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Circulo de mulheres Amazonas filhas de Atena

Maria Lua

"E aqueles que pensam em Me procurar, saibam que a vossa busca e vosso
anseio devem beneficiar-vos apenas se vós souberdes o Mistério; se o que
vós procurardes, vós não achardes dentro de vós mesmos, então nunca
encontrarão fora. Pois eu tenho estado convosco desde o Início e Eu Sou
Aquela que é alcançada ao final do desejo, E aqueles que pensam em Me
procurar, saibam que a vossa busca e vosso anseio devem beneficiar-vos
apenas se vós souberdes o Mistério; se o que vós procurardes, vós não
achardes dentro de vós mesmos, então nunca encontrarão fora. Pois eu
tenho estado convosco desde o Início e Eu Sou Aquela que é alcançada ao
final do desejo"

AS AMAZONAS - (Icamiabas)

Em torno de 400 a 600 anos atrás, existiu na região Amazônica, próximo às


cabeceiras do rio Jamundá, um reino formado somente de mulheres guerreiras,
conhecidas como Icamiabas, isto é, mulheres sem homens ou ainda mulheres sem
maridos e, uma terceira interpretação, mulheres escondidas dos homens. Mas há
outra designação, também encontrada no rico folclore sobre elas, que as chama de
Cunhã-teco-ima, o que quer dizer mulheres à margem da lei ou sem lei.

Elas viviam completamente isoladas, só mantendo contatos esporádicos com


homens.

Em certas épocas do ano estas mulheres belas e guerreiras celebravam suas vitórias
sobre o sexo oposto. Neste dia, uma grande festividade era organizada e elas
desciam do monte onde viviam até o lago sagrado denominado "Yaci Uarua" (Espelho
da Lua).
Durante à noite, quando a Lua deitava sobre o espelho da água, as Amazonas
mergulhavam nela com seus corpos fortes e morenos. Após este ritual de purificação
e limpeza, estas deusas da Lua clamavam pela Mãe do Muiraquitã. Os estudiosos
folcloristas identificaram esta entidade como uma fada, mas ela também cabe na
classificação de Grande Mãe das Pedras Verdes. Era ela que entregava a cada uma
daquelas mulheres uma pedra da cor verde (jade), denominada de "Muiraquitã", onde
encontravam-se esculpidos estranhos símbolos. Receberiam-nos ainda moles,
porém, logo que saíam da água eles endureciam. Segundo os índios Uaboí, os
amuletos eram vivos e para apanhá-los, as índias feriam-se e deixavam cair uma gota
de sangue sobre o tipo que queriam. Isso feito, o animal morria e elas se atiravam na
água para buscá-los.

Cada nativa trazia em seu pescoço seu talismã propiciatório de proteção material e
espiritual. Mas elas também os presenteavam àqueles que seriam os futuros pais de
seus filhos. Estes homens eram selecionados para fecundá-las e depois eram
mantidas vivas as meninas, que mantinham a continuidade da casta matriarcal das
mulheres guerreiras.

As Amazonas foram vistas pela primeira vez pelo padre espanhol Gaspar de Carvajal,
cronista da expedição de Francisco de Orellana. Tal encontro ocorreu no lugar exato
onde o rio Negro encontra-se com o Amazonas e não foi muito atraente a estada para
estes exploradores. Ao chegarem a aldeia das índias, constataram que no centro de
uma praça erigia-se um ídolo, que era o símbolo de uma poderosa Senhora, Rainha
de uma grande nação de mulheres guerreiras. Uma dúzia de guerreiras investiram
contra os espanhóis e tiraram a vida de vários indígenas que os acompanhavam.
Carvajal as descrevia como sendo mulheres altas, belas, fortes, de longos cabelos
negros, tez clara e que andavam totalmente despidas, com arcos e flechas e
guerreavam como dez índios.

Esta descrição nos remete à um coração de uma caçadora também solitária, Ártemis.
Estas mulheres índias representam o arquétipo mais puro e primitivo da feminilidade.
Foram deusas nativas que santificavam a solidão, a vida natural e primitiva a qual
todos nós podemos retornar quando acharmos necessário a busca de nós mesmos.
Como Ártemis, elas possuem um amor intenso pela liberdade, pela independência e
pela autonomia. Um amor que pode transparecer como agressão, pois elas sempre
irão lutar para preservar sua liberdade.

OS MUIRAQUITÃS
Os muiraquitãs têm formas e tamanhos variados, mas geralmente não passam de
dez centímetros. São talhados em pedras de cor verde ou azulada (nefrita, jadeíta ou
amazonita) e se apresentam normalmente sob a forma de batráquios e felinos. Alguns
destes ídolos possuem um orifício, que possivelmente seja para passar um cordão e
pendurá-lo no pescoço. Há quem diga que tal perfuração, também podia indicar a
condição do feminino, estabelecendo assim uma associação direta com a lua.

Hoje, muito poucos originais muiraquitãs existem no Brasil, a maioria foram roubados,
comprados ou traficados, mas já foram encontradas em toda a região amazônica:
Pascoal, no Marajó, Santarém, Obidos, Parintins, Manacapuru e outros pontos. Os
de cor verde e forma matraquiana são os mais afamados, mas existem igualmente, e
em maior número, os de cor de azeitona, de cor leitosa, dependendo do material que
foi empregado na sua confecção.

O maior poder do muiraquitã, reside em suas propriedades medicinais e na


capacidade de predizer o futuro. Alguns habitantes da Amazônia que os conservam,
afirmam que é necessário aproximar-se das margens de um rio ou lago numa noite
de lua cheia para despertar os poderes deste fabuloso talismã. O ídolo deve
permanecer por longo tempo submergido em água e, em seguida, colocado pelo
devoto sobre sua testa. Os muiraquitãs arredondados são específicos para as
mulheres, enquanto que os maiores e mais longos devem ser usados pelos homens.
Existem também aqueles que apresentam cabeça de felinos, que são apropriados
para os varões e, são usados mais para saber o futuro sentimental ou sexual, pois o
simbolismo da onça nos remete à fecundidade e ao poder masculino.

O talismã de cor esverdeada mostra o futuro amoroso, enquanto que os azulados são
propícios para desvendar o futuro econômico e material. Quando mais polida for a
superfície do amuleto, melhor é para visualizar as previsões. Muitas pessoas utilizam
glifos da região amazônica para suas adivinhações. Mas estas inscrições pré-
históricas devem ter a forma e simbologia dos muiraquitãs.

As pessoas que desvendam estes segredos costumam aproximar suas testas destes
símbolos de pedra e formulam então, as perguntas que dizem respeito a seu futuro
para que a pedra sagrada possa revelá-lo. Comenta-se, que para empreender esta
tarefa é necessário jejum e abstinência sexual, ou até mesmo ingerir uma infusão de
guaraná.

Recentemente, mulheres descendentes das Amazonas, começaram a esculpir em


pequenas pedras o muiraquitã, com o objetivo de resgatar a cultura, tradição e
poderes. Elas só podem ser talhadas em noite de lua cheia e somente elas podem
utilizá-los.

Em homenagem a essa pedra verde e esse talismã sagrado, nós vamos fazer o nosso
Rosário do ventre com pedras verdes.

GRANDE MÃE DAS PEDRAS VERDES

A Mãe das Muiraquitãs foi quem ensinou as amazonas a fabricar os amuletos. Ela é
uma Deusa Lunar que representa o "lado escuro" da lua que luta contra a consciência
solar, que forçava as mulheres à servidão sexual. Foi o amor da Grande Mãe que
desmanchou o feitiço narcisista e introduziu relações objetais no mundo humano. À
medida que essa atitude expandiu-se e generalizou-se, transformou a sociedade no
matriarcado, cujos sinais distintivos eram a aceitação universal de todas as criaturas,
o naturalismo regulado e uma religião baseada nas intuições das harmonias na ordem
natural.

Todas as nações já honraram e veneraram o princípio maternal da natureza. As


amazonas possuíam a força e poder deste divino feminino. Elas, como nossas
ancestrais, estão vivas em nosso inconsciente e como parceiras interiores nos dizem
para termos mais confiança em nosso poder pessoal.

Acredito até que, já tenhamos aprendido a ser mais guerreiras que as próprias
amazonas, mas mesmo assim, ainda faço um apelo para que a obra da Grande Mãe
não apenas sobreviva e prospere, como também possamos entrar em uma "Nova
Era" de atividade em Seu nome, que é o nome da compaixão, da sabedoria e do amor
universal.

MEBIÔK, O RITUAL DAS AMAZONAS

Entre os índios Kayapó, ainda hoje é realizado o "Ritual das Amazonas", denominado
de MEBIÔK.
Durante 7 dias, as mulheres se tornam as chefes da aldeia, abandonando suas casas,
elas instalam-se na "ngobe" (Casa dos Homens), a escola masculina, que é proibida
às mulheres.
Os homens, por sua vez, terão a tarefa de substituir suas mulheres nas lidas
domésticas, preparando alimentos e cuidando dos filhos. À noite, eles têm que
atender aos chamados e provocações das mulheres guerreiras, de modo a provar
sua virilidade. É como se voltassem ao tempo do matriarcado, época em que os
papéis de homens e mulheres eram inversos.
Na última noite, no encontro na "ngobe" completamente às escuras, sem mostrar
quem realmente são, fazem sexo até o pajé anunciar a aurora. Elas vão em seguida
tomar banho e retornam às suas casas e à vida normal.

É através desse comportamento que as mulheres relembram aos homens um antigo


acordo: se eles não as tratarem bem, com amor e respeito aos direitos sociais
adquiridos, elas podem se rebelar, abandonando-os e voltando à época em que as
mulheres guerreiras viviam sozinhas na floresta, fazendo uma vez por ano uma
"caçada" aos homens para reprodução.
A lenda das Amazonas não está presente apenas na cultura Kayapó, as mulheres
xinguanas também celebram o Yamarikumã, o ritual das amazonas.
Esse ritual representa a rebelião coletiva contra o desprezo e a humilhação de
permanecerem como simples espectadoras, assistindo às demonstrações que
consideram machistas. Reagindo, as índias fazem o "moitará" (o comércio de troca
intertribal), batem nos maridos, apropriam-se dos seus artesanatos e das flautas
sagradas, cantam, dançam e lutam o huka-huka e promovem uma festa tão grande e
vigorosa como qualquer outra masculina. Essa é a forma de demonstrarem que a
qualquer momento podem repetir o episódio das amazonas guerreiras e viver
isoladamente. (TEXTO PESQUISADO POR ROSANE VOLPATTO)
Bibliografia consultada:
Geográfica Universal- Bloch Editores; jan/1995 - "O Amor entre os índios"; texto de
João Américo Peret.
As Amazonas - Fernando G, Sampaio
Amazônia - Gastão de Bettencourt
Na Planície Amazônica - Raymundo Moraes
Contos e Lendas do Brasil - Oswaldo Orico
IN:http://www.rosanevolpatto.trd.br/lendaasamazonas.htm

Para você, quem é a amazona atual?

A amazona atual tem honestidade (procurar ser verdadeira),


coragem (não trair seus princípios), compaixão (generosidade),
orgulho de si e de sua tribo (não orgulho excessivo, mas excelência
pessoal), igualdade (como expressão de humanidade e justiça),
dignidade (respeitando o valor de si e dos outros), tradição (ter um
guia de vida a considerar), honra (ter palavra e cumprir com sua
obrigação), independência (confiar em si e na sua consciência, mas
saber pedir ajuda quando realmente precisar), força (perseverança
e a certeza de que faz parte de uma força maior da causa amazona),
espiritualidade (acreditar em algo sagrado, seja de qual crença for),
diversidade (cada parte tendo seu propósito e contribuindo para o
todo), unidade (saber ser uma família unida pelos ideais das
antepassadas, uma unidade que além de virtude é proteção e forma
de prosperarmos). A amazona não sai por aí fazendo alarde de si
ou de suas irmãs, porque dar um aviso é como dar a oportunidade
de o adversário se preparar e se armar para combatê-la. Ela
conhece suas melhores armas, sabe levantar sempre que cai e
estará sempre procurando lutar pelo que acredita.
Resposta de Alexandra uma das melhores pesquisadoras das Amazonas no Brasil
(Álex.
http://amarice.wordpress.com)

Mensagem de Lívia, última sacerdotisa sagrada de Ártemis;


Éfeso, 200 anos antes da Era Comum:
Amazonas dos tempos futuros, me escutem. Eu envio estas palavras aos ventos do
tempo, pelo fogo do meu espírito e urgências do meu diamante que me dizem que
minha última lua está sobre mim agora. Pelo final da minha vida, eu não sinto uma
perda. O nascimento, a vida, a morte, são todos uma só coisa na sabedoria dela. Mas
a verdade de nossos ancestrais e os caminhos sagrados estão agora perdidos para
aqueles que seguem. Em breve, não restará ninguém para lamentar.
Ouçam minhas palavras, Irmãs! Eu sou Lívia, amante e seguidora de Ártemis. Eu
falo para vocês como a Sagrada sacerdotisa de Ártemis. Ártemis é Aquela que nos
ensina os sagrados caminhos das mulheres e da vida desde antes de existir a
memória.
Eu lhes envio a nossa história, silenciada com meu último suspiro… só para vocês
que podem me ouvir agora. O pesar deste relato agora me traz aqui sozinha a esta
floresta sagrada. Raiva e tristeza me trazem aos meus joelhos aqui no escuro, ao lado
do rio… Deixem o poder do que lhes envio agora cercar de força e verdade seus
corações, que batem do lado distante dos Tempos de Escuridão.
Esta é a penosa mensagem, de como nossa história e nossa cultura foram roubadas
de nós através da ganância, da corrupção e dos abusos de poder. A Deusa se move
para nos chamar, pois apenas através de Sua sabedoria minhas palavras podem
alcançar vocês. Ela me instrui através deste encantamento a enviar estas palavras
pra atingir vocês, Amazonas, que renasceram ao final dos Tempos de Escuridão. Nós,
que temos sido mantenedoras dos limiares antigos e profundos; limiares do
nascimento e da morte em Seu nome, chamamos vocês.
Quando vocês ouvirem minhas palavras, o templo haverá permanecido por muito
tempo em Éfeso, imensidões de colunas de pedra, um poderoso tributo a Ártemis.
Enquanto falo estas palavras, o templo está agora no planejamento. Porém, quando
esta maravilha estiver completa, a sacerdotisa sagrada de Ártemis já terá ido embora.
Ouçam-me! Assistam como o templo de pedra por si mesmo é um testemunho de
nossa violação e de nossa perda! Os entalhes exteriores do templo não são de
Ártemis e de suas amadas Amazonas, mas do herói masculino dos iônicos Androkles.
Os entalhes não foram feitos por artesãs da Sacerdotisa, mas recortados por
trabalhadores masculinos das pedreiras, trazidos de Roma.
Dentro do templo, apesar do tabu da entrada dos homens que leva a uma punição de
morte pela lei de Ártemis, estarão estátuas douradas do Imperador Romano e outros
romanos que através da riqueza compraram o direito ao sacerdócio. A ira ruge dentro
de mim, mas a vingança não é para ser minha. Ela é a medida do julgamento e é
quem estabelece os limites para todas as coisas, incluindo a duração de minha vida.
As Amazonas há muito deixaram Éfeso e cavalgaram para o norte, prestando atenção
às terríveis visões de nossas irmãs sobre os tempos de escuridão que viriam.
Profundamente lamentados foram os avisos sobre o nosso futuro. Mas quem pode
dizer que compreende a sabedoria dela? O bom e o mau são a mesma coisa para
ela, é apenas devido à nossa compreensão limitada que nós sofremos assim.
Irmãs no futuro! Ouçam minhas palavras! Ouçam e pressintam com os vossos
corações! No tempo certo, a Nação Amazona será relembrada. Procurem pelos
caminhos dela na floresta. Procurem por nós ali.
Lembrem-se! Por Ártemis…
(Traduzido da Amazon Nation por mim.)
Ártemis Diana

Ártemis e Atenas são arquétipos orientados para o exterior e a realização.


representam, nas mulheres, impulsos interiores para desenvolverem talentos,
perseguirem interesses, resolverem problemas, competirem com outras,
expressarem-se articuladamente com. palavras ou formas artísticas, colocarem seus
ambientes em ordem, ou levarem vidas contemplativas. Cada mulher que já desejou
"um espaço todo seu", ou se sente em casa quando em contato com a natureza ou
se encanta em imaginar como alguma coisa funciona, ou que aprecia a solidão tem
um parentesco com uma dessas deusas.
O aspecto da deusa virgem é o da mulher que não pertence ou é "impenetrável" ao
homem - que não é afetada pela necessidade de um homem ou pela necessidade de
ser aprovada por ele, que existe completamente separada dele, em seu próprio
direito. Quando a mulher está vivendo um arquétipo de virgem, isso significa que um
aspecto significativo seu é psicologicamente virginal, e não que ela seja fisicamente
ou literalmente virgem. O arquétipo da deusa virgem
Quando uma deusa virgem - Ártemis, Atenas ou Héstia - é um arquétipo dominante,
a mulher é, conforme a analista junguiana Esther Harding escreveu em seu livro Os
mistérios da mulher, uma-em-si-mesma. Um aspecto importante de sua psique "não
pertence a nenhum homem". Consequentemente, como descreveu Harding: "a
mulher que é virgem, uma-em-si-mesma, age como age não por causa de qualquer
desejo de agradar, nem para ser desejada ou aprovada, até mesmo por si própria,
nem por qualquer desejo de sobrepujar-se a uma outra pessoa, atrair seu interesse
ou seu
amor, mas porque o que ela faz é verdadeiro. Seus atos podem, de fato, não ser
convencionais. Pode ter que dizer não, quando seria mais fácil e mais adaptado,
convencionalmente falando, dizer sim. Mas, como virgem, ela não é influenciada
pelas considerações que fazem com que a mulher não virgem, quer seja casada ou
não, se conforme e se adapte à conveniência".
Se a mulher é uma-em-si-mesma, ela será motivada pela necessidade de seguir
valores, fazer o que tem sentido ou satisfazer-se, independentemente daquilo que as
pessoas pensam.
Psicologicamente, a deusa virgem é aquele aspecto da mulher que não foi afetado
pelas expectativas coletivas sociais e culturais, determinadas pelo sexo masculino,
daquilo que uma mulher deveria ser, ou por um julgamento individual que alguém do
sexo masculino faz dela. O aspecto da deusa virgem é uma pura essência de quem
é mulher e daquilo que ela valoriza. Ele permanece imaculado e não contaminado
porque ela não o revela, porque o mantém sagrado e inviolado, ou porque o expressa
sem modificação para refletir os padrões masculinos.

Ártemis: deusa da caça e da lua, competidora e irmã


A deusa Ártemis
Ártemis, conhecida pelos romanos como Diana, era a deusa da caça e da lua. A alta
e adorável filha de Zeus e Leto percorria a região da floresta, da montanha, da
campina e da clareira com seu bando de ninfas e cães de caça. Vestida com uma
túnica curta, equipada com arco de prata e aljava de setas ao ombro, era a arqueira
de infalível pontaria. Como deusa da lua ela é também apresentada como portadora
de luz, levando tochas nas mãos, ou com a lua e as estrelas ao redor de sua cabeça.
Como deusa da caça, especialmente das crias, era associada com muitos animais
não domesticados que simbolizavam suas qualidades. O veado, a corça, a lebre, e a
codorniz compartilhavam de sua natureza difícil de compreender. A leoa
exemplificava sua realeza e coragem como caçadora, e o feroz javali representava
seu aspecto destruidor. O urso era um símbolo apropriado para seu papel de protetora
das jovens (as garotas gregas em fase de crescimento consagravam-se a Ártemis e
sob sua proteção eram chamadas de "arktoi" ou "ursas" durante a fase marimacho de
suas vidas). Finalmente, o cavalo selvagem caminhava sem destino com seus
companheiros de viagem, como Ártemis com suas ninfas.
Enquanto deusa da caça e da lua Ártemis era uma personificação do espírito feminino
independente. O arquétipo que ela representa possibilita a uma mulher procurar seus
próprios objetivos num terreno de sua própria escolha.
A mulher tipo Ártemis
As qualidades de Ártemis aparecem cedo. Usualmente uma bebê-Ártemis é aquela
que olha de modo absorvente para novos objetos e é mais ativa do que passiva. As
pessoas muitas vezes comentam sobre sua capacidade de concentrar-se numa tarefa
auto-selecionada: "ela tem um poder de concentração surpreendente para uma
criança de dois anos", ou "ela é uma criança cabeçuda," ou "cuidado com o que você
lhe promete, porque ela tem mente de elefante: não se esquecerá, e cobrará a
promessa". A inclinação de Ártemis para explorar um novo território usualmente
começa quando ela consegue levantar-se e vencer o berço de grades altas, saindo
do cercadinho para penetrar num mundo maior.
Ártemis tem a tendência de se sentir firme a respeito de suas causas e princípios. Ela
pode defender alguém menor ou afirmar com veemência que "isso não está certo!",
antes de se envolver em alguma campanha para corrigir um erro. As garotas tipo
Ártemis que cresceram em famílias que favoreciam os filhos homens - dando aos
jovens pequenas tarefas - não aceitam humildemente essa injustiça como um "dado".
A feminista em flor é vista como a pequena irmã que exige igualdade. (texto extraído
do livro da autora Jean shinoba Bohlen As deusas e as mulheres que vou
disponibilizar para vocês)

A Lua Nova: A Lua Nova surge logo após a noite sem lua, quando apenas emerge
um fino fio de luz prateado no céu. Nesta fase ela representa o início da vida, da
concepção, o início da jornada…
A Deusa mostra a sua face de Criança.
Despertou para a vida, cheia de vontade de aprender, experienciar e absorve toda a
aprendizagem do meio que a envolve.
É aqui que ela constrói os seus alicerces com toda a pureza e inocência de uma
criança.
Ela é energética e cheia de sonhos, muito próxima dos elementais, e com sede de
conhecimento.
Ela vai crescendo, descobrindo, aprendendo e se afirmando.
Tal como a Deusa, nesta fase da lua tendemos a sentir-nos revigorados, cheios de
energia, com vontade de aprender e mais ligados com os elementais.

Artemis – possui um temperamento introvertido e independente (polar oposto a


Atena) – representa a deusa da Natureza – preocupada com assuntos do ar livre,
animais, proteção ambiental, comunidades de mulheres – ela é prática,
aventureira, atlética e prefere solidão. Ela simboliza o poder da terra regenerativa
sobre todas as coisas vivas. Tanto Artemis quanto Atena tinham armas como
deusas protetoras. Historicamente, Artemis nasceu rapidamente por sua mãe,
Leto. No entanto, devido a uma maldição de Hera, Artemis foi quem,
imediatamente após o seu próprio nascimento, ajudou a mãe a entregar seu irmão
em um longo e difícil trabalho de parto. Ela ficou conhecida como padroeira do
parto.

Ártemis, armada com arco e flecha, possui o poder de infligir pragas e morte ou
curar. Ela é conhecida como a protetora de criancinhas, filhotes e, no entanto, ela
também ama a caçada.
Artemis é uma das deusas andróginas “virgens“. Devido à sua energia masculina
bem integrada e independência, Artemis não possui muita necessidade de um
homem para completá-la. Sua consciência está focada. Uma mulher
predominantemente do tipo Artemis pode desfrutar de uma companheira que
trabalhe ao lado dela compartilhando suas atividades práticas – parentesco
paralelo em atividades compartilhadas, mas cada uma mantendo suas identidades
fortes e distintas em suas vidas razoavelmente separadas. Eles podem se unir,
desfrutando de uma conexão profunda e intuitiva com o mínimo de ‘tagarelice’.
Artemis, a deusa, era conhecida por afastar os homens.

Artemis – representa o arquétipo feminino da Natureza & A selvagem – virgem,


pura, primitiva – dos lugares selvagens – Mãe das Criaturas. A função das virgens
era dispensar a graça da Mãe para curar, profetizar, realizar danças sagradas,
lamentar pelos mortos. A imagem de Artemis em Éfeso mostra um torso coberto
de seios que a transmite como a nutriz fértil de todos os seres vivos. Ela também
era a Caçadora, assassina / destruidora das próprias criaturas que ela produziu –
demonstrando o lado claro e escuro da deusa.

Psicologicamente, Artemis pertence à categoria de deusa “virgem” – consciência


auto-dirigida, autônoma e focada .

• Para os romanos, Artemis era conhecida como Diana.

• Sua energia “masculina” pode ser profundamente transformada ou sublimada de


maneiras altamente criativas.

• A natureza andrógena – contendo energias femininas e masculinas – completas,


inteiras em si mesma – seu verdadeiro relacionamento é consigo mesma.

• A energia andrógina contida no interior converte-se a visões, experiências


místicas e uma profunda e duradoura compaixão por toda a natureza.

• Amante de animais e a serenidade encontrada na natureza, de um lado

• E, destruidor, Artemis-deusa lidera a caçada noturna no meio da floresta.


• Semelhante a Atena, psicologicamente – jovem, juvenil, independente, forte,
autônoma, enérgica, nascida com fortes qualidades masculinas em sua natureza
e, particularmente para Ártemis, um intenso amor pela liberdade.

• Disposto a confusão de papéis de gênero

• Natureza solitária ensinando sua auto-suficiência e independência – profecia,


poesia, música, magia e cura

• As mulheres Artemis permitem que a Natureza frequentemente substitua as


relações humanas – exigindo um retiro solitário pelo qual o ego está livre da
estimulação externa.

• As mulheres Artemis acham que a presença ininterrupta de outras pessoas


impede a sua presença para si mesma, portanto, requer recuar para a solidão do
mundo natural e oferecer uma reconexão ao seu eu interior.

• Muitas mulheres Artemis, que preferem viver mais perto da natureza, são
deslocadas nas cidades

• Desencarnado por sua verdadeira natureza em relação ao papel da esposa /


maternidade ou pelos valores da sociedade convencional – os tipos Artemis
podem preferir a companhia de mulheres que compartilham seu senso de
presença de si mesmo e auto-suficiência.

• História mitológica

◦ A mãe de Artemis era Leto, uma divindade da natureza que suportava Artemis
sem dor. O pai de Artemis era Zeus.

◦ Artemis, seguindo diretamente o seu próprio nascimento – uma recém-nascida,


Artemis ajudou como parteira de sua mãe, Leto, durante um parto muito difícil para
seu irmão gêmeo, Apolo. Artemis foi posteriormente considerada uma deusa do
parto.

◦ Artemis, a protetora, em muitas ocasiões “resgatou” sua própria mãe.

◦ Em Éfeso, Artemis era adorado como a grande mãe de muitos peitos.


◦ Os historiadores gregos clássicos, por outro lado, descrevem-na como uma
virgem que nunca teve um filho próprio, evitando homens e vivendo na floresta à
margem do mundo habitado.

◦ Artemis – a patrocinadora das parteiras – Mãe de Nascimento e de Morte /


Caçadora e tomadora da vida – representando tanto a Luz quanto o lado Sombrio
da natureza da Deusa.

◦ Ártemis, que é tão bela quanto Afrodite, faz a solidão sagrada, a vida natural e
primitiva – ela não é lisonjeada ou interessada em pretendentes masculinos.

◦ Artemis pune severamente qualquer homem que ponha os olhos em seu corpo
nu – ela transformou um homem espião em um cervo e seus cães de caça, não
mais reconhecendo-o, despedaçaram-no.

◦ Artemis possui profunda simpatia pela Terra e todos os seres vivos e emprega o
papel de protetora – ela está enfurecida com a exploração da natureza e criaturas
impotentes.

◦ Artemis é a irmã gêmea de Apolo – Dionísio é o irmão negro de Apolo.

◦ Artemis pode ter sido, no começo, antes da manipulação patriarcal grega


posterior, a Grande Mãe, triplicando seu poder como donzela, mãe e anciã.
Artemis pode provavelmente ser uma das mais antigas deusas gregas –
pertencente à camada mais antiga da memória humana.

• Desafios enfrentados por Artemis

◦ Ela tende a evitar sua vulnerabilidade em relação aos outros – escondendo suas
necessidades emocionais, até para si mesma.

◦ Artemis tende ao distanciamento emocional – dificuldade em confiar no


relacionamento.

◦ O crescimento da mulher do tipo Artemis está no desenvolvimento de seu lado


de relacionamento humano menos consciente de si mesma.
◦ O tipo de Artemis precisa de metas recompensadoras e desafiadoras pelas quais
se esforçar, se Artemis for incapaz de encontrar uma autoexpressão plena em sua
vida, ela se sentirá cada vez mais frustrada e deprimida.

• O lado sombrio de Ártemis: poder primitivo de sua sede de sangue, ‘ira justa’
– a tarefa de Artemis é confrontar seu ‘javali interior’ – enquanto sacrifica sua
deusa ‘justa e vingadora’. Ela faz isso aceitando humildemente suas próprias
falhas e erros como uma mulher humana, compassiva consigo mesma, primeiro,
então ela pode ter compaixão pelos outros.

• Ferida de Artemis: Questões de auto-estima envolvendo relacionamento íntimo


resultantes do isolamento precoce de outras meninas e, posteriormente, sensação
de rejeição / exclusão por parte dos meninos.

• Presentes de Artemis: capacidade de se concentrar, estabelecer metas e


alcançá-las; autonomia / independência, capacidade de desenvolver uma conexão
significativa com outras mulheres.

• Artemis ‘personalidade

◦ Quando criança e adolescente:

Corpo forte e masculino, uma conexão intensamente instintiva com o corpo dela.

Ela rejeita o comportamento culturalmente prescrito e os interesses das meninas


como agradáveis e complacentes – podem ser criticados por parecerem não
femininos.

Atlética, competitiva, perseverante

Ela pode ter seu próprio cavalo, ou pelo menos amar andar a cavalo.

Ela é uma amante dos animais, determinada a se tornar veterinária.

Ela ama as plantas que exploram a mata, florestas, riachos, criaturas selvagens,
um aventureiro.

◦ Como mulher adulta:

Pessoa adolescente forte persiste mesmo quando adulta


Não-tradicional em seus interesses e abordagem para a vida

Normalmente escolhe seu campo de trabalho como resultado de sua paixão –


esportista, bióloga, veterinária, geóloga, defensora do meio ambiente, curandeira,
especialista em herbologia, xamã ou outras profissões solitárias.

Mantém visões feministas e afiliações fraternas com outras mulheres

A expressão sexual se inclina mais para o esporte recreativo ou para a excitação


de uma nova experiência mais do que para a intimidade emocional – na vida
adulta, a sexualidade muda para seguir seus interesses que possuem significado
pessoal para ela.

Uma mulher na qual predomine o arquétipo de Artemis exigirá um bom grau de


liberdade e independência. Como sua irmã ateniense, ela precisa dirigir sua
própria vida de uma maneira que lhe dê realização / realização pessoal, em vez
de satisfazer as expectativas dos outros.

Ela precisa da natureza; se ela não se alimentar adequadamente de boas doses


do mundo “natural”, ela se sentirá mal-humorada, irritável ou deprimida.

Como mãe, se ela escolher esse caminho, ela provavelmente protegerá


ferozmente o bem-estar de seus filhos, ao mesmo tempo em que lhes dará
bastante liberdade para vivenciar.
Consagração Do Aposento
Dentro do círculo infinito da divina presença que me envolve inteiramente, afirmo:
Há uma só presença aqui, é a da Harmonia, que faz vibrar todos os corações de
felicidade e alegria.
Quem quer que aqui entre, sentirá as vibrações da Divina Harmonia.

Há uma só presença aqui, é a do Amor. Deus é o Amor que envolve todos os seres
num só sentimento de unidade. Este recinto está cheio da presença do Amor. No
Amor eu vivo, me movo e existo. Quem quer que aqui entre, sentirá a pura e santa
presença do Amor.

Há uma só presença aqui, é a da Verdade. Tudo que aqui existe, tudo que aqui se
fala, tudo que se pensa é a expressão da Verdade. Quem quer que aqui entre, sentirá
a presença da Verdade.
Há uma só presença aqui, é a da Justiça. A Justiça reina neste recinto. Todos os atos
aqui praticados são regidos e inspirados pela Justiça. Quem quer que aqui entre,
sentirá a presença da Justiça.

Há uma só presença aqui, é a presença de Deus o Bem. Nenhum mal pode entrar
aqui. Não há mal em Deus. Deus, o bem, reside aqui. Quem quer que aqui entre,
sentirá a presença divina do Bem.

Há uma só presença aqui, é a presença de Deus a Vida. Deus é a Vida essencial de


todos os seres. É a Saúde do corpo e da mente. Quem quer que aqui entre, sentirá a
divina presença da Vida e da Saúde.

Há uma só presença aqui, é a presença de Deus a Prosperidade. Deus é


Prosperidade, pois Ele faz tudo crescer e prosperar. Deus se expressa na
Prosperidade de tudo o que aqui é empreendido em seu nome. Quem quer que aqui
entre, sentirá a divina presença da Prosperidade e da Abundância.

Pelo símbolo esotérico das Asas Divinas estou em vibração harmoniosa com as
correntes universais da Sabedoria, do Poder e da Alegria.
A presença da Divina Sabedoria manifesta-se aqui. A presença da Alegria Divina é
profundamente sentida por todos os que aqui penetram.

Na mais perfeita comunhão entre o meu Eu Inferior e o meu Eu Superior, que é Deus
em mim, consagro este recinto a mais perfeita expressão de todas as qualidades
divinas que há em mim e em todos os seres. As vibrações do meu pensamento são
forças de Deus em mim, que aqui ficam armazenadas e daqui se irradiam para todos
os seres, constituindo este lugar um centro de emissão e recepção de tudo o quanto
é Bom, Alegre e Próspero.

Oração:
Agradeço-te ó Deus, porque este recinto está cheio da Tua Presença.

Agradeço-te, porque vivo e me movo por Ti.

Agradeço-te, porque vivo em Tua Vida, Verdade, Saúde, Prosperidade, Paz,


Sabedoria, Alegria e Amor.

Agradeço-te, porque estou em Harmonia, Amor, Verdade e Justiça com todos os


seres. Amém.

ATENA

Atena – temperamento extrovertido e independente – representa a deusa da


sabedoria e da civilização – preocupada com a carreira, motivada pelo desejo de
conquista, adquirindo conhecimento, possui um intelecto aguçado, preocupado
com educação, cultura, questões sociais e política. Atena é filha do pai. Ela entra
na arena masculina no mundo exterior. Atena também é conhecida como uma das
três mulheres da Amazônia. (O mito das mulheres da Amazônia falava de uma
sociedade de ferozes mulheres guerreiras que viviam inteiramente sem homens.)
A história de seu nascimento: ela emergiu completamente da cabeça de Zeus.

Ela é uma deusa “virgem” andrógina que desenvolve um relacionamento com sua
própria parte masculina interior, em vez de participar do casamento com um
homem exterior. Sua consciência está focada. Ela se relaciona com os homens
como um companheiro intelectual com quem ela compartilha ambições, objetivos
de carreira e ideais. Se uma mulher do tipo tipicamente ateniense escolhe uma
parceria, ela procura alguém que possua autoconfiança suficiente e que aprecie
sua ambição e autonomia.

Atena – representa o arquétipo feminino do pensamento lógico – como mulher,


não como homem. Sua energia de deusa virgem pode ser profundamente
transformada ou sublimada de maneiras altamente criativas. Por natureza, as
deusas virgens são mais auto-dirigidas, auto-motivadas, focadas do que difusas
no pensamento. Ela é meta orientada. Como resultado, os tipos de deusa virgem
tendem mais para a independência e autonomia do que para as irmãs deusa
vulneráveis, orientadas para a parceria.

• Para os romanos, ela era conhecida como Minerva

• O pai de Athena era o deus grego Zeus, que deu à luz a partir de sua cabeça .
Ela saltou para frente com um grito forte e brandindo sua lança afiada.

• O mito grego afirma que a verdadeira mãe de Atena era Metis, um titã,
pertencente à raça pré-olímpica de divindades do período matriarcal reprimidas
pelo patriarcado posterior. Ela foi engolida por Zeus – uma metáfora para a
supressão matriarcal.

• Imagem grega de Atena – donzela com espada e armadura – alta e imponente


– associada a violência e ação

• A verdadeira natureza de Atena, no entanto, demonstrou uma preocupação ativa


pelo bem-estar da comunidade / humanidade. Ela era uma ativista contra o
sofrimento e a injustiça.
• A deusa Atena rejeita a sexualidade, o casamento e a maternidade.

• Athena pune qualquer homem que espione seu corpo nu, ainda que com alguma
compaixão.

• Sentada ao lado de Zeus, apenas Athena sabe onde os raios estão escondidos
e como usá-los.

• O arquétipo de Atena é essencialmente juvenil, idealista comprometido com um


propósito maior.

Desafios que enfrentam Athena

◦ Descobrindo sua relação com a autoridade – ela defenderá e promoverá


respeitosamente o mundo patriarcal autoritário e hierárquico como status OU
emancipando a si mesma, ela matará o pai (simbolicamente) para se tornar
completamente ela mesma – derrubando o princípio do pai – paternalismo –
corporações , colonialismo, opressão, supressão do princípio feminino e portador
da tocha para o bem-estar da humanidade.

◦ Atena foi separada da função materna como resultado de Zeus ter engolido a
mãe de Atena (sociedade matrilinear) – Zeus está psiquicamente em guerra com
o princípio da mãe; portanto, Athena está mais fora de sintonia com sua
necessidade de atenção calorosa e física, atenção às suas necessidades
instintivas e corporais e amor incondicional.

◦ A forte identificação de Atena com o mundo paterno a torna propensa a herdar o


medo patriarcal dos poderes da Mãe Negra – não reconhecendo esses poderes
como aspectos de sua própria constituição psíquica.

Lado escuro de Atena: Medusa – intimidante, crítica, crítica em relação à


fraqueza nos outros, seu ar de autoridade e inaptidão mantêm os outros a uma
distância emocional.

• A ferida de Athena: Seu coração – fora de contato com as duas deusas do


amor: Deméter, o amor maternal e Afrodite, amor sensual – Sua imagem
masculina ocultando seu feminino interior subdesenvolvido e vulnerável – Ela é
emocionalmente hipersensível.

• O presente de Athena: Hoje, é capacitar a contribuição das mulheres para a


vida política, intelectual e criativa de nossas cidades, elevando, portanto, a
integridade e a qualidade de nossa civilização, trazendo as qualidades do feminino
que há muito foram suprimidas.

• A personalidade de Athena

◦ Quando criança e adolescente:

- Seu nariz está em um livro.

- Curioso, buscando informações, quer saber como as coisas funcionam

- A menina do papai – ele pode atender seu intelecto astuto e seu desejo de
alcançar

- Ela pode gostar de brinquedos educativos como as feiras de ciências.

- Ela pode costurar suas roupas ou desfrutar de outros ofícios.

- Ela tende a não ter amigas próximas – pode preferir companheiros masculinos
platônicos.

◦ Como mulher adulta:

- Motivado por suas próprias prioridades e não pelas necessidades dos outros.

- Tende a viver em sua cabeça – não muito ligada ao seu corpo / sensualidade.

- Pensamento focado, prático, pragmático, pensador linear – faz as coisas com


moderação.

- Nem um pouco o tipo de paquera.

- Uma amiga dedicada e confiável.

- Realização orientada, ela se sente confortável em campos dominados por


homens.
- Orientada para a carreira, ambiciosa, solidária (juntamente com) o status quo
dominado pelos homens – consegue-se bem no meio da ação / poder masculino.

- Impessoal, racional – bem no controle de seus sentimentos / emoções – ela é


capaz de trabalhar de perto com os homens sem cair em complicações
emocionais ou eróticas.

- Sua libido é direcionada para atividades mentais, extrovertidas, buscando a


realização intelectual (conquista gratificante), liderança criativa e tomada de
decisão.

- Uma mulher com o arquétipo Atena forte em sua natureza seria mais realizada
em uma carreira significativa na qual ela sentia que estava fazendo uma
contribuição social; caso contrário, ela tenderá a sentir uma sensação de vazio,
falta de direção, falta de significado.

- Como mãe, se ela escolher esse caminho, Athena ficaria menos interessada nos
anos de bebê / criança. Ela desfrutará da capacidade de uma criança mais velha
de falar de maneira inteligente, de modo que ela possa se envolver com ela de
maneira adulta em relação a aprendizado, objetivos, projetos e realizações.

Quem é a Mestre Ascensionada Pallas Athena?


Pallas Athena, a Deusa da Verdade, é um extraordinário ser de luz que personifica a
consciência cósmica da Verdade. A chama da verdade tem uma coloração verde-
esmeralda, intensa e brilhante. Combina o poder azul flamejante da vontade de Deus.
A presença de Pallas Athena no universo é a exaltação da chama da Verdade vivente.
Ela sustenta a verdade em favor das evoluções da Terra, como membro do Conselho
do Carma, onde atua como representante do quinto raio da verdade, da cura, da
abundância e da precipitação.
A Mestra auxilia a humanidade a partir do Templo da Verdade, situado sobre a ilha
de Creta. Servindo diretamente sob o comando de Vesta, a Deusa do Sol, focaliza a
verdade do amor de Deus para a Terra. Pallas Athena também trabalha com Hilarion,
o chohan do quinto raio, e outros mestres da cura do raio verde.
Pallas Athena encarnou como sumo-sacerdotisa do Tempo da Verdade, na Atlântida,
prestando serviço sob o comando de Vesta. Mais tarde, protegeu a chama da
Mãe da verdade na antiga Grécia, quando aquele templo e sua chama foram
transferidos da Atlântida para lá. Atuou ainda como diretora das virgens e dos
oráculos do templo de Delfos, mensageiros dos deuses e deusas que
pronunciavam a Verdade e a sabedoria da Lei para os antigos. As memórias dos
deuses, as funções das virgens do templo e dos oráculos de Delfos foram os
últimos vestígios de comunicação dos Mestres Ascensos na cultura grega.
Pallas Athena é chama gêmea do Maha Chohan, o representante do Espírito Santo
para a Terra. Juntos, formam um par em defesa da verdade. O Maha Chohan
encarnou como o poeta grego Homero, que escreveu sobre Pallas Athena em seus
poemas épicos, a Ilíada e a Odisséia.
Pallas Athena é uma das mais importantes divindades da mitologia grega e, na
romana, é identificada como Minerva. Sua influência está em tudo, da administração
governamental e atividades militares às delicadas artes da fiação e tecelagem. É tida
como a personificação da sabedoria que rege o lado moral e intelectual da vida
humana.
A deusa Athena era o coração da vida espiritual da antiga Atenas. Os gregos a
adoravam como defensora das suas cidades e lhe dedicavam vários títulos. É
reverenciada como a Deusa da Guerra e da Paz, a Deusa da Sabedoria, patrona das
artes e do artesanato, e guardiã das cidades. Também é homenageada como
inventora e protetora da cultura e como protetora da vida civilizada e da agricultura.
É denominada Deusa-Conselheira e Deusa do Legislativo, devido ao seu papel como
mantenedora da lei e da ordem nas cortes e por administrar a justiça. É considerada
ainda a Deusa da Mulher Trabalhadora, devido à sua mestria em fiar, tecer e trabalhos
com agulha.
Entre as muitas invenções que lhe são atribuídas estão a flauta, o navio e a ciência
dos números. Seu emblema é o ramo de oliveira, símbolo da paz; seu pássaro é a
coruja, que representa a sabedoria.
Fonte: http://www.summitlighthouse.com.br

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