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Maria Lua
"E aqueles que pensam em Me procurar, saibam que a vossa busca e vosso
anseio devem beneficiar-vos apenas se vós souberdes o Mistério; se o que
vós procurardes, vós não achardes dentro de vós mesmos, então nunca
encontrarão fora. Pois eu tenho estado convosco desde o Início e Eu Sou
Aquela que é alcançada ao final do desejo, E aqueles que pensam em Me
procurar, saibam que a vossa busca e vosso anseio devem beneficiar-vos
apenas se vós souberdes o Mistério; se o que vós procurardes, vós não
achardes dentro de vós mesmos, então nunca encontrarão fora. Pois eu
tenho estado convosco desde o Início e Eu Sou Aquela que é alcançada ao
final do desejo"
AS AMAZONAS - (Icamiabas)
Em certas épocas do ano estas mulheres belas e guerreiras celebravam suas vitórias
sobre o sexo oposto. Neste dia, uma grande festividade era organizada e elas
desciam do monte onde viviam até o lago sagrado denominado "Yaci Uarua" (Espelho
da Lua).
Durante à noite, quando a Lua deitava sobre o espelho da água, as Amazonas
mergulhavam nela com seus corpos fortes e morenos. Após este ritual de purificação
e limpeza, estas deusas da Lua clamavam pela Mãe do Muiraquitã. Os estudiosos
folcloristas identificaram esta entidade como uma fada, mas ela também cabe na
classificação de Grande Mãe das Pedras Verdes. Era ela que entregava a cada uma
daquelas mulheres uma pedra da cor verde (jade), denominada de "Muiraquitã", onde
encontravam-se esculpidos estranhos símbolos. Receberiam-nos ainda moles,
porém, logo que saíam da água eles endureciam. Segundo os índios Uaboí, os
amuletos eram vivos e para apanhá-los, as índias feriam-se e deixavam cair uma gota
de sangue sobre o tipo que queriam. Isso feito, o animal morria e elas se atiravam na
água para buscá-los.
Cada nativa trazia em seu pescoço seu talismã propiciatório de proteção material e
espiritual. Mas elas também os presenteavam àqueles que seriam os futuros pais de
seus filhos. Estes homens eram selecionados para fecundá-las e depois eram
mantidas vivas as meninas, que mantinham a continuidade da casta matriarcal das
mulheres guerreiras.
As Amazonas foram vistas pela primeira vez pelo padre espanhol Gaspar de Carvajal,
cronista da expedição de Francisco de Orellana. Tal encontro ocorreu no lugar exato
onde o rio Negro encontra-se com o Amazonas e não foi muito atraente a estada para
estes exploradores. Ao chegarem a aldeia das índias, constataram que no centro de
uma praça erigia-se um ídolo, que era o símbolo de uma poderosa Senhora, Rainha
de uma grande nação de mulheres guerreiras. Uma dúzia de guerreiras investiram
contra os espanhóis e tiraram a vida de vários indígenas que os acompanhavam.
Carvajal as descrevia como sendo mulheres altas, belas, fortes, de longos cabelos
negros, tez clara e que andavam totalmente despidas, com arcos e flechas e
guerreavam como dez índios.
Esta descrição nos remete à um coração de uma caçadora também solitária, Ártemis.
Estas mulheres índias representam o arquétipo mais puro e primitivo da feminilidade.
Foram deusas nativas que santificavam a solidão, a vida natural e primitiva a qual
todos nós podemos retornar quando acharmos necessário a busca de nós mesmos.
Como Ártemis, elas possuem um amor intenso pela liberdade, pela independência e
pela autonomia. Um amor que pode transparecer como agressão, pois elas sempre
irão lutar para preservar sua liberdade.
OS MUIRAQUITÃS
Os muiraquitãs têm formas e tamanhos variados, mas geralmente não passam de
dez centímetros. São talhados em pedras de cor verde ou azulada (nefrita, jadeíta ou
amazonita) e se apresentam normalmente sob a forma de batráquios e felinos. Alguns
destes ídolos possuem um orifício, que possivelmente seja para passar um cordão e
pendurá-lo no pescoço. Há quem diga que tal perfuração, também podia indicar a
condição do feminino, estabelecendo assim uma associação direta com a lua.
Hoje, muito poucos originais muiraquitãs existem no Brasil, a maioria foram roubados,
comprados ou traficados, mas já foram encontradas em toda a região amazônica:
Pascoal, no Marajó, Santarém, Obidos, Parintins, Manacapuru e outros pontos. Os
de cor verde e forma matraquiana são os mais afamados, mas existem igualmente, e
em maior número, os de cor de azeitona, de cor leitosa, dependendo do material que
foi empregado na sua confecção.
O talismã de cor esverdeada mostra o futuro amoroso, enquanto que os azulados são
propícios para desvendar o futuro econômico e material. Quando mais polida for a
superfície do amuleto, melhor é para visualizar as previsões. Muitas pessoas utilizam
glifos da região amazônica para suas adivinhações. Mas estas inscrições pré-
históricas devem ter a forma e simbologia dos muiraquitãs.
As pessoas que desvendam estes segredos costumam aproximar suas testas destes
símbolos de pedra e formulam então, as perguntas que dizem respeito a seu futuro
para que a pedra sagrada possa revelá-lo. Comenta-se, que para empreender esta
tarefa é necessário jejum e abstinência sexual, ou até mesmo ingerir uma infusão de
guaraná.
Em homenagem a essa pedra verde e esse talismã sagrado, nós vamos fazer o nosso
Rosário do ventre com pedras verdes.
A Mãe das Muiraquitãs foi quem ensinou as amazonas a fabricar os amuletos. Ela é
uma Deusa Lunar que representa o "lado escuro" da lua que luta contra a consciência
solar, que forçava as mulheres à servidão sexual. Foi o amor da Grande Mãe que
desmanchou o feitiço narcisista e introduziu relações objetais no mundo humano. À
medida que essa atitude expandiu-se e generalizou-se, transformou a sociedade no
matriarcado, cujos sinais distintivos eram a aceitação universal de todas as criaturas,
o naturalismo regulado e uma religião baseada nas intuições das harmonias na ordem
natural.
Acredito até que, já tenhamos aprendido a ser mais guerreiras que as próprias
amazonas, mas mesmo assim, ainda faço um apelo para que a obra da Grande Mãe
não apenas sobreviva e prospere, como também possamos entrar em uma "Nova
Era" de atividade em Seu nome, que é o nome da compaixão, da sabedoria e do amor
universal.
Entre os índios Kayapó, ainda hoje é realizado o "Ritual das Amazonas", denominado
de MEBIÔK.
Durante 7 dias, as mulheres se tornam as chefes da aldeia, abandonando suas casas,
elas instalam-se na "ngobe" (Casa dos Homens), a escola masculina, que é proibida
às mulheres.
Os homens, por sua vez, terão a tarefa de substituir suas mulheres nas lidas
domésticas, preparando alimentos e cuidando dos filhos. À noite, eles têm que
atender aos chamados e provocações das mulheres guerreiras, de modo a provar
sua virilidade. É como se voltassem ao tempo do matriarcado, época em que os
papéis de homens e mulheres eram inversos.
Na última noite, no encontro na "ngobe" completamente às escuras, sem mostrar
quem realmente são, fazem sexo até o pajé anunciar a aurora. Elas vão em seguida
tomar banho e retornam às suas casas e à vida normal.
A Lua Nova: A Lua Nova surge logo após a noite sem lua, quando apenas emerge
um fino fio de luz prateado no céu. Nesta fase ela representa o início da vida, da
concepção, o início da jornada…
A Deusa mostra a sua face de Criança.
Despertou para a vida, cheia de vontade de aprender, experienciar e absorve toda a
aprendizagem do meio que a envolve.
É aqui que ela constrói os seus alicerces com toda a pureza e inocência de uma
criança.
Ela é energética e cheia de sonhos, muito próxima dos elementais, e com sede de
conhecimento.
Ela vai crescendo, descobrindo, aprendendo e se afirmando.
Tal como a Deusa, nesta fase da lua tendemos a sentir-nos revigorados, cheios de
energia, com vontade de aprender e mais ligados com os elementais.
Ártemis, armada com arco e flecha, possui o poder de infligir pragas e morte ou
curar. Ela é conhecida como a protetora de criancinhas, filhotes e, no entanto, ela
também ama a caçada.
Artemis é uma das deusas andróginas “virgens“. Devido à sua energia masculina
bem integrada e independência, Artemis não possui muita necessidade de um
homem para completá-la. Sua consciência está focada. Uma mulher
predominantemente do tipo Artemis pode desfrutar de uma companheira que
trabalhe ao lado dela compartilhando suas atividades práticas – parentesco
paralelo em atividades compartilhadas, mas cada uma mantendo suas identidades
fortes e distintas em suas vidas razoavelmente separadas. Eles podem se unir,
desfrutando de uma conexão profunda e intuitiva com o mínimo de ‘tagarelice’.
Artemis, a deusa, era conhecida por afastar os homens.
• Muitas mulheres Artemis, que preferem viver mais perto da natureza, são
deslocadas nas cidades
• História mitológica
◦ A mãe de Artemis era Leto, uma divindade da natureza que suportava Artemis
sem dor. O pai de Artemis era Zeus.
◦ Ártemis, que é tão bela quanto Afrodite, faz a solidão sagrada, a vida natural e
primitiva – ela não é lisonjeada ou interessada em pretendentes masculinos.
◦ Artemis pune severamente qualquer homem que ponha os olhos em seu corpo
nu – ela transformou um homem espião em um cervo e seus cães de caça, não
mais reconhecendo-o, despedaçaram-no.
◦ Artemis possui profunda simpatia pela Terra e todos os seres vivos e emprega o
papel de protetora – ela está enfurecida com a exploração da natureza e criaturas
impotentes.
◦ Ela tende a evitar sua vulnerabilidade em relação aos outros – escondendo suas
necessidades emocionais, até para si mesma.
• O lado sombrio de Ártemis: poder primitivo de sua sede de sangue, ‘ira justa’
– a tarefa de Artemis é confrontar seu ‘javali interior’ – enquanto sacrifica sua
deusa ‘justa e vingadora’. Ela faz isso aceitando humildemente suas próprias
falhas e erros como uma mulher humana, compassiva consigo mesma, primeiro,
então ela pode ter compaixão pelos outros.
• Artemis ‘personalidade
Corpo forte e masculino, uma conexão intensamente instintiva com o corpo dela.
Ela pode ter seu próprio cavalo, ou pelo menos amar andar a cavalo.
Ela ama as plantas que exploram a mata, florestas, riachos, criaturas selvagens,
um aventureiro.
Há uma só presença aqui, é a do Amor. Deus é o Amor que envolve todos os seres
num só sentimento de unidade. Este recinto está cheio da presença do Amor. No
Amor eu vivo, me movo e existo. Quem quer que aqui entre, sentirá a pura e santa
presença do Amor.
Há uma só presença aqui, é a da Verdade. Tudo que aqui existe, tudo que aqui se
fala, tudo que se pensa é a expressão da Verdade. Quem quer que aqui entre, sentirá
a presença da Verdade.
Há uma só presença aqui, é a da Justiça. A Justiça reina neste recinto. Todos os atos
aqui praticados são regidos e inspirados pela Justiça. Quem quer que aqui entre,
sentirá a presença da Justiça.
Há uma só presença aqui, é a presença de Deus o Bem. Nenhum mal pode entrar
aqui. Não há mal em Deus. Deus, o bem, reside aqui. Quem quer que aqui entre,
sentirá a presença divina do Bem.
Pelo símbolo esotérico das Asas Divinas estou em vibração harmoniosa com as
correntes universais da Sabedoria, do Poder e da Alegria.
A presença da Divina Sabedoria manifesta-se aqui. A presença da Alegria Divina é
profundamente sentida por todos os que aqui penetram.
Na mais perfeita comunhão entre o meu Eu Inferior e o meu Eu Superior, que é Deus
em mim, consagro este recinto a mais perfeita expressão de todas as qualidades
divinas que há em mim e em todos os seres. As vibrações do meu pensamento são
forças de Deus em mim, que aqui ficam armazenadas e daqui se irradiam para todos
os seres, constituindo este lugar um centro de emissão e recepção de tudo o quanto
é Bom, Alegre e Próspero.
Oração:
Agradeço-te ó Deus, porque este recinto está cheio da Tua Presença.
ATENA
Ela é uma deusa “virgem” andrógina que desenvolve um relacionamento com sua
própria parte masculina interior, em vez de participar do casamento com um
homem exterior. Sua consciência está focada. Ela se relaciona com os homens
como um companheiro intelectual com quem ela compartilha ambições, objetivos
de carreira e ideais. Se uma mulher do tipo tipicamente ateniense escolhe uma
parceria, ela procura alguém que possua autoconfiança suficiente e que aprecie
sua ambição e autonomia.
• O pai de Athena era o deus grego Zeus, que deu à luz a partir de sua cabeça .
Ela saltou para frente com um grito forte e brandindo sua lança afiada.
• O mito grego afirma que a verdadeira mãe de Atena era Metis, um titã,
pertencente à raça pré-olímpica de divindades do período matriarcal reprimidas
pelo patriarcado posterior. Ela foi engolida por Zeus – uma metáfora para a
supressão matriarcal.
• Athena pune qualquer homem que espione seu corpo nu, ainda que com alguma
compaixão.
• Sentada ao lado de Zeus, apenas Athena sabe onde os raios estão escondidos
e como usá-los.
◦ Atena foi separada da função materna como resultado de Zeus ter engolido a
mãe de Atena (sociedade matrilinear) – Zeus está psiquicamente em guerra com
o princípio da mãe; portanto, Athena está mais fora de sintonia com sua
necessidade de atenção calorosa e física, atenção às suas necessidades
instintivas e corporais e amor incondicional.
• A personalidade de Athena
- A menina do papai – ele pode atender seu intelecto astuto e seu desejo de
alcançar
- Ela tende a não ter amigas próximas – pode preferir companheiros masculinos
platônicos.
- Motivado por suas próprias prioridades e não pelas necessidades dos outros.
- Tende a viver em sua cabeça – não muito ligada ao seu corpo / sensualidade.
- Uma mulher com o arquétipo Atena forte em sua natureza seria mais realizada
em uma carreira significativa na qual ela sentia que estava fazendo uma
contribuição social; caso contrário, ela tenderá a sentir uma sensação de vazio,
falta de direção, falta de significado.
- Como mãe, se ela escolher esse caminho, Athena ficaria menos interessada nos
anos de bebê / criança. Ela desfrutará da capacidade de uma criança mais velha
de falar de maneira inteligente, de modo que ela possa se envolver com ela de
maneira adulta em relação a aprendizado, objetivos, projetos e realizações.