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Endocardite Infeciosa
- Definição: Infecção das válvulas cardíacas
- Diagnóstico – Critérios de Duke:
> Maiores:
* Hemocultura: 2 amostras + com germe típico
* Ecocardiograma: Abscesso, vegetação
* Sopro novo de regurgitação valvar
> Menores:
* Febre
* Fator de risco: Droga IV, lesão valvar prévia (Ex: Prótese valvar)
* Vascular: Manchas de Janeway (indolor), AVE, aneurisma micótico, infarto
pulmonar
* Imune: Nódulos de Osler (doloroso), manchas de Roth, FR, Glomerulonefrite
* Outra hemocultura que não seja maior
> Diagnóstico Definitivo: 2 maiores ou 5 menores ou 1 maior + 3 menores
- Tratamento: Antibiótico IV 4-6 semanas
> Subaguda: Aguarda Cultura para tratar
> Aguda: Antibiótico Empírico
* Valva Nativa: Oxacilina + Penicilina + Gentamicina (Estafilococo + Estreptococo +
Enterococo respectivamente)
* Usuário de Drogas IV: Vancomicina + Gentamicina (MARSA)
* Prótese valvar há <1ano: Vancomicina + Gentamicina + Rifampicina (Rifampicina é
potente no ataque do biofilme)
- Profilaxia: Amoxicilina 2g VO antes de procedimentos dentários ou respiratório de
maior risco em pacientes de alto risco
> Endocardite prévia
> Prótese Valvar
> Cardiopatia Corrigida nos primeiros 6 meses
> Cardiopatia Cianótica não-corrigida
-> Prolapso mitral NÃO ENTRA!
Hipertensão Arterial
- Definição: Média da PA ≥140x90mmHg em duas consultas
> EUA:
-> E1: ≥130x80
-> E2: ≥ 140x90
> Normal: PAS ≤120 e PAD ≤ 80
> Pré-Hipertensão: PAS 121 – 139 ou PAD 81-99
> HAS Estágio I: PAS 140-159 ou PAD 90-99
> HAS Estágio II: PAS 160-179 ou PAD 100-109
> HAS Estágio III: PAS ≥ 180 ou PAD ≥ 110
-> AHA: HAS é PA> 130x80
-> MAPA
* ≥ 130x80 (24h)
* ≥ 135x85 (Vigília)
* ≥ 120x70 (Sono)
-> Hipertensão Mascarada: Tem, mas não parece
-> Jaleco Branco: Não tem, mas parece
- Clínica: Assintomático, lesão de órgão alvo
> Retinopatia
-> I: Estreitamento arteriolar
-> Cruzamento arterio-venoso patológico
-> Hemorragia / Exsudato
-> Papiledema
- Tratamento Inicial: Alvo Geral < 140x90 / Alvo em Alto Risco Cardiovascular < 130x80
> Pré-Hipertensão: Tratamento não farmacológico
> HAS Estágio I: Início com 1 droga (Monoterapia)
* Possibilidade em baixo risco cardiovascular: Modificações do estilo de vida por 3-6
meses -> Se não normalizar pressão, inicia a droga
> HAS Estágio II ou Alto risco cardivascular: Início com 2 drogas (Associação)
> HAS Estágio III: Início com 2 drogas (Associação)
-> Risco Cardiovascular Elevado: DM, DRC, ICC, DAC, AVE, Risco em 10 anos > 10%
- Drogas de Primeira Linha: Diuréticos Tiazídicos, Bloqueadores de Canal de Cálcio,
IECA e BRA (Não associar IECA e BRA, porque são drogas com mecanismo de ação
muito parecidas. Aumenta o risco de efeito colateral ao associar.
> “Melhor associação”: IECA + BCC
> Pode pensar em Betabloqueador em pacientes com IC e Coronariopatas, mas se
paciente é apenas hipertenso, não pensa nele primeiro.
> Tiazídico é boa escolha em negros (IECA e BRA, não é tão efetivo em Negros, porque
SRAA não é tão intenso nos negros)
> BCC é boa escolha para negro e doença arterial periférica
> IECA e BRA são escolhas para DRC, ICC e DM
- Hipertensão resistente: ≥3 drogas (sendo uma o Tiazídico), sem controle -> Avaliar
uso de Espironolactona e Hipertensão secundária
- Crise Hipertensiva: Aumento súbito, geralmente ≥ 180x120mmHg
> Emergência Hipertensiva (Lesão aguda em órgão-alvo):
* Encefalopatia (Cefaleia, Tontura, rebaixamento do nível de consciência):
Nitroprussiato com redução de 20-25% da PA na 1ª hora
* Dissecção Aórtica (Sopro diastólico, dor que irradia para dorso, PA diferente nos
MMSS): Nitroprussiato + Betabloqueador IV -> Iniciar primeiro Betabloq, porque se
baixar pressão antes, pode ter reflexo e aumentar FC -> Alvos: FC < 60bpm e PA S≤ 120
* Intoxicação de Cocaína (Agitação, Midríase): Benzodiazepínico + Anti-hipertensivo
(Evitar Betabloqueador)
> Urgência Hipertensiva (PAD ≥ 120mmHg): Observação por algumas horas com Anti-
hipertensivo por VO -> 160x100mmHg em 24-48h
> Pseudo-crise hipertensiva: PAD < 120mmHg. Hipertenso crônico mal controlado,
estresse...
Valvopatias
1 - Estenose Mitral
- Mitral abre na diástole e fecha na sístole
- Definição: Valva não abre adequadamente na diástole
- Clínica: Piora com aumento da FC, rouquidão, disfagia
> Sopro diastólico com reforço pré-sistólico (Na FA há perda do reforço pré-sistólico)
> Estalido de abertura logo após B2, hiperfonese de B1
- Tratamento: Reduz FC para dar tempo pro átrio se esvaziar
> Medicamentoso: Betabloqueador (Controle de FC)
> Intervenção: Comissurotomia percutânea x Troca valvar
* Valva muito defeituosa, troca. Valva não tão defeituosa, pode fazer
Comissurotomia
* Escore de Blok/Wilkins ≤ 8, optar por Comissurotomia percutânea. >8, preferir
troca valvar
-> Gestante ou alto risco operatório, considerar escore até 10.
2- Estenose Aórtica
- Aórtica abre na sístole e fecha na diástole
- Definição: Valva não abre adequadamente na sístole
- Clínica: Tríade: Dor torácica, síncope e dispneia
> Sopro sistólico em diamante (sopro mesosistólico)
> Pulso parvus tardus (Sangue sai do VE com pouca força e mais fraco e tempo de
sístole é prolongado para poder se esvaziar)
- Tratamento:
> Intervenção (troca): Cirurgia x TAVI (Hemodinâmica)
* TAVI (“Transcatheter Aortic Valve Implatation”): se risco cirúrgico alto -> STS >8% /
Euro SCORE >20%
3- Insuficiência Mitral
- Clínica: ICC
> Ictus desviado, B3
4- Insuficiência Aórtica
- Clínica: ICC, Angina com FC baixa
> Corrigan, Austin Flint, tudo pulsa
Insuficiência Cardíaca
- Classificação:
> Direita (Congestão Sistêmica) x Esquerda (Congestão Pulmonar)
> NYHA:
* NYHA I: Grandes esforços
* NYHA II: Esforços intermediários
* NYHA III: Esforços pequenos
* NYHA IV: Esforços mínimos ou em repouso
> Crônica x Aguda
> FE VE Reduzida (FE<40%) – B3 x FEVE Preservada (FE > 50%) – B4
> ABCD da FEVER
* A: Só fatores de risco -> Tratar HAS, DM2
* B: Doença estrutural assintomática: IECA ou BRA + Beta bloqueador
-> Se não tolerar IECA ou BRA: Hidralazina + Nitrato
-> Beta bloqueador: Carvedilol, Metoprolol ou Bisoprolol
* C: Sintomáticos: Espironolactona, Diurético
-> Esquema básico ABC: Aldactona, Betabloqueador, Captopril
-> IC persistente com IECA em altas doses: substituir por Valsatan + Sacubitril
-> IC persistente com FC>70: Ivabradina acrescentar
-> IC persistente: Digital (aumenta risco de intoxicação e não altera sobrevida)
-> IC persistente com QRS alargado: Ressincronização ventricular
-> IC persistente: Hidralazina + Nitrato
-> IC persistente: Dapaglifozina
* D: Refratários: Suporte, transplante
- BNP: Marcador prognóstico e diagnóstico
- Tratamento:
> Betabloqueador (início dose baixa e progressiva): Carvedilol, Succinato de
Metoprolol, Bisoprolol ou Nebivolol (> 70 anos)
> IECA ou BRA
> Espironolactona
> Sacubitril/Valsartan: Substitui IECA ou BRA se paciente refratário (Sem uso de IECA
por no mínimo 36h -> Maior risco de hipotensão e Angioedema se antes desse tempo)
> Ivabradiana: Associa em paciente refratários, desde que em ritmo sinusal e FC ≥70
> Hidralazina + Nitrato: Associa se CI à IECA ou BRA ou em negro refratário
> Dapaglifozina: Associa se refratário, portador ou não de DM2
> Alívio dos sintomas:
* Diuréticos de alça (Furosemida)
* Digital: Digoxina
> Intervenção:
* Terapia de Ressincronização Cardíaca (VE e VD -> MP biventricular): Refratário com
bloqueio de ramo (principalmente BRE) e QRS ≥ 130ms (principalmente > 150)
- IC FEVEP: Sem consenso sobre terapia ideal
> Controlar PA, FC e congestão
> IECA, Betabloqueador, diuréticos em baixa dose
> Digital é contraindicado
- IC FEVE Indeterminada (40-50%)
> Terapia ICFER?
- Insuficiência Cardíaca Aguda
> Perfis Hemodinâmicos
* A: Quente e seco
* B: Quente e úmido (mais comum)
* C: Frio e úmido
* D/L: Frio e seco
> Tratamento:
* A: Pensar em outras causas (TEP, Anemia)
* B: Diurético + Vasodilatador -IECA, Nitroprussiato (Facilita ejeção de sangue do VE,
melhora congestão)
* C: Inotrópico (Dobutamina) + Vasodilatador (se PAS>90mmHg) + Avaliar início de
diureticoterapia assim que melhora hemodinâmica
* D: Reposição volêmica
Arritmias
1- Taquiarritmias
- Algoritmo
> Existe taquicardia?
* 1500/numero de quadradinho ou 300/número de quadradões -> Menos que 3
quadradões
* Se RR<3 Quadradões, tem taquicardia
> Existe onda P?
* Se existir, ou é atrial ou é sinusal
> Existe onda F de Flutter atrial?
* Se existir, é Flutter -> Mais comum é o 2:1 com FC: 150bpm ->Geralmente
revertido com choque de baixa carga
> QRS é estreito ou alargado (> 3quadradinhos, > 120ms)?
* Se alarga, é ventricular -> Iguais: monomórficas, Diferentes: Polimórficas
-> Se TV durar mais de 30 segundos ou for acompanhada de instabilidade
hemodinâmica, é TV sustentada
-> Melhores drogas: Procainamida, Amiodarona e Sotalol (“Pás -> sempre está com
as pás na mão”)
-> Critérios para diferenciar TV com Taquisupra com aberrância (bloqueio de ramo
associado): Quanto mais alargado (> 160ms), maior chance de ser ventricular; se
dissociação AV, maior chance de ser ventricular
> R-R é regular ou irregular?
* Se irregular, fibrilação atrial
* Se regular, é Taquissupraventricular (TPSV) -> Comum em pessoas jovens e
tratamento é, primeiro com manobra vagal e, depois, Adenosina
- Fibrilação Atrial
> Instável: Cardioversão elétrica (120-200J)
* Hipotensão, dor torácica, síncope, congestão
> Estável:
* Controle da FC: Betabloqueador, Antagonista do canal de Ca (Cardiosseletivos:
Verapamil e Diltiazem), Digital (se refratário com IC)
* Controle do ritmo (opcional, não altera mortalidade -> Avaliar se for o primeiro
episódio, pode tentar reverter): Choque, Amiodarona, Propafenona (melhor, pode ser
realizada ambulatorialmente; mas não pode fazer se tiver cardiopatia estrutural ou
prolongamento do intervalo QT)
** Profilaxia: Amiodarona (IC, risco de toxicidade), Propafenona, Sotalol ->
Ablação por radiofrequência
* Terapia Anticoagulante:
-> Pré-reversão por 3-4 semanas se >48h ou indeterminada ou alto risco
tromboembólico (CHA2DS2VASC ) se tiver ECOTE, não precisa anticoagular antes.
* CHA2DS2VASC -> ICC, HAS, Age>75 anos, DM2, Stroke, Vascular disease – IAM,
DAOP, Doença Aórtica, Age 65-74 anos >> CHADSVASC > 2 é alto risco
-> Pós-reversão: 4 semanas no mínimo ou indeterminada se CHADSVASC>2 ou FA
valvar (Estenose Mitral moderada-grave ou prótese)
-> Preferência pelos NOACS (DabigaTRan – inibe trombina, RivaroXaban, ApiXaban,
EdoXaban – inibem fator Xa) – Não usar se Cl<30, Apixaban pode ser utilizada até Cl de
15
-> Warfarin: Preferência em doença valvar (prótese mecânica ou estenose mitral
moderada-grave) ou C Cr < 15ml/min
- QT longo / Torsades
> Causas: Agrotóxicos (inseticidas), Bradiarritmias (BAVT), Congênita, Drogas
(antiarrítmicos, haloperidol, macrolídeos, cloroquina), Eletrólitos (Hipocalemia,
Hipomagnesemia e Hipocalcemia)
> Avaliação do QT: Conta número de quadradinho entre início QRS até final da onda T
(até 440ms – 11 quadradinhos)
* Correção pela FC: Equação de Baset (QTc += QT/√RR)
* Mulher: > 470ms para ser alterado
* Alto risco: > 500ms
> Conduta: Sulfato de Magnésio, Marca-passo se era BAVT antes
- Condutas:
> Instabilidade (Hipotensão, Síncope, EAS, Dor torácica): Cardioversão
> Sinusal, Atrial: Tratar causa de base
> Flutter atrial: Choque 50J ou Ibutilida
> Ventriculares: Procainamida, Amiodarona, Sotalol
> Torsades: Sulfato de Mg
> Taquiventricular: Manobra vagal, Adenosina (6-12mg)
2- Bradiarritmias
- Definição: RR> 5 quadradões (FC<60 ou FC<50bpm)
> Estímulo não está saindo ou o estímulo está sendo bloqueado no meio do caminho
> Quanto mais alto o problema, maior inervação parassimpática -> Maior resposta à
Atropina
> Quanto mais pra baixo, menor a inervação, menor à resposta à droga, maior a
gravidade
- Benignas (Supra-hissianas): Atropina, sintomáticos
> Bradicardia sinusal
> BAV 1º grau (PR>200ms ou > 1 quadradão de distância) -> Pode nem ter bradicardia
> BAV 2º grau Mobitz 1: Bloqueios AV eventuais + fenômeno Wenckebach (PR ante
do bloqueio é < que PR após bloqueio)
> Conduta:
-> Assintomático: Observa
-> Sintomáticos: Atropina
- Malignas (Infra-hissianas): Marca-passo
> Pausa sinusal > 3s
> BAV Avançado (> 3:1, 4:1)
> BAV 2º grau Mobitz 2: PR antes do bloqueio é igual ao PR após bloqueio
> BAV 3º grau (BAVT): Dissociação PR -> Cada um bate no seu ritmo
> Conduta:
-> MP transcutâneo, Dopamina, Adrenalina -> MP Transvenoso
-> MP Definitivo: Indicado para doença estrutural ou doença degenerativa
3- Parada Cardiorrespiratória
- BLS: C-A-B
> 5 Ciclos de RCP ou a cada 2min
> Circulation: Compressões de 100-120/min com depressão do tórax de 5-6cm
> Airway: Head-tilt, Chin-lift
> Breathing: Ventilar com relação 30:2
> Desfibrilação: Fazer ASSIM que disponível. 100-200J se bifásico ou 360J se
monofásico
- ACLS
> A: Via aérea avançada e capnografia
> B: 10 ventilações/min, sem sincronia, evitar hiperventilação
> C: Drogas IV ou IO -> Adrenalina e Amiodarona se ritmos chocáveis
* FV ou TV sem pulso, outra opção em vez da Amiodarona é a Lidocaína
> Diagnóstico Diferencial: 5Hs e 5Ts
* Hipotermia: Onda J de Osborn (Deflexão após o QRS)
Doenças Miocárdica
1- Cardiomiopatia Hipertrófica
- Definição: Doença primária do miocárdio, caracterizada por uma inexplicada
hipertrofia ventricular concêntrica, geralmente restrita ao VE, associada a uma função
sistólica hiperdinâmica
> Classificação: Hipertrofia simétrica, hipertrofia septal assimétrica (a mais comum),
hipertrofia apical assimétrica (forma de Yamagushi ou naipe de espadas), outras
hipertrofias segmentares
- Etiologia:
> Doença Genética Autossômica dominante: Jovens, história familiar -> desarranjo na
estrutura do miocárdio
- Clínica: Obstrução levando a um gradiente intraventricular sistólico dinâmico
> Assimétrica (septal): sopro sistólico que piora com Valsalva (esvazia coração) e
melhora com agachamento
> Obstrução dinâmica: controlar FC (manter coração cheio) -> Refratários: miectomia,
embolização
> Mortesúbita: Cardiodesfibrilador para prevenir -> Se PCR, síncope, TV
Pericardiopatias
1- Pericardite aguda
- Definição: Inflamação aguda dos folhetos pericárdicos
- Etiologia:
> Viral (+ comuns): coxsackie B, Echovirus tipo 8 -> Autolimitados
> Idiopática (+ comuns)
> Piogênica: com febre alta, calafrios, dispneia, prostração (+ por S. aureus,
pneumococo, estreptococo, E. coli, meningococo, H. influenzae
> HIV
> Pós cirurgia ou trauma
> Uremia
> Colagenoses: AR, LES...
> TB
> Fungos
> IAM: epistenocárdica (por isquemia na 1ª semana) ou Síndrome de Dressler (imune
na 2 e 3ª semana e acomete outras serosas)
> Drogas
- Clínica: Dor tipo pleurítica + Atrito pericárdico + Dispneia + Quadro gripal como
pródromo
> Dor precordial contínua de longa duração, que irradia para região cervical e para
trapézio, tipo pleurítica, que piora com decúbito dorsal e alivia na posição sentada e
com tronco para frente
* Piora com decúbito e melhora com posição genupeitoral
> Atrito pericárdico (patognomônico): Som áspero geralmente sistodiastólico +
audível com diafragma na BEE baixa com tronco para frente. 3 Componentes
(préssistólico, sistólico e protodiastólico). Pode desaparecer e reaparecer
- Diagnóstico:
> ECG: Supra ST difuso + infra PR (achado mais específico) + T positiva apiculada em
várias derivações
* Supra ST côncavo (feliz)
> RX: Coração em moringa
> ECO TT: Derrame pericárdico
> Hemograma, enzimas cardíacas
- Complicações:
> Tamponamento cardíaco (+ na piogênica)
> Pericardite recorrente
> Pericardite constrictiva e efusivo-constrictivas
- TTO: TTO da causa
> Viral ou idiopática: AINE (Ibuprofeno, Indometacina) + Colchicina -> Refratário: CTC
3- Tamponamento Cardíaco
- Definição: Rápido acúmulo de líquido pericárdico
- Etiologia: Pericardite aguda ou crônica com derrame pericárdico
> Qualquer causa de derrame pericárdico
- Clínica: Equalização das pressões cardíacas + Restrição diastólica
> Taquipneia, dispneia, ortopneia, aumento da FC, turgência jugular patológica,
turgência jugular patológica, pulso paradoxal, ausência de descenso Y, hipotensão
arterial, bulhas hipofonéticas, turgência jugular
> Tríade de Beck: Hipotensão arterial, bulhas hipofonéticas, turgência jugular
- Diagnóstico: ECG (Alternância elétrica) + ECO
- TTO: Pericardiocentese de alívio imediata ou semieletivo (depende da estabilidade
hemodinâmica)
> Avaliar Hidratação Venosa + Ionotrópicos
4- Pericardite Constritiva
- Definição: Pericárdio endurecido, limitando enchimento ventricular diastólico
- Etiologia: TB (+ comum), AR, LES, Esclerodermia, IAM, Uremia -> Qualquer pericardite
pode ser constritiva
- Clínica: Equalização pressórica -> Congestão sistêmica -> Turgência jugular,
hepatomegalia, ascite, edema de MMII, dispneia, ortopneia, DPN, fadiga, tonteira,
pulso venoso em W ou M (2 maiores descensos), sinal de Kussmaul (aumento da altura
do pulso venoso ou não redução na inspiração), retração sistólica da ponta, Knock
pericárdico (protodiastólico, áspero, agudo -> breque no enchimento ventricular)
- Diagnóstico: ECG (Redução da voltagem, achatamento ou inversão de T), RX de Tórax
(aumento de cava superior, aumento do AE derrame pericárdico, calcificação
pericárdica) -> ECO + TC ou RNM -> CAT + Biópsia se dúvida
- TTO: Pericardiectomia e TTO da causa
- OBS: Pericardite Efusivo-Constritiva
> Intermediária entre Pericardite Aguda / Subaguda e constritiva -> Derrame
Pericárdico + Constrição -> Clínica semelhante -> Após pericardiocentese fica
constrição cardíaca e pode ser necessária a pericardiectomia