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Sabao Sabonete e CIA
Sabao Sabonete e CIA
Sabão
Sabonete
&
Cia
PREPARO E FABRICAÇÃO
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Apresentação
Ao Leitor
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de indústria petroquímica de “quintal”? ou
siderúrgica na garagem de uma casa?
Os gigantescos complexos de
saponificação industrial, que a nível
mundial chegam a gerar um número de
empregos da ordem de sete dígitos, exibem,
com orgulho, fotografias dos tachos e
“panelões” onde seus patronos e pioneiros
criaram suas primeiras partidas de sabão,
conservam os lugares e ambientes fabris
que originaram os atuais conglomerados
mundiais como museus, mostrando como os
“sonhadores” daquele tempo “lambiam” os
dedos lambuzados de sabão para determinar
o grau de neutralização do que produziam.
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Esta obra é inteiramente
dirigida ao pequeno produtor ou ainda, ao
iniciante na Arte/Ciência da saponificação
industrial. Não tem, este ensaio, a
pretensão de ser um tratado, busca, no
entanto, levar, ao Leitor, conhecimento
técnico operacional ou seja, ser objetivo,
coerente e prático, intenta realmente ser
um manual, estar sempre à mão, ficar gasto
e até melado por ser manuseado durante o
processamento das partidas de materiais,
ser chamado de “livrinho”, ser emprestado
e não mais devolvido. Verdadeiramente, a
expectativa do Autor é a simplicidade de
consulta e o máximo de acerto na
fabricação dos produtos.
O Autor
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Sumário
Apresentação
Ao Leitor.............................. 5
Prefácio
Saponificação industrial............... 11
Capítulo I
Capítulo II
Capítulo III
Capítulo IV
Capítulo V
Capítulo VI
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Capítulo VII
Capítulo VIII
Capítulo IX
Capítulo X
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Saponificação industrial
1
– Versado da tradução de Carlos Burger Júnior da 3ª edição alemã de “Die
Seifenfabrikatio” de Dr. Karl Braun, revista por Theodor Klug e publicada por
Walter de Gruyter & Co., Berlim, 1953.
2
– A amônia já era conhecida pelos gregos, romanos e persas – do Latim –
“Ammoniacu” e do grego “Ammoniakón” , “sal do país de Amon” –
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No primeiro século da nossa era,
os romanos devem ter preparado sabão, pois
se encontrou nas ruínas de Pompéia1, uma
espécie de saboaria.
No início, provavelmente, só se
misturou óleo e cinzas com água, sendo, a
massa resultante, usada como pomada.
Descobriu-se mais tarde, por acaso, que a
pomada era mais eficiente quando se
tratava primeiro a cinza com cal e só
então se juntava a gordura.
Um posterior desenvolvimento na
preparação do sabão foi, simplesmente,
desconhecido até o século XII, quando se
encontrou em velhos documentos de
corporações em Colônia e Magdeburgo2,
segundo os quais a fabricação do sabão
ficava sujeita às leis impostas por estas
“corporações”.
1
– Cidade da antiga Roma soterrada por uma erupção vulcânica do Vesúvio
no ano de 79, juntamente com Herculano e Estábia.
2
– Cidades da Alemanha.
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1336 Praga, 1357 Nurenberg, 1384 Ulmo ou
seja, quase toda a Germânia.
1
– Cidade do norte da Itália, Mar Adriático – Golfo de Veneza –.
2
– Cidades vizinhas no norte da Itália, Mar da Ligúria.
3
– Sal de cozinha.
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conseguia enormes quantidades desse e
muito mais barato.
As primeiras informações
técnicas e científicas a respeito do
sabão, nos foram transmitidas pelo químico
francês Chevreul em 1824, foi ele quem,
pela primeira vez, isolou das gorduras, os
ácidos graxos e a glicerina.
1
– Hidróxido de sódio, de potássio, etc...
2
– Glicerina (termo técnico, álcool propanotriol)
3
– N. A. – Provavelmente nome derivado do Mineralogista Alemão
Wilhelm Ludwig von Eschwege, por sua aparência com pedras.
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quando se recuperava material falhado para
pô-lo à venda, na mistura dos vários tipos
de sabão recuperados eles adquiriam a
aparência do mármore1, houve muita
aceitação e, logo, este passou a ser
produzido intencionalmente.
1
– No Brasil é conhecido por “sabão marmorizado”.
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Os meios de segurança foram
aperfeiçoados, os equipamentos totalmente
transformados, dinamizaram-se todos os
métodos de produção, substituíram-se as
velhas formas por eficientes processos de
transformação do produto liquido em altas
temperaturas para lascas secas e prontas
para tratamentos ulteriores em laminadores
ou compressores contínuos e sucessivos sob
efeito de alto vácuo, onde se obtém
uniformidade, qualidade e aparência de
mercado para o produto final.
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Capítulo I
Características físico-químicas
dos sabões
Esclarecimento: - Tem este
trabalho, a direção objetivada à técnica
industrial diretamente aplicada, no
entanto, existe a necessidade implícita do
conhecimento básico da matéria em pauta;
para tanto, havemos, obrigatoriamente, que
fazer contato com os dados científicos a
ela relacionados, ainda que seja
superficialmente e sem o caráter de
profundidade teórica.
Dedicaremos este capítulo ao
estudo dos materiais envolvidos e à
compreensão dos fenômenos físicos e
químicos que participam destas reações até
a obtenção do produto final.
1.1 – Sabões: Características
físicas principais.
O sal metálico de um ácido graxo
de cadeia longa é um sabão, sendo o
estearato de sódio (C17H35COO-Na+)1 o mais
comum exemplar conhecido. O sabão é um
eletrólito coloidal que em soluções a
baixas concentrações se caracteriza por
dispersar íons sódio e o ácido graxo
correspondente do mesmo modo que ocorre a
uma solução salina ordinária.
Com o aumento da concentração,
conhecida pelo nome de “micela”, cresce a
1
– (C17H35COO-Na+), fórmula química de um sabão.
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tendência desta em aglomerar-se
esfericamente pela coesão uniformemente
distribuída, formando “bolos”. A direção
geral é o centro para a cadeia carbônica
(apolar) e a superfície do esferóide para
o grupo polar onde fica a ligação
metálica.
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número mínimo destes mesmos íons, e isso é
a concentração quem determina. Temos,
portanto, que para altas concentrações se
observa baixa condutividade e para o
oposto ocorre o inverso. Em sentido
objetivo, temos que; em um recipiente
contendo água com sabão em solução
dispomos de um “condutor”, com uma pedra
de sabão seca, no entanto, temos um
isolante fraco.
A capacidade de provocar
emulsões é outro fator particular a ser
observado. A mistura mecânica de água e
óleo é um exemplo de emulsão, a energia
consumida para se obter a emulsão é igual
a energia de resistência da tensão
interfacial da água e do óleo, estas
forças sã apolares e elásticas, i. é,
cedem, porém, retornam à origem ou seja,
uma emulsão não é normalmente estável,
1
– Processo de filtragem de solvente em membrana fechada ao soluto.
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para isso ela é dependente de outros
fatores. O sabão é um agente ativo
superficialmente, sua molécula é polar e
apolar, tem volume concentrado em uma
extremidade e afilamento em outra, isso é
o suficiente para que esta sirva de
“ponte” de ligação interfacial, a parte
polar se “liga” à água e a parte apolar
(cadeia carbônica) ao óleo reduzindo
verticalmente a energia necessária à
emulsificação, é esse o fato que esclarece
o parágrafo anterior, o mecanismo está
detalhado no item (1.4) deste capítulo.
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animal ou vegetal onde predominam ésteres
de ácidos graxos superiores, muito
conhecidos pelos nomes de “óleo ou
gordura”.
Glicéridos:
Álcool ► Glicerina =
ou
C3H5(OH)3
Superiores
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(fórmula geral de um
éster constituinte de
um glicérido)
Céridos:
Fosfátidos:
Cerebrósidos:
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Características principais: -
possuem mais de 10 carbonos na cadeia,
sendo esta normal contendo ou não duplas
ligações, são monocarboxílicos, possuem
número impar de átomos de carbono.
Os principais são:
Saturados:
Insaturados:
Os glicéridos representam os
óleos e as gorduras naturais e predominam:
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Nas gorduras: - ésteres de
glicerina mais ácido graxo saturado.
1.3.a – Saponificação:
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O sabão é a mistura desses sais.
Um exemplo:
O índice de saponificação
(I.S.), é o número de miligramas de
hidróxido de potássio (KOH) que são
necessários para saponificar completamente
um grama de óleo ou gordura.
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O procedimento indicado passa
pelo cálculo estequiométrico como segue:
Portanto:
P.M.2…………………………P.M.1 X 1000a X a
1g…………………………………I.S. ----►
onde:
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Exemplificando:
| |
C = C + I – I -----► - C – C -
| |
I - I
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É, portanto, claro que o índice
de iodo é bastante baixo nas gorduras e
ocorre o inverso para os óleos.
1.3.d – Rancificação:
Exemplificando:
Estearato de sódio
A molécula de um desses
compostos é como um alfinete meio
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defeituoso. Ela possui uma parte apolar
que é capaz de “espetar” num lipídio,
possui em outra extremidade uma parte
polar que pode interagir (hidrólise) na
água.
Aspecto imaginário:
-
COO
+ -
Na
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1.5 – A formação dos sabões:
Saponato de potássio
Saponato de sódio
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se desdobrem estas em ácidos graxos e
glicerina e um dos vários processos para
esse fim é a própria saponificação
completa dessas gorduras ou óleos.
Sob a influencia de um
catalisador mecânico, calor, pressão,
etc.., essa reação se processa em grande
velocidade convertendo-se em saponato de
sódio e liberando a glicerina, ficando
esta em solução na água de formação do
sabão.
Deve-se processa-lo em
autoclave1 protegida, igualmente, da
corrosão em altas temperaturas, no seu
interior que deve conter, no máximo, a
metade da sua capacidade de conteúdo, os
materiais a serem desdobrados, mistura-se
pó de zinco ou óxido de zinco ou ainda, os
dois ao um só tempo, como agentes de
desdobramento (catalisadores), na
proporção de 0,5% a 1,0% da gordura.
1
– Caldeira resistente á altas pressões.
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Enquanto se consegue um desdobramento mais
eficiente com o óxido de zinco, chega-se a
ácidos mais límpidos e claros com o pó de
zinco puro. É a provável formação de
hidrogênio na elevada temperatura de
desdobramento que oferece proteção à massa
de material, quando se utiliza pó de zinco
finamente dispersado no material, inibindo
naturalmente a oxidação.
A obtenção de material de
qualidade superior e muito claro exige
gorduras bem filtradas e trabalho
intensivo sob vácuo, vapor indireto e
temperatura elevada, agitadores rápidos e
enérgicos que “abracem” grandes volumes
por rotação tornam o processo mais
eficiente. Fator de extrema importância é
a observação do tempo de duração do
tratamento, pois a exposição prolongada ao
calor provoca a degeneração dos materiais
e acarreta elevadas perdas sem
1
– É uma questão de compensação de potencial e cinética, pois quando a
energia cinética é limitada pela pressão a energia potencial restante não age
mais.
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possibilidade de recuperação, além, é
claro, do alto risco de explosão do
sistema.
1
– Graus Baumé, lidos em um areômetro de Baumé. (densímetro com escala
própria)
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(rícino), obtém-se desse modo um
desdobramento hidrolítico por efeito de
fermentação catalisado por bactérias
anaeróbicas, sendo que, apesar de simples,
trata-se de processo bastante limitado
pela temperatura que deve situar-se entre
25°C e 35°C, o que dificulta o trabalho
com muitos tipos de gordura,
principalmente as completamente ou quase
saturadas. Salienta-se ainda, o fato de
que tal método acarreta um grande
acréscimo de ácidos graxos livres no
produto final o que degrada a qualidade do
resultado.
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A mistura deve ser processada através de
um reciclador de alta pressão de trabalho
e isso é facilmente proporcionado por uma
bomba centrífuga de vários estágios ou
melhor, uma “bomba homogeinizadora”,
também se presta ao mesmo fim uma bomba de
rotor aberto com a saída estrangulada para
aumentar a pressão do sistema. Dessa forma
se obtém altíssimas pressões sem nenhum
risco (desde que, é claro, a tubulação
seja compatível) e grande velocidade de
produção, reduzindo a minutos o que se
fazia em horas e mesmo dias, restringindo
a preocupação com matérias inoxidáveis à
tubulação e bomba (alguns detalhes de um
reciclador à frente). Nesse processo, a
glicerina pode ser diretamente destilada
por arraste sob vácuo intenso ou por
congelamento e cristalização do produto
aproveitável.
Observação importante:
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1.6 – Propriedades dos sabões:
Os principais componentes de uma
gordura ou óleo ou seja, um éster, são os
ácidos graxos superiores e um álcool.
Isolando o álcool, temos por ordem
aproximada de importância os seguintes
ácidos:
Os principais e constantes em todas as
gorduras vegetais ou animais são:
• 1 – ácido oléico
• 2 – ácido esteárico
• 3 – ácido palmítico
Os secundários em constância e com
variação de propriedades temos, ainda que
fora de ordem:
• 1 – ácido láurico
• 2 – ácido mirístico
• 3 – ácido ricinoleico
• 4 – ácido linoleico
• 5 – ácido linolênico
• 6 – ácido clupanodônico
• E muitos outros ainda de variadas
importâncias.
Do ponto de vista técnico só
importam para a fabricação de sabões os
ácidos que contenham de 7 a 18 átomos de
carbono, os que se situam abaixo ou acima
desses valores não entram em cogitação.
A partir dessas informações,
estudaremos algumas propriedades comuns
aos sabões, referidos estes últimos, aos
conhecidos de mercado e não tecnicamente.
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1.6.a – Solubilidade:
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amolecimento ou intumescimento. No início
do processo verifica-se que os sabões de
ácidos graxos não saturados já dão
soluções límpidas, enquanto que os
saturados só chegam a isso em vias da
ebulição.
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adicionando-se a esses sabões, um ácido
graxo livre teremos espuma em abundância.
Fica, portanto, demonstrado que não é
necessário soda livre para um sabão
espumar e, ainda, que a espuma é um
fenômeno físico e não químico, pois o
sabão tende a formar membranas que se
dilatam e se mantêm e, por isso,
encontramos estabilidade na permanência da
espuma numa solução.
A capacidade de gelatinização do
sabão é uma das características dos
colóides (ver1.1,cap.I). Outro aspecto
digno de nota é o comportamento do sabão
em relação ao sal na solução, o sabão
forma uma solução coloidal do tipo gel com
dispersão em fase contínua, isso significa
um estado de equilíbrio energético no meio
físico atuante. Por ser solução do tipo
gel, a micela é envolvida por camadas de
água caracterizando um agregado estrutural
próprio das gelatinas. A adição de sal na
solução faz desequilibrar esse estado de
energia atuante entre as fases, ele desfaz
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a relação interfacial das macro-moléculas
em repouso (sabão/água), o sal age
“roubando” a água, formando uma fase
diferente e definida com peso específico
maior que a da micela original, obrigando
esta a flutuar e, por coesão, aglomerar-se
num único núcleo que se ajusta
esfericamente por força da distribuição
gravitacional uniforme no meio líquido. A
diferença de potencial elétrico
interfacial garante a estabilidade das
fases separadas, inclusive da glicerina,
pois esta é totalmente polar e solubiliza
completamente sem traços de separação na
água, mesmo salgada. Assim, se observam no
sistema em evidência duas fases; a da
micela se concentrando em contrações
contínuas e bem definidas em direção ao
centro e a da água com o sal e a glicerina
em solução nas bordas da caldeira. A
glicerina, por sua vez, dissemina-se tão
fortemente incorporando-se à água, que se
o sal vier a saturar no meio líquido,
acabará por depositar-se no fundo sem
abrir as fases água/glicerina como fossem
estas, uma única fase. O motivo de a
micela estar dissociada em bloco da
solução leva a última a agir como um sal
graxo, formando camadas ao tato (película
engordurada) e, logicamente, não fazendo
espuma por falta de plasticidade do meio,
o que impede a formação de membranas
resistentes e estáveis (espuma).
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equilíbrio se rompe e a solução precipita.
Já no caso das gorduras de “pasta”, i. é,
com (I.S.) até 260 resistem a
concentrações que atingem valores da ordem
de 23° Bé (ponto de saturação na água).
As concentrações-limite são,
conforme tabela:
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• - São todos os sabões preparados por
processo de cozimento das gorduras ou
ácidos graxos sólidos ou líquidos, que
sejam separados das lixívias por sais
tecnicamente limpos e contendo no
mínimo 60% de ácidos graxos. Entre
estes podemos incluir os sabões
preparados a partir dos ácidos graxos
puros, que são produzidos por empaste
por não haver necessidade de separação
de glicerina pelo processo de
salinização.
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Capítulo II
2.1 – Constantes:
2.1.a – Constante de Baumé (Bé) = 145,88.
Exemplo de utilização:
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Determina-se o índice de
saponificação (I.S.), (ver1.3.b,cap.I).
Assim, procedemos;
O que é a lixívia?
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gordura, a superfície reage com tanta
energia que produz uma película (um filme)
ao redor das “escamas” secas, como fosse
um verniz protetor e não permite a
continuação da reação que é interrompida
por falta de contato.
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fabricação dos sabões reduzidos à pasta,
produzidos com baixa quantidade de água e
reação rápida que, para conseguir que esta
seja completa, depende de mecanismos
potentes que efetuem uma mistura íntima
dos materiais e acabem produzindo sabão de
alta qualidade.
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Indo à tabela (2) na coluna que
lemos (38°Bé), veremos seu correspondente
em gramas por litro de solução de NaOH,
441g, portanto:
14,1768 ÷ 0,441 kg ≈ 32,1470 litros de lixívia
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TABELAS AUXILIARES
Tabela 1
Na fabricação de sabões
preparados a frio pelo processo de
empaste, quando estes são feitos a partir
da gordura de coco, palmiste ou babaçu, é
interessante a aplicação desta tabela,
pois esses materiais permitem grandes
quantidades de água com sal sem perder a
consistência e a boa aparência final.
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Tabela 2
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35 1,320 381 432
36 1,332 399 449
37 1,342 420 469
38 1,352 441 487
39 1,370 462 506
40 1,384 483 522
41 1,397 506 543
42 1,410 528 563
43 1,424 553 582
44 1,439 575 605
45 1,454 602 631
46 1,469 629 655
47 1,484 658 679
48 1,499 691 706
49 1,515 721 731
50 1,530 750 756
51 1,546 779
52 1,563 811
53 1,580 840
54 1,597 870
55 1,615 902
Destacamos as colunas
correspondentes aos 38°Bé e 50°Bé porque,
com o hábito, o Leitor perceberá que serão
as mais usadas para referência prática.
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Tabela 3
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Tabela 4
Quantidades de NaOH e KOH necessárias para
neutralizar os principais graxos
(considerar hidróxidos tecnicamente puros)
Materiais graxos I.S. NaOH % KOH %
Ácidos graxos do sebo 205 14,70 20,50
Ácidos graxos do palmiste 260 18,63 26,02
Ácidos graxos do coco 266 19,06 26,62
Ácidos graxos do rícino 188 13,44 18,80
Ácidos graxos da soja 199 14,25 19,90
Ácido esteárico 212 15,18 21,20
Oleína 202 14,45 20,20
Linhaça 193 13,80 19,30
Arroz 190 13,60 19,00
Girassol 193,5 13,83 19,35
Milho 191 13,64 19,10
Soja 192 13,70 19,20
Algodão 194 13,86 19,40
Amendoim 193,5 13,83 19,35
Mamona 181,5 12,97 18,15
Oliva 192 13,70 19,20
Palma 199 14,20 19,90
Banha (porco) 195,5 13,96 19,55
Sebo (bovino) 198 14,14 19,80
Sebo (de ossos) 191 13,64 19,10
Palmiste 248 17,70 24,80
Coco 253 18,07 25,30
Breu 178 12,70 17,80
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Tabela 5
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Capítulo III
3.1 – Apresentação
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3.2 – Finalidades:
Obviamente a principal é a
higiene sendo, ainda, o sabão, usado com
fins medicinais servindo de veículo para
determinados tipos de drogas, na indústria
têxtil para preparação de tecidos que
receberão mordentes químicos e posterior
tingimento, para remoção de algumas tintas
e colas e, também, a fabricação de tintas
e colas, desinfecção ambiental,
principalmente hospitais e logradouros
públicos, tem finalidades plastificantes e
adesivas em produtos agrodefensivos,
devendo-se, ainda, salientar que o sabão
tem larga ação germicida.
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dentro para fora, absorve porém, de fora
para dentro a água que se observa na sua
superfície.
3.4 – Reação industrial e maturação:
Vários processos são utilizados
para a fabricação dos sabões.
Descreveremos os mais utilizados sem, no
entanto, aprofundar o tema, sendo este
abordado em capítulo próprio com maior
ênfase.
3.4.a Processados a frio:
É fabricado pelo sistema de
empaste e misturas de lixívias fortes a
frio (temperatura ambiente), reagindo,
portanto, exotermicamente (reação que
produz calor espontaneamente), atinge um
pico de temperatura e volta, então, a
esfriar.
Esse sabão é fabricado em
pequenos volumes, sendo, por esse motivo,
trabalhado em pouco tempo (horas ou mesmo
minutos), armazenados em lotes e aguardam
finalização da reação, onde se observa
algum movimento do material, rachaduras,
encolhimento, “suor” superficial (gotas de
água e glicerina) gelatinização, enfim, a
maturação é o tempo em que se observa a
ocorrência da acomodação molecular do
produto recém-formado.
3.4.b – Precipitação a quente:
O sabão é produzido com vapor
sempre indireto (nos dias atuais não se
tem conhecimento de quem produz com vapor
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direto, o que seria até contra-senso), a
reação pode ser de empaste, de grão, de
semigrão, sob pressão ou processo
contínuo.
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Processo contínuo: - Fabricação,
desdobramento, acabamento e embalagem em
um único processo totalmente automatizado.
É o mais usado atualmente e com muitas
variações mecânicas e procedimentais.
A utilização de cargas na
fabricação do sabão tem como finalidade
principal abaixar os custos. Há,
entretanto, conseqüências com tendências
mais negativas do que positivas nesta
prática. O que nos leva a um julgamento de
maior profundidade e muito criterioso
antes de optar por essa atitude
“econômica”. Pois, muitas das vezes, a
aparente vantagem não passa de um engodo
para o consumidor e mesmo para o produtor,
conduzindo o último a prejuízos, as vezes,
de difícil reparação, a imagem de mercado
por exemplo.
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ser, entretanto, “campeão” de causar
“dores de cabeça”, são muito restritos os
sabões que aceitam grandes quantidades
deste. Sabe-se, no entanto, que o sabão de
coco, por exemplo, suporta até (6) seis
vezes o seu volume em água de salmoura ao
ponto de saturação (água com 24% de sal
dissolvido), isso seria um milagre se o
produto não ficasse uma “indecência”
comercial, pois a qualidade final seria
medíocre. È, extremamente, trabalhoso
produzi-lo, verdadeira obra de “artista”,
existem, porém, produtores que vêem
vantagem nisso. Mas, é claro, que o
mercado consumidor atingido deve ser pouco
ou nada exigente.
1
– Ver 3.3 neste cap. –
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brilho suave e agradável, aumenta a
plasticidade no processamento mecanizado,
operando, assim, com melhor rendimento
produtivo, acentua o poder de detergência,
é, também, um ótimo conservante e
fungicida o que otimiza o tempo de
estocagem do produto aumentando, por outro
lado, o tempo de vida útil deste. As
proporções recomendadas devem situar-se
entre 1% e 5%, acima desses índices o
silicato começa a ser depreciativo,
apresenta, a partir daí, efeitos
colaterais como a conhecida “barba”, que é
resultado da cristalização lenta em forma
de agulhas em volta do produto, passa a
irritar a pele com o uso, entre outros
inconvenientes.
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inteira formando grumos duros impossíveis
de serem desmanchados e o sabão parecerá
ter sido feito com pedriscos. A melhor
forma de dissolver o amido será no óleo ou
gordura em temperatura moderadamente
quente (suficiente para por o dedo sem
queimar), este deve ser colocado
completamente seco aos poucos e com
batimento contínuo até formar uma espécie
de “mingau” bem homogêneo e sem grumos,
processa-se, então, a neutralização como
se nem existisse o amido no produto. Outra
recomendação é que a quantidade seja baixa
e a temperatura tenha controle, pois o
amido, facilmente carboniza ficando
escuro. Na ocorrência de carbonização e
escurecimento não excessivamente grave,
depois de pronto o sabão, é possível
corrigi-lo com peróxido de hidrogênio1 de
130 volumes na proporção de 0,5% da massa
total.
1
– água oxigenada –
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3.6 – Principais tipos de sabão:
Os tipos de sabão podem ser
classificados em (6) seis grupos
fundamentais, conforme abaixo:
1. Sólidos em barras, material compactado
em pedaços firmes e, aparentemente
secos, cortados, trafilados, estampados,
coloridos e perfumados. Nessa categoria
estão os sabonetes de toucador. Há,
ainda, a apresentação industrial do
material em lascas ou “nudo”, para serem
tratados e transformados em sabonetes,
normalmente por indústrias fornecem mão
de obra de acabamento, mas não produzem
o sabão a partir dos graxos e bases.
2. Pó de sabão, material aparentemente
seco, solto e volumoso (quando de boa
qualidade). Forma pequenos grumos macios
mais ou menos esféricos, recebendo, por
esse aspecto, o nome peculiar de
“microperolado”. Os produtos,
verdadeiramente em pó, estão
praticamente desaparecidos do mercado,
mesmo o sabão, está quase totalmente
substituído pelos detergentes, sendo
estes, mais eficientes para o uso geral,
e são produzidos com mais facilidade e
em grande quantidade.
3. Pasta de sabão, aparência gelatinosa,
quase sempre transparente, acondicionado
em recipientes plásticos fechados, tato
pegajoso. São, ainda, costumeiramente
coloridos e perfumados, seu uso é
restrito à limpeza de louças, talheres e
pequenas superfícies.
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4. Líquidos, comumente utilizados como
sabonete na limpeza das mãos em locais
públicos (banheiros), como hospitais,
cinemas, restaurantes, etc..,
acondicionados em frascos plásticos para
uso direto ou latas para transferência a
recipientes próprios para lavatórios.
São, normalmente, coloridos e
perfumados.
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Capítulo IV
Viabilidade econômica,
industrialização
A indústria de saponificação
conta com matérias-primas relativamente
abundantes, exige espaço proporcionalmente
reduzido em relação à alta produtividade
obtida, requer, entretanto, grande
experiência, adquirida em muito tempo de
contato com esta técnica e largo
conhecimento tecnológico para investir em
qualidade e alta produção, duas
características que até podem ser obtidas
comercialmente através de técnicos
especializados, porém, a um alto custo
financeiro e grande demanda de tempo, ao
contrário do que possa parecer, a verdade
é que esse fator é de aspecto bastante
positivo do ponto de vista econômico,
restringindo e muito, a investida de
“aventureiros” ao ramo, possibilitando
assim, um mercado equilibrado e
previsível.
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Aos mercados de demanda dos
produtos dessa indústria, torna-se,
logicamente, desnecessária uma abordagem,
uma vez que um dos pilares da civilização
não deixa de ser, a higiene.
4.1 – Industrialização:
Os equipamentos empregados a
esses processos industriais, serão
comentados à medida que se desenvolver o
assunto correspondente, e quando
necessário se verá um esquema com a idéia
aproximada das suas funções.
O processamento industrial
estará sendo descrito em ordem de
interesse prático, devendo-se salientar
que a orientação adotada visa um sistema
vertical e, portanto, poderá ser iniciado
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ou findo em vários estágios um determinado
ciclo independente, sendo considerado,
este ciclo, uma “indústria” intermediária,
como um dos elos de uma corrente.
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c) Estocagem: - O material recebido
deve, obrigatoriamente, ser
estocado em local seco e bem
arejado, livre de insetos e,
principalmente, roedores, não ficar
em contato direto com o piso (deve
ser paletizado) e esse piso deve
ser, no mínimo, cimentado. O
material adquirido deve ser
compatível com a produção
pretendida, para ficar o menor
tempo possível estocado cedendo,
depois de completamente limpo, o
lugar, espaço para novas partidas.
(Esquema de secador prévio e silo
de armazenagem pág.72 e 73)
As oleaginosas, inicialmente,
devem ser separadas de resíduos, cascas ou
quaisquer impurezas (separador pág.74). Em
seguida, serão quebradas em pequenas
partículas e, brandamente aquecidas
(triturador pág.75). É muito conveniente
que sejam laminadas (laminador pág.75),
para uma abertura eficiente dos alvéolos
celulares que contêm o óleo. Evitar a
moagem que produza pó, pois este provoca a
dispersão por capilaridade em elevadas
proporções, provocando perdas
desnecessárias do material na “torta” de
extração.
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4.2.c – Extração, solventização ou
mecânica?
a) Solventização: - O processo de
extração por solventes pode ser
contínuo ou não. Nas pequenas
instalações costuma-se empregar o
sistema descontínuo, i. é, por
bateladas ou lotes, onde se
dispõe de equipamento apto a
executar um “banho” por imersão
no solvente escolhido, de uma
determinada quantidade de
sementes, estas baterão por algum
tempo em várias etapas (extrator
pág.76), com o solvente sempre
limpo até estarem completamente
isentas do óleo, serão, então,
secas e separadas para comércio
próprio (adubos, rações, etc..).
Os solventes mais comuns são: -
álcool, tricloroetileno, sulfeto
de carbono, a hexana, etc..
No Processo contínuo
(extrator pág.77), o sistema
utilizado é a contracorrente,
onde se dispõe o material
oleaginoso percorrendo em um
sentido e o solvente em sentido
oposto. Os equipamentos diferem
apenas no modo em que executam
essa operação.
Nos dois casos, contínuo ou
não, o óleo obtido, que se
encontra dissolvido no solvente,
é recuperado por destilação,
preferencialmente sob vácuo.
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b) Mecânica: - A extração mecânica
é o processo mais difundido,
desde as pequenas até as grandes
unidades extratoras industriais,
ainda que na extração de grandes
volumes costuma-se usar a
extração por solventes do
resíduo oleaginoso que fica
retido na “torta” de prensagem,
este gira ao redor de 5%, o que
é muito nas grandes refinarias.
No
sistema de lotes ou
bateladas, nas pequenas instalações,
utiliza-se equipamentos hidráulicos ou de
aperto em parafuso, onde o material é
esmagado em várias etapas por muitas horas
aumentando sempre a compressão sobre este,
o óleo escorre para o reservatório e
aguarda tratamento ou transporte. O
processo é ineficiente, permite perdas
enormes, da ordem de 20% para mais e, para
diminuir um pouco essa perda, o custo
torna-se impraticável. No entanto, essa
prática é bastante utilizada nos pequenos
sítios ou fazendas ou ainda, nas
indústrias artesanais de locais afastados
dos grandes centros.
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de óleo disponível nas sementes
(cozinhador e prensa, págs.78 e 79).
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Estocagem de oleaginosas
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Laminação e quebra de sementes
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Extração contínua
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Pré-aquecimento das sementes
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Prensagem contínua de sementes
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abdominal, rins e epíploo dos ruminantes,
nas espécies em destaque neste. (ver
fluxograma, pág.83).
Os índices e análises
mencionados a seguir serão tratados em
capítulo próprio. Devemos, entretanto,
executa-los, principalmente, quando se
produz em larga escala.
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Considera-se que as análises até
a determinação do índice de acidez sejam
práticas e de importância capital para a
segurança da qualidade do material
recebido ou preparado para produzir. De
resto, deve-se dar o máximo de atenção,
porém, podem ser executadas durante os
processos de produção criando condições
para adaptação dos métodos aplicados no
processamento e para exigir nas próximas
aquisições padrões compatíveis com a
qualidade pretendida.
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Quando o fornecimento é a
granel, sua estocagem deve ser imediata.
Os tanques devem estar bem limpos e,
preferencialmente, sem resíduos ou restos
da estocagem anterior (usa-se vapor para
essa finalidade). Devem, ainda, conter
bombas de drenagem ou ficarem em local
onde a gravidade possibilite o escoamento
natural. Serão , também, providos de
sistema de aquecimento interno
(serpentinas ou encamisamento para vapor).
Devem, principalmente, ser herméticos, com
exceção de uma válvula compensadora para o
escoamento, esta deve ser regulável para
manter uma leve depressão. No caso de
estocagem de óleos (material líquido),
onde não é necessário o sistema de
aquecimento, não é aconselhável o uso de
“containeres” (tanques) transparentes ou
leitosos, a não ser que estejam enterrados
ou em local sem iluminação alguma.
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Fluxograma de distribuição do abate
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4.3 – Tratamento dos óleos e gorduras:
4.3.a – Refinação:
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embalagem é quase “cirúrgico” no que
refere a cuidados, porém, o seu valor de
mercado sempre justifica tal
empreendimento.
4.3.b – As 4 fases:
Depuração ou filtragem
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retirados através de válvula própria. Esse
procedimento, entretanto, é demasiadamente
lento e, também, ineficiente, tanto mais
quando o tratamento é dirigido às gorduras
que necessitam calor para permanecerem
líquidas e com isso as partículas mantêm-
se em suspensão indefinida, indo ao fundo
apenas as muito pesadas. Esse procedimento
acaba por ser, definitivamente,
desinteressante para a indústria.
O tratamento ulterior da
depuração é considerado uma lavagem do
material pré-filtrado. A finalidade dessa
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operação intermediária é retirar do óleo
as gomas, mucilagens e as lecitinas
(normalmente chamadas de finos), que são
materiais inúteis e depreciativos às
gorduras, mas de grande valia para as
indústrias farmacêutica, alimentícia e
cosmética.
Entre os vários sistemas
aplicados (vapor saturado, aquecimento a
300°C ou agitação com soluções de ácido
sulfúrico), o procedimento predominante
atualmente é a “lavagem” ou seja, na
proporção de 1% a 2% da gordura total,
prepara-se uma solução de sais minerais ao
ponto de saturação com qualquer desses
materiais; cloreto, bicarbonato, carbonato
ou fosfato de sódio ou ainda, cloreto de
cálcio, sulfato de alumínio e até, ácido
clorídrico.
A temperatura da solução deverá
estar em equilíbrio com a do óleo sendo
jateada com boa pressão e lentamente em
forma de chuveiro sobre a massa de óleo
sob agitação intensa por tempo suficiente
para se observar uma emulsão aquosa (água
em óleo), o que permite um amplo contato
superficial entre os materiais. Mantendo-
se ainda, a agitação no tanque, deve-se
recalcar para uma nova centrifugação,
deixando dessa maneira, o óleo pronto para
a próxima etapa, a neutralização.
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Filtro prensa
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Super centrífuga
Neutralização
Esta é a segunda operação mais
importante para obtenção de um óleo
refinado. Na verdade, em certas condições,
ela é suficiente e supre as próximas duas
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operações. Quando bem conduzida, a
neutralização, não só são eliminados os
ácidos graxos livres (o que mais deprecia
um óleo), como também se obtém as
características positivas que,
normalmente, se consegue apenas após as
próximas operações (neutralizadores
págs.92 e 93).
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aproximadamente 25°C e esta estiver em
concentração de 20°Bé (conferir com o
areômetro), pode-se aplicar em percentual,
exatamente o mesmo número do índice de
acidez (AGL) ou seja, o índice de ácidos
graxos livres, como segue:
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Neutralização por lotes
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Neutralização contínua
Clarificação e desodorização
Os processos de clarificação e
desodorização virão descritos em
“materiais graxos” (Cap.IX).
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Um fluxograma de refinação de
óleo ou gordura vem detalhado abaixo.
Hidrogenação
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É aconselhável praticar a
hidrogenação após as duas operações
primárias de refino acima descritas
(filtragem e neutralização), isso por
razões simples, evitar ao máximo a
contaminação dos catalisadores e obter um
produto final de alto padrão de qualidade.
A seguir se descreve
sucintamente o processo de hidrogenação:
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(hidrogênio) no fundo do tanque, mantendo
a partir de então, circulação de água fria
pela serpentina ou encamisamento do
equipamento o que irá evitar o
superaquecimento na reação (nunca permitir
mais do 140°C, o que já é arriscado). Esse
procedimento deverá ser mantido até que o
ponto de fusão desejado for atingido. Para
se conhecer o momento de parada basta
verificar, periodicamente, o índice de
refração, pois este tem relação direta com
o índice de iodo e é mais facilmente
obtido.
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Óleo sendo saturado
4.4 – bases:
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orientar o Leitor para que este obtenha a
neutralização dos ácidos graxos produzindo
a saponificação e, finalmente chegando ao
sabão. Serão considerados os materiais de
uso mais comum nas fábricas, suas
finalidades, cuidados ou precauções,
manipulação e estocagem.
O hidróxido de sódio
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polietileno resistente, cimento revestido
a epóxi, poliéster ou borracha clorada,
deve ter bomba de recalque ou ficar em
local favorável à ação gravitacional, onde
deve-se prever dois tipos de válvulas para
cada saída pois uma é de contenção e outra
de segurança, se o produto é fornecido em
tambores pode até ficar exposto ao tempo,
observadas as condições dos invólucros,
pintura, vazamentos, etc.., se estiver
acondicionado em sacos plásticos (25 ou
50kg), deverá ser estocado em local seco,
fresco e arejado, sobre “pallets” de
madeira ou plástico.
O hidróxido de potássio
Designada no mercado por potassa
cáustica, é produzido pela eletrólise do
cloreto de potássio, é apresentada,
comercialmente, em escamas ou líquida em
solução a 50%, é bastante higroscópica, é
utilizada na fabricação de sabões em pasta
ou líquidos. Sua estocagem merece a mesma
atenção dedicada ao cáustico anterior.
O carbonato de sódio
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Os orgânicos
Encerram-se, portanto, os
comentários sobre as matérias-primas
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básicas e fundamentais do produto,
restam, entretanto, as secundárias ou
periféricas como alguns exemplos a saber;
catalizadores, clarificadores, corantes,
perfumes, aditivos, sais, etc..,
considerando apenas o setor produtivo
inicial ou primário, logicamente, não
devemos ignorar o setor “agente de
ligação” com o mercado consumidor e este
absorve embalagens e outros. E, insistindo
para que a leitura não se torne exaustiva
e monótona, cada produto terá seu lugar de
destaque no exato momento de uso na
descrição do processo de fabricação, como
se o estivéssemos usando de fato e levando
em consideração as suas características e
propriedades.
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Capítulo V
Produzindo o sabão
Adentraremos assim, no pavilhão
fabril imaginário, onde iremos elaborar o
produto objeto desta obra; o sabão, com as
mais variadas versões possíveis. Para
chegarmos a ele, discutiremos várias
receitas, teremos contato com muitos
equipamentos, optaremos quase sempre, por
mais de um caminho para uma única solução,
decidiremos qual a melhor opção entre os
materiais diversos, cometeremos erros e
vamos buscar “concertá-los” com mais de
uma alternativa, como se isso, mesmo
durante a leitura, nos causasse prejuízos,
buscaremos ainda, “saídas” inovadoras ou
boas idéias antigas, às vezes, até
esquecidas, partiremos para a tentativa e
erro, em verdade, compararemos a indústria
a uma “salada” original cujo tempero
principal é a criatividade e o risco de
deterioração está no “ranço” das idéias
acomodadas.
Falaremos, inicialmente, sobre
as receitas, pois delas extrairemos nossa
experiência.
A receita “da vovó” de
antigamente, era o sabão de cinzas
(potássio). Depois de pronto, “ela”
colocava sal de cozinha no sabão “pra
ficar bão”, o que se sabe é que assim,
“ela”, inconscientemente, trocava as
bases; i. é, potássio saía, sódio entrava,
isso porém, é história.
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“A vovó” moderna, já tinha outra
receita, pois fazia o mesmo sabão, com
sódio, a “velha soda cáustica”. Com
certeza, as duas receitas são, de fato,
“das vovós”, pois ambas são muito antigas,
entretanto, “a vovó” que fazia sabão de
cinzas pode ser quase “pré-histórica”,
porque, “historicamente” a produção do
hidróxido de sódio é uma tecnologia
considerada “moderna”.
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As receitas
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uma temperatura próxima de 95°C, verifica-
se, então, o “ponto”, separando-se
pequenas amostras da massa sobre a beirada
da caldeira ou sobre uma prancheta de
madeira, essa amostragem solidificará como
cera “dura”, porém macia, apresentará
ainda, uma “auréola ou coroa” com vários
tons de vermelho, azul e brilho prateado,
desliga-se, então, os equipamentos e o
vapor, cobre-se o tacho (evitar o choque
térmico) e deixa-se em repouso por 12 a 24
horas,a quantidade de sabão é quem
determina o tempo (falando-se de mais de
10 toneladas de material). Assim, ocorrerá
a estabilização completa da massa,
confirma-se o “ponto” e retifica-se, se
necessário for, adicionando soda ou
gordura em pequenas porções, dependendo da
acidez ou alcalinidade observada, liga-se
novamente o batedor e leva-se à fervura o
conteúdo do tacho por curto período (30 a
60 minutos) até confirmar a neutralização
completa pela nova amostragem.
A partir desse ponto, a tarefa é
“salinizar” o conteúdo da caldeira, com
uma salmoura de 6 a 8% em fervura, “lava-
se” a massa por duas ou três vezes,
deixando descansar, a cada lavagem, o
tempo necessário à decantar a água
carregada de sal e glicerina que será
escoada por válvula apropriada. Como já se
explicou a “micela” ou “bolo” resultante
da lavagem irá ao centro do tacho ficando
a cada momento mais firme e limpo, mas,
ainda será um “creme” muito espesso,
porém, móvel, logo, assim que separada a
água de glicerina será possível envasar
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para as formas ou moldes onde o sabão puro
tomará forma e solidificará depois de
vários dias ou mesmo mais de uma semana. A
salmoura da lavagem contendo glicerina,
pode ser vendida diretamente aos
destiladores, se não houver interesse em
destilá-la na própria fábrica. Ao
desenformar o sabão, notar-se-á uma
tonalidade geral embaçada e, no meio, se
verá várias faixas brilhantes de aparência
metalizada ou cristalizada e a isso, se dá
o nome de fluxo (o embaçado) e grão (o
cristalizado).
Logicamente, a própria receita
deixa óbvio que ela é totalmente
impraticável hoje em dia, principalmente,
do ponto de vista econômico, quando, em
verdade, é só ele que conta, atualmente.
Entretanto, ela é muito útil sob o prisma
da didática, esclarece de modo singular,
vários detalhes práticos que podem ser
aproveitados como base experimental.
Vamos, portanto, comentar esta
receita, como se nós a tivéssemos
encontrado num “baú” e dela teríamos a
pretensão de tirar conhecimentos e formar
conceitos atuais para criar um processo
eficaz. Ela só, é insuficiente, mas, ainda
assim, um bom começo.
Para isso, a análise das
transformações físicas ocorridas é mais
importante do que a reação química, assim,
ácido + base = sal, fim da reação. Como
isso ocorreu e por que? é o que nos
fornecerá dados para um método
alternativo.
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No começo do século XX, a
conhecida lei da ação das massas era
entendida como um fator absoluto que
determinava com total rigidez a marcha de
uma reação, isso é uma verdade, desde que
não se interfira com ela. O homem,
entretanto, pode ser um agente de
intervenção e já descobriu que existem
outras “verdades” que influenciam esta lei
natural e que podem até anula-la em
condições artificiais. Vejamos, esta lei
se apóia no equilíbrio universal, ela diz
: “- Quanto maior a absorção, menor a
avidez” ou seja, usando a receita, no
início da saponificação a reação deveria
ser violenta e no fim, dificultosa e até
interrompida. Isso, contudo, não ocorreu,
por interferência do conhecimento humano,
pois a adição de lixívia fraca no início
da reação dificulta o contato superficial
em grandes proporções e menos álcali
penetra as moléculas de ácidos graxos
liberando glicerina, já ao final, a
colocação de lixívia forte (20°Bé)
compensa a dificuldade natural da reação,
logo, a velocidade da reação é a mesma do
começo ao fim.
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Mas, a curiosidade é impetuosa
e a caldeira é imaginária, portanto, vamos
saber até onde vai a violência da reação.
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entre os dois materiais, pois o braço
mecânico não para de agitar o conteúdo do
tanque, assim, na lâmina de contato
superficial entre os reagentes, a reação
ocorre instantaneamente e se contrai na
mesma velocidade, mas o braço mecânico,
“quebra” a “casca” formada em vários
pedaços colocando outra porção dos
materiais em contato que reagirão
novamente formando nova lâmina que
quebrarão em novas lascas.., e assim, até
chegar a ponto de ser consumido o sebo em
quantidade suficiente para entrar em ação
a “lei das massas”, injustamente acusada
de ineficiente. As “pedras” que vemos na
caldeira são pequenas e muitas ao final,
assim, o braço gira e apenas muda-as de
lugar porque, por inércia, elas bóiam na
soda que não reagiu e o mecanismo não as
alcança deixando de exercer ação direta
sobre os minúsculos pedaços.
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(alcalinidade alta), devido o excesso de
exposição à lixívia durante a flutuação.
Ora.., esse efeito age como escudo para o
resto do material, por isso temos uma
“casca” alcalina protegendo um “miolo”
ácido. Poderíamos até discutir a
possibilidade de que, com o “passar do
tempo” (meses ou anos), a soda por fim
atingiria o miolo, analogamente ao efeito
da ferrugem nos metais ferrosos, mas, no
caso da soda, isso seria impedido pela
formação do anidrido carbônico que
consumiria esta antes que “esta”
consumisse o ácido graxo do “miolo”.
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fantástico entre os materiais (ácido e
lixívia) e essa reação, depois de
iniciada, não permite interrupção dada a
velocidade em que ela ocorre. Tais reações
já foram responsáveis por enormes
explosões em autoclaves, arrastando
fábricas inteiras para o “ar”.
Outra receita
ou
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agitando, ainda um pouco quando se nota o
início da solidificação, esse procedimento
é desnecessário se o material for envasado
para placas de resfriamento, no segundo
caso, o tempo de formação é relativamente
curto, poucas horas e até minutos
dependendo do equipamento utilizado.
Depois as placas serão abertas sobres as
mesas de corte em “L” (fig. Pág.XX) e
forçadas contra um conjunto de fios ou
facas com medidas definidas, formam-se,
desse modo as pedras de sabão. Esse
sistema de cortes, apesar de antigo, é de
uso comum em pequenas instalações,
principalmente as rurais e, também, pelos
fabricantes de sabão de coco a frio.
Esse é o caso de uma receita bem
antiga, no entanto, em prática até os
nossos dias, por ser extremamente simples
e produz sabões populares baratos.
Dedicaremos os comentários dessa
receita à prática dos cálculos necessários
e que foram apresentados no (cap. II,
funções técnicas..). Vamos, novamente, nos
utilizar da participação do Leitor para
uma maior assimilação da técnica
operacional.
Voltamos então, novamente, à
nossa “fábrica” imaginária, onde já se
encontra na caldeira, a gordura à espera
de neutralização.
Conforme a primeira relação de
material da receita, nós dispomos, no
batedor, de 100 kg de gordura.
Pretendemos, por uma questão de custos,
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independente da qualidade final, que no
caso, é pobre nas duas relações, adicionar
40 kg de silicato de sódio neutro na
primeira receita e saponificar para
obtermos o produto.
Sabendo-se que esta gordura de
coco tem um índice de saponificação (I.S.)
253 e vamos trabalhar com uma lixívia de
38°Bé, conforme a receita, podemos ir à
tabela 4 (pág.53) e localizaremos lá a
quantidade de hidróxido de sódio (NaOH),
tecnicamente puro que serão necessários à
saponificação de 100 kg de gordura de
coco, faremos os cálculos para ajustarmos
os pesos correspondentes à solução de
38°Bé, multiplicaremos pelo fator de
pureza do produto (100%) e dividiremos
pelo fator de pureza comercial (≈98%).
Muito fácil, mas, e se não
dispusermos da tabela? Como vamos agir?
bem.., nesse caso, a organização
prevalece! Nas análises efetuadas para o
recebimento do produto consta o peso
molecular da gordura, e nós encontramos
lá, o número (P.M.221), então continua
fácil. Conforme o (Cap. I, 1.3.b – I.S.),
iremos proceder o cálculo da seguinte
maneira:
(P.M.) = 221 X 3 = 663 de acordo com
anotação da (pág.54).
Portanto:
663g-----56g X 1.000 X 3
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E, por fim, nós obtivemos o
índice de saponificação mais “difícil” e
menos “conhecido” de todos os fabricantes
de sabão, o “incrível” (I.S.253), para a
gordura de coco.
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é exata (técnica), a constante de Baumé, e
com ela vamos determinar o peso específico
da lixívia de 38°Bé, de acordo com a
indicação do item referido, devemos
utilizar a 1ª fórmula, pois o peso
específico procurado, nós sabemos ser
maior que o da água, portanto:
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neutralização e por isso nós aplicaremos o
percentual correspondente, como segue:
No primeiro caso, 7% de 40 kg de
silicato de sódio correspondem a 2,8 kg,
assim:
Obviamente, houve um
arredondamento de 0,45 kg de lixívia,
porém, a esse tipo de receita é um
procedimento razoável, pois a qualidade
também é “razoável” como já afirmamos.
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lixívia de NaOH a 38°Bé, alguns autores
recomendam apenas 50 partes de lixívia,
sob a alegação de chegar a um produto mais
suave apesar de ficarem alguns ácidos
graxos livres, o que, em verdade, para a
gordura de coco, não exerce muita
influência no produto final.
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Como já afirmamos, essa fórmula
é de grande versatilidade, isso devido ao
fato de que a gordura de coco absorve
quantidades enormes de salmoura ao limite
da saturação (24%) ou seja, com 50 kg de
gordura de coco, nós conseguimos, se
quisermos, inserir 250 kg de solução de
sal a 23°Bé, e isso requer pouquíssimos
cuidados e é muito fácil; vejamos o
rendimento:
50 kg gordura
25 kg lixívia
250 kg salmoura a 23°Bé
325 kg total de sabão ou quase sabão
Esse é um resultado
impressionante e alentador para um consumo
popular de poucas exigências no que refere
a qualidade.
A estas categorias de sabão, os
profissionais “carinhosamente” apelidaram
de “água em pé”, o que nada mais é, do que
o aperfeiçoamento tecnológico do “ovo de
Colombo”.
Agradecendo a “paciência” com o
humor dessas linhas, nós iremos agora,
produzir uma versão desta receita que fará
“corar de inveja” os “Gurus do sabão”
apenas pelo preço pago pelo Leitor por
este manual.
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Primeiramente, precisaremos do
equipamento, que deve, obrigatoriamente,
custar pouco, porque a “nossa fábrica” é
nova e com pequena disponibilidade
financeira.
Nós usaremos como “tacho” uma
“caixa d’água”, essas redondas de plástico
reforçado, são ótimas, sua capacidade deve
ser de 500 ou 1.000 litros. Mas.., como
iremos lidar com o aquecimento? - Lógico,
uma caixa d’água não é uma caldeira!
Bem.., uma vez que não se pode
“sair gastando” o jeito é não usar calor,
assim, economizamos energia e dinheiro e,
de “quebra” ganhamos tempo na produção.
Fazendo o produto a frio, este livro diz
que a “gente” só sai ganhando, vamos ver.
No “tacho” já demos “um jeito”.
E o batedor? Ele é um equipamento caro e
mais ou menos complexo para “dar um
jeito”. Devemos, então buscar outra saída,
alguma coisa que parece “esquisita” porém,
pode funcionar. No “porão da nossa
fábrica” tem uma bomba centrífuga velha,
“grandona” e meio desajeitada, usada
quando a água era “de poço”. Sua
“garganta” de entrada mede umas duas
polegadas de diâmetro e a saída por volta
de uma e meia polegada, qualquer material
líquido ou viscoso que passar por ela,
sofrerá uma alta compressão e um movimento
intenso, ora..! não é isso o que buscamos
com o “batedor”? apenas que, ao contrário
de colocarmos o “batedor” no líquido
viscoso, este é quem irá até ela, “a bomba
batedora”, por meio de tubulação própria
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que deverá ser de ferro para não
“arrebentar” com a pressão e o calor
produzido no caminho. Ligaremos tudo e
providenciamos um desvio na tubulação que
retorna ao “tacho”, para quando soubermos
que o produto esteja pronto para envase,
transferi-lo para as formas.
Pronto, batizaremos o “nosso
invento” de “reciclador”, pois o material
fica entrando e saindo continuamente
(reciclando) através da bomba até ser
desviado para a forma. E, tenham certeza,
muitos tipos de material são possíveis de
se fazer neste “equipamento” (abaixo, um
exemplo de reciclador).
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Batimento por reciclagem
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para o reciclador através de uma peneira
ou podemos utilizar a própria bomba para
recalcá-lo fazendo passar por um filtro
que pode até ser improvisado, o que não é
muito difícil, termos assim, 200 kg de
gordura no tanque, no inverno ou em
regiões frias, não podemos esquecê-la por
muito tempo no reservatório sem trabalhá-
la, pois ela se solidificará rapidamente.
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indicado, é o de 9,5 moléculas de óxido de
etileno, ele é muito eficiente, com 1% do
peso do óleo se consegue mais do que um
“simples milagre” ele faz o “impossível”,
mantém, por tempo quase indefinido uma
mistura perfeita da água com o óleo, como
o leite. Mais do que isso, ele proporciona
uma superfície literalmente “infinita”
entre as fases (água/óleo), lembram do que
falamos sobre a “superfície”, em verdade,
quando se liga a bomba, em questão de
minutos e muitas vezes, “em questão de
segundos” o material fica pronto sem
nenhum risco e nem mesmo apresenta
aquecimento, a reação é tão rápida que não
há tempo para a “exotermia” (aquecimento
espontâneo) se manifestar. O principal, é
que o custo desse produto é compatível com
a quantidade necessária não representando
nenhum acréscimo significativo no custo
primário.
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qualquer multinacional. Sugerimos aos
profissionais uma análise da estrutura
cristalina desse produto.
É muito importante o
acompanhamento da reação para envasar na
hora certa, pois antes do “ponto” a
mistura não fica homogênea e, depois do
“ponto”, a reação ocorre num todo e
progride em velocidade uniforme. Se
descuidar, ganha-se um bloco redondo de
sabão no tanque, nos tubos e, o mais
“interessante”, na bomba, porém, nada que
um britador não resolva.
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Capítulo VI
Pequeno receituário*
Sabão em pasta
• A) Sebo.................44 kg
Óleo de algodão......50 kg
Lix. de potássio.....39,6 kg – 50°Bé
• B) Sebo.................40 kg
Óleo de coco.........30 kg
Óleo de algodão......25 kg
Óleo de palma.........5 kg
Lix. de potássio.....42,9 kg – 50°Bé
• C) Sebo.................80 kg
Soja.................20 kg
Lix. de potássio.....39,6 kg – 50°Bé
• D) Ácido esteárico......75 kg
Água filtrada........25 kg
Trietanolamina.......25 kg
*
– As receitas deste trabalho devem ser entendidas apenas como sugestões,
não cabendo ao autor ou editores responsabilidade sobre as mesmas.
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(Procedimentos em D) - Neutralizar
primeiramente o ácido com a trieta,
equilibrar o (p.h.) em 7,5 aumentando a
trieta ou acrescentando oleína clara,
agitar energicamente com a temperatura ao
redor de 80°C, adicionar, então, a água.
Produto especialmente indicado para tratar
prataria. Pode-se obter melhor resultado
baixando-se o (p.h.h) para 6,5 com ácido
oxálico.
Sabão abrasivo
Em pasta
Abrasivo sólido
Sebo.............100kg
Amido seco.......20kg suspensão no sebo
Lixívia de soda...43,12, de 38°Bé (NaOh)
Dolomita ou talco.16kg
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O abrasivo é incorporado ao
material quando este já estiver em fase de
solidificação ou seja, uma pasta
consistente no misturador.
Desengraxantes
Desengraxante em pasta
Desengraxante sólido
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Sabonete líquido transparente
• a) Gordura de coco...............50 kg
Óleo de rícino................10 kg
Lixívia potássica 50°Bé.......28 kg
Água filtrada................150 Lt
Ácido cítrico..................0,25 kg
Mentol.........................0,25 kg
Corante, pasta de 30%..........0,03 kg
Perfume........................0,80 kg
• b) Gordura de coco..............100 kg
Lixívia potássica 50°Bé.......51,20 kg
Água quente filtrada.........450 Lt
Tripolifosfato de sódio.......12 kg
Metasilicato de sódio.........10 kg
Carbonato de sódio.............4 kg
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Sabão de “borras” (subproduto de refinaria)
O sabão
Sabão em pó
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• a) Sabão produzido em misturador “pesado”
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Misturar muito bem no batedor
(forma um líquido viscoso), adicionar 0,8
kg de ácido sulfúrico fumegante com muito
cuidado e lentamente, deixar bater até
distribuir bem todo o ácido, desligar o
equipamento quando notar início de
“empastamento”, espalhar o material cuja
espessura da lâmina não ultrapasse 10
milímetros, em um piso liso e muito
limpo, em aproximadamente 4 horas o
material espalhado estará seco em forma
de agulhas (aparência de bolor super
desenvolvido) na cor azulada peculiar.
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Até 3% de enxofre, age contra sarna e
outras afecções da pele animal.
1% de lindane, age contra piolhos,
pulgas e vários outros insetos parasitas.
3% de extrato ou tintura de confrei,
age como cicatrizante da pele.
5% de cânfora farmacêutica, age contra
dores musculares provenientes de friagem
ou traumatismos leves.
6% de formalina a 40%, age com
excepcional eficácia como germicida geral.
3% de ácido fênico, age como
coadjuvante na secagem de feridas em fase
de cicatrização, ótimo bactericida.
5% de verniz “goma-laca” indiano, o
“asa de barata” mais 1% de cera de
carnaúba(flor de carnaúba), age produzindo
brilho e corpo na pelugem do animal de
exposição.
Sabonetes
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Capítulo VII
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assumem papel significativo e bastante
eficaz para confirmações práticas e
imediatas da qualidade de um óleo ou
gordura.
O ponto de solidificação se
determina colocando 4 a 5 gramas da
gordura em um tubo de ensaio e,
arrolhando-se este, com um termômetro
através da rolha, coloca-se o sistema
montado, de pé em uma solução refrigerante
(25g de cloreto de amônio em 100ml de
água). A temperatura começará a decair e,
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em um determinado instante, estabiliza
para depois cair novamente. Este instante
é o que define o ponto de solidificação da
gordura.
7.1.d – Peso específico ou densidade
Pode ser diretamente auferido
através do areômetro, desde que este seja
cuidadosamente inserido no óleo à
temperatura de, exatamente, 20°C, senão,
para cada grau acima disso, seja
adicionado 0,00069 ao número lido, se for
abaixo de 20°C, subtrai-se o mesmo valor
da constante a cada grau abaixo. Pode-se,
também, misturar em vários recipientes
água destilada e álcool absoluto (99%) nas
proporções que alteram a densidade
predeterminada da mistura ou seja, 0,950,
0,951, 0,952.., goteja-se o óleo nas
misturas identificadas, uma gota em cada,
assim se este afundar em 0,950 e flutuar
em 0,951, o peso específico está
localizado nessa faixa por menos de
0,0005g da menor ou da maior banda
anotada, se ficar parada acima ou abaixo
do ponto médio da mistura que pode ser
feita em outro recipiente.
7.1.e – Determinação do teor de água
Em cápsula rasa de porcelana com
um pouco de areia calcinada, coloca-se 10g
de gordura e leva-se à estufa a 105°C até
se obter peso constante (aproximadamente
90 minutos). O resultado apresenta a perda
a 105°C, incluindo alguns voláteis.
% de umidade + voláteis = perda de peso X 100
peso da amostra
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7.1.f – Impurezas e cinzas
Pesa-se de 2 a 10 g da gordura
em erlenmeyer de 250 ml conforme a acidez.
Acrescentar 50 ml de álcool
etílico 95%, neutralizado com uma solução
acuosa de NaOH (0,1 n), usando 0,5 ml de
solução etanólica de fenolftaleína a 1%,
como indicador.
Calcula-se:
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A solução alcoólica de potassa
cáustica prepara-se co 28g de hidróxido de
potássio em 1.000 ml de álcool neutro.
Calculando:
Admitindo-se que para 25 ml de solução
alcoólica corresponda 25,2 ml de ácido
clorídrico N/2, teremos:
25ml de potassa alcoólica = 25,2 HCl N/2
Retrotitulando 10,1 HCl N/2
Combinado 15,1 HCl N/2
1 ml HCl N/2 = 0,28 X 15,1 = 0,4228g KOH
Amostra = 2,00g
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O grau de acidez(G.A.)é:(I.A.) X 1,785 = (G.A.)
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adiciona-se ao material dissolvido, uma
solução de cloreto de bário a 10%, com o
que os ácidos graxos precipitam como
sabões insolúveis de bário e os carbonatos
como carbonato insolúvel de bário, titula-
se sem filtrar com ácido clorídrico N/10,
empregando-se fenolftaleína como
indicador. O ácido clorídrico deve gotejar
lentamente no material e o balão é bem
mexido durante a titulagem, e assim que a
coloração desapareça a titulagem está
pronta.
Para calcular o álcali livre
multiplica-se o número de ml de ácido
consumido por 0,004 para soda cáustica e
por 0,0056 para a potassa cáustica e
calcula-se para 100, assim se obtém o
álcali em percentual. A fenolftaleína se
prepara com 1 g de fenolftaleína em 100ml
de álcool anidro.
7.1.n – Determinação de cloreto de sódio
ou potássio
Incinerar 5 g de sabão e
dissolver o resíduo em água, adicionar a
mistura com ácido sulfúrico diluído para
decompor os carbonatos, aquecer a 60ºC. Na
presença de 1 gota de fenolftaleína
neutralizar com KOH N/10, acrescentar,
então, 10 goras de uma solução de cromato
de potássio (1:10), gotejar uma solução de
nitrato de prata N/10 até o precipitado
branco ficar levemente avermelhado. Este
precipitado de cromato e prata que se
forma logo no início da adição da prata
permanecerá assim, enquanto o cloro
precipita como cloreto de prata.
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O número de ml de solução de
prata consumida multiplica-se por 0,00355
para calcular o cloreto, por 0,00585 para
o sal de cozinha e por 0,00746 para o
cloreto de potássio.
7.1.o – Silicato de sódio, determinação
qualitativa
Para se determinar a presença de
silicato de sódio no sabão, deve-se
dissolvê-lo em água, filtrá-lo em presença
de substância de carga insolúvel em água,
adicionar ao filtrado ácido clorídrico até
reação fortemente ácida e aquecer em
banho-maria até a separação dos ácidos
graxos completamente, misturar uma
quantidade de parafina e deixar esfriar.
Quebra-se a casca formada e escorre-se o
líquido do interior para um copo e
evapora-se até a formação dos flocos de
ácido silícico precipitado, o que ocorrerá
se no sabão contiver silicato de sódio.
7.1.p – Determinação de talco
O sabão dissolvido em água
quente é passado por um filtro e
desprezado, o filtro deve ser incinerado
em cápsula de porcelana com tara
determinada. O aumento de peso da cápsula
corresponderá aos materiais insolúveis em
água, principalmente o talco.
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Capítulo VIII
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(lavar com salmoura) na caldeira a massa
total, eliminando assim, o máximo possível
da glicerina disponível, deixando o sabão
formado, praticamente puro. Esse método
porém, quase não é mais utilizado, sendo
preferível praticar o desdobramento dos
ácidos graxos previamente (cap.I) obtendo-
se produtos superiores e com maior
facilidade. Os ácidos graxos obtidos têm
maior índice de neutralização e limpeza
(conseqüência do tratamento) e é prático
saponificar os ácidos graxos com lixívias
fortes (39ºBé ou +). Em seguida, seca-se o
produto obtido nas colunas de vácuo,
simples e rápido, o produto sai
tecnicamente perfeito.
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a qualidade final seja impecável. O método
mais comumente empregado e muito prático é
o de empaste a quente com lixívias de
médias a altas (25 a 38 Bé ou +), quando
se completa a neutralização e com o
material ainda quente, pode-se secar em
vácuo moderado para não destilar a
glicerina.
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Obtido o sabão técnico, este
deve ser transformado em industrial ou
básico. Esta fase é, de fato, a de maior
custo imobilizado (equipamento).
Inicialmente o produto é bombeado (ver
esquema às págs.146 e 147) para uma câmara
de vácuo onde instantaneamente elimina o
excesso de água, para um compressor aonde,
progressivamente, vai sendo esmagado
contra as paredes deste até ser expelido
por uma peneira com raspadores, afixada à
boca de saída do equipamento. No processo
conhecido como extrusão, cai sobre um
segundo e até um terceiro compressor,
sendo que o último contém um cone com
temperatura controlada e cortes desenhados
para obtenção de barra com perfis
variados, sendo esta secionada em tamanhos
definidos por cortadores automáticos.
Algumas empresas vendem o material apenas
processado pelas peneiras de compressão,
conhecido comercialmente pelo nome de
“nudos” de sabão, um produto muito
versátil para as indústrias do ramo de
menor porte.
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Processo de secagem contínua
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Sabonetes de toucador
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misturador, com este ligado até a secagem
aparente, passa-se então o material para
os compressores (extrusão) com as peneiras
para formar os nudos (espaguetes). Está
então, o processo concluído, ficando o
produto em condições de ser transformado
em barra, sendo esta cortada e estampada
na forma desejada em prensas de pedal ou
pastilhadeiras automáticas, isso quem
determina, normalmente, é o volume da
produção.
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Para cada 100Kg de ácidos graxos
de sebo bovino (I.S.205), são consumidos
45Kg de lixívia de hidróxido de sódio de
38ºBé. Com o equipamento ligado injetar
lentamente a soda até a neutralização
completa, efetuar uma leitura de pH, que
deverá estar entre 10,5 e 11 em uma
solução a 1% em água destilada a 25ºC,
bombeia-se então para o acabamento.
A
estes casos é plenamente
viável a aplicação do sistema de
reciclagem, cuidando para que o tipo de
bomba e tubulações sejam adequados, pois
de outro modo o processo é impraticável
(reciclador, pág.151).
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Processo de reciclagem
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O sabonete transparente
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elencando em ordem, as várias
possibilidades de influências físicas
inerentes ao caso, observando em cada uma,
até que grau ela é responsável pela
alteração fisiológica referida.
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micronização do ar atmosférico que está em
contato com esta, assim, este acaba sendo
envolvido em grandes quantidades e
dispersado no volume de massa durante o
trabalho de acabamento. Isso forma
infinitas “cavernas” microscópicas
contendo os gases atmosféricos, oferecendo
assim um “vazio” físico que permite
trânsito livre para a luz com todos os
comprimentos de onda, o que provoca
novamente o “efeito do branco”, a cor
levemente acinzentada é conseqüência da
presença do carbono e o perolado seria uma
leve metalização (já mencionada) e a
presença do ácido esteárico. Temos então,
conclusivamente, que a estrutura molecular
somada à estrutura física espacial formada
pelas “cavernas” oferecem um cenário
completo para viabilizar alterações que
modificam parte do resultado pretendido.
Continuando, se nós utilizássemos o
hidróxido de sódio quimicamente puro, sem
resíduos, nós obteríamos pontos
estruturais na montagem molecular que
refletiriam como pequenas “estrelas”
microscópicas fornecendo a claridade
suficiente para suplantar o reflexo branco
que nada é, senão, a palidez dos
“espelhos”, provocada pelas impurezas,
melhora-se essa condição utilizando-se uma
soda conhecida como “soda Bidds” ou
microperolada de alto refino e de custo
maior, logicamente. Outra observação, esta
de caráter experimental, é que o sabão
dissolvido em água fria é de aspecto turvo
e leitoso, na água quente, porém, torna-se
cristalino, quando se repete a experiência
som sabão de ácidos graxos não saturados
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(óleos), já na água fria se obtém
transparência e se o metal for o potássio
e não o sódio se nota que este efeito se
acentua. O motivo é que o sabão hidrolisa
na água, formando pontes de hidrogênio
segundo a seqüência:
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retirar o máximo de água também impõe
condições, uma delas é que, retirada esta,
não fique o espaço que era ocupado por ela
formando as “cavernas” na massa, assim, a
melhor maneira de se suprimir a água é
através do processo a vácuo. Um método
bastante eficiente é fazer o material
passar várias vezes pelas câmaras de vácuo
em compressores sucessivos em forma de
cascatas (3 ou 4 passagens), um
procedimento que proporciona ótima
transparência ao produto acabado. Existe
ainda, a possibilidade de se montar uma
estrutura cristalina artificial formando
uma trama entrelaçada à estrutura do
sabão. Por analogia, nós teríamos uma
espécie de colméia cheia de mel, assim, a
refração da luz vai a limites menos
distorcivos viabilizando a passagem das
ondas luminosas pelo bloco exposto desde
que o limite de espessura não ultrapasse o
ângulo de refração, observando:
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sendo normalmente transparente, permite a
fixação dos radicais graxos e não
prejudicam a integridade do sabão, desde
que em doses determinadas com critério e
equilíbrio.
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Alguns dados do óleo de rícino:
(processo mecânico)
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batedor ligado, quando se completar a
neutralização o produto estará totalmente
líquido e formará uma fina película na
superfície se a máquina parar, em
separado, deve-se preparar duas misturas:
a primeira é de 5% a 7% do total da massa
em glicose de milho adicionada de 2% do
seu peso com peróxido de hidrogênio (água
oxigenada) de 130 volumes, a segunda é um
sabão de trietanolamina com 2% da massa
total em ácido oléico, com aproximadamente
30% do seu peso em trietanolamina ou
ainda, pode-se aplicar essa quantia em
dietanolamina de ácidos graxos de gordura
de coco. Este material terá a consistência
de uma pasta de cola escorrendo da
espátula em fios grossos, quando a
temperatura da massa estiver abaixo de
60ºC, com o batedor ainda ligado, colocam-
se as duas misturas, sendo a primeira o
sabão de trietanolamina. Depois de bem
misturada, então se coloca a segunda
mistura, deixa-se bater por poucos minutos
(5 a 10) e bombeia-se para o equipamento
com as torres de vácuo em funcionamento.
Antes do bombeamento pode-se colorir o
material, o perfume é, normalmente,
injetado no segundo estágio de compressão,
saem, então, as barras com ótima
transparência, que são cortadas e
estampadas.
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misturar bem e envasar nas fôrmas,
normalmente redondas ou ovais, aguardar a
solidificação, efetuar os cortes e deixar
maturar, depois se quiser pode-se
estampar. O produto está pronto.
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Capítulo IX
Materiais graxos
Incidência
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A agricultura e a pecuária são,
ainda, as principais fontes de
fornecimento de gorduras. Por maior que
seja a produção de gordura, ainda a oferta
é bastante menor que a procura, levando
deste modo a um constante crescimento aos
preços de venda.
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efeito de ésteres. As gorduras vão daí ao
sangue pela corrente linfática. A gordura
é agora reserva alimentar para consumo
quando ocorrer esforço físico ou fome.
Esta, durante o consumo, se desfaz,
decompondo-se em anidrido carbônico (CO2)
e água ou seja “combustível” consumido.
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esteárico e água. Talvez seja este, um
caminho à industrialização do ácido
esteárico, a glicose é hoje produzida em
grande volume a partir do amido de milho e
outros. Havemos de notar ainda, não se
tratar de um processo de hidrogenação,
pois a função do hidrogênio é formar
simplesmente água ligando-se ao oxigênio
disponível.
Uma segunda observação muito
interessante é que havendo glicose em
excesso o hidrogênio atua na sua forma
atômica formando pontes de ligação ou
hidrolisando a glicose na forma de
glicerina (**) o que acaba por
possibilitar a ligação desta ao ácido
esteárico formado. Esta seria também,
teoricamente, uma via de acesso industrial
na fabricação de glicerina sintética.
O clima interfere com grande
influência na formação dos óleos vegetais,
observando-se que nos climas tropicais
obtêm-se mais gorduras, isto é, cadeia
carbônica saturada (hidrogênio), baixo
índice de iodo, peso específico elevado e
pequenas moléculas, ao passo que nas
regiões onde as mudanças climáticas sejam
rápidas temos o inverso ou seja, obtemos
óleo, cadeia carbônica insaturada, alto
índice de iodo, peso específico baixo e
moléculas grandes.
Características principais
Constituição química
O destaque de maior relevância
no aspecto químico dos óleos e gorduras,
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provém do fato de que estes mostram uma
concordância impressionantemente grande,
isto é, se assemelham demais, por mais
diferentes que sejam suas procedências.
Todas as gorduras apresentam basicamente
três elementos diferentes entre si; -
estearina, palmitina e oleína, encontram-
se outros ainda, substâncias gordurosas
análogas, os corantes e os aromas
peculiares a cada fruto, que apenas pelo
olfato pode ser possível identificar uma
gordura, antes que esta seja tratada e
desodorizada.
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Consistência aparente
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Origem o ponto de vista químico
Saponificação
Generalizando as gorduras,
podemos separá-las em dois grupos
principais, quanto à saponificação.
Propriedades físicas
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com cheiro acre, isto é, rancificam,
significando isso, só uma oxidação do
material, provocada pelo oxigênio do ar e
catalisada por bactérias comuns e
influenciada ainda, pela luz.
Conforme já foi demonstrado, uma
gordura é a combinação dos ácidos graxos
superiores com glicerina, entretanto, há
ainda na natureza outras substâncias
semelhantes às gorduras. Um exemplo são
ceras, onde a diferença fundamental é que
em lugar da glicerina encontramos outros
álcoois, por exemplo:
Cera de abelha, ácido palmítico
ligado ao álcool miricílico com ácido
cerotínico livre.
O espermacete apresenta em sua
porção líquida as glicéridos, a sólida ao
contrário é simplesmente formada por éster
palmítico do álcool cetílico monobásico.
Todas as gorduras não saturadas
podem passar a saturadas pela adição de
hidrogênio, halogênio, cianogênio,
oxigênio. Esta propriedade define também a
linha entre os óleos secantes e não
secantes. A propriedade de secagem dos
óleos é tanto maior quando menor for a
incidência de ácidos ou ésteres não
saturados no referido material.
Todos os óleos ou gorduras
naturais, possuem na molécula de ácido
graxo um número par de átomos de carbono,
reserva-se uma exceção muito restrita para
alguns ácidos conhecidos, por exemplo o
ácido isovaleriânico.
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Ácidos graxos principais
Ácido esteárico
Ácido oléico
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ar e só é destilável no vácuo, caso
contrário se decompõe, possui cadeia
carbônica normal passando a ácido
esteárico pela redução. A oxidação com
permanganato de potássio denuncia a dupla
ligação que fica no meio da molécula:
CH3(CH2)7.CH = CH.(CH2)7COOH
Ácido palmítico
Outros ácidos:
Separam-se em 3 grupos
principais, os ácidos encontrados ao lado
dos primeiros:
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oléico, linoléico, linolênico,
clupanodônico e os correspondentes aos que
têm uma, duas, três ou quatro ligações
duplas.
Glicerina
CH2OHCHOHCH2OH ou C3H5(OH)3
Gordura animal
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quebradiço quando resfriado (menos de
8ºC). Comercialmente é adquirido segundo o
chamado “título de sebo” ou seja, o ponto
de solidificação dos seus ácidos graxos.
No sebo bovino este situa-se entre 43 e
45°C.
O seu índice de saponificação
varia de 193 a 202, seu peso específico
fica entre 0,943 e 0,953.
Existem ainda o óleo de peixe,
de aves e vários outros que iriam além do
interesse deste trabalho, entretanto pode-
se localizar os índices de maior interesse
de vários óleos comuns de mercado na
tabela (3,cap.II).
Gorduras vegetais
Estão alinhadas a seguir algumas
das principais de consumo.
Óleo de babaçu:
Conhecido e chamado por “óleo”,
no entanto, é uma gordura, provém de uma
palmeira muito comum nas regiões centro,
norte e nordeste do Brasil a “Orbignia
speciosa” produz cocos com três ou quatro
castanhas com peso médio de 65% de óleo
extraído com grande facilidade por
prensagem ou solventização, sendo
preferível o primeiro método, que fornece
uma torta residual de excelente qualidade
para rações. Suas principais
características físico-químicas são: -
Peso específico a 15ºC, 0,924, índice de
iodo de 14 a 16, índice de saponificação
de 248 a 253, ponto de fusão de 23 a 25ºC.
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Óleo de amendoim:
Óleo de arroz:
Óleo de milho:
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Óleo de rícino (mamona)
Óleo de soja:
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Operações finais de acabamento
Descoramento
Desodorização
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papel para serem abrilhantados. No
decorrer deste tratamento é favorável e de
uso comum a adição de 0,1% a 0,3% de ácido
cítrico quando a temperatura estiver
abaixo de 70ºC, deixando-se em contato por
30 minutos, podendo então submete-lo ao
vácuo final e proceder o abrilhantamento.
Este procedimento garante por tempo
bastante prolongado a desodorização
obtida.
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Capítulo X
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e qualidade, isso sem falar na imensa
variedade, favorecendo, portanto, uma
infinidade de aplicações para tratamento
estético e manutenção da higiene.
Os tanques e reservatórios
devem, obrigatoriamente, ser de material
inoxidável, ou plástico neutro resistente
a temperaturas elevadas (acima de 100ºC).
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fase de mistura ou reação, é sempre
conveniente o uso de luvas sintéticas
(PVC) ou látex ).
Receitas sugeridas
Xampu líquido transparente para os
cabelos:
1)
Lauril-éter-sulfato de sódio 40,0
Cloreto de sódio 4,0
Conservante 0,2
Água 55,8
100,0
2)
Lauril-éter-sulfato de sódio 40,0
Dietanolamina de ác. graxos de coco 6,0
Conservante 0,2
Água 53,8
100,0
3)
Lauril- éter- sulfato de sódio 40,0
Dietanolamida de ác. graxos de coco 3,0
Cloreto de sódio 2,0
Conservante 0,2
Água 54,8
100,0
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4)
Lauril-éter-sultado de sódio com 2
moléculas de óxido de etileno 40,0
Cloreto de sódio 4,5
Dietanolamida de ác. graxos de coco 6,5
Conservante 0,2
Água 74,8
100,0
5)
Lauril-éter-sulfato de monoetanolamina40,0
Cloreto de sódio 4,0
Conservante 0,2
Água 55,8
100,0
6)
Lauril-éter-sulfato de monoetanolamina40,0
Dietanolamida do ácido linólico 3,5
Conservante 0,2
Água 46,3
100,0
7)
Lauril-éter-sulfato de amônia 50,0
Diatanolamida de ác. graxos de coco 3,0
Cloreto de sódio 0,5
Conservante 0,2
Água 46,3
100,0
8)
Lauril-éter-sulfato de sódio 40,0
Diatanolamina de ác. graxos de coco 3,0
Resina de condensado de poliglicol e
poliamina 5,0
Cloreto de sódio 2,0
Conservante 0,2
Água 49,8
100,0
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Xampu de efeito antiestático (condicionador)
9)
Lauril-éter-sulfato de sódio 40,0
Alquildimetilamoniobetaína de coco 5,0
Reside de consendado de poliglicol e
poliamina 5,0
Cloreto de sódio 2,0
Conservante 0,2
Água 48,3
100,0
10)
Lauril-éter-sulfato de sódio 40,0
Dietnolamida de ác. graxos de coco 3,0
Cloreto de sódio 2,0
Proteína animal hidrolisada 5,0
Conservante 0,2
Água 49,8
100,0
Uso diário
12)
Lauril-miristil-éter-sulfato de sódio 30,0
Dietanolamida de ác. graxos de coco e
aditivos 2,0
Conservante 0,2
Cloreto de sódio 3,0
Água 64,8
100,0
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Xampu contra caspa. Embalagem opaca,
sensível à luz.
13)
Lauril-éter-sulfato de sódio 45,0
Dietanolamina de ác. graxos de coco 2,5
Água 10,0
Mistura-se esta primeira fase
Magnesiopiriditiun (bactericida) 1,0
Água 2,0
Mistura-se esta segunda fase e adiciona-se
à primeira
Cloreto de sódio 2,0
Água 37,5
100,0
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Conservante 0,2
Água 29,8
100,0
Xampu creme
19)
Emulsionante não iônico(óleo em água) 4,0
Octyl dodecanol (protetor universal) 2,0
Misturar 1ª fase
Composto quaternário de amônia 1,5
Glicerina bi-destilada 5,0
Ácido cítrico 0,5
Água 87,0
100,0
Condicionador
20)
Emulsionante não iônico(óleo em água) 4,0
Octyl dodecanol (protetor universal) 2,0
Misturar primeira fase
Composto quaternário de amônia 1,5
Ácido cítrico 0,5
Água 92,0
100,0
21)
Monoetanolamida de ác. graxo de coco 1,0
Composto quaternário de amônia 2,0
Misturar 1ª fase
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Glicerina bi-destilada 3,0
Ácido cítrico 0,3
Água 93,7
100,0
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Óleo mineral (viscoso) 3,0
Óleo de gérmen de trigo 2,0
Placenta líquida lipossolúvel 3,0
Misturar 1ª fase
Água 64,0
100,0
27)
Mono e diglicéridos dos ácidos
palmítico e esteárico 16,0
F. Fax. (0xx) 11- 4712 – 8364 – C.Postal 1621 – CEP 18.134 – 970 185
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Álcool ceto-estearílico a 20 mol.
de óxido de etileno 3,0
Octyl Dodecanol (protetor universal) 10,0
Misturar 1ª fase
1,2 propilenoglicol 5,0
Água 61,0
Misturar 2ª fase
Colágeno 5,0
100,0
Aquecer 1ª e 2ª fases a 80ºC, misturar
bem, esfriar a 35ºC e adicionar colágeno
batendo intensamente.
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Fundir o material gorduroso em banho-
maria a exatamente 95ºC; aquecer a água e
a glicerina também a 95ºC, misturar as
fases agitando lentamente, esfriar até
60ºC ainda batendo, adicionar o perfume
desejado e deixar esfriar completamente
sem parar de bater, evitando, porém a
aeração (formação de bolsas de ar).É
importante obedecer as temperaturas
indicadas. O gel é conseqüência direta
destas condições operacionais.
32)
Emulsionante (água em óleo, tipo
brando) 8,0
Novata* Ab (triglicérido) 4,0
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Decyl oleato (protetor gorduroso
universal) 8,0
Óleo vegetal 8,0
Vaselina branca 10,0
Parsol* MCX 3,0
Misturar 1ª fase
Glicerina bi-destilada 3,0
Magnesiosulfato–7-hidrato
(estabilizante) 0,3
Água 55,7
100,0
Desodorante (creme)
33)
Mono e diglicéridos dos ácidos
palmítico e esteárico 18,0
Álcool ceto estearílico a 12 mol.
de óxido de etileno 1,5
Álcool ceto estearílico a 20 mol.
de óxido de etileno 1,5
Decyl oleato 15,0
Bactericida (hexaclorofeno, ex.) 0,5
Misturar 1ª fase
Água 63,5
100,0
*
Marca registrada
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Fundir 1ª fase em banho-maria a 95ºC,
aquecer a água também a 95ºC, misturar com
agitação lenta colocando a água aos
poucos, esfriar batendo até 60ºC,
adicionar então o perfume desejado,
continuar agitando até esfriar
completamente, cuidando para não aerar
(formar bolsas de ar). Observar
criteriosamente as temperaturas indicadas,
o gel é conseqüência direta destas
condições.
NOTA IMPORTANTE:
INGREDIENTES:
Gordura de coco......................1 kg
Soda Cáustica (38°Bé)...............0,5 kg
Sal de cozinha (23°Bé)..............1 lt
Álcool...............................80 ml
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Fórmula rápida
Gordura de coco.......................1 kg
Soda cáustica.(lix.38°Bé)...........0,5 kg
Sal de cozinha (23°Bé)..............1 lt
(também pode ser eliminado)
Amido de milho (Maizena)...........0,20 kg
(Torna o produto mais suave)
Bé = Graus Baumé (confere-se com o areômetro
de Baumé, a 25° C)
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recipiente graduado (medidor plástico de
cozinha), completar com água até um litro
de solução, bater com uma colher até não
ser notado mais nenhum sinal de sal sólido
na solução, separar e preparar outra dose
para completar os dois litros da receita.
Obedecer rigorosamente as medidas, ou o produto
não sairá perfeito!!
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na solução de sal e lentamente na gordura
com amido sem parar de bater. (aconselha-
se reduzir a fórmula toda à metade e bater
no liqüidificador até a consistência de um
mingau bem espesso) (Este sabão fica
pronto em poucas horas, “mais ou menos 5
hs.”) “Rende menos porém, dura muito
mais”. (Se eliminar a solução de sal, não
bater no liqüidificador).
NOTAS IMPORTANTES
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SABÃO LÍQÜIDO DE GORDURA DE COCO - IDEAL
P/ ROUPAS DELICADAS EM MÁQUINA DE LAVAR
ROUPAS OU LAVAR LOUÇAS NA PIA.
INGREDIENTES:
Gordura de coco...................1.000 gr
Lixívia potásica à 50° Bé...........470 gr
Água filtrada (morna).............2.500 gr
Perfume (essência)...................40 gr
Álcool comum de farmácia.............80 ml
Sumo de limão.....................20 gotas
Preparação da lixívia:
Procedimento:
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(não separa) pare e deixe descansar,
coloque as 20 gotas de limão (só 20 gotas)
depois envase em frascos e use quando
quiser.
Para a soda:
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etc..), lentamente sobre as escamas da
soda deve-se ir colocando água em jato
fino (através do bico de um bule de café
por exemplo), exatamente em um litro parar
de colocar água, se for medido pelo
areômetro, o valor que se encontra será
muito próximo de 38°Bé.
50 ml de álcool
900 g de óleo de soja
170 g de potassa cáustica em escamas
200 ml de água filtrada
Não colocar sal – Bater no liquidificador
50 ml de álcool
1000 g de sebo (de açougue) ou óleo de
soja
140 g de soda cáustica em escamas
140 ml de água filtrada
100 g de amido de milho (maizena)
acrescentar ao óleo e bater bem, antes de
tudo.
Não colocar sal – Bater no liquidificador
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Amaciante de roupas
Dissolver 40 g de composto quaternário
de amôneo em 1 litro de água quente e
perfumar a gosto.
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bem, em seguida jogue o pó de carbonato e
não pare de bater.
USO GERAL
50 ml de álcool
1000 g de sebo (de açougue) ou óleo de
soja misturado com 250 gr de gordura
hidrogenada.
140 g de soda cáustica em escamas
140 ml de água filtrada
Bater no liquidificador
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ela a água (140 ml), estando em lugar
seguro para não derramar ou espirrar, mexa
lentamente com uma colher de sopa. Não
usar potassa cáustica KOH.
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50 ml de álcool
900 g de óleo de soja
170 g de potassa cáustica em escamas
200 ml de água filtrada
Não colocar sal – Bater no liquidificador
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podendo ser adicionadas umas gotinhas de
perfume (que, em outra oportunidade, se
ensinará a fazer em casa).
INGREDIENTES:
óleo de soja....................900 ml
potassa cáustica (escamas)......160 gr
Álcool comum.....................80 ml
Creme de leite..................150 gr
Perfume (dispensável)............10 ml
Água filtrada...................200 ml
A clara de um ovo fresco
200 F. Fax. (0xx) 11- 4712 – 8364 – C.Postal 1621 – CEP 18.134 – 970
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Coloque num recipiente (vidro ou
plástico) a potassa em escamas (160g),
lentamente e, em fino jato, derrame sobre
ela a água (200 ml), estando em lugar
seguro para não derramar ou espirrar, mexa
lentamente com uma colher de sopa. Não
usar soda cáustica NaOH
F. Fax. (0xx) 11- 4712 – 8364 – C.Postal 1621 – CEP 18.134 – 970 201
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Envasar em potes para uso geral logo
em seguida, usar 24 horas depois.
INGREDIENTES:
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Faça, gratuitamente pelo próximo, o
bem que de graça recebera, saiba que o
conhecimento cresce na exata medida que se
o distribui, este se multiplica ao ser
dividido, soma ao ser entregue, falta ao
ser negado e machuca se for corrompido.
As matérias-primas mencionadas
neste trabalho são facilmente localizadas
em listas telefônicas classificadas ou
mesmo na internet, para tanto, basta
consultá-las em; – produtos químicos
fabricantes e distribuidores, óleos
vegetais, gordura animal, abatedouros,
máquinas e equipamentos, etc..
204 F. Fax. (0xx) 11- 4712 – 8364 – C.Postal 1621 – CEP 18.134 – 970