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HIDRÁULICA E PNEUMÁTICA
Batatais
Claretiano
2019
© Ação Educacional Claretiana, 2015 – Batatais (SP)
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forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição
na web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito
do autor e da Ação Educacional Claretiana.
INFORMAÇÕES GERAIS
Cursos: Graduação
Título: Hidráulica e Pneumática
Versão: dez./2019
Formato: 15x21 cm
Páginas: 206 páginas
SUMÁRIO
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................... 9
2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS............................................................................. 13
3. ESQUEMA DOS CONCEITOS-CHAVE................................................................ 18
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................... 18
5. E-REFERÊNCIA................................................................................................... 19
Conteúdo
Nesta obra, estudaremos sistemas hidráulicos e a utilização de bombas, vál-
vulas de controle de pressão, direção e vazão. Também apresentaremos os
conceitos de atuadores e acumuladores, a fim de indicar suas utilizações rela-
cionadas a fluidos e filtros hidráulicos; tais componentes formam os circuitos
hidráulicos e os sistemas pneumáticos que devem envolver a preparação do
ar comprimido. Por fim, estudaremos os compressores de ar, as válvulas e os
atuadores.
Bibliografia Básica
STRINGER, J. D. Hydraulic systems analysis. London: Macmillan, 1976.
PARKER. Tecnologia hidráulica industrial. Apostila M2001-1BR. São Paulo: Parker
Hannifin Corporation, 2005.
______. Tecnologia pneumática industrial. Apostila M1001-1 BR. São Paulo: Parker
Hannifin Corporation, 2004.
Bibliografia Complementar
KRIVTS, I. L.; KREJNIN, G. V. Pneumatic actuating systems for automatic equipment:
structure and design. Boca Raton: CRC Press, 2016.
PARR, A. Hydraulics and pneumatics: a technician’s and engineer’s guide. Elsevier,
2011.
SANTOS, A. Mecânica dos fluidos. Batatais: Claretiano, 2015.
ZHANG, Q. Basics of hydraulic systems. Boca Raton: CRC Press, 2008.
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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
É importante saber
Esta obra está dividida, para fins didáticos, em duas partes:
Conteúdo Básico de Referência (CBR): é o referencial teórico e prático que deverá
ser assimilado para aquisição das competências, habilidades e atitudes necessárias
à prática profissional. Portanto, no CBR, estão condensados os principais conceitos,
os princípios, os postulados, as teses, as regras, os procedimentos e o fundamento
ontológico (o que é?) e etiológico (qual sua origem?) referentes a um campo de
saber.
Conteúdo Digital Integrador (CDI): são conteúdos preexistentes, previamente se-
lecionados nas Bibliotecas Virtuais Universitárias conveniadas ou disponibilizados
em sites acadêmicos confiáveis. É chamado "Conteúdo Digital Integrador" porque é
imprescindível para o aprofundamento do Conteúdo Básico de Referência. Juntos,
não apenas privilegiam a convergência de mídias (vídeos complementares) e a leitu-
ra de "navegação" (hipertexto), como também garantem a abrangência, a densidade
e a profundidade dos temas estudados. Portanto, são conteúdos de estudo obrigató-
rios, para efeito de avaliação.
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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
1. INTRODUÇÃO
Na maioria das aplicações industriais, é preciso realizar a
movimentação de partes e peças de um ponto para outro ou
aplicar forças que permitam realizar diferentes tarefas relacio-
nadas à produção. Em muitos locais, essas tarefas são realizadas
por atuadores elétricos, principalmente motores. Movimentos
rotativos e lineares podem ser obtidos utilizando motores elétri-
cos e alguns mecanismos que permitam a conversão da rotação
em movimento linear. No entanto, tecnologias elétricas não são
o único meio de realizar esse tipo de atividade. Dispositivos com
fluidos fechados (gás ou líquido) são amplamente utilizados para
transmitir energia de um local a outro. Essa energia pode ser
transformada em movimentos rotativos e lineares.
Os sistemas que utilizam líquidos para realizar a transmis-
são de energia são conhecidos como sistemas hidráulicos. A pa-
lavra "hidráulico" tem sua origem na mistura de duas palavras
gregas: "Hydra" que se refere a ‘água’ e "Aulos", que significa
‘tubos’. Apesar de a origem da palavra referir-se ao uso de água,
o principal fluido utilizado atualmente para aplicações industriais
é o óleo.
Os conceitos de Hidráulica são utilizados pelos homens
desde a Pré-História – mais especificamente, já no período en-
tre 100 e 200 a.C., quando o homem percebeu o potencial da
energia que era gerada pela correnteza dos rios. Foi quando um
dispositivo conhecido como roda-d’água permitiu converter a
energia do rio em energia mecânica, útil para várias tarefas. O
principal problema ou limitação desse tipo de sistema de roda-
-d’água eram as baixas pressões de água fornecidas pela nature-
za. Com o passar do tempo, foram desenvolvidos sistemas mais
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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS
O Glossário de Conceitos permite uma consulta rápida e
precisa das definições conceituais, possibilitando um bom domí-
nio dos termos técnico-científicos utilizados na área de conheci-
mento dos temas tratados.
1) Ar atmosférico: tipo de ar composto por diferentes ti-
pos de gases presentes na atmosfera – oxigênio, gases
nobres, nitrogênio e gás carbônico. Esse tipo de ar não
é usado para aplicações pneumáticas devido à quanti-
dade de impurezas e umidade que contém.
2) Ar de escape: ar liberado pelos diferentes componen-
tes pneumáticos na atmosfera. Normalmente o escape
de ar é produzido quando esses dispositivos atingem a
pressão máxima.
3) Atrito: força gerada na superfície de contato entre os
objetos; faz com que eles resistam ao movimento de
deslizamento.
4) Bomba hidráulica: dispositivo encarregado de trans-
formar a potência mecânica em potência hidráulica.
5) Calor: forma de energia que tem a capacidade de au-
mentar a temperatura de uma substância. Normal-
mente o calor é produzido pelo desperdício de ener-
gia. A unidade de medição do calor é o Joule (J).
6) Compressibilidade: propriedade de um fluido definida
como a mudança de volume do fluido quando este é
submetido a mudanças de pressão.
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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
Potência Vazão
Líquidos Fluidos Ar
Hidráulica Pneumática
Engrenagens
Pistões Resfriadores
Válvulas Atuadores
Motores
Controle de Controle
pressão de fluxo
Controle
Retenção
direcional
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DODDANNAVAR, R.; BARNARD, A. Practical hydraulic systems. Amsterdam: Newnes,
2005.
HIBBELER, R C. Estática: mecânica para Engenharia. São Paulo: Pearson Education do
Brasil, 2005.
PARKER. Tecnologia hidráulica industrial. Apostila M2001-1BR. São Paulo: Parker
Hannifin Corporation, 2005.
SANTOS, A. Mecânica dos fluidos. Batatais: Claretiano, 2015.
STRINGER, J. D. Hydraulic systems analysis. London: Macmillan, 1976.
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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
5. E-REFERÊNCIA
ENGINEERING Dictionary. Disponível em: <http://www.engineering-dictionary.com>.
Acesso em: 17 jul. 2018.
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UNIDADE 1
SISTEMAS HIDRÁULICOS
Objetivos
• Explanar a função principal dos fluidos hidráulicos e aprender sobre suas
propriedades básicas.
• Aprender sobre os tipos de fluidos hidráulicos utilizados em aplicações in-
dustriais e suas caraterísticas.
• Explanar vários termos e definições comumente utilizados para sistemas
hidráulicos.
• Entender a importância do fluxo e da pressão nos sistemas hidráulicos.
• Distinguir os diferentes tipos de bombas hidráulicas e seu princípio de
funcionamento.
Conteúdos
• Conceitos fundamentais dos sistemas hidráulicos.
• Fluidos hidráulicos.
• Cálculos relacionados a fluidos.
• Bombas hidráulicas.
• Bombas de engrenagens.
• Bombas de palhetas.
• Bombas de pistões.
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UNIDADE 1 – SISTEMAS HIDRÁULICOS
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UNIDADE 1 – SISTEMAS HIDRÁULICOS
1. INTRODUÇÃO
Os sistemas hidráulicos são amplamente utilizados em
aplicações industriais. Os sistemas hidráulicos, juntamente com
os sistemas pneumáticos, são considerados os músculos da in-
dústria moderna.
O propósito desta unidade é familiarizar o estudante com
conceitos de fluidos hidráulicos, suas caraterísticas, tipos e crité-
rios utilizados para escolher o fluido a ser utilizado em cada tipo
de aplicação. Além disso, será aprofundado o estudo de algumas
caraterísticas, como pressão, vazão e potência dos fluidos, pois
são os parâmetros mais importantes para entender o funciona-
mento das bombas hidráulicas.
Também será definido o princípio de funcionamento de
bombas hidrodinâmicas e hidrostáticas e serão apresentadas al-
gumas aplicações de cada tipo de bomba. Além disso, conhece-
remos os diferentes tipos de bombas hidrodinâmicas e hidrostá-
ticas: centrífuga, de engrenagens, de pistões e de palhetas.
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UNIDADE 1 – SISTEMAS HIDRÁULICOS
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UNIDADE 1 – SISTEMAS HIDRÁULICOS
7) peso;
8) trabalho;
9) energia;
10) potência;
11) calor;
12) torque.
Esses conceitos são definidos no Glossário incluído nesta
obra.
Os fluidos podem ser classificados em quatro grupos,
dependendo das suas caraterísticas:
1) Fluido ideal: tipo de fluido não compressível e não
viscoso. Não é real, sendo normalmente utilizado para
fins didáticos.
2) Fluido real: qualquer tipo de fluido que possua
viscosidade pode ser considerado um fluido real.
3) Fluido newtoniano: todo tipo de fluido no qual a
tensão de cisalhamento é proporcional ao gradiente
da velocidade.
4) Fluido não newtoniano: fluido no qual a tensão de
cisalhamento não é proporcional ao gradiente de
velocidade.
Como caraterística dos fluidos, há a viscosidade, que
pode ser medida utilizando o SSU – Segundos Saybolt Universal
(ASTM, 2013). Essas medições são obtidas utilizando um viscosí-
metro de Saybolt como o desenvolvido por Moreira et al. (2015).
O nome da unidade é em homenagem ao professor Saybolt, que
fez um experimento como apresentado na Figura 1, que permi-
te determinar o tempo de escoamento de 60 ml de um líquido
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UNIDADE 1 – SISTEMAS HIDRÁULICOS
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UNIDADE 1 – SISTEMAS HIDRÁULICOS
Potência= P × q
Para exemplificar, podemos considerar um sistema que
opera a uma pressão de 200 bar (200*10–5 N/m2) com uma vazão
de 0.25 l/s (0.25*10–3 m3/s), tendo potência de 5 kW ou 5*103
Nm/s.
A unidade de newton-metro é utilizada para determinar
a quantidade de trabalho realizado por um objeto. Então, outra
definição para potência é a quantidade de trabalho realizada por
unidade de tempo. Outra unidade amplamente utilizada para
definir a potência é HP (horsepower), a qual foi determinada
a partir do experimento realizado por James Watt, no qual
eram comparadas a potência produzida pela máquina de vapor
criada por ele e a potência que um cavalo poderia produzir. No
experimento, ele descobriu que um cavalo pode erguer 250 kgf
(quilograma-força) à altura de 30,5 cm em um segundo, o que
equivale a:
Nm
745.7
s
Sendo assim:
Força exercida ( N ) * Distância do movimento ( m )
HP = *745.7
Tempo ( S )
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UNIDADE 1 – SISTEMAS HIDRÁULICOS
Quilômetro* km 1 km → 1000 m
Centímetro* cm 1 cm → 0.01 m
Milímetro* mm 1 mm → 0.001 m
Polegadas** in 1 in → 0.0254 m
Pé** ft 1 ft → 0.3048 m
Quilograma-
kgf 1 kgf → 9.81 N
Força força**
Nanossegundo* ns 1 ns → 0.000000001 s
Microssegundo* us 1 us → 0.000001 s
Tempo
Milissegundo* ms 1 ms → 0.0001 s
Hora* h 1 h → 3600 s
Horsepower** HP 1 HP → 745.7 W
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Bomba
hidráulica
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Escoamento
Laminar
Perfil de
velocidade
Escoamento
Turbulento
Perfil de
velocidade
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Escoamento
Rotacional
Escoamento
Não-Rotacional
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Bombas hidrodinâmicas
A principal caraterística desse tipo de bomba é que a pres-
são produzida é proporcional à velocidade do rotor. O fluido é
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UNIDADE 1 – SISTEMAS HIDRÁULICOS
Bombas hidrostáticas
Também chamado de bomba de deslocamento positivo,
esse tipo de bomba descarrega uma quantidade fixa de fluido
por revolução do eixo da bomba. A maioria das aplicações indus-
triais hidráulicas utiliza esse tipo de bomba, pois tem como prin-
cipal caraterística sua capacidade de superar as pressões geradas
pelas cargas mecânicas no sistema. Além disso, consegue supe-
rar a resistência ao fluxo devido ao atrito. Com essas caraterísti-
cas, é possível garantir que o fluxo (vazão) de saída do sistema é
independente da pressão, isto é, há um fluxo constante de saída.
Algumas das vantagens das bombas de deslocamento po-
sitivo sobre as bombas de deslocamento não positivo, segundo
Doddannavar e Barnard (2005), são:
• Capacidade de gerar altas pressões.
• Alta eficiência volumétrica.
• Formato pequeno e compacto, com uma alta relação de
potência e peso.
• Alterações relativamente menores na eficiência em to-
das as faixas de pressão.
• Faixa de operação mais ampla, ou seja, capacidade de
operar em uma ampla faixa de pressão e velocidade.
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deslocamento _ real
Eficiência _ Volumétrica = x100
deslocamento _ teórico
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Qr = Vd N
Pela geometria da engrenagem, o deslocamento volumé-
trico Vd pode ser calculado utilizando-se a equação a seguir:
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π
Vd
=
4
(D
2
o − Di2 ) L
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Bomba de lóbulo
As bombas de lóbulo são uma variação das bombas de
engrenagens tradicionais. O princípio de funcionamento desse
tipo de bomba é bastante semelhante ao de uma bomba de
engrenagem externa; a principal diferença é que, nesse tipo de
bomba, as engrenagens são substituídas por lóbulos. Esse tipo
de bomba é apresentado na Figura 12. A principal vantagem
desse tipo de bomba é que o bombeamento é suave, com fluxo
linear e não pulsado.
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Bombas balanceadas
Em bombas desbalanceadas, metade da bomba experi-
menta pressões menores que a pressão atmosférica, enquanto
a outra metade é submetida à pressão total do sistema. Essa di-
ferença das pressões de entrada e saída gera cargas muito altas
nas palhetas da bomba, que são transmitidas diretamente ao ro-
tor, o que pode gerar falhas no sistema.
A função de uma bomba balanceada é a mesma da de
bombas desbalanceadas; a diferença está na estrutura da bom-
ba: para estar balanceada, é preciso que o anel excêntrico te-
nha um formato elíptico e que haja duas entradas e duas saídas
conectadas na carcaça, como apresentado na Figura 15. Essas
entradas e saídas são utilizada para cancelar possíveis cargas la-
terais no eixo.
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Hidráulica e Pneumática – Vídeos Complementares – Complementar 1.
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3.1. FLUIDOS
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4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em
responder as questões a seguir, você deverá revisar os conteú-
dos estudados para sanar as suas dúvidas.
2
1) Suponha uma bomba a 70 kgf cm , que deve deslocar teoricamente 40
litros de fluido por minuto, mas desloca apenas 36 litros por minuto. Qual
é a eficiência volumétrica da bomba?
a) 85%.
b) 75%.
c) 90%.
d) 95%.
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UNIDADE 1 – SISTEMAS HIDRÁULICOS
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões
autoavaliativas propostas:
1) c.
2) c.
3) kgf cm 2 d.
4) a.
5. CONSIDERAÇÕES
Esta unidade apresentou conceitos, parâmetros, caraterís-
ticas e propriedades fundamentais para o bom entendimento do
comportamento dos fluidos hidráulicos. Mesmo havendo várias
caraterísticas físicas que estão diretamente relacionadas ao es-
coamento dos fluidos, o foco desta unidade foi apenas em pres-
são, potência e vazão – conceitos fundamentais para entender o
funcionamento das bombas hidráulicas, as quais são considera-
das o coração dos sistemas hidráulicos, pois são as encarregadas
do transporte do fluido do reservatório até todos os componen-
tes do sistema hidráulico.
O tema estudado é extremamente amplo e por isso é
fundamental complementar seus estudos consultando as Refe-
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UNIDADE 1 – SISTEMAS HIDRÁULICOS
6. E-REFERÊNCIAS
Lista de figuras
Figura 11 Princípio de funcionamento de uma bomba de engrenagem interna.
Disponível em: <http://www.rzrbombas.com.br/wp-content/uploads/2014/10/
Bombadeengrenagem.gif>. Acesso em: 29 jun. 2018.
Figura 12 Princípio de funcionamento de uma bomba de lóbulo. Disponível em:
<http://2.bp.blogspot.com/-7HpWUDgl5MU/T7t4QBuqTYI/AAAAAAAABjU/
uL6kQRNTMSE/s1600/Bomba+hidr%C3%A1ulica+de+lobulos.jpg>. Acesso em: 29 jun.
2018.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASTM D2422-97(2013), Standard Classification of Industrial Fluid Lubricants by
Viscosity System, ASTM International, West Conshohocken, PA, 2013.
DODDANNAVAR, R.; BARNARD, A. Practical hydraulic systems. Amsterdam: Newnes,
2005.
FIALHO, Arivelto Bustamante. Automação hidráulica: projetos, dimensionamento e
análise de circuitos. São Paulo: Editora Érica, 2004.
MOREIRA, Alex Ferreira et al. Desenvolvimento de um viscosímetro Saybolt Furol em
temperaturas variadas, utilizando o conceito da ABP na disciplina de instrumentação
eletrônica. In: XLIII Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia (Cobenge).
PARKER. Tecnologia hidráulica industrial. Apostila M2001-1BR. São Paulo: Parker
Hannifin Corporation, 2005.
SANTOS, A. Mecânica dos fluidos. Batatais: Claretiano, 2015.
STRINGER, J. D. Hydraulic systems analysis. London: Macmillan, 1976.
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