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Nº 6, Agosto de 2018

Documento Científico
Departamento Científico de
Aleitamento Materno

Amamentação:
A base da vida

Departamento Científico de Aleitamento Materno


Presidente: Elsa Regina Justo Giugliani
Secretária: Graciete Oliveira Vieira
Conselho Científico: Carmen Lúcia Leal Ferreira Elias, Claudete Teixeira Krause Closs,
Roberto Mário da Silveira Issler, Rosa Maria Negri Rodrigues Alves,
Rossiclei de Souza Pinheiro, Vilneide Maria Santos Braga Diégues Serva,
Yechiel Moises Chencinski

Amamentação: a base da vida. Esse é o tema do em duas seções que abordam as evidências
da 27ª Semana Mundial de Aleitamento Mater- dos efeitos positivos da amamentação na saú-
no (SMAM-2018). Ao escolher o tema, a ideia da de física e mental. Uma terceira seção discute a
organização não governamental que coordena amamentação como redutora da pobreza e pro-
a Semana Mundial de Aleitamento Materno em motora da equidade, haja vista a ênfase que a
nível global, a Aliança Mundial para Ação em WABA dá ao papel fundamental do aleitamento
Amamentação (WABA, sigla em inglês) é chamar materno na nutrição, segurança alimentar e re-
a atenção para a importância vital da amamenta- dução da pobreza ao tratar do tema da SMAM-
ção na construção de uma saúde com uma base 2018.
sólida. Como base sólida entende-se oferecer à
criança no início de sua vida a melhor alimenta-
ção possível, que é o leite materno, proporcio- Evidências dos efeitos positivos
nando melhor saúde física e mental ao longo da da amamentação na
vida, e, assim, contribuir para uma estrutura ini- saúde ao longo da vida
cial (base) fortalecida. Segundo a WABA, o tema
é muito pertinente e ressalta: “em um mundo re-
pleto de desigualdades, crises e pobreza, a ama-
As evidências dos efeitos positivos da ama-
mentação na saúde ao longo da vida foram re-
mentação é o alicerce da boa saúde ao longo da
centemente publicadas em um artigo da série
vida para crianças e mães”.
do Lancet dedicado ao aleitamento materno1. No
É nesse contexto que este documento foi presente documento é apresentada uma síntese
idealizado. Assim, tendo como objetivo fun- do conteúdo do artigo, bem como de alguns arti-
damentar a afirmação de que a amamentação gos que o subsidiaram ou que foram publicados
é a base da vida, o documento está organiza- posteriormente.

1
Amamentação: A base da vida

amamentação, assim como 72% das interna-


Efeitos de curto prazo
ções por diarreia e 57% das por infecções res-
em crianças
piratórias5.

Mortalidade As crianças amamentadas ou amamentadas


por mais tempo tiveram 33% menos chance de
Em metanálise que incluiu três estudos con- ter otite média nos dois primeiros anos de vida,
duzidos em países de baixa e média renda, foi quando comparadas a crianças não amamenta-
evidenciado um forte efeito protetor da ama- das ou amamentadas por menos tempo6.
mentação: o risco de morte por doenças infec-
ciosas em crianças menores de seis meses ama- Considerando os 29 estudos que fizeram
mentadas exclusivamente foi de apenas 12% parte da metanálise que avaliou a associação
do risco apresentado pelas crianças que não entre amamentação e asma, houve redução de
foram amamentadas2. Em outros três estudos 9% da ocorrência dessa doença nas crianças
em países de média e baixa renda, o risco de amamentadas ou amamentadas por mais tempo,
morrer foi 3,5 vezes maior em meninos e 4,1 ve- quando comparadas às crianças não amamenta-
zes maior em meninas menores de seis meses, das ou amamentadas por menos tempo. No en-
quando foram comparadas crianças amamenta- tanto, quando as análises foram restringidas aos
das e não amamentadas3. O risco de morte foi 16 estudos com controle mais rígido para con-
50% menor em crianças de 6 a 23 meses ama- fundimento ou aos 13 estudos de coorte, não foi
mentadas quando comparadas às não amamen- encontrada associação significativa7.
tadas2. Crianças, adolescentes e adultos que foram
A proteção da amamentação contra mortes amamentados ou amamentados por mais tempo
infantis também foi observada em países de tiveram redução de 68% da chance de má oclu-
alta renda. Nesses países, a amamentação asso- são dentária, quando comparadas com crianças
ciou-se a uma redução de 36% na ocorrência de não amamentadas ou amamentadas por menos
morte súbita do lactente4 e de 58% na ocorrên- tempo8. A maioria dos estudos foi realizada com
cia de enterocolite necrozante4. crianças ainda na dentição decídua, mas a má
oclusão nesse grupo etário é um fator de risco
para má oclusão na dentição permanente9,10.

Estimou-se que, se 95% das crianças me-


nores de 1 mês e 90% das menores de seis
meses fossem amamentadas exclusivamen-
Efeitos de longo prazo:
te e 90% daquelas com idades entre seis e sobrepeso/obesidade, outras doenças
23 meses fossem parcialmente amamen- não transmissíveis e inteligência
tadas, poder-se-ia evitar 823.000 mortes a
cada ano em crianças menores de 5 anos1.
Sobrepeso/obesidade

Com base em 105 estudos e 113 estimativas,


a maioria proveniente de países de alta renda,
Morbidade
houve redução de 26% na chance de desenvol-
Constatou-se que a amamentação protege ver sobrepeso ou obesidade mais tarde na in-
contra diarreia e infecções respiratórias, prin- fância, adolescência ou fase adulta em indivídu-
cipalmente nos países de baixa e média renda. os amamentados11. A associação foi mais forte
Estimativas mostram que metade de todos os nos estudos que avaliaram aleitamento materno
episódios de diarreia e um terço das infecções exclusivo e mais fraca em estudos que compa-
respiratórias poderiam ser prevenidas pela raram crianças amamentadas alguma vez e não

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amamentadas, que avaliaram o desfecho em ram em consideração a estimulação da criança


idade adulta (sugerindo que a associação pode em casa, na tentativa de controlar essa variável
se diluir com o passar do tempo), em estudos de tão importante quando se avalia desenvolvi-
coorte, em estudos que ajustaram as estimativas mento infantil. A maioria dos estudos (72%) me-
por status socioeconômico, condições de nasci- diu o desfecho em crianças (1 a 9 anos) e o res-
mento e antropometria dos pais, e em estudos tante na adolescência (10-19 anos); e a metade
com amostra maior. dos estudos ajustou a análise ao QI materno.
Apenas dois estudos foram conduzidos em pa-
Diabetes tipo 2 íses de baixa/média renda. Todos os estudos
mostraram maior QI nas crianças amamentadas,
A associação entre amamentação e ocorrên- quando comparadas com as não amamentadas
cia de diabetes tipo 2 é bem menos estudada ou amamentadas por menos tempo. A diferen-
que a associação com sobrepeso/obesidade. A ça média de QI foi de 3,44 pontos. Estudos que
metanálise incluiu 11 estudos - 6 estudos de controlaram para QI materno mostraram menor
coorte e 5 transversais ou caso-controle - e o diferença (2,62 pontos), porém ainda significa-
desfecho foi medido em adolescentes em 36% tiva, assim como os que mediram o desfecho na
dos estudos e o restante em adultos. O conjun- adolescência.
to dos estudos mostrou que a amamentação se
associou com chance 35% menor de ocorrência Um grande ensaio randomizado relatou au-
de diabetes, sobretudo em adolescentes (risco mento de mais de 7 pontos do QI aos 6,5 anos
51% menor)11. de idade16, e efeito similar foi relatado em um
ensaio não randomizado no qual crianças pré-
-termo foram alimentadas com fórmula ou leite
Diabetes tipo 1 materno17.
Com base em duas metanálises que encon- Associações positivas da amamentação com
traram associação significativa entre amamen- a escolaridade alcançada foram relatadas no
tação por mais de três meses e risco aumentado Reino Unido18,19, na Nova Zelândia20 e no Brasil21,
de diabetes tipo 1 (23%12 e 43%13 maior), Ip e embora uma análise conjunta de cinco coortes
col.4 concluíram a favor de possível efeito prote- em países de baixa e média renda tenha mostra-
tor da amamentação contra diabetes tipo 1, mas do resultados conflitantes22.
alertam que alguns estudos podem ter apresen-
tado viés de memória, o que comprometeria os Estudo no Brasil com 30 anos de seguimento
resultados. sugeriu efeito de longo prazo da amamentação
sobre a inteligência, a escolaridade alcançada e
a renda na vida adulta, sendo 72% do efeito da
Leucemia
amamentação sobre a renda, explicado pelo au-
Uma metanálise de 18 estudos sugeriu que a mento no QI23.
amamentação está associada a uma redução de
19% (IC95%:11%-27%) na incidência de leuce-
mia na infância14.
Evidências dos efeitos positivos
da amamentação na saúde mental
Amamentação e inteligência

A metanálise que avaliou a associação entre Vários estudos mostram evidências conclu-
amamentação e inteligência, pela avaliação do sivas sobre a proteção da amamentação contra
QI, foi realizada com 18 estimativas de 16 estu- várias doenças1. Consequentemente, este fato
dos de coorte e um estudo transversal15. Só fo- tem implicações importantes para o desenvolvi-
ram incluídos na metanálise estudos que leva- mento e comportamento infantil, pois as crian-

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Amamentação: A base da vida

ças que adoecem mais frequentemente podem a crianças que nunca foram amamentadas, aque-
não ter o seu desenvolvimento físico, intelec- las que foram amamentadas por pelo menos
tual e psicoemocional adequados. Além disso, seis meses e amamentadas exclusivamente por
em muitos estudos tem sido relatada a possí- no mínimo três meses tiveram chance 48% me-
vel influência do aleitamento materno sobre o nor de apresentarem sintomas emocionais, 76%
desenvolvimento psicossocial das crianças por menor de desenvolverem problemas de conduta
meio de seus efeitos diretos no desenvolvimen- e 61% menor de dificuldades psicossociais em
to cerebral e de sua associação com a prevenção geral. Apesar de esses achados não serem tão
de doenças psicoemocionais, o que será aborda- evidentes após ajustes para potenciais fatores
do a seguir. Como a maioria dos estudos sobre de confusão, o estudo concluiu que existe asso-
vínculo mãe e bebê tem sérias limitações me- ciação entre amamentação e desenvolvimento
todológicas, esse aspecto específico não será psicossocial na infância26.
abordado.
A relação de maior duração da amamentação
O leite materno contém substâncias bioati- com o desenvolvimento cognitivo foi demons-
vas, tais como ácidos graxos poli-insaturados de trada em vários estudos, como já relatado an-
cadeia longa (AGPICL), que são essenciais para teriormente. No entanto, seu impacto potencial
o desenvolvimento cerebral. De fato, dois deri- sobre o comportamento é desconhecido.
vados desses ácidos, o ácido araquidônico (ARA
A Rede de Pesquisa Espanhola INMA estudou
ou ômega 6) e o ácido docosahexaenoico (DHA
o efeito da dieta da mãe durante a gestação e
ou ômega 3), desempenham papel essencial na
da criança no início de vida no seu crescimen-
manutenção, no crescimento e no desenvolvi-
to e desenvolvimento, avaliando as principais
mento do cérebro.
áreas comportamentais (função executiva, com-
Estudos controlados demonstram que as petência social, comportamento de atenção e
mães que apresentam taxas mais altas de DHA hiperatividade). Os resultados do estudo dessa
no sangue na hora do parto têm filhos que pos- coorte prospectiva apontam para associação en-
teriormente obtêm pontuações mais altas em tre maior duração da amamentação e melhores
testes de inteligência, demonstrando que o DHA escores de função executiva (aumento de 4,9
é uma substância importante para o desenvolvi- pontos em crianças amamentadas por mais que
mento cerebral das crianças em todas as idades, 20 semanas), de competência social (risco 43%
principalmente nas pré-termo24,25. menor de estar nos 20% com escores mais po-
bres em crianças amamentadas por mais que 12
O Estudo sobre as Práticas de Alimentação
semanas) e de sintomas de hiperatividade com
Infantil II (IFPS II) no seu segundo ano de acom-
déficit de atenção (risco 44% menor em crian-
panhamento é o maior estudo longitudinal nos
ças amamentadas por mais que 12 semanas).
Estados Unidos para examinar a alimentação
Demonstrou-se, assim, que uma maior duração
infantil e suas consequências no longo prazo.
da amamentação está associada a menos sin-
Foram acompanhadas mães e bebês durante a
tomas de déficit de atenção e hiperatividade e
gravidez e ao longo do primeiro ano de vida das
uma melhora nas áreas comportamentais rela-
crianças para entender a relação entre os pa-
cionadas (desfechos neuropsicológicos e sócio-
drões de alimentação infantil, a saúde das mães
-comportamentais)27.
e dos bebês e os fatores que podem afetar a
alimentação infantil. Foram observadas associa- As evidências sobre como a amamentação
ções significativas entre duração da amamen- pode modificar o comportamento infantil em
tação e desenvolvimento psicossocial aos seis médio e longo prazos são relevantes. Alguns au-
anos de idade, incluindo diminuição das chan- tores avaliaram dados de coorte australiana que
ces de distúrbios emocionais, desvios de condu- selecionou 2.900 mulheres grávidas e as seguiu
ta e dificuldades comportamentais. Comparadas junto com seus filhos por 14 anos com o objeti-

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vo de determinar os efeitos em longo prazo da cia na saúde e no desenvolvimento humano em


amamentação exclusiva por seis meses e com- longo prazo. O início da vida é uma janela críti-
plementada além dos dois anos de idade sobre ca de suscetibilidade associada ao desenvolvi-
a saúde mental de crianças e adolescentes. Es- mento do microbioma, principalmente a coloni-
ses autores avaliaram a saúde mental por meio zação microbiana infantil, a partir do processo
da Lista de Comportamento Infantil CBCL (Child materno-fetal de troca de micro-organismos e,
Behavior Checklist), buscando problemas de in- inclusive, por meio da influência da amamen-
ternalização (isolamento, depressão, ansiedade, tação no primeiro ano de vida. As informações
somatização) e externalização (comportamento disponíveis apontam para o microbioma como
violento ou agressivo) aos 2, 6, 8, 10 e 14 anos. um mecanismo mediador nas origens do desen-
Foi constatado que a amamentação por 6 meses volvimento da saúde e da doença nas crianças e
ou mais estava associada com menor frequência adolescentes35.
de problemas de internalização e externaliza-
ção na infância e na adolescência28. Utilizando dados transversais de 22.399
crianças cadastradas no National Survey of
O surgimento do autismo em crianças pe- Children’s Health nos Estados Unidos, foram exa-
quenas parece resultar da desmielinização dos minadas as relações entre amamentação e de-
neurônios relacionada à oferta inadequada de senvolvimento de habilidades motoras e linguís-
fator de crescimento semelhante à insulina (IGF) ticas das crianças. Análise multivariada mostrou
no recém-nascido29. A deficiência de IGF em que as mães que amamentaram tinham menos
crianças afetadas pode ser devida à combina- preocupações relacionadas ao desenvolvimento
ção de fatores genéticos e ambientais a serem das crianças (linguagem expressiva, linguagem
ainda determinados. Se essa hipótese estiver receptiva, habilidades motoras finas e habili-
correta, a amamentação, em particular, poderia dades motoras em geral) do que as mães que
aumentar os níveis de IGF, compensando assim não amamentaram suas crianças. Mães de crian-
uma deficiência congênita do fator de cresci- ças amamentadas 3 a 5,9 meses mostraram-se
mento. O polipeptídeo de 70 aminoácidos, fator mais tranquilas comparadas com mães que nun-
de crescimento semelhante à insulina-I, é um ca amamentaram. Os autores concluíram que a
parâmetro-chave na gênese do transtorno de amamentação pode proteger contra atrasos na
espectro autista devido aos níveis IGF reduzidos linguagem infantil e no desenvolvimento de ha-
no líquido cefalorraquidiano (CSF) de crianças bilidades motoras em crianças pequenas (idade
autistas jovens, pois é importante o papel de média da amostra foi de 2,8 anos). Como se trata
IGF na mielinização via oligodendrócitos. O lei- de um estudo transversal, os resultados devem
te humano contém níveis significativos de IGF30. ser interpretados com cuidado36.
Grupos de bebês amamentados por longos perí-
odos, quando comparados aos alimentados com Várias evidências científicas permitem afir-
fórmula infantil, apresentam incidência global mar que amamentar é mais que nutrir a criança.
mais baixa de autismo do que o da população É um processo que envolve interação profunda
geral31,32. É importante ressaltar que bebês pe- entre mãe e filho, com repercussões no seu esta-
quenos para a idade gestacional, de muito baixo do nutricional e aquisição de habilidades basea-
peso e recém-nascidos pré-termo comumen- das em sua fisiologia e no seu desenvolvimento
te têm níveis mais baixos de IGF no sangue do cognitivo e emocional. Isso tem implicações im-
que os de bebês de tamanho adequado33. Essas portantes em termos de políticas públicas, pois
crianças pequenas também exibem maior inci- sugerem fortemente que o investimento na pro-
dência de transtorno de espectro autista34. moção do aleitamento materno poderá resultar
não apenas em melhoria da saúde física, mas
O microbioma da primeira infância está sen- também na promoção de melhores resultados
do reconhecido como capaz de exercer influên- intelectuais e psicoemocionais. No entanto, são

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Amamentação: A base da vida

necessárias mais pesquisas e principalmente • Perdas econômicas associadas ao tratamento


estudos longitudinais que permitam afirmar que de morbidade infantil prevenível pela ama-
crianças amamentadas têm melhor desenvolvi- mentação: estima-se que 10% a mais de ama-
mento psicossocial, menos distúrbio global de mentação exclusiva até os 6 meses ou de ama-
desenvolvimento (autismo, déficit de atenção, mentação até 12 ou 24 meses (dependendo
distúrbio de linguagem), incluindo maior auto- do país) resultaria em uma economia de 312
estima e menos comportamentos agressivos, milhões de dólares para os Estados Unidos
pois ainda existem muitas lacunas nessa área do e 1,8 milhão para o Brasil. A economia seria
conhecimento. maior se a amamentação passasse dos níveis
atuais para 90%: 2,45 bilhões de dólares nos
Estados Unidos e 6 milhões para o Brasil37.

Evidências da contribuição Além de contribuir para a redução da pobre-


da amamentação na redução da za, a amamentação é considerada um redutor
pobreza e promoção da equidade de desigualdades sociais, pois essa é uma prá-
tica que tem maior duração em países pobres e,
nesses países, são as mulheres pobres que mais
A amamentação, de uma maneira ou de ou- amamentam. A amamentação é um dos poucos
tra, colabora para o alcance de cada uma das 17 comportamentos positivos em saúde mais pre-
metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sus- valente nos países de baixa e média renda do
tentável. Nesta seção será discutido o papel da que nos países de alta renda. Na ausência da
amamentação para o alcance das metas do Ob- amamentação a desigualdade em saúde, sobre-
jetivo 1 - acabar com a pobreza em todas as suas tudo na mortalidade infantil, seria ainda maior.
formas, em todos os lugares; do Objetivo 2 - aca-
bar com a fome, alcançar a segurança alimentar Essas afirmações foram baseadas nos seguin-
e melhoria da nutrição e promover a agricultura tes fatos1:
sustentável; e do Objetivo 10 - reduzir a desi- • Todos os indicadores de aleitamento materno
gualdade dentro dos países e entre eles. são melhores nos países de baixa e média ren-
da do que nos países de alta renda: amamen-
O valor econômico da amamentação foi mui-
tação na primeira hora de vida, amamentação
to bem explorado no segundo artigo da série do
alguma vez na vida, amamentação exclusiva
Lancet sobre Aleitamento Materno37. Fica evi-
em menores de 6 meses e amamentação aos
dente o papel do aleitamento materno na redu-
6, 12 e entre 20-23 meses.
ção da pobreza, quando se toma conhecimento
de alguns fatos, apresentados a seguir: • As prevalências mais altas de amamentação
aos 12 meses são encontradas na África Sub-
• Perdas econômicas devido ao déficit cogniti-
saariana, no sul da Ásia e em algumas partes
vo associado às práticas de amamentação no
da América Latina. Nos países de alta renda, as
mundo, ou seja, o quanto seria poupado se to-
prevalências raramente são maiores que 20%.
das as crianças fossem amamentadas por pelo
menos 6 meses: 302 bilhões de dólares ame- • Há forte correlação inversa entre amamenta-
ricanos em todo o mundo; 70,9 bilhões nos ção aos 6 meses e produto interno bruto per
países de baixa e média renda. Essas perdas capita; cada vez que o produto interno bruto
são similares às atribuídas à anemia por de- duplica, a prevalência da amamentação aos 12
ficiência de ferro38. O estudo realizado na co- meses cai dez pontos percentuais.
orte de Pelotas, com seguimento de 30 anos, • Nos países de baixa e média renda, as pesso-
corrobora esses dados: 72% do efeito da ama- as mais pobres tendem a amamentar por mais
mentação sobre a renda aos 30 anos de idade tempo que as mais ricas no mundo inteiro,
é explicado pelo aumento no QI23. mas sobretudo nos países de média renda.

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• Nos países de alta renda, a amamentação é redução da pobreza e da desigualdade. Os ob-


mais comum em mulheres com maior renda jetivos da SMAM-2018 são: informar e motivar
e alta escolaridade do que entre aquelas nos a promoção da amamentação como parte das
grupos de renda baixa e com menos anos de estratégias de nutrição, segurança alimentar e
educação formal. redução das desigualdades.

É fundamental que todos tenham consciência


do importante papel que podem desempenhar
para garantir o crescimento, desenvolvimento e
Considerações finais
sobrevivência de todas as crianças ao redor do
mundo. Promovendo o aleitamento materno ex-
Este documento traz evidências que permi- clusivo por 6 meses e continuado até os 2 anos
tem corroborar o tema da SMAM-2018: “ama- ou mais, todos estarão não só exercendo esse
mentação: a base da vida”, na medida em que a papel como protegendo as crianças por toda a
amamentação proporciona uma vida mais sau- vida e contribuindo para um mundo com menos
dável física e mentalmente e contribui para a desigualdades.

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Diretoria
Triênio 2016/2018

PRESIDENTE: Adriana Seber (SP) Paulo Cesar Pinho Pinheiro (MG)


Luciana Rodrigues Silva (BA) Paulo Cesar Koch Nogueira (SP) Flávio Diniz Capanema (MG)
1º VICE-PRESIDENTE: Fabianne Altruda de M. Costa Carlesse (SP) EDITOR DO JORNAL DE PEDIATRIA
Clóvis Francisco Constantino (SP) DIRETORIA E COORDENAÇÕES: Renato Procianoy (RS)
2º VICE-PRESIDENTE: DIRETORIA DE QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL EDITOR REVISTA RESIDÊNCIA PEDIÁTRICA
Edson Ferreira Liberal (RJ) Maria Marluce dos Santos Vilela (SP) Clémax Couto Sant’Anna (RJ)
SECRETÁRIO GERAL: COORDENAÇÃO DO CEXTEP: EDITOR ADJUNTO REVISTA RESIDÊNCIA PEDIÁTRICA
Sidnei Ferreira (RJ) Hélcio Villaça Simões (RJ) Marilene Augusta Rocha Crispino Santos (RJ)
1º SECRETÁRIO: COORDENAÇÃO DE ÁREA DE ATUAÇÃO Márcia Garcia Alves Galvão (RJ)
Cláudio Hoineff (RJ) Mauro Batista de Morais (SP) CONSELHO EDITORIAL EXECUTIVO
2º SECRETÁRIO: Gil Simões Batista (RJ)
COORDENAÇÃO DE CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL Sidnei Ferreira (RJ)
Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS) José Hugo de Lins Pessoa (SP)
3º SECRETÁRIO: Isabel Rey Madeira (RJ)
DIRETORIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS Sandra Mara Amaral (RJ)
Virgínia Resende Silva Weffort (MG) Nelson Augusto Rosário Filho (PR) Bianca Carareto Alves Verardino (RJ)
DIRETORIA FINANCEIRA: REPRESENTANTE NO GPEC (Global Pediatric Education Maria de Fátima B. Pombo March (RJ)
Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) Consortium) Sílvio Rocha Carvalho (RJ)
2ª DIRETORIA FINANCEIRA: Ricardo do Rego Barros (RJ) Rafaela Baroni Aurilio (RJ)
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) REPRESENTANTE NA ACADEMIA AMERICANA DE PEDIATRIA (AAP) COORDENAÇÃO DO PRONAP
3ª DIRETORIA FINANCEIRA: Sérgio Augusto Cabral (RJ) Carlos Alberto Nogueira-de-Almeida (SP)
Fátima Maria Lindoso da Silva Lima (GO) REPRESENTANTE NA AMÉRICA LATINA Fernanda Luísa Ceragioli Oliveira (SP)
DIRETORIA DE INTEGRAÇÃO REGIONAL: Francisco José Penna (MG) COORDENAÇÃO DO TRATADO DE PEDIATRIA
Fernando Antônio Castro Barreiro (BA) DIRETORIA DE DEFESA PROFISSIONAL, BENEFÍCIOS E PREVIDÊNCIA Luciana Rodrigues Silva (BA)
Membros: Marun David Cury (SP) Fábio Ancona Lopez (SP)
Hans Walter Ferreira Greve (BA) DIRETORIA-ADJUNTA DE DEFESA PROFISSIONAL DIRETORIA DE ENSINO E PESQUISA
Eveline Campos Monteiro de Castro (CE) Sidnei Ferreira (RJ) Joel Alves Lamounier (MG)
Alberto Jorge Félix Costa (MS) Cláudio Barsanti (SP) COORDENAÇÃO DE PESQUISA
Analíria Moraes Pimentel (PE) Paulo Tadeu Falanghe (SP) Cláudio Leone (SP)
Corina Maria Nina Viana Batista (AM) Cláudio Orestes Britto Filho (PB) COORDENAÇÃO DE PESQUISA-ADJUNTA
Adelma Alves de Figueiredo (RR) Mário Roberto Hirschheimer (SP) Gisélia Alves Pontes da Silva (PE)
COORDENADORES REGIONAIS: João Cândido de Souza Borges (CE) COORDENAÇÃO DE GRADUAÇÃO
Norte: COORDENAÇÃO VIGILASUS Rosana Fiorini Puccini (SP)
Bruno Acatauassu Paes Barreto (PA) Anamaria Cavalcante e Silva (CE) COORDENAÇÃO ADJUNTA DE GRADUAÇÃO
Nordeste: Fábio Elíseo Fernandes Álvares Leite (SP) Rosana Alves (ES)
Anamaria Cavalcante e Silva (CE) Jussara Melo de Cerqueira Maia (RN) Suzy Santana Cavalcante (BA)
Sudeste: Edson Ferreira Liberal (RJ) Angélica Maria Bicudo-Zeferino (SP)
Luciano Amedée Péret Filho (MG) Célia Maria Stolze Silvany ((BA) Silvia Wanick Sarinho (PE)
Kátia Galeão Brandt (PE)
Sul: Elizete Aparecida Lomazi (SP) COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO
Darci Vieira Silva Bonetto (PR) Maria Albertina Santiago Rego (MG) Victor Horácio da Costa Junior (PR)
Centro-oeste: Isabel Rey Madeira (RJ) Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE)
Regina Maria Santos Marques (GO) Jocileide Sales Campos (CE) Fátima Maria Lindoso da Silva Lima (GO)
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP)
ASSESSORES DA PRESIDÊNCIA: COORDENAÇÃO DE SAÚDE SUPLEMENTAR Jefferson Pedro Piva (RS)
Assessoria para Assuntos Parlamentares: Maria Nazareth Ramos Silva (RJ)
Corina Maria Nina Viana Batista (AM) COORDENAÇÃO DE RESIDÊNCIA E ESTÁGIOS EM PEDIATRIA
Marun David Cury (SP) Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS)
Álvaro Machado Neto (AL)
Assessoria de Relações Institucionais: Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP)
Joana Angélica Paiva Maciel (CE) Victor Horácio da Costa Junior (PR)
Clóvis Francisco Constantino (SP) Cecim El Achkar (SC)
Assessoria de Políticas Públicas: Clóvis Francisco Constantino (SP)
Maria Helena Simões Freitas e Silva (MA) Silvio da Rocha Carvalho (RJ)
Mário Roberto Hirschheimer (SP) COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE GESTÃO DE CONSULTÓRIO
Rubens Feferbaum (SP) Tânia Denise Resener (RS)
Normeide Pedreira dos Santos (BA) Delia Maria de Moura Lima Herrmann (AL)
Maria Albertina Santiago Rego (MG) DIRETORIA DOS DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS E COORDENAÇÃO
Sérgio Tadeu Martins Marba (SP) Helita Regina F. Cardoso de Azevedo (BA)
DE DOCUMENTOS CIENTÍFICOS Jefferson Pedro Piva (RS)
Assessoria de Políticas Públicas – Crianças e Dirceu Solé (SP) Sérgio Luís Amantéa (RS)
Adolescentes com Deficiência: DIRETORIA-ADJUNTA DOS DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS Gil Simões Batista (RJ)
Alda Elizabeth Boehler Iglesias Azevedo (MT) Lícia Maria Oliveira Moreira (BA) Susana Maciel Wuillaume (RJ)
Eduardo Jorge Custódio da Silva (RJ) Aurimery Gomes Chermont (PA)
DIRETORIA DE CURSOS, EVENTOS E PROMOÇÕES
Assessoria de Acompanhamento da Licença Lilian dos Santos Rodrigues Sadeck (SP) COORDENAÇÃO DE DOUTRINA PEDIÁTRICA
Maternidade e Paternidade: Luciana Rodrigues Silva (BA)
João Coriolano Rego Barros (SP) COORDENAÇÃO DE CONGRESSOS E SIMPÓSIOS
Ricardo Queiroz Gurgel (SE) Hélcio Maranhão (RN)
Alexandre Lopes Miralha (AM) COORDENAÇÃO DAS LIGAS DOS ESTUDANTES
Ana Luiza Velloso da Paz Matos (BA) Paulo César Guimarães (RJ)
Cléa Rodrigues Leone (SP) Edson Ferreira Liberal (RJ)
Assessoria para Campanhas: Luciano Abreu de Miranda Pinto (RJ)
Conceição Aparecida de Mattos Segre (SP) COORDENAÇÃO GERAL DOS PROGRAMAS DE ATUALIZAÇÃO
Ricardo Queiroz Gurgel (SE) COORDENAÇÃO DE INTERCÂMBIO EM RESIDÊNCIA NACIONAL
GRUPOS DE TRABALHO: Susana Maciel Wuillaume (RJ)
Drogas e Violência na Adolescência: COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE REANIMAÇÃO NEONATAL:
Maria Fernanda Branco de Almeida (SP) COORDENAÇÃO DE INTERCÂMBIO EM RESIDÊNCIA INTERNACIONAL
Evelyn Eisenstein (RJ) Herberto José Chong Neto (PR)
Ruth Guinsburg (SP)
Doenças Raras: DIRETOR DE PATRIMÔNIO
Magda Maria Sales Carneiro Sampaio (SP) COORDENAÇÃO PALS – REANIMAÇÃO PEDIÁTRICA
Alexandre Rodrigues Ferreira (MG) Cláudio Barsanti (SP)
Atividade Física Kátia Laureano dos Santos (PB) COMISSÃO DE SINDICÂNCIA
Coordenadores: Gilberto Pascolat (PR)
Ricardo do Rêgo Barros (RJ) COORDENAÇÃO BLS – SUPORTE BÁSICO DE VIDA
Valéria Maria Bezerra Silva (PE) Aníbal Augusto Gaudêncio de Melo (PE)
Luciana Rodrigues Silva (BA) Isabel Rey Madeira (RJ)
Membros: COORDENAÇÃO DO CURSO DE APRIMORAMENTO EM NUTROLOGIA Joaquim João Caetano Menezes (SP)
Helita Regina F. Cardoso de Azevedo (BA) PEDIÁTRICA (CANP) Valmin Ramos da Silva (ES)
Patrícia Guedes de Souza (BA) Virgínia Resende S. Weffort (MG) Paulo Tadeu Falanghe (SP)
Profissionais de Educação Física: PEDIATRIA PARA FAMÍLIAS Tânia Denise Resener (RS)
Teresa Maria Bianchini de Quadros (BA) Victor Horácio da Costa Júnior (PR) João Coriolano Rego Barros (SP)
Alex Pinheiro Gordia (BA) PORTAL SBP Maria Sidneuma de Melo Ventura (CE) Marisa Lopes Miranda
Isabel Guimarães (BA) Flávio Diniz Capanema (MG) (SP)
Jorge Mota (Portugal) COORDENAÇÃO DO CENTRO DE INFORMAÇÃO CIENTÍFICA CONSELHO FISCAL
Mauro Virgílio Gomes de Barros (PE) José Maria Lopes (RJ) Titulares:
Colaborador: PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO CONTINUADA À DISTÂNCIA Núbia Mendonça (SE)
Dirceu Solé (SP) Altacílio Aparecido Nunes (SP) Nélson Grisard (SC)
Metodologia Científica: João Joaquim Freitas do Amaral (CE) Antônio Márcio Junqueira Lisboa (DF)
Gisélia Alves Pontes da Silva (PE) DOCUMENTOS CIENTÍFICOS Suplentes:
Luciana Rodrigues Silva (BA) Adelma Alves de Figueiredo (RR)
Cláudio Leone (SP) João de Melo Régis Filho (PE)
Pediatria e Humanidade: Dirceu Solé (SP)
Emanuel Sávio Cavalcanti Sarinho (PE) Darci Vieira da Silva Bonetto (PR)
Álvaro Jorge Madeiro Leite (CE) ACADEMIA BRASILEIRA DE PEDIATRIA
Luciana Rodrigues Silva (BA) Joel Alves Lamounier (MG)
Presidente:
João de Melo Régis Filho (PE) DIRETORIA DE PUBLICAÇÕES Mario Santoro Júnior (SP)
Transplante em Pediatria: Fábio Ancona Lopez (SP) Vice-presidente:
Themis Reverbel da Silveira (RS) EDITORES DA REVISTA SBP CIÊNCIA Luiz Eduardo Vaz Miranda (RJ)
Irene Kazue Miura (SP) Joel Alves Lamounier (MG) Secretário Geral:
Carmen Lúcia Bonnet (PR) Altacílio Aparecido Nunes (SP) Jefferson Pedro Piva (RS)

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