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7
RESUMO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
ATIVIDADES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS . . . . . . . 48
5.3 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
RESUMO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS . . . . . . . 79
RESUMO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 142
ATIVIDADES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 143
RESUMO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 154
ATIVIDADES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 156
RESUMO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165
ATIVIDADES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 166
1
Produto Cartesiano
e o plano R2
META:
Denir elementos, que permitirão o estudo de funções reais de uma
variável real.
OBJETIVOS:
Ao m da aula os alunos deverão ser capazes de:
Denir o produto cartesiano e identicar o gráco de uma função
real como um subconjunto do produto cartesiano, satisfazendo cer-
tas condições.
Identicar quando um subconjunto do produto cartesiano dene o
gráco de uma função.
Denir e caracterizar o plano R2 .
PRÉ-REQUISITOS
Noções sobre teoria de Conjuntos.
Produto Cartesiano e o plano R2
1.1 Introdução
X × Y = {(x, y); x ∈ X, y ∈ Y }.
14
Matemática para o Ensino Médio I AULA
Exemplo 1.1.
√
Consideremos os subconjuntos de números reais 1
X = {3, −5, 2} e Y = {3, 0}. Então o produto cartesiano X × Y
é o conjunto formado pelos pares ordenados (3, 3), (3, 0), (−5, 3),
√ √
(−5, 0), ( 2, 3) e ( 2, 0), ou seja, o produto cartesiano neste caso
é o conjunto
√ √
X × Y = {(3, 3), (3, 0), (−5, 3), (−5, 0), ( 2, 3), ( 2, 0)}.
Note que o par ordenado (3, −5) não pertence ao produto carte-
siano X × Y , pois seu segundo elemento, −5 não pertence ao con-
junto Y . Além disso, observe que o número de elementos do pro-
duto cartesiano X × Y é seis, ou seja, o número de elementos do
conjunto X vezes o número de elementos do conjunto Y . Mais
Geralmente, se X = {x1 , x2 , . . . , xn } e Y = {y1 , y2 , . . . , ym } são
dois conjuntos nitos, com n e m elementos respectivamente, o
produto cartesiano X × Y tem um número nito de elementos com
mn elementos.
15
Produto Cartesiano e o plano R2
16
Matemática para o Ensino Médio I AULA
permitam determinar, dados x ∈ X e y ∈ Y , se x está, ou não, rela- 1
cionado com y, segundo a relação R. No caso armativo escreve-se
xRy .
17
Produto Cartesiano e o plano R2
18
Matemática para o Ensino Médio I AULA
geometricamente relações entre números reais. É através desta 1
identicação, que podemos associar uma reta ( gura geométrica)
a uma equação algébrica ( como conjunto de pontos (x,y) do plano
numérico R2 ). Desta maneira podemos dizer que R2 é o modelo
aritmético do plano Π e que Π é o modelo geométrico de R2 . Do
nosso ponto de vista, olharemos para R2 como o plano numérico e
chamaremos seus elementos P = (x, y) de pontos e procuraremos
assim um melhor entendimento das propriedades das funções reais
que vamos estudar.
Neste sentido, dados dois pontos P = (x, y) e Q = (u, v) a distância
destes dois pontos em função de suas coordenadas é dada por:
p
d(P, Q) = (x − u)2 + (y − v)2 .
19
Produto Cartesiano e o plano R2
(x − a)2 + (y − b)2 = r2
20
Matemática para o Ensino Médio I AULA
Agora usando a fórmula da distância entre dois pontos, vemos que 1
o gráco de f é a parte da circunferência com centro em (0, 0) e
raio 1, situada no semi-plano y ≥ 0.
RESUMO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
21
AULA
2
Função Am
META:
Denir e caracterizar função Am e função linear.
OBJETIVOS:
Ao m da aula os alunos deverão ser capazes de:
Denir função Am e Função linear e identicar suas propriedades.
Mostrar que o gráco de uma função linear é uma reta.
Caracterizar um função am e uma função linear.
Estabelecer a relação entre função am e progressões aritméticas.
PRÉ-REQUISITOS
Noções sobre produto cartesiano e o plano R2 , como também pro-
priedades básicas de progressões aritméticas.
Função Am
2.1 Introdução
24
Matemática para o Ensino Médio I AULA
donde obtemos 2
f (x2 ) − f (x1 ) = a(x2 − x1 ),
e portanto
f (x2 ) − f (x1 )
a= .
x2 − x1
Sejam
P1 = (x1 , ax1 + b)
P2 = (x2 , ax2 + b)
P3 = (x3 , ax3 + b)
25
Função Am
que:
p √
d(P1 , P2 ) = (x2 − x1 )2 + a2 (x2 − x1 )2 = (x2 − x1 ) 1 + a2 ,
p √
d(P2 , P3 ) = (x3 − x2 )2 + a2 (x3 − x2 )2 = (x3 − x2 ) 1 + a2 ,
p √
d(P1 , P3 ) = (x3 − x1 )2 + a2 (x3 − x1 )2 = (x3 − x1 ) 1 + a2 .
26
Matemática para o Ensino Médio I AULA
f (x1 ) e f (x2 ), em dois números distintos x1 e x2 (arbitrários) e 2
assim f ca inteiramente determinada.
y2 − y1 x2 y1 − x1 y2
a= b=
x2 − x1 x2 − x1
y2 − y1
y = y1 + (x − x1 )
x2 − x1
27
Função Am
ou
y2 − y1
y = y2 + (x − x2 ).
x2 − x1
a primeira equação nos informa que se começamos no ponto (x1 , y1 )
e caminharmos sobre a reta, fazendo x variar, a ordenada y começa
com o valor y1 e sofre um incremento igual ao incremento x − x1
dado a x, vezes a taxa de variação
y2 − y1
.
x2 − x1
A interpretação da segunda equação é análoga.
Comentário sobre Terminologia: Destacamos algumas obser-
vações sobre a terminologia. Considere a função am f (x) = ax+b.
Não é considerado adequado chamar o número a de coeciente an-
gular da função f e sim, devemos chamá-lo de taxa de variação.
Isto se deve, pois em geral não há ângulo no problema estudado.
O termo coeciente angular usa-se quando estamos considerando
Antonio Trajano em a a equação de uma reta. Também não é adequado chamar função
Aritmética Progressiva
(1883), dá a seguinte am de função do primeiro grau, mesmo que a expressão que re-
denição para grandezas
proporcionais: presenta a função f (x) = ax + b é um polinômio de primeiro grau
Diz-se que duas grandezas
são proporcionais quando (quando a 6= 0). Função não tem grau.
elas se correspon-
dem de tal modo que,
multiplicando-se uma 2.3 Função Linear
quantidade de uma delas
por um número, a quan-
tidade correspondente da Uma função linear é um caso particular de uma função am, mais
outra ca multiplicada
ou dividida pelo mesmo especicamente no caso em que b = 0 e desta maneira uma função
número. No primeiro
caso, a proporcionalidade linear é dada pela fórmula f (x) = ax. O conceito de função linear
se chama direta e, no
segundo caso, inversa; está estritamente ligado ao conceito de proporcionalidade. Usare-
as grandezas se dizem
diretamente propor- mos o conceito de proporcinalidade apresentado por Elon L. Lima,
cionais ou inversamente
proporcionais. o qual é uma versão moderna da denição de Antonio Trajano
(1983).
28
Matemática para o Ensino Médio I AULA
Denição 2.2. Uma proporcionalidade é uma função f : R −→ R 2
tal que, pra quaisquer números reais x e c, tenhamos f (cx) = cf (x)
(proporcionalidade direta) ou f (cx) = f (x)/c (proporcionalidade
inversa).
29
Função Am
de proporcionalidade k = 14/36.
30
Matemática para o Ensino Médio I AULA
Teorema 2.1. Teorema Fundamental da Proporcionalidade. 2
Seja f : R −→ R uma função crescente. As seguintes armações
são equivalentes:
Prova: Vamos mostrar que (1) =⇒ (2), (2) =⇒ (3) e (3) =⇒ (1).
Provamos primeiramente que (1) =⇒ (2), e começamos provando
que para todo racional r = m/n, a hipótese (1) implica que f (rx) =
rf (x) para todo número racional r e x ∈ R. De fato,
logo
m
f (rx) = f (x) = rf (x).
n
Ainda, sendo a = f (1) e desde que f (0) = 0 ( pois f(0)=f(0.0)=0.f(0)),
a monotocidade de f nos dá a = f (1) > f (0) = 0. Além disso,
f (r) = f (r.1) = r.f (1) = ar para todo r ∈ Q.
Mostramos agora que f (ax) = ax para todo x ∈ R. Suponha por
absurdo que exista um número real ( necessariamente irracional)
tal que f (x) 6= ax. Suponhamos, sem perda de generalidade que
f (x) > ax. ( O caso em que f (x) < ax é tratado de modo análogo.)
Temos
f (x)
> x.
a
Seja r ∈ Q tal que
f (x)
> r > x.
a
31
Função Am
Então f (x) > ar > ax, ou seja, f (x) > f (r) > ax. Mas isto é
um absurdo, pois f é crescente logo, como r > x, deveríamos ter
f (r) > f (x). Isto completa a prova de (1) =⇒ (2).
Para provar que (2) =⇒ (3), observe que assumindo (2), f (x+y) =
a(x + y) = ax + ay = f (x) + f (y).
32
Matemática para o Ensino Médio I AULA
2.4 Caracterização da Função Afim 2
Um problema que surge nos problemas práticos é saber, se numa
determinada situação, o modelo matemático a ser adotado é uma
função am. O próximo teorema caracteriza uma função am.
ψ(h + k) = f (x + h + k) − f (x)
= f ((x + k) + h) − f (x + k) + f (x + k) − f (x)
= ψ(h) + ψ(k)
f (x + h) − f (x) = ah
33
Função Am
f (xi+1 )−f (xi ) = yi+1 −yi = axi+1 +b−(axi +b) = a(xi+1 −xi ) = ah.
34
Matemática para o Ensino Médio I AULA
Um resultado recíproco também é verdadeiro, como mostra a pro- 2
posição:
35
Função Am
para todo x ∈ R.
2.5 Conclusão
36
Matemática para o Ensino Médio I AULA
RESUMO 2
Função Am
37
Função Am
ATIVIDADES
Atividade. 2.4.
As leis da física, muitas vezes descrevem relações de proporcional-
idade direta ou inversa entre grandezas. Para cada uma das leis
abaixo, escreva a expressão matemática correspondente.
(a)- (Lei de gravitação universal) Matéria atrai matéria na razão
direta das massas e na razão inversa do quadrado das distâncias.
(b)- (Gases perfeitos) A pressão exercida por uma determinada
massa de um gás é diretamente proporcional à temperatura abso-
luta e inversamente proporcional ao volume ocupado pelo gás.
(c)- (Resistência Elétrica) A resistência de um o condutor é dire-
tamente proporcional ao seu comprimento e inversamente propor-
cioanal à área de sua seção reta.
38
Matemática para o Ensino Médio I AULA
(d)- (Dilatação térmica) A dilatação térmica sofrida por uma barra 2
é diretamente proporcional ao comprimento da barra e à varaição
de temperatura.
Atividade. 2.6.
Os termos a1 , a2 , . . . , an de uma P.A são os valores f (1), f (2), . . . , f (n)
de uma função am.
(a)- Mostre que cada ai é igual a área de um trapézio delimitado
pelo gráco de f , pelo eixo OX e pelas retas verticais de equação
x = i − 1/2 e x = i + 1/2.
(b)- Mostre que a soma S = a1 + a2 + . . . + an é igual a área do
trapézio delimitado pelo gráco de f , pelo eixo OX e pelas retas
verticais x = n − 1/2 e x = n + 1/2.
(c) Conclua que S = 2 n.
a1 +an
39
Função Am
REFERÊNCIAS BILBIOGRÁFICAS
40
AULA
Funções Quadráticas
META:
3
Denir e identicar uma função quadrática.
OBJETIVOS:
Ao nal da aula o aluno deverá ser capaz de: Denir função
quadrática.
Entender como surgiu o estudo de funções quadráticas ao longo da
história.
PRÉ-REQUISITOS
Resolução de sistemas lineares e critérios de colinearidade de pon-
tos no plano.
Funções Quadráticas
3.1 Introdução
42
Matemática para o Ensino Médio I AULA
são iguais , isto é, assumem o mesmo valor para qualquer número 3
real x.
αx21 + βx1 + γ = 0.
αx22 + βx2 + γ = 0. (3.3)
αx23 + βx3 + γ = 0
α(x1 + x2 ) + β = 0.
(3.4)
α(x1 + x3 ) + β = 0.
43
Funções Quadráticas
ax21 + bx1 + c = y1 .
ax22 + bx2 + c = y2 . (3.5)
ax23 + bx3 + c = y3
Observe que neste sistema as incógnitas são a, b e c. Aplicando
os mesmos passos da proprosição acima é possível resolver este
sistema. Deixaremos esta tarefa como atividade. Em particular, ao
resolver os sistema acima obtemos o seguinte valor para a incógnita
a.
1 h y3 − y1 y2 − y1 i
a= − (3.6)
x3 − x2 x3 − x1 x2 − x1
Proprosição 3.6. Sejam x1 , x2 , x3 três números reais distintos e
y1 , y2 , y3 números tais que os pontos A = (x1 , y1 ), B = (x2 , y2 )
e C = (x3 , y3 ) são não-colineares em R2 . Existe uma, e somente
uma, função quadrática f (x) = ax2 + bx + c tal que f (x1 ) = y1 ,
f (x2 ) = y2 e f (x3 ) = y3 .
f (x) = ax2 + bx + c
44
Matemática para o Ensino Médio I AULA
Se considerarmos os pontos A = (x1 , y1 ), B = (x2 , y2 ) e C = 3
(x3 , y3 ) em R2 , a condição da equação (3.7) signica que as retas
AC e AB têm a mesma inclinação, isto é, os pontos A, B e C são
colineares.
p = x(s − x) = sx + x2 ,
45
Funções Quadráticas
46
Matemática para o Ensino Médio I AULA
Como os dados do problema s e p eram sempre positivos, os Ba- 3
bilônios nunca tiveram a preocupação com eventuais soluções nega-
tivas fornecidas por esta regra. Porém em casos, como por exemplo
de encontrar dois números cujos produto e soma são ambos iguais
a 2, eles armavam simplesmente que tais números não existiam,
o que é verdade no âmbito dos números reais.
RESUMO
ATIVIDADES
47
Funções Quadráticas
ax21 + bx1 + c = y1 .
ax22 + bx2 + c = y2 .
ax23 + bx3 + c = y3
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
48
AULA
4
Gráco da Função
Quadrática
META:
Obter propriedades das funções quadráticas e esboçar seu gráco.
OBJETIVOS:
Ao m da aula os alunos deverão ser capazes de:
Esboçar o gráco de uma função quadrática.
Provar a relação para as raízes de uma equação quadrática.
Estudar o movimento uniformemente variado através de uma função
quadrática.
PRÉ-REQUISITOS
Denição e propriedades da função quadrática.
Gráco da Função Quadrática
4.1 Introdução
Considere o trinômio
ax2 + bx + c.
podemos escrever
h b b2 b2 ci
ax2 + bx + c = a x2 + 2 x + 2 − 2 + ,
2a 4a 4a a
ou
h b 2 4ac − b2 i
ax2 + bx + c = a x+ + . (4.10)
2a 4a2
Esta maneira de escrever o trinômio do segundo grau é chamada
de forma canônica.
50
Matemática para o Ensino Médio I AULA
Prova: Sendo a 6= 0, temos as seguintes equivalências: 4
b 2 4ac−b2
ax2 + bx + c = 0 ⇐⇒ x +
2a + 4a2
=0 (1)
b 2 b2 −4ac
⇐⇒ x + 2a = 4a2
(2)
√
b b2 −4ac
⇐⇒ x + 2a =± 2a (3)
√
−b± b2 −4ac
⇐⇒ x = 2a . (4)
b2 − 4ac := ∆ (4.11)
ax2 + bx + c = 0.
51
Gráco da Função Quadrática
h b 2 4ac − b2 i
ax2 + bx + c = a x+ + .
2a 4a2
exibe no interior do colchetes, uma soma de duas parcelas. A
primeira depende de x e é sempre maior ou igual a zero. A segunda
é constante. Segue que o menor valor dessa soma é atingido quando
b 2
x+ = 0,
2a
ou seja, quando x = − 2a
b
. Neste ponto, f (x) também assume
b2
seu valor mínimo f (−b/2a) = c − 4a . Quando a < 0, o valor
2
b
f (−b/2a) = c− 4a é o maior valor dos números f (x), para qualquer
x ∈ R.
52
Matemática para o Ensino Médio I AULA
e como estamos considerando x 6= x0 , da equação acima, segue que 4
b b
x0 + =x+ ,
2a 2a
isto é,
x + x0 b
=− .
2 2a
d(P, d) = d(P, F ).
53
Gráco da Função Quadrática
d(P, d) = x2 + 1/4,
54
Matemática para o Ensino Médio I AULA
mesma abcissa que P . Logo a distância entre P e a reta y = −1/4 4
é a distância entre os pontos P e Q, ou seja x2 + 1/4. Como
se trata de dois números positivos, para vericarmos a igualdade
d(P, d) = d(P, F ), basta ver que seus quadrados são iguais, o que
de fato é vericado. Observe que estamos u-
sando o seguinte resul-
Exemplo 4.2. Seja f (x) = ax2 com a 6= 0. Então o gráco tado: Sejam x, y ∈ R+ , ou
seja, x > 0 e y > 0 reais.
desta função quadrática é a parábola cujo foco é F = (0, 1/4a) Então x = y se, e somente
se, x2 = y 2 .
e cuja reta diretriz é a reta horizontal y = −1/4a. De fato, a
distância de um ponto qualquer P = (x, ax2 ) do gráco de f ao
ponto F = (0, 1/4a) é
p
d(P, F ) = x2 + (ax2 − 1/4a))2 . (4.12)
55
Gráco da Função Quadrática
4a .
1
y=k−
56
Matemática para o Ensino Médio I AULA
Proprosição 4.10. O gráco da função quadrática f (x) = ax2 + 4
bx + c, com a 6= 0 é uma parábola cujo foco é o ponto F =
) e cuja reta diretriz é a reta horizontal y = .
2 +1 4ac−b2 −1
( −b
2a ,
4ac−b
4a 4a
onde m = −b
2a e k = (4ac − b2 )/4a. Usando o Exemplo 4.4 concluí-
mos a prova.
57
Gráco da Função Quadrática
f (x) = ax2 + bx + c,
cujo gráco é uma parábola e tem vértice cuja abcissa tem coor-
denada m = −b/2a, submetida a translação horizontal (x, y) 7−→
(x − m, y), determina uma nova parábola, cujo vértice tem abcissa
zero e está sobre o eixo OY . Pelo que vimos anteriormente na Ob-
servação 4.1, esta nova parábola é o gráco da função quadrática
b
g(x) = f (x − m) = f (x − 2a )
2
b b
= a x − 2a +b x− 2a +c
= ax2 + k
4ac−b2
onde k = 4a . Em seguinda aplicamos a translação vertical
(x, y) 7−→ (x, y + k), obtendo-se uma nova parábola cujo vértice
58
Matemática para o Ensino Médio I AULA
agora é a origem (0, 0). Segue da Observação 4.1 que esta parábola 4
é o gráco da função
4.4 Aplicações
59
Gráco da Função Quadrática
60
Matemática para o Ensino Médio I AULA
Proprosição 4.12. Se a parábola é o gráco da função f (x) = 4
ax2 + bx + c, então a reta tangente a esta parábola no ponto P =
(x0 , y0 ) é a reta que passa por este ponto e tem equação y = 2ax0 +
b.
61
Gráco da Função Quadrática
Isto mostra que a reta que passa pelo ponto P0 = (x0 , y0 ) e tem
inclinação 2ax0 + b é tal que para todo ponto de abcissa x 6= x0 da
parábola está acima da reta mencionada. Logo esta reta é tangente
a parábola neste ponto.
f (x) = ax2 + bx + c,
62
Matemática para o Ensino Médio I AULA
seria vertical e a reta tangente no ponto P teria inclinação nula e 4
logo seria horizontal e neste caso, também teríamos as duas retas
perpendiculares. As retas y = ax = b e y =
a0 x + b0 , com a 6= 0 e a0 6=
0, são perpendiculares se,
Proprosição 4.13. A tangente à parábola num ponto P faz ângu- e somente se, a0 = 1/a.
los iguais com a paralela ao eixo e com a reta que une o foco F a
esse ponto.
63
Gráco da Função Quadrática
1
f (t) = at2 + bt + c. (4.15)
2
O movimento dado pela função dada pela Equação (4.15), é cham-
dado de movimento uniformemente variado. A constante a chama-
se aceleração, b é a velocidade inicial ( no instante t = 0) e c é a
posição inicial do corpo.
Em qualquer movimento, dado pela função f , o quociente
= at + b + ah/2.
64
Matemática para o Ensino Médio I AULA
é a velocidade do ponto no instante t. Quando temos t = 0 temos 4
v(0) = b, por isso b se chama a velocidade inicial. Além disso,
vê-se que a = [v(t + h) − v(t)]/h para quaisquer t, h, logo a acele-
ração constante a é a taxa de variação da velocidade. Por isso o
movimento se chama uniformemente variado.( Uniformemente a-
celerado ou retardado, conforme v tenha o mesmo sinal de a ( isto
é, t > −b/a) ou v tenha sinal oposto ao de a ( ou seja, t < −b/a)).
Um exemplo prático do Movimento Uniformemente Variado é a
queda de corpos no vácuo, sujeitos à ação apenas da gravidade.
Neste caso a aceleração é a da gravidade, normalmente indicada
pela letra g . Através de nosso conhecimento da função quadrática
podemos obter uma descrição completa do movimento uniforme-
mente variado.
Outro exemplo do movimento uniformemente variado é o movi-
mento de um projétil (uma bala, por exemplo) lançado por uma
força instantânea e a partir daí, sujeito apenas à ação da gravidade,
sendo desprezada a resistência do ar. Embora o processo ocorra
no espaço tridimensional a trajetória do projétil está contida no
plano determinado pela reta vertical no ponto de partida e pela
direção da velocidade.
65
Gráco da Função Quadrática
RESUMO
ax2 + bx + c.
66
Matemática para o Ensino Médio I AULA
a mesma pode ser escrita da seguinte maneira: 4
h b 2 4ac − b2 i
ax2 + bx + c = a x+ + . (4.16)
2a 4a2
ATIVIDADES
67
Gráco da Função Quadrática
f (x) = ax2 + bx + c,
68
Matemática para o Ensino Médio I AULA
Obs: Dos itens (a) e (b) acima, podemos resumir: Se a0 = ±a 4
então os grácos das funções quadráticas f (x) = ax2 + bx + c e
ψ(x) = a0 x2 + b0 x + c0 são congruentes.
(c) Considere as funções quadráticas f (x) = 31 x2 − 83 x + 5 e g(x) =
− 13 x2 − 5x + 25. Determine o conjuntos de operações que leva uma
delas sobre a outra. Esboce o gráco destas duas parábolas.
x1 + x2 f (x1 ) + f (x2 )
f < .
2 2
69
Gráco da Função Quadrática
70
Matemática para o Ensino Médio I AULA
Atividade. 4.15. Prove que a função contínua f : R −→ R 4
é quadrática se, e somente se, para todo h ∈ Rxado, a função
ψ(x) = f (x + h) − f (x) é am e não constante.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
71
AULA
5
Caracterização das
Funções Quadráticas
META:
Obter os teoremas de caracterização das funções quadráticas.
OBJETIVOS:
Ao m da aula os alunos deverão ser capazes de:
Identicar a relação entre funções quadráticas e progressões arit-
méticas.
PRÉ-REQUISITOS
Denição e propriedades da função quadrática.
Caracterização das
Funções Quadráticas
5.1 Introdução
d1 = y2 − y1 , d 2 = y3 − y2 , d3 = y4 − y3 , ...
d1 = 4 − 1 = 3, d2 = 9 − 4 = 5, d3 = 16 − 9 = 7,
d4 = 25 − 16 = 9 . . .
(5.17)
74
Matemática para o Ensino Médio I AULA
formam uma progressão aritmética de razão 2. 5
Proprosição 5.14. Seja f : R −→ R uma função quadrática e
x1 , x2 , x3 , . . . é uma progressão aritmética arbitrária então os nú-
meros y1 = f (x1 ), y2 = f (x2 ), y3 = f (x3 ), . . . formam uma
progressão aritmética de segunda ordem.
e desta forma
e nalmente
75
Caracterização das
Funções Quadráticas
d1 = y2 − y1 , d 2 = y3 − y2 , d3 = y4 − y3 , ...
yn+1 = yn = d + (n − 1)ri ,
76
Matemática para o Ensino Médio I AULA
Exemplo 5.2. A sequência 3, 7, 13, 21, 31, 43, . . . é uma P.A de 5
segunda ordem, pois as diferenças sucessivas
d1 = y2 − y1 = 7 − 3, d2 = y3 − y2 = 13 − 7,
(5.18)
d3 = y4 − y3 = 21 − 13, ...,
g(n) = an2 + bn
77
Caracterização das
Funções Quadráticas
Vemos que as funções contínuas g(x) e ax2 +bx são tais que g(r) =
ar2 + br para todo número racional positivo r = n/p. Segue-se que
g(x) = ax2 + bx para todo número real positivo x. De modo
análogo, considerando-se a P.A −1, −2, −3, . . ., concluiríamos que
g(x) = ax2 + bx para todo x ≤ 0. Logo pondo f (0) = c, temos que
f (x) = g(x) + c, ou seja,
f (x) = ax2 + bx + c
para todo x ∈ R.
78
Matemática para o Ensino Médio I AULA
5.3 Conclusão 5
Vimos uma maneira de caracterizar uma função quadrática por
meio de progressões aritméticas.
RESUMO
d1 = y2 − y1 , d 2 = y3 − y2 , d3 = y4 − y3 , ...
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
79
AULA
Funções Polinomiais
6
META:
Denir e obter propriedades de funções polinomiais.
OBJETIVOS:
Ao m da aula os alunos deverão ser capazes de:
Identicar e conhecer informações de natureza geral sobre funções
polinomiais.
Calcular uma aproximação para as raízes de um função polinomial.
Aplicar o método de Newton para determinar uma aproximação
para as raízes.
PRÉ-REQUISITOS
Denição de polinômio de grau n, como também conhecimento so-
bre continuidade e diferenciabilidade de funções polinômiais.
Funções Polinomiais
6.1 Introdução
p(x) = (x − α)q(x).
82
Matemática para o Ensino Médio I AULA
para todo x ∈ R. A recíproca é óbvia. Portanto, α é uma raíz 6
de p se, e somente se, p(x) é divisível por x − α. Mais geralmente
α1 , α2 , . . . , αk são raízes de p se, e somente se, para todo x ∈ R,
vale
d(x) = (an −bn )xn +(an−1 −bn−1 )xn−1 +. . .+(a1 −b1 )x+(a0 −b0 ).
83
Funções Polinomiais
e
q(X) = bn X n + bn−1 X n−1 + . . . + b1 X + b0 .
84
Matemática para o Ensino Médio I AULA
que a polinômios distintos correspondem funções polinomiais dis- 6
tintas. Logo trata-se de uma correspondência biunívoca.
Por este motivo, não há necessidade de fazer distinção enter o
polinômio p e a função polinomial p̄. Ambos serão representa-
dos pelo mesmo símbolo p e serão chamados indiferentemente de
polinômio ou de função polinomial. Além disso, diremos a função
p(x) sempre que não houver perrigo de confundí-la com o número
real que é o valor da função assumido num certo ponto x.
85
Funções Polinomiais
p(x) = x3 − 2x2 + 5x + 1,
86
Matemática para o Ensino Médio I AULA
positivos muito grandes de x e tem o sinal oposto de an para valores 6
negativos muito grande de x.
87
Funções Polinomiais
88
Matemática para o Ensino Médio I AULA
do método de Newton, já era conhecido pelos babilônicos, que 6
calculavam a raiz quadrada de um número positivo a, ou seja,
uma rais da equação x2 − a = 0, tomando um valor inicial x1 e a
√
partir daí, construir as aproximações x1 , x2 , . . . , xn , . . . de a pela
fórmula iterativa
1 a
xn+1 = xn + .
2 xn
Observação 6.1. No denominador da fórmula de Newton, p0 (x)
representa a derivada do polinômio
a qual é
RESUMO
89
Funções Polinomiais
p(xn )
xn+1 = xn − ,
p0 (xn )
ATIVIDADES
90
Matemática para o Ensino Médio I AULA
Atividade. 6.3. Verique se é verdadeiro ou falso: Se α é a raiz 6
dupla de p(x) se, e somente se, é raiz simples de p0 (x).
1 5
xn+1 = xn + .
2 xn
√
para calcular 5 com três algarismos decimais exatos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
91
AULA
Funções Logarítmicas
7
META:
Denir e obter propriedades de funções polinomiais.
OBJETIVOS:
Ao m da aula os alunos deverão ser capazes de:
Identicar e conhecer informações de natureza geral sobre funções
polinomiais.
Calcular uma aproximação para as raízes de um função polinomial.
Aplicar o método de Newton para determinar uma aproximação
para as raízes.
PRÉ-REQUISITOS
Denição de polinômio de grau n, como também conhecimento so-
bre continuidade e diferenciabilidade de funções polinômiais.
Funções Logarítmicas
7.1 Introdução
94
Matemática para o Ensino Médio I AULA
mesmo número. 7
7.2 Definição e Propriedades da Função Loga-
rítmica
95
Funções Logarítmicas
logo L(1) = 0.
Propriedade 7.3. Se x > 1 (x<1) então L(x) > 0 (L(x) < 0),
ou seja, os números maiores que um têm logarítmos positivos e os
números positivos menores que um têm logarimos negativos.
Sendo L crescente, de 0 < x < 1 < y resulta que L(x) < L(1) <
L(y), isto é, L(x) < 0 < L(y).
96
Matemática para o Ensino Médio I AULA
Com efeito, 7
L(x/y) = L(x.(1/y)) = L(x) + L(1/y) = L(x) − L(y),
e assim
L(x−n ) = −L(xn ) = −nL(x)
(xr )q = (xp/q )q = xp .
97
Funções Logarítmicas
Então
L(a1/n ) = L(a)/n < M (b) − L(b).
98
Matemática para o Ensino Médio I AULA
M (b)−L(b), pelo menos um desses números, digamos m·c pertence 7
ao interior do intervalo (L(b), M (b)), ou seja, L(b) < m · c < M (b).
Ora,
Então
99
Funções Logarítmicas
= a0 +
a1 an
+. . .+ n +. . . arbitrariamente dois números reais u < v , existe x > 0 tal que
10 10
onde a0 é a parte inteira u < L(x) < v .
e os algarismos an , n ≥ 1
podem assumir os valores
0, 1, . . . , 9. Para todo n ≥ Prova: Fixe um natural n maior que (v − u)/L(2). Ponha c =
0 escrevemos:
L(2)/n. Concluímos que os números inteiros m · c = L(2m/n ),
αn = a0 , a1 , . . . , an
onde m ∈ Z devidem a reta real em intervalos justapostos, cujo
a1 an
= a0 + + ... + n.
10 10 comprimento c é menor que v − u. Assim temos que, pelo menos
Temos então αn ≥ α e α −
αn < 1/10n para todo n ≥ um destes míltiplos m · c = L(2m/n caino intervalo I = (u, v).
0. Também, se um número
real x < α, então existe Finalmente pondo x = 2m/n , temos que u < L(x) < v .
n ≥ 0 tal que x < αn . De
fato, x < α signica que
α − x é um número real Com o lema acima, concluímos que todo intervalo aberto I = (u, v)
positivo. Tomemos n tão
grande que 1/10n < α − x contém ao menos um valor L(x).
e então teremos α − αn <
1/10n < α−x e daí resulta Prova do Teorema 7.2: Seja α um número real. Determinamos
que x < αn .
sua representação decimal
α = a0 , a1 , a2 , . . . , an , . . .
1 2 9
a0 , a0 + , a0 + , . . . , a0 + , a0 + 1.
10 10 10
Como L(a0 ) ≤ b < L(a0 + 1), devem existir dois elementos con-
secutivos α1 e α1 + 1/10, nessa sequência, tais que L(α1 ) ≤ b <
100
Matemática para o Ensino Médio I AULA
L(α1 + 1/10), isto é, deve existir a1 inteiro, 0 ≤ a1 ≤ 9, tal que, 7
pondo
a1
α1 = a0 , a1 = a0 +
10
temos que L(α1 ) ≤ b < L(α1 +1/10). Analogamente considerando O método usado para de-
terminar a representação
os números decimal do número real
1 2 9 1 α = a0 , a1 a2 . . . an
a1 , a1 + , a1 + 2 , . . . , a1 + 2 , a1 + ,
10 2 10 10 10 é uma versão moderna
de um processo milenar
vemos que existe a2 , 0 ≤ a2 ≤ 9 tal que pondo para resolução de equações
que os chineses antigos
a1 a2 chamavam o método do e-
α2 = a0 , a1 , a2 = a0 + + , lemento celestial.
10 102
a1 an
α = a0 , a1 , . . . , an , . . . = a0 + + ... + n + ...,
10 10
para todo n ≥ 0.
Armamos agora que L(α) = b. De fato, se L(α) < b, usaríamos
o Lema 7.1 para obter x > 0 tal que L(α) < L(x) < b. Como L
é crescente, segue que α < x. Então tomando n sucientemente
grande tal que x − α > 1
10n teríamos α + 1/10n < x e portanto
1 1
αn + n
≤ α + n < x.
10 10
1
L(x) > L αn + > b,
10n
101
Funções Logarítmicas
RESUMO
102
Matemática para o Ensino Médio I AULA
Denição: Um Sistema de Logaritmos ou uma função logarít- 7
mica é uma função real L : R+ −→ R, cujo domínio é o con-
junto R+ dos números reais positivos, que satisfaz as seguintes
propriedades:
A) L é uma função crescente, isto é, x < y =⇒ L(x) < L(y);
B) L(xy) = L(x) + L(y) para quaisquer x, y ∈ R+ .
A função Logarítmica tem as seguintes propriedades:
2. O logaritmo de 1 é zero.
103
Funções Logarítmicas
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
104
AULA
META:
Dar uma interpretação geométrica ao conceito de Função Logarít-
mica Natural através da área de regiões que consistem em faixas
de hipérboles.
OBJETIVOS:
Ao m da aula os alunos deverão ser capazes de:
Denir a função logarítmica natural através da área de uma faixa
de hipérbole.
Obter e interpretar as propriedades da função Logarítmo Natural,
na sua forma geométrica.
PRÉ-REQUISITOS
Noções de área entre curvas e denições de funções Logarítmicas.
Função Logarítmo Natural
e Área de Faixas de Hipérboles
8.1 Introdução
106
Matemática para o Ensino Médio I AULA
do plano limitada pela duas retas verticais x = a, x = b, pelo eixo 8
da abscissas, e pela hipérbole H . Indicaremos essa região pelo
símbolo Hab .
1
Hab = {(x, y); a ≤ x ≤ b, 0 ≤ y ≤ }
x
107
Função Logarítmo Natural
e Área de Faixas de Hipérboles
108
Matemática para o Ensino Médio I AULA
seja aumentamos o número de pontos intermediários, por meio dos 8
pontos
5 6 8 9 10 11
1, , , , , , , 3.
4 4 4 4 4 4
Obtemos assim um polígono retangular inscrito em H13 , formado
por 8 retângulos justapostos, cuja área total vale
1 1 1 1 1 1 1 1 84.813
A= + + + + + + + = ∼ 1, 019.
5 6 7 8 9 10 11 12 83.160
Cada polígono retangular inscrito na faixa Hab fornece um valor
aproximado por falta para a área de Hab . Tanto mais será apro- Observe que a maneira que
denimos a área, é exa-
ximado este valor quanto mais na for a subdivisão do intervalo tamente da mesma forma
que denimos a soma de
[a, b]. Isto é, quanto mais próximos estiverem uns dos outros os Riemann de uma função
f em relação a uma par-
pontos da subdivisão, menor será a diferença entre o valor exato tição, ou seja, em relação
da área de Hab do seguinte modo: a uma subdivisão do in-
tervalo [a, b]. Assim uma
soma de Riemann é a soma
Denição 8.2. A área de Hab é o número real cujas aproximações das áreas dos retângulos
inscritos no gráco de f ,
por falta são as áreas dos polígonos retangulares inscritos em Hab . ou seja, a área do polígono
retangular P .
Se escrevemos A = área de Hab , teremos A ≥ área de P , qualquer
que seja o polígono retangular inscrito em Hab .
109
Função Logarítmo Natural
e Área de Faixas de Hipérboles
1 c
A(R1 ) = (d − c) · =1− ,
d d
110
Matemática para o Ensino Médio I AULA
8
1 c
A(R2 ) = (kd − kc) · =1− ,
dk d
scrito em Hab . Isto signica que as áreas destas duas faixas são
números que possuem exatamente as mesmas aproximações infe-
riores, e portanto são iguais.
111
Função Logarítmo Natural
e Área de Faixas de Hipérboles
AREA Hab
AREA (Haa ) = 0;
AREA (Hab ) = A(Hab ), se a < b; (8.22)
AREA (Hab ) = −A(Hab ), se b < a.
Observação 8.1. Observe que a última convenção da equação
(8.22) implica em considerar áreas negativas. Isto de uma certa
forma, contraria a tradição mas, em compensação, a igualdade
acima, dada pela Equação (8.21) torna-se válida sem restrições.
112
Matemática para o Ensino Médio I AULA
8.4 Função Logarítmo Natural 8
Nesta seção vamos denir a função logarítmo natural l : R+ −→ R
de uma maneira geométrica e independente da função logarítmo
em uma base qualquer.
113
Função Logarítmo Natural
e Área de Faixas de Hipérboles
isto é,
ln(xy) = ln(x) + ln(y) (8.26)
Como a > 1, segue que ln(a) > 0. Portanto ln(y) > ln(x), o que
prova a propriedade B).
Alguns aurotres chamam o
logaritmo natural de log-
aritmo neperiano, em ho- Observação 8.3. Da denição de um sistema de logaritmos, segue
menagem a John Napier,
autor da primeira tábua de que existe um número real positivo, e tal que
logaritmos, em 1614. En-
tretanto, tal denominação Le (x) = ln(x)
não é inteiramente apro-
priada, pois o logaritmo
ou seja, e é a base do sistema de logaritmos. O número e, base
originalmente denido por
Napier não coincide com o dos logarítmos naturais, é caracterizado pelo fato que seu logaritmo
logaritmo natural
natural é igual a 1, ou seja, AREA H1e = 1. O número e é irracional
e um valor aproximado para esta constante é e = 2, 718281828459.
114
Matemática para o Ensino Médio I AULA
8.4.1 Gráfico da função ln 8
O gráco da função ln é o conjunto
RESUMO
115
Função Logarítmo Natural
e Área de Faixas de Hipérboles
área.
Denição: A função Logarítmo Natural é a função ln : R+ −→ R,
que faz corresponder a cada número real x > 0 o número f (x) =
AREA (H1x ).
ATIVIDADES
116
Matemática para o Ensino Médio I AULA
(c)- Faça x = a/n emostre que ea = lim (1 + a/n)n .
n−→∞
8
Atividade. 8.2. Considere a parábola y = x2 . Dena a área
A(x2 )ba da faixa dessa parábola. Divida o intervalo [0, 1] em n + 1
partes iguais. Mostre que o polígono retangular inscrito na faixa
da parábola y = x2 tem área igual a
1
(1 + 22 + 32 + ...n2 ).
(n + 1)3
1
area Pn+1 = 1/3 (1 + 3/2n + 1/2n2 ).
(1 + 1/n)3
Atividade. 8.4. Mostre que para todo x > 0 e todo h > −x não
nulo têm-se que
ln(x + h) − ln(x)
= ln(1 + h/x)1/h
h
117
Função Logarítmo Natural
e Área de Faixas de Hipérboles
b−x x−a
ln b − ln x ≤ e ln x − ln a ≥ .
x x
conclua que
ln b − ln x b−x ln b − ln a b−a
≤ e ≤ .
ln x − ln a x−a ln x − ln a x−a
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
118
AULA
Funções Logarítmicas:
9
Uma Abordagem Geométrica
META:
Dar uma interpretação geométrica ao conceito de Função Logarít-
mica através da área de regiões que consistem em faixas de hipér-
boles.
OBJETIVOS:
Ao m da aula os alunos deverão ser capazes de:
Denir a função logarítmica através da área de uma faixa de hipér-
bole.
Obter e interpretar as propriedades da função Logarítmo através
da função logaritmo natural.
PRÉ-REQUISITOS
Noções de área entre curvas e denições de funções Logarítmicas.
Funções Logarítmicas:
Uma Abordagem Geométrica
9.1 Introdução
120
Matemática para o Ensino Médio I AULA
pois são dois números reais com as mesmas aproximações inferiores. 9
121
Funções Logarítmicas:
Uma Abordagem Geométrica
loga (x).
ln(x)
loga (x) = .
ln(a)
122
Matemática para o Ensino Médio I AULA
9
De fato, Como logb (x) e loga (x) são dois sistemas de logaritmos,
então logb (x) = c loga (x). Fazendo x = a na ultima relação obte-
mos logb (a) = c loga (a), ou seja, c = logb (a).
RESUMO
123
Funções Logarítmicas:
Uma Abordagem Geométrica
ln(x)
loga (x) = .
ln(a)
ATIVIDADES
f (kx) = k 3 f (x),
124
Matemática para o Ensino Médio I AULA
Atividade. 9.5. Prove que H160
480 tem área maior que 1 e menor 9
que 1, 2.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
125
AULA
10
Funções Exponenciais
META:
Denir e obter as propriedades da função exponencial.
OBJETIVOS:
Ao m da aula os alunos deverão ser capazes de:
Denir potencias de números reais com expoente, natural, inteiro
e racional e depois extender o conceito para expoentes irracionais.
Obter a denição da função exponencial como inversa da função
logarítmica.
Esboçar o gráco de uma função exponencial.
PRÉ-REQUISITOS
Propriedades básicas de números reais e funções logarítmicas.
Funções Exponenciais
10.1 Introdução
am+n = an · am . (10.28)
128
Matemática para o Ensino Médio I AULA
para qualquer m1 , m2 , . . . , mk ∈ N. Em particular obtemos que 10
(am )k = amk .
Seja a > 1, então multiplicando esta desigualdade por an , obtemos
que an+1 > an . Segue então que
129
Funções Exponenciais
a1 = a0+1 = a0 · a1 = a0 · a
1
a−n · an = a−n+n = a0 = 1 logo a−n = . (10.32)
an
f (m + n) = f (m) · f (n),
√
(ar ) = am/n = n
am .
130
Matemática para o Ensino Médio I AULA
Sejam r = m1 /n1 e s = m2 /n2 , m1 , m2 ∈ Z, n1 , n2 ∈ N. Temos 10
que:
ar+s = ar · as .
Logo:
e observando que
m1 n2 + m2 n1 m1 m2
= = r1 + r2 ,
n1 n2 n1 n2
131
Funções Exponenciais
132
Matemática para o Ensino Médio I AULA
Logo
m m 1
10
n ≥M =⇒ 0 < a n (a n − 1) < β − α
m+1 m
⇐⇒ 0<a n − a n < β − α.
Assim as potências
133
Funções Exponenciais
134
Matemática para o Ensino Médio I AULA
De fato, todo intervalo em R+ contém valores f (r) = ar , segundo 10
o Lema 10.2. Mais precisamente, se a > 1 então ax cresce sem
limites quando x > 0 é muito grande. E se 0 < a < 1 então ax
torna-se arbritariamente grande quando x < 0 tem valor absoluto
grande.
135
Funções Exponenciais
136
Matemática para o Ensino Médio I AULA
10.3 Funções Exponenciais × Funções Loga- 10
rítmicas
ln(ax ) ln(a)
logb (ax ) = =x = x · logb (a)
ln(b) ln(b)
loga (ax ) = x.
e
loga (ax+y ) = x + y.
137
Funções Exponenciais
Proprosição 10.18.
1 n
lim 1+ =e
n−→∞ n
x
< ln(1 + x) < x.
1+x
Dividindo por x:
1 ln(1 + x)
< < 1.
1+x x
Tomando x = 1/n:
n 1 n
< ln 1 + < 1,
n+1 n
138
Matemática para o Ensino Médio I AULA
10
e portanto
n
1 n
e n+1 < 1 + < e,
n
1
x
lim 1+x =e (10.35)
x−→0
139
Funções Exponenciais
f (x + h) − f (x)
,
h
f (x + h) − f (x) eαh − 1
= beαx .
h h
140
Matemática para o Ensino Médio I AULA
A derivada da função f no ponto x ao limite da taxa f (x+h)−f (x)
h
10
quando h tende a zero. Este número, cujo signicado é o de taxa
instantânea de crescimento de f no ponto x, é representado por
f 0 (x). Ele é o número real cujos valores aproximados são os quo-
f (x+h)−f (x)
cientes h para valores muito pequenos de h. Geometri-
camente f 0 (x) é a inclinação da reta tangente ao gráco de f no
ponto x.
O sinal de f 0 (x) indica a tendência da variação de f a partir de
x. Se f 0 (x) > 0 então f (x + h) > f (x), para pequenos valores
de h positivo. Se f 0 (x) < 0 tem-se ao contrário, f (x + h) < f (x)
para h pequeno e positivo. Mostraremos a seguir que a derivada
da função f (x) = beαx é igual a α · f (x). Em outras palavras, a
taxa instantânea de variação de uma função de tipo exponencial é,
em cada ponto x, proporcional ao valor da função naquele ponto.
E a constante α é justamente o fator de proporcionalidade.
Usando a interpretação geométrica de logaritmo natural, é fácil
calcular a derivada da função f (x) = b · eαx . O ponto de partida
eh − 1
consiste em mostrar que lim = 1. A demostração deste
h−→0 h
fato, segue de um argumento geométrico, usando área de retângu-
los e faixa de hipérboles.
Assim, é imediato ver que:
ex+h − ex eh − 1
lim = ex · lim = ex
h−→0 h h−→0 h
e mais geralmente,
eα(x+h) − ex eαh − 1 eαh − 1
lim = eαx · lim = α · eαx · lim .
h−→0 h h−→0 h h−→0 αh
Escrevendo k = αh, vemos que h −→ 0 ⇐⇒ k −→ 0. Portanto
eα(x+h) − eαx ek − 1
lim = α · eαx · lim = α · eαx .
h−→0 h k−→0 αk
141
Funções Exponenciais
RESUMO
Funções Exponenciais
Denição: Seja a um número real positivo, a 6= 1. A função
exponencial de base a, f : R −→ R+ , denotada por f (x) = ax é
denida de modo que tenha as seguintes propriedades para quais-
quer x, y ∈ R.
(i) ax+y = ax · ay ;
(ii) a1 = a;
(iii) x < y =⇒ ax < ay quando a > 1 e x < y =⇒ ax > ay quando
0 < a, 1
A função exponencial, goza das seguintes propriedades:
142
Matemática para o Ensino Médio I AULA
• A função f : R −→ R+ , denida por f (x) = ax , é ilimitada 10
superiormente.
ATIVIDADES
x2
ex > 1 + x + .
4
143
Funções Exponenciais
√ √
√
Atividade. 10.5. Use a igualdade 2
2 2
= 2 para concluir
que existem números irracionais a e b tais que ab é racional.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
144
AULA
META:
Caracterizar as funções exponenciais e Logarítmicas.
OBJETIVOS:
Ao m da aula os alunos deverão ser capazes de:
Identicar uma função exponencial ou do tipo exponêncial, a par-
tir de seus teoremas de caracterização.
Identicar uma função logarítmica a partir de seu teorema de car-
acterização.
Aplicar os teoremas de caracterização, para modelar problemas el-
ementares.
PRÉ-REQUISITOS
Denições elementares e propriedades das funções logarítmica e
exponencial.
Caracterização das funções
Exponenciais e Logarítmicas
11.1 Introdução
146
Matemática para o Ensino Médio I AULA
Assim, se pusermos f (1) = a, teremos f (r) = f (r · 1) = f (1)r = ar 11
para todo r ∈ Q. Para completar a demonstração de que (1) =⇒
(2) suponhamos, a m de xar idéias que f seja crescente, logo
1 = f (0) < f (1) = a. Admitamos, por absurdo, que exista um
x ∈ R tal que f (x) 6= ax . Digamos, por exemplo, que seja f (x) <
ax ( o caso em que f (x) > ax é tratado analogamente). Então
pelo Lema da aula anterior anterior, existe um número racional
r tal que f (x) < ar < ax , ou seja, f (x) < f (r) < ax . Como
f é crescente, tendo f (x) < f (r), concluímos que x < r. Esta
contradição termina (1) =⇒ (2). As demais implicações seguem
naturalmente da denição.
147
Caracterização das funções
Exponenciais e Logarítmicas
148
Matemática para o Ensino Médio I AULA
numa progressão geométrica y1 , y2 , . . . , yn , . . ., onde yn = f (xn ). 11
Se pusermos b = f (0) e a = f (1)/f (0) teremos f (x) = bax para
todo x ∈ R.
149
Caracterização das funções
Exponenciais e Logarítmicas
11.2.1 Aplicações
y0 = n · y =⇒ η(y 0 ) = n · η(y).
150
Matemática para o Ensino Médio I AULA
onde a = c(1)/c0 , ou c(t) = co · eαt , onde α = ln(a). Como c(t) é 11
uma função crescente de t, tem-se a > 1, ou seja, α > 0.
151
Caracterização das funções
Exponenciais e Logarítmicas
152
Matemática para o Ensino Médio I AULA
Prova: Vamos supor f crescente ( o caso de f decrescente segue 11
analogamente). Temos que f (1) = f (1.1) = f (1) + f (1), logo
f (1) = 0. Provaremos o teorema inicialmente supondo que exista
a tal que f (a) = 1. Depois mostraremos que isso sempre acontece.
Como f é crescente e f (a) = 1 > 0 = f (1), tem-se a > 1. Para
todo m ∈ N vale:
153
Caracterização das funções
Exponenciais e Logarítmicas
11.4 Conclusão
RESUMO
154
Matemática para o Ensino Médio I AULA
(2) f (x) = ax para todo x ∈ R, onde a = f (1); 11
(3) f (x + y) = f (x) · f (y) para quaisquer x, y ∈ R.
A utilidade do teorema, está no fato de que que se vericarmos qual-
quer uma das armações (1), (2) ou (3) acima, estaremos tratando
de uma função exponencial ( desde que f cumpra as hipóteses do
Teorema). Porém, em alguns casos é mais fácil vericar uma, e em
outros, outra das duas propriedades.
As funções do tipo exponencial, ou seja, funções g : R −→ R
tal que g(x) = bax para todo x ∈ R, onde a e b são constantes
positivas, podem ser caracterizadas pelo seguinte teorema:
Teorema de Caracterização das Funções do tipo Expo-
nencial. Seja g : R −→ R uma função monótona injetiva (isto é
crescente ou decrescente) tal que para todo x, h ∈ R quaisquer, o
acréscimo relativo [g(x+h)−g(x)]/g(x) dependa apenas de h, mas
não de x. Então se b = g(0) e a = g(1)/g(0), tem-se g(x) = bax
para todo x ∈ R.
Além disso de todas as funções g : R −→ R+ monótonas injeti-
vas as únicas que transformam uma progressão aritmética numa
progressão geométrica são as funções do tipo exponencial.
Finalmente, o teorema de caracterização das funcões logarítmicas
é enunciado como segue:
Teorema de Caracterização das Funções Logarítmicas. Seja
f : R+ −→ R uma função monótona injetiva tal que f (xy) =
f (x) + f (y) para quaisquer x, y ∈ R+ . Então existe a > 0 tal que
f (x) = loga (x) para todo x ∈ R+ .
Em outras palavras, as funções logarítmicas são as únicas funções
de R+ em R, monótonas e injetivas que transformam o produto
numa soma, ou seja, f (xy) = f (x)+f (y) para quaisquer x, y ∈ R+ .
155
Caracterização das funções
Exponenciais e Logarítmicas
ATIVIDADES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
156
AULA
12
Trigonometria:
Noções Elementares
META:
Denir noções elementares da trigonometrias.
OBJETIVOS:
Ao m da aula os alunos deverão ser capazes de:
Denir as relações trigonométricas do triângulo retângulo.
Denir medida de ângulos e arcos.
Trigonometria:
Noções Elementares
12.1 Introdução
158
Matemática para o Ensino Médio I AULA
12
cos B̂ = c
a = (cateto adjacente) ÷ (hipotenusa),
sen B̂ = b
a = (cateto oposto) ÷ (hipotenusa), (12.36)
tg B̂ = b
c = (cateto oposto) ÷ (cateto adjacente),
b0 a c0 c
0
= e 0
= ,
a b a a
logo
sen B̂ 0 = sen B̂ e cos B̂ 0 = cos B̂.
159
Trigonometria:
Noções Elementares
a2 = b2 + c2 .
c2 b2 b2 + c2 a2
(cos B̂)2 + (sen B̂)2 = + = = = 1.
a2 a2 a2 a2
cos2 B̂ + sen2 B̂ = 1.
mostra que a rigor, basta construir uma tabela de senos para ter a
de cossenos, ou vice-versa. É evidente, a partir da denição, que o
cosseno de uma ângulo agudo é igual ao seno do seu complemento
e vice-versa. Daí a palavra cosseno (seno do complemento). Tam-
bém é claro que o seno e cosseno de um ângulo agudo são números
entre 0 e 1.
160
Matemática para o Ensino Médio I AULA
Indicaremos com a notação C essa circunferência, que chamaremos 12
de circunferência unitária, ou círculo unitário. Temos portanto
C = {(x, y) ∈ R2 ; x2 + y 2 = 1}.
A m de denir as funções sen : R −→ R e cos : R −→ R, devemos
associar a cada número real t um ângulo e considerar o cosseno e o
seno daquele ângulo. O número t desempenhará , portanto, o papel
de medida do ângulo. Evidentemente, há diversas maneiras de se
medir ângulos dependendo da que se adota. Há duas unidades
de medida de ângulo que se destacam: o radiano e o grau como
veremos.
• E(0) = (1, 0)
161
Trigonometria:
Noções Elementares
162
Matemática para o Ensino Médio I AULA
12
163
Trigonometria:
Noções Elementares
l 2a
= 2.
r r
164
Matemática para o Ensino Médio I AULA
daí que esta medida também vale 2a/r2 , onde a é a área do setor 12
AOB e r é o raio do círculo.
Podíamos também ter denido uma função G : R −→ C pondo
ainda G(0) = (1, 0) e estipulando que, para s > 0, G(s) fosse o
ponto da circunfer6encia unitária obtido a partir do ponto (1, 0)
quando se percorre , ao longo de C , no sentido positivo, um cami-
nho de comprimento 360 s.
2π
E para s < 0, G(s) seria denido de
forma análoga, com o percurso no sentido negativo de C .
A função G : R −→ C tem propriedades semelhantes às de E , pois
2π
G(t) = E t
360
360 ◦
1rad = = 57, 3graus
2π
RESUMO
165
Trigonometria:
Noções Elementares
ATIVIDADES
166
Matemática para o Ensino Médio I AULA
Atividade. 12.3. (a)- Os lados de um triângulo retângulo estão 12
em progressão aritmética. Qual o cosseno do maior ângulo agudo?
(b)- Os lados de um triângulo retângulo estão em progressão ge-
ométrica. Qual é o cosseno do menor de seus ângulos?
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
167
AULA
Funções Trigonométricas
13
META:
Denir e estudar as propriedades das funções trigonométricas.
OBJETIVOS:
Ao m da aula os alunos deverão ser capazes de:
Denir as funções trigonométricas elementares.
Identicar as propriedades das funções trigonométricas e esboçar
gráco das mesmas.
Estabelecer a principais relações fundamentais entre as funções
trigonométricas.
PRÉ-REQUISITOS
Denições elementares dos elementos trigonométricos: arco, ân-
gulo, medida de arco e ângulo.
Funções Trigonométricas
13.1 Introdução
170
Matemática para o Ensino Médio I AULA
Denição 13.1. As funções sen : R −→ R e cos : R −→ R, 13
chamadas de Função Seno e Função Cosseno, respectivamente, são
denidas pondo-se, para cada real t ∈ R:
13.2.1 Propriedades
171
Funções Trigonométricas
172
Matemática para o Ensino Médio I AULA
Os gracos das funções Seno e Cosseno estão representados na 13
Figura 13.2. O gráco da função seno chama senóide ( seu traçado
corresponde a linha mais na na Figura 13.2) e o gráco da função
cosseno chama-se cossenóide ( corresponde a linha mais espessa na
Figura 13.2).
173
Funções Trigonométricas
174
Matemática para o Ensino Médio I AULA
13
175
Funções Trigonométricas
176
Matemática para o Ensino Médio I AULA
13.4 Função Cotangente 13
Seja B = (1, 0) o ponto do círculo unitário e d a reta tangente
ao círculo no ponto B . Chamaremos esta reta orientada ( com a
mesma orientação do eixo 0x) de eixo das cotangentes.
177
Funções Trigonométricas
178
Matemática para o Ensino Médio I AULA
13
dos cossenos e desta forma, não existe o ponto S e assim não está
denida a função secante de t.
179
Funções Trigonométricas
180
Matemática para o Ensino Médio I AULA
13
181
Funções Trigonométricas
182
Matemática para o Ensino Médio I AULA
13
183
Funções Trigonométricas
184
Matemática para o Ensino Médio I AULA
e portanto
1
13
| sec(t)| = .
| cos(t)|
Agora, analisando a tabela abaixo, vemos que a função sec(t) e
o quociente 1/ cos(t) possuem o mesmo sinal logo vale sec(t) =
1/ cos(t).
Quadrante Sinal de sec(t) Sinal de 1/ cos(t)
1 + +
2 - -
3 - -
4 + +
No caso em que t = kπ , temos que sec(kπ) = 1 = cos(t) se k é par,
ou sec(kπ) = −1 = cos(t), se k é ímpar.
RESUMO
185
Funções Trigonométricas
186
Matemática para o Ensino Médio I AULA
nominamos secante de t, e indicamos por sec(t), a medida algébrica
−→
13
do segmento OS , ou seja, a abcissa OS do ponto S .
Denominamos função secante a função sec : D −→ R que associa
a cada t ∈ D, t 6= kπ/2, o número real OS .
Denição: Dado o número real t, t 6= kπ , k ∈ Z, seja P = E(t)
sua imagem no círculo unitário. Consideremos a reta s tangente
ao círculo em P e seja Q sua intersecção com o eixo dos senos.
Denominamos cossecante de t, e indicamos por cossec(t), a medida
−−→
algébrica do segmento OQ, ou seja, a abcissa OQ do ponto Q.
Denominamos função cossecante a função cossec : D −→ R que
associa a cada t ∈ D, t 6= kπ , o número real OQ.
ATIVIDADES
(b)-sen(x) = t−2 .
t−1
√
(c)- tg(x) = t2 − 5t + 4.
187
Funções Trigonométricas
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
188
AULA
Fórmulas de Adição e
14
Leis Fundamentais
META:
Obter e demonstrar as relações do seno, cosseno e tangente da
soma e diferenças de arcos.
Demosntrar a lei dos cossenos e a lei dos senos.
OBJETIVOS:
Ao m da aula os alunos deverão ser capazes de:
Provar as relações de soma e diferença de arcos das funções trigonométri-
cas elementares.
Demonstrar as fórmulas da lei dos senos e cossenos.
Aplicar as relações trigonométricas, para resolução de triângulos.
PRÉ-REQUISITOS
Denição e propriedades das funções trigonométricas.
Fórmulas de Adição e
Leis Fundamentais
14.1 Introdução
190
Matemática para o Ensino Médio I AULA
Consideremos a construção geométrica da Figura 14.1, onde temos 14
que CB 0 ⊥ OB 0 . Seguem então as seguintes relações:
OA = cos(α + β),
OB 0 = cos(β),
B 0 C = sen(β),
AB = A0 B 0 = sen(α) · sen(β),
OB = cos(α) · cos(β).
Logo
Noutras palavras,
ou seja,
191
Fórmulas de Adição e
Leis Fundamentais
192
Matemática para o Ensino Médio I AULA
Portanto a rotação de ângulo θ em torno da origem é a função 14
T : R2 −→ R2 denida por
1 − tg2 α 2 tg α
= cos β e = sen β.
1 + tg2 α 1 + tgα
1 − tg2 α 2 tg α
= cos(2α) e = sen(2α).
1 + tg2 α 1 + tg2 α
Equivalentemente:
α
1 − tg2 2 tg α2
cos α = 2
α e sen α = .
1 + tg2 2 1 + tg2 α2
193
Fórmulas de Adição e
Leis Fundamentais
c2 = h2 + x2 ,
b2 = h2 + (a − x)2 = h2 + x2 + a2 − 2ax
= h2 + x2 + a2 − 2ac · cos B̂.
194
Matemática para o Ensino Médio I AULA
14
c2 = h2 + x2 ,
b2 = h2 + (a + x)2 = h2 + x2 + a2 + 2ax
= h2 + x2 + a2 − 2ac · cos B̂.
195
Fórmulas de Adição e
Leis Fundamentais
logo
b c
= .
sen B̂ sen Ĉ
No segundo caso temos que
h = b · sen Ĉ,
e
h = c · sen(π − B̂) = c · sen B̂,
logo, novamente
b c
= .
sen B̂ sen Ĉ
Se tomarmos a altura baixada do vértice B sobre o lado AC , ob-
teremos, com o mesmo argumento, a relação
a c
= .
sen  sen Ĉ
a b c
= = . (14.43)
sen  sen B̂ sen Ĉ
196
Matemática para o Ensino Médio I AULA
14
a b b
= de onde se obtém sen B̂ = sen Â
sen  sen B̂ a
RESUMO
197
Fórmulas de Adição e
Leis Fundamentais
Já a Lei dos Senos, que relaciona os ângulos Â, B̂, Ĉ com os lados
a, b, c as medidas dos lados BC , AC e AB respecitavente, segundo
a fórmula
a b c
= = ,
sen  sen B̂ sen Ĉ
e a lei dos cossenos, onde são válidas as relações
ATIVIDADES
198
Matemática para o Ensino Médio I AULA
Atividade. 14.2. Mostre que para todo x ∈ R temos que: 14
(a) sen(x) = sen(π − x) e cos(x) = − cos(π − x).
(b) sen(x) = − sen(x − π) e cos(x) = − cos(x − π).
(c) sen(x) = − sen(2π − x) e cos(x) = cos(2π − x).
(c) sen(x) = cos(π/2 − x) e cos(x) = sen(π/2 − x).
199
Fórmulas de Adição e
Leis Fundamentais
1 1 1 1
+ + +. . .+ = cotg(a/2)−cotg(2n a).
sen(a) sen(2a) sen(4a) sen(2n a)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
200
AULA
15
Equações e
Inequações Trigonométricas
META:
Identicar e resolver equações e inequações trigonométricas funda-
mentais.
OBJETIVOS:
Ao m da aula os alunos deverão ser capazes de:
Identicar e resolver uma equação trigonométrica básica.
Identicar e resolver uma inequação trigonométrica.
Denir as funções trigonométricas Inversas das funções Seno, Cosseno
e Tangente.
PRÉ-REQUISITOS
Denição e propriedades das funções trigonométricas.
Equações e
Inequações Trigonométricas
15.1 Introdução
202
Matemática para o Ensino Médio I AULA
15
π π
y = arcsen(m) ⇐⇒ sen y = m e − ≤y≤ .
2 2
203
Equações e
Inequações Trigonométricas
y = arccos(m) ⇐⇒ cos y = m e 0 ≤ y ≤ π.
15.2.3 tg x = tg a
tg x = tg a ⇐⇒ x = a + kπ
204
Matemática para o Ensino Médio I AULA
15
π π
y = arctg(m) ⇐⇒ tg y = m e − ≤y≤ .
2 2
a b c
sen x + cos x = .
r r r
a 2 b 2
Como = 1, existe um número real α tal que sen α = a/r
r + r
c
sen α · sen x + cos α · cos x = ,
r
205
Equações e
Inequações Trigonométricas
ou seja,
cos(x − α) = c/r,
√
3 sen x − cos x = 1,
√
onde neste caso particular a = 3, b = −1 e c = 1. Assim
√
r = 3 + 1 = 2. Dividindo por 2 a equação obtemos
√
3 1 1
sen x − cos x = ,
2 2 2
√
Como cos π/6 = 2
3
e sen π/6 = 1/2, temos que a equação acima
pode ser reescrita na forma
π π 1
sen x · cos − sen · cos x = ,
6 6 2
ou
π 1
sen x − = .
6 2
Obtemos, como vimos anteriormente, que devemos ter x − π/6 =
π/6 + 2kπ ou x − π/6 = π/6 − π/6 + 2kπ , e as soluções de nossa
equação, são portanto
206
Matemática para o Ensino Médio I AULA
15.3.1 Inequação do tipo sen x > m 15
Seja P = E(x) a imagem de x no círculo unitário e seja r a reta que
passa por P e perpendicular ao eixo dos senos. Então as imagens
dos reais tais que sen x > m estão na intersecção do círculo unitário
com o semi-plano situado acima de r.
207
Equações e
Inequações Trigonométricas
obtemos
π 2π
0 + 2kπ ≤ x < + 2kπ ou + 2kπ < x ≤ π + 2kπ
3 3
√
Figura 15.5: Esquema da solução da Inequação 0 ≤ sen x < 2 .
3
208
Matemática para o Ensino Médio I AULA
Seja P = E(x) a imagem de x no círculo unitário e marcamos no 15
eixo das tangentes o ponto T tal que AT = m. Traçamos então
−→
a reta r = OT . As imagens dos x tais que tg x > m estão na
intersecção do círculo unitário com o ângulo rÔy .
√
Exemplo 15.6. Considere a inequação tg < 3. Sabemos que
√
tg π/3 = 3. Determinamos o ponto T no eixo das tangentes
√
correspondente ao valor 3. Fica entào determinada a reta r,
que passa por T e a origem. Assim analisando a Figura 15.7,
encontramos:
0 + 2kπ ≤ x < π
3 + 2kπ ou π
2 + 2kπ < x < 4π
3 + 2kπ
ou 3π
2 + 2kπ < x < 2π + 2kπ.
(15.44)
RESUMO
209
Equações e
Inequações Trigonométricas
(2)
cos x = cos a ⇐⇒ x = a + 2kπ ou x = −a + 2kπ.
(3)
tg x = tg a ⇐⇒ x = a + kπ.
√
(4) Consideremos a equação a sen x + b cos x = c. Dena r = a2 + b2
e divida a equação a sen x + b cos x = c por r, onde obtemos
a b c
sen x + cos x = .
r r r
a 2 b 2
Como = 1, existe um número real α tal que sen α = a/r
r + r
c
sen α · sen x + cos α · cos x = ,
r
ou seja,
cos(x − α) = c/r,
ATIVIDADES
210
Matemática para o Ensino Médio I AULA
Atividade. 15.2. Estudar a variação da função f : R −→ R, 15
f (x) = sen(2x) + cos(2x).
211
Equações e
Inequações Trigonométricas
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
212