTIGO 485, INCISO III E § 1º, DO CPC/15 - ABANDONO DA CAUSA -
AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO PESSOAL DA PARTE AUTORA COM
ADVERTÊNCIA EXPRESSA ACERCA DA POSSIBILIDADE EXTINÇÃO DO
FEITO NO PRAZO DE 5 (CINCO) DIAS - NÃO OCORRÊNCIA DO ABANDONO -
RECURSO PROVIDO. Para a extinção do feito por abandono da causa, imprescindível
a intimação pessoal da parte autora para suprir a falta no prazo de cinco dias, sob pena
de extinção, nos moldes do § 1º do art. 485 do CPC/15. Não realizada a intimação
pessoal da parte interessada, a anulação da sentença é medida que se impõe, com a
determinação do regular prosseguimento do feito na comarca de origem. (Ap
127830/2016, DESA. MARILSEN ANDRADE ADDARIO, SEGUNDA CÂMARA
CÍVEL, Julgado em 14/12/2016, Publicado no DJE 19/12/2016) No caso em tela a parte
autora foi intimada no endereço registrado nesse Fórum e se porventura muda de
endereço tinha a obrigação de atualizar o seu endereço.

Nesse sentido também expresso o julgado recente do STJ, verbis:

Doc LEGJUR 167.1720.6003.2100)

STJ - Agravo regimental no recurso especial. Extinção do processo. Abandono de


causa. 1. Validade da intimação pessoal. Endereço fornecido pela autora na inicial.
Ausência de informação ao juízo de eventual mudança. 2. Desnecessidade de
requerimento do executado para extinção da execução. Incidência da Súmula 83/STJ. 3.
Assertiva de que não houve de de efetiva intimação. Reexame de fatos e prova.
Incidência da Súmula 7/STJ. 4. Agravo regimental desprovido. «1. É válida a intimação
da autora promovida no endereço declinado por ela nos autos, a fim extinguir o
processo por abandono de causa, porquanto a parte e seu patrono são responsáveis pela
atualização do endereço para o qual sejam dirigidas as intimações necessárias, devendo
suportar os efeitos decorrentes de sua desídia. 2. É necessário o requerimento do
executado para a extinção da execução somente nos casos em que a execução é
embargada. 3. A assertiva de que não foi efetivada intimação, reclama reexame de prova
e fatos, o que é vedado na instância especial pela Súmula 7/STJ. 4. Agravo regimental
desprovido.» (STJ - (3ª T.) - AgRg no Rec. Esp. 1495046 - MG - Rel.: Min. Marco
Aurélio Bellizze - J. em 01/09/2016 - DJ 12/09/2016- Doc. LEGJUR
167.1720.6003.2100)

Desta feita, é o caso de julgamento conciso do feito, o que autoriza o art. 485, III e
parágrafo primeiro do CPC, pois a parte não tem direito eterno para que o processo
fique em trâmite e tem que colaborar com a justiça.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 166


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Pedro Afonso-Tocantins

É o necessário. Decido.

Diante do exposto, verificando a falta de interesse no prosseguimento do feito e


abandono da causa por mais de 30 dias, EXTINGO O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO
DO MÉRITO, com fulcro no art. 485, inciso III , parágrafo primeiro e VI do CPC.

Custas por conta do autor, salvo se foi deferido a assistência judiciária de início.

Se for beneficiário ou esteja defendido pela Defensoria o cartório deve arquivar o feito.

Assim após o trânsito em julgado, proceda a baixa no feito e remeta a COJUN e DIFIN
para o recolhimento de custas, caso necessário.

P. R. Intimem-se e cumpra-se. Após as formalidades de praxe, arquivem-se.

Pedro Afonso,[$data.dataPadrao()].

LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

Juíza de Direito Titular

3.6- Decisão extinção falta interesse do autor movimentar processo após intimação
no endereço

SENTENÇA

Tratam os presentes autos de ação de [$processo.getClasseJudicial()] envolvendo as


partes acima identificadas.

Verifico que é caso de extinção do feito, sem resolução do mérito, e que é caso
de julgamento conciso, conforme artigo 485 do CPC.

Passo a elencar o motivo suficiente para extinguir o feito.

Com efeito, o processo não tem como prosseguir, pois é caso de ser reconhecido uma
paralisação do processo por inércia da parte interessada.

Embora haja pedidos para localização de endereço nos autos este processo está
paralisado há mais de um ano sem que o autor tenha diligenciado em sua
movimentação.

O autor, tanto o réu tem o dever de manter seus respectivos endereços atualizados para o
devido andamento processual, bem como devem auxiliar o juiz para que o feito tenha
um processamento célere.

DIZER O QUE OCORRE NO FEITO.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 167


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Pedro Afonso-Tocantins

Demonstra-se falta de pressuposto de constituição e desenvolvimento regular do feito,


quando a parte não mantém atualizado o seu endereço, na forma do artigo 274, p. único
do CPC.

Com efeito, o processo não tem como prosseguir também quando a parte abandona o
feito por mais de 01( hum) ano e não peticiona indicando o que falta para o andamento
do processo.

Tal conduta demonstra por via oblíqua a falta de interesse na demanda, o que autoriza o
Magistrado a extinguir o feito de oficio, pois o Juízo não pode indefinidamente manter
na distribuição o feito quando a parte intimada pessoalmente não faz nada, ou quando
não é localizada no endereço mencionado na petição inicial, ou até mesmo quando o seu
advogado é intimado para indicar o endereço do réu e nada responde ao Poder Judiciário
.

É o necessário. Decido.

Ante o exposto, julgo extinto o processo, sem resolução do mérito, com fulcro no artigo
274, p. único, 485, I e VI do CPC.

P. R. I. Cumpra-se. Promova a baixa no feito e se o autor não for benefíciário da justiça


gratuita remeta-se o feito a COJUN e DIFIN para cobrança de custas remanescentes.

Pedro Afonso,[$data.dataPadrao()]

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

3.7- Sentença alimentos presunção de 50 por cento do salário mínimo

SENTENÇA

Cuida-se de ação de ALIMENTOS envolvendo as partes acima identificadas.

Pede o autor alimentos na ordem de xxx do salário mínimo.

Parecer ministerial pugnando pelo deferimento do pedido nos moldes da petição inicial.

O processo está maduro e comporta julgamento no estado em que se encontra.

É o relatório. Passo aos fundamentos da decisão.

Sem preliminares ou nulidades a serem analisadas por esse juízo.

A Constituição da República Federativa do Brasil adotou como fundamento do Estado


brasileiro, dentre outros valores, a dignidade da pessoa humana, e um dos instrumentos
para efetividade dessa dignidade é o direito à assistência familiar mútua, o que foi
garantida também pelo art. 229.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 168


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Pedro Afonso-Tocantins

Nos presentes autos está comprovado o parentesco e a necessidade do Autor.

Os rendimentos do Requerido não restaram comprovados, e o requerido não se


desincumbiu de provar a sua possibilidade de prestar alimentos à parte autora, sendo
caso de utilizar-se de presunção como forma de aferir o binômio adequado necessidade
x possibilidade em face do caso concreto. Tendo em vista não existir nos autos provas
concretas dos rendimentos do Requerido, deverá ser fixado o valor da pensão
alimentícia levando-se em conta o salário mínimo, sendo coerente deferir o pedido na
proporção de 50% do salário mínimo, se levarmos em conta que o salário mínimo é um
índice geral de recebimentos da maior parte da população brasileira. Ocorre que a
inércia do requerido em não provar nesse juízo que não possui condições de pagar o
valor de 30% do salário mínimo, percentual que em regra é a presunção mínima para
que o magistrado condene os requeridos nas ações de alimentos, sendo sua inércia
representada pela ausência de ajuizamento de ação de revisão de alimentos, considero
que a presunção da necessidade do autor deve preponderar em face da possibilidade do
requerido, ficando o patamar mais justo e coerente uma condenação fixada na margem
de 50% do salário mínimo.

Nesse sentido apresento julgados dos tribunais pátrios brasileiros, litteris:

CIVIL. FAMÍLIA. AÇÃO DE ALIMENTOS. FIXAÇÃO DE PENSÃO


ALIMENTÍCIA PROVISÓRIA, DESTINADA À FILHA DO AGRAVANTE, EM
50% DO SALÁRIO MÍNIMO. PEDIDO DE REDUÇÃO DA VERBA. BINÔMIO
NECESSIDADE-POSSIBILIDADE (CC, ART. 1.694, § 1º). SITUAÇÃO
FINANCEIRA CRÍTICA DO ALIMENTANTE INDEMONSTRADA. PRESUNÇÃO
DAS NECESSIDADES DA ALIMENTÁRIA. PENSÃO MANTIDA. RECURSO
DESPROVIDO. Se o agravante não prova sua incapacidade econômico-financeira para
fazer frente ao encargo alimentar, no patamar provisoriamente fixado, impõe-se manter
a decisão, mormente por se presumirem as necessidades dos alimentandos. O critério de
fixação dos alimentos provisionais, provisórios ou definitivos está previsto no artigo
1.694, § 1º, do Código Civil, cuja ordem é para que se observem as necessidades dos
reclamantes e os recursos econômico-financeiros do reclamado, visando a uma mais
justa fixação da verba alimentar, devendo o juiz estar atento para não fixá-la em quantia
irrisória, inadequada ao suprimento das necessidades vitais do alimentando, nem em
valor apto a levar o alimentante à insolvência.

(TJ-SC - AI: 317480 SC 2008.031748-0, Relator: Luiz Carlos Freyesleben, Data de


Julgamento: 21/05/2010, Segunda Câmara de Direito Civil, Data de Publicação: Agravo
de Instrumento n. , de Videira)

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 169


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APELAÇÃO CÍVEL. INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE. ALIMENTOS.


PRESUNÇÃO DE POSSIBILIDADE DE FIXAÇÃO NO VALOR PLEITEADO PELA
AUSÊNCIA DE QUALQUER IMPUGNAÇÃO PELO DEMANDADO. A revelia não
enseja, por si só, a procedência do pedido, impondo-se que se proceda à análise da
prova dos autos. Mas também é verdade que, sendo presumidas as necessidades do
autor, sendo manifestamente insuficiente ao sustento de uma pessoa a quantia de 30%
do salário mínimo, e se o apelado, ciente da extensão do pedido do autor, não veio aos
autos para a tal se opor, abrindo mão da produção de qualquer prova para se contrapor
ao pedido de alimentos de 50% do salário mínimo, presume-se que concorda com o
valor pleiteado pelo apelante. DERAM PROVIMENTO. UNÂNIME. (Apelação Cível
Nº 70054949250, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Luiz Felipe
Brasil Santos, Julgado em 01/08/2013)

(TJ-RS - AC: 70054949250 RS , Relator: Luiz Felipe Brasil Santos, Data de


Julgamento: 01/08/2013, Oitava Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do
dia 05/08/2013)

DECISÃO

Assim, com suporte Constitucional no art. 229 da Carta Magna e Art. 1.694 do Código
Civil, acolho na íntegra o douto parecer Ministerial, inclusive o adotando como
fundamento, e julgo procedente o pedido inicial, o que faço para condenar o ora réu ao
pagamento de uma prestação alimentícia a seu filho no valor mensal correspondente a
50% (cinquenta por cento) do salário mínimo, devendo o pagamento ocorrer até o dia
10 (dez) de cada mês, mediante depósito na conta indicada. Decreto a extinção do
processo com amparo no art. 487, inciso I, do Código de Processo Civil. Sem
honorários e sem custas, em caso das partes serem beneficiárias da justiça gratuita.

Em caso de não serem benefíciárias da justiça gratuita as custas devem ser cobradas do
sucumbente e remetido o feito a COJUN e DIFIN

Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Após as formalidades legais arquivem-se os


autos. Cumpra-se.

Pedro Afonso,[$data.dataPadrao()]

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

3.8- Sentença adere pedido do autor pelo réu

SENTENÇA

Versam os presentes autos de ação [$processo.getClasseJudicial()] envolvendo as


partes acima identificadas.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 170


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Pedro Afonso-Tocantins

Consta no feito que o requerido aceitou os termos do pedido feito na petição inicial.

Pelo novo CPC há a possibilidade desse fato processual ser considerado uma espécie de
transação e resolução do mérito, nos termos do artigo Art. 487, III, a pois há o
reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção.

Diante dessa evidência, julgo o feito com resolução do mérito com fulcro no artigo
487,III, a do NCPC.

Fica o requerido condenado a pagar ao requerente o valor indicado na petição inicial


com juros de mora de 1% ao mês e devida correção monetária, a ser apurado pela
Contadoria Judicial.

Sem custas e honorários em caso de JEC, e em caso de Justiça Ordinária fica o


requerido obrigado em custas e a pagar 10% do valor da condenação.

P. R I e cumpra-se.

Pedro Afonso,[$data.dataPorExtenso()]

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

3.9- Sentença alimentos extinção ausência autor audiência

SENTENÇA

Emito um relatório sucinto, face ser feito submetido à extinção sem julgamento do
mérito.

Verifica-se que a parte autora não compareceu a audiência de alimentos, cuja sua
presença incorre em grave sanção processual de extinção do feito.

Confira-se:

TJ-MG - 104390809327180011 MG 1.0439.08.093271-8/001(1) (TJ-MG)

Data de publicação: 29/10/2009

Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE ALIMENTOS -


DEFERIMENTO DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA - AUDIÊNCIA DE
CONCILIAÇÃO E JULGAMENTO - AUSÊNCIA INJUSTIFICADA DA PARTE
AUTORA - ART. 7º DA LEI 5.478 /68 - ARQUIVAMENTO DO FEITO. - Tratando-
se de decisão sem caráter terminativo do feito, não se exige fundamentação elaborada,
desde que permita à parte o conhecimento dos motivos de sua prolação, assegurando o
pronunciamento contraditório. - Ocorrendo a audiência de conciliação e julgamento sem
a presença dos autores da ação de alimentos, bem como, não tendo sido apresentada a

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 171


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tempo e modo qualquer justificativa da ausência, nos termos do art. 7º da Lei nº 5.478
/68, o arquivamento do feito é medida que se impõe.

A desistência da ação, tratada no atual Código de Processo Civil pelo artigo 267, § 4º,
CPC, difere na ação de alimentos, pois pode ocorrer independentemente da
concordância do réu (TJSP A.C. 272.135).

É o necessário. Decido.

Diante do exposto, verificando a falta de interesse no prosseguimento do feito e


abandono da causa dias, EXTINGO O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO,
com fulcro no art. 485, inciso III , parágrafo primeiro e VI do CPC.

Em caso de não ser beneficiário de justiça gratuita as custas devem ser cobradas na
forma da lei, ou seja pelo autor que abandonou a causa.

Se for beneficiário ou esteja defendido pela Defensoria o cartório deve arquivar o feito.

Assim após o trânsito em julgado, proceda a baixa no feito e remeta a COJUN e DIFIN
para o recolhimento de custas, caso necessário.

P. R. Intimem-se e cumpra-se. Após as formalidades de praxe, arquivem-se.

Pedro Afonso,[$data.dataPadrao()]

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

3.10- Sentença alvará gastos com funeral

Sentença

Tratam os presentes autos de pedido de levantamento de alvará


formulada [$processoParte.getPartesAutores()], em face de valor depositado na conta
corrente deste no Banco do Brasil, diante do fundamento de que os valores serão
revertidos para ressarcir despesas realizadas com o funeral do de cujus.

Documentos necessários foram juntados no anexo 01.

Dado vistas ao Mp, esse pugnou pela procedência parcial do pedido.

Confira-se o seguinte parecer, verbis:

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxx

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 172


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Pedro Afonso-Tocantins

Passo ao julgamento antecipado da lide por entender que não é caso de produção de
prova testemunhal.

O caso em tela é de jurisdição voluntária em que o juiz pode fazer uso do principio da
equidade.

Confira-se os artigos do NCPC que regulamentam os processos de jurisdição voluntária:

Art. 723. O juiz decidirá o pedido no prazo de 10 (dez) dias.

Parágrafo único. O juiz não é obrigado a observar critério de legalidade estrita,


podendo adotar em cada caso a solução que considerar mais conveniente ou
oportuna

Art. 725. Processar-se-á na forma estabelecida nesta Seção o pedido de:

I - emancipação;

II - sub-rogação;

III - alienação, arrendamento ou oneração de bens de crianças ou adolescentes, de


órfãos e de interditos;

IV - alienação, locação e administração da coisa comum;

V - alienação de quinhão em coisa comum;

VI - extinção de usufruto, quando não decorrer da morte do usufrutuário, do termo da


sua duração ou da consolidação, e de fideicomisso, quando decorrer de renúncia ou
quando ocorrer antes do evento que caracterizar a condição resolutória;

VII - expedição de alvará judicial;

VIII - homologação de autocomposição extrajudicial, de qualquer natureza ou valor.

Parágrafo único. As normas desta Seção aplicam-se, no que couber, aos procedimentos
regulados nas seções seguintes.

O pedido de levantamento de valores em que não há controvérsia da Caixa


Econômica[1] é da competência da Justiça Estadual conforme súmula 161 do STJ e no
caso a competência é incontroversa, pois a autora afirma que os valores estão
depositados no Banco do Brasil.

Não há réu na demanda, cabendo então ao juiz apenas investigar se a parte requerente é
legítima para levantar os valores pleiteados, ou melhor, se cumpre os requisitos
necessários para realização de determinada pedido neste juízo.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 173


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Para isso, a parte deverá apresentar os documentos que se fizerem necessários no caso
concreto, o que se apresenta no feito, pois foi juntada a prova do falecimento do titular
da conta, ausente, entretanto, a prova material dos gastos com o funeral, que será
motivo para análise apropriada no corpo desta decisão.

O direito é aplicado a espécie com fundamento na Lei 6.858,

LEI No 6.858, DE 24 DE NOVEMBRO DE 1980

Art. 1º - Os valores devidos pelos empregadores aos empregados e os montantes das


contas individuais do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e do Fundo de
Participação PIS-PASEP, não recebidos em vida pelos respectivos titulares, serão
pagos, em quotas iguais, aos dependentes habilitados perante a Previdência Social ou na
forma da legislação específica dos servidores civis e militares, e, na sua falta, aos
sucessores previstos na lei civil, indicados em alvará judicial, independentemente de
inventário ou arrolamento

Esta lei foi devidamente regulamentada pelo Decreto n ª 85845, de 26 de março de


1981.

DECRETO No 85.845, DE 26 DE MARÇO DE 1981

Art . 1º - Os valores discriminados no parágrafo único deste artigo, não recebidos em


vida pelos respectivos titulares, serão pagos, em quotas iguais, aos seus dependentes
habilitados na forma do artigo 2º.
Parágrafo Único. O disposto neste Decreto aplica-se aos seguintes valores:
I - quantias devidas a qualquer título pelos empregadores a seus empregados, em
decorrência de relação de emprego;
II - quaisquer valores devidos, em razão de cargo ou emprego, pela União, Estado,
Distrito Federal, Territórios, Municípios e suas autarquias, aos respectivos servidores;
III - saldos das contas individuais do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e do
Fundo de Participação PIS/PASEP;
IV - restituições relativas ao imposto de renda e demais tributos recolhidos por pessoas
físicas;
V - saldos de contas bancárias, saldos de cadernetas de poupança e saldos de
contas de fundos de investimento, desde que não ultrapassem o valor de 500
(quinhentas) Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional e não existam, na
sucessão, outros bens sujeitos a inventário.

Em caso de sucessão legítima a regra é que o juízo obser e a ordem de sucessão prevista
no artigo 1829 do Código Civil.

Lei 10.406 , de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil

Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:


I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 174


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com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de


bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da
herança não houver deixado bens particulares;
II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;
III - ao cônjuge sobrevivente;
IV - aos colaterais.

Entretanto, o pedido deste feito não é regra, mas sim exceção e não se aplica a regra
expressa de divisão proposta pelo Direito Sucessório.

Certamente, o que se pede não é valor para ser dividido entre os herdeiros e ou cônjuge,
mas sim expressão monetária para fins de cobrir despesas com o funeral do de cujus e a
concordância dos herdeiros não é requisito que obste ao deferimento do pedido.

É cabível o levantamento de valor do beneficio próprio do de cujus, para o pagamento


do funeral, na medida em que este dinheiro será necessário para não proporcionar
empobrecimento a parte autora, além de ser verba pequena que independe de prestação
de contas.

Em que pese o entendimento do MP, o art. 1.998 do CC é claro ao dispor que as


despesas funerárias, haja ou não herdeiros legítimos, sairão do monte da herança e
como se trata de verba exigida para todos os herdeiros; considero justo que seja pago a
quem postula em juízo, pois a boa fé se presume e a má fé deve ser provada.

Neste sentido o julgado do TJRS, litteris:

“APELAÇÃO CÍVEL. SUCESSÕES. PEDIDO DE EXPEDIÇÃO DE


ALVARÁ JUDICIAL PARA LEVANTAMENTO DE SALDO DE BENEFÍCIO
PREVIDENCIÁRIO DE TITULARIDADE DE PESSOA FALECIDA. ALEGAÇÃO
DE CUSTEIO DAS DESPESAS FUNERÁRIAS. DESNECESSIDADE DE
ANUÊNCIA EXPRESSA DE TODOS OS HERDEIROS PARA QUE SE PROCESSE
O PEDIDO. PRECEDENTES. 1. É despicienda a expressa anuência de todos os
herdeiros para que se analise o pedido de expedição de alvará para saque de numerário
disponível junto ao INSS em nome de pessoa falecida quando o requerente alega ter
arcado com as despesas do funeral. Nos termos do art. 1.998 do Código Civil, "as
despesas funerárias, haja ou não herdeiros legítimos, sairão do monte da herança" e,
conforme dispõe o art. 965, inc. I, do mesmo diploma legal, o crédito por despesas
decorrentes do funeral, feito segundo a condição do morto e o costume do lugar, goza
de privilégio geral sobre os bens do espólio. Precedentes deste Tribunal de Justiça. 2.
Não tendo sido apreciado o mérito do pleito pelo Juízo de origem, que apenas extinguiu
o processo em razão do não acolhimento da justificativa apresentada quanto à ausência
de comprovação de anuência dos herdeiros descabe analisar, em sede recursal, a
pretendida expedição de alvará, sob pena de inadmissível supressão de grau de
jurisdição. RECURSO PROVIDO EM PARTE, EM DECISÃO
MONOCRÁTICA”. (Apelação Cível Nº 70063230551, Oitava Câmara Cível, Tribunal
de Justiça do RS, Relator: Luiz Felipe Brasil Santos, Julgado em 27/02/2015)

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 175


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Considero ainda, seguramente, que não é exigência draconiana que se apresente recibos
dos gastos com a despesa, pois nem sempre os credores se preocupam em guardar notas
fiscais e recibos decorrentes de um caso fortuito de extrema tristeza.

O valor informado na petição inicial, além do mais, é módico e demonstra ser


suficiente para cobrir custos com a despesa do funeral, que inclui gastos com
embalsamento, caixão e também despesas com o velório, pois é costume na região de
Pedro Afonso e região centro-norte do Tocantins( Bom Jesus, Santa Maria e Tupirama),
municípios que guarnecem a Comarca de Pedro Afoso, de que seus moradores
ofereçam lanche às pessoas que prestam deferência na visita do velório aos familiares
do de cujus, como forma de amenizar momento de tristeza.

Então, a comprovação das despesas não é passível de prestação de contas, pois se


presumem realizadas pois decorrem do próprio fato – “ o funeral”.

Nesse sentido, se pronunciou o Superior Tribunal de Justiça, que passo a expor:

“(...) Não se faz necessária, segundo o entendimento prevalente na Quarta


Turma - Resp 530.804/PR - a comprovação das despesas de funeral para
se obter o reembolso das despesas do responsável pelo sinistro, não só em
razão da certeza do fato, mas, também, pela estipulação módica da verba,
reduzida para valor equivalente a três salários mínimos” (STJ - REsp
260.690 - RJ (2000/0052365-8) - 4ª T. - Rel. Min. Fernando Gonçalves -
DJU 18.04.2005).

Ante o exposto, em discordância do parecer ministerial defiro o pedido


pleiteado na petição inicial, com fulcro no artigo 487, I e 723, p. único ,
ambos do CPC.

Expeça-se o que for necessário.

Sem custas e honorários.

P. R. I e cumpra-se.

Pedro Afonso, [$data.dataPadrao()]

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

[1] Súmula 161/STJ - 12/07/2016. Competência. FGTS. PIS/PASEP. Julgamento pela


Justiça Estadual Comum. Falecimento do titular da conta. Lei 6.858/80, art. 1º. Dec.
85.845, de 26/03/81, arts. 1º, parágrafo único, item III e 2º. CF/88, art. 109, I.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 176


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«É da competência da Justiça Estadual autorizar o levantamento dos valores relativos ao


PIS/PASEP e FGTS, em decorrência do falecimento do titular da conta.»

3.11- SENTENÇA ALVARÁ IMPROCEDÊNCIA EXISTÊNCI A DE OUTROS


BENS

Sentença

Tratam os presentes autos de pedido de levantamento de alvará


formulada [$processoParte.getPartesAutores()], em face de valor depositado na conta
corrente deste no Banco do Brasil, diante do fundamento de que os valores serão
revertidos para ressarcir despesas realizadas com o funeral do de cujus.

Documentos necessários foram juntados no anexo 01.

Dado vistas ao Mp, esse pugnou pela procedência parcial do pedido.

Confira-se o seguinte parecer, verbis:

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxx

Passo ao julgamento antecipado da lide por entender que não é caso de produção de
prova testemunhal.

O caso em tela é de jurisdição voluntária em que o juiz pode fazer uso do principio da
equidade.

Confira-se os artigos do NCPC que regulamentam os processos de jurisdição voluntária:

Art. 723. O juiz decidirá o pedido no prazo de 10 (dez) dias.

Parágrafo único. O juiz não é obrigado a observar critério de legalidade estrita,


podendo adotar em cada caso a solução que considerar mais conveniente ou
oportuna

Art. 725. Processar-se-á na forma estabelecida nesta Seção o pedido de:

I - emancipação;

II - sub-rogação;

III - alienação, arrendamento ou oneração de bens de crianças ou adolescentes, de


órfãos e de interditos;

IV - alienação, locação e administração da coisa comum;

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 177


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V - alienação de quinhão em coisa comum;

VI - extinção de usufruto, quando não decorrer da morte do usufrutuário, do termo da


sua duração ou da consolidação, e de fideicomisso, quando decorrer de renúncia ou
quando ocorrer antes do evento que caracterizar a condição resolutória;

VII - expedição de alvará judicial;

VIII - homologação de autocomposição extrajudicial, de qualquer natureza ou valor.

Parágrafo único. As normas desta Seção aplicam-se, no que couber, aos procedimentos
regulados nas seções seguintes.

O pedido de levantamento de valores em que não há controvérsia da Caixa


Econômica[1] é da competência da Justiça Estadual conforme súmula 161 do STJ e no
caso a competência é incontroversa, pois a autora afirma que os valores estão
depositados no Banco do Brasil.

Não há réu na demanda, cabendo então ao juiz apenas investigar se a parte requerente é
legítima para levantar os valores pleiteados, ou melhor, se cumpre os requisitos
necessários para realização de determinada pedido neste juízo.

Para isso, a parte deverá apresentar os documentos que se fizerem necessários no caso
concreto, o que se apresenta no feito, pois foi juntada a prova do falecimento do titular
da conta, ausente, entretanto, a prova material dos gastos com o funeral, que será
motivo para análise apropriada no corpo desta decisão.

O direito é aplicado a espécie com fundamento na Lei 6.858,

LEI No 6.858, DE 24 DE NOVEMBRO DE 1980

Art. 1º - Os valores devidos pelos empregadores aos empregados e os montantes das


contas individuais do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e do Fundo de
Participação PIS-PASEP, não recebidos em vida pelos respectivos titulares, serão
pagos, em quotas iguais, aos dependentes habilitados perante a Previdência Social ou na
forma da legislação específica dos servidores civis e militares, e, na sua falta, aos
sucessores previstos na lei civil, indicados em alvará judicial, independentemente de
inventário ou arrolamento

Esta lei foi devidamente regulamentada pelo Decreto n ª 85845, de 26 de março de


1981.

DECRETO No 85.845, DE 26 DE MARÇO DE 1981


Art . 1º - Os valores discriminados no parágrafo único deste artigo, não recebidos em
vida pelos respectivos titulares, serão pagos, em quotas iguais, aos seus dependentes
habilitados na forma do artigo 2º.
Parágrafo Único. O disposto neste Decreto aplica-se aos seguintes valores:
I - quantias devidas a qualquer título pelos empregadores a seus empregados, em
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decorrência de relação de emprego;


II - quaisquer valores devidos, em razão de cargo ou emprego, pela União, Estado,
Distrito Federal, Territórios, Municípios e suas autarquias, aos respectivos servidores;
III - saldos das contas individuais do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e do
Fundo de Participação PIS/PASEP;
IV - restituições relativas ao imposto de renda e demais tributos recolhidos por pessoas
físicas;
V - saldos de contas bancárias, saldos de cadernetas de poupança e saldos de
contas de fundos de investimento, desde que não ultrapassem o valor de 500
(quinhentas) Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional e não existam, na
sucessão, outros bens sujeitos a inventário.

Em caso de sucessão legítima a regra é que o juízo obser e a ordem de sucessão prevista
no artigo 1829 do Código Civil.

Lei 10.406 , de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil


Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este
com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de
bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da
herança não houver deixado bens particulares;
II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;
III - ao cônjuge sobrevivente;
IV - aos colaterais.

Entretanto, o pedido deste feito não é regra, mas sim exceção e não se aplica a regra
expressa de divisão proposta pelo Direito Sucessório.

Certamente, o que se pede não é valor para ser dividido entre os herdeiros e ou cônjuge,
mas sim expressão monetária para fins de cobrir despesas com o funeral do de cujus e a
concordância dos herdeiros não é requisito que obste ao deferimento do pedido.

É cabível o levantamento de valor do beneficio próprio do de cujus, para o pagamento


do funeral, na medida em que este dinheiro será necessário para não proporcionar
empobrecimento a parte autora, além de ser verba pequena que independe de prestação
de contas.

Em que pese o entendimento do MP, o art. 1.998 do CC é claro ao dispor que as


despesas funerárias, haja ou não herdeiros legítimos, sairão do monte da herança e
como se trata de verba exigida para todos os herdeiros; considero justo que seja pago a
quem postula em juízo, pois a boa fé se presume e a má fé deve ser provada.

Neste sentido o julgado do TJRS, litteris:

“APELAÇÃO CÍVEL. SUCESSÕES. PEDIDO DE EXPEDIÇÃO DE


ALVARÁ JUDICIAL PARA LEVANTAMENTO DE SALDO DE BENEFÍCIO
PREVIDENCIÁRIO DE TITULARIDADE DE PESSOA FALECIDA. ALEGAÇÃO
DE CUSTEIO DAS DESPESAS FUNERÁRIAS. DESNECESSIDADE DE

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ANUÊNCIA EXPRESSA DE TODOS OS HERDEIROS PARA QUE SE PROCESSE


O PEDIDO. PRECEDENTES. 1. É despicienda a expressa anuência de todos os
herdeiros para que se analise o pedido de expedição de alvará para saque de numerário
disponível junto ao INSS em nome de pessoa falecida quando o requerente alega ter
arcado com as despesas do funeral. Nos termos do art. 1.998 do Código Civil, "as
despesas funerárias, haja ou não herdeiros legítimos, sairão do monte da herança" e,
conforme dispõe o art. 965, inc. I, do mesmo diploma legal, o crédito por despesas
decorrentes do funeral, feito segundo a condição do morto e o costume do lugar, goza
de privilégio geral sobre os bens do espólio. Precedentes deste Tribunal de Justiça. 2.
Não tendo sido apreciado o mérito do pleito pelo Juízo de origem, que apenas extinguiu
o processo em razão do não acolhimento da justificativa apresentada quanto à ausência
de comprovação de anuência dos herdeiros descabe analisar, em sede recursal, a
pretendida expedição de alvará, sob pena de inadmissível supressão de grau de
jurisdição. RECURSO PROVIDO EM PARTE, EM DECISÃO
MONOCRÁTICA”. (Apelação Cível Nº 70063230551, Oitava Câmara Cível, Tribunal
de Justiça do RS, Relator: Luiz Felipe Brasil Santos, Julgado em 27/02/2015)

Considero ainda, seguramente, que não é exigência draconiana que se apresente recibos
dos gastos com a despesa, pois nem sempre os credores se preocupam em guardar notas
fiscais e recibos decorrentes de um caso fortuito de extrema tristeza.

O valor informado na petição inicial, além do mais, é módico e demonstra ser


suficiente para cobrir custos com a despesa do funeral, que inclui gastos com
embalsamento, caixão e também despesas com o velório, pois é costume na região de
Pedro Afonso e região centro-norte do Tocantins( Bom Jesus, Santa Maria e Tupirama),
municípios que guarnecem a Comarca de Pedro Afoso, de que seus moradores
ofereçam lanche às pessoas que prestam deferência na visita do velório aos familiares
do de cujus, como forma de amenizar momento de tristeza.

Então, a comprovação das despesas não é passível de prestação de contas, pois se


presumem realizadas pois decorrem do próprio fato – “ o funeral”.

Nesse sentido, se pronunciou o Superior Tribunal de Justiça, que passo a expor:

“(...) Não se faz necessária, segundo o entendimento prevalente na Quarta


Turma - Resp 530.804/PR - a comprovação das despesas de funeral para
se obter o reembolso das despesas do responsável pelo sinistro, não só em
razão da certeza do fato, mas, também, pela estipulação módica da verba,
reduzida para valor equivalente a três salários mínimos” (STJ - REsp
260.690 - RJ (2000/0052365-8) - 4ª T. - Rel. Min. Fernando Gonçalves -
DJU 18.04.2005).

Ante o exposto, em discordância do parecer ministerial defiro o pedido


pleiteado na petição inicial, com fulcro no artigo 487, I e 723, p. único ,
ambos do CPC.

Expeça-se o que for necessário.

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Sem custas e honorários.

P. R. I e cumpra-se.

Pedro Afonso, [$data.dataPadrao()]

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

3.12- Sentença libera valor de PIS Pasep por alvará

SENTENÇA

Vistos etc.

[$processoParte.getPartesAutores()], requereu, através do seu legitimo advogado(a)


requereu o levantamento de ALVARÁ JUDICIAL para receber os valores depositados
a título de PIS-PASEP, deixados pelo falecido indicado na petição inicial.

Alega que o de cujus faleceu ab intestado e pretende a liberação dos valores referentes
ao PIS-PASEP.

Anexou ao pedido os documentos necessários no evento 01.

Requereu, por fim, os benefícios da justiça gratuita, por ser pobre no sentido da lei.

O Representante do Ministério Público, devidamente instado a se manifestar no feito


opinou pela procedência do pleito face estarem preenchidas as exigências da Lei.

É, em síntese, o Relatório.

D E C I D O.

O pedido é de ser deferido.

Estabelece o artigo 666 do CPC:

“Art. 666. Independerá de inventário ou arrolamento o pagamento dos valores previstos


na Lei nº 6.858, de 24 de novembro de 1980.”

O artigo 1º. da Lei nº 6.858/80 determina, in verbis:

“Art. 1º. Os valores devidos pelos empregadores aos empregados e os montantes das
contas individuais do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e do Fundo de
Participação PIS-PASEP, não recebidos em vida pelos respectivos titulares, serão
pagos, em quotas iguais, aos dependentes habilitados perante a Previdência Social ou na

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forma da legislação específica dos servidores civis e militares, e, na sua falta, aos
sucessores previstos na lei civil, indicados em alvará judicial, independentemente de
inventário ou arrolamento.”

O disposto na lei n. 6.858/80 aplica-se, segundo previsão do artigo 2o. de referida lei,
aos saldos bancários e de contas, desde que não existam outros bens sujeitos a
inventário.

Assim, por força de disposição legal, os valores previstos na lei 6.858/80, quando não
recebidos em vida, deverão ser pagos aos dependentes ou sucessores do falecido
previsto na lei civil, independentemente de inventário ou arrolamento.

O levantamento dos valores, conforme estabelece a lei, deverá ser feito por via de
Alvará Judicial.

Os documento trazidos aos autos demonstram a existência de valores depositados em


nome do falecido, na conta bancária informada pela parte autora.

A Requerente comprovou a egitimidade para requerer, judicialmente, o levantado do


importe existente em nome do falecido.

Assim, demonstrada a legalidade do pedido, resta decisão favorável deferimento do


pleito, sem ressalvas legais, acatando-se, ainda o parecer ministerial.

ANTE O EXPOSTO, DEFIRO o pedido inical e determino que seja expedido o


competente ALVARÁ JUDICIAL em nome de [$processoParte.getPartesAutores()], já
identificada nos autos, com fundamento no art. 666 do CPC c/c art. 1º da Lei n.
6.858/80 e Decreto 85.845, art. 1º e seguintes, para que receba os valores depositados
em nome do falecido na conta indicada na petição inicial.

P. R I e cumpra-se.

Em caso de não ser beneficiário da justiça gratuita remeta-se a COJUN e DIFIN.

Após as formalidades legais, arquivem-se com as cautelas de estilo.

Pedro Afonso, [$data.dataPorExtenso()]

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

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[1] Súmula 161/STJ - 12/07/2016. Competência. FGTS. PIS/PASEP. Julgamento pela


Justiça Estadual Comum. Falecimento do titular da conta. Lei 6.858/80, art. 1º. Dec.
85.845, de 26/03/81, arts. 1º, parágrafo único, item III e 2º. CF/88, art. 109, I.

«É da competência da Justiça Estadual autorizar o levantamento dos valores relativos ao


PIS/PASEP e FGTS, em decorrência do falecimento do titular da conta.»

3.13- Sentença dano moral aposentado analfabeto empréstimo procedente em


parte

SENTENÇA

Vistos etc.

Dispensado o Relatório, conforme art. 38 da Lei n. 9.099/1995.

O feito comporta julgamento antecipado, nos termos do artigo 355, inciso I, do Código
de Processo Civil. A matéria de fato controvertida nos autos não depende de prova oral.
Ademais, os elementos de prova produzidos são suficientes para o julgamento, tornando
desnecessária a designação da audiência de instrução.

Sobre a possibilidade de julgamento antecipado, colacionam-se as decisões abaixo: "O


propósito de produção de provas não obsta ao julgamento antecipado da lide, se os
aspectos decisivos da causa se mostram suficientes para embasar o convencimento do
magistrado" (STF- RE96725/RS - Rel. Min. Rafael Mayer).

As partes são legitimas e capazes, estando devidamente representadas.

O feito percorreu seus tramites legais, com o devido contraditório e ampla defesa, não
havendo vícios a serem sanados ou nulidades que possam ser macular o processo.

Art. 355.  O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução
de mérito, quando:

I - não houver necessidade de produção de outras provas;

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As provas são dirigidas ao Magistrado, portanto, o desfecho da demanda serve-se de


prova essencialmente documental, tendo-se desnecessária a dilação probatória.

Nesse sentido é o entendimento do Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins:

Processo: 00140115120168270000

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. RECLAMATÓRIA TRABALHISTA. MUNICÍPIO.


VERBAS SALARIAIS. PRODUÇÃO DE PROVA TESTEMUNHAL INDEFERIDA.
POSSIBILIDADE. JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE. PROVA
ESSENCIALMENTE DOCUMENTAL. AUSÊNCIA DE CERCEAMENTO DE
DEFESA. 1. Não configura cerceamento de defesa o julgamento antecipado da lide
quando o Magistrado entende suficientemente instruído o processo e desnecessária a
dilação probatória, porquanto inócua a produção de provas inservíveis à solução da
demanda. 2. A prova do pagamento de salário e demais verbas salariais é feita
documentalmente, sendo prescindível a oitiva de testemunhas. 3. Recurso conhecido e
improvido. (AP 0014011-51.2016.827.0000, Rel. Desa. ETELVINA MARIA
SAMPAIO FELIPE, 5ª Turma da 1ª Câmara Cível, julgado em 15/03/2017).

E também pelas disposições trazidas no início do Código de Processo Civil quanto a


razoável duração do processo, assim descrito:

Art. 4o As partes t m o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito,
incluída a atividade satisfativa.

Art. 5o Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de


acordo com a boa-fé.

Art. 6o Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em
tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva.

Dispõe o Código de Processo Civil em seu Capítulo XII destinado às provas o


seguinte:

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Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito
que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu
convencimento.

Art. 373. O ônus da prova incumbe:

I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;

II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito


do autor.

No que concerne ao reconhecimento da conexão, como cediço, dispõe o art. 55 do


Código de Processo Civil que duas ou mais ações são conexas quando lhes for comum o
objeto ou a causa de pedir.

A respeito da questão, leciona a doutrina autorizada:

"Conceito de conexão. Na verdade, a lei disse menos do que


queria, porque basta a coincidência de um só dos elementos da
ação (partes, causa de pedir ou pedido), para que exista a
conexão entre as ações. (...). 2. Conceito de causa de pedir. São
os fundamentos de fato e de direito do pedido. É a razão pela
qual se pede. O direito brasileiro, a exemplo do direito alemão
(ZPO § 253 2), adotou a teoria da substanciação do pedido,
segundo a qual se exige, para a identificação do pedido, a
dedução dos fundamentos de fato e de direito da pretensão.
Divide-se em causa de pedir próxima e causa de pedir remota. 3.
Causa de pedir remota. É o direito que embasa o pedido do
autor; o título jurídico que fundamenta o pedido. É a razão
mediata do pedido. 4. Causa de pedir próxima. Caracteriza-se
pelo inadimplemento do negócio jurídico; pela lesão ou ameaça
de lesão de direito. É a razão imediata do pedido. 5. Exame da
causa de pedir. Para existir conexão, basta que a causa de pedir
em apenas uma de suas manifestações seja igual nas duas ou
mais ações. Existindo duas ações fundadas no mesmo contrato,
onde se alega o inadimplemento na primeira e a nulidade de
cláusula na segunda, há conexão. A causa de pedir remota
(contrato) é igual em ambas as ações, embora a causa de pedir
próxima (lesão, inadimplemento), seja diferente. (...). O objetivo
da norma inserta no CPC 103, bem como no CPC 106, é evitar

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 185


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decisões contraditórias, por isso a indagação sobre o objeto ou a


causa de pedir, (...) não se exigindo perfeita identidade, senão
que haja um liame que os faça passíveis de decisão unificada
(...)" (2 NERY JUNIOR, Nelson; NERY, Rosa Maria de
Andrade. Código de Processo Civil comentado e legislação
extravagante. 11ª Ed. - São Paulo: Revista dos Tribunais, 2010,
pp. 376 e 377).

Assim, não se olvida a possibilidade de haver conexão, ainda que inexista estrita
identidade entre os objetos ou as causas de pedir - próxima e remota, bastando algum
vínculo entre tais elementos em duas ou mais ações, com a potencialidade de ocasionar
a prolação de decisões conflitantes pelo Poder Judiciário. A respeito da finalidade da
conexão, confira-se julgado do STJ:

PROCESSUAL CIVIL - CONFLITO NEGATIVO DE


COMPETÊNCIA - CONEXÃO ENTRE DUAS AÇÕES
COLETIVAS (AÇÃO CIVIL PÚBLICA AJUIZADA PELO
MPF EM SÃO PAULO E IDÊNTICA AÇÃO AJUIZADA EM
MINAS GERAIS PELA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
DEFESA DO CONSUMIDOR) - ART. 2º-A DA LEI 9.494/97.
1. A reunião de processos por conexão decorre do princípio da
segurança jurídica e deve ser levada a termo quando
vislumbrada a possibilidade de serem proferidas decisões
contraditórias que possam vir a incidir sobre as
mesmas partes.[...] (CC 56228/MG, Rel. Ministra ELIANA
CALMON, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 14/11/2007, DJ

03/12/2007, p. 250).

Nesse sentido, necessário consignar ainda o seguinte julgado:

"EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PROCESSUAL


CIVIL. AÇÃO DECLARATÓRIA. CONTRATO DE
FINANCIAMENTO. PRETENSÃO DE RECONHECIMENTO
DE QUITAÇÃO DA DÍVIDA FUNDADA EM PRESCRIÇÃO.
AÇÃO DE EXECUÇÃO EM CURSO. CONEXÃO POR
PREJUDICIALIDADE.

EXISTENCIA. NECESSIDADE DE JULGAMENTO


CONJUNTO OU SIMULTANEO. SENTENÇA CASSADA.
REUNIÃO PERANTE O JUÍZO PREVENTO. I - A função da
conexão é garantir alguma estabilidade na solução de conflitos

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diversos que se instauram com apoio em um mesmo fato, sendo


razoável que não se dissemine a competência para as diversas
ações cuja origem é comum. II - A par da literalidade do art.
103, do CPC, há conexão, ainda que inexista estrita identidade
entre os objetos ou as causas de pedir - próxima e remota,
bastando algum vínculo entre tais elementos em duas ou mais
ações, com a potencialidade de ocasionar a prolação de decisões
conflitantes pelo Poder Judiciário. [...] (Apelação Cível
1.0024.12.239716-9/001, Relator (a): Des.(a) Leite Praça , 17ª
CÂMARA CÍVEL, julgamento em 07/11/2013, publicação da
sumula em 19/11/2013).

Todavia, inaplicável o instituto quando se tratam de contratos diversos, ainda que


figurem as mesmas partes nas demandas, visto que, nesses casos, inexiste o risco de
serem prolatadas decisões conflitantes.

Desnecessário relatório, nos termos do art. 38 da Lei 9.099/95, passo a fundamentação.

A parte autora, analfabeta e beneficiária do INSS, pugna pela declaração de nulidade do


contrato entabulado com a ré, vez que o mesmo, apesar de ter sido voluntariamente
entabulado, não se subsumiu as orientações normativas aplicáveis a espécie.

A ré, em sentido contrário, alega que o contrato seguiu as diretrizes legais para a sua
formalização, tendo declinado, ainda, que o valor objeto de empréstimo foi
disponibilizado na conta corrente da parte suplicante, não havendo que se falar em
nulidade da avença, restituição em dobro e ocorrência de dano moral.

DO MÉRITO

Inicialmente, é necessário consignar que a relação estabelecida entre as partes é


tipicamente de consumo, como já restou sedimentado pelo STJ quando da aprovação do
Enunciado de Súmula nº 297.

Confirmada a relação de natureza consumerista estabelecida entre as partes, necessário


aduzir que a responsabilidade da empresa fornecedora por danos causados aos
consumidores é de natureza objetiva, como bem estabelece o art. 14 da Lei nº 8.078/90.
Sendo a responsabilidade de natureza objetiva, deve a empresa ré ressarcir o
consumidor por danos causados ao mesmo desde que comprovada a conduta comissiva
ou omissiva, o dano e o nexo de causalidade.

No caso tratado nos autos, restou incontroverso que a instituição financeira e o


consumidor entabularam contrato de empréstimo, na modalidade de mútuo, tendo a
empresa requerida repassado o valor ao consumidor e este se utilizado da referida
quantia para fins próprios e específicos.

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Ocorre que o consumidor, após a formalização da avença e utilização do numerário,


passou a atacar a validade do contrato, declinando que pelo fato de ser analfabeto,
estaria o negócio eivado de nulidade, por não ter respeitado as disposições normativas
aplicáveis a espécie.

Portanto, pela ótica da parte suplicante, a conduta perpetrada pelo fornecedor é o


elemento fático vilipendiador do direito objetivo do consumidor.

Pois bem.

Tratando-se de analfabeto, deveria o banco confirmar a declaração de vontade do autor


no contrato escrito. Assim perguntamos: como confirmar esta declaração?

DA TEORIA DA SUJEIÇÃO AO ART. 595 DO CÓDIGO CIVIL

Os analfabetos não são considerados absoluta ou relativamente incapazes pelo nosso


ordenamento jurídico, nos termos dos artigos 3° e 4° do CC, possuindo plena
capacidade para realizar negócios jurídicos válidos, mas ostentam vulnerabilidade
quando a sua manifestação de vontade depender da forma escrita, o que determina aos
fornecedores a adoção de medidas capazes de dar ao analfabeto compreensão quanto ao
ato ou o negócio jurídico que está praticando.

Somente por instrumento público ou por assinatura a rogo subscrita por duas
testemunhas é que se presume a compreensão do analfabeto quanto ao negócio jurídico
formalizado por escrito, uma vez que destas maneiras se garante ao analfabeto
compreender o conteúdo do documento. Do mesmo modo que um documento escrito
em língua estrangeira deve ser traduzido para o português (artigo 224 do CC), também
um documento escrito deve ser lido em voz alta para um cego ou um analfabeto, para
que o código escrito possa ser “traduzido” para a sua linguagem, nos termos do art. 595
do CC.

Portanto, a regra do art. 595 do Código Civil é de natureza cogente e de aplicação


analógica nos contratos por escrito formalizados por analfabetos, pois apenas se dando
efetividade ao dito artigo é que se estará respeitando os arts. 39, inc. IV e 46, ambos do
Código de Defesa do Consumidor.

Assim, caso formalizado um contrato por escrito com um analfabeto, sem a sujeição ao
art. 595 do Código Civil, há que se reconhecer a nulidade da avença, antes a
infringência aos artigos 104, inc. III e 166, inc. IV, ambos do Código Civil, por restar
evidenciado o defeito do serviço prestado.

Neste sentido, a seguinte manifestação do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do


Tocantins:

APELAÇÃO. OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C ANULATÓRIA DE


CONTRATO E REPETIÇÃO DO INDÉBITO. CONTRATANTE
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PESSOA IDOSA E ANALFABETA. HIPOSSUFICIÊNCIA.


AUSÊNCIA DE PROCURADOR COM INSTRUMENTO
PÚBLICO DE MANDATO. CONTRATO NULO.
RECONHECIMENTO DE VALOR DEVIDO PELO APELADO.
PRINCÍPIO DO PACTA SUNT SERVANDA. RELATIVIZADO.
TAXA DE JUROS. ABUSIVA. REPETIÇÃO DO INDÉBITO.
DEVIDO. DANO MORAL. RAZOÁVEL. MANTIDO.
HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS. MANTIDOS. RECURSO
CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO APENAS PARA
REDUZIR O VALOR DA REPETIÇÃO DO INDÉBITO. 1. Nos
termos do art. 595 do CC/2002 e da jurisprudência pátria, o
analfabeto somente poderá celebrar contrato particular representado
por procurador, cuja procuração deverá ser outorgada por
instrumento público. Não observada tal disposição, o contrato
celebrado entre as partes é nulo, comprovado, por consequência, o
ato ilícito. (...). (AP 0009649-40.2015.827.0000, Rel. Desa.
ÂNGELA PRUDENTE, 3ª Turma da 2ª Câmara Cível, julgado em
11/05/2016).

DA TEORIA DA NECESSIDADE DE ESCRITURA PÚBLICA OU PROCURADOR


CONSTITUÍDO POR INSTRUMENTO PÚBLICO

Necessário consignar que, mesmo que se entenda pela impossibilidade de aplicação


analógica do art. 595 no presente feito, tal fato não é capaz de impedir o
reconhecimento de nulidade do negócio jurídico objeto da presente controvérsia
processual.

Conforme o Código de Defesa do Consumidor, mais precisamente em seu art. 6º, inc.
III, combinado com os arts. 39, IV e 46, se deve garantir ao consumidor a plena ciência
das cláusulas contratuais, sendo vedadas práticas abusivas.

Quando um consumidor analfabeto se insere na condição de contratante, é cediço que


somente por meio de escritura pública pode o analfabeto contrair obrigações, ou
somente por intermédio de procurador constituído por instrumento público, poderá
contrair obrigações através de instrumento particular, o que não ocorreu no caso dos
autos.

Sobre o tema, oportuna a lição do mestre Humberto Theodoro Júnior:

O analfabeto, como não sabe grafar o próprio nome, não pode se


obrigar por instrumento particular, a não ser mediante
representação por procurador. A chamada ‘assinatura a rogo’, isto
é, assinatura de terceiro dada a pedido do analfabeto, não tem
eficácia alguma, a não ser nos casos em que a lei excepcionalmente
autoriza o mandato verbal (para negócios jurídicos em que não se
exige forma escrita, o mandato pode ser verbal, conforme dispõe o

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art. 657, a contrario sensu). De igual forma, não vale como


assinatura a aposição de impressão digital em escritura privada, nas
circunstâncias em que a lei exige a assinatura autógrafa. Como o
analfabeto (ou qualquer pessoa que esteja impossibilitada de
assinar) somente poderá participar do instrumento particular
mediante procurador, o mandato que a esse outorgar terá de ser
lavrado por escritura pública, pois é esta a única forma de praticar
declaração negocial válida sem a assinatura autógrafa da pessoa
interessada (Comentários ao novo Código Civil. 2. ed. São Paulo:
Saraiva, Tomo II, v. III, p. 479-480).

Corrobora o declinado Washington de Barros Monteiro, que assim leciona:

“Refere-se a lei, nesse dispositivo, ao instrumento particular feito e


assinado, ou somente assinado. Não têm valor jurídico as escrituras
particulares assinadas a rogo. A assinatura não pode ser substituída
pelo simples lançamento da impressão digital. O analfabeto, ou
quem se encontre em situação de não poder assinar o nome, só por
escritura pública, ou por intermédio de procurador bastante, pode
contrair obrigação [...]” ( In Curso de Direito Civil, Parte Geral, 10.
ed., Saraiva).

A lição de Moacir Amaral Santos acompanha o mesmo entendimento, verbis:

“A situação do analfabeto, porém, é de quem precisa recorrer a


terceiro que assine por ele. Mas, como a assinatura deverá ser
própria e pessoal da parte, segue-se que este terceiro não poderá
assinar por ele, a seu rogo. Contudo, o analfabeto poderá participar
validade de instrumento particular por meio de quem o represente,
isto é, por meio de procurador a quem haja outorgado procuração
por instrumento público. A não ser por essa forma, vedado é ao
analfabeto obrigar-se por instrumento particular”. ( In Prova
Jurídica no Cível e Comercial (Prova Documental), 4. ed., Max
Limonad).

Calha colacionar as seguintes manifestações do Tribunal de Justiça do Estado do


Tocantins:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C


REPETIÇÃO DE INDÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS
MORAIS. EMPRÉSTIMO CONSIGNADO. ASSINATURA A
ROGO. CONSUMIDOR IDOSO E ANALFABETO.
NECESSIDADE DE ESCRITURA PÚBLICA. FORMALIDADE
ESSENCIAL. DANO MORAL CONSTATADO. 1- Afigura
irregular, passível de anulação, a contratação de empréstimo por
pessoa idosa e analfabeta, em cujo pacto consta tão somente
suposta impressão digital do consumidor e assinatura a rogo, em
detrimento das formalidades legais aplicáveis à espécie,

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 190


Modelos básicos EPROC Cível – Vara única Cível Comarca de
Pedro Afonso-Tocantins

especialmente quanto ao maior grau de vulnerabilidade constatada.


(...). (AP 0010502-78.2017.827.0000, Rel. Desa. MAYSA ROSAL,
Rel. p/ acórdão Desa. CÉLIA REGINA REGIS., 4ª Turma da 1ª
Câmara Cível, julgado em 19/07/2017).

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C


REPETIÇÃO DE INDÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS
MORAIS. EMPRÉSTIMO CONSIGNADO. ASSINATURA A
ROGO. CONSUMIDOR IDOSO E ANALFABETO.
NECESSIDADE DE ESCRITURA PÚBLICA. FORMALIDADE
ESSENCIAL. DANO MORAL CONSTATADO. QUANTUM
INDENIZATÓRIO. RAZOABILIDADE E
PROPORCIONALIDADE VERIFICADA. SENTENÇA
MANTIDA. 1- Afigura irregular, passível de anulação, a
contratação de empréstimo por pessoa idosa e analfabeta, em cujo
pacto consta tão somente suposta impressão digital do consumidor
e assinatura a rogo, em detrimento das formalidades legais
aplicáveis à espécie, especialmente quanto ao maior grau de
vulnerabilidade constatada. (...). (Ap 0002153-86.2017.827.0000,
Rel. Juíza convocada CÉLIA REGINA RÉGIS, 1ª Turma da 1ª
Câmara Cível, julgado em 19/04/2017).

Nessas condições, o contrato apresentado pela ré não tem qualquer validade, sendo
mesmo nulo de pleno direito, nos termos do art. 166, inciso IV, c/c art. 104 do Código
Civil, haja vista que na área reservada à assinatura do consumidor consta simples
impressão digital, o que atesta seu analfabetismo, sendo inexistente instrumento público
a dar validade ao ato, ou representação por procurador constituído pela forma pública.

DA NULIDADE DO CONTRATO

Assim, a partir da análise dos documentos que instruem a presente demanda, em


especial o contrato de empréstimo colacionado, independente da teoria que se adote,
resta evidenciada que a manifestação de vontade do analfabeto não obedeceu as
solenidades previstas em lei, qual seja, o apoio previsto na tomada de decisão sobre atos
da vida civil.

Somente com o respeito ao art. 595 do CC ou por escritura pública, ou por intermédio
de procurador, fazem presumir que o contrato foi lida na presença das partes e demais
comparecentes ou que todos o leram (artigo 215, parágrafo primeiro, VI).

Nada disso aconteceu.

Inegável que houve uma prestação defeituosa do serviço, com falha na segurança do seu
modo de fornecimento.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 191


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Pedro Afonso-Tocantins

Assim, não demonstrado pelo requerido o cumprimento das formalidades legais para
execução do contrato, nem a correta compreensão do autor quanto ao objeto dos
contratos, a nulidade do contrato referido na inicial é medida que se impõe, com o fito
de devolução dos valores eventualmente descontados, com fulcro no art. 166, V do
Código Civil.

DO DIREITO DE RESTITUIÇÃO e O PRINCÍPIO DA CONFIANÇA E DA BOA FÉ

Com relação do pedido de devolução em dobro dos valores indevidamente cobrados,


entendo-o improcedente, pois malgrado as cobranças tenham se dado de forma indevida
por conta da nulidade do contrato por ausência das formalidades a amparar a declaração
de vontade do autor, este recebeu o crédito do empréstimo entabulado.

Significa dizer que, sendo declarada a nulidade, o recebimento dos valores pelo autor
também se afigura indevido. Outrossim, o parágrafo único do artigo 42 do Código de
Defesa do Consumidor dispõe que o consumidor cobrado em quantia indevida tem
direito à repetição do dobro do que pagou em excesso, salvo hipótese de engano
justificável.

Aqui, o consumidor não foi cobrado, “propriamente”, por quantia indevida, vez que
durante a manutenção do pacto, os pagamentos, na ótica da requerida, eram devidos.

Assim, deve ser reconhecida a ocorr ncia de “engano justificável”, pois a norma
consumerista visa impedir que os fornecedores exijam o pagamento de valores sem que
haja qualquer lastro que os sustente. Havendo um contrato de financiamento a amparar
os descontos a seu tempo, mesmo que no presente momento declarado nulo, entendo
que essa situação configura engano justificável, devendo-se, pois, as devoluções se
darem de forma simples: tanto do que o autor pagou como o que recebeu.

Acontece que na modernidade e nos contratos bancários que envolvem idosos o próprio
INSS estimula que os idosos façam empréstimos consignados utilizando-se de máquinas
de auto - atendimento e se o Judiciário for entender que pelo simples fato de ser
analfabeto é motivo para anular por inteiro o contrato de idosos praticamente ocorrerá
um colapso no sistema financeiro de muitos bancos conveniados com a autarquia
federal.

Nas cidades interioranas, por exemplo, muitos idosos são aposentados rural e percebem
um salário mínimo mensal e além disso são analfabetos funcionais, ou seja, quase não
terminaram o ensino básico fundamental e não sabem ler e escrever precisamente.

Dessa forma, o idoso mesmo analfabeto deve ter responsabilidade em ter conhecimento
mínimo de que não pode gastar mais do que tem disponível em sua conta bancária e
quando o idoso utiliza, além de que se verifica que perto dessas máquinas, geralmente
há uma pessoa do banco explicando ao idoso como se faz um empréstimo e o princípio
da informação é observado mesmo, de forma mínima. Costumeiramente, inclusive,

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 192


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este idoso pede auxílio a um parente para atingir ao objetivo de sua vontade em obter
um dinheiro extra para finalidades que ultrapassam as despesas básicas mensais.

Exigir a nulidade do contrato neste momento atual significa afronta ao princípio do


venire contra factum proprium e o mínimo que o Judiciario pode fazer e restabelecer a
situação fática antes da formação do contrato, posto que viciado por erro formal.

A parte autora não pode induzir o Poder´Judiciário em erro para que se pague dano
moral ou que tenha o direito de reter o empréstimo realizado com vício formal, pois
assim estaria agindo com torpeza e falta de boa-fé objetiva, na medida que reclama
valor que pediu anteriormente ao banco e uma petição dessa natureza no meu entender
revela situação pela qual é contraditória com a vontade inicial declarada no negócio
jurídico, conduta denominada pela doutrina como “ venire contra factum proprium”.

Segundo Renan Lotufo, ‘a locução venire contra factum proprium, significa o exercício
de uma posição jurídica em contradição com o comportamento assumido anteriormente
pelo exercente, ou seja, dois comportamentos da mesma pessoa, que são lícitos entre si,
e diferidos no tempo. O primeiro comportamento, o factum proprium, é contrariado pelo
segundo.

O princípio do venire contra factum proprium tem fundamento na confiança despertada


na outra parte, que crê na veracidade da primeira manifestação, confiança que não pode
ser desfeita por um comportamento contraditório. Pode-se dizer que a inadmissibilidade
do venire contra factum proprium evidencia a boa-fé presente na confiança, que há de
ser preservada. Daí o dizer de Franz Wieacker (El principio general de la buena fé, p.
62): "...el principio del venire es una aplicación del principio de la ‘confianza en el
tráfico jurídico’ y no una específica prohibición de la mala fe y de la mentira’. (Código
Civil Comentado, vol. I, Parte Geral, ed. Saraiva, 2003, pág. 501/502).

A aplicação do princípio do venire contra factum proprium é um subprincípio


do princípio da boa-fé objetiva e está intimamente ligado à interpretação do negócio
jurídico, segundo o qual o sentido literal da linguagem não deverá prevalecer sobre a
intenção inferida da declaração da vontade das partes, mas também ao interesse social
de segurança das relações jurídicas, uma vez que as partes devem agir com lealdade e
também de conformidade com os usos do local em que o ato negocial foi por elas
celebrado.

Assim, entendo que para preservar o princípio da confiança, principio que deve
preponderá em face do princípio da informação o autor e o Banco Requerido devem
realizar um acerto para restabelecer a situação fática anterior a formação do contrato.

“O princípio da boa-fé contratual significa que as pessoas devem adotar


comportamento honesto, correto e leal, nomeadamente no exercício dos direitos e
deveres, não defraudando a legítima confiança ou expectativa do outro contraente,
conforme artigo 227º, nº 1, do Código Civil Português e está também incluso no
ordenamento jurídico brasileiro, português e brasileiro como um dever jurídico
imposto em qualquer iter negocial, como fundamento jurídico da responsabilidade
extracontratual”163

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O dever jurídico de ressarcimento busca primeiramente proteger a sociedade e


garantir a prosperidade da comunidade, em que o credor de uma obrigação
precisa colaborar com o devedor quando na tomada de medidas cabíveis para
buscar que o dano sofrido se restrinja as menores proporções possíveis.

Numa situação concreta em que o devedor atue inconscientemente e se torne


insolvente e o juiz tenha decretado o seu estado fático de insolvência, a teoria da
responsabilidade concorrente foi sugerida de forma razoável por Martins quando
pondera que “as instituições financeiras, quando concedem crédito, t m acesso
automático às responsabilidades do cliente devedor. Logo, os mesmos credores que,
em regra, nas assembleias de credores pugnam pela não recuperação da pessoa
singular (direta ou indiretamente) pelo fato de o devedor ter contratado crédito de
forma irresponsável devem ponderar a sua corresponsabilidade quando incrementaram,
concedendo crédito a quem já estava endividado, inviabilizando, eles próprios, o
pagamento dos seus créditos”.

A responsabilidade civil do fornecedor conjunta com o consumidor superendividado


de má-fé (inconsciente), no caso o do idoso que contrata empréstimos sucessivos é um
tema que exige sensibilidade do julgador e demais órgãos institucionais pela concessão
indiscriminada do crédito que leve o devedor à insolvência, agravando a dívida com
juros elevados ou propondo crédito a quem não dispõe de recursos financeiros.

E no caso em tela, a solução é voltar ao status quo ante e ambas as partes sofrerem o
efeito pela devolução por culpa concorrente a contar do ajuizamento da ação, pois foi a
partir deste instante que o autor informou a impossibilidade do pagamento da dívida.

Aplico ideia do Direito Português que encontrou uma forma pontual de atribuir
responsabilização ao fornecedor por descumprimento do princípio da boa-fé foi bem
definida pelo Dec. Lei nº 383/89, art. 7º, nº 1, que admitiu a responsabilidade
concorrente ao fornecedor e consumidor254 , e consider que o exemplo deste feito é
de um caso de responsabilidade do consumidor por superendividamento, em que
considero que o consumidor também tem a obrigação de entregar o preço diante de sua
real situação e possibilidade econômica e, se age de forma inconsciente ou com
expectativa de que irá cumprir com a prestação contratada, mesmo assim, deve
responder pela dívida, ainda que de forma mitigada e concorrente, junto ao fornecedor.

Em resumo, o consumidor deve devolver ao BANCO o valor recebido atualizado


monetariamente e o BANCO devolver ao Consumidor as parcelas retidas, se
existirem, pelo mesmo índice de correção monetária, sendo admitida a
compensação, mas a correção deve ser a contar do ajuizamento da ação, sem
inclusão de juros de mora ou de outra penalidade por sua mora.

Se o consumidor não tem condições de ressarcir o valor recebido , cabe ao Banco adotar
posiçoes jurídicas de declarar a insolvência do autor e arcar pela escolha em conceder

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 194


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empréstimo sem ter tido as cautelas necessárias, ou seja de não ter realizado um
empréstimo responsável e que nao obedeceu as normas exigidas para que o contrato
fosse válido.

DO DANO MORAL

Finalmente, quanto a indenização a título de danos morais, baseado nos fatos narrados
na inicial, nota-se, que a nulidade do contrato foi declarada por um elemento formal.
Não se demonstrou prejuízo ou abalo econômico ao patrimônio do autor eis que ele
recebeu em sua conta corrente o valor devido a título de empréstimo.

Logo, o acontecimento vivido pela parte requerente não gerou um dano moral
indenizável, sob pena de restar ofendida a teoria do Venire Contra Factum Proprium,
consiste na vedação do comportamento contraditório.

DISPOSITIVO

Posto isto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido, extinguindo o


processo com resolução do mérito, com fundamento no artigo 487, inciso I, do Código
de Processo Civil, com o fito de (a) declarar nulo o contrato firmado entre as partes;(b)
determinar a restituição, pelo banco, na modalidade simples, dos valores descontados
em folha de pagamento do autor, os quais deverão ser atualizados monetariamente da
data do ajuizamento da ação, porque o consumidor também deu causa a nulidade do
contrato. (c) indeferir o pedido de condenação em danos morais.

Determino, por seu turno, a devolução do valor recebido, pela parte autora, que pode ser
compensado por eventual valor já recebido pela instituição financeira e que também
devem ser corrigidos monetariamente a contar do ajuizamento da ação.

Entendo que os valores devem ser somente corrigidos monetariamente, devido ao


engano justificável ocorrido entre ambas as partes. Não cabe atualizar o valor a ser
restituído por juros de mora, pois a autora deu causa ao empréstimo e a sua demora em
ingressar com ação não pode agravar a situação do réu.

As partes poderão compensar os montantes nestes autos, mediante simples cálculo


aritmético.

Autorizo que o banco réu oficie ao Banco que administra a conta corrente do autor, para
que receba extrato bancário.

Deixo de condenar em custas e honorários, frente o descrito no art. 55 da Lei nº


9.099/95.

O acesso ao Juizado Especial independerá, em primeiro grau de jurisdição, do


pagamento de custas, taxas ou despesas (art. 54 da Lei n. 9.099/1995).

Desta sentença, intime-se as partes na pessoa de seus respectivos patronos


eletronicamente.
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Havendo interposição de recursos, cumprir os seguintes procedimentos, observando-se a


contagem em dobro dos prazos para a Defensoria Pública (art. 186):

a) interposto recurso de embargos de declaração no prazo de até 05 (cinco) dias úteis,


certifique-se a análise do respectivo prazo, fazendo conclusão logo em seguida, não se
sujeitando a preparo, nos termos dos arts. 1022 e

1. NCPC;

b) caso seja interposto recurso inominado no prazo de até 10 (dez) dias úteis (art. 42 da
Lei n. 9.099/1995), e comprovado o recolhimento do preparo recursal até as 48h
(quarenta e oito horas) seguintes à interposição, sob pena de deserção (§1º do art. 42),
intime-se a parte recorrida para em igual prazo contrarrazoar o recurso interposto (§2º
do art. 42); e

c) cumprido o item anterior, remeta-se os autos à instância superior, independentemente


de juízo de admissibilidade, nos termos do §3º do art. 1010 do NCPC, mantendo o feito
em aguardando julgamento da instância superior.

E não havendo recursos interpostos, certifique-se o trânsito em julgado, com menção


expressa da data de sua ocorrência (art. 1006 do NCPC).

Após o trânsito em julgado, e não havendo expresso pedido para cumprimento de


sentença, proceda-se a baixa definitiva.

Sobrevindo pedido de cumprimento de sentença deverá o cartório reativar o feito,


corrigir a classe para cumprimento definitivo de sentença, incluir no pólo ativo os
credores reconhecidos no julgado, inclusive seus advogados pelos honorários
advocatícios fixados no título, e já intimar eletronicamente o devedor na pessoa de seu
patrono antes habilitado para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido das
despesas processuais, se houver (art. 523 do NCPC), sob pena de acréscimo da multa
processual de 10% sobre o valor atualizado da dívida executada.

Paga a obrigação ou apresentada impugnação ao cumprimento de sentença, vista ao


credor por 15 (quinze) dias por seu advogado.

Por fim, só fazer conclusão após tudo cumprido, ou quando intimado o devedor e
decorrido sem manifestação, fazer conclusão para possível bloqueio BACENJUD nas
contas do devedor.

Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.

Pedro Afonso,[$data.dataPadrao()]

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

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3.14- Sentença aposentadoria por invalidez INSS

SENTENÇA

Cuida-se de Ação Reivindicatória manejada por


[$processoParte.getPartesAutores()]em face do INSTITUTO NACIONAL DE
SEGURO SOCIAL – INSS, em que o autor postula aposentadoria por invalidez ou
em ordem sucessiva, auxílio doença.

Em síntese, conta que é portador de xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

A petição inicial foi instruída com documentos essenciais no evento 01

Contestação no evento doc.

Réplica no evento doc.

Em seguida, foram juntados documentos e aberto vista para alegações finais às partes.

Os autos vieram-me conclusos.

É O RELATO. PASSO AOS FUNDAMENTOS

Trata-se de Ação Reivindicatória de Benefício Previdenciário, em que o requerente


pretende ver reconhecido a sua incapacidade para o trabalho e gozar do direito de
perceber benefício previdenciário por invalidez.

O requerente alega que a sua doença veio desde a infância, agravando com o decorrer
do tempo o que o tornou incapaz para exercer suas atividades laborais no campo.

A preliminar argüida pelo INSS sobre a inaplicabilidade dos efeitos da revelia deve ser
acatada, pois se tratando de pessoa jurídica de direito público, cujos valores são
indisponíveis, não se operam os efeitos da revelia.

Nesse sentido são os entendimentos pretorianos:

PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-DOENÇA.
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. TRABALHADOR
RURAL. REVELIA DO INSS. INAPLICABILIDADE DE
SEUS EFEITOS. PROVAS TESTEMUNHAL E PERICIAL.
NECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA.
JULGAMENTO ANTECIPADO INCABÍVEL. SENTENÇA
ANULADA. 1. A falta de contestação do INSS não enseja a

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aplicação do disposto no artigo 319 do CPC, uma vez que, em se


tratando de pessoa jurídica de direito público, cujos interesses
são indisponíveis, não se operam os efeitos da revelia (artigo
320, II, do CPC). 2. São requisitos para a concessão dos
benefícios de aposentadoria por invalidez e de auxílio-doença a
comprovação da qualidade de segurado da Previdência Social e
o preenchimento do período de carência de 12 (doze)
contribuições mensais, com exceção das hipóteses enumeradas
no art. 26, II, da Lei 8.213/91, e a comprovação de incapacidade
para o exercício de atividade laborativa. 3. Para a demonstração
do tempo de serviço rural, exige-se início razoável de prova
material, além de prova testemunhal, conforme se verifica do
disposto no art. 55, § 3º, da referida Lei, não se admitindo,
portanto, prova meramente testemunhal (Súmulas 149 do STJ e
27 do TRF da 1ª Região). 4. Incabível o julgamento antecipado
da lide, com a dispensa das provas pericial e testemunhal, se a
matéria exige dilação probatória, cabendo ao magistrado
determiná-la, mesmo de ofício, a teor do art. 130 do Código de
Processo Civil. 5. Apelação do INSS e remessa providas, para
anular a sentença e determinar o retorno dos autos à Vara de
origem para fins de realização das provas pericial e testemunhal.

(TRF-1 - AC: 7795 MT 2007.01.99.007795-8, Relator:


DESEMBARGADORA FEDERAL MONICA SIFUENTES,
Data de Julgamento: 13/06/2012, SEGUNDA TURMA, Data de
Publicação: e-DJF1 p.42 de 29/06/2012).

Ante o acolhimento da preliminar, entendo que não afasta o julgamento do mérito.

A qualidade de segurado foi comprovada xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxl.

Quanto à falta de incapacidade física alegada pelo requerido advém o laudo de evento
doc.

Conclui-se por fim, que o autor é portador de paralisia irreversível, encaixando – se no


rol contido no art. 151 da Lei 8.213/91.

Art. 151. Até que seja elaborada a lista de doenças mencionadas


no inciso II do art. 26, independe de carência a concessão de
auxílio-doença e aposentadoria por invalidez ao segurado que,
após filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social, for
acometido das seguintes doenças: tuberculose ativa; hanseníase;
alienação mental; neoplasia maligna; cegueira; paralisia
irreversível e incapacitante; cardiopatia grave; doença de
Parkinson; espondiloartrose anquilosante; nefropatia grave;
estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante);

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síndrome da deficiência imunológica adquirida - Aids; e


contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina
especializada. (grifei)

Foi comprovada nos autos através de provas materiais e testemunhais a impossibilidade


do autor de exercer suas atividades devido a sua doença, que acarretou grandes
conseqüências no decorrer de sua vida. Diante do indeferimento na esfera
administrativa, tem o Requerente o direito fundamental de buscar judicialmente pelo
pretendido. Sendo o mesmo respaldado pelo principio do acesso a justiça.

Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de


qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos
termos seguintes:

(...)

XXXV- a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário


lesão ou ameaça a direito;

Sobre a concessão de aposentadoria por invalidez, o ordenamento jurídico vigente


dispõe o seguinte:

LEI Nº 8213/91

“Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida,


quando for o caso, a carência exigida, será devida ao
segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for
considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o
exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-
lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição

§ 1º A concessão de aposentadoria por invalidez dependerá


da verificação da condição de incapacidade mediante exame
médico-pericial a cargo da Previdência Social, podendo o
segurado, às suas expensas, fazer-se acompanhar de médico
de sua confiança.
Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 199
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§ 2º A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao


filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social não lhe
conferirá direito à aposentadoria por
invalidez, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo
de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão”.

Posto isto, o não enquadramento jurídico dos requisitos necessários e alegado pelo
Instituto Réu, melhor sorte não lhe assiste.

Para a concessão da aposentadoria por invalidez se faz necessário que o segurado seja
considerado incapaz para qualquer trabalho e insuscetível de reabilitação para o
exercício de atividade que lhe garanta a subsistência.

Entendo, no presente caso, que a aposentadoria por invalidez, deve ser deferida.
Todavia, atestado a incapacidade laboral do requerente, por meio da prova pericial.

Quanto aos documentos apresentados aos autos, reconheço sua veracidade. Devo
lembrar que não apenas os documentos se fazem prova, mas também a prova
testemunhal se fez necessária e fundamental para formação da convicção desta
magistrada.

PREVIDENCIÁRIO - APOSENTADORIA POR INVALIDEZ


- SEGURADO ESPECIAL - ART. 11, VII, ART. 26, III E
ART. 39, I, DA LEI 8.213/91 -
QUALIDADE DE SEGURADO - TEMPO DE SERVIÇO
RURAL - CTPS - ART. 62, § 2º, I DO DEC. 3.048/99 -
PROVA MATERIAL PLENA - INÍCIO RAZOÁVEL DE
PROVA MATERIAL CORROBORADA PELA PROVA
TESTEMUNHAL - COMPROVAÇÃO DA INCAPACIDADE
POR LAUDO OFICIAL - TERMO INICIAL - CORREÇÃO
MONETÁRIA - JUROS - HONORÁRIOS. 1. Nos termos do
artigo 39, I, da Lei nº 8.213/91, os segurados especiais referidos
no inciso VII, do seu art. 11 poderão requerer a concessão do
benefício da aposentadoria por invalidez, no valor de um salário
mínimo, desde que comprovem o exercício de atividade rural,
ainda que de forma descontínua, no período anterior ao
requerimento do benefício, igual ao número de meses
correspondentes à carência do referido benefício. 2. As
anotações na CTPS constituem prova material pleno para
comprovação de tempo de serviço (art. 62, § 2º, I do Dec.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 200


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3.048/99).3. A qualidade de segurada da Previdência Social ao


tempo do agravamento da doença, assim como o exercício da
atividade rural pelo tempo mínimo exigido (12 meses - art. 25, I,
da Lei 8.213/91), foram devidamente comprovados através de
prova plena, a teor do disposto no art. 55, § 3º, da Lei
8.213/91.4. Comprovada, mediante laudo pericial oficial, que a
autora é portadora de epilepsia de difícil controle clínico,
apresentando crises convulsivas freqüentes, que a torna incapaz
e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade que
lhe garanta a subsistência. 5. O benefício é devido a partir do
indeferimento administrativo, como pleiteado na inicial. 6. As
verbas em atraso devem ser corrigidas monetariamente nos
termos da Lei nº 6.899/81, a partir do vencimento de cada
parcela, e das Súmulas de nºs 43 e 148 do eg. STJ, aplicando-se
os índices legais de correção. 7. Juros devidos à razão de 1% ao
mês, a partir da citação, considerada a natureza alimentar da
dívida. Precedentes do STJ (RESP 314181/AL, Quinta Turma,
Rel. Min. Felix Fischer, in DJ de 05/11/2001, pág. 133,
unânime; AGRESP 289543/RS, Quinta Turma, Rel. Min. Jorge
Scartezzini, in DJ 19/11/2001, pág. 307, unânime). 8.
Honorários advocatícios razoavelmente fixados em 10% sobre o
valor das prestações vencidas até a prolação da sentença
(Súmula nº 111/ STJ). 9. Remessa oficial parcialmente provida.

(REO 2000.01.00.066259-8/MG, Rel. Juiz Federal Itelmar


Raydan Evangelista (conv), Primeira Turma,e-DJF1 p.27 de
01/07/2008).

Desta forma, ante as conclusões da perícia técnica e do direito aplicável à espécie,


procede o pedido de concessão de aposentadoria por invalidez.

PELO EXPOSTO, julgo procedente a pretensão contida na inicial para o fim de


condenar o INSTITUTO NACIONAL DE SEGURIDADE SOCIAL – INSS à
implantação do benefício aposentadoria rural pelo valor de um salário mínimo, na
qualidade de segurado especial, a partir do ajuizamento da ação e as prestações em
atraso devem ser pagas de uma só vez, monetariamente corrigidas de acordo com a Lei
n. 6.899/81, pelos índices previstos no Manual de Cálculos da Justiça Federal, aprovado
pelo Conselho da Justiça Federal, incidindo tal correção desde a data do vencimento de
cada parcela em atraso (Súmulas n.s 148 do STJ e 19 do TRF - 1ª Região). Juros de
mora devidos em 1% (um por cento) ao mês a contar da citação até o advento da Lei
11.960/09, a partir de quando incidirão à razão de 0,5% (meio por cento) ao mês e, com
fundamento no art. 269, I, “primeira parte” do CPC, declaro extinto o processo com
resolução do mérito.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 201


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Pedro Afonso-Tocantins

Remetam-se os autos para o INSS apresentar o valor devido no prazo de 30 dias. Após,
vista a parte autora.

Ultrapassando os valores de 60 (sessenta) salários mínimos, remetam-se os autos ao


TRF para reexame necessário.

Transitada em julgado, expeça-se o competente Requisitório de Pequeno Valor (RPV).

DETERMINO que o recebimento final do valor residual do benefício deve ser


realizado exclusivamente pela parte autora, ou, pelo advogado desta, desde que junte
aos autos procuração pública para fins especiais de recebimento das parcelas anteriores
ao benefício.

Considerando a natureza alimentar do benefício previdenciário, aplicando o poder geral


de cautela, defiro a antecipação dos efeitos da tutela, de ofício, para determinar a
imediata implantação do benefício por invalidez que deve ser implantado no prazo de
30 (sessenta) dias, sob pena de multa que fixo em R$ 100,00 (cem reais) por dia de
atraso, a contar da intimação.

Condeno a parte Ré nas Despesas e Custas processuais e fixo em 10% (dez por cento)
do valor a ser pago a título de honorários advocatícios.

P. R. I. e Cumpra-se.

Pedro Afonso, [$data.dataPadrao()]

[$processo.getRelator()]

3.15- Sentença investigação paternidade cumulada com pedido de alimentos

SENTENÇA

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 202


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Trata-se de processo de investigação de paternidade cumulada com alimentos, ajuizada


por X, em substituição processual a menor de idade devidamente qualificada nos autos,
em face de Y, qualificado nos autos, alegando em suma que sua genitora manteve
relacionamento amoroso com o requerido e o menor é fruto da união.

Juntou os documentos necessários no evento 01.

O réu foi devidamente citado.

No evento x, consta laudo da empresa Bio Genetics atestando que o requerido


xxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Diante desse fato, o douto órgão ministerial opina pela xxxxxxxxxx do pedido, face ao
resultado do exame técnico.

Senhora magistrada, O réu foi citado, não apresentando defesa. Mesmo assim, tratando-
se de interesses indisponíveis, em que a revelia não produz seus efeitos, foi designada
audiência, a qual o réu, apesar de intimado (evento 29), não compareceu, demonstrando
total descaso com a ação. Nesse caso, levando em consideração seu menoscabo com o
pleito e o teste de DNA juntado aos autos no evento 01 junto à petição inicial, o
Ministério Público manifesta-se pela procedência integral da demanda. Pede
deferimento.

Eis o breve relato dos autos. Passo a decidir.

Entendo que é caso de julgamento antecipado da lide, nos termos do artigo 356 do
CPC, porque a questão é unicamente de direito e a prova constante nos autos é
suficiente para a resolução da demanda.

Ao magistrado é permitido entender que em casos especiais o feito pode ser resolvido
sem outras provas, e no caso verifico início de presunção de paternidade, conforme
artigo 374,IV, CPC.

O reconhecimento do estado de filiação é direito consagrado constitucionalmente ,


vedando-se quaisquer distinções entre filhos legítimos ou não( art. 227 § 6º c/c art. 27
da Lei 8.069/90).

Dentre os direitos inerentes à pessoa humana, em especial da criança e do adolescente,


um dos primeiros que se apresenta é aquele relativo ao seu estado familiar,
consubstanciado na prerrogativa que tem, toda e qualquer pessoa, de saber, exibir e
gozar publicamente de seu estado de filiação, pois a família, em sua natureza, representa
o embrião e sustentáculo da organização social.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 203


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Pedro Afonso-Tocantins

O art. 22 do ECA, por sua vez, aduz que “aos pais incumbe o dever de sustento, guarda
e educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de
cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais”.

Portanto, mister que sejam atribuídas ao requerido as responsabilidades decorrentes da


paternidade biológica, das quais pretende se esquivar e na forma pedida pela parte
autora na inicial pois não foi feita prova que desconstituísse o pedido do alimentado.

Em busca de ver garantido esse direito personalíssimo e imprescritível as partes


acordaram para a realização do exame de DNA que de forma cristalina atestou que o
requerido não é o pai biológico do requerente.

Esse exame técnico é tão conclusivo que autoriza, inclusiva a desconstituir o registro de
nascimento de reconhecimento voluntário de paternidade. Vejamos:

Classe do Processo : 20050910049145APC DF

Registro do Acórdão Número : 278539

Data de Julgamento : 16/05/2007

Órgão Julgador : 3ª Turma Cível

Relator : JOÃO TIMÓTEO

Publicação no DJU: 28/08/2007 Pág. : 125


(até 31/12/1993 na Seção 2, a partir de 01/01/1994 na Seção 3)

Ementa

DIREITO DE
FAMÍLIA. AÇÃO
DECLARATÓRIA
DE NEGATIVA DE
PATERNIDADE.
DNA NO MESMO
SENTIDO.
PREDOMINÂNCIA
DA VERDADE
BIOLÓGICA.

EM FACE DO
EXAME DE
CÓDIGO
GENÉTICO - DNA,
COM
RESULTADO

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 204


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CONCLUSIVO
PELA NEGATIVA
DE
PATERNIDADE,
DEVE
PREVALECER A
VERDADE
BIOLÓGICA E, DE
CONSEQUÊNCIA,
DESCONSTITUIR-
SE AS
FORMALIDADES
DO REGISTRO
CIVIL. RECURSO
A QUE SE NEGA
PROVIMENTO.

Verifico, também, que a parte autora em nenhum momento provou nos termos do artigo
373,I qualquer vínculo socio-afetivo que conforme a nova jurisprudência de direito de
família pudesse ser fato constitutivo para que essa Magistrada fizesse uma análise sobre
o “vínculo de parentesco por outro meio”, nos moldes do artigo 1593, do Código Civil.

Passo ao exame do pedido de alimentos.

Nos presentes autos está comprovado o parentesco e a necessidade do Autor.

Os rendimentos do Requerido não restaram comprovados, e o requerido não se


desincumbiu de provar a sua possibilidade de prestar alimentos à parte autora, sendo
caso de utilizar-se de presunção como forma de aferir o binômio adequado necessidade
x possibilidade em face do caso concreto. Tendo em vista não existir nos autos provas
concretas dos rendimentos do Requerido, deverá ser fixado o valor da pensão
alimentícia levando-se em conta o salário mínimo, sendo coerente deferir o pedido na
proporção de 50% do salário mínimo, se levarmos em conta que o salário mínimo é um
índice geral de recebimentos da maior parte da população brasileira. Ocorre que a
inércia do requerido em não provar nesse juízo que não possui condições de pagar o
valor de 30% do salário mínimo, percentual que em regra é a presunção mínima para
que o magistrado condene os requeridos nas ações de alimentos, sendo sua inércia
representada pela ausência de ajuizamento de ação de revisão de alimentos, considero
que a presunção da necessidade do autor deve preponderar em face da possibilidade do
requerido, ficando o patamar mais justo e coerente uma condenação fixada na margem
de 50% do salário mínimo.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 205


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Nesse sentido apresento julgados dos tribunais pátrios brasileiros, litteris:

CIVIL. FAMÍLIA. AÇÃO DE ALIMENTOS. FIXAÇÃO DE PENSÃO


ALIMENTÍCIA PROVISÓRIA, DESTINADA À FILHA DO AGRAVANTE, EM
50% DO SALÁRIO MÍNIMO. PEDIDO DE REDUÇÃO DA VERBA. BINÔMIO
NECESSIDADE-POSSIBILIDADE (CC, ART. 1.694, § 1º). SITUAÇÃO
FINANCEIRA CRÍTICA DO ALIMENTANTE INDEMONSTRADA. PRESUNÇÃO
DAS NECESSIDADES DA ALIMENTÁRIA. PENSÃO MANTIDA. RECURSO
DESPROVIDO. Se o agravante não prova sua incapacidade econômico-financeira para
fazer frente ao encargo alimentar, no patamar provisoriamente fixado, impõe-se manter
a decisão, mormente por se presumirem as necessidades dos alimentandos. O critério de
fixação dos alimentos provisionais, provisórios ou definitivos está previsto no artigo
1.694, § 1º, do Código Civil, cuja ordem é para que se observem as necessidades dos
reclamantes e os recursos econômico-financeiros do reclamado, visando a uma mais
justa fixação da verba alimentar, devendo o juiz estar atento para não fixá-la em quantia
irrisória, inadequada ao suprimento das necessidades vitais do alimentando, nem em
valor apto a levar o alimentante à insolvência.

(TJ-SC - AI: 317480 SC 2008.031748-0, Relator: Luiz Carlos Freyesleben, Data de


Julgamento: 21/05/2010, Segunda Câmara de Direito Civil, Data de Publicação: Agravo
de Instrumento n. , de Videira)

APELAÇÃO CÍVEL. INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE. ALIMENTOS.


PRESUNÇÃO DE POSSIBILIDADE DE FIXAÇÃO NO VALOR PLEITEADO PELA
AUSÊNCIA DE QUALQUER IMPUGNAÇÃO PELO DEMANDADO. A revelia não
enseja, por si só, a procedência do pedido, impondo-se que se proceda à análise da
prova dos autos. Mas também é verdade que, sendo presumidas as necessidades do
autor, sendo manifestamente insuficiente ao sustento de uma pessoa a quantia de 30%
do salário mínimo, e se o apelado, ciente da extensão do pedido do autor, não veio aos
autos para a tal se opor, abrindo mão da produção de qualquer prova para se contrapor
ao pedido de alimentos de 50% do salário mínimo, presume-se que concorda com o
valor pleiteado pelo apelante. DERAM PROVIMENTO. UNÂNIME. (Apelação Cível
Nº 70054949250, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Luiz Felipe
Brasil Santos, Julgado em 01/08/2013)

(TJ-RS - AC: 70054949250 RS , Relator: Luiz Felipe Brasil Santos, Data de


Julgamento: 01/08/2013, Oitava Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do
dia 05/08/2013)

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 206


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Posto isso, julgo o feito com julgamento do mérito, para entender pela PROCEDÊNCIA
OU IMPROCEDÊNCIA do pedido, com fulcro no artigo 487, I, CPC. FIXO
ALIMENTOS CONFORME PEDIDO FEITO NA PETIÇÃO INICIAL.

Sem condenação de custas e honorários advocatícios, caso o requerido seja beneficiário


da justiça gratuita. Em caso contrário fica arbitrado honorários no valor de R$
1.000,00( hum mil reais) e condenação em custas, a ser observado pelo cartório para a
cobrança no DIFIN e COJUN.

P.R.I e certificado o trânsito em julgado, arquivem-se observadas as


formalidades legais.

Cientifique-se o douto órgão ministerial.

Local e data

Assinatura

3.16- Sentença busca e apreensão com revelia

Sentença

Vistos etc.

A parte autora [$processoParte.getPartesAutores()] propôs ação


de Busca e Apreensão em Alienação Fiduciária em face
de[$processoParte.getPartesReus()], alegando que foi celebrado um contrato de
financiamento para a compra de bem com alienação fiduciária em garantia cujo objeto
era o veículo descrito na inicial.

Restou convencionado que dado atraso no pagamento de uma das parcelas haveria
antecipação automática das parcelas vincendas, independente de notificação, além de
pagamento de encargos e retomada dos bens.

A parte ré deixou de efetuar o pagamento das parcelas vencidas importando em


vencimento antecipado do contrato sendo a ré constituída em mora por meio de
notificação, conforme documento acostado aos autos.

Pleiteou a concessão da liminar e, a final, a procedência da ação com consolidação da


posse e propriedade do bem para o autor, além de condenação da requerida ao
pagamento dos ônus da sucumbência.

Deu à causa o valor de R$ [$processo.getValorCausa()].

Foi deferido o pedido liminar.

Devidamente citada, a parte ré não ofereceu contestação no prazo legal.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 207


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É o Relatório.

Passo ao mérito.

DECRETO a revelia da parte requerida.

O processo comporta o julgamento antecipado por ter havido revelia.

É o que passo a fazer, consoante ao artigo 355, II do C.P.C.

A ação procede, visto que a revelia faz presumir verdadeiras as alegações formuladas
pela parte autora, na forma do artigo 344 do Código de Processo Civil, ainda mais que a
inicial veio acompanhada por documentos que legitimam a propositura da ação.

DA MORA: Para a comprovação da mora do devedor em alienação fiduciária, basta a


expedição de carta registrada por intermédio de Cartório de Títulos e documentos, não
sendo necessária a prova do recebimento por parte do destinatário; neste sentido, RT
594/171.

A notificação cartorária não exige a assinatura do próprio destinatário, bastando a


entrega em seu endereço, pois a mora decorre do simples vencimento do prazo para
pagamento, segundo inteligência do artigo 2º, § 2º do D.L. 911/69 ou protesto do título.

No caso em tela, houve a notificação, conforme documento, gozando de fé pública.

Desta feita, nenhuma nulidade ocorreu e a mora foi devidamente constituída, nos termos
do julgado abaixo:

Primeiro Tribunal de Alçada Civil de São Paulo “ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA -


BUSCA E APREENSÃO - MORA – SUFICIÊNCIA, PARA SUA COMPROVAÇÃO,
DE EXPEDIÇÃO DE CARTA REGISTRADA ATRAVÉS DO CARTÓRIO DE
TÍTULOS E DOCUMENTOS OU DO PROTESTO DO TÍTULO - ARTIGO 2º, DO
DECRETO LEI 911/69” - AUSÊNCIA DE INTERESSE DE AGIR - EXTINÇÃO DO
PROCESSO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO - SENTENCA MANTIDA.
(APELAÇÃO CÍVEL - N.º 391021 – 2ª CÂMARA - Rel. BRUNO NETTO).

Importa considerar que após a citação do requerido para cumprir a liminar e não pago os
valores em atraso ( parcelas vincendas e vencidas), o bem móvel fica logo
consolidado em nome do credor.

Esse entendimento foi consolidado em recurso repetitivo e com explicação minuciosa


da e. Des. Jaqueline Adorno do TJTO, que passo a expor:

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO -


ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA - DECISÃO QUE DETERMINOU A BUSCA E
APREENSÃO DO BEM DESCRITO NA INICIAL E COM FULCRO NO
ENTENDIMENTO DO STJ, EM SEDE DE RECURSO REPETITIVOS
DETERMINOU A CITAÇÃO DA PARTE DEVEDORA PARA PAGAR O VALOR
Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 208
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TOTAL DA DÍVIDA, OU SEJA DAS PARCELAS VENCIDAS E VINCENDAS,


ACRESCIDAS DOS ENCARGOS CONTRATUAIS, COM CÁLCULOS
EFETUADOS PELA CONTADORIA - PEDIDO DE REFORMA DA DECISÃO
PARA CUMPRIMENTO IMEDIATO DO DECRETO-LEI Nº 911/69 ALTERADO
PELA LEI Nº 10.931/04 DEVENDO SER A AGRAVADA COMPELIDA A
EFETUAR O PAGAMENTO INTEGRAL DA DÍVIDA PELOS VALORES
APRESENTADOS PELO CREDOR NA EXORDIAL - DECISÃO MONOCRÁTICA
REFORMADA - RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. DECISÃO UNÂNIME. 1 -
O provimento do recurso de Agravo de Instrumento no sentido de viabilizar a parte
agravante a realizar o pagamento pelos cálculos elaborados pela Contadoria, não pode
prosperar, haja vista que tal entendimento já se encontra superado por precedente do
Superior Tribunal de Justiça no RESP 1.418/593/MS, no sentido de que compete ao
devedor fiduciário, no prazo de 5 (cinco) dias, pagar a integralidade da dívida, entendida
como os valores referentes às parcelas vencidas e vincendas, conforme os cálculos do
credor. 2 - Conforme precedente do Superior Tribunal de Justiça no RESP
1.418/593/MS, compete ao devedor fiduciário, no prazo de 5 (cinco) dias, pagar a
integralidade da dívida, entendida como os valores referentes às parcelas vencidas e
vincendas. 3 - Observa-se que no julgamento do REsp 1418593/MS, realizado na
Segunda Seção do STJ, sob o rito dos recursos repetitivos (art. 543-C do CPC), nos
contratos firmados na vigência da Lei Nº 10.931/2004, a purgação da mora deve ser
realizada com o pagamento integral da dívida, no prazo de 5 (cinco ) dias após a
execução da liminar na ação de busca e apreensão, sob pena de consolidação da
propriedade do bem móvel objeto de alienação fiduciária. 4 - Agravo de Instrumento
conhecido e provido para reformar a decisão de primeiro grau e facultar a parte
devedora/agravada, pagar a integralidade da dívida pendente, incluindo-se as parcelas
vencidas e vincendas de acordo com os valores apresentados pelo credor na exordial.
Decisão unânime. (AI 0016999-79.2015.827.0000, Rel. Desa. JACQUELINE
ADORNO, 3ª Turma da 1ª Câmara Cível, julgado em 16/03/2016).

Segundo o mestre Orlando Gomes, em sua obra Direitos Reais, a alienação fiduciária
define-se como:

“o contrato por via do qual o fiduciante adquire, em confiança, a propriedade de um


bem, obrigando-se a devolvê-lo”, obtendo a denominada propriedade resolúvel, o
fiduciante é ao mesmo tempo comprador e depositário, por isso a não devolução da
coisa importava antes da súmula vinculante do STF, na sanção da pena de prisão.

Ao contratar o financiamento com cláusula de alienação fiduciária em garantia ao


financiamento com o autor, o requerido alienou em favor daquele, o bem perseguido na
presente ação, resguardando para si, durante o período de cumprimento do contrato, tão
somente a posse.

O contrato de alienação fiduciária é uma espécie de contrato que decorre da existência


de outro contrato – o de compra e venda. Por este contrato, o devedor fiduciante , ao
tempo que adquire o bem (contrato de compra e venda), utilizando-se do
financiamento, transfere o domínio ao credor financiador.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 209


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Pois bem se há um contrato inicial e outro derivado deste se há nulidade no primeiro


com certeza atinge o segundo contrato. O contrato de compra e venda deve possuir
requisitos essenciais.

“ É da ess ncia do contracto da venda, que haja cousa vendida, e que haja preço, pelo
qual Ella é vendida. Por isso, se vendi uma cousa, ingnorando que Ella já não existia no
tempo em que fiz a venda, o contracto é nullo”.[1]

O contrato de financiamento com cláusula de alienação fiduciária fez com que o


requerido assumisse uma obrigação certa e com prazo determinado que, vencida, não
honrou e por essa razão legitimou o credor a utilizar da ação de busca e apreensão.

Assim, obrigou o credor fiduciário, autor da presente ação, a tomar as providências para
apreender o bem que lhe foi oferecido em garantia pelo próprio devedor.

Para isso, promoveu a notificação, indicando o vencimento das parcelas avençadas e


não adimplidas, avisando dos encargos previstos no contrato acrescidos ao valor
principal.

O requerido não purgou a mora configurada pela notificação, tampouco depositou o que
entendia devido, não juntando comprovante de pagamentos, nem mesmo apresentado
defesa de revisão contratual.

Desta forma, infringiu o artigo 373, II do CPC que imputa ao requerido o ônus de
provar fato modificativo, extintivo ou impeditivo do direito do autor.

Portanto, o processo foi devidamente instruído com documentos que não deixam
dúvidas quanto ao direito do autor.

O contrato apresenta-se formalmente perfeito, estando devidamente assinado pelo


devedor e testemunhas, restando patente o direito do autor à sua pretensão.

Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE a presente Ação de Busca e Apreensão


ajuizada para o fim de DECLARAR rescindido o contrato firmado entre as partes,
CONSOLIDAR em nome do autor o domínio e a posse plena e exclusiva do bem
relacionado no evento 01 dos autos e DETERMINO, após o trânsito em julgado da
presente, nos termos do artigo 2º e § 1º do DL 911/69, a expedição de mandado de
reintegração definitiva do autor da posse do veículo, facultando-lhe a venda do bem, na
forma do artigo 3º, § 5º, do Decreto-lei 911/69, computando-se o valor da dívida com os
acréscimos das despesas judiciais e extrajudiciais e, se for o caso, deverá o autor
restituir ao réu o saldo, se existente.

CONDENO o requerido, pela sucumbência, nas custas, despesas processuais e


honorários advocatícios, que arbitro em R$ 1.200,00, conforme artigo 85, § 8º do
Código de Processo Civil.

JULGO EXTINTO o processo, com julgamento do mérito, de acordo com o artigo 487,
inciso I do C.P.C.
Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 210
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Pedro Afonso-Tocantins

Para fins de preparo para eventual recurso de apelação fixo, conforme artigo 4ª, inciso
II da lei 11.608/03, o valor dado à causa.

P.R.I.C. Após o trânsito em julgado arquivem-se com as cautelas de estilo.

Pedro Afonso,[$data.dataPorExtenso()]

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

3.17- Sentença divórcio consensual com alimentos

SENTENÇA

Os autores [$processoParte.getPartesAutores()], propuseram Ação de Divórcio


Consensual acordando também sobre alimentos, guarda e partilha de bens. Com a
inicial vieram os documentos no evento 01.

Instado a manifestar-se, o Ministério Público manifesta-se favorável à homologação do


acordo.

Os autos vieram conclusos.

Relatados, passo aos fundamentos.

As partes estão devidamente representadas pela Defensoria Pública, não havendo vícios
que possam acarretar nulidade. Manifestando-se o Ministério Público favorável a
homologação do acordo.

O acordo firmado entre as partes é válido e atende os interesses das crianças. O direito
de guarda e visitas restaram preservados.

Quanto a partilha de bens, houve consenso entre as partes.

Assim, ao magistrado não cabe adentrar no mérito das avenças entabuladas pelas partes,
cabendo apenas analisar a legalidade ou não das mesmas. No caso vertente, antevejo ser
legal o acordo pactuado, portanto, deve ser homologado.

Decido.

Pelo exposto, comungo com o parecer ministerial, com fulcro no art. 226, § 6º, da
Constituição Federal, legislação civil pertinente e ECA, HOMOLOGO, POR
SENTENÇA o acordo firmado entre as partes, e decreto o Divórcio de
[$processoParte.getPartesAutores()] e de conseqüência JULGO PROCEDENTE O
PEDIDO, com resolução do mérito, nos termos do art. 487, III do CPC, para que
produza seus efeitos legais.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 211


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Pedro Afonso-Tocantins

A cônjuge virago continuará a usar o nome de solteira.

Expeça-se o necessário para as devidas averbações. Fica dispensado o trânsito em


julgado da sentença para o arquivo.

Doc. LEGJUR 158.2461.6001.4500

12 - TJSP. Recurso. Apelação. Obrigação de fazer. Notícia de celebração de


acordo, entabulado entre as partes. Ato incompatível com a vontade de recorrer.
Aplicação do art. 502, do CPC. Perda do objeto. Acordo homologado.
Recurso prejudicado.

(TJSP - (8ª CâmDirPri) - Apelação 37022-72.2012.8.26.0002 - São Paulo - Rel.:


Des(a). João Batista Silvério da Silva - J. em 22/10/2015 - Doc. LegJur
158.2461.6001.4500

Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Se as partes não estiverem litigando com base no


beneficio da justiça gratuita deve o cartorio remeter após a baixa do feito ao COJUN e
DIFIN, para as cobranças de custas remanescentes.

Dê-se ciência ao Ministério Público.

Após o trânsito em julgado, arquivem-se com as formalidades legais.

P. R. I. CUMPRA-SE.

[$processo.getRelator()]

[1] POTHIER. Tratado das obrigações pessoais e recíprocas, Tomo I, 1906, fls.06. Rio
de Janeiro: Editora Livraria Cruz Coutinho .

3.18- Sentença execução prescrição intercorrente

Sentença

Versam os autos de execução [$processo.getClasseJudicial()]envolvendo as partes


acima identificadas com distribuição ocorrida desde [$data.dataDistribuicao()], sendo
que o processo foi digitalizado no evento 01.

falar do caso concreto

Todo fato processual tem uma consequência jurídica e no caso em espeque entendo que
é caso de extinção do feito porque há sinal de que se consumou a prescrição
intercorrente após a citação do réu sem que o fisco tenha localizado bens ou tenha

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 212


Modelos básicos EPROC Cível – Vara única Cível Comarca de
Pedro Afonso-Tocantins

pedido a suspensão do feito. O processo não pode ser eterno e cabe ao juiz priorizar a
duração razoável do feito.

Nesse desiderato cabe ao magistrado velar pela duração razoável do processo e efetivar
a prestação jurisdicional, além de dar o devido cumprimento às metas e prioridades
estabelecidas pelo Conselho Nacional de Justiça.

Ultimamente o Juiz deve atender com qualidade e tempo os conflitos que lhes são
submetidos, observando o número de processo em trâmite que é o parâmetro mais
fiscalizado pela sociedade, no caso o Justiça em Números do CNJ.

Não é novidade que a Justiça se encontra abarrotada de processos em numero


infinitamente maior do que sua estrutura efetivamente criada, seja por carência humana
ou estrutural.

A Vara Cível da Comarca de Pedro Afonso é mais uma do conjunto coletivo de Varas
em que os feitos seguem sem solução pronta por não haver um patrimônio que satisfaça
e garanta as dívidas quirografárias.

Surge um novo tempo em que o Juiz justo é aquele que compreende que o tempo do
processo pode vir a ser uma pena e as partes tem o direito de receber do Poder
Judiciário uma resposta justa, eficaz e satisfativa .

O Poder Judiciário deve cumprir a Emenda Constitucional 45[2] que foi denominada de
“Reforma do Judiciário”,em que se preza a celeridade processual.

Inicialmente, devo ressaltar que a relação jurídico-processual para se constituir e se


desenvolver validamente reclama o atendimento a determinadas condições, quais sejam:
a possibilidade jurídica do pedido, a legitimidade ad causam e o interesse jurídico na
obtenção da tutela jurisdicional, entendendo-se este não apenas na necessidade, mas
também – e principalmente – na utilidade do processo como instrumento apto à
aplicação do direito objetivo ao caso concreto.

Não há como se negar que o processo de execução, como qualquer outro, precisa
preencher os pressupostos processuais e as condições da ação para que possa
sobreviver. Dentre essas últimas se faz relevante o “interesse processual”.

O interesse processual é o interesse de agir do titular de direitos. Se houver propositura


inadequada então haverá inutilidade da ação e o resultado final não será alcançado. O
interesse processual é composto do binômio necessidade e utilidade e sem eles não
haverá tutela jurisdicional do Estado de direito.

No entanto, o interesse processual não determina a procedência do pedido, mas sim


a possibilidade de êxito da pretensão jurisdicional, pois o mesmo irá ser apreciado
quanto ao mérito.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 213


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Segundo Wambier[1] o interesse processual nasce, portanto, da necessidade da tutela


jurisdicional do Estado, invocada pelo meio adequado, que determinará o resultado
útil pretendido, do ponto de vista processual.

A utilidade da prestação jurisdicional se constitui como “condição da ação” e sua


inexistência acarretará a extinção do processo, quer seja de conhecimento, de execução
ou cautelar.

Considerando que a responsabilidade patrimonial alcança bens presentes e futuros, a


extinção do processo não impedirá futura execução, se ainda não fulminada à pretensão
pela prescrição.

Quando o ente público ajuiza ação de execução fiscal este fica sujeito a dar andamento a
execução para localizar bens.

Proposta a execução fiscal, repita-se, dentro do prazo legal de cinco anos, deve a União
(Credora/Exequente) dar andamento ao processo no sentido de localizar o devedor e
seus bens.

Para evitar uma inércia da Fazenda Pública na recuperação do crédito público, o


legislador estabeleceu mecanismos para que não se deixasse, uma vez proposta a
execução fiscal, a Fazenda dar o regular e efetivo andamento processual e com isso
criou-se a figura da “prescrição intercorrente” -Da Prescrição Intercorrente

Esta é caracterizada pela inércia continuada e ininterrupta no curso do processo


executivo. É fenômeno endoprocessual.

Ultrapassada a fase de propositura da ação fiscal com o despacho do juiz que ordena a
citação (nos termos dos artigos 8º, parágrafo 2º da LEF e 174, parágrafo único, inciso I
do CTN com a redação da Lei Complementar 118/2005), afastando a prescrição
tributária em si, este interrompe a prescrição, iniciando, somente então, o suposto prazo
quinquenal de uma provável prescrição intercorrente, caso haja inércia continuada e
ininterrupta da Fazenda. "Em execução fiscal, não localizados bens penhoráveis,
suspende-se o processo por um ano, findo o qual inicia-se o prazo da prescrição
quinquenal intercorrente, conforme súmula 314, STJ.

A prescrição intercorrente também pode ocorrer em sentido contrário, ou seja quando o


exequente deixa o processo sem andamento pelo mesmo tempo da ação de
conhecimento, a teor do que prescreve o artigo 190 do código civil de que a exceção
prescreve no mesmo prazo da pretensão.

O prazo geral de prescrição contra a fazenda pública é de 05( cinco) anos conforme o
Decreto 20.910/32, ou do artigo 206 § 3º do Código Civil:

"CONSTITUCIONAL, CIVIL E ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE CIVIL


DO ESTADO. AGRAVO RETIDO. DENUNCIAÇÃO DA LIDE. NÃO
OBRIGATORIEDADE. ANULAÇÃO PARCIAL DO PROCESSO INCABÍVEL.
AGRAVO RETIDO NÃO PROVIDO. PRESCRIÇÃO A FAVOR DA FAZENDA

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PÚBLICA. SUPERVENIÊNCIA DO CÓDIGO CIVIL DE 2002. REDUÇÃO DO


PRAZO PARA TRÊS ANOS. RECONHECIMENTO DA PRESCRIÇÃO DE
OFÍCIO. APELAÇÃO PREJUDICADA. (...) 4. O prazo quinquenal do Decreto n.
20.910/32 somente se aplica quando não houver prazo prescricional específico
inferior a ele (art. 10, Decreto n. 20.910/32). 5. Na vigência do Código Civil de 1916
(CC/1916), subsistia em prol da Fazenda Pública o prazo quinquenal do Decreto n.
20.910/32, visto que este lhe era mais favorável no caso de responsabilidade
extracontratual. 6. O Código Civil de 2002 (CC/2002) passou a fixar o prazo
prescricional de 3 anos relativamente às pretensões de reparação civil (art. 206,
§3º, V). 7. Sendo esse prazo inferior ao do Decreto n. 20.910/32, passou ele a incidir
relativamente às pretensões deduzidas contra a Fazenda Pública, conforme ressalva do
art. 10 do aludido decreto. 8. A partir da entrada em vigor do Código Civil de 2002,
as pretensões de reparação civil deduzidas contra os entes de direito público
interno passaram a se submeter à prescrição trienal. Precedente do TRF - 4ª
Região. 9. Não tendo transcorrido mais da metade do prazo previsto no Decreto n.
20.910/32 (5 anos) até a entrada em vigor do Código Civil de 2002, aplica-se, a partir de
11 de janeiro de 2003, o prazo trienal do seu art. 206, §3º, V. 10. Tendo esta ação sido
ajuizada mais de três anos após 11 de janeiro de 2003 e inexistindo notícia de qualquer
outra causa impeditiva, suspensiva ou interruptiva do lapso prescricional, impõe-se
reconhecer a consumação da prescrição. 11. A prescrição pode ser declarada de ofício
(art. 219, §5º, CPC). 12. Agravo retido não provido. Prescrição declarada de ofício.
Apelação prejudicada." (grifos nossos) (TRF1, AC 2006.34.00.006101-0, Relator Juiz
Federal MARCELO VELASCO ALBERNAZ, unânime, Publicado em 22/05/2009

Diz-se, então para que se reconheça a prescrição intercorrente que ocorre hipótese
de prescrição intercorrente, se é que efetivamente existente, em situações nas quais
há comprovada e inconteste inércia do Credor em promover diligências no sentido
de obter a satisfação do crédito exequendo.s Para as causas antigas do antigo CPC
não havia a necessidade de prévia intimação desse fato processual, o que se exige
no CPC de 2015, em seu artigo 921 § 5º, CPC.

Pois bem. Entendo que o processo ficou parado por

Ante o exposto, acolho a fundamentação do executado de que é caso de prescrição


intercorrente, porque verifico que houve o abandono da causa em tempo significativo
para se verificar esse fato processual e extingo o feito com fulcro no artigo 924, III, V,
CPC.

Custas em desfavor do exequente. Honorários que fixo em 10% do valor da causa, .

P. R I e cumpra-se.

Pedro Afonso, [$data.dataPadrao()]

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 215


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3.19- Sentença execução fiscal redirecionamento e falecimento


executado

SENTENÇA

Versam os presentes autos de ação de execução fiscal proposta pelo Município de Pedro
Afonso em face de[$processoParte.getPartesReus()] em face de dívida de IPTU
mencionada no presente feito.

Ao analisar o quê o magistrado pode deferir em face do principio da legalidade, entendo


que em caso de nao ter ocorrido citação do executado antes do falecimento, o feito deve
ser extinto e o fisco promova nova CDA em face de eventuais sucessores do falecido.

Em caso de ter ocorrido citação válida é que cabe o redirecionamento.

Ficou provado no feito que o executado é falecido e não houve citação válida.

Nessa situação é caso de extinção e nem sequer deve ser acolhido eventual pedido de
redirecionamento conforme vem julgando reiteradamente o STJ e os tribunais pátrios.

O ente público não pode redirecionar a execução fiscal aos herdeiros após o seu
falecimento e sem sua devida citação válida, por evidente erro substancial do título
exeqüendo.

Nesse sentido o aresto do TRF da 2ª Região que transcrevo, in litteris:

TRIBUTÁRIO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. CITAÇÃO E


REDIRECIONAMENTO AO ESPÓLIO. AUSÊNCIA DE PROVA DO
FALECIMENTO DO EXECUTADO. IMPOSSIBILIDADE. DESPROVIDO O
RECURSO COM FUNDAMENTAÇÃO DIVERSA. - Insurge-se a Agravante contra a
decisão interlocutória de primeiro grau que, nos autos da execução fiscal que lhe
movida em face de STEFANATO E CARDOSO LTDA ME e outro, indeferiu a citação
do espólio do co-responsável Almir Vieira Cardoso, determinando a substituição da
Certidão de Dívida Ativa para que dela fizesse constar o nome daquele cuja citação se
esperava. - Reconhecida a impossibilidade de redirecionar a Execução Fiscal para o
Espólio do Executado, vez que não consta nos autos a certidão de óbito do de cujus, não
havendo como precisar a data do falecimento nem se o mesmo estava vivo na data do
lançamento tributário, hipótese em que não seria responsável pela obrigação, ou na data
do ajuizamento da execução fiscal, não sendo possível, nesse último caso, aditar a CDA
para fazer constar o Espólio, visto que se trata de erro substancial do título exeqüendo. -
Precedente jurisprudencial. Improvido o recurso. (TRF-2 - AG: 200502010124505 RJ
2005.02.01.012450-5, Relator: Desembargadora Federal LANA REGUEIRA, Data de
Julgamento: 27/10/2009, QUARTA TURMA ESPECIALIZADA, Data de Publicação:
DJU - Data::02/12/2009 - Página::122)

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 216


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Acontece que, o redirecionamento da execução fiscal só poderia ocorrer se a ação foi


proposta, inicialmente, de forma correta e com a citação válida do EXECUTADO. Se o
devedor já se encontrava falecido no ajuizamento da ação executiva, que é a hipótese
vertente, a cobrança deveria já ter sido apresentada contra o espólio e não contra o 'de
cujus' e cobrado eventual créditos nestes autos de inventário.

Senão vejamos a explicação exemplar do Superior Tribunal de Justiça, verbis :

Tribunais: PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL


PROPOSTA CONTRA DEVEDOR JÁ FALECIDO.
CARÊNCIA DE AÇÃO. ILEGITIMIDADE PASSIVA.
ALTERAÇÃO DO PÓLO PASSIVO DA EXECUÇÃO PARA
CONSTAR O ESPÓLIO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA N.
392/STJ. 1. O exercício do direito de ação pressupõe o
preenchimento de determinadas condições, quais sejam: a) a
possibilidade jurídica do pedido; b) o interesse de agir; e c) a
legitimidade das partes. No caso em análise, não foi preenchido
o requisito da legitimidade passiva, uma vez que a ação
executiva foi ajuizada contra o devedor, quando deveria ter sido
ajuizada em face do espólio. Dessa forma, não há que se falar
em substituição da Certidão de Dívida Ativa, haja vista a
carência de ação que implica a extinção do feito sem resolução
do mérito, nos termos do art. 267, VI, do Código de Processo
Civil. O redirecionamento pressupõe que o ajuizamento tenha
sido feito corretamente. 2. Mesmo quando já estabilizada a
relação processual pela citação válida do devedor, o que não é o
caso dos autos, a jurisprudência desta Corte entende que a
alteração do título executivo para modificar o sujeito passivo da
execução não encontrando amparo na Lei 6.830/80. Sobre o
tema, foi editado recentemente o Enunciado n. 392/STJ, o qual
dispõe que "A Fazenda Pública pode substituir a certidão de
dívida ativa (CDA) até a prolação da sentença de embargos,
quando se tratar de correção de erro material ou formal, vedada
a modificação do sujeito passivo da execução". 3. Naturalmente,
sendo o espólio responsável tributário na forma do art. 131, III,
do CTN, a demanda originalmente ajuizada contra o devedor
com citação válida pode a ele ser redirecionada quando a morte
ocorre no curso do processo de execução, o que não é o caso dos
autos onde a morte precedeu a execução. 4. Recurso especial
não provido. (REsp 1222561/RS, Rel. Min. MAURO
CAMPBELL MARQUES, 2ª T, j. em 26.04.2011). Apelação.
Execução fiscal. Taxa de conservação e limpeza do exercício de
1995. Executado falecido antes do ajuizamento da ação.
Aplicação do art. 131, incisos II e III, do CTN. Impossibilidade

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 217


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de substituição do pólo passivo, com inclusão dos sucessores,


em razão de vício na propositura da ação. Ilegitimidade passiva
ad causam? reconhecida de ofício. Extinção da ação. Sentença
reformada. Recurso prejudicado. (Apelação sem revisão nº
0018893-03.2007.8.26.0161, 18ª CÂMARA DE DIREITO
PÚBLICO, Relator Roberto Martins de Souza, d.j. 28 de
fevereiro de 2013).

Esse entendimento também pode ser perfilhado por Tribunais Estaduais pátrios,
conforme os seguintes arestos:

APELAÇAO CÍVEL - EXECUÇAO FISCAL -


FALECIMENTO DO EXECUTADO APÓS O
AJUIZAMENTO DA AÇAO - SUBSTITUIÇAO PÓLO
PASSIVO -POSSIBILIDADE DE REDIRECIONAMENTO
DA EXECUÇÂO FISCAL EM FACE DO ESPÓLIO -
PRESCRIÇAO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO - CITAÇAO
NAO EFETIVADA DENTRO DO PRAZO DE CINCO ANOS
- APELO CONHECIDO E IMPROVIDO. - Ocorrendo a morte
do devedor no curso da Execução Fiscal, o feito deve ser
redirecionamento contra o espólio, representado pelo
inventariante, se não houver a partilha. Se finalizada esta, o
executivo fiscal deve ser redirecionado aos herdeiros.(TJ-SE -
AC: 2012217588 SE , Relator: VAGA DE
DESEMBARGADOR (DES. JOSÉ ALVES), Data de
Julgamento: 10/09/2012, 2ª.CÂMARA CÍVEL).

Tributário. Execução fiscal. IPTU e Taxas de Serviços Urbanos


dos exercícios de 2000 a 2004. Executados falecidos muitos
anos antes do ajuizamento da ação. Inexistência, no polo
passivo, de sujeitos de direitos e de obrigações. Ausência de
pressuposto de constituição e de desenvolvimento válido e
regular do processo. Súmula n. 392 do STJ. Incidência.
Impossibilidade de redirecionamento aos espólios. Ordem de
citação que, nesse contexto, não produziu o efeito interruptivo
da prescrição. Possibilidade, em tese, do aditamento da petição
inicial da ação executiva para incluir no polo passivo devedor
solidário, indicado na CDA, mas antes não demandado.
Ocorrência, porém, da prescrição de todos os créditos
tributários, que prejudica o pretendido aditamento. Recurso não
provido. (TJ-SP - APL: 00017685820058260301 SP 0001768-
58.2005.8.26.0301, Relator: Mourão Neto, Data de Julgamento:

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14/03/2013, 18ª Câmara de Direito Público, Data de Publicação:


27/03/2013)

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EXECUÇÃO FISCAL.


FALECIMENTO DO EXECUTADO ANTES DA
CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO, BEM COMO
DO AJUIZAMENTO DA AÇÃO. INAPLICABILIDADE DO
ART. 43, DO CPC. INVIÁVEL O REDIRECIONAMENTO
DA DEMANDA AO ESPÓLIO OU AOS SUCESSORES, NA
FORMA DO ARTIGO 131, II E III, CTN, SOB PENA DE
VIOLAÇÃO À SÚMULA 392, DO STJ. AUSÊNCIA DE
CONTRADIÇÃO. REAPRECIAÇÃO DA MATÉRIA.
DESCABIMENTO. O embargante pretende a rediscussão da
matéria já enfrentada no acórdão e conseqüente rejulgamento do
feito. Desnecessária a citação, no julgado, dos dispositivos
legais invocados.... (TJ-RS - ED: 70048104541 RS , Relator:
Marco Aurélio Heinz, Data de Julgamento: 16/05/2012,
Vigésima Primeira Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da
Justiça do dia 25/05/2012)

Para ilustrar melhor a compreensão da temática, Vossa Excelência, trago à baila


arestos reiterados do tema, da lavra do Superior Tribunal de Justiça. Confira-se:

PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. VIOLAÇÃO AO ART. 535


DO CPC. OMISSÃO. INOCORRÊNCIA. EXECUÇÃO FISCAL.
AJUIZAMENTO CONTRA PESSOA JÁ FALECIDA.
REDIRECIONAMENTO PARA O ESPÓLIO. ILEGITIMIDADE. 1.
Não ocorre ofensa ao art. 535, II, do Código de Processo Civil se o
tribunal de origem decide, fundamentadamente, as questões essenciais ao
julgamento da lide, apenas não adotando a tese invocada pela recorrente.
2. O ajuizamento de execução fiscal contra pessoa já falecida não
autoriza o redirecionamento ao espólio, dado que não se chegou a
angularizar a relação processual. 3. Recurso especial não provido. (REsp
1410253/SE, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA,
julgado em 12/11/2013, DJe 20/11/2013)

TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. AJUIZAMENTO DA AÇÃO


APÓS O FALECIMENTO DO CONTRIBUINTE.
REDIRECIONAMENTO. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA
SÚMULA 392/STJ. 1. A jurisprudência desta Corte Superior firmou-se

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 219


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no sentido de que o redirecionamento da execução contra o espólio não é


admitido quando o falecimento do contribuinte ocorrer antes da
constituição do crédito tributário, situação que implica substituição do
pólo passivo, o que não encontra respaldo na Lei 6.830/1980.
Precedentes:AgRg no REsp 1.218.068/RS, Rel. Ministro Benedito
Gonçalves, Primeira Turma, DJe 08/04/2011; REsp 1.073.494/RJ, Rel.
Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 29/09/2010; REsp
1.222.561/RS, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma,
DJe 25/05/2011. 2. Nos termos da Súmula 392/STJ: "A Fazenda Pública
pode substituir a certidão de dívida ativa (CDA) até a prolação da
sentença de embargos, quando se tratar de correção de erro material ou
formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução". 3. Agravo
regimental a que se nega provimento. (AgRg no AREsp 373.438/RS, Rel.
Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, julgado em
19/09/2013, DJe 26/09/2013)

PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL


EM AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO FISCAL.
IPTU. CDA EXPEDIDA CONTRA PESSOA FALECIDA
ANTERIORMENTE À CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO. NULIDADE.
REDIRECIONAMENTO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 392/STJ.
MATÉRIA SUBMETIDA AO RITO DO ART. 543-C DO CPC.
OBRIGAÇÃO DOS SUCESSORES DE INFORMAR SOBRE O
ÓBITO DO PROPRIETÁRIO DO IMÓVEL E DE REGISTRAR A
PARTILHA. INOVAÇÃO RECURSAL. IMPOSSIBILIDADE. 1. O
redirecionamento contra o espólio só é admitido quando o falecimento do
contribuinte ocorrer depois de ele ter sido devidamente citado nos autos
da execução fiscal, o que não é o caso dos autos, já que o devedor
apontado pela Fazenda municipal faleceu antes mesmo da constituição do
crédito tributário. Precedentes: REsp 1.222.561/RS, Rel. Ministro Mauro
Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 25/05/2011; AgRg no REsp
1.218.068/RS, Rel. Ministro Benedito Gonçalves, Primeira Turma, DJe
08/04/2011; REsp 1.073.494/RJ, Rel. Ministro Luiz Fux, Primeira
Turma, DJe 29/09/2010. 2. Não se pode fazer mera emenda do título
executivo, a teor da Súmula 392/STJ, que dita: "A Fazenda Pública pode
substituir a certidão de dívida ativa (CDA) até a prolação da sentença de
embargos, quando se tratar de correção de erro material ou formal,
vedada a modificação do sujeito passivo da execução". Matéria já
analisada inclusive sob a sistemática do art. 543-C do CPC (REsp
1.045.472/BA, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Seção, DJe de 18/12/2009).
3. O argumento sobre a obrigação dos sucessores de informar o Fisco
acerca do falecimento do proprietário do imóvel, bem como de registrar a
partilha, configura indevida inovação recursal, porquanto trazido a lume
somente nas razões do presente recurso. 4. Agravo regimental
parcialmente conhecido e, nesta parte, não provido. (AgRg no AREsp

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 220


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324.015/PB, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA


TURMA, julgado em 03/09/2013, DJe 10/09/2013).

Decido.

Ante o exposto, entendo que não ocorrendo a citação válida é caso de


indeferir a petição executória por falta de legitimidade passiva, na
medida que ENTENDO que somente com expedição de outra CDA em
face dos supostos herdeiros e em outro processo com citação a serem
feitas em face do representante do espólio, antes da divisão da herança é
que o Fisco poderá atingir o seu objetivo executório.

No presente caso não há pressuposto processual e legitimidade passiva


possível para o regular processamento da execução.

Dessa feita, extingo a presente execução sem resolução do mérito, com


fulcro no artigo 485, IV, V, 779, II, 803,III ambos do CPC.

Condeno a Exequente as custas. Sem honorários.

P. R I e cumpra-se.

Transitado em julgado, proceda-se a baixa.

Pedro Afonso-TO,[$data.dataPorExtenso()].

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

3.20- Sentença inépcia ação revisional

SENTENÇA

Versam os presentes autos [$processo.getNumeroDoProcesso()]


[$processo.getClasseJudicial()] envolvendo as partes acima identificadas.

A autora alega que negociou com o Banco


XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Recorre ao Poder Judiciário a revisão contratual de uma dívida


XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 221


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Ao final formula pedido genérico de revisão contratual por altos juros que geraram
inadimplência, encargos financeiros elevados e pede o recálculo do contrato por
entender que os juros ferem as normas legais.

O requerido contestou a ação no doc.XXXX

Réplica no eventoXXXXX

É o que importa relatar. Decido.

Antes passo a analisar a preliminar de inépcia requerida pelo Banco réu, que a acolho
na íntegra.

O autor não formulou especificadamente o motivo pelo qual entende que os juros são
ilegais e não mencionou especificamente qual clausula do contrato bancário necessitava
de revisão judicial.

Nesse desiderato, o juiz deve verificar se diante da causa de pedir e pedir feito nas ações
revisionais há ao menos indícios de que o consumidor tem interesse e utilidade no
processamento do seu pleito, pois o juiz é o primeiro destinatário da ação em que deve
verificar se estão presentes as condições da ação.

Considere que a súmula 297 do STJ ao dispor que às normas do Código de Defesa do
Consumidor são aplicáveis aos bancos não quer dizer simples e puramente que qualquer
pedido é possível sem reservas.

Os pedidos devem ao menos violar a jurisprudência consolidada no STJ e STF, pois


dessa forma, será eternizar processos de revisão nos tribunais estaduais sem justa causa
e utilidade processual, quando o juiz sabe previamente que a sentença final seria
improcedente

. Também apropriado afirmar que o Superior Tribunal de Justiça tem pautado suas
decisões sobre a existência da onerosidade que motive a revisão contratual levando em
conta a taxa média de mercado, que segundo sua orientação é uma taxa justa para servir
de parâmetro à excessiva onerosidade. Tal entendimento pode ser depreendido do
seguinte julgado:

"Civil e processual. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental.


Contrato de empréstimo juros. Limitação (12% a.a.). Aplicação da Lei 4.595/64.
Inexistência de onerosidade excessiva. Comissão de permanência. Período de
inadimplência. Súmulas 30 e 294 do STJ. Inscrição nos órgãos cadastrais de restrição ao
crédito. Possibilidade. Ônus de sucumbência. Honorários advocatícios. Justiça gratuita.
Suspensão do pagamento. Temas pacificados.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 222


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I. Não se aplica a limitação de juros remuneratórios de 12% a.a., com base no Código
de Defesa do Consumidor, aos contratos bancários não normatizados em leis especiais,
sequer considerada excessivamente onerosa a taxa média do mercado. Precedente
uniformizador da 2ª Seção do STJ, posicionamento já informado no despacho
agravado.

II. Segundo o entendimento sumulado no enunciado 294/STJ, os juros remuneratórios


serão devidos até o advento da mora, quando poderão ser substituídos pela comissão de
permanência, calculada pela variação da taxa média do mercado, segundo as normas do
Banco Central, limitada à taxa de juros pactuada, acrescida dos encargos contratuais
previstos para a inadimplência e observado o teor da Súmula 30 (MIX20101283) do
STJ. (AgRg no REsp 688.627, rel. Min. Aldir Passarinho Junior, 4ª T., j. 17.03.2005)."
(grifos não constantes no original)

A prova da onerosidade excessiva nos contratos bancários deve ser determinada em


consonância com o mandamento constitucional e de acordo com o que prevê o
microssistema das relações de consumo.

Fator importante à defesa do consumidor é a questão da inversão do ônus da prova,


afinal, para provar que existe onerosidade excessiva nos contratos bancários, é
necessário conhecimento técnico a respeito da formação das taxas de juros pactuadas.

Este processo também apresenta pedidos recorrentes genéricos em que as partes


reclamam ao poder judiciário que o contrato é capitalizado de forma abusiva sem
indicar a taxa média de mercado abusiva, ou outro parâmetro econômico ilegal para que
a outra parte se defenda.

O juiz não pode julgar mais do que se pede em ações bancárias revisionais e o tema de
capitalização de juros exige do advogado que apresente pedido específico pelo qual
demonstre propenso anatocismo.

Nas operações regidas por leis especiais, como esta, onde haja expressa autorização
legal, contudo, sempre entendeu o Supremo Tribunal Federal que é permitida a
capitalização de juros de acordo com o período avençado (R.E nº 90.341/PA e R.E nº
96.875/RJ).

Prevendo a possibilidade de capitalização de juros nas operações que disciplinam,


existem no ordenamento jurídico pátrio várias leis especiais a saber: o Decreto-lei nº
167, de 1967 (Cédula de Crédito Rural); Dec. Lei nº 413, de 9.1.69 (Cédulas de Crédito
Industrial); Lei nº 6.313, de 16.12.75 (Crédito à Exportação); Lei nº 6.840, de 3.11.80
(Cédula de Crédito Comercial e Produto Rural), e por último, a Medida Provisória nº
1.925, de 14.10.99 ( Cédula de Crédito Bancário).

Apropriado ressaltar o entendimento sumulado do eg. Superior Tribunal de Justiça –


STJ expresso na Súmula nº 93, verbis- "A legislação sobre cédulas de crédito rural,
comercial e industrial admite o pacto de capitalização de juros".

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Entretanto, o pedido feito neste feito foi genérico e não há como o réu fazer uma defesa
efetiva impugnando especificamente normas do contrato que porventura não atenda os
padrões legais exigidos e decididos pelos tribunais superiores.

Nesse sentido o julgado do e. STJ, verbis:

“À luz da jurisprud ncia desta Corte e do princípio da dialeticidade, deve a parte


recorrente impugnar, de maneira específica e pormenorizada, todos os fundamentos da
decisão contra a qual se insurge, não bastando a formulação de alegações genéricas em
sentido contrário às afirmações do julgado impugnado ou mesmo a insistência no mérito
da controvérsia” (AgRg no AREsp 705.564/MG, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS
JÚNIOR, SEXTA TURMA, DJe 25/08/2015).” (AgInt no AREsp
999389/BAAGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL
2016/0270461-2, Relator Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma,
Julgamento 6/12/2016, Dje 15/12/2016)

A alegação genérica da prática de abuso ou de onerosidade excessiva dos encargos


moratórios, com referência a princípios gerais de direito ou a determinados dispositivos
da Lei nº 8.078/90, por si só, não permite a revisão de cláusula não impugnada
especificamente, até porque, “nos contratos bancários, é vedado ao julgador conhecer,
de ofício, da abusividade das cláusulas (Súm. 381/STJ).

O artigo 330 do novo CPC em seu inciso II e parágrafo segundo exigem do autor que o
pedido não deve ser indeterminado e que a petição inicial exige que o autor descreva
as obrigações contratuais que pretende controverter, bem como que diga ao juízo o valor
que entende que seja incontroverso.

No caso em tela o que se verifica foi apenas que se apresentou


xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Nesse desiderato, além de inepta a petição inicial, o autor não se incumbiu de indicar
alguma regência legal que ampare a pretensão jurídica de revisão genérica de
renegociação.

Mesmo em ações que envolva litígio por caso de onerosidade excessiva ou em razão da
clausula rebus sic stantibus, cabe ao autor dizer o motivo pelo qual requer revisão
dizendo ao menos um fundamento idôneo permitido pelo Direito.

Ante o exposto, acolho a preliminar de inépcia e julgo o feito sem resolução do mérito,
com fulcro no artigo 485, IV e 330, IV parágrafo segundo, ambos do CPC.

Condeno a parte autora em custas, salvo se houver pedido de assistência judiciária.

Condeno a parte autora em honorários que fixo em 5% do valor da causa, conforme


artigo 85,III, CPC.

Publique-se a sentença Registe-se. Intimem-se em 15 dias úteis, conforme artigo 1009


do CPC.
Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 224
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Após o transito em julgado e cobrada as custas sucumbentes com o apoio da COJUN e


DIFIN arquivem-se.

Pedro Afonso, [$data.dataPorExtenso()]

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

Obs.: Assinado Eletronicamente por meio do cadastro de usuário (Matrícula 291050),


nos termos do art. 1º, parágrafo único, V, “b” da Instrução Normativa Nº 05/2011, de
lavra da Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins.

Ante o exposto, indefiro a petição inicial com fulcro no artigo 332, I e II do CPC.

Condeno a parte em custas, salvo se houver pedido de assistência judiciária.

Sem honorários

P. R I e cumpra-se.

Pedro Afonso,[$data.dataPorExtenso()]

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

[1] Cabe ressaltar que a intervenção judicial tem sido praticamente a única opção do
consumidor em revisar contratos e dirimir possível situação de crítica inadimplência.

[2] NALIN, Paulo. Do contrato: conceito pós-moderno (em busca de sua formulação
na perspectiva civil-constitucional). Curitiba: Juruá, 2001.

3.21- Sentença simples de registro público com artigo 109 LRP

Sentença

Versam os presentes autos de feito constante de pedido de registro público em


jurisdição voluntária.

Aplica-se a Lei 6015/73, aos casos de alteração, retificação, de registro civil.

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A lei nº 6.015 /73 em seu art. 109 preceitua que - em sede de retificação no
assentamento do registro civil, para que se comprove que os dados consignados no
assentamento correspondam ou não à realidade fática - faz-se necessário o ajuizamento
de petição fundamentada e instruída com provas documentais ou a indicação de
testemunhas.

Vieram os documentos no evento 01.

Foi realizada audiência de instrução e julgamento, em que ficou provado o direito da


requerente.

Com vista ao Ministério Público, manifestou-se favorável ao pedido.

Os autos vieram conclusos.

Relatados, passo aos fundamentos da decisão.

Cuida-se de procedimento instaurado para proceder retificação na certidão xxxx de ,


[$processoParte.getPartesAutores()].

Diante do exposto, com fulcro no artigo 109 da Lei 6.015, de 31 de dezembro de


1973, DEFIRO O PEDIDO e determino se que o cartório cumpra com a expedição de
documentos necessários para a satisfação do pedido da parte interessada. De
conseqüência julgo extinto o processo COM RESOLUÇÃO DO MÉRITO com
fundamento no art.487, I , CPC.

Sem custas.

Publique-se. Registre-se e intime-se, inclusive o Ministério Público, este, pessoalmente.

Cumpra-se.

Após o trânsito em julgado, arquive-se com as cautelas de praxe.

Pedro Afonso – TO, [$data.dataPorExtenso()]

Juíza LUCIANA AGLANTZAKIS

3.22- Sentença salário maternidade rural INSS

SENTENÇA

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Trata-se de Ação de SALÁRIO MATERNIDADE, proposta por


[$processoParte.getPartesAutores()] devidamente qualificado, em face do INSTITUTO
NACIONAL DE SEGURIDADE SOCIAL – INSS, aduzindo, em síntese, que em
virtude do nascimento de seu(s) filho(s), possui o direito de obter auxílio-maternidade
na condição de segurada especial da Previdência Social, pois exerce atividade rural em
regime de economia familiar nos moldes exigidos pela legislação pertinente.

Assim requer a condenação do INSTITUTO NACIONAL DE SEGURIDADE SOCIAL


– INSS a conceder o benefício do salário maternidade, desde a data do ajuizamento da
ação.

O processo seguiu o seu regular processamento, foi sentenciado e adveio decisão do


STF de que o feito somente tem validade se houver pedido na esfera administrativa. Nos
termos do julgamento do RE 631240, decidido com repercussão geral reconhecida, para
as ações ajuizadas até a data dessa decisão, a insurgência de mérito, no curso da ação,
caracterizou o interesse de agir da parte autora em face do INSS, uma vez que houve
resistência ao pedido, sendo, para esses casos, prescindível a provocação administrativa.

Em razão desta determinação, o autor foi intimado para comparecer ao INSS e fazer o
pedido na esfera administrativa, tendo o feito ficado suspenso.

No evento **** a Autarquia, devidamente citada, apresentou nova contestação


alegando a falta de requisitos para a concessão do salário maternidade e ausência de
qualidade de segurado especial e início de prova material.

Réplica pela autora no evento *********

Realizada audiência de instrução e julgamento, a parte autora pugnou pelo


aproveitamento da instrução processual já ocorrida anteriormente. O que foi deferido e
determinado que viesse conclusos para julgamento.

(VER SE TEVE AUDIÊNCIA OU PEDIU JULGAMENTO ANTECIPADO)

Os autos vieram-me conclusos.

II – FUNDAMENTAÇÃO

O processo está em ordem, nada havendo para ser regularizado, estando presentes as
condições da ação e os pressupostos processuais. As partes estão bem representadas.

O feito comporta o julgamento no estado em que se encontra, nos termos do art. 355, I
do CPC, e também pelas disposições trazidas no início do Código de Processo Civil,
assim descrito:

Art. 4o As partes têm o direito de obter em prazo razoável a


solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa.
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Art. 5o Aquele que de qualquer forma participa do processo


deve comportar-se de acordo com a boa-fé.

Art. 6o Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre


si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de
mérito justa e efetiva.

Não foram lançadas preliminares. (VER SE NAO TEVE PRELIMINAR)

Como visto do relatório, cuida-se de ação pela qual a parte autora sustenta que preenche
os requisitos exigidos pela Lei 8.213 de 1991 e faz jus ao recebimento do benefício
previdenciário de salário maternidade à trabalhadora rural.

Esse direito é regulado nos artigos 71 a 73 da Lei 8213/91, verbis:

Art. 71. O salário-maternidade é devido à segurada da


Previdência Social, durante 120 (cento e vinte) dias, com
início no período entre 28 (vinte e oito) dias antes do parto e
a data de ocorrência deste, observadas as situações e
condições previstas na legislação no que concerne à proteção
à maternidade. (Redação dada pala Lei nº 10.710, de
5.8.2003)

Art. 71-A. Ao segurado ou segurada da Previdência Social


que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de
criança é devido salário-maternidade pelo período de 120
(cento e vinte) dias. (Redação dada pela Lei nº 12.873, de
2013)

§ 1o O salário-maternidade de que trata este artigo será


pago diretamente pela Previdência Social. (Redação dada
pela Lei nº 12.873, de 2013)

§ 2o Ressalvado o pagamento do salário-maternidade à mãe


biológica e o disposto no art. 71-B, não poderá ser concedido
o benefício a mais de um segurado, decorrente do mesmo
processo de adoção ou guarda, ainda que os cônjuges ou
companheiros estejam submetidos a Regime Próprio de
Previdência Social. (Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013)

Art. 71-B. No caso de falecimento da segurada ou segurado


que fizer jus ao recebimento do salário-maternidade, o
benefício será pago, por todo o período ou pelo tempo
restante a que teria direito, ao cônjuge ou companheiro
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sobrevivente que tenha a qualidade de segurado, exceto no


caso do falecimento do filho ou de seu abandono, observadas
as normas aplicáveis ao salário-maternidade. (Incluído pela
Lei nº 12.873, de 2013) (Vigência)

§ 1o O pagamento do benefício de que trata o caput deverá


ser requerido até o último dia do prazo previsto para o
término do salário-maternidade originário. (Incluído pela
Lei nº 12.873, de 2013) (Vigência)

§ 2o O benefício de que trata o caput será pago diretamente


pela Previdência Social durante o período entre a data do
óbito e o último dia do término do salário-maternidade
originário e será calculado sobre: (Incluído pela Lei nº
12.873, de 2013) (Vigência)

I - a remuneração integral, para o empregado e trabalhador


avulso; (Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013) (Vigência)

II - o último salário-de-contribuição, para o empregado


doméstico; (Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013) (Vigência)

III - 1/12 (um doze avos) da soma dos 12 (doze) últimos


salários de contribuição, apurados em um período não
superior a 15 (quinze) meses, para o contribuinte individual,
facultativo e desempregado; e (Incluído pela Lei nº 12.873,
de 2013) (Vigência)

IV - o valor do salário mínimo, para o segurado


especial. (Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013) (Vigência)

§ 3o Aplica-se o disposto neste artigo ao segurado que adotar


ou obtiver guarda judicial para fins de adoção.(Incluído pela
Lei nº 12.873, de 2013) (Vigência)

Art. 71-C. A percepção do salário-maternidade, inclusive o


previsto no art. 71-B, está condicionada ao afastamento do
segurado do trabalho ou da atividade desempenhada, sob
pena de suspensão do benefício. (Incluído pela Lei nº 12.873,
de 2013) (Vigência)

Art. 72. O salário-maternidade para a segurada empregada


ou trabalhadora avulsa consistirá numa renda mensal igual
a sua remuneração integral. (Redação Dada pela Lei nº
9.876, de 26.11.99)

§ 1o Cabe à empresa pagar o salário-maternidade devido à


respectiva empregada gestante, efetivando-se a
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compensação, observado o disposto no art. 248 da


Constituição Federal, quando do recolhimento das
contribuições incidentes sobre a folha de salários e demais
rendimentos pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa
física que lhe preste serviço. (Incluído pela Lei nº 10.710, de
5.8.2003)

§ 2o A empresa deverá conservar durante 10 (dez) anos os


comprovantes dos pagamentos e os atestados
correspondentes para exame pela fiscalização da
Previdência Social. (Incluído pela Lei nº 10.710, de 5.8.2003).

§ 3o O salário-maternidade devido à trabalhadora avulsa e à


empregada do microempreendedor individual de que trata
o art. 18-A da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro
de 2006, será pago diretamente pela Previdência
Social. (Redação dada pela Lei nº 12.470, de 2011).

Art. 73. Assegurado o valor de um salário-mínimo, o salário-


maternidade para as demais seguradas, pago diretamente
pela Previdência Social, consistirá: (Redação dada pela
Lei nº 10.710, de 5.8.2003).

I - em um valor correspondente ao do seu último salário-de-


contribuição, para a segurada empregada
doméstica; (Incluído pela lei nº 9.876, de 26.11.99).

II - em um doze avos do valor sobre o qual incidiu sua


última contribuição anual, para a segurada
especial; (Incluído pela lei nº 9.876, de 26.11.99).

III - em um doze avos da soma dos doze últimos salários-de-


contribuição, apurados em um período não superior a
quinze meses, para as demais seguradas. (Incluído pela lei
nº 9.876, de 26.11.99).

O salário maternidade é um benefício previdenciário devido a todas as seguradas do


RGPS, sem exceção, que visa a substituir a sua remuneração em razão do nascimento do
seu filho ou da adoção de uma criança, pois nesse período é preciso que a mulher volte
toda a sua atenção para o infante, sendo presumida legalmente a sua incapacidade
temporária para trabalhar.

Poderá o salário maternidade ser requerido no prazo de cinco anos, a contar da data do
parto, haja vista a ausência de fixação do prazo máximo para o seu requerimento, pois

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após esse período começará a se operar a prescrição quinquenal progressiva das


parcelas.

Em caso de adoção de menor de até um ano será devido 120 dias, menor entre 01 e 04
anos 60 dias e menor entre 04 e 08 anos 30 dias, conforme artigo 71-A, declarado
inconstitucional por força de ação civil pública 5019632.23.2011.404.7200 da lavra da
Vara Federal da Seção Judiciária de Santa Catarina. E, recentemente com a Lei
12.873/2013 homem ou mulher que receba guarda com intenção de adotar ou venha a
adotar tem direito ao benefício de 120 dias, sendo restrito um benefício para o pai ou
mãe, de preferência à mãe.

O artigo 5º da Lei de Introdução do Código Civil destaca que “na aplicação da lei, o juiz
atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exig ncias do bem comum”.

O uso da flexibilização interpretativa procura levar em conta as particularidades


fenomenológicas da vida no campo, marcada pelas agruras da seca, pelo rigor dos
trabalhos braçais e pela quase completa ausência de instrução das pessoas que nela se
inserem.

Destas, grande número labuta em atividade de subsistência a vida inteira, se vendo


obrigadas a comprovar seu exercício na velhice, por meio de documentos pouco
acessíveis e de importância até então ignorada, com vistas a atender às rígidas regras
previdenciárias.

“O princípio da legalidade é também um princípio basilar do Estado Democrático de


Direito. É da essência do seu conceito subordinar-se a constituição e fundar-se na
legalidade democrática. Se sujeita, como todo ESTADO DE DIREITO, ao império da
lei, mas da LEI que realize o principio da igualdade e da justiça não pela sua
generalidade, mas pela busca da igualização das condições dos socialmente desiguais”
José Afonso da Silva, página 121, obra Curso de Direito Constitucional Positivo,
Editora Malheiros, 2006, 29ª edição.

Para tal escopo, vislumbro, na espécie, início razoável de prova material da atividade
rural da requerente em período imediatamente anterior ao nascimento de seu rebento.

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Ressalto que, na certidão de seu filho consta como sendo a profissão da requerente,
lavradora, o comprovante de endereço da autora é na Fazenda Boa Vista, atrelado às
testemunhas que foram unânimes em afirmar que a autora era lavradora e ganhou seu
filho ainda na Fazenda onde reside. (RELATAR OS DOCUMENTOS E PROVAS
TESTEMUNHAS)

Neste sentido é o que vem julgando em grau de recurso, o Tribunal Regional Federal da
1ª Região, conforme decisões abaixo transcritas:

PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL.


QUALIDADE DE SEGURADA ESPECIAL. INÍCIO DE
PROVA MATERIAL. PROVA TESTEMUNHAL.
SALÁRIO MATERNIDADE. 1. Demonstração simultânea
do início de prova material e da prova testemunhal acerca
do exercício da atividade rural pela parte autora. 2.
Atendidos os requisitos indispensáveis à concessão do salário
maternidade - início de prova material apta a demonstrar a
condição de segurada especial e comprovação do nascimento
do filho -, é devido o salário maternidade (art. 55, § 3º, e
Parágrafo único do art. 39, da Lei 8.213/91). 3. Apelação
desprovida. (AC 2007.33.05.000126-3/BA, Rel.
Desembargadora Federal Neuza Maria Alves Da Silva,
Segunda Turma, e-DJF1 p.54 de 15/09/2009).

PREVIDENCIÁRIO. SALÁRIO MATERNIDADE.


TRABALHADORA RURAL. INÍCIO DE PROVA
MATERIAL NÃO RATIFICADO POR TESTEMUNHAS.
LABOR RURAL E CARÊNCIA NÃO COMPROVADOS.
IMPOSSIBILIDADE DE CONCESSÃO DO BENEFÍCIO.
SENTENÇA MANTIDA. 1. A exigência legal para a
comprovação da atividade laborativa do rurícola resulta
num mínimo de prova material, ainda que constituída por
dados do registro civil - como em "certidão de casamento, ou
de nascimento dos filhos e, até mesmo, em assentos de óbito,
no caso de pensão, estendendo-se a qualificação profissional
de rurícola de terceiros, tais como os pais, em relação aos
filhos, o marido à sua esposa, etc." (STJ, Resp nº
261.242/PR, DJ de 03/09/2001). 2. Em que pese constar dos
autos certidão de casamento com a qualificação de lavrador
do cônjuge da autora, tem-se que esse início razoável de
prova material precisaria ser corroborado por outros
elementos contemporâneos ao período de carência, dentre os

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 232


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quais a prova testemunhal. 3. Apelação improvida. (AC


2008.01.99.049426-9/MG, Rel. Desembargador Federal
Carlos Olavo, Primeira Turma, e-DJF1 p.181 de
06/10/2009).

Como se vê, além dos documentos mencionados constituírem início aceitável de prova
material da condição de rurícola, no período imediatamente anterior ao fato gerador do
benefício, e pelo tempo equivalente ao de carência, a prova testemunhal produzida
também se mostra satisfatória, motivo pelo qual o direito à percepção do salário
maternidade merece ser reconhecido.

III-DISPOSITIVO:

Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE a pretensão contida na inicial para o fim de


condenar o INSTITUTO NACIONAL DE SEGURIDADE SOCIAL – INSS ao
pagamento do benefício de salário-maternidade à requerente
[$processoParte.getPartesAutores()], conforme petição inicial no valor de um salário
mínimo em vigor na data de ocorrência do parto, acrescidos de correção monetária pelo
INPC-IBGE, em (04) quatro parcelas, a partir do vencimento de cada parcela (Súmula
148 STJ e Lei nº 6.899/81) e juros de mora, a contar da citação válida, conforme índices
praticados definidos pelo STJ em que a correção monetária deve ser pelo IPCAE e juros
de mora pelo TR ou índices da justiça federal, conforme recurso repetitivo o REsp
1270439/PR, e, com fundamento no art. 487, I, do CPC, declaro extinto o
processo COM RESOLUÇÃO DO MÉRITO.

CONDENO, ainda, o requerido ao pagamento de honorários advocatícios, que arbitro


10% (dez por cento) sobre as prestações vencidas até a data da prolação da sentença no
caso de sua confirmação ou até a prolação do acórdão no caso de provimento da
apelação da parte autora (Súmula 111/STJ) nos termos do CPC/2015, art. 85, parágrafo
2º, e ao pagamento das despesas processuais, conforme Súmula 178 do Superior
Tribunal de Justiça: “O INSS não goza de isenção do pagamento de custas e
emolumentos, nas ações acidentárias e de benefícios propostas na justiça estadual”.

Com o trânsito em julgado, remeta-se à Contadoria Judicial Unificada (COJUN) para


apuração das custas finais e/ou taxa judiciária (caso existente), nos termos do artigo 1º
do Provimento nº. 3/2016/CGJUS. No caso de existência de débitos, expeça-se RPV
para cobrança, de acordo com a Resolução 16/2015TJTO.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 233


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Por não exceder o direito controvertido o patamar 1.000 (mil) salários-mínimos e a


liquidez da Sentença aferível por meros cálculos aritméticos, não se aplica o reexame
necessário, conforme disposição do art. 496, § 3º, inciso I do CPC c/c a Súmula 490 do
STJ.

Após o trânsito em julgado, em liquidação de sentença seja apurado o valor devido de


benefício previdenciário existente entre a data do protocolo e a efetiva implantação pelo
INSS do benefício de aposentadoria rural por idade, corrigidos conforme explicitado
acima. DEFIRO ao requerido a possibilidade da execução indireta do julgado, na
forma da Recomendação nº 7 - CGJUS/ASJCGJUS (dispõe sobre o procedimento de
apresentação de cálculos em ações previdenciárias, enquadradas na Lei nº 10.259/01,
com trânsito em julgado em fase de liquidação de sentença).

Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Cumpra-se.

Pedro Afonso - TO, [$data.dataPorExtenso()].

Juíza LUCIANA COSTA AGLANTZAKIS

Obs.: Assinado Eletronicamente por meio do cadastro de usuário (Matrícula 291050),


nos termos do art. 1º, parágrafo único, V, “b” da Instrução Normativa Nº 02/2011, de
lavra da Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins.

Luciana Costa Aglantzakis email lucianaaglantzakis@gmail.com Página 234

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