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ANÁLISE DE LIGAÇÕES PARAFUSADAS

NO ANSYS MECHANICAL
ANÁLISE DE LIGAÇÕES PARAFUSADAS NO ANSYS MECHANICAL

INDICE

1. Introdução ..................................................................................................... 03
2. Carregamento de compressão .................. ................................................... 04
3. Carregamento de compressão e flexão ........................................................ 06
4. Carregamento de tração e/ou flexão ............................................................. 10
5. Pre-tensão .................................................................................................... 15
6. Estado do contato em uma ligação parafusada ............................................ 27
7. Mudança de direção ..................................................................................... 33
8. Consideração da rosca ................................................................................. 38

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ANÁLISE DE LIGAÇÕES PARAFUSADAS NO ANSYS MECHANICAL

INTRODUÇÃO

A maioria dos projetos mecânicos são compostos por diversas peças unidas que dão
origem a um sistema montado, o qual deve exercer adequadamente a função para a qual
foi projetado.

A união entre as partes pode ser realizada de diversas formas, como por encaixe, cola,
solda, rebites, parafusos, entre outros. A ligação parafusada é uma das conexões mais
utilizadas devido à versatilidade, controle na montagem e facilidade para manutenção dos
componentes que a técnica proporciona.

Porém, analisar um projeto com todo o detalhamento de uma ligação parafusada incluindo
a rosca é bastante oneroso, de forma que se pode adotar diversas estratégias para
manter o foco da análise no projeto em vez da ligação parafusada.

Neste e-book serão apresentadas as principais formas de se trabalhar com ligações


parafusadas no ANSYS Mechanical de acordo com o comportamento da estrutura.

Autor: Fabiano Nunes Diesel - CAE Applications Specialist (FEA)

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ANÁLISE DE LIGAÇÕES PARAFUSADAS NO ANSYS MECHANICAL

CARREGAMENTO DE COMPRESSÃO

Se a região da ligação parafusada estiver


submetida a carregamento compressivo, isto é,
uma parte sendo empurrada contra a outra,
então não há necessidade de considerar os
parafusos. Neste caso, a utilização de contato
colado representa adequadamente o
comportamento da união.

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ANÁLISE DE LIGAÇÕES PARAFUSADAS NO ANSYS MECHANICAL

As figuras mostram a
tensão resultante da
expansão térmica em
trecho de um duto.

Na figura acima utilizou-se contato


bonded entre as flanges. Na imagem
à direita adotou-se o contato com
atrito e vigas para simular os
parafusos. As respostas de ambos os
modelos são muito próximas, porém,
o tempo de processamento para o
segundo caso foi 5x superior.

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ANÁLISE DE LIGAÇÕES PARAFUSADAS NO ANSYS MECHANICAL

CARREGAMENTO DE COMPRESSÃO E FLEXÃO

Ao considerar o duto do caso anterior e acrescentar


a bifurcação superior, é possível verificar que ao
apresentar dilação térmica a bifurcação gera uma
torção na região inferior e uma flexão na superior.

Ao observar o estado de tensão de toda a estrutura,


a diferença entre o modelo com as flanges com
contato bonded e com contato não-linear é
pequena, como se pode observar nas imagens
abaixo.

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ANÁLISE DE LIGAÇÕES PARAFUSADAS NO ANSYS MECHANICAL

Ao observar isoladamente a parte curvada do duto, na qual o carregamento de flexão é


predominante, nota-se uma diferença nas respostas do modelo. Neste caso, nos locais em
que a flexão é predominante sobre a compressão, a adoção do contato bonded pode não
representar adequadamente o comportamento, logo, o contato não-linear é o mais
adequado.

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ANÁLISE DE LIGAÇÕES PARAFUSADAS NO ANSYS MECHANICAL

O contato não-linear é configurado de forma semelhante ao contato bonded, modificando


o Type para Frictional e definindo um coeficiente de atrito em seus detalhes.

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ANÁLISE DE LIGAÇÕES PARAFUSADAS NO ANSYS MECHANICAL

O contato não-linear impede que haja penetração


entre as partes, transferindo esforço de
compressão. Porém, não impede que haja
separação das peças, ou seja, não há
transferência de esforço trativo.

A transferência deste esforço ocorre por


intermédio dos parafusos, que podem ser
simulados por meio de elementos de viga e
definidos de uma forma simplificada no Ansys
Workbench Mechanical em Connections > Beam.

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ANÁLISE DE LIGAÇÕES PARAFUSADAS NO ANSYS MECHANICAL

CARREGAMENTO DE TRAÇÃO E/OU FLEXÃO

Quando o carregamento é de tração e/ou flexão, os esforços gerados pelo aperto do


parafuso tornam-se importantes, pois são transmitidos principalmente pelos parafusos,
como se verifica nas imagens abaixo.

sem pré-tensão com pré-tensão

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ANÁLISE DE LIGAÇÕES PARAFUSADAS NO ANSYS MECHANICAL

O esforço aplicado pelo aperto do parafuso é considerado no modelo numérico por meio da
ferramenta Bolt Pretension. No entanto, o Bolt Pretension não pode ser aplicado nos Beam
Connections. Neste caso, os parafusos devem ser inseridos no modelo CAD seja por meio
de line bodies (beams) ou de bodies (solids).
As figuras abaixo mostram que a simples substituição dos Beam Connection por line bodies
com contato bonded não interferem no resultado da análise.

Beam connection Line body

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ANÁLISE DE LIGAÇÕES PARAFUSADAS NO ANSYS MECHANICAL

Os line bodies são linhas com as características da seção transversal previamente definidas
no software de CAD. Atualmente, apenas os software ANSYS Workbench DesignModeler e
ANSYS SpaceClaim são suportados para a finalidade de inserção de line bodies.

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ANÁLISE DE LIGAÇÕES PARAFUSADAS NO ANSYS MECHANICAL

Para gerar a continuidade entre os line bodies e o restante da estrutura, deve-se utilizar o
contato bonded com as seguintes características:

Formulation = MPC (Multi-Point Constraint)


Constraint Type = Inside Pinball, Couple U to ROT
Pinball Region = Radius
Pinball Radius = (maior que o raio da furação)

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A força axial gerada no parafuso em função do torque de montagem é inserida no modelo


numérico por meio da ferramenta Bolt Pretension, aplicada na aresta do line body.

Esta ferramenta apresenta


variações de aplicações e
os cuidados ao utilizá-la
são mostrados a seguir.

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PRÉ-TENSÃO

Em geral é interessante verificar o comportamento da estrutura com ligações parafusadas


submetidas a carregamentos externos. De forma que a análise deve ser realizada em duas
etapas.
A primeira etapa para a aplicação da carga axial do parafuso, oriundo do torque de
montagem. Em uma segunda etapa, mantém-se esta força axial e aplica-se o carregamento
externo.
A definição da quantidade de etapas é definido no Ansys Workbench Mechanical em
Analysis Settings > Step Controls > Number Of Steps

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ANÁLISE DE LIGAÇÕES PARAFUSADAS NO ANSYS MECHANICAL

Existem alguns cuidados que se deve ter ao utilizar o Bolt Pretension. A figura abaixo, à
esquerda, mostra o parafuso na condição de repouso e a figura à direta apresenta o
parafuso após aplicado o Bolt Pretension. Quatro linhas são utilizadas para mostrar a
deformação do parafuso, evidenciando que a deformação ocorre principalmente entre a
segunda e a terceira linha.

estado com pré-


inicial tensão
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ANÁLISE DE LIGAÇÕES PARAFUSADAS NO ANSYS MECHANICAL

A ferramenta Bolt Pretension divide o parafuso em duas partes, unindo-as por uma malha
de elementos PRETS179. Ao aplicar o carregamento, as duas metades são puxadas uma
contra a outra.

PREST179

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ANÁLISE DE LIGAÇÕES PARAFUSADAS NO ANSYS MECHANICAL

Em virtude da característica mencionada na página anterior, no local onde o Bolt Pretension


é aplicado não deve haver um contato bonded, pois neste caso, a força axial será
transferida para a peça adjacente em vez de promover o aperto do parafuso.

EVITAR APLICAR BONDED CONTACT E BOLT PRETENSION NA MESMA FACE

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ANÁLISE DE LIGAÇÕES PARAFUSADAS NO ANSYS MECHANICAL

Na imagem à esquerda, tem-se o resultado quando o Bolt Pretension é aplicado em uma


face onde há um contato Bonded. O elemento à direita mostra o resultado quando o contato
Bonded é definido em outra face.

Bonded contact e Bolt Bonded contact e Bolt


Pretension definidos na mesma Pretension definidos em faces
face distintas

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ANÁLISE DE LIGAÇÕES PARAFUSADAS NO ANSYS MECHANICAL

Recomenda-se que no modelo CAD se faça uma divisão da face cilíndrica do parafuso para
que se tenha uma região para aplicar o Bolt Pretension e outra para aplicar o contato (local
da rosca). Além disso, uma vez que o parafuso é dividido em dois, a face da aplicação do
Bolt Pretension deve apresentar pelo menos dois elementos axialmente.

Deve-se, no mínimo,
ter duas divisões na
malha nesta região (a
imagem mostra três
divisões).

Face para contato


(bonded contact)

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ANÁLISE DE LIGAÇÕES PARAFUSADAS NO ANSYS MECHANICAL

Recomenda-se que o
carregamento do parafuso seja
aplicado em etapa separada e
anterior à aplicação dos
demais carregamentos.

Existem cinco tipos de


carregamentos a serem
aplicados via Bolt Pretension. 21
ANÁLISE DE LIGAÇÕES PARAFUSADAS NO ANSYS MECHANICAL

Na opção LOAD se aplica o carregamento axial que é resultante da aplicação do torque no


parafuso. Este carregamento pode ser calculado pela relação:

Where: T = torque
D = bolt nominal diameter
p = thread pitch
α = thread profile angle
dp = bolt pitch diameter
μt = thread coefficient of friction
μc = collar coefficient of friction
Fonte: Shigley, Mechanical Engineering Design, 5 ed., McGraw-Hill, 1989, p. 346, Eq. 8-19 22
ANÁLISE DE LIGAÇÕES PARAFUSADAS NO ANSYS MECHANICAL

Na opção ADJUSTMENT, aplica-se o deslocamento relativo da face superior da porca em


relação à face inferior da cabeça do parafuso proporcionado pela aplicação do torque.

adjustment

estado inicial com pré-tensão

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ANÁLISE DE LIGAÇÕES PARAFUSADAS NO ANSYS MECHANICAL

A opção LOCK é utilizada após a primeira etapa quando se deseja


manter o ajuste aplicado inicialmente. Assim, o deslocamento do
elemento PREST179 aplicado na primeira etapa (proporcionado
pela opção LOAD ou ADJUSTMENT) é mantido constante. A força
axial no parafuso pode aumentar ou reduzir dependendo dos
carregamentos externos.

A opção OPEN pode ser utilizada na primeira etapa quando não se


deseja aplicar o torque logo no início, por exemplo, para analisar a
influência da sequência do aperto dos parafusos ou em etapas
posteriores para verificar o que ocorre com a estrutura quando um
ou mais parafusos perdem por completo o torque.

A opção INCREMENT é utilizada após a primeira etapa quando se


deseja modificar o deslocamento do elemento PRETS179 aplicado
em uma etapa anterior. Por exemplo, em algumas montagens,
primeiro aplica-se o torque e na sequência aplica-se mais um
quarto de volta.

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ANÁLISE DE LIGAÇÕES PARAFUSADAS NO ANSYS MECHANICAL

O Bolt Pretension pode ser aplicado em uma aresta de um line body ou na face de um
sólido 3D.

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ANÁLISE DE LIGAÇÕES PARAFUSADAS NO ANSYS MECHANICAL

O Bolt Pretension ainda pode ser aplicado a um Body, porém, deve-se definir um sistema
de coordenada que seja posicionado no local em que se deseja que o Body seja dividido.
Além disso, a direção Z deve estar alinhada ao eixo do parafuso.

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ANÁLISE DE LIGAÇÕES PARAFUSADAS NO ANSYS MECHANICAL

ESTADO DO CONTATO DAS LIGAÇÕES PARAFUSADAS

Como comentado anteriormente, para a região da rosca do parafuso utiliza-se contato


bonded com a porca. Para o assentamento da cabeça/arruela ou porca/arruela com a peça,
também pode ser utilizado o contato Bonded, desde que a ligação parafusada esteja
adequadamente dimensionada.

A seguir é mostrado um exemplo para contato bonded e com atrito.

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ANÁLISE DE LIGAÇÕES PARAFUSADAS NO ANSYS MECHANICAL

Bonded

Frictional

Frictional

Bonded ou Frictional

Bonded ou Frictional
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ANÁLISE DE LIGAÇÕES PARAFUSADAS NO ANSYS MECHANICAL

Pode-se observar que o Bonded


estado de tensão para
ambas as considerações
são muito próximas.

Frictional

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ANÁLISE DE LIGAÇÕES PARAFUSADAS NO ANSYS MECHANICAL

O resultado de tensão mostrado anteriormente ficou próximo para ambos os casos, porque
a pré-tensão do parafuso foi capaz de manter o estado adequado da condição do contato,
como verifica-se no comparativo abaixo.

Bonded

Frictional

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ANÁLISE DE LIGAÇÕES PARAFUSADAS NO ANSYS MECHANICAL

A pré-tensão deve ser dimensionada de tal forma que todo e qualquer esforço tangencial
entre as partes seja transferido via atrito e não por cisalhamento dos parafusos.

As figuras abaixo mostram o mesmo exemplo anterior, considerando contato com atrito,
porém, quando a pré-tensão não é suficiente para manter o atrito entre as partes.

Além de uma região maior com tensões


mais elevadas, observa-se que o contato
entre as partes ainda existe, mas
apresenta escorregamento entre as faces.

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ANÁLISE DE LIGAÇÕES PARAFUSADAS NO ANSYS MECHANICAL

As figuras mostram a tensão alternada, ou


seja, a tensão no instante de máximo
carregamento menos a tensão da pré-
tensão inicial, evidenciando o maior
esforço e maior probabilidade de falha
quando a pré-tensão não é adequada.

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ANÁLISE DE LIGAÇÕES PARAFUSADAS NO ANSYS MECHANICAL

MUDANÇA DE DIREÇÃO

Independente de se a Pré-tensão for aplicada na aresta de uma viga, na face de um sólido


ou no próprio corpo, sempre é definida uma direção da aplicação desta força e/ou ajuste.

Esta direção é definida pelo sistema de coordenadas do elemento PREST179, o qual não
muda ao longo de toda a análise.

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ANÁLISE DE LIGAÇÕES PARAFUSADAS NO ANSYS MECHANICAL

Em virtude da força ser aplicada em função de um sistema de referência fixo, não se deve
alterar a orientação axial do parafuso. Na figura à esquerda, tem-se o estado de tensão do
parafuso em virtude da pré-tensão. Já na imagem à direita, o estado de tensão é bem
diferente embora a única alteração seja a mudança de direção da roda.

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ANÁLISE DE LIGAÇÕES PARAFUSADAS NO ANSYS MECHANICAL

Quando há necessidade de alterar a orientação do parafuso ao longo da análise, o Bolt


Pretension deve ser substituído por um Joint Load. Neste caso, ou divide-se o parafuso em
dois, unindo as duas partes por um Joint – Translational, ou substituí-se o contato Bonded
da região da rosca pelo mesmo Joint.

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ANÁLISE DE LIGAÇÕES PARAFUSADAS NO ANSYS MECHANICAL

Após definido o Joint – Translational, insere-se um Joint


Load para este, definindo-se o Type como Force e
definindo a força axial, semelhante ao Bolt Pretension.

Para manter este carregamento axial sendo aplicado


nos demais passos de carga, define-se a partir de qual
etapa este Joint é considerado travado (Lock at Load
Step).

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ANÁLISE DE LIGAÇÕES PARAFUSADAS NO ANSYS MECHANICAL

Com a utilização do Joint e Joint Load o estado de tensão no parafuso não se altera
ao mudar a orientação axial do mesmo.

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ANÁLISE DE LIGAÇÕES PARAFUSADAS NO ANSYS MECHANICAL

CONSIDERAÇÃO DA ROSCA

Em todos os exemplos citados anteriormente, sempre foi considerado contato Bonded entre
as partes para a região da rosca.

Para apresentar as implicações desta consideração será mostrado a seguir a análise de um


parafuso incluindo a rosca na geometria.

Para este caso, utiliza-se contato Frictional e deve-se


utilizar um tamanho de malha adequado para capturar
o contato entre os filetes, conforme pode-se observar
nas figuras da próxima página.

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ANÁLISE DE LIGAÇÕES PARAFUSADAS NO ANSYS MECHANICAL

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ANÁLISE DE LIGAÇÕES PARAFUSADAS NO ANSYS MECHANICAL

Em função da elevada quantidade de elementos para caracterizar a rosca, utiliza-se contato


Bonded entre as partes nesta região, removendo os filetes da geometria.

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ANÁLISE DE LIGAÇÕES PARAFUSADAS NO ANSYS MECHANICAL

Abaixo a tensão resultante para as duas condições. Na região afastada da rosca, observa-
se comportamento bastante semelhante. Já na região da rosca, a distribuição de tensão é
diferente.

TRUE THREAD BONDED CONTACT

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ANÁLISE DE LIGAÇÕES PARAFUSADAS NO ANSYS MECHANICAL

Esta diferença de comportamento entre o contato Bonded e a rosca verdadeira ocorre pelo
fato de que os primeiros filetes transferem maior esforço entre as partes. Já no contato
Bonded, a transferência do esforço é igual ao longo de toda a superfície.

Região de maior
transferência de esforços

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ANÁLISE DE LIGAÇÕES PARAFUSADAS NO ANSYS MECHANICAL

Para a grande maioria dos casos, a simplificação


do contato Bonded é adequada. Porém, em
algumas situações, como furação não-passante ou
cega, nas quais não se utiliza porca e a rosca é
feita na própria peça, a diferença de
comportamento pode ser relevante.

Para estes casos, pode-se utilizar um contato


Frictional com geometria simplificada, com
correção para roscas.

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ANÁLISE DE LIGAÇÕES PARAFUSADAS NO ANSYS MECHANICAL

A geometria na região da rosca deve ser cilíndrica e as informações de diâmetro médio,


passo, ângulo da rosca, número de roscas e se ela é direita ou esquerda devem ser
informadas nos detalhes do contato Frictional em Geometric Modification > Contact
Geometry Correction = Bolt Thread.
O diâmetro médio da rosca
pode ser determinado pelo
diâmetro do parafuso e passo
através da relação:

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ANÁLISE DE LIGAÇÕES PARAFUSADAS NO ANSYS MECHANICAL

Esta correção da rosca somente é válida para algumas considerações:

1. Baseada em pequenas deformações, portanto, não pode haver deformação plástica da


região da rosca nem rotação axial do parafuso;

2. É válido apenas para roscas padrões;

3. A utilização de detecção do contato nos pontos de Gauss (Keyoption(4) = 0) não é


recomendado a menos que a malha seja bem refinada no local;

4. A utilização de detecção do contato pelo opção Nodal Point, Normal to Target


(Keyoption(4) = 2) não é recomendada;

5. A máxima tensão da região da rosca pode variar de acordo com a densidade da malha.
O tamanho do elemento na região da rosca não deveria ser maior do que um quarto do
passo da rosca para capturar adequadamente o seu efeito.

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ANÁLISE DE LIGAÇÕES PARAFUSADAS NO ANSYS MECHANICAL

Recomenda-se que o contato tenha:

Behavior = Asymetric
Contact = face do parafuso
Target = face da porca

Detection Method =
Nodal-Projected Normal From
Contact
OU Nodal-Normal From Contact

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ANÁLISE DE LIGAÇÕES PARAFUSADAS NO ANSYS MECHANICAL

As figuras abaixo mostram o caso com a rosca geometricamente definida e o caso com a
correção pela rosca, mostrando resultados bastante similares.

TRUE THREAD THREAD CORRECTION

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customização de sistemas comerciais, atualização de códigos, desenvolvimento de novas
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A ESSS se destaca por ter uma carteira de clientes formada por mais de 500 instituições,
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