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BRASILEIRA 7247
Segunda edição
30.07.2004
Válida a partir de
30.08.2004
Número de referência
ABNT NBR 7247:2004
12 páginas
© ABNT 2004
Cópia não autorizada
© ABNT 2004
Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicação pode ser
reproduzida ou utilizada em qualquer forma ou por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e
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Sumário Página
Prefácio............................................................................................................................................................... iv
1 Objetivo ..................................................................................................................................................1
2 Referências normativas ........................................................................................................................1
3 Definições ..............................................................................................................................................2
3.1 Têmperas................................................................................................................................................2
3.2 Dimensões .............................................................................................................................................2
4 Requisitos gerais...................................................................................................................................2
4.1 Material ...................................................................................................................................................2
4.2 Fabricação..............................................................................................................................................3
4.3 Fornecimento.........................................................................................................................................4
4.4 Acabamento ...........................................................................................................................................4
4.5 Dimensões .............................................................................................................................................4
4.6 Ordem de compra..................................................................................................................................4
4.7 Acondicionamento e identificação ......................................................................................................4
4.7.1 Acondicionamento ................................................................................................................................4
4.7.2 Identificação...........................................................................................................................................5
5 Requisitos específicos..........................................................................................................................5
5.1 Dimensionais .........................................................................................................................................5
5.1.1 Comprimento .........................................................................................................................................5
5.1.2 Diâmetro .................................................................................................................................................6
5.1.3 Espessura de parede ............................................................................................................................6
5.1.4 Ovalização..............................................................................................................................................7
5.1.5 Desvio de retilineidade .........................................................................................................................7
5.1.6 Esquadria do corte ................................................................................................................................8
5.2 Físicos e químicos ................................................................................................................................9
5.2.1 Composição química ............................................................................................................................9
5.2.2 Características físicas...........................................................................................................................9
5.2.3 Fragilização por hidrogênio ...............................................................................................................10
5.2.4 Expansão..............................................................................................................................................10
5.2.5 Ensaios não-destrutivos.....................................................................................................................11
6 Aceitação e rejeição ............................................................................................................................12
Prefácio
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Fórum Nacional de Normalização.
As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos
Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais Temporárias
(ABNT/CEET), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores
envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).
A ABNT NBR 7247 foi elaborada no Comitê Brasileiro do Cobre (ABNT/CB–44), pela Comissão de Estudo de
Tubos e Conexões de Cobre (CE–44:000.02). O Projeto circulou em Consulta Pública conforme
Edital nº 08, de 29.08.2003, com o número Projeto NBR 7247.
Esta segunda edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR 7247:2000), a qual foi tecnicamente
revisada.
1 Objetivo
Esta Norma estabelece os requisitos para tubo de cobre, soldado longitudinalmente sem aplicação de metal
de enchimento, e ligas de cobre de seção circular, usados para fins gerais, produzidos a partir de tira ou fita.
NOTA Os requisitos particulares relativos a produtos para aplicações específicas são estabelecidos nas normas de
especificação correspondentes e podem alterar um ou mais requisitos desta Norma.
2 Referências normativas
As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem
prescrições para esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação.
Como toda norma está sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que
verifiquem a conveniência de se usarem as edições mais recentes das normas citadas a seguir.
A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.
ABNT NBR ISO 6892:2002 – Materiais metálicos – Ensaio de tração à temperatura ambiente
ABNT NBR NM 146-1:1998 – Materiais metálicos – Dureza Rockwell – Parte 1: Medição da dureza Rockwell
(escalas A, B, C, D, E, F, G, H e K) e Rockwell superficial (escalas 15 N, 30 N, 45 N, 15 T, 30 T e 45 T)
ASTM B 153:1996 – Test methods for expansion (pin test) of copper and copper alloy pipe and tubing
ASTM B 154:2001 – Standard test method for mercurous nitrate test for copper and copper alloys
ASTM B 577:1993 – Test methods for detection of cuprous oxide (hydrogen embrittlement suysceptibility) in
copper
ASTM E 62:1996 – Test methods for chemical analysis of copper and copper alloys (photometric methods)
ASTM E 243:1997 – Practice for electromagnetic (eddy-current) examination of copper and copper alloy
tubes
3 Definições
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as definições da ABNT NBR 5019 e as seguintes:
3.1 Têmperas
3.1.1 recozido mole (O50): Aquela caracterizada por um tamanho de grão de 0,040 mm máximo.
Esta deve ser completamente recristalizada.
3.1.2 recozido extramole (O60): Aquela caracterizada por um tamanho de grão de 0,040 mm mínimo.
Esta deve ser completamente recristalizada.
3.2 Dimensões
3.2.1 comprimento: Distância entre as extremidades do tubo, medida segundo seu eixo longitudinal.
3.2.2 comprimento nominal: Comprimento solicitado que serve de base para aplicar as tolerâncias
conforme tabela 3 para comprimentos retos e tabela 4 para tubos em rolos
3.2.3 espessura de parede nominal (e): Espessura solicitada que serve de base para aplicar as
tolerâncias correspondentes.
3.2.4 diâmetro nominal (Dn): Diâmetro solicitado de um tubo que serve de base para aplicar as
tolerâncias conforme tabela 5.
3.2.5 diâmetro médio (externo ou interno): Média de duas medidas do diâmetro tiradas ortogonalmente
na mesma seção transversal do tubo, em qualquer ponto.
3.2.6 ovalização: Desvio da seção do tubo da forma circular, evidenciado pela diferença entre duas
medidas do diâmetro externo na mesma seção transversal do tubo, em qualquer ponto.
4 Requisitos gerais
4.1 Material
O produto fornecido deve ser produzido com qualquer dos tipos de cobre mencionados na tabela 1.
Tabela 2 — Têmperas
Têmpera Descrição
Quando o tubo deve apresentar certa rigidez, mas
Encruado leve (H 55) (dobrável)
pode ser dobrado, se necessário
Para aplicações gerais, onde não há necessidade
Encruado médio (H 58)
de grande rigidez nem de que o tubo seja dobrável
Quando se necessita de tubo com alta rigidez, não
Encruado duro (H 80)
sendo possível deformação
Caracterizada por tamanho de grão maximo
Recozido mole (O 50)
0,040 mm para cobre e 0,025 - 0,060 para latão
Caracterizada por tamanho de grão mínimo de
Recozido extramole (O 60)
0,040 mm para cobre e 0,025 - 0,060 para latão
4.2 Fabricação
4.2.1 O tubo soldado deve ser fabricado a partir de tiras ou fitas de cobre laminado, encruadas ou
recozidas, a serem conformadas no formato tubular de seção circular.
4.2.2 A solda deve ser realizada por qualquer processo que produza soldadura por caldeamento ou fusão
sem deixar na região soldada fissuras visíveis a olho nu.
4.2.3 Para o tubo soldado por caldeamento, as bordas da tira devem ser aquecidas até a temperatura de
soldagem especificada, normalmente por corrente elétrica de alta freqüência, e apertadas firmemente uma de
encontro à outra, causando a formação de uma junção do tipo forjada com rebarbas externas e internas.
4.2.4 Para o tubo soldado por fusão, as bordas da tira devem ser unidas e soldadas geralmente por
processo de solda GTAW (GAS-TUNGSTEN ARC WELDING), sem a adição de metal de enchimento,
causando a formação de uma junção do tipo soldada, com rebarbas externas ou internas.
4.2.5 Os tubos devem conservar uma periferia contínua em todas as operações efetuadas. Devem ser
acabados a frio, por trefilação, com ou sem tratamento térmico posterior, a fim de se obterem as
propriedades especificadas.
4.3 Fornecimento
Os tubos recozidos são normalmente fornecidos em rolos e os encruados são normalmente fornecidos em
peças retas, podendo ser fornecidos de outras formas, desde que acordado entre comprador e fornecedor.
4.4 Acabamento
4.4.1 Os tubos acabados devem ser entregues isentos de rebarbas nas partes interna e externa ao longo
de todo o seu comprimento.
4.4.2 Os tubos devem ser entregues limpos interna e externamente e isentos de defeitos que prejudiquem
a sua utilização posterior, sendo permissível a presença de uma leve película de lubrificante.
4.5 Dimensões
4.5.1 Os tubos devem ter as dimensões que a ordem de compra específica, com as tolerâncias que estão
estabelecidas na seção 5. As medidas devem ser expressas em milímetros.
4.5.2 Os tubos devem ser especificados pelo diâmetro externo e espessura de parede nominais, podendo
também ser especificados pelos diâmetros externo e interno ou pelo diâmetro interno e espessura de parede,
mas não por todos os três ao mesmo tempo.
4.5.3 As tolerâncias estabelecidas na seção 5 são também aplicáveis a somente duas das três medidas.
4.5.4 Se forem mencionadas as três medidas na ordem de compra, devem ser considerados somente o
diâmetro externo e espessuras de parede para efeitos de fabricação, inclusive tolerâncias.
a) dimensões;
c) têmpera;
e) tipo de acondicionamento;
f) quantidade;
4.7.1 Acondicionamento
Os tubos devem ser separados segundo o tipo de cobre, dimensões e têmpera, e ser acondicionados de tal
maneira que não sofram danos durante o manuseio e o transporte normais.
4.7.2 Identificação
c) têmpera;
NOTA Informações adicionais podem ser acrescentadas, desde que acordadas entre comprador e fornecedor.
5 Requisitos específicos
5.1 Dimensionais
5.1.1 Comprimento
5.1.1.2 Para tubos retos, a tolerância no comprimento deve estar de acordo com a tabela 3.
5.1.1.3 Para tubos recozidos em rolos, fornecidos em comprimento exato, a tolerância no comprimento
deve estar de acordo com a tabela 4.
Comprimento nominal - L
Diâmetro externo nominal - D
L d 16 000 16 000 < L d 46 000
D d 50 300 600
NOTA Os valores especificados dizem respeito a tolerâncias para mais no comprimento.
5.1.1.4 Os tubos fornecidos em rolos devem ter peso de até 150 kg, sem emendas. Pesos em faixas
mais estreitas podem ser fornecidos, mediante acordo entre fabricante e comprador.
5.1.2 Diâmetro
A tolerância nos diâmetros externo ou interno deve estar de acordo com a tabela 5.
5.1.4 Ovalização
Para tubos de seção circular em unidades retas, encruados, com espessura de parede igual ou superior a
0,40 mm, a tolerância de ovalização deve estar de acordo com a tabela 7. Para determinar conformidade,
deve-se calcular a relação entre a espessura de parede nominal (e) e o diâmetro externo (De).
5.1.5.1 Para tubos de seção circular, encruados, cujo diâmetro externo nominal seja de 6 mm a 90 mm,
inclusive, o desvio máximo da retilineidade deve estar de acordo com a tabela 8.
Relação (r) entre a espessura de parede nominal e Ovalização, em porcentagem, do diâmetro nominal
o diâmetro externo (r = e/D) (em milímetros, arrendondada ao múltiplo mais
próximo de 0,01 mm)
0,01 < r d 0,03 1,5%
0,03 < r d 0,05 1,0%
0,05 < r d 0,10 0,8% (mínimo 0,05 mm)
0,10 < r 0,7% (mínimo 0,05 mm)
NOTA Não se estabelecem tolerâncias de ovalização para tubos recozidos retos ou em rolos.
5.1.5.2 Coloca-se o tubo, livremente apoiado, sobre uma superfície plana horizontal e junta-se a uma
régua graduada, certificando-se de que as extremidades do tubo a ser inspecionado se apóiem na régua.
Mede-se a flecha máxima até o mílímetro mais próximo.
O corte nas extremidades dos tubos retos deve ser normal ao eixo longitudinal do tubo. O desvio máximo da
esquadria deve estar de acordo com a tabela 9.
O material deve cumprir os limites indicados na tabela 10. A análise química deve ser feita conforme ASTM E 53
ou ASTM E 62.
Têmperas
Têmperas
H55 H58 H80 050 060
Liga Dureza Dureza Dureza Dureza
UNS C Resistência Resistência Resistênci Dureza Tamanho Tamanho do
Rockwel Rockwel Rockwel Rockwel
a tração a tração a a tração Rockwel do grão grão
Escala Escala Escala Escala
MPa MPa MPa Escala F mm mm
30T 30T 30T F
23000 43 - 75 305 - 400 43 mín 305 mín. 65 mín. 395 mín. 85 máx. 0,035 máx. 75 máx. 0,025 - 0,060
26000
26800 - - 53 mín. 370 mín. 70 mín. 455 mín. 90 máx. 0,035 máx. 80 máx. 0,025 - 0,060
27200
As amostras do tubo de cobre devem estar livres de óxido cuproso quando examinadas de acordo com o
método B da ASTM B 577 e não devem apresentar sinais de porosidade nem granulação aberta,
características de fragilização por hidrogênio.
5.2.4 Expansão
O produto em têmperas recozidas deve ser capaz de ser expandido como demonstrado na tabela 13, quando
examinados de acordo com a ASTM B 153. A área do tubo expandido não deve apresentar fissuras visíveis a
olho nu.
NOTA Olho nu - sem ampliação visual, sendo permitidas as lentes corretivas necessárias à obtenção de visão
normal.
O tubo não deve apresentar defeitos de fabricação quando submetido a um dos ensaios apresentados em
5.2.5.1, 5.2.5.2 ou 5.2.5.3. Fica a critério do fabricante a seleção de um dos métodos de ensaio.
Os tubos submetidos ao ensaio hidrostático devem suportar, sem evidenciar vazamento, uma pressão
hidrostática interna suficiente para solicitar o material a uma tensão tangencial de 41 MPa.
O ensaio deve ser feito nos tubos inteiros, fechando-se uma extremidade hermeticamente e conectando-se a
outra a uma bomba e um manômetro. Enche-se o tubo de água e aplica-se a pressão hidrostática calculada
pela fórmula abaixo:
P = (2Se)/(D - 0,8e)
onde:
Os tubos não devem ser ensaiados à pressão hidrostática superior a 6,9 MPa, a menos que seja acordado
entre comprador e fornecedor.
Os tubos submetidos ao ensaio pneumático devem suportar, sem evidenciar vazamento, a pressão de ar
interna mínima de 415 kPa (60 psi) durante 5 s (mínimo), após estabilização da pressão.
O método de ensaio deve permitir que qualquer vazamento seja percebido visual e facilmente, imergindo-se
o tubo em água ou usando-se o método de pressão diferencial.
Os tubos submetidos ao ensaio por correntes induzidas, de acordo com a ASTM E 243, devem passar
através de um aparelho de ensaio calibrado conforme estabelecido na norma de especificação do produto.
Se não for indicado em contrário, os tubos devem ser ensaiados na têmpera acabada ou na têmpera
encruada antes do tratamento térmico final.
b) tubos que produzirem sinais irrelevantes devido à presença de umidade ou sujeira podem ser
recondicionados e reensaiados;
c) tubos que produzirem sinais irrelevantes devido a marcas de manuseio visíveis e identificáveis podem
ser ensaiados de acordo com 5.2.5, desde que as suas medidas permaneçam dentro dos limites
especificados.
Quando especificado na ordem de compra, os tubos de qualquer têmpera devem suportar o ensaio de nitrato
mercuroso de acordo com a ASTM B 154, sem apresentar fissuras visiveis a olho nu.
6 Aceitação e rejeição
O fornecedor deve demonstrar por meios adequados (ensaios de laboratório, certificação de produto, outros)
a conformidade dos produtos com relação a todos os requisitos estabelecidos nesta Norma.