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CONVÊNIO CPRM/SICME-MT BLAIRO BORGES MAGGI

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA Governador


DILMA VANA ROUSSEFF
Ministra SECRETARIA DE ESTADO DE INDÚSTRIA,
COMÉRCIO, MINAS E ENERGIA
SECRETARIA DE MINAS E METALURGIA ALEXANDRE FURLAN
GILES CARRICONDE AZEVEDO Secretário
Secretário
JOSÉ EPAMINONDAS MATTOS CONCEIÇÃO
Secretário Adjunto de Desenvolvimento
SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL - CPRM
AGAMENON SÉRGIO LUCAS DANTAS CARLOS VÍTOR BONA
Diretor-Presidente Secretário Adjunto de Gestão
JOAQUIM JURANDIR PRATT MORENO
MANOEL BARRETTO DA ROCHA NETO Gestor de Política Mineral
Diretor de Geologia e Recursos Minerais

JOSÉ RIBEIRO MENDES


Diretor de Hidrologia e Gestão Territorial

FERNANDO PEREIRA DE CARVALHO


Diretor de Relações Institucionais e
Desenvolvimento

ÁLVARO ROGÉRIO ALENCAR SILVA


Diretor de Administração e Finanças

CARLOS SCHOBBENHAUS
Chefe do Departamento de Geologia

REINALDO SANTANA CORREIA BRITO


Chefe do Departamento de Recursos Minerais

INÁCIO DE MEDEIROS DELGADO


Chefe Divisão de Geologia Básica

SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DE
GOIÂNIA
MARIA ABADIA CAMARGO
Superintendente

JOFFRE VALMÓRIO DE LACERDA FILHO


Gerente de Geologia e Recursos Minerais

JOÃO OLÍMPIO SOUZA


CIPRIANO CAVALCANTE DE OLIVEIRA
Supervisores
GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO
GEOLOGIA E RECURSOS
MINERAIS DO ESTADO DE MATO
GROSSO

PROGRAMA INTEGRAÇÃO, ATUALIZAÇÃO


E DIFUSÃO DE DADOS DA GEOLOGIA DO BRASIL
SUBPROGRAMA MAPAS GEOLÓGICOS ESTADUAIS

Escala :1:1.000.000

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA


SECRETARIA DE MINAS E METALURGIA
SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL – CPRM
Programa Integração, Atualização e Difusão de Dados da Geologia do Brasil
Subprograma Mapas Geológicos Estaduais

GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO


SECRETARIA DE ESTADO DE INDÚSTRIA, COMÉRCIO, MINAS E ENERGIA DO ESTADO DE MATO GROSSO-
SICME-MT
SUPERINTENDÊNCIA DE GEOLOGIA E RECURSOS MINERAIS

GEOLOGIA E RECURSOS MINERAIS DO ESTADO DE MATO GROSSO

TEXTO EXPLICATIVO DOS MAPAS GEOLÓGICO E DE RECURSOS MINERAIS DO ESTADO


DE MATO GROSSO
Escala 1:1.000.000
1ª Edição

COORDENAÇÃO EXECUTIVA E TÉCNICA


Joffre Valmório de Lacerda Filho
Joaquim Jurandir Pratt Moreno

COORDENAÇÃO TEMÁTICA
Tectônica: Inácio de Medeiros Delgado, Joffre Valmório de Lacerda Filho, Marcos Luiz do Espírito Santo
Quadros, Cipriano Calvacante de Oliveira Augusto Soares Frasca
Geologia de Bacias: Ricardo da Cunha Lopes e Augusto José Pereira da Silva
Sensoriamento Remoto: Cidney Rodrigues Valente e Marcos Antônio Soares Monteiro
Metalogenia: Maria da Glória da Silva, Inácio de Medeiros Delgado, Joffre Valmório de Lacerda Filho, Cipriano
Calvacante de Oliveira, Waldemar Abreu Filho, Mário Cavalcanti de Albuquerque e Marcos Luiz do Espírito
Santos Quadros
Banco de Dados GEOBANK: José Domingos Alves de Jesus
Geofísica: Maria Laura Vereza de Azevedo, Roberta Mary Vidotti
Base de Dados Geoquímica: Valmir Rodrigues da Silva
Geocronologia e Base de Dados Geocronológicos: Waldemar Abreu Filho, Mário Cavalcanti de Albuquerque,
Josué Antônio da Silva e Josenuza Brilhante Rodrigues
Base de Dados Paleontológicos: Norma Maria da Costa Cruz e Sônia da Cruz Cantarino
Geoprocessamento: José Domingos Alves de Jesus, Maisa Bastos Abram, Marcos Luiz do Espírito Santo
Quadros, Marcos Antônio Soares Monteiro, Elias Bernard da Silva do Espírito Santo
Base Cartográfica: Felicíssimo Rosa Borges, Elias Bernard da Silva do Espírito Santo
Desenvolvimento Software ArcExibe: João Henrique Gonsalves
Modelo Digital do Terreno: Mônica Mazzini Perrotta
EQUIPE EXECUTORA Luiz Carlos de Melo
Serviço Geológico do Brasil Gilsemar Rego de Oliveira
Joffre Valmório de Lacerda Filho Gessy Cristina Gomes Silva Brenner
Waldemar Abreu Filho Glaucia de Fátima Oliveira Afonso
Cidney Rodrigues Valente
Ricardo da Cunha Lopes REVISÃO FINAL
Mário Cavalcanti de Albuquerque Serviço Geológico do Brasil - CPRM
Gilmar José Rizzotto GEREMI-GO
Cipriano Cavalcante de Oliveira Joffre Valmório de Lacerda Filho
José Domingos Alves de Jesus João Olímpio Souza
Marcos Luiz do Espírito Santo Quadros Cipriano Cavalcante de Oliveira
Maísa Bastos Abram Waldemar Abreu Filho
Luiz Carlos Moreton GIGEOB/DGM
Marcos Antônio Soares Monteiro Inácio de Medeiros Delgado
Felicíssimo Rosa Borges Augusto José Pedreira
Nelson Custódio da Silveira Filho
Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM Reginaldo Alves dos Santos
Nilson Batista de Souza Maria da Glória da Silva
DEGEO
Companhia Matogrossense de Mineração – Carlos Schobbenhaus
METAMAT/SICME
Rogério Roque Rubert EDITORAÇÃO: GERIDE-GO
Josué Antônio da Silva

COLABORADORES
Serviço Geológico do Brasil - CPRM
Amaro Luiz Ferreira
Andréa Sander
Antônio Augusto Soares Frasca
Armínio Gonçalves Vale
Edson Gaspar Martins
Gilberto Scislewski
Humberto Alcântara Ferreira Lima
Isao Shintaku
João Henrique Gonçalves
João Olímpio Souza
Joseneusa Brilhante Rodrigues
Luis de Gonzaga Oliveira e Silva
Marcos Eduardo Silva Soares
Maria Laura Vereza de Azevedo
Maria Telma Lins Farraco
Mônica Mazzini Perrotta
Norma Maria da Costa Cruz
Pedro Sérgio Estevam Ribeiro
Ivan Wilson Brandão de Oliveira
Roberta Mary Vidotti
Ruy Benedito Calliari Bahia
Sônia da Cruz Cantarini
Valmir Rodrigues da Silva

CONSULTORES
Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT
Amarildo Salinas Ruiz
Francisco Egídio Pinho
Gerson Souza Saes
Jaime Alfredo Dexheimer Leite
Márcia Aparecida Santana Barros Pinho
Ricardo Kalikowski Weska

APOIO TÉCNICO
Serviço Geológico do Brasil - CPRM
Nair Dias
Maria Gasparina de Lima
Pedro Ricardo Soares Bispo
Claudionor Francisco de Souza
Divino Francisco de Paula
João Rocha de Assis
MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA
SECRETARIA DE MINAS E METALURGIA
CPRM - SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL

GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO


SECRETARIA DE ESTADO DE INDÚSTRIA, COMÉRCIO, MINAS E ENERGIA DO ESTADO DE MATO
GROSSO -SICME-MT

GEOLOGIA E RECURSOS
MINERAIS DO ESTADO
DE MATO GROSSO

TEXTO EXPLICATIVO DOS MAPAS GEOLÓGICO E DE


RECURSOS MINERAIS DO ESTADO DE MATO GROSSO

ESCALA 1:1.000.000

Organizado por

Joffre Valmório de Lacerda Filho


Waldemar Abreu Filho
Cidney Rodrigues Valente
Cipriano Cavalcante de Oliveira
Mário Cavalcanti de Albuquerque

Cuiabá, 2004

CONVÊNIO CPRM/SICME-MT
CRÉDITOS DE AUTORIA
INTRODUÇÃO 1: CAPÍTULO 4: Recursos Minerais e Metalogenia
Joffre Valmório de Lacerda Filho (JVL) Alvaro Pizzato Quadros (APQ)
Maísa Bastos Abram (MBA) Amarildo Salinas Ruiz (ASR)
Carlos J. Fernandes (CJF)
CAPITULO 2: Compartimentação Geotectônica Carlos Humberto da Silva (CHS)
Augusto José Pedreira (AJP) Cipriano Cavalcante de Oliveira (CCO)
Carlos Schobbenhaus (CS) Francisco Egídio Cavalcante Pinho (FECP)
Cidney Rodrigues Valente (CRV) Marcos Eduardo Silva Soares (MESS)
Cipriano Cavalcante de Oliveira (CCO) Nilson Batista de Souza (NBS)
Gilmar José Rizzotto (GJR) Raul M. Kuyumjion (RMK)
Inácio de Medeiros Delgado (IMD) Waldemar Abreu Filho (WAF)
Joffre Valmório de Lacerda Filho (JVL)
Luiz Carlos Moreton (LCM) CAPÍTULO 5: Economia Mineral
Marcos Luiz do Espírito Santo Quadros (MLESQ) Isao Shintaku (IS)
Luiz de Gonzaga Oliveira e Silva (LGOS)
CAPITULO 3: Descrição das Unidades Litoestratigráficas Marcos Eduardo Silva Soares(MESS)
Amarildo Salinas Ruiz (ASR)
Amaro Luiz Ferreira (ALF) CAPÍTULO 6: CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES
Antônio Augusto Soares Frasca (ASF) Joffre Valmório de Lacerda Filho (JVL)
Armínio Gonçalves Vale (AGV) Marcos Eduardo Silva Soares (MESS)
Andréa Sander (AS)
Cidney Rodrigues Valente (CRV) BIBLIOGRAFIA
Cipriano Cavalcante de Oliveira (CCO)
Edson Gaspar Martins (EGM) APÊNDICE 1:
Eric Santos Araújo (ESA) Mário Cavalcanti de Albuquerque (MCA)
Francisco Egídio Cavalcante Pinho (FECP)
Gilberto Scislewski (GS) APÊNDICE 2:
Gilmar José Rizzotto (GJR) Josué Antônio da Silva (JAS)
Jaime Alfredo Dexheimer Leite (JDL) Mário Cavalcanti de Albuquerque (MC)
Joffre Valmório de Lacerda Filho (JVL)
Maria Telma Lins Faraco (MTLF) ANEXOS:
Mário Cavalcanti de Albuquerque (MCA) Mapa Geológico do Estado de Mato Groso - Escala
Pedro Sérgio Estevam Ribeiro (PSER) 1:1.000.000
Ricardo da Cunha Lopes (RCL)
Ruy Benedito Calliari Bahia (RBCB) Mapa de Recursos Minerais do Estado de Mato
Waldemar Abreu Filho (WAF) Groso - Escala 1:1.000.000

GEOLOGIA E RECURSOS MINERAIS DO ESTADO DE MATO GROSSO


PROGRAMA INTEGRAÇÃO, ATUALIZAÇÃO E DIFUSÃO DE DADOS DA GEOLOGIA DO BRASIL,
SUBPROGRAMA MAPAS GEOLÓGICOS ESTADUAIS, EXECUTADO EM CONVÊNIO CPRM-GOIÂNIA,
SECRETARIA DE ESTADO DE INDÚSTRIA, COMÉRCIO, MINAS E ENERGIA DO ESTADO DE MATO
GROSSO-SICME-MT

L131g LACERDA FILHO, Joffre Valmório de,

Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso.


Org. Joffre Valmório de Lacerda Filho, Waldemar Abreu Filho,
Cidney Rodrigues Valente, Cipriano Cavalcante de Oliveira
e Mário Cavalcanti Albuquerque. Esc. 1:1.000.000.
Goiânia: CPRM, 2004. (Convênio CPRM/SICME).
200p. il.; + mapas

Programa Integração, Atualização e Difusão


de Dados da Geologia.

1.Geologia Regional 2. Recursos Minerais 3. Economia


Mineral 4. Mato Grosso I. Lacerda Filho, Joffre Valmório de
II. Título
CDD 558.
AGRADECIMENTOS

As instituições envolvidas na elaboração deste traba-


lho agradecem ao XII Distrito do DNPM, às empresas de mi-
neração que atuam no Estado, a Secretaria de Estado de Pla-
nejamento do Estado de Mato Grosso - SEPLAN e à Univer-
sidade Federal de Mato Grosso.
Agradecimentos especiais devem ser estendidos, tam-
bém, aos profissionais que com sua contribuição individual,
tanto pela cessão de dados inéditos, quanto pela avaliação
critica em áreas específicas do projeto, concorreram para a
elaboração deste trabalho. Em especial agradecem ao Sr. Di-
retor do XII Distrito do DNPM, Dr. Jocy Gonçalo de Miranda,
José Aldo Duarte Ferraz e Germano Passos da Diagem do
Brasil Mineração Ltda, Nilson Molinari da Anglo América e
Edson José Milani da PETROBRAS.
Aos nossos familiares, um agradecimento carinhoso
pela compreensão das contínuas ausências, retirando-lhes
momentos que a eles seriam dedicados e a todos aqueles
que direta e indiretamente, contribuíram para a efetivação
deste produto.
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ............................................................................................................ 15

1 – INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 17
1.1 – JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS .................................................................................... 17
1.2 – MÉTODOS E PRODUTOS ............................................................................................ 18
1.3 – PRINCIPAIS FONTES DE INFORMAÇÃO ................................................................... 23

2. COMPARTIMENTAÇÃO GEOTECTÔNICA ................................................................... 33


2.1 - CRÁTON AMAZONAS ................................................................................................... 33
2.1.1 - PROVÍNCIA AMAZÔNIA CENTRAL ........................................................................... 33
2.1.2 - PROVÍNCIA RONDÔNIA-JURUENA .......................................................................... 34
2.1.3 - PROVÍNCIA SUNSÁS ................................................................................................. 37
2.1.4 - BACIAS SEDIMENTARES PROTEROZÓICAS ......................................................... 39
2.2 - PROVÍNCIA TOCANTINS .............................................................................................. 40
2.2.1 - FAIXA BRASÍLIA .......................................................................................................... 40
2.2.2 - FAIXA ALTO PARAGUAI .............................................................................................. 40
2.3 - BACIAS SEDIMENTARES FANEROZÓICAS ............................................................... 42
2.3.1 - BACIAS PALEO MESOZÓICAS ................................................................................. 42
2.3.2 - BACIAS CENOZÓICAS .............................................................................................. 45

3. DESCRIÇÃO DAS UNIDADES LITOESTRATIGRÁFICAS ........................................... 51


A3PP2xi - Complexo Xingu .................................................................................................... 51
PP23bm - Complexo Bacaerí-Mogno .................................................................................... 52
PP3cc - Complexo Cuiú-Cuiú ............................................................................................... 53
PP3γm1234 - Suíte Intrusiva Matupá ..................................................................................... 53
PP3δfs – Suíte Intrusiva Flor da Serra ................................................................................... 54
PP3γ1vr – Suíte Intrusiva Vila Rica ......................................................................................... 55
PP3ai – Grupo Iriri ................................................................................................................... 55
PP3γ2rd – Suíte Intrusiva Rio Dourado ................................................................................... 55
PP3γju – Suíte Intrusiva Juruena ........................................................................................... 56
PP3γpa - Suíte Intrusiva Paranaíta ......................................................................................... 57
PP3δg - Intrusivas Máficas Guadalupe .................................................................................. 57
PP3λcr – Alcalina Rio Cristalino ............................................................................................. 58
PP3go - Formação Gorotire ................................................................................................... 58
PP4c – Suíte Colíder ............................................................................................................... 59
PP4aj – Grupo Alto Jauru ....................................................................................................... 60
PP4ag – Complexo Alto Guaporé .......................................................................................... 61
PP4γn - Granito Nhandu ........................................................................................................ 61
PP4γv – Suíte Intrusiva Vitória ................................................................................................ 62
PPmv - Complexo Nova Monte Verde ................................................................................... 63
PP4γsp – Granito São Pedro ................................................................................................. 64
PP4γsr – Suíte Intrusiva São Romão ..................................................................................... 64
PP4γa – Granito Apiacás ........................................................................................................ 65
PP4γtp – Granito Teles Pires ................................................................................................... 66
PPmcs – PPmcv – Grupo São Marcelo-Cabeça ...................................................................... 67
PP4r – Grupo Roosevelt ........................................................................................................... 68
PP4γzt – Granito Zé do Torno ................................................................................................. 69
PP4γnc1 – PP4γnc2 – PP4γnc3 – PP4γnc4 – Suíte Nova Canaã ................................................... 70
Suíte Rio do Sangue .............................................................................................................. 71
PP4γju – Granito Juara ............................................................................................................ 71
PP4γfo – Granito Fontanillas ................................................................................................... 71
Grupo Beneficente .................................................................................................................. 72
MP1γsc – Suíte Intrusiva Santa Cruz ..................................................................................... 74
MP1rg – Complexo Metavulcanossedimentar Rio Galera .................................................... 74
MP1rn – Complexo Metamórfico Rio Novo ........................................................................... 74
MP1γc – Tonalito Cabaçal ....................................................................................................... 75
MP14δfb - Suíte Intrusiva Figueira Branca ............................................................................. 76
MP1δcd – Suíte Intrusiva Córrego Dourado ........................................................................... 76
MP1γp – Suíte Intrusiva Serra da Providência ........................................................................ 76
MP1δj – Gabro Juína ............................................................................................................... 77
MP1γt – Suíte Intrusiva Tatuí .................................................................................................... 78
MP1γrv – Granito do Rio Vermelho ........................................................................................ 79
MP1γar – Granito Aripuanã ..................................................................................................... 79
MP1ra – Complexo Metavulcanossedimentar Rio Alegre ..................................................... 80
MP1pl – Grupo Pontes e Lacerda .......................................................................................... 81
MP1sb – Complexo Granulítico Santa Bárbara ..................................................................... 81
MP1γac – Suíte Intrusiva Água Clara ..................................................................................... 82
MP1γp – Suíte Intrusiva Pindaituba ........................................................................................ 83
MP1γsh – Suíte Intrusiva Santa Helena .................................................................................. 84
MP1δrb – MP1γrb - Suíte Intrusiva Rio Branco ....................................................................... 85
MP2γsr – Suíte Intrusiva Santa Rita ........................................................................................ 85
MP2γa – Suíte Intrusiva Alvorada ........................................................................................... 86
MP2co(g),MP2co(ms),MP2co(q),MP2co(u)-Suíte Metamórfica Colorado .......................... 86
MP2γlj – Granito Lajes ............................................................................................................. 87
MP2δva – Suíte Intrusiva Vale do Alegre ................................................................................ 87
MP2λac - Alcalinas Canamã ................................................................................................... 87
MP2µc – Suíte Intrusiva Cacoal .............................................................................................. 88
MP2λag - Alcalinas Guariba .................................................................................................... 88
MP2δ - Diques e Sills Básicos ................................................................................................ 89
MP2d1, MP2d2, MP2d3 e MP2d4 - Grupo Caiabis - Formação Dardanelos ............................. 89
NP1βa – Grupo Caiabis - Formação Arinos ......................................................................... 90
MP3γrp – Suíte Intrusiva Rio Pardo ........................................................................................ 91
Grupo Aguapeí ....................................................................................................................... 91
NP3f – Grupo Aguapeí - Formação Fortuna ......................................................................... 91
MP3vp – Grupo Aguapeí - Formação Vale da Promissão .................................................... 92
MP3mc – Grupo Aguapeí - Formação Morro Cristalino ....................................................... 92
NP1p - Formação Palmeiral ................................................................................................... 92
NP1γro – Suíte Intrusiva Rondônia ......................................................................................... 93
NP1γg – Suíte Intrusiva Guapé ............................................................................................... 94
NP1γsd – Suíte Intrusiva São Domingos ............................................................................... 95
NP1γs – Granito Sararé .......................................................................................................... 96
NP1γ1gn - Ortognaisses do Oeste de Goiás .......................................................................... 96
NPnx – Unidade Metavulcanossedimentar Nova Xavantina ................................................. 97
Grupo Cuiabá ......................................................................................................................... 97
NPbx – Formação Bauxi ......................................................................................................... 9 9
NPpu – Formação Puga ......................................................................................................... 99
Grupo Alto Paraguai ............................................................................................................ . 100
NP3ari – Formação Araras ................................................................................................... 100
NP3ra – Formação Raizama ................................................................................................ 101
NP3di – Formação Diamantino ............................................................................................ 102
NPu - Grupo Jacadigo – Formação Urucum ..................................................................... 102
NPγ3snn – Suíte Serra Negra-Granito Serra Negra .......................................................... 103
¢3γv – Suíte São Vicente - Granito São Vicente .................................................................. 103
¢3ám – Vulcânicas Mimoso ................................................................................................. 104
BACIA DO PARANÁ ............................................................................................................. 104
O3S1rv - Grupo Rio Ivaí ....................................................................................................... 104
D1f – Grupo Paraná – Formação Furnas ............................................................................ 105
Dpg – Grupo Paraná - Formação Ponta Grossa ................................................................ 106
C2P1a - Formação Aquidauana .......................................................................................... 106
P1p - Formação Palermo ..................................................................................................... 107
P2T1pd – Grupo Passa Dois ................................................................................................ 107
T1a – Unidade Araguainha .................................................................................................. 108
J3K1bt – Formação Botucatu .............................................................................................. 109
K1βsg – Formação Serra Geral ............................................................................................ 109
K2b - Grupo Bauru ............................................................................................................... 109
Kiλpg - Suíte Magmática Paredão Grande ........................................................................... 110
K2m - Formação Marília ....................................................................................................... 111
K2vp - Formação Vale do Rio do Peixe ............................................................................... 111
BACIA DO ALTO TAPAJÓS (CACHIMBO) ......................................................................... 112
Dc – Formação Capoeiras ................................................................................................... 112
CPii – Formação Igarapé Ipixuna ........................................................................................ 112
CPsm – Formação São Manoel ........................................................................................... 113
Pnv - Formação Navalha ...................................................................................................... 113
Pij – Unidade Ij ...................................................................................................................... 113
Pzi – Formações Paleozóicas Indiferenciadas .................................................................... 114
BACIA DO PARECIS ............................................................................................................ 114
C1ja - Formação Jauru ........................................................................................................ 114
C1pb - Formação Pimenta Bueno ....................................................................................... 114
C2cb - Formação Fazenda da Casa Branca ...................................................................... 115
Jra – Formação Rio Ávila ...................................................................................................... 115
J1βt - Formação Tapirapuã ................................................................................................... 116
K2sn - Formação Salto das Nuvens .................................................................................... 116
K2ut - Formação Utiariti ......................................................................................................... 117
Jδc – Diabásio Cururu.......................................................................................................... 117
J3K2k – Kimberlitos .............................................................................................................. 118
K2g4pm – Suíte Ponta do Morro ......................................................................................... 118
ENch - Formação Cachoeirinha .......................................................................................... 119
N1r - Formação Ronuro ....................................................................................................... 119
NQi - Coberturas Sedimentares Indiferenciadas ................................................................ 119
NQdl -Coberturas Detrito-Lateríticas Ferruginosas ............................................................. 120
FORMAÇÃO ARAGUAIA ...................................................................................................... 120
FORMAÇÃO PANTANAL ...................................................................................................... 120
Q1pc - Fácies Depósitos Coluvionares ............................................................................... 121
Q1p1 - Fácies Terraços Aluvionares .................................................................................... 121
Q1p2 - Fácies Depósitos Aluvionares .................................................................................. 121
Q1i – Formação Içá .............................................................................................................. 121
Q1di – Depósitos Detríticos Indiferenciados ....................................................................... 121
Q2pa - Depósitos Pantanosos ............................................................................................. 121
Q2a - Depósitos Aluvionares ................................................................................................ 122

4 – RECURSOS MINERAIS E METALOGENIA ............................................................... 123


4.1 - METAIS NOBRES – OURO ......................................................................................... 124
4.1.1 - PROVÍNCIA AURÍFERA DE ALTA FLORESTA ........................................................ 124
4.1.2 - DISTRITO AURÍFERO DE ALTO GUAPORÉ ........................................................... 140
4.1.3 - DISTRITO AURÍFERO DA BAIXADA CUIABANA ................................................... 145
4.1.4 - DISTRITO AURÍFERO DE NOVA XAVANTINA ....................................................... 149
4.2 - GEMAS .......................................................................................................................... 151
4.2.1 - DISTRITO DIAMANTÍFERO ASSOCIADO AS INTRUSÕES KIMBERLÍTICAS
DE JUÍNA .............................................................................................................................. 151
4.2.2 - DISTRITOS DIAMANTÍFEROS PROVENIENTES DE DEPÓSITOS
SECUNDÁRIOS .................................................................................................................... 156
4.2.2.1 - DISTRITO DIAMANTÍFERO DA CHAPADA DOS GUIMARÃES ......................... 156
4.2.2.2 - DISTRITO DIAMANTÍFERO DE POXORÉU ......................................................... 156
4.2.2.3 - DISTRITO DIAMANTÍFERO DE ALTO PARAGUAI .............................................. 156
4.3 - SUBSTÂNCIAS METÁLICAS ...................................................................................... 158
4.3.1 - DISTRITO POLIMETÁLICO DE ARIPUANÃ ............................................................ 158
4.3.2 - DISTRITO POLIMETÁLICO DA FAIXA CABAÇAL .................................................. 165
4.3.3 - DISTRITO NIQUELÍFERO DE COMODORO .......................................................... 167
4.3.4 - DISTRITO ESTANÍFERO SÃO FRANCISCO .......................................................... 170
4.4 - SUBSTÂNCIAS NÃO-METÁLICAS ............................................................................. 171
4.4.1 - ROCHAS E MINERAIS INDUSTRIAIS ..................................................................... 171
4.4.2 - ÁREAS POTENCIAIS PARA MINERAIS ESTRUTURAIS ....................................... 173
4.4.3 - MANANCIAIS DE ÁGUAS MINERAIS E TERMAIS ................................................. 174

5 – ECONOMIA MINERAL ................................................................................................ 177


5.1 - ASPECTOS ECONÔMICOS E SOCIAIS .................................................................... 177
5.2 - INFRA-ESTRUTURA BÁSICA ..................................................................................... 178
5.3 - COMÉRCIO EXTERIOR ............................................................................................... 181
5.4 - SETOR MINERAL ......................................................................................................... 183
5.4.1 - PESQUISA MINERAL ................................................................................................ 183
5.4.2 - RESERVAS E PRODUÇÃO MINERAL ..................................................................... 183
5.5.1 - MINERAIS METÁLICOS ............................................................................................ 185
5.5.2 - MINERAIS NÃO-METÁLICOS .................................................................................. 187
5.5.3 - GEMAS ....................................................................................................................... 194
5.6 - EMPRESAS ATUANTES NO SETOR MINERAL ........................................................ 195
5.7 - PARTICIPAÇÃO DA MINERAÇÃO NA ARECADAÇÃO ............................................. 197
5.8 - POLÍTICA DE INCENTIVOS ........................................................................................ 198

6. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

BIBLIOGRAFIA

ANEXOS
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

APRESENTAÇÃO

A publicação do Mapa Geológico e Com mais este lançamento, O Servi-


de Recursos Minerais do Estado de Mato ço Geológico do Brasil segue dando cum-
Grosso é uma antiga reivindicação regional primento à política governamental de atuali-
que, depois de quase vinte anos, torna-se zar o conhecimento geológico do país, seja
agora concretizada. através da retomada dos levantamentos ge-
Nesse momento, o Ministério de Mi- ológicos básicos, nas escalas 1:250.000 e
nas e Energia, através do Serviço Geológi- 1:100.000, seja através das integrações esta-
co do Brasil e o Governo do Estado do Mato duais 1:500.000, contribuindo dessa forma,
Grosso, através da Secretaria de Estado da com o resgate da infra-estrutura de desen-
Indústria e Comércio, Minas e Energia – SI- volvimento regional, como subsídio importan-
CME – MT, com a gratificante sensação do te à formulação de políticas públicas e às to-
dever cumprido, disponibilizam aos mato- madas de decisão de investimentos. Nesse
grossenses, à sociedade em geral e aos em- sentido, o setor mineral estadual, sem nenhu-
presários, pesquisadores e profissionais do ma dúvida, terá nesse produto, um indispen-
setor mínero-geológico, em especial, o pre- sável orientador de estratégias, garantido no
sente produto, denominado de Geologia e médio e longo prazo, retorno positivo na
Recursos Minerais do Estado de Mato Gros- geração de riquezas para o estado. Além dis-
so, contendo mapa geológico e mapa de so, o conhecimento geológico constitui in-
recursos minerais, na escala 1:1.000.000, tex- dispensável ferramenta para o planejamento
to explicativo em formato PDF e volume de do ordenamento e ocupação territorial, em
texto impresso, estruturados em um moder- bases sustentáveis, aspecto que, por si só,
no Sistema de Informações Geográficas, sobreleva a importância do presente traba-
SIG. Esse grande acervo de dados é ainda lho, haja vista a magnitude dessas questões
complementado por um robusto diagnósti- para o estado do Mato Grosso.
co da economia mineral do Estado. Ao agradecer o esforço de todos os
O trabalho constou da compilação e que possibilitaram a concretização dessa
integração das informações geológicas, geo- obra enaltecemos a importância de fortale-
químicas, geofísicas, geotectônicas e de re- cer as parcerias com os estados, não só vi-
cursos minerais disponíveis, complementa- sando à geração de mapas estaduais, mas
das com interpretação de imagens de satéli- como item importante de uma efetiva políti-
te, geração de modelo digital do terreno, ve- ca nacional de geologia e hidrologia, coor-
rificação de campo e organização de banco denada e articulada pela Secretaria de Minas
de dados e de texto explicativo. e Metalurgia do Ministério de Minas e Ener-
gia, através do Serviço Geológico do Brasil.

Agamenon Dantas
Diretor-Presidente do Serviço Geológico do Brasil

Alexandre Furlan
Secretário de Estado da Indústria, Comércio,
Minas e Energia do Estado de Mato Grosso-SICME-MT

15
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

1
INTRODUÇÃO

O Projeto Geologia e Recursos Mine- ção, análise crítica e integração das informa-
rais do Estado de Mato Grosso, cujo resulta- ções bibliográficas disponíveis, além de tra-
do é aqui divulgado, constitui uma atividade balhos adicionais de geologia de campo,
de interesse comum entre o Governo Esta- interpretação de imagens de satélite, amos-
dual e a União, concebido conjuntamente tragem e análises petrográficas e geocro-
pela Secretaria de Estado de Indústria, Co- nológicas. Os dados contidos no banco
mércio, Minas e Energia do Estado de Mato de dados GEOBANK foram gerados por
Grosso–SICME-MT e o Serviço Geológico reestruturação e realimentação das bases
do Brasil - CPRM, empresa pública vincula- já existentes no Serviço Geológico do Bra-
da à Secretaria de Minas e Metalurgia do Mi- sil-CPRM, bem como pela organização de
nistério de Minas e Energia, com o objetivo novas bases.
de dotar o estado do primeiro Mapa Geoló- Este produto traduz o estado da arte
gico e de Recursos Minerais, na escala do conhecimento geológico regional, na es-
1:1.000.000. cala 1:1.000.000, do Estado do Mato Grosso,
A execução de mapas geológicos e e a sua análise, permitirá priorizar a aplicação
de recursos minerais estaduais faz parte do de investimentos, em áreas ainda carentes de
Programa Integração, Atualização e Difusão levantamentos geológicos básicos nas esca-
de Dados da Geologia do Brasil, Subprogra- las de maior detalhe, 1:250.000 e 1:100.000 (nas
ma Mapas Geológicos Estaduais e o Mapa regiões com reais necessidades de estudos,
de Mato Grosso ficou sob a responsabilida- para solução de problemas geológicos espe-
de da Superintendência Regional de Goiâ- cíficos). Conseqüentemente, a partir destas
nia da CPRM, juntamente com a Unidade informações, poder-se-á estabelecer uma po-
Gestora de Política Mineral da SICME-MT, lítica de médio a longo prazo para o desenvol-
com o apoio do Departamento Nacional de vimento de levantamentos geológicos no Es-
Produção Mineral - DNPM. Este produto de- tado.
nominado de Geologia e Recursos Minerais
do Estado de Mato Grosso, contempla 01 1.1 – JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS
(um) CD-ROM contendo sistema de informa-
ções geográficas, mapa geológico, mapa A história político-econômica do Es-
integrado geologia com modelo digital do tado de Mato Grosso está intimamente vin-
terreno - SRTM e mapa de recursos mine- culada ao setor mineral. Inicialmente com a
rais, na escala 1:1.000.000, texto explicativo extração garimpeira de ouro em Cuiabá e
em formato PDF e volume texto impresso. diamante na região de Poxoréu, Alto Para-
Os dados de cartografia geológica guai e Diamantino. Posteriormente esta ativi-
foram obtidos, essencialmente por compila- dade estendeu-se para outras áreas, segui-
17
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

da pela atuação de empresas de mineração, ção de investimentos na pesquisa e prospec-


com desenvolvimento de pesquisas minerais, ção mineral da região.
o que levou o estado a ocupar uma posição As informações cartográficas encon-
de destaque na produção mineral brasileira, tram-se em formato digital, estruturadas em
notadamente na área de rochas carbonáti- tecnologia ESRI, com entidades gráficas li-
cas, ouro e diamante. gadas a tabelas de atributos e suportadas por
Este trabalho constitui o primeiro bases de dados geológicos, geocronológi-
mapa geológico na escala 1:1.000.000 do cos e de recursos minerais, que podem ser
Estado de Mato Grosso, reunindo as infor- atualizadas periodicamente.
mações disponíveis e apresentando o esta- O acervo de bases de dados geoló-
do da arte do conhecimento geológico e da gicos foi organizado em temas segundo
economia mineral do estado. modelo relacional, em plataforma Oracle 9IAs
Até então utilizavam-se os mapas ge- (versão para Web), e utiliza bibliotecas pa-
ológicos das folhas ao milionésimo que re- dronizadas e arquitetura cliente-servidor, pre-
cobrem a área do estado, elaborados pelo vistas para processos de acesso, consulta e
DNPM - Cartas Geológicas do Brasil ao Mili- edição de dados via Internet.
onésimo (1975-1979) e pelo projeto RADAM- A grande vantagem desse sistema de
BRASIL (1975-1982), abrangendo as folhas compilação de dados em SIG é a possibili-
Porto Velho, Guaporé, Tapajós, Juruena, dade da atualização periódica, a depender
Cuiabá, Corumbá, Tocantins, Goiás e Goiâ- da geração de novos dados geocientíficos
nia, além das informações geológicas gera- que impliquem avanços na cartografia geo-
das pela CPRM no período de 1974 -1980, lógica da região.
provenientes de uma série de projetos de A análise desses produtos permitirá a
mapeamento geológicos básicos em diver- priorização de investimentos, em áreas ain-
sas escalas, e que cobrem cerca de 85% do da carentes de levantamentos geológicos
estado. básicos nas escalas de 1:250.000 e
Cumprindo suas atribuições, a Secre- 1:100.000, para solução de problemas geo-
taria de Estado da Indústria, Comércio, Minas lógicos específicos, estabelecendo uma po-
e Energia do Estado de Mato Grosso (SICME- lítica de médio a longo prazo para incremen-
MT) vem desempenhando importante papel de to do conhecimento geológico e desenvol-
fomento à mineração, com a realização de di- vimento da mineração no Estado.
agnósticos do setor mineral de Mato Grosso
(2000 e 2002), através de convênios com a 1.2 – MÉTODOS E PRODUTOS
Secretaria de Minas e Metalurgia do Ministério
de Minas e Energia, IPEM - Instituto de Pesqui- Os procedimentos técnicos adotados
sas Mato-grossenses e com a colaboração da neste trabalho seguiram a sistemática usada
METAMAT - Cia Mato-grossense de Mineração, pela CPRM na elaboração de outros mapas
empresa vinculada à SICME. geológicos estaduais, com a compilação e
O governo do estado desenvolve tam- integração das informações geológicas, geo-
bém projetos de fomento à pesquisa, lavra, químicas e geofísicas disponíveis.
beneficiamento e exportação de bens mine- A fase inicial constou do levantamen-
rais, com viabilização de empreendimentos mi- to dos projetos de mapeamento geológico,
nerais, além de estudos ambientais e apoio téc- geoquímico e geofísico desenvolvidos no
nico aos municípios. Estado, que foram organizados por escala
Esta edição dos mapas Geológico e em mapas-índices bibliográficos (Fig. 1 a 8),
de Recursos Minerais do Estado de Mato o que permite ao usuário uma rápida identi-
Grosso, disponibilizados em sistema de in- ficação e localização das principais fontes de
formações geográficas, objetiva dotar o es- dados.
tado de uma cartografia geológica moderna A fase seguinte foi de interpretação de
que possibilite à sociedade, e em especial aos imagens de satélites, compilação das informa-
agentes do setor mineral, acesso rápido aos ções disponíveis, preparação de bases carto-
acervos de dados geológicos do estado. gráficas e execução do mapa geológico preli-
Constitui o suporte necessário à implantação minar, seguida por verificações de campo e
de políticas públicas de desenvolvimento re- culminando com a elaboração dos mapas
gional, e fornece dados essenciais para atra- geológico, de recursos minerais, geotectôni-
18
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

co, geofísicos e do texto explicativo. mapa foi elaborada com base nas informa-
ções geológicas disponíveis em diversas es-
Base Cartográfica - A base cartográfica do calas, condensadas no mapa geológico do
estado foi obtida a partir da Base Cartográfi- Brasil 1:2.500.000 e das Cartas do Brasil ao Mi-
ca Integrada Digital do Brasil ao Milionésimo lionésimo, recentemente elaboradas pelo Ser-
do IBGE (2003), onde foram feitas simplifica- viço Geológico do Brasil – CPRM, folhas
ções, adaptações e modificações na hidro- SB.21-Tapajós (Ferreira et al., 2004) SC.20-Porto
grafia, pela CPRM e Geoambiente Sensoria- Velho (Rizzoto et al., 2004), SC.21-Juruena (
mento Remoto S/C Ltda, utilizando imagens Rizzotto et al., 2004), SC.22-Tocantins (Faraco
LANDSAT 5, LANDSAT 7 e JERS 1, e atuali- et al., 2004), SDE.20-Guaporé (Rizzotto et al.
zações do sistema de transportes com a in- 2004), SD.21-Cuiabá (Valente et al., 2004),
serção de novas rodovias, estradas vicinais SD.22-Goiás ( Lacerda Filho et al., 2004), SE.21-
e a inclusão de novas cidades e núcleos ur- Corumbá (Lacerda Filho et al., 2004) e SE.22-
banos através do Mapa Rodoviário editado Goiânia (Valente et al., 2004)
pela SEPLAN-Governo do Estado de Mato Estas informações foram recortadas
Grosso, 2002, obedecendo-se os limites da no formato do estado e lançadas sobre a
acuidade cartográfica da escala de base cartográfica na escala 1:1.000.000.
1:1.000.000. A este mapa foram acrescidas as in-
A riqueza de informação encontrada formações de mapas geológicos de áreas es-
no material cartográfico disponibilizado pelo pecíficas, executados pela UFMT, METAMAT,
IBGE, em especial nas regiões de maior den- DNPM, empresas de mineração, além de ma-
sidade demográfica, não favorecia a inserção pas da CPRM elaborados em escala de mai-
de qualquer outra informação, além das que or detalhe.
ali já estavam representadas. Portanto, den- As áreas com pendências de informa-
tre os diversos níveis de informação foram ções geológicas foram fotointerpretadas utili-
selecionados para a composição das bases zando, inclusive, imagens de satélites, para de-
cartográficas: hidrografia, transporte, locali- terminar a localização de perfis geológicos para
dades e divisões políticas. Para possibilitar a a programação de campo.
introdução da informação geológica foi feita As verificações de campo constituíram
uma generalização e simplificação dos ele- 2.200km de perfis geológicos estratégicos e de
mentos cartográficos, selecionando aqueles análises petrográficas de algumas amostras co-
de maior relevância para a geologia, segun- letadas. A partir desses novos dados, foram im-
do critérios de estética e clareza da represen- plementadas modificações cartográficas e ela-
tação cartográfica. Procurou-se, tanto quanto borado um banco de dados geocronológicos,
possível, estabelecer um padrão uniforme na anexo, utilizado na hierarquização das unida-
densidade da representação cartográfica, fil- des geológicas.
trando mais a informação onde havia satura- A legenda representa as unidades es-
ção que comprometesse a representação da tratigráficas em box com a cor e o código da
geologia na escala de 1:1.000.000. Na corre- unidade correspondente no mapa, acrescida
ção geométrica das imagens foi utilizada a de uma breve descrição. O código está orga-
modelagem polinomial simples e foram toma- nizado na seguinte seqüência: A(s) primeira(s)
dos, em média 240 pontos de controle por ima- letra(s) corresponde(m) a representação de
gem Landsat, com erro médio de 198 metros, eras e de períodos: A para Arqueano, MP para
coletados a partir de pontos comuns entre as Mesoproterozóico, K para Cretáceo, etc. O nú-
imagens e vetores de hidrografia e sistema viá- mero que segue a letra inicial, quando presen-
rio da Carta do Brasil ao Milionésimo em meio te, representa cronologicamente a subdivisão
digital, totalizando-se 47 cenas de imagens Lan- de éon, era, período ou estágio, de 1 a 2 (Car-
dsat que cobrem o Estado de Mato Grosso. bonífero, Cretáceo, Neógeno e Quaternário),
Adotaram-se os seguintes parâmetros de 1 a 3 (a maioria das eras e períodos), e de
na elaboração desta base: Sistema de Proje- 1 a 4 (Arqueano, Paleoproterozóico e Siluri-
ção Cartográfica Policônica – Meridiano Cen- ano). As últimas letras, com dois ou três dígi-
tral 56oW e Sistema Geodésico de Referên- tos equivalem ao nome de cada unidade.
cia - South American Datum of 1969 - SAD69. Quando a unidade é constituída por rochas
ígneas são inseridos entre os códigos alfa-
Mapa Geológico - A primeira versão deste numéricos iniciais (cronoestratigrafia) e as
19
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

letras finais (nome da unidade), símbolos que base de dados de Recursos Minerais do es-
representam o tipo de magmatismo predo- tado, constitui um acervo total cadastrado de
minante: 428 jazimentos e representa diferentes subs-
Plutonismo félsico - γ (gamma) tâncias minerais, agrupadas de acordo com
Vulcanismo félsico - α (alfa) a sua classificação utilitária: gemas, rochas e
Vulcanismo máfico - β(beta) minerais industriais e minerais energéticos.
Plutonismo máfico - δ (delta) Inclui informações sobre a tipologia do mi-
Plutonismo ultramáfico - µ (Mu) nério e metalogenia, segundo a biblioteca do
Vulcanismo ultramáfico - σ (teta) Sistema Classificatório de Metalogenia do
Plutonismo e vulcanismo alcalino - ε (epislon) Serviço Geológico do Brasil.
Quando há mais de um magmatismo, A possibilidade de se superpor os re-
geralmente aplicado para rochas plutônicas fél- cursos minerais com a geologia, aliados aos
sicas (γ), são introduzidos números para re- seus ambientes tectônicos, é uma das ferra-
presentar as idades relativas (γ1, γ2, γ3, etc.). mentas mais úteis para as interpretações me-
Exemplo: Em PP3γ1vr, PP significa Pa- talogenéticas, sendo de grande utilidade, tan-
leoproterozóico 3(Orosiriano); γ indica rocha to para pesquisadores acadêmicos, quanto
plutônica félsica; e vr representa o nome da para usuários interessados na seleção de áre-
unidade Suíte Intrusiva Vila Rica. as potenciais para investimentos em pesquisa
Os arquivos shape, de litoestratigrafia e mineral.
de estruturas, contêm informações sobre as
idade, litotipos, metamorfismo, magmatismo, Mapa Geotectônico - É resultado do recorte
sedimentação, tipo e atitude das estruturas. da compartimentação geotectônica propos-
ta no Mapa Tectônico do Brasil, escala
Mapa de Recursos Minerais - Os jazimen- 1:5.000.000 elaborado pela CPRM (Delgado
tos minerais do Estado de Mato Grosso foram et al., 2003 - inédito) e dados da PETROBRAS
obtidos a partir das bases de dados da CPRM (Siqueira et al.,1998), acrescido observações
(GEOBANK), e DNPM (SIGMETA), devidamen- de campo e de dados geocronológicos re-
te atualizadas e consistidas, acrescidos de in- centes, que permitiram estabelecer uma pro-
formações levantadas neste trabalho, totali- posta preliminar da compartimentação geo-
zando 428 jazimentos minerais, cuja listagem tectônica do estado.
simplificada é apresentada como apêndice A legenda do Encarte Tectônico mos-
no final desta nota explicativa. Estes jazimen- tra, em cores, as unidades litotectônicas, ob-
tos foram plotados sobre a base geológica, tidas por reclassificação das unidades litoes-
e agrupados segundo uma classificação uti- tratigráficas e, em letras-símbolo, em negri-
litária, nos seguintes tipos: substâncias mi- to, a identificação e denominação usual dos
nerais metálicas; metais nobres; rochas e domínios e bacias sedimentares que com-
minerais industriais; rochas e materiais para põem as Províncias Tectonoestruturais de
a construção civil e insumos para a agricul- Mato Grosso.
tura; rochas carbonáticas; rochas ornamen- Excetuando-se as bacias sedimentares,
tais; gemas e água mineral e termal. os limites mais prováveis entre os diversos do-
Estes jazimentos, estão representados mínios tectonoestruturais estão realçados, no
em destaque no mapa por símbolos que ca- mapa, por um traço mais espesso, em cor preta
racterizam a classe/morfologia, tamanho e sta- ou vermelha, dependendo se o mesmo está
tus, com destaque para as minas dos princi- assinalado por feições estruturais ou geofísi-
pais bens minerais em exploração. cas, respectivamente.
Com base nas relações entre as mi- Estas informações estão mais detalha-
neralizações e contexto geológico e geotec- das e armazenadas em tabelas relacionais que
tônico, foram selecionadas áreas com poten- foram utilizadas na elaboração do mapa geo-
cial prospectivo para descoberta de novos de- tectônico do Estado em ambiente ArcView.
pósitos, e delimitadas áreas correspondentes
a províncias e distritos mineiros de determina- Mapas Geofísicos - Os dados aeromagnéti-
dos bens minerais, com destaque as provín- cos, radiométricos e gravimétricos foram com-
cias auríferas e diamantíferas. pilados na escala 1:1.000.000 e disponibiliza-
dos em meio digital. Estes dados, foram com-
Base de Dados de Recursos Minerais - A pilados e tratados visando contribuir na delimi-
20
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

tação de unidades litoestratigráficas e na com- gravimétricos terrestres que compõem os


partimentação geotectônica do estado. acervos de dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estastística – IBGE, da Agência
Aeromagnetometria Nacional do Petróleo – ANP e do Serviço
Geológico do Brasil - CPRM . A malha utiliza-
O Mapa Aeromagnetométrico do Es- da na integração dados é de aproximada-
tado de Mato Grosso (Campo Total Reduzido mente 1.000 metros. A inclinação da fonte
do International Geomagnetic Reference Field- luminosa é de 45o e o azimute é de 45o. Uti-
IGRF com Relevo Sombreado) foi gerado a lizou-se o software OASIS Montaj®, da em-
partir de dados de projetos aerogeofísicos presa Geosoft®. O arquivo em formato Geo-
oriundos de diversas fontes: Serviço Geológi- tiff foi exportado usando o mesmo software.
co do Brasil-CPRM, Departamento Nacional de Modelo Digital de Terreno – Um re-
Produção Mineral-DNPM, Agência Nacional do levo sombreado de Modelo Digital de Terre-
Petróleo–ANP, Empresas Nucleares Brasileiras– no (MNT) com fonte de iluminação artificial a
NUCLEBRÁS, Comissão de Energia Nuclear– 35° de elevação e 315° de azimute está inse-
CNEN, Billiton Metais S.A. rido no SIG. A imagem final foi submetida à
Detalhes sobre os vários projetos exe- ampliação linear de contraste com saturação
cutados no Estado podem ser encontrados na de 2 % nos extremos do histograma. A reso-
orelha do mapa geológico ou na homepage da lução é de 90 m. Processamento digital reali-
CPRM (www.cprm.gov.br). Os projetos foram zado no software ENVI@ .
processados separadamente e depois integra- Fonte dos dados do Modelo Digital de
dos utilizando-se o software OASIS Montaj®, da Terreno: Shuttle Radar Topography Mission
Geosoft®. A malha utilizada na integração dos (SRTM) (Dados de domínio público disponí-
dados é de 1.000 metros, com continuação para veis em: U. S. Geological Survey, EROS Data
cima de 1.000 metros. A inclinação da fonte lu- Center, Sioux Falls, SD). Cessão do Mosaico
minosa é de 45o e o azimute é de 45o . A unidade do Modelo Digital de Terreno da América do
usada é o nanoTesla (nT). O arquivo em for- Sul (produzido a partir dos dados SRTM cor-
mato Geotiff foi exportado usando o mesmo rigidos e projetados para o Datum SAD-69)
software. pelo Prof. Dr. Carlos Roberto de Souza Filho
(IG-UNICAMP).
Aerogamaespectrometria
Imagens de Satélite Landsat - Um mosai-
O Mapa Aerogamaespectrométrico de co de imagens com resolução de 100 me-
Contagem Total do Mato Grosso (Relevo Som- tros do satélite Landsat, dos sensores TM e
breado) foi gerado a partir de dados de proje- ETM+, no formato Geotiff, com cobertura
tos aerogeofísicos provenientes de diversas fon- total do Estado, está incluído no CD-ROM.
tes: Serviço Geológico do Brasil-CPRM, Depar-
tamento Nacional de Produção Mineral-DNPM, Integração Geologia x Modelo Digital do
Empresas Nucleares Brasileiras–NUCLEBRÁS, Terreno SRTM – Uma imagem integrada do
Comissão de Energia Nuclear–CNEN. mapa geológico com o modelo digital do ter-
Detalhes sobre os projetos podem ser reno também está disponível no CD-ROM. A
encontrados na homepage da CPRM integração foi realizada no software ENVI,
(www.cprm.gov.br). Os projetos foram pro- através do métodod HSV, gerando uma ima-
cessados separadamente e depois integra- gem colorida com resolução de 90 metros,
dos, utilizando-se o software OASIS Montaj®, em formato JPG.
da Geosoft®. A malha utilizada na integra-
ção dos dados é de 1.000 metros. A inclina- Base de Dados Geoquímicos - Os dados
ção da fonte luminosa é de 45o e o azimute é que constituem o presente agrupamento fo-
de 45o. ram coligidos a partir das Bases de Dados
Geoquímicos - GEOQ e do GEOBANK, am-
Mapa de Anomalias Gravimétricas Bouguer bos do Serviço Geológico do Brasil, que dis-
põe de algumas centenas de milhares de
O Mapa de Anomalias Gravimétricas amostras, analisadas para quase todo o es-
Bouguer cobrindo o Estado de Mato Grosso pectro de elementos da tabela periódica,
foi gerado a partir de 3516 pontos de dados pelos métodos mais modernos à época da
21
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

coleta. Selecionaram-se então as amostras mações paleontológicas reúnem dados re-


pertinentes ao Estado do Mato Grosso. ferentes à taxonomia dos fósseis (macro e
Obteve-se assim um conjunto de 3772 microfósseis) em nível específico, genérico e
amostras, representantes das quatro classes supragenérico. As localidades onde ocorrem
mais comuns de padrões de amostragem, os fósseis são indicadas por coordenadas
ou seja, sedimento de corrente, concentra- geográficas, decimais e UTM (Universal
do de minerais pesados, solo e rocha. Transversa de Mercator) e municípios, junta-
Adicionalmente e devido ao seu grau mente com o modo de ocorrência.
de importância estratégica, foram incorpora- As informações cronoestratigráficas
dos os dados analíticos de sedimento de cor- são citadas segundo os dados obtidos nas
rente (1167 amostras) oriundos do Projeto Alta fontes de origem das descrições dos fósseis,
Floresta. Relativamente recente, este elenco sendo mantida a unidade litoestratigráfica
de amostras foi submetido a métodos analíti- mencionada pelo autor.
cos mais evoluídos, conhecidos pela sigla ICP Base de Dados Geocronológicos - Neste
(Inductively Coupled Plasma), constituindo, estudo, elaborou-se uma base de dados ge-
nesse trabalho, um grupo distinto. ocronológicos com cerca de 205 datações
divididas entre os métodos U-Pb convencio-
Sedimentos de Corrente - Pelas razões aci- nal (113), U-Pb SHRIMP (19), idades modelo
ma explicitadas, para essa classe de amos- Sm-Nd (1), Pb-Pb por evaporação (11), Rb-
tras, resultaram dois blocos de dados, sen- Sr (32), K-Ar (19) e Ar-Ar (10), obtidas direta-
do o primeiro originário do GEOBANK, cons- mente na bibliografia disponível acrescidas
tituído de 1688 amostras analisadas para Ag, de três datações U-Pb efetuadas durante a
B, Ba, Be, Ca, Co, Cr, Cu, Fe, La, Mg, Mn, realização deste trabalho.
Mo, Nb, Ni, Pb, Sc, Sn, Sr, Ti, V, W, Y, Zr, por
Espectrografia Ótica de Emissão; Ag, Au, Co, Base de Dados de Kimberlitos - As infor-
Cr, Cu, Ni, Pb e Zn por Espectrofotometria mações sobre as locações de corpos kim-
de Absorção Atômica e, Flúor por Eletrodo berlíticos do Estado de Mato Grosso (83) fo-
de Íon Específico. O segundo, representan- ram extraídas das Cartas Geológicas do Bra-
do os sedimentos de corrente do projeto Alta sil ao Milionésimo, elaboradas pela CPRM
Floresta, perfaz 1167 amostras, que foram (2004). Esses dados foram cedidos pelas
analisadas para Au, Cu, Pb, Zn, Ni, Co, As, empresas De Beers do Brasil Ltda, Rio Tinto
Fe, Mn, Ba, Cr, V, La, Al, Mg, Ca, K, Sr, Y, Ga, Empreendimentos Minerais Ltda.-RTDM, Mi-
Li, Nb, Sc e Ti Por ICP. neração Santa Elina e Diagem do Brasil Mi-
neração Ltda..
Concentrados de Minerais Pesados - Cor-
responde a 1111 amostras analisadas para Nota Explicativa - Este texto constitui um
para Ag, As, B, Ba, Be, Bi, Ca, Co, Cr, Cu, produto de auxílio ao usuário, que além de
Fe, La, Mg, Mn, Mo, Nb, Ni, Pb, Sc, Sn, Sr, Ti, impresso pode também ser obtido em meio
V, W, Y, Zr, por Espectrografia Ótica de Emis- digital.
são; Ag, Au, Co, Cr, Cu, Ni, Pb e Zn por Es- O capítulo Geologia do Estado de
pectrofotometria de Absorção Atômica e, Flúor Mato Grosso apresenta de forma resumida,
por Eletrodo de Íon Específico. as descrições factuais das associações lito-
lógicas e as características das unidades ge-
Solos – Foram analisadas 837 amostras para ológicas cartografadas.
Ag, As, B, Ba, Be, Bi, Ca, Co, Cr, Cu, Fe, La, O relatório dedica uma parte substan-
Mg, Mn, Mo, Nb, Ni, Pb, Sc, Sn, Sr, Ti, V, W, Y, cial aos recursos minerais e à descrição dos
Zr, por Espectrografia Ótica de Emissão; Ag, Au, principais controles geológicos dos depósitos
Co, Cr, Cu, Ni, Pb e Zn por Espectrofotometria minerais e seus aspectos econômicos.
de Absorção Atômica e, F por Eletrodo de Íon Atenção especial é dedicada à econo-
Específico, além das informações relacionadas mia mineral, efetuando-se um diagnóstico do
a essa classe, assim como, tipo e horizonte do setor, revelando sua importância na economia
solo, situação topográfica da amostra, pluviosi- do Estado.
dade da época da coleta e vegetação local. Os dados geocronológicos e a listagem
e dos jazimentos minerais são apresentados
Base de Dados Paleontológicos - As infor- em tabelas, como apêndice no final do texto,
22
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

para eventual consulta dos usuários. municípios da Amazônia, foi desenvolvido no


Os mapas, geológico e de recursos período de 1988 a 2002, o Programa de In-
minerais, além de impressos, também estão formações para Gestão Territorial, cobrindo
disponíveis em forma digital, permitindo sua as áreas dos municípios de Peixoto de Aze-
distribuição através de CD-ROM. vedo, Rondonópolis e Jucimeira e de Pros-
pecção de água subterrânea em Vila Rica.
1.3 – PRINCIPAIS FONTES DE INFORMAÇÃO Recentemente, no período de 1998 a
2002, ocorreu a retomada do programa de
A CPRM é detentora de vasta docu- Mapeamento Geológico Básico no Estado,
mentação básica sobre a geologia e os re- através do Projeto Promin-Alta Floresta, com
cursos minerais do Estado de Mato Grosso, a realização da cartografia de quatro folhas
resultante da execução de projetos de ma- 1:250.000 (Rio São João da Barra, Alta Flo-
peamento geológico sistemático desenvolvi- resta, Ilha 24 de Maio e Vila Guarita) que cul-
do na região. minou com a definição do modelo metalo-
Este acervo é constituído principal- genético das mineralizações auríferas que
mente de mapeamentos geológicos realiza- ocorreram no norte de Mato Grosso.
dos nas décadas de 70 e 80, representados Contribuições importantes para a ge-
pelos projetos: Província Serrana e Coxipó ologia do Estado de Mato Grosso foram os
(escala 1:50.000), PLGB-Pontes e Lacerda, levantamentos geológicos de semidetalhe,
São Manoel (escala 1:100.000); Alto Guapo- realizados pela PETROBRÁS, visando o re-
ré, Minissauá-Missu, Apiacás-Caiabis, Serra conhecimento do potencial petrolífero da
Azul, Serra do Roncador e Coxipó-Fase II região Centro-Oeste (Oliveira, 1964, 1965);
(escala 1:250.000), Centro-Oeste de Mato Vieira, 1965a; Gonçalves & Scheider, (1968);
Grosso, escala 1:500.000. Gonçalves, 1970.
A partir de 1982, a CPRM retoma as Além, destas informações, nos últi-
atividades no Estado com a realização do mos quinze anos constatou-se um grande
Projeto Mapas Metalogenéticos e de Previsão avanço no conhecimento geológico da re-
de Recursos Minerais, escala 1:250.000 (Fo- gião, tendo sido gerado um expressivo acervo
lhas: Cuiabá, Rosário Oeste, Mato Grosso, de novos dados e informações geológicas mul-
Barra do Garças, Vila Guarita, Araguaçu, São tidisciplinares no território mato-grossense, ma-
Miguel do Araguaia, Iporá e Barra do Bugres), terializado em diversos relatórios, artigos téc-
e de projetos específicos de pesquisa de pla- nicos, teses de doutorado, dissertações de
tinóides: Informe de Recursos Minerais, Sé- mestrado e trabalhos de graduação (UFMT,
rie Metais do Grupo da Platina e Associados UnB, USP, UFRJ, UFRGS, UNESP-Rio Cla-
(Áreas Morro do Leme e Morro Sem Boné; ro), mapas geológicos realizados pelo
Rio Madeirinha; Tabuleta; Figueira Branca e DNPM, METAMAT e empresas de mineração
Indiavai) e do Programa Nacional de Pros- que atuam no Estado, os quais foram reuni-
pecção de Ouro-PNPO, áreas (MT-01-Peixo- dos e reavaliados durante este trabalho, o
to de Azevedo/Vila Guarita, MT-02-Alta Flo- que vem ressaltar a grande diversidade de
resta, MT-03-Serra de São Vicente, MT-04- ambientes geológicos e a potencialidade me-
Jauru/Barra do Bugres, MT-05-Cuiabá-Poco- talogenética do Estado de Mato Grosso.
né, MT-06-Ilha 24 de Maio, MT-07-Araes/Nova
Xavantina, MT-08-São João da Barra. As principais fontes de informações car-
E, dentro da filosofia de apoio aos tográficas estão indicadas nas figuras 1 a 8.

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2.
COMPARTIMENTAÇÃO
GEOTECTÔNICA

A compartimentação e caracterização nas, uma província geotectônica estabiliza-


dos principais domínios e/ou províncias ge- da em tempos pré-Brasilianos (Figura 1).
otectônicas do Estado de Mato Grosso tem
dois objetivos. O primeiro é o de reconstitui- 2.1 - CRÁTON AMAZONAS
ção da evolução geológica no tempo e no (IMD / JVL / CCO)
espaço dos ambientes tectônicos, paleoge-
ográficos além dos processos envolvidos na O Cráton Amazonas ocupa duas ex-
formação da crosta continental. O segundo tensas áreas, uma a norte e outra a sudoeste
objetivo é avaliar a utilidade dessa divisão de do estado de Mato Grosso, com a Bacia Se-
domínios/províncias com relação às concen- dimentar dos Parecís interpondo-se entre
trações minerais ou como os processos meta- essas duas áreas pré-cambrianas. Os limites,
logenéticos se relacionam com a evolução a leste, sul e sudeste do cráton são definidos
desses segmentos crustais. Isso contribui pela Faixa Paraguai da Província Tocantins.
para a formulação de modelos genéticos de Nas ultimas décadas, o conhecimento
geração de depósitos minerais, auxiliando na geológico dos terrenos pré-cambrianos do Crá-
definição/delimitação de distritos e provínci- ton Amazonas tem evoluído muito, principal-
as metálicas e não-metálicas, tema relevante mente a partir de um substancial acervo de no-
para o êxito da prospecção e pesquisa mi- vos dados de geocronologia isotópica obtidos
neral. pelas universidades (USP, UFPA e UFMT) em
O sucesso desse trabalho depende trabalhos de teses de doutorado, e pela
do grau de detalhamento das cartografias CPRM em trabalhos de cartografia geológi-
geológica e geofísica e da qualidade dos da- ca. No âmbito do estado de Mato Grosso, o
dos de campo e de laboratório (dados petro- Cráton Amazonas tem sido subdivido em três
gráficos, geoquímicos, isotópicos/geocrono- províncias tectônicas ou geocronológicas
lógicos, de inclusões flúidas dos minérios, etc.). que se distribuem de nordeste para sudoes-
Assim, a proposta de divisão dos comparti- te, em ordem cronológica da mais antiga
mentos tectônicos é um exercício interpreta- para a mais jovem, denominadas: Amazônia
tivo em busca da verdade geológica que em Central (2.600-1.700Ma.), Rondônia-Jurue-
linhas gerais ela está embasada em dados na (1.850-1.720Ma.) e Sunsás (1450-900Ma.).
concretos. Os intervalos de idade estão segundo San-
Dentro dos limites geográficos do Es- tos et al. (2000). (Figura 02)
tado de Mato Grosso, são identificadas três
grandes províncias geotectônicas: 1) as Ba- 2.1.1 - PROVÍNCIA AMAZÔNIA CENTRAL
cias Sedimentares do Fanerozóico, mais jo- (IMD / CRV / CCO / JVL)
vens que 540 Ma.; 2) a Província Tocantins,
estruturada no Ciclo Orogênico Brasiliano, A Província Amazônia Central tem
entre 960 e 540 Ma.; e 3) o Cráton Amazo- sido considerada como uma província arque-
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Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

ana-paleoproterozóica (>2.300Ma.), em to- o embasamento desse domínio é do início


dos os modelos de evolução do Cráton Ama- do Paleoproterozóico. Nesta província ainda
zonas propostos pelos pesquisadores da USP ocorrem rochas vulcânicas e vulcanoclásti-
(Cordani & Tassinari, 1979; Cordani e Brito Ne- cas atribuídas ao Grupo Iriri e as suítes in-
ves,1982; Teixeira et al., 1989; Tassinari, 1996; trusivas Vila Rica (granito, granodiorito e to-
Tassinari et al.,1996), desde o trabalho pioneiro nalito) e Rio Dourado (monzogranito e sie-
de Amaral (1974). Porém, somente a partir do nogranito) que interceptam as rochas do
trabalho de Santos et al.(2000), com a indivi- Complexo Xingu e do Grupo Iriri.
dualização da Província Carajás e seu des-
membramento da Província Amazônia Cen- 2.1.2 - PROVÍNCIA RONDÔNIA–JURUENA
tral, foram definidas, com maior precisão, as (IMD / GJR / JVL / MLESQ)
assinaturas petrológicas, geocronológicas e
estruturais dessas duas províncias. A Provín- A Província Rondônia–Juruena com-
cia Carajás é constituida por terreno granito- preende um segmento crustal do Cráton
greenstone, arqueano (>2.500Ma.), com es- Amazonas que se formou no intervalo de 1,85
truturação geral WNW-ESE em regime dúc- – 1,72 Ga. Ela se dispõe segundo o trend re-
til e a Província Amazônia Central é caracte- gional WNW-ESE ou E-W e é constituída por
rizada por terreno plutono-vulcânico anoro- terrenos granitóides e vulcanossedimentares
gênico, evoluído no Paleoproterozóico, com que evoluiram em um sistema de arcos mag-
estruturação geral NNW-SSE em regime rú- máticos (Scandollara et al.,1995; Rizzotto et
ptil, e que trunca a estruturação mais antiga al.,1995; Santos et al., 2000). A parte setentri-
da Província Carajás. onal dessa província ou domínio Roosevelt-
O embasamento da Província Amazô- Juruena (Santos et al., 2000) estende-se a
nia Central vem sendo denominado de Com- norte-noroeste do Estado de Mato Grosso e
plexo Xingu, porém ainda é muito desconhe- foi subdividido em dois domínios: Juruena
cido (Santos et al., 2000). O que caracteriza, (1,85 a 1,72 Ga.), e Roosevelt-Aripuanã (1,76-
de fato, a província, é a associação de ro- 1,74 Ga.). Outro segmento da província ocu-
chas plutônicas e vulcânicas félsicas e rochas pa o sudoeste do estado e tem sido denomi-
piroclásticas, epiclásticas e siliciclásticas, intra- nado de Domínio Jauru (1,79 – 1,72 Ga.).
continentais e eventos esporádicos de mag-
matismo toleiítico (sills e diques). Domínio Juruena
Na parte sul da Província Amazônia (JVL / IMD)
Central, região entre os rios Iriri e Xingu, ocor-
rem ortognaisses tipo TTG ou uma associa- O domínio Juruena é constituído por
ção de tonalito, trondhjemito e metabasalto rochas plutônicas e vulcânicas félsicas de fi-
com estruturação segundo WNW a E-W, pa- liação calcialcalina de alto-K, interpretadas
ralela à direção geral da Província Carajás. como uma sucessão de arcos magmáticos
Amostra do Tonalito Uruará estudada pelo (Santos et al., 2000).
método U-Pb SHRIMP, revelou idade de cris- No Estado de Mato Grosso, esse do-
talização de 2.503 ± 10 Ma., e uma popula- mínio foi subdividido em dois segmentos
ção herdada com 2.581 ± 6 Ma. (Santos et crustais (Lacerda Filho et al, 2001; Frasca et.
al., 2000). al, 2003; Souza et al. 2004): a norte, um ter-
A Província Amazônia Central se es- reno plutono-vulcânico, deformado em re-
tende até a porção nordeste do estado de gime rúptil a rúptil-dúctil (suítes Juruena, Pa-
Mato Grosso, na região do rio Xingu. Aí são ranaíta, Colíder , Alcalina Rio Cristalino e
cartografados ortognaisses e migmatitos do Granito Nhandu), com idade de cristalização
seu embasamento (Complexo Xingu) associ- no intervalo de 1850-1750Ma. (Souza et al.,
ados a rochas supracrustais (metabasaltos, 2004); e a sul, um terreno granito-gnáissico,
cherts e formações ferríferas). Essas rochas de médio a alto grau metamórfico, deforma-
estão deformadas em regime dúctil, com me- do em regime dúctil (Complexo Nova Monte
tamorfismo de fácies xisto verde a anfibolito, Verde, Suíte Intrusiva Vitória e granitos São
estruturadas com trend dominante NW-SE, Pedro, São Romão e Apiacás), com idade
mas com variações para E-W. A datação de de cristalização entre 1780-1750 Ma. Estes
um gnaisse dessa região revelou a idade U- terrenos foram denominados de Arco Mag-
Pb de 2,4 Ga. (Pinho, 2004), sugerindo que mático Juruena (Lacerda Filho et al., 2000),
34
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

mas Santos (2003), op. cit., Bizzi et al., 2003, 1.795 e 1.724 Ma., enquanto os terrenos vizi-
interpreta-os como relacionados a dois arcos nhos se formaram no Mesoproterozóico, a
magmáticos distintos. Esta segunda interpre- partir de 1.500 Ma. O terreno está envolvido
tação se baseia nas diferenças de idades de nas orogêneses do Ciclo Orogenético Sun-
grau de deformação entre esses dois seg- sás, na extremidade sul, pelo Cráton Ama-
mentos crustais e estabelece as condições zonas.
para explicar o cavalgamento do segmento O Terreno Jauru é caracterizado por uma
norte por sobre o segmento sul, num pro- associação de rochas plutônicas do tipo TTG
cesso de underthrusting. e rochas metavulcanossedimentares.
Segundo Souza et al. (2004) o Arco A associação plutônica é constituída
Magmático Juruena foi desenvolvido em di- por ortognaisses, migmatito e intrusões to-
ferentes regimes deformacionais progressivos nalíticas, granito e monzogranito sin a tardi-
e em duas modelagens tectônicas: a primeira cinemáticos, além de granitos não deforma-
relacionada a subducção/colisão oblíqua de dos mais jóvens e sills máficos que fazem
alta temperatura e a segunda relacionada a parte dos complexos Alto Guaporé e Serra
transcorrências. do Baú com idades U-Pb distribuídas no in-
tervalo de 1,79 a 1,75Ga.
O Arco Magmático Juruena inclui, ain- A associação metavulcanossedimen-
da, diversos fragmentos do embasamento tar é representada pelos litótipos do Grupo
que correspondem às unidades mais antigas Alto Jauru estruturados segundo um trend
(complexos Bacaerí-Mogno e Cuiú-Cuiú), NW-SE e consistem de metabasaltos toleiíti-
que preservam o registro de estruturas dúc- cos, com níveis de rochas vulcânicas félsi-
teis reliquiares de direção NE-SW. A imbrica- cas a intermediárias, formações ferríferas
ção crustal dessas unidades no domínio do bandadas e chert, afetados por intrusões de
arco magmático decorre do fechamento de peridotitos e gabros. Essa associação é in-
uma bacia oceânica e provável colisão com terpretada, por alguns autores, como uma
uma crosta continental mais antiga referida seqüência tipo greenstone belt. As rochas
como Arco Magmático Cuiú-Cuiú (Vasquez vulcânicas máficas foram caracterizados geo-
et al., 2002). Santos et al. (2000) advogam quimicamente como basaltos de cadeia
que uma sucessão de arcos magmáticos fo- meso-oceânica, algumas com tendência a
ram formados no Domínio Juruena, a partir basaltos de arco, enquanto que os tonalitos
da subducção de crosta oceânica sob a são derivados de arco (Pinho et al., 1997).
crosta pretérita Tapajós-Parima, que inclui o Os ortognaisses e migmatitos que ocorrem
arco magmático Cuiú-Cuiú. Esta proposta é como núcleos em estrutura tipo domo, nos
suportada por idades-modelo Sm-Nd de flancos e interior das seqüências vulcanos-
1,94 a 2,28Ga. e valores de ånd(t) de –1,37 a + sedimentares são tidos como resultantes da
0,55, indicativos de retrabalhamento crustal deformação e metamorfismo das porções
de rochas da Província Tapajós-Parima. mais profundas desses cinturões vulcanos-
Souza et al. (2004) complementam sedimentares.
que o metamorfismo de alto grau do segmen- O Terreno Jauru está seccionado por
to sul do arco, anatexia, espessamento crus- vários corpos intrusivos de composição to-
tal sin-colisional e delaminação crustal, foram nalítica a granítica. Esses corpos possuem
fenômenos responsáveis pela gênese de idades U-Pb que variam de 1.567 a 1.536 Ma.,
grande parte dos granitos calcioalcalinos com TDM de 1,88 a 1,77Ga., sugerindo que os
pós-colisionais do Arco Juruena. magmas foram derivados provavelmente das
Associado a este domínio ocorre uma rochas do embasamento do Terreno Jauru.
serie de depósitos auríferos que compõem a Os dados geoquímicos são indicativos de
Província Aurífera Alta Floresta. magmas calcialcalinos derivados de arco
magmático e esse alinhamento de corpos
Domínio Jauru graníticos tem sido relacionados ao desen-
volvimento de um orógeno (Orógeno Cacho-
O domínio Jauru corresponde a um ter- eirinha ) de idade pré-Sunsás (Tassinari et al.,
reno tectono-estratigráfico, localizado no ex- 2000).
tremo sudeste do Cráton Amazonas. Sua evo- Relacionado a este domínio são en-
lução ocorreu no Paleoproterozóico entre contrados importantes mineralizações de

35
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

sulfetos nos municípios de Cabaçal e Ara- e Matupá.


putanga que constituem o distrito polimetáli-
co da faixa Cabaçal. Inlier Bacareí-Mogno (2.200 Ma.)
(JVL)
Domínio Roosevelt- Aripuanã
(GJR e MLESQ) O Complexo Bacaerí-Mogno (uma as-
sociação de rochas supracrustais e metaplu-
O Domínio Roosevelt-Aripuanã ou sim- tônicas metamorfisadas em alto grau) repre-
plesmente Domínio Roosevelt, é caracterizado senta fatias do embasamento preservadas
por seqüências metavulcanossedimentares entre as rochas do Arco Magmático Juruena.
(grupos Roosevelt e São Marcelo–Cabeça), Os anfibolitos do complexo mostram padrões
contendo rochas metavulcânicas ácidas a in- de terras raras semelhantes aos tholeiitos tipo
termediárias intercaladas com rochas metas- MORB e têm sido interpretados como rema-
sedimentares, clásticas e químicas, deforma- nescente de uma crosta oceânica (Frasca et
das e metamorfisadas em baixo grau, com al., 2003; Souza et al., 2004). A idade isocrô-
idade U-Pb em torno de 1,74Ga. (Rizzoto, et nica Sm-Nd dos anfibolitos, ca. 2,24 Ga, e
al., 1995; Lacerda Filho et al., 2000; Santos et (T) de +2,5 (Pimentel, 2001), representa a
Nd
al., 2000). Essas sequências são afetadas por idade mais antiga da região, e o valor positi-
intrusões de granitos peraluminosos (Suíte vo do e Nd(T) de +2,5 é indicativo de uma
Nova Canaã, idade U-Pb de 1.743 ± 4 Ma. e fonte juvenil para o seu protólito.
granito tipo Zé do Torno ) e por corpos cir- As rochas do complexo foram envol-
cunscritos de granitos tardi a pós-orogêni- vidas na deformação do Arco Magmático Ju-
cos (Aripuanã, Rio Vermelho e Tatuí). As se- ruena. A orientação geral das rochas obe-
qüências metavulcanossedimentares se for- decem o padrão regional segundo as dire-
maram em bacias intra-arco, em evento ge- ções E-W e ESE-WNW, com mergulhos de
odinâmico pós Arco Juruena, com base nas médio a alto ângulo para N-NNE, configu-
seguintes evidências: os metaconglomera- rando uma estrutura de underthrust com ver-
dos do Grupo São Marcelo-Cabeça contém gência para SSW e transporte tectônico de
clastos derivados de rochas do arco; as se- SW para NE (Souza et al., 2004).
quências estão intimamente associada às
antigas zonas de cisalhamento transcorren- Inlier Matupá (1.894-1.870 Ma.)
tes e são, em geral, 20 Ma. mais jovens que (JVL / LCM)
seu embasamento. A idade do metamorfis-
mo é de 1.652 ± 42Ma., determinada em Localizado na extremidade leste do
sobrecrescimento de zircões de rochas do Domínio Juruena, o Inlier Matupá tem forma
Complexo Nova Monte Verde (U-Pb SHRIMP, subcircular a elíptica, com eixo maior orien-
Pimentel, comunicação escrita, 2002). tado segundo o trend regional E-W. Está en-
Neste domínio são encontrados impor- volvido por rochas plutônicos e vulcânicas,
tantes depósitos de sulfeto com destaque mais jovens, do Arco Magmático Juruena.
para o depósito polimetálico de Aripuanã Zn, Constitui um fragmento remanescente do
Pb, Cu e Ag. Arco Magmático Cuiú-Cuiú, sobretudo dos
seus granitos tardi a pós-colisionais, defini-
Inliers do Embasamento dos na região do Tapajós (Vasques et al.,
(JVL) 2002). Essa correlação é suportada por da-
dos isotópicos, apresentando idades-mode-
Na região norte do estado de Mato lo Sm-Nd Tdm em torno de 2,3Ga. e idade de
Grosso verificam-se vestígios do embasa- cristalização U-Pb entre 1,9Ga. e 1,87Ga.
mento representados por rochas dos com- No Inlier Matupá predominam rochas
plexos Cuiú-Cuiú e Bacaerí-Mogno e das suí- granitóides pouco deformadas da Suíte In-
tes intrusivas Matupá e Flor da Serra, intrudi- trusiva Matupá (idade Pb-Pb de 1.872 Ma.),
dos e envolvidos pelas suítes plutono-vulcâni- seguidas por rochas básicas da Suíte Intru-
cas, mais jovens, formadoras do Arco Magmá- siva Flor da Serra e, subordinadamente, por
tico Juruena. Desses remanescentes do em- gnaisses e migmatitos remanescentes do
basamento, os mais expressivos em área cons- Complexo Cuiú-Cuiú (1.992 Ma., U-Pb).
tituem os inliers denominados Bacaerí-Mogno A Suíte Intrusiva Matupá (Moreton e Mar-
36
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

tins, 2004) forma um batólito constituído por di- e TDM de 1,52 a 1,63Ga., sugerindo que o
versos litofácies granitóides, enquantos os litóti- magma foi derivado de uma fonte juvenil.
pos básicos a intermediários da Suíte Intrusiva Neste trabalho o Domínio Santa He-
Flor da Serra têm sua distribuição em forma de lena é semelhante ao proposto por Tassinari
arco, próximo ao núcleo dessa estrutura. et al. (op cit.) tendo limite a oeste com a Ba-
cia/Faixa Aguapeí (1.100-900 Ma.) e Bacia
O arranjo das unidades lito-tectônicas
Guaporé (Cenozóica) e a leste com o Domí-
internas e externas ao Inlier de Matupá, sugere
nio Jauru (1.795-1.724 Ma.) e Bacia dos Pa-
que essa estrutura representa um antigo cen-
recis (Fanerozóica); a norte limita-se com a
tro félsico, dômico, que se manteve ativo mes-
Faixa Colorado (1.370-1.300 Ma.) e ao sul é
mo durante as manifestações magmáticas re-
encoberto por sedimentos cenozóicos da
lacionadas à formação do Arco Juruena.
Bacia do Pantanal.
Neste terreno são encontrados importan-
Este domínio/orógeno engloba as seguin-
tes depósitos auríferos que constituem o distrito
tes unidades: Complexo Metavulcanosedimentar
aurífero Peixoto de Azevedo / Matupá.
Rio Galera: composto por anfibolito, quartzo
micaxisto com intercalções de gnaisse mon-
2.1.3 - PROVÍNCIA SUNSÁS (1,45-0,90 Ga.)
zogranítico a granodiorítico; Suíte Intrusiva
(GJR, MLESQ, ASR)
Santa Cruz (1.587 Ma.): monzogranito folia-
do; Complexo Metamórfico rio Novo (1.552
A Província Sunsás é a unidade cro-
Ma.): ortognaisse tonalítico a granodiorítico;
no-tectônica mais jovem do extremo sudo-
Suíte Intrusiva Córrego Dourado: metagabro
este do Cráton Amazonas. Ela se formou no
e serpentinito; Complexo Metavulcanossedi-
intervalo de 1.500 a 900 Ma., durante o Ciclo
mentar Rio Alegre (1.503-1.517 Ma.): meta-
Orogênico Sunsás, cronologicamente corre-
basalto, metadacito, metariolito, piroclástica,
lato ao Ciclo Orogênico Greenville na Lau-
metachert e formação ferrífera bandada; Gru-
rencia e Báltica (Santos, 2003, in Bizzi et
po Pontes e Lacerda: anfibolito, magnetita
al.,2003). É composta pelos terrenos/domí-
quartzito, micaxisto, grafita filito e sericita fili-
nios: Santa Helena, Faixa Colorado e Bacia/
to; Complexo Granulítico Santa Bárbara
Faixa Aguapeí.
(1.494 Ma.): granulitos enderbítico e norítico
Na evolução tectônica da província
e ortoanfibolito; Suíte Intrusiva Água Clara
Sunsás estão inseridos os episódios tectono-
(1.485 Ma.): granito e granodiorito; Suíte In-
magmáticos e de sedimentação concomitan-
trusiva Pindaítuba (1.436-1.462 Ma.): monzo-
tes que se encontram amplamente distribuídos
granito, sienogranito e granodiorito; Suíte In-
no sudoeste de Mato Grosso, prosseguimen-
trusiva Santa Helena (1.422-1.456 Ma.): sie-
to para Rondônia (Faixa Colorado e magma-
nogranito e monzogranito com tonalito e gra-
tismo Alto Candeias) e parte oriental da Bolívia.
nodiorito subordinados; Suíte Intrusiva Rio
Branco (1.423-1.542 Ma.): rochas básicas
Domínio Santa Helena – DSH
(olivina gabro, gabro, quartzo gabro) e ro-
(JVL, GJR, MLESQ)
chas ácidas(quartzo sienito, riodacito, granó-
firo e quartzo monzonito).
Compreende uma ampla faixa de ro-
Estas rochas foram afetadas pela oro-
chas de composição, principalmente, graní-
gênese mais precoce do ciclo Sunsás, em
tica, posicionadas segundo a direção NW-
SE na região sudoeste do estado, que ante- torno de 1.450 Ma, em regime dúctil-rúptil e
riormente eram tidas como pertencentes ao exibem uma foliação planar dada por mine-
embasamento proterozóico (Saes et al., rais quartzo-feldspáticos alongados e mine-
1984). A evolução dos conhecimentos nesta rais micáceos com direção NW e mergulhos
região através de estudos geocronológicos preferenciais para NE, variando de 30 a 60°.
e litoquímicos propiciaram a Tassinari et Estudos litoquímicos (Geraldes, 2000)
al.(2000) propor a designação de Orógeno indicam que estas rochas variam de quartzo
Santa Helena. O batólito granítico Santa He- monzogabro a tonalito até granodiorito e gra-
lena, que dá nome a este orógeno/domínio, nito. Os resultados químicos indicam ambi-
é oriundo de um magmatismo granítico mul- ência de arco vulcânico granítico para as ro-
tifásico de idade entre 1,45 a 1,38Ga. Os da- chas mais primitivas de composição interme-
dos isotópicos desses granitos indicam va- diária enquanto os granitos plotam nas vizi-
lores de ÎNd(t) que variaram de +2,60 a +4,00 nhanças do limite entre granitos de arco e
37
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

granitos intra-placa. sudoeste do Cráton Amazonas e está asso-


As rochas máficas relacionadas ao ciada à evolução tectono-termal mesoprote-
Complexo Metavulcanossedimentar Rio Ale- rozóica de natureza ensiálica. Forma um cin-
gre e Grupo Pontes e Lacerda possuem um turão NW-SE de aproximadamente 600 km
trend toleiítico a calcialcalino próprio de re- por até 50 km de largura, representado prin-
tro-arco (Matos & Schorscher, 1997) ou de cipalmente por rochas metassedimentares
arco-de-ilha imaturo (Menezes et al., 1993). do Grupo Aguapeí (1,28 – 0,95 Ga.).
A existência de rochas relacionadas a fundo O Grupo Aguapeí (Souza e Hildred,
oceânico (metabasalto), metamorfisadas na 1980) depositado como seqüência transgres-
fácies xisto verde, podem ser interpretadas siva-regressiva em aulacógeno (Saes, 1999)
como uma sutura colisional. foi deformado e metamorfisado na fácies xisto
verde durante a Orogenia Sunsás-Aguapeí
Domínio/Faixa Colorado (1,1–0,9 Ga.) é constituído, da base para o
(GJR) topo, pelas formações Fortuna, Vale da Pro-
missão e Morro Cristalino.
A Faixa Colorado estende-se desde a Essa unidade cobre parcialmente as ro-
parte sub-ocidental de Mato Grosso até a por- chas do embasamento plutono-vulcânico dos
ção sudeste de Rondônia, oculta em grande Terrenos Rio Alegre e Pontes e Lacerda, Com-
parte pelas coberturas sedimentares das ba- plexo Granulítico-Anfibolítico Santa Bárbara e
cias dos Parecis e Guaporé, distribuindo-se o Complexo Granito-Gnaisse Serra do Baú.
numa zona estreita e alongada marcada por As rochas dessa faixa acham-se es-
fortes anomalias magnéticas. É representa- truturadas em camadas suborizontais for-
da principalmente pela Suíte Metamórfica mando às vezes amplas dobras abertas, trun-
Colorado (Rizzotto et al., 2002) composta por cadas por falhas transcorrentes ou reversas
uma associação de rochas polideformadas quando assumem mergulhos mais acentua-
em condições metamórficas da fácies anfi- dos até vertical. Seu depocentro linear coin-
bolito superior constituídas por metamonzo- cide com a provável zona de sutura anterior-
granitos porfiríticos associados a anfibolitos mente estabelecida no Terreno Rio Alegre.
com intercalações de rochas metassedimen- O evento tectono-termal Aguapeí (0.98-
tares clásticas e químicas (sillimanita xistos e 0.92 Ga.), o mais tardio do ciclo Sunsás, foi res-
formações ferríferas). Ocorrem ainda, musco- ponsável pela geração do arcabouço tectôni-
vita-granada leucogranitos e máficas/ultramá- co, no qual encontram-se coberturas sedimen-
ficas intrusivas. A feição mais característica tares horizontalizadas tanto a oeste como a leste
dessa associação é a presença de migmati- do front Aguapeí. O padrão estrutural é domi-
tos afetados por zonas de cisalhamento de nado por transcorrências de cinemática dex-
alto ângulo, marcadas por uma foliação mi- tral na porção sul, enquanto que na parte nor-
lonítica sigmoidal e boudins de anfibolito. As te do cinturão predomina a tectônica tangen-
idades desta suíte mostram uma evolução cial de baixo ângulo; como resultado, tem-se
temporal entre 1,37 a 1,30Ga., sugerindo que dobras apertadas ou abertas em geral com ei-
essa associação de rochas represente a se- xos mergulhando para NW com constantes
gunda fase orogênica do ciclo Sunsás, em deslizamentos flexurais, rompimentos de flan-
torno de 1.300 Ma., cronocorrelata ao desen- cos subverticais e foliação milonítica subverti-
volvimento da Orogenia Candeias de San- calizada de direção N20° - 40°W onde predo-
tos et al. (2002), como mostram as idades minou condições de metamorfismo da fáci-
semelhantes, encontradas em rochas intru- es xisto-verde. Nesta faixa, quatro domínios
sivas no embasamento policíclico da porção estruturais foram denominados: Domínio tec-
central de Rondônia, as quais são compatí- tônico transcorrente; Domínio tectônico con-
veis com modelos tectônicos para a evolu- tracional de baixo ângulo, Domínio dos do-
ção mesoproterozóica do SW do Cráton bramentos simétricos e Domínio das ruptu-
Amazonas. ras e basculamentos (Fernandes et al., 2003a
e Fernandes et al., 2004).
Bacia /Faixa Aguapei Associado a estes terrenos, ocorrem
(JVL / GJR / ASR) importantes mineralizações auríferas de ori-
gem hidrotermal, condicionadas por um for-
A Faixa Aguapeí situa-se na porção te controle estrutural.
38
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

A efetiva cratonização do sudoeste do e das Vulcânicas Iriri. São encontradas em


Cráton Amazonas foi alcançada em torno de uma pequena porção no extremo norte de
970 a 920 Ma., a partir do alojamento dos gra- Mato Grosso. As litologias imaturas (arcóse-
nitos estaníferos de Rondônia e de monzo- os e grauvacas), a tabularidade da Forma-
granitos tardi a póscinemáticos que afetaram ção Gorotire (Hasui et al., 1984) e a sua pou-
as rochas supra e infracrustais, na parte su- ca espessura da ordem de 200 metros (Pas-
doeste de Mato Grosso (Ruiz et al., 2004). tana e Silva Neto, 1980) sugerem a sua de-
Segundo estes autores, esses granitóides to- posição em uma bacia intracratônica com
nianos (Guapé, São Domingos, Sararé, Gua- soterramento rápido. A presença de um
poré e outros corpos relacionados) represen- mosaico de falhamentos na área da bacia su-
tam corpos epizonais, peraluminosos, gera- gere tectônica de blocos.
dos por fusão parcial da crosta continental
em ambiente de descompressão pós-colisi- Bacia Beneficente- BAB
onal ao final do Ciclo Orogênico Sunsás (LCM e JVL)

Esta bacia aflora a norte do Estado


2.1.4 - BACIAS SEDIMENTARES de Mato Grosso e sua principal área de ex-
PROTEROZÓICAS posição está no interflúvio dos rios Juruena.e
(JVL e LCM) Teles Pires. Suas rochas, de acordo com
Souza et al. (2004) consistem em conglome-
As bacias proterozóicas da região norte rados, arenitos, siltitos, argilitos e calcários.
de Mato Grosso são formadas pelos grupos A datação de zircões detríticos dos conglo-
Beneficente e Caiabis, com idades máximas para merados basais pelo método Pb-Pb (Leite e
o início de sedimentação dessas bacias respec- Saes, 2002) indicou uma idade máxima de
tivamente de 1,7 e 1,3 Ga., obtidas por Leite e 1.700 Ma. para o início da sedimentação.
Saes (2002) através do método Pb-Pb em zir- Os eixos dos dobramentos da bacia
cões detríticos provenientes de seus conglome- acompanham a direção regional WNW-ESE
rados basais. com variações para NNW-SSE, sugerindo
Estas bacias foram desenvolvidas atra- eventos deformacionais superpostos. Ocorrem
vés de reativação tectônica de feições estrutu- também estruturas dômicas a exemplo daque-
rais antigas geradas em domínios rúptil-dúctil a la situada na confluência dos Igarapés São Flo-
rúptil de direção E-W e NNW-ESE. Estas des- renço e do Bração com o rio Juruena.
continuidades são caracterizadas por um siste- A sucessão estratigráfica compreen-
ma de falhas transcorrentes com movimento de quatro unidades (Souza et al., 2004) nu-
preferencial sinistral que atuaram de modo con- meradas informalmente da base para o topo
jugado e sincronizado, gerando áreas transtra- de 1, 2, 3 e 4, onde a sedimentação inicia-se
cionais tipo pull-apart ou strike slip basin que evo- com conglomerados polimíticos (com clas-
luíram progressivamente para bacias tipo rom- tos de rochas vulcânicas, arenitos impuros,
boédricas (Souza et al., 2004). Contudo, Leite e siltitos e argilitos) tendo ainda arenitos argi-
Saes (2002) interpretam a sucessão estratigráfi- losos, líticos e argilitos (Unidade 1). A Unida-
ca dessas bacias como relacionada a um am- de 2 é constituída por argilitos laminados ten-
biente de rifte continental. do arenitos finos, arenitos manganesíferos e
calcários margosos, na forma de lentes ou
Bacia Gorotire-BAG finas intercalações. A Unidade 3 é formada
(JVL) de camadas de arenito com raras intercala-
ções de siltitos e argilitos e distribui-se em
Caracteriza-se por uma seqüência de estreitas faixas paralelas às unidades anteri-
rochas metassedimentares paleoproterozói- ores, formando cristas positivas como as ob-
cas, predominantemente psamíticas identifi- servadas na Serra do Apiacás; a unidade 4 é
cados originalmente nas margens do Rio composta por arenitos claros com intercala-
Fresco-PA (Barbosa et al., 1966) e constitui- ções de argilitos e siltitos avermelhados.
da de arenitos, arcóseos, grauvacas e siltitos Bacia Dardanelos – BAD
com intercalações subordinadas de níveis
conglomeráticos, assentadas discordante- (LCM / JVL)
mente sobre as rochas do Complexo Xingu Trata-se de uma bacia mesoprotero-
39
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

zóica de forma alongada, constituindo um deste de Mato Grosso, na maior parte enco-
sinclinório com direção geral aproximada berta pelos sedimentos quaternários da Ba-
WNW-ESE e com áreas isoladas a oeste do cia do Bananal.
rio Tapajós, representadas pelas rochas sedi- Trata-se de um segmento crustal ne-
mentares do Grupo Caiabis (Formação Dar- oproterozóico formado durante a orogêne-
danelos e máficas da Formação Arinos). A se mais precoce do ciclo Brasiliano, entre 900
idade máxima de sedimentação dessa bacia e 800 Ma. Estas rochas apresentam assinatu-
é de 1,3 Ga., obtida pelo método Pb-Pb em ras geoquímicas e isotópicas similares às asso-
zircões detríticos (Leite e Saes, 2002). ciações de arcos magmáticos intraoceânicos,
constituindo um segmento de crosta conti-
Suas bordas são marcadas por zonas
nental juvenil na região central do Brasil (Pi-
de cisalhamento transcorrente e subordinada-
mentel et al., 1991; Fuck, 1994)
mente por contatos erosivos.
Alguns corpos de granitos tardi a pós-
Os sedimentos da Formação Dardane- tectônicos (590-480 Ma.) sucede a justaposi-
los foram reunidos em quatro unidades (Sou- ção de diferentes segmentos destes terre-
za et al., 2004) discriminadas como segue: Uni- nos de arco, geralmente controlados por
dade 1, inicia-se geralmente por conglomera- zonas de cisalhamentos transcorrentes re-
dos polimíticos (sustentado por clastos) com gionais (Fuck, 1994).
clastos de vulcânicas, arenitos, argilitos e quart-
zo; encimados por camadas de arenito grosso 2.2.2 - FAIXA ALTO PARAGUAI
a médio, com níveis de argilito; Unidade 2 for- (JVL e LCM)
mada por uma seqüência de siltitos e argilitos
avermelhados com níveis de arenitos finos de A Faixa Alto Paraguai é uma entidade
cor clara; aflorando na forma de estreita faixa tectônica Neoproterozóica edificada na bor-
orientada NW-SE paralela ao rio Apiacás; Uni- da sul do Cráton Amazonas. É caracterizada
dade 3, composta predominantemente por por uma seqüência de rochas metassedi-
arenitos arcoseanos e arenitos de granulação mentares (grupos Cuiabá, Alto Paraguai e for-
fina a média, às vezes intercalam-se níveis de mações Puga, Bauxi e Urucum) e rochas me-
conglomerados intraformacionais com seixos, tavulcanossedimentares da Unidade Nova Xa-
semelhantes aos da Unidade 1 e, finalmente vantina. Estas rochas foram deformadas en-
no topo tem-se a Unidade 4, representada por tre 550-500 Ma. e foram afetadas por mag-
uma seqüência de arenitos argilosos e areni- matismo granítico pós-orogênico (Suíte São
tos arcoseanos com intercalações de faixas Vicente) de idade 504 ± 5 Ma.(Pinho, 2004).
conglomeráticas ocorrendo sob a forma de
“ilhas” sobre a unidade anterior. A Faixa Alto Paraguai exibe-se na for-
Na Serra do Caiabís ocorrem interca- ma de arco com concavidade para SE, ori-
ladas nos segmentos da Formação Darda- entando na direção NE-SW no seu ramo
nelos, sill de rochas máficas da Formação norte e N-S no seu segmento sul, com ex-
Arinos, representados por basaltos amigda- tensão de 1.500 km e largura média de 300
loidais, diabásios, olivina-noritos e gabros. Os km. Estende-se desde a região de Nova Xa-
dados geoquímicos atestam um caráter al- vantina, passando pelas regiões de Cuiabá
calino com tendência a sub-salcalino para as e Província Serrana no Mato Grosso e se-
rochas máficas da Formação Arinos. Data- guindo até Bonito e Corumbá, no Mato Gros-
ções radiométricos (K-Ar) indicam duas ida- so do Sul. Outro ramo de direção NW-SE
des uma de 1.225 Ma. E outra de 1.416 Ma. ocorre desde Corumbá ao interior da Bolí-
via, onde recebe a denominação de Cintu-
2.2 - PROVÍNCIA TOCANTINS rão Tucavaca e é interpretado como um au-
lacógeno (Alvarenga et al., 2000). (Figura 03)
2.2.1 - FAIXA BRASÍLIA Em trabalhos anteriores esta faixa foi
subdividida em zona intena (Grupo Cuiabá)
Domínio do Arco Magmático de Goiás metamorfisada e dobrada e tida como mais
(JVL) antiga e zona externa que engloba as forma-
ções Bauxi, Puga, Araras, Raizama e Diaman-
Esta entidade tectônica, definida no tino (Almeida, 1974, Figueiredo e Olivatti,
estado de Goiás (Pimentel et al., 1996), se ex- 1974; Ribeiro Filho e Figueiredo, 1974; Ribei-
põe de forma muito restrita, na porção su- ro Filho et al., 1975; Luz et al., 1980; Schob-
40
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

benhaus Filho e Oliva, 1979; Barros et al., 590 Ma.; Alvarenga et al., 2000), associados
1982 e Alvarenga, 1984). a importantes concentrações de fosfatos (mi-
Neste trabalho a Faixa Alto Paraguai é crofosforitos e brechas intraformacionais)
apresentada como uma entidade geotectô- nas formações Bocaina e Tamengo no Mato
nica neoproterozóica dividida em dois prin- Grosso do Sul (Boggiani,1997).
cipais domínios: Margem Passiva (FAPmp) Bacia de Ante-Pais (FAPba)
e Bacia de Ante-País (FAPba), com o primei- Com o fechamento oceânico e a con-
ro domínio envolvendo remanescentes de seqüente formação de uma cadeia de mon-
Crosta Oceânica (FAPco). tanhas dobradas, transformada em área fon-
Esta faixa é caracterizada pela presen- te de sedimentos, inicia-se a deposição de
ça de importantes depósitos de rochas car- uma seqüência de rochas siliciclásticas. Es-
bonáticas principalmente no domínio da tas pertencem ao Grupo Alto Paraguai, de-
Bacia da Ante-Pais e de mineralizações aurí- positadas em ambiente de bacia de antepa-
feras relacionadas na margem passiva e re- ís que afogaram a plataforma carbonática.
manescente de Crosta Oceânica. É constituída predominantemente por are-
nitos com estratificação cruzada e arcósios
Remanescente de Crosta Oceânica (FAPco) finos a grosseiros da Formação Raizama ten-
do folhelhos vermelhos, siltitos e arcósios da
É o terreno que registra o estágio inici- Formação Diamantino, no topo. Sua idade
al rifte de abertura da bacia, evidenciado pela Rb-Sr de 568 ± 20 Ma., é interpretada como
presença de rochas vulcânicas máficas da a idade da diagênese (Bonhomme et
Unidade Metavulcanossedimentar Nova al.,1982),
Xavantina e por litótipos componentes do
Zonas Estruturais da Faixa Alto Paraguai
Grupo Cuiabá na região sudeste de Mato
A estruturação da Faixa Alto Paraguai
Grosso, marcando o inicio ou tentativa de
segundo Alvarenga e Trompette (1992) é o
uma abertura oceânica.
produto da atuação progressiva de esforços
com um incremento da intensidade do strain
Margem Passiva - (FAPmp)
da zona externa para a zona interna, onde
Este domínio é marcado por uma se- observam-se registros desta progressividade
dimentação que se inicia por sedimentos quí- estampados na foliação, dobramentos, cliva-
micos e camadas de filitos carbonosos, in- gens, etc. culminando com rochas do fácies
dicando ambientes redutores e profundos, xisto verde na zona interna. A deformação
possivelmente em posição de talude e distal mais tardia está associada a dobras amplas
à margem da plataforma, correspondente ao de expressão regional.
Grupo Cuiabá. Esta faixa exibe uma zonação sedimen-
Nas áreas proximais da plataforma a se- tar, tectônica e metamórfica, caracterizada
dimentação inicia-se sob um ambiente gla- pela seguinte compartimentação (Alvarenga
cial, desenvolvida durante a glaciação Varan- et al., 2000): 1 - Zona cratônica, com estratos
giana (~610-590 Ma.; Alvarenga e Trompet- horizontais; 2 - Zona pericratônica, com do-
te, 1992) com equivalentes laterais na zona bras holomórficas de grande amplitude e ex-
de talude retrabalhados por fluxos de gravi- tensão; e 3 - Zona bacinal profunda, meta-
dade a leste da plataforma com a deposição mórfica, com dobras e empurrões com ver-
de turbiditos distais e pelitos bacinais, repre- gência para oeste (Almeida, 1945, 1964, 1974;
sentados pela porção superior dos sedimen- Alvarenga & Trompete, 1992, 1993; Boggia-
tos do Grupo Cuiabá ni, 1990, 1997; Alvarenga et al., 2000; Darde-
A esta seqüência segue-se a deposi- ne & Schobbenhaus, 2001). Estas três zo-
ção transgressiva de uma unidade carboná- nas foram referidas por Alvarenga (1984) e
tica, representando o final da influência gla- Alvarenga & Trompette (1993) como: cober-
cial, com desenvolvimento de uma platafor- tura sedimentar de plataforma; zona externa
ma carbonática formada pelas camadas de não dobrada, com pouco ou sem metamor-
calcários e dolomitos da Formação Araras, fismo; e zona interna metamórfica com in-
Grupo Cuiabá (Fácies da Guia) e do Grupo trusões graníticas, respectivamente.
Corumbá no Mato Grosso do Sul com mi- As rochas do Grupo Cuiabá ocupam
crofósseis de idade Vendiana superior (650- a zona interna e exibem uma estruturação
41
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

marcada pelo desenvolvimento de um siste- os riftes não prosseguem com as etapas


ma de empurrões e dobras inversas e isocli- que levam à formação de oceanos;
nais de direção NE-SW a ENE-WSW, com 3) subsidência termal sobre grande área; e,
planos axiais exibindo mergulhos suaves 4) ajuste isostático posterior.
para SE e também dobras assimétricas a iso- Bacias com tais características são
clinais com nítida vergência para as áreas classificadas como intracratônicas e, como
internas da faixa dobrada, em sentido opos- em geral elas estão superpostas a riftes, são
to ao cráton (Almeida, 1964, 1984; Luz et al., do tipo rift-sag. Elas têm contorno oval ou
1980; Alvarenga, 1990, 2000; Silva, 1990). arredondado e forma de pires em seção; sua
Este último autor propõe um modelo evolu- sedimentação é continental ou marinha. No
tivo baseado em empurrões e retroempur- âmbito do Estado de Mato Grosso, as bacias
rões para explicar esta dupla vergência. dos Parecis e Alto Xingu são bons exemplos
As rochas do Grupo Alto Paraguai de bacias com essas características.
ocupam a zona externa e encontram-se es-
truturadas por uma sucessão de falhas de 2.3.1 - BACIAS PALEO MESOZÓICAS
empurrão e amplas dobras em anticlinal e (AJP)
sinclinal, predominantemente assimétricas,
com eixos na direção NE-SW a ENE-WSW Bacia do Paraná
com caimento para NE e subordinadamen-
te para SW e planos axiais subverticais mer- Na Bacia do Paraná foram determina-
gulhando para SE, com nítida vergência em dos quatro ciclos de subsidência, correspon-
direção ao Cráton Amazônico. dentes a superseqüências: Rio Ivaí, Paraná,
Gondwana I e Gondwana II (Milani, 1997); a
2.3 - BACIAS SEDIMENTARES fase rifte acha-se ligada à Superseqüência Rio
FANEROZÓICAS Ivaí (Teixeira, 2001), a fase sinéclise às superse-
(AJP) qüências Paraná e Gondwana I; a abertura do
Oceano Atlântico corresponde à Superse-
Grande parte do Estado de Mato qüência Gondwana III. A supersequência Gon-
Grosso é ocupada por bacias sedimentares dwana II é de ocorrência restrita ao Estado do
fanerozóicas, assim distribuídas: na divisa Rio Grande do Sul.
norte do Estado, aflora um pequeno setor A Superseqüência Rio Ivaí (Ordovicia-
da Bacia do Alto Tapajós (BAT); continuan- na-Siluriana) é um ciclo transgressivo, com-
do no sentido horário, nas divisas nordeste preendendo as formações Alto Garças,
e leste está a Bacia do Bananal (BBN), na constituída por arenitos depositados em
divisa sudeste a Bacia do Paraná (BPA), na ambiente fluvial, transicional e costeiro; Iapó,
sul a Bacia do Pantanal (BPT), na sudoeste a composta por diamictitos de origem glacial
Bacia do Guaporé (BGP) e na ocidental, a conformando um limite de seqüência de ter-
Bacia dos Parecis (BPR). Esta última se es- ceira ordem interno a esta superseqüência,
tende para leste em direção ao centro do e Formação Vila Maria, constituída por folhe-
Estado, ocupando-o quase completamente. lhos, hospedando a superfície de inundação
Recobrindo esta bacia ocorre na parte nor- máxima (Milani, 1997).
deste do Estado, está a Bacia Alto Xingu A superseqüência que se segue, Para-
(BAX). ná (Devoniana) constitui um ciclo transgres-
No Estado de Mato Grosso as baci- sivo-regressivo e é composta pela Formação
as sedimentares compreendem tanto as si- Furnas depositada em ambiente fluvial e tran-
néclises paleozóicas de Milani & Thomaz sicional (arenitos e conglomerados, com
Filho (2000), como bacias meso- e ceno- abundantes icnofósseis) e pela Formação
zóicas, em alguns casos, superpostas Ponta Grossa, constituída principalmente fo-
àquelas sinéclises. Sua evolução consiste lhelhos e dividida em três membros, dos
em uma combinação e sucessão de diver- quais o mais inferior, marinho, corresponde
sos processos de formação de bacias que, à superfície de inundação máxima do Devo-
de acordo com Klein (1995), incluem: niano.
1) extensão continental com a formação de A superseqüência subseqüente, Gondwa-
sistemas de riftes; na I, Carbonífera-Eotriássica, compreende as
2) abortamento do processo, de modo que diversas formações componentes dos Grupos
42
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Itararé, Guatá e Passa Dois. De acordo com a funda, de subsidência prolongada, marcante
interpretação de Milani (1997), esta superse- influência marinha no Paleozóico e dotada de
qüência compreende uma parte basal trans- prospectividade para hidrocarbonetos, realça-
gressiva, correspondente aos Grupos Itararé da por indícios de gás detectados em subsu-
(Formações Lagoa Azul, Campo Mourão, Ta- perfície e superfície. Também importante, é a
ciba e Aquidauana) constituído por depósi- coluna sedimentar subjacente do Proterozói-
tos sedimentares de origem glácio-marinha, co de forte influência marinha, contendo
e Guatá, formado pelas rochas de deposi- igualmente indícios de gás detectados em
ção em ambiente deltáico, marinho e litorâ- subsuperfície. O preenchimento fanerozóico,
neo da Formação Rio Bonito e marinhos da com dominância do Paleozóico e secunda-
Formação Palermo com a superfície de inun- do pelo Mesozóico/Cenozóico, atinge a casa
dação máxima na sua parte intermediária. A dos 5.500 metros no principal depocentro,
parte superior, regressiva, está registrada nas na parte central da Chapada dos Parecís.
rochas marinhas e transicionais do Grupo Predominam sedimentos siliciclásticos por
Passa Dois (Formações Irati, Serra Alta, Te- toda coluna, porém no Paleozóico ocorrem
resina, Corumbataí e Rio do Rastro), regis- alguns carbonatos e um pouco de evapori-
trando ao seu final o início da instalação de tos, conferindo o caráter marinho a lacustre
clima desértico na bacia. a suas seqüências. No Mesozóico e no Ce-
A Superseqüência Gondwana III, corres- nozóico os sedimentos são continentais dos
pondente à abertura do Oceano Atlântico, tipos fluvial e eólico. Adicionalmente, derra-
compreende a Formação Botucatu compos- mes de basalto e diques de diabásio da base
ta por arenitos eólicos depositados em am- do Jurássico e kimberlitos e rochas afins do
biente desértico e os derrames de basalto da Juro-cretáceo completam o quadro estrati-
Formação Serra Geral. gráfico da bacia (Siqueira et al., 1998).
O início do registro sedimentar situa-se
Bacia dos Parecis no paleozóico demonstrado pela presença de
(CS / AJP) fósseis como acritarcas (Sysphaeridium sp.;
Cruz, 1980), restos de plantas silicificadas (Psa-
A Bacia dos Parecis, alongada na di- ronius), trilobitas, e braquiópodes de idade de-
reção leste-oeste (1.250km x 400km), está voniana. A bacia está dividida, de oeste para
localizada na região centro-norte do Estado leste, em três compartimentos geológicos ou
de Mato Grosso e no sudeste de Rondônia, domínios tectono-sedimentares separados res-
no setor sudoeste do Cráton Amazônico, pectivamente pelos arcos de Vilhena e da Serra
entre os cinturões de cisalhamento Rondô- Formosa (Siqueira & Teixeira, 1993; Siqueira et
nia e Guaporé. Teve sua evolução bastante al. 1998). Esses compartimentos geológicos
influenciada pelo desenvolvimento polifásico formam, de oeste para leste, as sub-bacias de
da região Andina, provavelmente desde o Rondônia, de Juruena e do Alto Xingu. A sub-
Paleozóico. bacia de Rondônia ocorre no Sudeste desse
Entre 1987 e 1996, a Petrobras efe- estado e as sub-bacias de Juruena e Alto Xin-
tuou diversos trabalhos visando a avaliação gu, no estado de Mato Grosso.
da potencialidade petrolífera dessa bacia. A sub-bacia de Rondônia exibe dois
Foram efetuados levantamentos magneto- grábens de direção geral E-W, aflorantes por
métricos, gravimétricos e sísmicos. O levan- cerca de 220 km, Pimenta Bueno e Colora-
tamento sísmico confirmou sob a Chapada do, separados entre si pelo Alto Estrutural do
dos Parecís a existência de uma bacia com Rio Branco.
alguns milhares de metros de sedimentos. A estrutura profunda da bacia (Braga
Dois poços estratigráficos foram perfurados & Siqueira, 1996) mostra que os grábens de
na sul da bacia: o poço 2-FI-1-MT/Fazenda Pimenta Bueno e do Colorado se estendem
Itamarati e o poço 2-SM-1-MT/Salto Magessi. por baixo dela em direção a sudeste, alcan-
Levantamentos geofísicos adicionais, tanto çando o estado de Mato Grosso. Assim, es-
aéreos, quanto terrestres, facilitaram a elabo- ses dois grábens se prolongam para leste em
ração do arcabouço tectônico dessa bacia sub-superfície, de forma aproximadamente
(Siqueira et al., 1998). paralela, sob a Chapada dos Parecís e para
Os dados geológicos e geofísicos dentro dos domínios do Espanador do Xin-
apontam para uma bacia intracratônica, pro- gu, sempre separados pelo Alto Estrutural
43
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

do Rio Branco. A norte destes, encontram- as Formações Furnas, Ponta Grossa, Jauru
se as plataformas de Brasnorte e Manissauá, (substitui a Formação Cacoal de Siqueira,
enquanto respectivamente ao sul e sudeste 1989), Pimenta Bueno, Fazenda da Casa
estão as plataformas de Itamarati e Canara- Branca, Rio Ávila (substitui a Formação Bo-
na. tucatu de Siqueira, 1989) e o Grupo Parecis
As duas perfurações estratigráficas (Formações Salto das Nuvens e Utiariti).
executadas pela Petrobras na sub-bacia de Essas unidades litoestratigráficas for-
Juruena, confirmaram a existência de expres- mam seqüências deposicionais separadas
sivo pacote sedimentar horizontal na porção por discordâncias regionais, indicando a atu-
mediana da bacia. O furo estratigráfico 2-SM- ação de eventos tectônicos responsáveis por
1-MT (5.779m) perfurado nas proximidades variações de suas fácies e espessuras den-
da exsudação de gás de Salto Magessi, na tro da bacia (Siqueira & Teixeira, 1993). As
extensão oriental do Gráben do Colorado, formações foram agrupadas em cinco super-
detectou três níveis de arenito gaseífero, em seqüências por Teixeira (2001): Siluro-devo-
profundidades entre cerca de 2.800 a 5.000m niana (que não aflora no Estado de Mato
(Siqueira et al., 1998). Grosso), Devoniana, Carbonífero-permiana-
Aparentemente, a gravimetria reflete triássica, Juro-cretácea e Cretácea, que pos-
estruturas geradas no Proterozóico, enquan- suem uma espessura total de aproximada-
to a magnetometria revela feições estruturais mente 5.800m (Braga & Siqueira, 1996). Hoje,
do Fanerozóico, estas possivelmente relacio- sabe-se, com base em datações geocrono-
nadas à evolução dos Andes paleozóicos e à lógicas, que a Superseqüência Juro-cretá-
reativação Wealdeniana ou Sul-Atlantiana. O cea deve ser considerada de idade Jurássica
mapa gravimétrico mostra alternância de ou talvez Triássico-jurássica, esta ultima, na
anomalias regionais positivas e negativas, hipótese de a deposição da Formação Rio Ávi-
alongadas, projetando-se para NW a partir la já ter-se iniciado no Triássico superior. Por
da faixa orogênica Paraguai-Araguaia que outro lado, seqüências mais antigas, tentati-
aflora ao sul da Bacia dos Parecis. São ano- vamente atribuídas ao Neo-proterozóico-Eo-
malias representantes de feições estruturais paleozóico, ocupam depressões do tipo rifte,
que ocorrem paralelas ao Gráben dos Caia- e, nas seções sísmicas, podem ser bem visu-
bis preenchido pela Formação Dardanelos, alizadas em nítida discordância erosiva sob
do Proterozóico (idade <1383Ma U-Pb). Pro- amplas seqüências sub-horizontais da tipo
vavelmente, parte dessas anomalias é con- sinéclise do Neo-paleozóico e Mesozóico (Si-
temporânea do rifteamento precursor da re- queira et al. 1998).
ferida faixa dobrada. As formações Furnas e Ponta Gros-
As três sub-bacias, anteriormente de- sa, componentes da Superseqüência Devo-
finidas com base em feições morfológicas e niana, consistem respectivamente de areni-
estruturais-estratigráficas e separadas pelos to com seixos, e folhelho (Costa et al., 1975;
arcos de Vilhena e Serra Formosa, continu- Ribeiro Filho et al., 1975); o seu ambiente de-
am evidenciadas por feições tanto magnéti- posicional determinado na Bacia do Paraná,
cas, quanto gravimétricas. Além disso, a mag- indica que essas rochas foram depositadas
netometria sugere um maior acúmulo de se- em ambientes transicional e marinho, respec-
dimentos na região da Chapada dos Pare- tivamente. A Superseqüência Carbonífero-
cis, do que nas regiões Sudeste de Rondô- permiana-triássica compreende os conglome-
nia e Espanador do Xingu, ou seja, uma di- rados, arcóseos e folhelhos das formações
ferenciação da subsidência com realce so- Pimenta Bueno e Fazenda da Casa Branca
bre a individualização das três sub-bacias (Montes et al., 1974; Costa et al., 1975; Ribeiro
(Siqueira et al. 1998). Filho et al., 1975), que são interpretados como
No Paleozóico inferior, o Cráton Ama- glaciais na primeira (Bahia & Pedreira, 1996),
zônico, no Estado de Mato Grosso foi afeta- e periglaciais na segunda (Caput, 1984).
do por um evento extensional, quando se im- Durante o Mesozóico (Juro-cretá-
plantou um sistema de riftes intracontinen- ceo), o Cráton Amazônico foi afetado por
tais, aproveitando zonas de fraqueza anteri- outro evento extensional, relacionado à se-
ores (Pedreira & Bahia, 2000). Em uma sinécli- paração entre a América do Sul e a África,
se desenvolvida sobre este sistema de riftes, quando depressões foram preenchidas por
depositaram-se, do Devoniano ao Cretáceo, rochas sedimentares e vulcânicas. Na parte
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Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

matogrossense da Bacia dos Parecis, este iniciada com um sistema rifte interior/depres-
evento corresponde aos derrames basálticos são interior (IF/IS) rifeano/vendiano (Neopro-
da Formação Tapirapuã (ou Formação Ana- terozóico), sucedido por outro sistema seme-
ri, em Rondônia). Na Formação Tapirapuã, a lhante no Paleozóico.
idade determinada por Marzoli et al. (1999) é A bacia está em não-conformidade so-
de aproximadamente 198Ma, pelo método bre rochas vulcânicas do Grupo Iriri, metas-
Pb-Pb (Sinemuriano; Jurássico Inferior). Es- sedimentos do Grupo Beneficente, e rochas
ses derrames cobriram os arenitos da For- da Suíte Magmática Sucunduri (Riker & Oli-
mação Rio Ávila, interpretada como de ori- veira, 2001), entre outras. A megaseqüência
gem eólica e ambos formam a Superseqüên- paleozóica, formada pelas superseqüências
cia Jurássica (ou Triássico-jurássica). Ante- Siluro-devoniana e Carbonífero-permiano-tri-
riormente à datação da Formação Tapirapuã, ássica, que foi mapeada no flanco norte da
a Formação Rio Ávila era correlacionada com bacia e ao longo do rio Sucunduri, compre-
a Formação Botucatu do Jurássico superi- ende as Formações Borrachudo, Capoeiras,
or-Cretáceo inferior da Bacia do Paraná, com São Benedito, Ipixuna, São Manoel, Nava-
base em semelhança de ambiente de sedi- lha e o Diabásio Cururu. Destas, afloram no
mentação (Ribeiro Filho et al., 1975). Estado de Mato Grosso compostas por fo-
A Superseqüência Cretácea se restrin- lhelhos devonianos de ambiente fluvial e are-
ge ao Grupo Parecis, do Cretáceo médio a nitos litorâneos carbo-permianos formações
superior, composta por conglomerados e are- Capoeiras, Igarapé Ipixuna, São Manoel e
nitos, depositada em ambientes fluvial e eóli- Navalha capeadas por formações peleozói-
co (Montes et al., 1974; Costa et al., 1975; Ri- cas diferenciadas
beiro Filho et al., 1975). A idade deste grupo é
balizada pela ocorrência de fósseis de répteis 2.3.2 - BACIAS CENOZÓICAS
crocodilianos: mesosuchidae (nelosuchidae) e (AJP)
que, conforme Silva et al (2003) seriam de há-
bito terrestre, de ocorrência em unidades cre- Bacia do Alto Xingu
táceas do Brasil e da América do Sul.
Corpos kimberlíticos e rochas afins, Sobre o domínio mais oriental da Bacia
datados entre o Jurássico inferior e o Cretá- dos Parecis está a Bacia do Alto Xingu. Os
ceo superior, ocorrem nas regiões noroeste sedimentos cenozóicos pertencentes a ela
e sudeste da bacia. consistem em conglomerado, areia e silte,
A Bacia dos Parecis está coberta discor- denominados de Formação Ranuro.
dantemente por areias, siltes e argilas de ida-
de cenozóica, depositados sobre uma cros- Bacia do Pantanal
ta laterítica desmantelada.
A Bacia do Pantanal, que é uma das mai-
Bacia Alto Tapajós ores bacias intracratônicas cenozóicas do
Brasil, possui cerca de 600 metros de espes-
No extremo norte do Estado de Mato sura de sedimentos. A área-fonte dos sedi-
Grosso aflora um pequeno setor desta ba- mentos está a leste da bacia: trata-se de pla-
cia, cuja sedimentação alcança 1.700 metros naltos resultantes da erosão regressiva das
de espessura (Santiago et al., 1980). A idade rochas paleozóicas da Bacia do Paraná. A
fanerozóica da bacia é atestada pela presen- Bacia do Pantanal é uma vasta planície aluvi-
ça de icnofósseis (Paleophycus sp.) na sua for- al constituída por depósitos de leques aluvi-
mação basal (Riker & Oliveira, 2001) e de es- ais de talude e lateritos ferruginosos, forma-
poromorfos devonianos. Adicionalmente, Tei- dos por sedimentos de natureza arenosa e
xeira (2001) se refere à idade devoniana de síltico-argilosa com pouco cascalho (Almei-
folhelhos pretos situados mais acima na colu- da, 1964). Ela é caracterizada por inúmeros
na estratigráfica da bacia (Formação São Be- canais abandonados e pequenas lagoas (Ra-
nedito), conforme determinado pelo belo & Soares, 1999) que definiram a Forma-
CENPES/Petrobras (L. Teixeira, comunicação ção Pantanal.
escrita, 2001). Este mesmo autor, com base
em dados aerogravimétricos e aeromagneto- Bacia do Bananal
métricos, sugere para a bacia uma evolução A Bacia do Bananal é constituída por
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Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

um pacote de sedimentos da Formação Ara- mentos cenozóicos estão representados por


guaia depositados nas margens do Rio Ara- depósitos continentais denominados Bacia
guaia. A formação é representada por uma do Guaporé (Bahia & Pedreira, 2001), distri-
sucessão de camadas que se inicia por um buídos ao longo do rio Guaporé, prolongan-
conglomerado basal seguido por siltes e arei- do-se para noroeste no sistema Mamoré-Alto
as mal estratificadas parcialmente lateritiza- Madeira. Esses depósitos, de acordo com
das, com espessuras entre 170 a 320 metros, Scandolara et al. (2001) são constituídos por
estimadas a partir de dados sísmicos (Araújo & cascalhos, areias e argilas.
Carneiro, 1977). Estes sedimentos foram de- Ocasionalmente podem formar terraços
positados em ambientes extensionais proveni- e ter níveis de turfa intercalados. Além dos
entes de reativações neotectônicas de falhas depósitos fluviais, existem depósitos panta-
transcorrentes de direções NE-SW e N-S. nosos, constituídos por material argilo-are-
noso rico em matéria orgânica e lacustres,
Bacia do Guaporé formados por sedimentos arenosos finos e
No sudoeste do Estado de Mato Gros- também argila.
so, região da fronteira com a Bolívia, os sedi-

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Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso
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Figura 2.1 - Domínios Tectônicos Estratigráficos do Estado de Mato Grosso


Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

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Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

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Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

3.
DESCRIÇÃO DAS UNIDADES
LITOESTRATIGRÁFICAS

A3PP2xi - Complexo Xingu ximo à BR-158.


(ALF / FECP) Os ortognaisses (com enclaves de anfi-
bolito ou diorito) e migmatitos exibem colora-
O Complexo Xingu (Silva et al.,1974) ção desde cinza-claro a cinza-escuro, granu-
reune as rochas mais antigas que ocorrem lação média a grossa, onde se alternam ban-
na bacia do rio Xingu, incluindo gnaisses, das milimétricas a centimétricas de composi-
migmatitos, granulitos, anfibolitos, dioritos e ção quartzo-feldspática, com bandas enrique-
granodioritos. Caracteriza-se por uma mor- cidas de minerais máficos (biotita, hornblenda
fologia peneplanizada que se estende até o e opacos). A foliação principal destas rochas
Alto Xingu, na porção nordeste do Estado apresenta atitude média de N40W/60SW. Exi-
de Mato Grosso. bem feições migmatíticas típicas de anatexia e
Nos mapas aerogeofísicos mostra fra- presença marcante de veios de quartzo centi-
ca assinatura magnética e valores cintilomé- métricos a milimétricos que cortam o banda-
tricos entre 750 a 1000cps. Apresenta mar- mento gnáissico.
cante alinhamento estrutural WNW-ESE no Os gnaisses apresentam textura grano
extremo norte, junto à confluência dos rios a lepidoblástica, sendo constituídos por quart-
Iriri e Xingu, porém, no âmbito da Província zo, feldspato potássico, plagioclásios sericitiza-
Amazônia Central (Santos et al., 2000) domi- dos, muscovita, biotita, hornblenda, magneti-
na o trend NW-SE. O Complexo Xingu, em ta, epidoto e titanita.
sua ampla área conjectural de exposição, é Os anfibolitos ocorrem sob forma de
intrudido por rochas das suítes graníticas mega blocos em terrenos de baixo relevo e
Parauri, Maloquinha e Rio Dourado, e atua mostram cores cinza-escuro a preto. Em se-
como embasamento para as rochas vulcâ- ção delgada, a textura é nematoblástica,
nicas do Grupo Iriri e rochas sedimentares marcada por níveis de hornblenda verde, in-
da Formação Gorotire. tercalada com plagioclásio. Biotita e epidoto
No Estado de Mato Grosso, na sua por- ocorrem como acessórios.
ção nordeste, é representado por ortognaisses A seqüência metavulcanossedimen-
cinza e migmatitos de composição granítica, gra- tar aflora nas proximidades da cidade de Ve-
nodiorítica e tonalítica. A essas rochas associam- ranópolis, em morrotes suaves e colinas
se restos de seqüência metavulcanossedimen- amplas alongadas na direção E-W. Consti-
tar (anfibolito, honrblendito, quartzito ferrugino- tui-se predominantemente por metabasaltos
so, chert e raros BIF’s ) como observado a sul e, em menor proporção, chert e formação
do povoado de Vianópolis, fazenda Firmeza, pró- ferrífera. Os metabasaltos contêm clorita,
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Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

hornblenda e plagioclásio e epidoto como o Scabora (1997) em trabalhos de pes-


principal mineral acessório. Apresentam foli- quisa mineral nas fazendas Mogno, Apiacás
ação com atitude E-W/30S e metamorfismo e Bacaerí, para a Mineração Santa Elina,
de fácies xisto verde a anfibolito. identificou uma seqüência de paragnaisses
Como intrusões máfico-ultramáficas aluminosos com intercalações de quartzitos e
no Complexo Xingu observam-se corpos de formações ferríferas, e um complexo de rochas
hornblendito, hornblenda gabro e olivina máficas, deformados em regime compressivo
gabro. Os hornblenditos localizados nas pro- de alto ângulo e metamorfizados na fácies an-
ximidades da fazenda Cana Brava ocorrem fibolito alto a granulito, porém ainda os manti-
como blocos arredondados e lajeados e veram como parte do Complexo Xingu.
mostram feições primárias de acamamento A denominação Complexo Bacaerí-
magmático em afloramento. Mogno foi proposta por Oliveira e Albuquer-
Quartzitos ferruginosos ocorrem na que (2004) Frasca e Borges (2004) e Ribeiro e
região a leste de Vila Rica, registrado por uma Villas Boas (2004) no Projeto Alta Floresta
anomalia aeromagnética. Apresentam-se em (CPRM) para caracterização de uma associa-
pacotes maciços com espessuras decimétricas ção de rochas supracrustais e plutônicas, me-
e, por vezes, com laminação planoparalela. A tamorfizadas na fácies anfibolito alto a granuli-
granulação é média e são comuns porções to, e cuja associação espacial sugere uma zona
enriquecidas em feldspato e óxidos de ferro. de sutura crustal, marcada por uma descon-
Neste complexo são encontradas tinuidade gravimétrica. As rochas deste com-
duas gerações de granitos Intrusivos: os do plexo apresentam uma foliação milonítica e/
tipo d1, da Suíte Intrusiva Vila Rica, represen- ou bandamento gnáissico, orientados se-
tados por biotita granitos, granodioritos e to- gundo as direções E-W e ESE-WNW, com
nalitos; e uma segunda geração de granitos, mergulhos de médio a alto ângulo para N/
denominada d2, representada por biotita gra- NNE, configurando uma estrutura de under-
nitos porfiríticos e monzosienogranitos da thrust com vergência para SSW e transporte
Suíte Intrusiva Rio Dourado. tectônico de SW para NE.
Apesar das rochas deste complexo Esta unidade ocorre na região norte
exibirem um comportamento geofísico com de Mato Grosso como lentes, megaenclaves
fraca resposta magnética, verifica-se, na al- ou lascas orientadas, descontínuas em con-
tura do paralelo 10°, uma expressiva anoma- tatos tectônicos com rochas do Complexo
lia magnética alongada EW, próxima da es- Nova Monte Verde e do Granito São Pedro.
trada de Vila Rica para Santa Terezinha. Re- Normalmente os seus contatos são através
presenta possivelmente restos da seqüência de zonas de cisalhamento. Sua assinatura
metavulcanossedimentar. gamaespectrométrica é definida por baixos
As idades mais antigas do Complexo valores para os canais de K e U e valores ele-
Xingu foram registradas em gnaisses com 2.971 vados no canal de Th.
± 29Ma. na região de Carajás. Idades U-Pb de As rochas supracrustais são formadas
2.856 ± 3Ma. e 2.519 ± 5Ma. foram obtidas por por gnaisses sílico-aluminosos (sillimanita-bio-
Machado et al. (1991) para anfibolitos. Na re- tita gnaisse, granada-sillimanita-biotita gnaisse
gião de Uruará (PA) obteve-se idade U-Pb e sillimanita gnaisse) com intercalações de
SHRIMP de 2.581 ± 6Ma. em gnaisse tonalíti- quartzitos e quartzitos ferruginosos contendo
co. hornblenda, piroxênios e granada, rochas cal-
Idades preliminares U-Pb destes cissilicáticas e lentes de orto e clinopiroxênio
gnaisses, obtidas na região nordeste de Mato anfibolitos. Essa associação litológica e seus
Grosso mostram valores em torno de 2,4Ga. parâmetros geoquímicos descritos no Projeto
Alta Floresta (Souza et al., 2004) confirmam a
PP23bm - Complexo Bacaerí-Mogno natureza peraluminosa das rochas metassedi-
ASF mentares e sua derivação a partir de sedimen-
tos de natureza pelítica e química.
Silva Neto et al. (1980) individualizaram, a As rochas plutônicas são representa-
oeste de Alta Floresta, anfibolitos, kinzigitos das por metagabro, metanorito, metaquartzo
e rochas metassedimentares clásticas e os diorito e pyrigrarnita (granulito máfico com 40%
correlacionaram à Suíte Metamórfica Cuiú- de granada e 20% de ortopiroxênio-hiperstê-
Cuiú (Pessoa et al., 1977). nio) que ocorrem encaixados nos gnaisses sí-
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Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

lico-aluminosos, kinzigíticos, cortados por di- e Santos (1999) U-Pb convencional e


ques, apófises e stocks de granitos porfiríticos SHRIMP, compreendidas entre 2005 ± 7Ma
da Suíte Paranaíta. Esses litótipos, de natureza e 2033 Ma, em gnaisses e granitóides do
básica a intermediária, apresentam parâmetros Complexo Cuiú-Cuiú na Província Tapajós,
geoquímicos compatíveis com magmatismo apontadas como idade de cristalização des-
de afinidade toleítica (Souza et al., 2004). sas rochas.
Os padrões de terras-raras dos anfibo-
litos, normalizados ao manto primitivo, mostram- PP3γm1234 - Suíte Intrusiva Matupá
se completamente depletados em ETRL e ETRP, ASF
resultando uma curva suborizontalizada seme-
lhante às estabelecidas para os toleítos tipo O termo Matupá foi inicialmente usa-
MORB (basaltos de fundo oceânico) enquanto do por Moura (1998) para particularizar um
o padrão de terras raras das rochas metaga- corpo de biotita monzogranito isotrópico que
bróides mostra um fracionamento de ETRL e ocorre a sul da cidade homônima.
uma depleção de ETRP, com ausência de ano- Moreton e Martins (2003) adotaram a
malia de európio, semelhante aos toleítos de denominação Suíte Intrusiva Matupá para en-
arcos modernos. globar um agrupamento de corpos represen-
Os dados geocronológicos Sm-Nd tantes das diversas fácies graníticas expostas nas
obtidos por Pimentel (2001) em anfibolitos, re- porções central e norte da Folha Vila Guarita,
velaram uma idade isocrônica de 2,24Ga. com situado no norte do estado, individualizadas por
eNd (T) de +2,5 indicativo de uma seqüência critérios petrográficos, litoquímicos, morfológi-
vulcânica juvenil (Lacerda Filho et al., 2001). cos e geofísicos, compostas predominantemen-
te pelas seguintes rochas/litofácies:
Fácies 1 – Biotita granito e biotita
PP3cc - Complexo Cuiú-Cuiú monzogranito, caracterizada por um relevo aci-
ASF dentado, elevadas anomalias radiométricas,
notadamente nos canais de potássio e urânio,
As rochas gnáissicas, migmatíticas e padrões aeromagnéticos baixos ou ausentes.
anfibolíticas, polideformadas, aflorantes na Mostra-se como um corpo homogêneo, isotró-
região norte de Mato Grosso, foram original- pico, com deformações predominantemente rú-
mente mapeadas por Silva et al. (1980) e pteis e, apenas localmente, dúcteis.
Barros (1993) como integrantes do Comple- Os dados químicos (Moura, 1998) in-
xo Xingu e são agora correlacionadas ao dicaram para esta unidade um caráter metalu-
Complexo Cuiú-Cuiú, conforme definido por minoso a peraluminoso, calcioalcalino, seme-
Pessoa et al. (1977). lhante aos granitos tipo I, padrões de terras-
Esta unidade é composta por ortog- raras fortemente fracionado, com forte anoma-
naisses de composição monzonítica, tonalíti- lia negativa de európio, sugerindo uma evolu-
ca e granítica, parcialmente migmatizados, e ção por cristalização fracionada.
anfibolito. Ocorrem sob a forma de faixas reli- Uma importante fase hidrotermal
quiares estreitas, alongadas e descontínuas, promoveu o aparecimento de pirita, calcopi-
nem sempre mapeáveis, bordejandos corpos rita, sericita, epidoto, carbonato e clorita, por
de granitos mais jovens ou associadas a zo- vezes contendo ouro. Magnetita hidrotermal
nas de cisalhamentos transcorrentes de dire- e rutilo acompanham normalmente a pirita,
ção geral NW-SE, ou a falhamentos de dire- juntamente com epidoto, carbonato e clorita.
ção N-S, na região de Peixoto de Azevedo. Os isótopos de enxofre das piritas indicam
Estudos litoquímicos indicam que es- que o fluido mineralizante é oriundo do pró-
sas rochas fazem parte de uma série calcio- prio granito.
alcalina de baixo potássio, com termos me- Estas rochas possuem mineralizações
taluminosos a peraluminosos, formadas em de ouro tipo veio de quartzo e tipo pórfiro (dis-
ambiente de arco vulcânico, semelhante aos seminado/stockwork) associadas a uma impor-
da Província Tapajós (Klein et al., 2000). tante fase hidrotermal. Um exemplo do tipo
Datação em ortognaisse granítico pórfiro é o Depósito Serrinha, em Matupá, onde
pelo método U-Pb SHRIMP, revelou idade de o ouro ocorre associado a baixos teores de
1992 ± 7Ma (Souza et.al., 2004) compatível Cu, Ag, Sn, Mo, Pt, Pd, Te, Bi e Se (Moura,
com as idades obtidas por Santos et al. (1997) 1998).
53
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Apresentam idade de cristalização de na e do Granito Nhandu, próximo ao rio Bra-


1.872 ± 12Ma. (Pb-Pb em zircão) e idades- ço Dois. Encontra-se parcialmente recober-
modelo (Tdm) entre 2.34 e 2.47Ga. com eNd (t) ta, a exemplo das demais fácies, por sedi-
entre –2.7 e –4.3 (Moura, 1998). Através do mentos aluvionares da bacia do rio Peixoto
método Sm-Nd, o Projeto Alta Floresta (Sou- de Azevedo.
za et al., 2004) obteve idade modelo de
2.346Ma. com eNd (t) ± 3.09, similar às en- PP3δfs - Suíte Intrusiva Flor da Serra
contradas para a Suíte Intrusiva Parauari ASF
(Klein et al., 2000).
Fácies 2 – Constituída por hornblenda Esta unidade aflora nas cercanias das
monzogranito, biotita-hornblenda monzonito cidades de Matupá e Peixoto de Azevedo e,
e hornblenda monzodiorito. Diferencia-se da sobretudo, na região do povoado de Flor da
anterior pela sua composição mineralógica, pa- Serra, sua área tipo. Foi cartografada e defi-
drão radiométrico menos elevado, relevo mag- nida por Moreton e Martins (2000) mas as pri-
nético um pouco maior, altos valores pontuais meiras referências a estas rochas são atribu-
de campo total e topografia aplainada bem ídas a Abreu Filho e Barros (1992).
mais arrasada. Apresenta mineralização de A Suíte Flor da Serra é composta pre-
ouro em veios de quartzo com sulfetos. Ocor- dominantemente por gabro, gabrodiorito, di-
re na forma de dois batólitos orito, monzogabro, monzodiorito e diabásio
Fácies 3 – Constituída por clinopiroxê- e apresenta-se sob a forma de corpos homo-
nio–hornblenda monzogranito e clinopiroxênio– gêneos, sem metamorfismo de cunho regio-
hornblenda monzodiorito magnético. São ro- nal e com deformações restritas a zonas de
chas maciças, isótropas, sem deformação. Pos- falhas. Ocorre sob forma de batólito e stocks
suem cor rosa-avermelhado com pintas ver- e mais restritamente como diques, com boas
de-acinzentadas dadas pelos minerais máfi- exposições ao longo do alto curso do rio Pei-
cos e textura equigranular a inequigranular, xoto de Azevedo. A textura é variável, sendo
fina a média e raramente porfirítica. grossa nas partes centrais e evoluindo para
Ocorre em região de topografia pla- texturas finas e porfiríticas nas bordas.
na dominada por solos argilosos vermelhos, Em levantamento aerogeofísico, os
ricos em magnetita. Forma batólitos e stocks mapas radiométricos são os que melhor de-
de contornos irregulares, balizadas por falhas limitam esta unidade, correspondendo a áre-
de direção N-S. Mostra composição interme- as com baixa intensidade do canal de potás-
diária entre as rochas básicas da Suíte Intru- sio. Sua área também é realçada por ano-
siva Flor da Serra e as fácies mais graníticas malias de cobre e ferro provenientes das aná-
da Suíte Intrusiva Matupá, resultado de uma lises de amostras de sedimento de corrente,
provável mistura de magmas. Os dados ae- coletadas no Projeto Alta Floresta.
romagnéticos mostram baixos valores, ape- Apresenta-se ora como corpos intru-
sar de seu alto teor em magnetita. sivos nos granitos Matupá, ora sendo en-
Fácies 4 – Constituída por granito, bi- globados por eles. Localmente apresentam
otita granito e monzogranito com micrograni- contato difuso com esses granitóides suge-
tos e granófiros subordinados. É bem delinea- rindo mistura de magmas (magma mixing)
da pelo levantamento aerogeofísico, mostran- mas também são observados contatos tec-
do valores radiométricos baixos e relativamen- tônicos entre eles. Diques e apófises de ro-
te homogêneos, tanto no canal de potássio chas básicas desta unidade, com textura fina
quanto no de contagem total. O relevo mag- e fenocristais centimétricos de plagioclásio,
nético também é baixo. cortam freqüentemente os granitos da Suíte
Ocorre sob a forma de extenso bató- Intrusiva Matupá, e mais restritamente a pró-
lito em contato tectônico com as demais fá- pria unidade, numa manifestação tardia do
cies desta suíte, intrudido pelos Granitos Te- mesmo evento. Rochas gnáissicas tonalíticas,
les Pires e pela Suíte Flor da Serra e englo- atribuídas ao Complexo Cuiú-Cuiú, aparecem
bando restos de gnaisses do Complexo como megaxenólitos ou como pequenos cor-
Cuiú-Cuiú. É recoberta por rochas sedimen- pos não mapeáveis na escala do projeto, en-
tares da Formação Dardanelos e por rochas globados por massas gabro-dioríticas.
vulcânicas da Suíte Colíder, e é contornado/ As análises litogeoquímicas destas ro-
limitado por rochas da Suíte Intrusiva Jurue- chas (Souza et al., 2004) mostram uma com-
54
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

posição basáltica a andesito-basáltica, de mé- (1980). A Formação Salustiano é representa-


dio a alto potássio, e uma tendência toleítica da exclusivamente por rochas vulcânicas fél-
(toleítos ricos em ferro e magnésio). Moura sicas enquanto a Formação Aruri reúne ro-
(1998) classifica essas rochas como basaltos chas vulcanoclásticas. O Grupo Iriri apresen-
de médio potássio, subalcalino, com padrão ta fácies com filiação calcioalcalina, mas tam-
geoquímico semelhante aos toleítos continen- bém termos alcalino-aluminosos, peralcalinos,
tais, comparando-as com lavas de margem e ainda termos intermediários com uma ten-
continental primitiva. dência toleiítica. As vulcânicas félsicas Salus-
Datação Sm-Nd em gabro revelou tiano sempre mantiveram afinidade genética
idade Tdm de 2336Ma. com eNd (T)-2.08, indi- com os granitos da Suíte Intrusiva Maloqui-
cando contaminação crustal. É correlacioná- nha. No entanto, recentemente, Vasquez et
vel à Suíte Ingarana (Klein et al., 2000) de ida- al. (2000 a, b) têm demonstrado uma afinida-
de Pb-Pb em zircão de 1887+3Ma. (Vasquez de geoquímica e temporal com granitos mais
et al., 2000) e U-Pb SHRIMP em zircão 1879 antigos das suítes Parauari e Creporizão.
± 3Ma. (Santos, 2000) com a qual mostra se- As rochas do Grupo Iriri afloram em
melhança composicional e litológica. diferentes localidades na região nordeste do
Estado, inserindo-se geotectonicamente na
PP3γ1vr – Suíte Intrusiva Vila Rica
Província Amazônia Central do Cráton Ama-
(ASF) zônico. Em campo variam na forma de ocor-
A Suíte Intrusiva Vila Rica intrude ro- rência, aflorando em baixadas entre serras
chas do Complexo Xingu e constitui-se de de granitos ou em forma de morrotes isola-
granitos de composição granodiorítica a to- dos, como na serra dos Magalhães. Ocor-
nalítica e biotita granitos. É comum nestas rem como depósitos efusivos e depósitos
rochas xenólitos de horblendito , anfibolito e piroclásticos, os quais freqüentemente mos-
metabasalto, bem como a ocorrência de vei- tram estruturas de fluxo magmático.
os pegmatíticos compostos por quartzo, pla- Os depósitos efusivos variam de rioli-
gioclásio e micas. tos a riodacitos e apresentam textura porfirí-
tica, constituída por fenocristais de quartzo
Os granodioritos e tonalitos mostram
de até 3mm com bordas de corrosão e raros
em seção delgada texturas hipidomórficas a
fenocristais de plagioclásio e feldspato po-
xenomórficas. É consituído por plagioclásio,
tássico, numa matriz fina holocristalina. Al-
quartzo, feldspato potássico (ortoclásio e mi-
gumas amostras apresentam textura esferulí-
croclíneo) e como mineral máfico, a biotita,
tica (crescimentos radiais de cristais) indicativa
associada e incluindo poiquiliticamente mine-
de processos de vitrificação.
rais acessórios tais como epidoto , apatita e
Os depósitos vulcanoclásticos cons-
zircão. O plagioclásio ocorre em cristais tabu-
tituem-se de ignimbritos ricos em cristais e
lares, mostra geminação segundo a lei albita
tufos de queda. Uma amostra de ignimbrito,
e em menor quantidade periclina. Processo
localizada na serra dos Magalhães, apresen-
de sausuritização intenso mascara muitas ve-
tou idade U-Pb em zircão de 1223 ± 62 Ma.
zes as geminações. A biotita ocorre em pa-
Esta idade indica que o vulcanismo da região
lhetas de cor marrom escuro a marrom ama-
faz parte do Supergrupo Uatumã e que deve
relada, muitas vezes como agregados de ser mantida a terminologia de Grupo Iriri.
grãos juntamente com os acessórios. Vasquez et al. (1999) obtiveram uma
Os granitóides dessa suíte mostram idade Pb-Pb em zircão de 1.888 ± 2Ma. para
duas foliações. A primeira N20W/70SW e a um riolito da Formação Salustiano, valor este
segunda N30E/50NW. muito próximo daquele obtido por Dall’Agnol
PP3αi – Grupo Iriri et al.(1999) para riolitos peralcalinos do rio Ja-
WAF / GJR / JDL) manxim. Lamarão et al. (1999) obtiveram ida-
des Pb-Pb (zircão) em 1.890 ± 2Ma. e 1.877
O termo Formação Iriri (Formam et
± 4Ma. para ignimbritos e riolitos na bacia do
al., 1972) empregado para reunir as rochas rio Jamanxim. Santos et al. (2000) pelo méto-
vulcânicas de regiões dos rios Iriri e Xingu, do U-Pb em zircão (SHRIMP) obteve idade
foi elevado a categoria de subgrupo por Pes- de 1.870 ± 8Ma. em um riolito.
soa et al. (1977), que o subdividiu nas forma-
ções Salustiano e Aruri, e à categoria de gru- PP3γ 2rd – Suíte Intrusiva Rio Dourado
po por Andrade et al. (1978) e Bizinella et al. MTLF/AGV/WAF
55
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Termo usado originalmente para de- PP3γju - Suíte Intrusiva Juruena


signar dezenas de corpos graníticos, circu- ASF
lares, situados na mesopotâmia Araguaia –
Iriri, na região limítrofe do Pará com Mato A designação Granito Juruena foi pro-
Grosso (Cunha et al., 1981). posta por Silva et al. (1974) para caracterizar
Apresenta relevo positivo, em forma corpos graníticos no norte de Mato Grosso.
de colinas, de topos abaulados, e vegetação Silva Neto et al. (1980) utilizaram esta mesma
rarefeita, alternadas com largos vales origi- denominação para distinguir corpos graníti-
nados por drenagem dendrítica muito espa- cos, granodioríticos e trondhjemíticos, ova-
çada, localmente controlada por falhas e fra- lados a semicirculares, não deformados, dis-
turas. É intrusiva no Complexo Xingu, no tribuídos a sul e sudeste de Paranaíta.
Granito Xinguara e no Grupo Iriri. No Projeto Alta Floresta (Oliveira e Al-
Os litótipos mais comuns são grani- buquerque, 2004; Ribeiro e Villas Boas, 2004)
to, granodiorito, diorito, granófiro, microgra- usam o termo Juruena para caracterizar uma
nito e adamelito. Ocorrem na porção nordes- suíte granítica calcioalcalina, não deformada
te do Mato Grosso e são caracterizados por e não magnética. As rochas dessa unidade es-
biotita granito porfirítico, monzo a micrograni- tendem-se segundo um trend NW-SE.Ocorrem
to com enclaves básicos e granito róseo-aver- sob a forma de blocos do tipo boulders ou em
melhado, associados ao vulcanismo Iriri. lajedos maciços, compondo batólitos agluti-
nados e amalgamados. A suite exibe conta-
Os monzosienogranitos, até então de- tos tectônicos com os granitos São Pedro,
nominados de Suíte Intrusiva Tarumã (Cunha São Romão e Apiacás, e com a Suíte Colí-
et al., 1981) passam a ser denominados na der. Está intrudida pelas rochas da Suíte Pa-
região como Suíte Intrusiva Rio Dourado. ranaíta e do Granito Nhandu e contém xe-
Os tipos granofíricos que ocorrem nas nólitos do Complexo Cuiú-Cuiú.
proximidades de Confresa, em seção delga- Em imagens aerogeofísicas, os granitói-
da são holocristalinos, hipidiomórficos de des Juruena caracterizam-se por exibir baixos
granulação grossa, constituídos por feldspato valores radiométricos nos canais de K, Th e U.
potássico (microclíneo) e ortoclásio com in-
tercrescimento pertítico, plagioclásio e quart- Biotita granito é o tipo litológico pre-
zo. A textura gráfica é abundante na rocha. dominante, com monzogranito, granodiorito
Tanto os feldspatos potássicos como os pla- e monzonito subordinados, de estrutura ho-
gioclásios mostram processos de moderada mogênea e textura granular fina a grossa.
sericitização. O quartzo tem extinção ondu- Não são observadas deformações ou trans-
lante. Biotita verde amarronzada é rara e mal formações relacionadas a metamorfismo re-
formada. Como acessório observou-se zir- gional. Entretanto, ocorrem zonas de cisa-
cão, titanita e traços de opacos. lhamento restritas e localizadas, de espessu-
ras centimétricas a métricas.
Os tipos rapakivi foram observados nas
proximidades da fazenda Canabrava, cortan- As análises litoquímicas realizadas
do os anfibolitos e suítes acamadadas. Ocor- pelo Projeto Alta Floresta (Souza et al., 2004)
rem em serras alongadas, blocos e lajeados. concluem que trata-se de uma série calcioalca-
Em geral são de composição sienogranitica de lina, alto potássio, meta a peraluminosa, com
cor rosa avermelhada. A granulação varia de quimismo e características mineralógicas
média fina a grossa. A textura rapakivi pode compatíveis com granitos formados em am-
ser observada em amostra de mão. Mineralo- biente de arco magmático de margem conti-
gicamente constituem-se de plagioclásio, nental ativa. Exibem teores de SiO2 variando
quartzo, feldspato potássico bordejado por al- entre 58 e 71%, de Al2O3 entre 11 e 16% e de
bita e biotita, que varia em proporção e influ- CaO entre 0,78 e 5%, elevadas razões MgO/
encia na coloração da rocha. TiO2 e razões K2O/NaO maiores que 1. Mos-
tram enriquecimento em elementos de raio
Idades U-Pb em granitos granofíricos iônico grande LIL (Ba, Sr, Rb) em HFS (Zr e
da região de Confresa, obtidas em popula- Hf) terras-raras leves (ETRL) e uma acentua-
ções distintas de zircões, forneceram idades da depleção em terras-raras pesadas (ETRP).
de 1,8Ga. e 2,5 a 2,7Ga., estas últimas possivel-
mente de zircões herdados (Pinho & Vecchia- Dados geocronológicos inferem a sua
to, 2003). 56
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

idade relativa como mais antiga que 1810 Ma., encontradas em margens continentais ativas,
idade máxima atribuída às rochas da Suíte como as séries monzoníticas da Patagônia
Paranaíta que a seccionam. Outros dados, a nor- (Lameyre, 1987 e Rapele e Pankhurst, 1996).
te da Folha Vila Guarita, obtidos pelo JICA/MMAJ Mostram valores entre 56 e 75% de SiO2, 14 a
(2000) atribuem idades de cristalização U-Pb de 18% de Al2O3 e 1,5 e 4,7% de CaO, elevada
1.848 ± 17Ma., 1.823 ± 35Ma. e 1.817 ± 57Ma. razão MgO/TiO2 (2,1) razão K2O/NaO maior
que 1, enriquecimento em Ba e Sr, valores
PP3 γpa - Suíte Intrusiva Paranaíta moderados de Zr e Rb e baixos teores de Nb,
ASF Y e Ta. Os padrões de terras-raras, normaliza-
dos em relação ao condrito, apontam eleva-
Bittencourt Rosa et al. (1997) propu- do enriquecimento em ETRL e menor em
seram a denominação de Granitóide Para- ETRP, forte fracionamento (La/Yb) e anoma-
naíta para as rochas graníticas da região de lia negativa de Eu.
Paranaíta-Alta Floresta. Scabora (1997) car- A potencialidade metalogenética des-
tografou corpos de menores dimensões des- tas rochas graníticas é evidenciada pelo gran-
tas rochas, nas proximidades da fazenda de número de garimpos de ouro primário em
Mogno, denominando-os de Complexo In- veios de quartzo encaixados nestas intrusões,
trusivo Félsico. Estudos de prospecção mi- e garimpos de ouro secundário localizados
neral nestas rochas foram também realiza- nas bordas das intrusões. A concentração
dos pelo convênio JICA/MMAJ (2000) a 20 elevada de fácies oxidada, rica em magneti-
km a NW de Paranaíta, ocasião em que as ta, demonstra um magma hidratado com alta
designaram de Granitos Pré-Uatumã, do tipo taxa de fugacidade de oxigênio e rico em
II, e as correlacionaram ao Granito Matupá sulfetos e ouro.
(Moura, 1998). Dados geocronológicos, pelo método
Oliveira e Albuquerque (2004); Ribei- U-Pb, revelaram as seguintes idades: 1.793 ±
ro e Villas Boas (2004) e Frasca e Borges 6Ma.,1.803 ± 16Ma., 1.801 ± 7,8Ma. e 1.816 ±
(2004) denominaram de Suíte Intrusiva Pa- 57Ma. (Santos, 2000). Análises isotópicas Sm-
ranaíta as rochas calcioalcalinas de médio a Nd em granito porfirítico da pedreira de Alta
alto potássio e composição monzonítica, Floresta, mostraram idade modelo TDM de
monzogranítica e granítica aflorantes nas 2.221Ma. com eNd (T) de –1.25 (Pimentel et al.,
imediações de Paranaíta, Alta Floresta e Api- 2000).
acás. Os corpos ocorrem sob a forma de
batólitos e stocks semicirculares a elípticos, PP3δg - Intrusivas Máficas Guadalupe
com até 600 km2 de área, em sua maioria ASF
alongados na direção NW-SE. São intrusi-
vos na Suíte Juruena com posicionamento Esta denominação foi proposta por Oli-
crustal meso e epizonal e de estilo intrusivo for- veira e Albuquerque (2004) para individuali-
çado a permissivo, indicado pela presença, zar um clã de corpos básicos representados
forma e orientação de enclaves, foliação confi- por gabro, microgabro, diabásio e diorito por-
nada e feldspatos pertíticos. Localmente são firítico, aflorantes nas cercanias da comuni-
observados contatos tectônicos com o Grani- dade de Nossa Senhora de Guadalupe, su-
to São Pedro e com as suítes Colíder e Jurue- doeste de Alta Floresta. Estes litótipos ocor-
na. Próximo a Alta Floresta são ainda envolvi- rem sob a forma de stocks, intrusivos em
dos pelos granitos Nhandu ou mostram me- granitos porfiríticos da Suíte Intrusiva Para-
gaenclaves do Complexo Cuiú-Cuiú e das In- naíta, e também sob a forma de enclaves e
trusivas Máficas Guadalupe. As exposições lo- megaenclaves, razão pela qual estas unida-
calizadas no córrego Jaú e nas adjacências do des são consideradas contemporâneas.
Porto da Aldeia, situadas a NW de Paranaíta, Corpos monzodioríticos e dioríticos
foram consideradas como áreas-tipo. aparecem a norte de Nova Bandeirantes, pró-
Os dados litoquímicos desta suíte ximo à sede da Agropecuária Blumenau e
(Souza et al., 2004) caracterizam-na como na região de Novo Astro, no córrego Quei-
uma série calcioalcalina de médio a alto po- xadinha. Neste último local, além de estarem
tássio, metaluminosa a levemente peralumi- associadas à Suíte Intrusiva Paranaíta, são
nosa, com quimismo compatível a granitos controlados por zonas de cisalhamentos
de arcos vulcânicos, similares às intrusões transcorrentes com direção variando de NW-
57
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

SE a EW . nas Rio Cristalino.


O gabro possue cor cinza-escuro Formam um batólito (7km x 14km) in-
com tonalidades esverdeadas, textura granu- trusivo em rochas vulcânicas e subvulcânicas
lar média, estrutura maciça e transiciona para da Suíte Colíder. Esta relação foi observada
diorito porfirítico de cor verde-escura com na margem direita do rio Teles Pires, 2km a
manchas acinzentadas, textura porfirítica e leste do porto da Madeseik, onde brechas de
composto predominantemente por fenocris- intrusão com xenólitos angulares de rochas
tais de hornblenda imersos em matriz de pla- vulcânicas encontram-se englobadas em rie-
gioclásio. Subordinadamente aparecem cli- beckita-aegirina sienito e sienito com mega-
nopiroxenito em megacristais de até 3cm de cristais de anfibólio sódico.
hornblenda. O monzodiorito mostra cor cinza Em mapas aerogeofísicos, a esta uni-
com manchas verde-escura, textura inequigra- dade relacionam-se as mais expressivas ano-
nular fina a grossa, estrutura maciça, enquanto malias radiométricas dos canais de K, Th e
o diorito tem cor verde com tons cinzentos, U, com registro de até 1.500cps no mapa de
textura inequigranular média e compõe-se contagem total, nos domínios do riebeckita-
essencialmente de plagioclásio, hornblenda, aegirina sienito. Sua área de ocorrência tam-
biotita e tremolita. bém associa-se a acentuada anomalia mag-
Diques de diabásio porfirítico, cortan- nética (> 5,8 nT/m) certamente reflexo do alto
do rochas do Granito Nhandu e das suítes conteúdo de magnetita.
Colíder e Paranaíta, são correlacionados a A rocha predominante é riebeckita-ae-
esta unidade. Mostram textura microporfiríti- girina sienito de cor cinza-avermelhado, textu-
ca com matriz subofítica fina, estrutura maci- ra granular média porfirítica com matriz hipidi-
ça, e constituem-se de fenocristais de clinopi- omórfica e estrutura maciça. É composta por
roxênio, tabulares e xenomórficos e com bor- feldspatos, clinopiroxênio e anfibólio.
das substitiuídas por hornblenda verde páli- O estudo litoquímico (Souza et al.,
da, distribuídos em matriz formada por cris- 2004) mostra que os sienitos e quartzo-sieni-
tais ripiformes e fortemente saussuritizados, tos são fácies cogenéticas, derivadas de um
de plagioclásio. O quartzo e o feldspato po- magma alcalino, com valores de SiO2 entre 61
tássico formam intercrescimentos gráficos e e 62,58%, MgO entre 0,06 e 0,66%, Na2O entre
mirmequíticos. 0,75 e 8,16%, Al2O2 entre 16,01 e 16,38% e CaO
Os resultados químicos revelaram va- entre 0,27 e 2,39%, assemelhando-se aos re-
lores de SiO 2 variando de 45 a 51,4%, MgO sultados das alcalinas pós-colisionais de Mali
entre 3,4 a 9,9% e TiO 2 de 0,58 a 3,45%. (África) segundo Liégeois et al. (1998).
Classificam-se como basaltos subalcalinos Apresentam alto conteúdo de alumínio,
toleiíticos de médio a alto potássio (Sou- com índice agpaítico em torno de 0,67, bem
za et al., 2004). abaixo do das rochas alcalinas típicas (>1) e
Como estas rochas encontram-se in- mostram um enriquecimento em elementos
timamente associadas aos granitóides da HFS (alto campo de força) como Zr, P, Nb, Th
Suíte Intrusiva Paranaíta e admite-se que te- e U e empobrecimento em Ti e elementos LILE
nham idades aproximadas de 1.8Ga. como Sr e Ba, sugerindo uma maior participa-
ção de fonte mantélica em sua geração.
PP3λcr - Alcalina Rio Cristalino Mostram ainda um elevado enriqueci-
ASF mento em ETRL e depleção em ETRP, em re-
lação ao manto primitivo. A relação La/Yb=14
Silva et al. (1980) cartografaram, sob e a pequena anomalia negativa de Eu são in-
a denominação de Alcalinas Canamã, um dicativas de fracionamento de plagioclásio
corpo de rochas de natureza álcali-sienítica, num líquido silicático durante a evolução de
aflorante a norte de Alta Floresta, em corre- um magma parental mais máfico.
lação ao Sienito Canamã, definido por Silva A idade U-Pb (SHRIMP) de 1.806 ±
e Issler (1974) na região do Rio Canamã, parte 3Ma. em sienito (Santos, 2000) comprova que
nordeste da Folha SC.21.Y-A (Aripuanã). Oli- o evento alcalino Rio Cristalino é muito mais
veira e Albuquerque (2004) no Projeto Alta antigo que o evento Canamã.
Floresta, designaram as rochas sieníticas aflo- PP3go - Formação Gorotire
rantes na confluência dos rios Cristalino e
Teles Pires, NNE de Alta Floresta, de Alcali- (GJR / JDL)
58
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

A denominação Gorotire foi criada por lustiano (derrames ácidos). Silva et al. (1980)
Barbosa et al. (1966) para descrever rochas se- passaram a designar o conjunto plutovulcâni-
dimentares encontradas entre os rios Araguaia co (rochas vulcânicas, piroclásticas e granitos
e Xingu, considerando sua seção-tipo a serra intrusivos) de Grupo Uatumã.
Gorotire, margem do rio Fresco (PA). Os primeiros trabalhos sugerindo epi-
Essas rochas sedimentares ocorrem sódios magmáticos distintos foram apresenta-
em forma de extensos platôs orientados NW- dos por Silva et al. (1974) e Basei (1974) quan-
SE, formando serras elevadas e de topo aplai- do admitiram um decréscimo das idades des-
nado, por vezes formando cuestas com bor- sas rochas, de nordeste para sudoeste, apoia-
das ravinadas. A formação assenta-se discor- dos em datações Rb-Sr. Isso vem sendo con-
dantemente sobre rochas do Grupo Iriri e do firmado pelos modelos geocronológicos de
Complexo Xingu, e acha-se intrudida por plu- evolução do Craton Amazonas, ao longo do
tonitos Teles Pires. tempo (Amaral, 1974; Cordani et al., 1979;
As rochas dominantes são arenitos es- Teixeira et al., 1989; Tassinari, 1996; Tassinari
branquiçados, cinza-claro, com tons averme- e Macambira, 1999; e Santos et al., 2000).
lhados, granulometria fina a grossa, por vezes A extensiva distribuição dessas rochas
conglomeráticos, ora maciços ora estratificados, vulcânicas no Cráton Amazônico, nos seus di-
sendo comum a presença de estratificações cru- versos compartimentos tectônicos, com ida-
zadas de baixo ângulo. Quartzo arenito é o tipo de, metalogênese e estruturas distintas, tem
litológico dominante, além de arcóseos e are- sido interpretada, dentro de um modelo mobi-
nitos líticos. Intercalações de folhelhos são ra- lista, como relacionadas à formação de suces-
ras; normalmente elas consistem em folhelhos sivos arcos magmáticos. Neste contexto,
sílticos, bem laminados de cor cinza. Na base vários autores (Moreton e Martins, 2004; Ribei-
da seqüência encontram-se conglomerados ro e Villas Boas, 2004; Oliveira e Albuquerque,
polimíticos com abundantes seixos de riolitos. 2004; Frasca e Borges, 2004) denominaram de
Os arenitos Gorotire, em geral, apresentam mer- Suíte Colíder as rochas vulcânicas, subvulcâ-
gulhos suaves, sub horizontalizados, com fortes nicas, piroclásticas e epiclásticas, aflorantes nas
mergulhos somente próximos a zonas de fa- cercanias da cidade de Colíder e que borde-
lhas e/ou a corpos intrusivos. jam a parte sul da serra do Cachimbo. Estas
O relevo magnético é suave, com al- rochas apresentam-se relacionadas ao Arco
gumas áreas anômalas provavelmente refletin- Magmático Juruena, erigido entre 1.85Ga. e
do seu embasamento. As rochas são fratura- 1.75Ga, que inclui rochas vulcânicas félsicas
das e falhadas. Algumas serras têm a forma de de composição ácida a intermediária e filiação
grandes dobras de flancos suaves, com eixos calcioalcalina, no mesmo contexto evolutivo
NW e caimento para SE (Silva et al., 1974). das suítes graníticas Paranaíta, Juruena e
As características litológicas apontam Nhandu.
para uma sedimentação essencialmente con- Esta unidade apresenta ampla distribui-
tinental. Segundo Pastana e Silva Neto et al., ção geográfica e manifesta-se como uma fai-
(1980) a freqüente presença de arcóseos é in- xa contínua, com largura média de 20 km, di-
dicativa de rápida subsidência, com formação reção WNW-ESSE, com boas exposições nas
de bacias molássicas. Estes mesmos autores proximidades de Colíder, onde foi considera-
estimaram uma espessura de 200 metros para da área tipo. Ocorre em contato tectônico com
a Formação Gorotire e confirmaram seu posi- as unidades plutônicas São Pedro, Nova Ca-
cionamento pós magmatismo Iriri. naã, Nhandu e Matupá e é intrudida pelos gra-
nitos Teles Pires. Localmente observa-se uma
PP4c - Suíte Colíder transição entre os microgranitos e granófiros
ASF subvulcânicos desta suite e os granitóides Nhan-
du que, por vezes, cortam também as rochas
Oliveira e Leonardos (1940) denomina- vulcânicas. É recoberta pelas rochas sedimen-
ram de Série Uatumã um extensivo vulcanis- tares paleoproterozóicas do Grupo Beneficen-
mo ácido anorogênico pré-cambriano, ocor- te e pelas rochas sedimentares mesoprotero-
rido no Cráton Amazônico, posteriormente re- zóicas da Formação Dardanelos.
nomeado de formação, subgrupo e, finalmen- A área de ocorrência desta suíte é bem
te de Grupo Iriri (Andrade et al.,1978) subdividi- marcada nos mapas radiométricos por anomali-
do nas formações Aruri (vulcanoclásticas) e Sa- as moderadas a altas nos canais de Th e K e
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Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

delineada também nos mapas magnetométricos. adjacências pelo mesmo método, obtendo-se
Reúne uma grande diversidade litoló- idades da ordem de 1.801 a 1.803Ma.
gica com predominância de rochas vulcâni- Pimentel (2001) obteve idade pelo mé-
cas e subvulcânicas, seguidas de rochas piro- todo U-Pb de 1.781 ± 8Ma. e idade modelo
clásticas e epiclásticas em menor proporção. Tdm de 2.344Ma. com eNd (T) de –3,75, em rioli-
As rochas subvulcânicas têm uma ampla dis- tos pórfiros atribuídos como pertencentes a
tribuição e representam cúpulas de intrusões Suíte Colíder, indicando uma fonte geradora
graníticas, hipoabissais, compondo um paco- híbrida, mantélica, com contaminação crustal.
te maciço, com texturas microporfiríticas a fi- Pinho et al. (2001) obtiveram idade U-
namente cristalina, com estruturas de fluxo Pb de 1.801 ± 11Ma., em ignimbritos e riodaci-
pouco evidentes. São formadas por microgra- tos na região do rio Moriru, que caracteriza pro-
nito, microquartzo monzonito, micromonzoni- vavelmente a continuidade para oeste da faixa
to, micromonzogranito e granófiro. Apresen- de vulcânicas cartografada pelo Projeto Alta
tam composição homogênea, estrutura maci- Floresta, da base da serra do Cachimbo e da
ça e cores variando de cinza-avermelhado a serra Formosa.
cinza-arroxeado com tonalidades róseas e es- Os dados geocronológicos obtidos nes-
verdeadas. ta faixa de rochas vulcânicas e vulcanoclásticas
Associadas a estas rochas são obser- ácidas da região Norte de Mato Grosso, com
vadas brechas vulcânicas bandadas, ricas em idades de formação oscilando entre 1.800Ma. a
sulfetos (pirita e calcopirita) com matriz rioda- 1.780Ma., confirmam uma nova geração de ro-
cítica, afanítica a microgranular, contendo frag- chas vulcânicas e subvulcânicas, mais jovens
mentos centi a decimétricos de riodacito e de em pelo menos 80Ma. que aquelas similares
rochas quartzo-feldspática félsica cripto a mi- da Província Tapajós, justificando a proposição
crocristalina, estirados e orientados vertical- da Suite Colíder como uma nova unidade lito-
mente ao longo do fluxo. estratigráfica, distinta do Grupo Iriri. Esta suíte é
Corpos andesíticos ocupam áreas ar- intrudida pelos granitos Teles Pires, que apre-
rasadas e originam solos avermelhados e ri- sentam idade em torno de 1.750Ma.
cos em magnetita. Estes litótipos apresentam
cor cinza-escura a preta, estrutura maciça e PP4aj – Grupo Alto Jauru
textura microlítica fluidal e porfirítica a micro- GJR
porfirítica, com fenocristais euédricos e ripifor-
mes de plagioclásio e raros cristais de quartzo As rochas pertencentes a esta unida-
com indícios de corrosão magmática, imersos de litostratigráfica, originalmente designadas
em matriz originalmente vítrea. de Greenstone Belt do Alto Jauru, estão ex-
Em termos litoquímicos (Souza et al. postas nas porções superiores das bacias hi-
2004) esta suíte apresenta afinidade calcioalca- drográficas dos rios Jauru e Cabaçal. Inclui
lina, alto–K, metaluminosa a peraluminosa, com- uma associação de litótipos que se distribuem
patível com os padrões geoquímicos dos gra- em faixas subparalelas (Cabaçal, Araputanga
nitos orogênicos (suítes Paranaíta e Juruena e e Jauru) separadas por terrenos granito-gnáis-
Granito Nhandu). São registradas acentuadas sicos e migmatíticos, com contato transicional
anomalias negativas de Nb, Sr, Ti, Sm e Eu, e/ou por falhas entre os domínios.
ausência de anomalias de Y e enriquecimen- Monteiro et al., (1986) agrupou os litóti-
tos sensíveis dos elementos litófilos LILE, tais pos em três formações assim divididas, da base
como La, Ce, Rb e Ba, e dos elementos HFS para o topo: Formação Mata Preta - Compre-
como Zr, Hf e ETRL e uma pronunciada de- ende metabasaltos toleiíticos com estrutura em
pleção em ETRP. Isto é semelhante ao encon- pillow, ultramáficas komatiíticas, níveis descon-
trado na Suíte Intrusiva Paranaíta e no Granito tínuos de lavas e tufos andesíticos, dacíticos e
Nhandu, evidenciando uma correlação destes riodacíticos; o componente metassedimentar
litótipos plutovulcânicos. é subordinado e representado por metachets
Datação efetuada pela JICA/MMAJ e xistos pelíticos com níveis de magnetita e gra-
(2000) em riolito pórfiro situado a noroeste de nada; Formação Manuel Leme - Composta por
Paranaíta, na Folha Alta Floresta, pelo método lavas e tufos dacíticos a riodacíticos na porção
U-Pb, resultou em idade de 1.786 ± 17Ma. Este inferior, metacherts, bif, clorita-xistos, sericita-xis-
riolito está espacialmente relacionado com os tos e raros metatufos félsicos na porção supe-
monzogranitos da Suíte Paranaíta, datados nas rior; e Formação Rancho Grande - Represen-
60
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso
tos e teluretos (Pinho et al., 1997).
tada por anfibolitos intercalados com quartzi-
tos, xistos grafitosos e gnaisses biotíticos. PP4ag - Complexo Alto Guaporé
Neste trabalho adotou-se a designa- GJR
ção de Grupo Alto Jauru, mantendo-se as for-
mações propostas por Monteiro (1986). O Complexo Metamórfico Alto Guapo-
Ortognaisses e migmatitos, que fazem ré (Menezes et al., 1993) é constituído por or-
parte do terreno granito-greenstone, afloram tognaisses tonalíticos e granodioríticos, gnais-
em estruturas do tipo domo, nos flancos e ses paraderivados e leucogranitos anatéticos.
entre as faixas vulcanossedimentares. São re- As rochas deste complexo se estendem numa
presentados por várias unidades, tais como faixa alongada de direção NW-SE, desde o en-
Complexo Gnaissico Brigadeirinho, Tonalito troncamento das rodovias MT-388 e MT-248,
Cabaçal, Gnaisse Quatro Marcos, Gnaisse bordejando o batólito Santa Helena e prolon-
Rosa e Gnaisse Aliança. gando-se para norte até os arenitos da Forma-
Os dados geoquímicos, apesar de es- ção Parecis. Ocorrem também na fazenda Bri-
cassos, permitem evidenciar uma zonação gadeirinho, 10 km a norte da cidade de Jauru,
tectônica das faixas vulcanossedimentares: a descritas originalmente por Saes et al. (1984).
Faixa Jauru é representada por basaltos toleíti- As rochas orto e paraderivadas encon-
cos de fundo oceânico; a Faixa Araputanga é tram-se gnáissificadas e polideformadas. Exi-
definida por basaltos toleíticos com estrutura bem feições estruturais que evidenciam sua
em pillow; e a Faixa Cabaçal possui caráter evolução em ambiente de ampla mobilidade, in-
bimodal, representada por basaltos toleíticos cluindo processos de fusão parcial acompanha-
e vulcânicas félsicas calcioalcalinas. dos de migmatização. A foliação milonítica é
As rochas supracrustais encontram- generalizada nos litótipos da unidade, resultan-
se estruturadas em calhas sinformais de di- te de cavalgamentos oblíquos de amplitude
reção N20º-40ºW, mergulhando 40º-75º para regional. Apesar de variar constantemente em
SW. Dobramento do tipo isoclinal a aperta- função de dobramentos, a direção média da
do desenvolveu-se concomitante ao meta- foliação está em torno de N40°W.
morfismo regional da fácies xisto verde a an- Os dados petrográficos dos paragnais-
fibolito. A zona de cisalhamento Indiavaí-Lu- ses e gnaisses migmatíticos mostraram a pre-
cialva, de direção geral N 30º-45º W, é defi- sença de sillimanita e cianita cristalizadas para-
nida por falhas tangenciais às faixas vulcanos- lelamente à foliação metamórfica que são indi-
sedimentares. cativas de condições metamórficas da fácies
Os zircões de um tufo riolítico da Faixa anfibolito superior e de média P/T. Da mesma
Cabaçal forneceram idade U-Pb de 1.747 ± forma, os hornblenda-biotita gnaisses e os bi-
17Ma. (MSWD=282) e uma rocha vulcanoclás- otita gnaisses granodioríticos apresentam um
tica da mina de ouro Cabaçal, idade U-Pb de fluxo milonítico marcado pelo alinhamento dos
1.758 ± 7Ma. e idade-modelo TDM de 1,87Ga. minerais máficos e minerais ocelares e tabula-
Pinho (1996) datou cristais individuais de zir- res recristalizados de plagioclásio. A química
cão de rocha metavulcânica da Faixa Caba- dos ortognaisses revelou caráter metalumino-
çal, pelo método U-Pb (SHRIMP) e obteve ida- so de afinidade calcioalcalina, similares aos
des de 1.769 ± 29 Ma. e 1.724 ± 30Ma. As ro- batólitos cordilheiranos modernos.
chas plutônicas (Gnaisse Rosa) da mesma área Os contatos dos metamorfitos desse
forneceram idade U-Pb de 1.795 ± 21Ma. complexo com as rochas metassedimentares
(MSWD=0,093) com idade-modelo TDM=1,93Ga. do Grupo Pontes e Lacerda são bruscos e mar-
e ÎNd(t)= +2,20; o Tonalito Cabaçal, idade Pb-Pb cados por falhas, enquanto que os granitos
de 1.780 ± 10Ma., enquanto que o Gnaisse Ali- das suítes Guapé e São Domingos mostram
ança é de idade U-Pb de 1.744 ± 38Ma. relações intrusivas com as suas rochas polide-
(MSWD=36) TDM=1,87Ga e ÎNd(t)= +2,40 (Geral- formadas.
des, 2000). Os dados geocronológicos disponíveis
O depósito de ouro do Cabaçal está restringem-se a uma isócrona Rb-Sr de 1.971
hospedado em uma seqüência de tufos e ro- ± 70Ma. com razão inicial 87Sr/86Sr de 0,7017 e
chas vulcanoclásticas, intercalados com níveis a uma idade U-Pb em zircão de 1.740 ± 27Ma.
estreitos de metacherts. O minério é composto
de pirita, pirrotita, calcopirita, esfalerita, marcas- PP4γn - Granito Nhandu
sita, molibdenita, cubanita e galena. Ligas de ASF
Au-Ag e Au-Bi ocorrem associadas a selene-
61
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

O termo Granito Nhandu foi introdu- magmática calcioalcalina de alto-K, de tendên-


zido por Souza et al. (1979) para denominar cia shoshonítica e híbridos metaluminosos a pe-
granitóides porfiroblásticos de composição raluminosos, indicando provável contaminação
granodiorítica a tonalítica, estrutura isótropa e crustal. Esta peraluminosidade da série shosho-
textura pseudo-rapakivítica, aflorantes a leste de nítica, segundo Eklund et al. (1998) também
Alta Floresta, no médio curso do rio Nhandu. pode ser explicada em granitos quando o con-
Frasca e Borges (2004) Oliveira e Albu- teúdo de SiO2 supera o valor de 65%, mos-
querque (2004) e Moreton e Martins (2004) uti- trando uma relação direta e proporcional, ou
lizaram a denominação Granito Nhandu para seja, quanto mais ácido, mais peraluminoso.
individualizar corpos intrusivos, de posicionamen- Atualmente autores como Eklund et
to crustal epizonal, calcioalcalino de alto potás- al. (1998) Liegeóis et al. (1998) Duchesne et
sio com tendência shoshonítica. Apresentam- al.(1998) e Nardi (1986) admitem rochas su-
se como stocks aglutinados, de geometria cir- persaturadas como pertencentes à série
cular a elíptica, subconcordantes a discordan- shoshonítica. Apresentam outras característi-
tes. Fácies subvulcânica, de mesma composi- cas litoquímicas como: baixo enriquecimento
ção, ocorre sob a forma de diques, sills e cú- em ferro, Na2O+K2O maior que 5%, alta ra-
pulas graníticas. zão K2O/Na2O, enriquecimento de P, Rb, Sr,
Os corpos de maiores dimensões mos- Ba, Pb e ETRL, teor de TiO2 menor que 1,3%,
tram uma orientação geral NW-SE. São intru- e alto, porém variável, teor de Al2O3.
sivos nas suítes Colíder e Juruena e englobam Os valores relativamente baixos de Sr
rochas do Complexo Cuiú-Cuiú e da Suíte Pa- (média de 248 ppm) podem ser explicados
ranaíta. Transicionam com certa freqüência pela ocorrência de termos muito diferencia-
para rochas vulcânicas da Suíte Colíder, pas- dos (SiO2 de 67 a 69%) o que produz por
sando por uma interfácie subvulcânica. Local- vezes reduções bruscas nas concentrações
mente observam-se contatos tectônicos. de Sr e Ba. Este decréscimo de Sr pode ser o
Há um predomínio de granito e mon- resultado do fracionamento de feldspato po-
zogranito sobre granodiorito e sienogranito. Os tássico ou plagioclásio e biotita (Nardi,1986). A
principais litótipos plutônicos são biotita grani- análise dos elementos de terras-raras mostra
to, biotita-hornblenda granito, biotita monzo- enriquecimento em ETRL em relação aos ETRP
granito, biotita-hornblenda monzogranito e si- e anomalias de Eu pouco expressivas. O grau
enogranito. Como fácies subvulcânica desta- de fracionamento moderado a alto pode ser
cam-se granito fino porfirítico, monzonito fino observado nas razões (La/Yb)n e (Cr/Yb)n.
porfirítico, monzogranito microporfirítico, mi- Diagramas Ta/Yb (Pearce, 1982) também mos-
cromonzodiorito e granófiro. A ocorrência de tram o caráter shoshonítico das rochas desta
enclaves e sills de gabro e gabrodiorito porfirí- unidade.
ticos é um indicativo de atividade magmática O Granito Nhandu é álcali-cálcico, se-
bimodal. gundo a nomenclatura sugerida por Peaco-
As rochas plutônicas predominantes ck (1931) e, segundo Pearce et al., (1984) este
apresentam cor cinza-avermelhado a cinza-ro- trend é próprio de rochas de arcos mais ma-
sado, textura granular a equigranular, fina a gros- duros, que evoluem de termos calcioalcalinos
sa a localmente porfirítica, variável em função para álcali-cálcicos. Ainda não se dispõe de
de seu posicionamento dentro da intrusão, e dados geocronológicos desta unidade, mas
estrutura isótropa a pouco deformada ou pro- é relativamente mais jovem que a Suíte In-
tomilonítica, quando próximo a zonas de falhas. trusiva Paranaíta, cujas datações U-Pb situ-
O posicionamento destes corpos de forma cir- am-se em torno de 1.8Ga.
cular a alongada é subconcordante à estrutu- Foram registrados dois jazimentos filo-
ração regional. A ocorrência de biotita verde nianos de ouro primário encaixados em rochas
pode indicar uma temperatura de cristalização desta unidade (garimpos do Edu e Trairão).
mais baixa ou diminuição na concentração de
titânio, enquanto que a a associação a níveis PP4γv - Suíte Intrusiva Vitória
crustais superiores e a presença de fácies vul- ASF
cânicas sugerem condições epizonais de estilo
permissivo para este evento magmático. Denominação proposta por Frasca e
Os estudos litogeoquímicos (Souza et Borges (2004) Oliveira e Albuquerque (2004)
al., 2004) indicam que as rochas são de série e Ribeiro e Villas Boas (2004) no Projeto Alta
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Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Floresta, para caracterizar uma associação e interação crustal.


de rochas plutônicas de composição dioríti- Datação U-Pb (SHRIMP) em zircões
ca a tonalítica e afinidade química calcioal- de tonalito forneceu idade de 1.785 ± 8Ma. A
calina, médio potássio, metaluminosa a ligei- idade-modelo Sm-Nd de 2.182Ma., com valo-
ramente peraluminosa. Ocorre sob a forma res de eNd (T0) de – 2.56 a 1.32, sugere fusão
de corpos elípticos a sigmoidais, de dimen- mantélica com contribuição/contaminação
sões variáveis, alongados na direção EW a crustal para sua origem ou fonte.
WNW-ESE, deformados e metamorfizados A datação U-Pb SHRIMP (Pimentel,
nas fácies xisto verde a anfibolito médio. 2001) em enderbito da Suíte Vitória com ida-
Os corpos, são intrusivos no Comple- de de 1,85Ga. e TDM de 2,26Ga. pode repre-
xo Bacaeri-Mogno e mantém contatos tran- sentar uma idade referencial para o início do
sicional ou tectônico com os litótipos do Com- processo de subducção do Complexo Ba-
plexo Nova Monte Verde e dos granitos São caerí-Mogno e formação do magmatismo do
Pedro e São Romão. Arco Juruena.
Os limites destes corpos, em sua mai-
or parte, são aproximados em função do re- PPmv - Complexo Nova Monte Verde
levo subaplanado e da espessura do solo, ASF
tendo sido os mapas aerogeofísicos uma das
principais ferramentas utilizadas em sua deli- Designação proposta por Ribeiro e Vi-
mitação, em virtude de suas fortes anomali- llas Boas (2004) Frasca e Borges (2004) no
as magnetométricas. Em alguns locais esta Projeto Alta Floresta, para caracterizar um
unidade exibe contatos nítidos, sinuosos e conjunto de rochas metamórficas com estru-
irregulares com o Granito São Pedro, de- tura gnáissica e migmatítica, predominante-
monstrando plasticidade e uma discreta mis- mente ortoderivadas, de natureza tonalítica a
tura mecânica entre as duas unidades. monzogranítica, incluindo também sienogra-
O diorito é a rocha predominante, e nito e enclaves de anfibolito e diorito.
mostra cor cinza com manchas pretas e es- Ocorrem sob a forma de faixas com
verdeadas, estrutura foliada, bandada ou pro- orientação E-W a WNW-ESE, com até 30 km
tomilonítica e texturas variadas, predominando de largura. Sua morfologia caracteriza-se por
as granoblásticas e granolepidoblásticas, ine- um relevo arrasado, com pequenas eleva-
quigranulares, fina a grossa, refletindo a inten- ções alinhadas segundo a estruturação re-
sidade da deformação. Grada composicional- gional, e suas melhores exposições situam-
mente para quartzo diorito, monzodiorito e to- se nas imediações de Nova Monte Verde.
nalito, termos mais evoluídos desta série. O Complexo Nova Monte Verde é
O tonalito possue cor cinza-clara com constituído por gnaisses (biotita gnaisse gra-
níveis estirados e descontínuos pretos a esver- nítico, biotita gnaisse monzogranítico, biotita
deados, texturas granular, granoblástica e gra- gnaisse granodiorítico, biotita-hornblenda
nolepidoblástica, inequigranular fina a média gnaisse quartzo diorítico, biotita-granada
e estrutura foliada a protomilonítica, localmen- gnaisse tonalítico) com fácies migmatítica
te gnáissica. subordinada.
Os estudos litoquímicos (Souza et al. Os gnaisses são leuco a mesocráticos,
2004) evidenciam uma afinidade calcioalca- róseos a cinza-claro, inequigranulares e mos-
lina de médio potássio, em grande parte me- tram texturas granoblásticas e porfiroblásticas,
taluminosa, mas com certo teor de contribui- caracterizando um bandamento composicio-
ção crustal, demonstrado pela peralumino- nal centimétrico, com alternância entre bandas
sidade apresentada em algumas amostras. félsicas quartzo-feldspáticas e bandas máficas
Os padrões dos Elementos Terras-Raras, nor- ricas em biotita, hornblenda e piroxênio.
malizados ao condrito, mostram um modelo Os migmatitos são produtos da fusão
enriquecido em ETRL e estabilizado em parcial das rochas gnáissicas e ocorrem de
ETRP, com leve anomalia negativa de Eu, maneira restrita e localizada. Quando não se-
compatíveis com o das rochas calcioalcali- parado em bandas de composições distin-
nas. tas, a rocha migmatítica mostra característi-
Estes dados sugerem que esta suíte cas híbridas com estruturas nebulíticas e
calcioalcalina foi gerada em ambiente de sub- composição granodiorítica. Tanto nos termos
ducção por fusão do manto metassomatizado gnáissicos como nos migmatíticos ocorrem
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Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

mobilizados quartzo-feldspáticos pegmatói- não-deformadas. São compostas predominan-


des que cortam ou acompanham o banda- temente por feldspatos potássicos (pertitas) pla-
mento ou a foliação milonítica, aos quais se gioclásio, quartzo, biotita, hornblenda e gra-
associam cristais centimétricos de magnetita nada.
e/ou hornblenda e granada. Os litótipos apresentam estruturas pro-
Os contatos com os granitos São Pe- tomiloníticas e augen, com variações deforma-
dro e São Romão e com o Complexo Baca- cionais internas como recristalizações, comi-
erí-Mogno são predominantemente tectôni- nuição mineral de cristais de quartzo poligoni-
cos, através de zonas de cisalhamento trans- zados e com pontos de junção tríplice, em fun-
correntes, ou localmente transicionais. A área ção da proximidade de zonas de alto strain. Nas
de ocorrência desta unidade corresponde a bandas de cisalhamento exibem tramas pro-
uma zona de descontinuidade crustal assi- tomiloníticas a miloníticas e tectonitos dos ti-
nalada no mapa e perfil gravimétrico, coinci- pos L e LS.
dindo com fortes anomalias magnéticas. A análise estrutural sugere que estas ro-
O metamorfismo é de fácies anfiboli- chas foram posicionadas em nível crustal de
to alto, atingindo o grau de fusão parcial e meso a catazona, sob regime deformacional
formação de migmatitos dúctil, de natureza transpressional oblíqua e ci-
Os dados U-Pb indicam idade de nemática preferencial sinistral e dextral subor-
1.774 ± 28Ma. para amostra de paleossoma dinada, identificadas por assimetria das folia-
do migmatito, coletada no leito do rio Jurue- ções S/C, estruturas sigmoidais e porfiroclas-
na. As idades modelos Sm-Nd situam-se tos rotacionados. A estruturação E-W/NW-SE,
entre 2.001Ma. e 2.065Ma. com mergulho para N/NE, é caracterizada por
foliação milonítica e bandamento gnáissico,
PP4γsp - Granito São Pedro com transporte tectônico de NE para SW.
ASF Os contatos do Complexo Nova Monte
Verde com as suítes Vitória e Nova Canaã e
Esta denominação de Frasca e Bor- com o Granito São Romão são ora transicio-
ges (2004) Oliveira e Albuquerque (2004) Ri- nais ora tectônicos, estes últimos por meio de
beiro e Villas Boas (2004) e Moreton e Mar- zonas de cisalhamento dúcteis transcorrentes.
tins (2004) foi utilizada no Projeto Alta Flores- A análise litoquímica (Souza et al., 2004)
ta para caracterizar corpos plutônicos, sin- indica que o Granito São Pedro possui um pa-
cinemáticos, anisótropos de forma sigmoidal, drão de série magmática calcioalcalina, alto-K,
composição predominantemente granítica a metaluminoso a peraluminoso. Formam parte
monzogranítica e granodiorítica, orientados se- de um trend ou série contínua, desde termos
gundo uma densa e intrincada rede de zonas monzodioríticos até monzograníticos. Apre-
de cisalhamento de direção NW-SE. Encontram- senta características de granitos associados a
se deformados e metamorfizados na fácies xisto ambientes de arco continental, evoluindo para
verde a anfibolito médio e afloram sob a forma um tipo pós-colisional .
de batólitos, stocks e roof pendents, tendo como Datação U-Pb (SHRIMP) em zircões de
área-tipo a comunidade de São Pedro, localiza- biotita granito porfirítico, forneceu idade de
da a oeste da cidade de Alta Floresta. 1.784 ± 17Ma., interpretada como idade de
O Granito São Pedro é composto pre- cristalizacão. Idades-modelo Sm-Nd, em gra-
dominantemente por biotita granito e biotita nada granito pórfiro, oscilam de 2.060 a
monzogranito, com granodiorito, tonalito, 2.147Ma. (Pimentel, 2001) mostrando valores
monzodiorito e álcali-granito subordinados. É de eNd entre +0,65 a –1,11, indicando deriva-
comum a presença de enclaves de quartzodio- ção crustal ou hibridização para sua origem
rito, diorito, quartzo monzonito e de rochas ou fonte.
supracrustais granulitizadas. Estudo geocronológico obtidos neste
Estas rochas mostram cor cinza com trabalho em hornblenda-biotita metagrani-
tonalidades avermelhadas, granulação média to da região Colniza revelou idade U-Pb de
a grossa e texturas granoblástica, porfirítica, 1.669+ 5 Ma.
granolepidoblástica, porfiroclástica e miloníti-
cas. Estruturas ígneas primárias como mega- PP4γsr – Suíte Intrusiva São Romão
cristais tabulares e anédricos de feldspato po- ASF
tássico e plagioclásio são comuns nas partes
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Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Esta denominação é proposta por cioalcalina, alto potássio, meta a peralumino-


Ribeiro e Villas Boas (2004) e Frasca e Bor- sa. Podem ser classificados como granitos
ges (2004) para particularizar um conjunto pós-colisionais (Manniar e Piccoli, 1989) as-
de rochas de composição predominante- sociados a ambiente de arco continental .
mente granítica. Estas rochas integravam o Os padrões terras-raras apresentam
Granito Juruena, conforme cartografado por curvas cujo comportamento evidencia um
Silva et al. (1974) e foram individualizadas por modelo enriquecido em ETRL e estabilizado
apresentarem dados estruturais, litoquímicos em ETRP, com anomalia negativa de európio
e geocronológicos distintos. Sua área-tipo si- pouco proeminente e compatível com o pa-
tua-se ao longo do igarapé São Romão, a drão encontrado em granitos calcioalcalinos.
noroeste de Nova Monte Verde. Datação U-Pb (SHRIMP) em zircões
Seus contatos com diversas unidades, de biotita metagranito fino protomilonítico, for-
tais como os complexos Nova Monte Verde e Ba- neceu idade de 1.770 ± 9Ma., interpretada
caerí-Mogno, o Granito São Pedro, as suítes Pa- como idade de cristalização. Idades-modelos
ranaíta, Vitória e Nova Canaã e o Grupo São Mar- Sm-Nd, em biotita-granada granito gnáissico
celo-Cabeça, são, em sua maior parte, tectôni- e em biotita granito, apresentam valores de
cos, através de falhas transcorrentes, configuran- 2.098Ma. e 2.172Ma., com valores de eNd de
do aspecto de lentes amalgamadas, orientadas +0,14 e – 1,43, indicando derivação crustal
segundo o trend regional NW-SE a EW. ou hibridização para sua origem ou fonte.
É constituída predominantemente por
biotita granito fino e microgranito, com gra- PP4γa - Granito Apiacás
nodiorito subordinado. O granito fino apre- ASF
senta cor cinza a rósea com pontuações es-
verdeadas e negras, textura inequigranular O termo Gnaisse Apiacás foi inicial-
fina a média e matriz formada por mosaicos mente utilizado por Leal et al. (1980) para de-
de cristais xenomórficos e poligonizados de nominar um conjunto de rochas fortemente
quartzo e feldspato potássico. O micrograni- foliadas, essencialmente graníticas, afloran-
to possue cor cinza com manchas escuras; é tes no leito do rio Apiacás, caracterizadas pelo
anisótropo e heterogêneo com textura inequi- desenvolvimento de abundantes feldspatos
granular fina. alcalinos e plagioclásio sódico e que, junta-
Estas rochas apresentam estágios de- mente com os metamorfitos da Suíte Cuiú-
formacionais que englobam tipos foliados a Cuiú (Pessoa et al., 1977) comporiam o Com-
bandados. Estruturas protomiloníticas, milo- plexo Xingu.
níticas e gnáissicas são predominantes e ori- No Projeto Alta Floresta essas rochas
entam-se segundo a configuração tectônica foram cartografadas com a designação de
regional NW-SE, com mergulhos médios a Granito São Pedro, reservando o termo Gra-
altos para NE. Mostram uma paragênese nito Apiacás (Ribeiro e Villas Boas, 2004)
mineral indicativa de metamorfismo de fáci- para caracterizar um conjunto de rochas
es xisto verde a anfibolito. leucograníticas a granada e/ou duas micas,
A posição crustal é de mesozona, ten- peraluminosas e de ambiência colisional, e
do sido submetida a um regime deformacio- em cujo principal corpo localiza-se a cidade
nal eminentemente dúctil de natureza trans- de Apiacás.
pressional em sua formação, e transtracional Estas características refletem uma tex-
oblíquo em seu posicionamento. A fase com- tura peculiar em imagens de satélite e em fo-
pressiva exibe sistemas de dobras assimétri- tos aéreas, que associada aos dados coleta-
cas e fechadas, com plano axial paralelo à fo- dos no campo e aos baixos valores cintilomé-
liação e estruturas ptigmáticas em padrões tricos nos canais de U, Th, K e contagem total
complexos, seccionadas por veios de quart- registrados em levantamento aerogeofísico,
zo. A fase transtracional mostra o rompimen- permitiram a individualização da unidade.
to destas feições dobradas, deformando es- Encontra-se intrudido ou em contato
truturas tipo boudin e dobras-sem-raiz. tectônico com o Granito São Pedro ou com
As análises químicas (Souza et. al, as suítes Juruena e Paranaíta. Corpos de me-
2004) para elementos maiores, traços e ter- nor expressão, não mapeáveis na escala do
ras-raras indicam que estes granitos apre- mapeamento, foram observados em associ-
sentam um padrão de série magmática cal- ação com as supracrustais do Complexo Ba-
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Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

caerí-Mogno. sociada a zonas de cisalhamento dúcteis, con-


Granitos e monzogranitos com presen- tracionais, responsáveis pela justaposição crus-
ça de biotita e muscovita ígneas e leucograni- tal e aglutinação dos terrenos distintos, com
tos a granada, são os principais litótipos desta posicionamento próximo à zona de sutura.
unidade. Mostram cor cinza-claro, com tonali- Dados geocronológicos não estão dispo-
dades esbranquiçadas e minúsculas pontua- níveis, mas em função da evolução geotectôni-
ções verde-escuras a pretas, textura granoblás- ca proposta para a área, estima-se que a idade
tica a granolepidoblástica fina a média, local- destas rochas seja compatível com a geração
mente porfirítica, estrutura orientada a foliada. da Suíte Vitória, Granito São Pedro e Granito São
Constituem-se predominantemente por cristais Romão, durante o regime compressivo e com
xenomórficos de feldspato potássico, plagio- seu posicionamento sintranscorrente, ao redor
clásio e quartzo. de 1.780Ma. a 1.770Ma.
Concentrados de bateia próximos à
área de ocorrência destes granitos confir- PP4γtp - Granito Teles Pires
mam a presença de granada, ilmenita e mo- ASF
nazita, sugerindo a presença de vários cor-
pos menores, que não foram cartografados Termo usado por Silva et al. (1974)
pelo projeto. para nominar corpos graníticos intrusivos,
A litoquímica Souza et al., 2004 classifica subvulcânicos, de tendência alasquítica, ano-
estes granitos como calcioalcalinos de tendên- rogênicos, quase sempre exibindo feições cir-
cia subalcalina, alto-K, fortemente peralumino- culares. Silva et al. (1980) concluíram que
sos, com coríndon e ilmenita normativos e for- estes granitos representam a parte plutônica
mados em ambiente sin a pós-colisional. Apre- do Grupo Uatumã e são constituídos petro-
senta os valores de SiO2 em torno de 71%, Al2O3 graficamente por granito porfirítico, microgra-
entre 13% e 18%, valores médios de Na2O e nito, granito gráfico, granófiro, granito rapakivi
K2O, baixo Rb (190 ppm) e alto Ba e Sr (1100 e e riebeckita granito.
440 ppm). No Projeto Alta Floresta o termo Granito
Apresentam-se, em relação às demais Teles Pires foi mantido para descrever um con-
unidades graníticas, depletadas, com baixo junto de corpos graníticos, pós-orogênicos, não
conteúdo de ETR, levemente enriquecidas deformados, calcioalcalinos de alto potássio,
em ETRL e estabilizadas em ETRP, com ano- plutônicos e subvulcânicos e compostos pre-
malia negativa de Eu. dominantemente por biotita granitos avermelha-
Os valores de sílica acima de 70%, asso- dos e com rochas subvulcânicas subordinadas.
ciados à alta peraluminosidade, indicam pro- Distribuem-se sob a forma de stocks e batólitos
cessos de anatexia e origem em fontes crus- subcirculares a elipsoidais, ao longo da estrutu-
tais continentais. Por estas considerações lito- ração regional (WNW – ESE).
químicas e mineralógicas são, segundo Cha- Estes corpos encontram-se intrusivos
ppell e White (1974) classificados como grani- preferencialmente nas rochas vulcânicas da
tos do tipo S. Suíte Colíder e nos granitos Matupá e a deli-
Botelho (2001) na análise dos filossili- mitação de sua área de ocorrência é facilita-
catos, confirma o caráter magmático da mus- da por seu relevo alçado em imagens de sa-
covita, que possui concentração de até mais télites e por suas expressivas anomalias cin-
que 1% de TiO2. A concentração de Al2O3 da tilométricas, em contraste com baixos valo-
biotita coexistente é em torno de 16%, indi- res nos mapas magnetométricos. Localmente
cando que estas micas estão em equilíbrio e são também observados contatos tectônicos.
que este litótipo é um granito a duas micas. As rochas predominantes são repre-
Botelho (2001) ressalta ainda que estes gra- sentadas por biotita granito e granito porfiríti-
nitos comumente estão associados a ambi- co. Apresentam cor cinza-avermelhado a ver-
ente colisional, embora não descarte a possi- melho-tijolo, texturas equigranulares a inequi-
bilidade de geração em evento tardio, pós-tec- granulares, localmente porfiríticas, granulação
tônico de granitogênese peraluminosa. Con- média a grossa e estruturas maciças a discre-
tudo, optou-se pela caracterização destes gra- tamente foliadas. No granito porfirítico é co-
nitos como sin a pós-colisional, por entender mum a presença de texturas rapakivi/anti-ra-
que os mesmos representam um evento plutô- pakivi e pórfiros de quartzo azulado com bor-
nico de abrangência e duração moderada, as- das corroídas.
66
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Biotita monzogranito com textura ra- 2000). As rochas desta unidade são seme-
pakivi/anti-rapakivi é freqüente na parte oes- lhantes, pelas suas características evolutivas,
te (rio Apiacás) e na região de Alta Floresta petrográficas, químicas e modo de ocorrên-
foi observado álcali-granito, onde o plagio- cia, aos granitos mais antigos da Suíte Intru-
clásio aparece em percentual reduzido. siva Maloquinha, com idade de 1.880Ma.
Fácies subvulcânica aparece de modo (Klein et al., 2000) porém, originados em
subordinado e é representada por microgra- eventos geotectônicos distintos, com dife-
nito, granito fino e granófiro. Estas rochas mos- rença em idade em torno de 130Ma.
tram cor cinza-rosado a vermelho-tijolo, tex-
tura fina a microgranular, felsítica e estrutura PPmcs – PPmc Grupo São Marcelo-Cabeça
homogênea e maciça. ASF
Os granitos não apresentam defor-
mações e/ou metamorfismo, salvo discretos Barros et al., (1999) identificaram, na re-
fraturamentos de natureza rúptil, as vezes nu- gião sul da Folha Ilha 24 de Maio, uma se-
cleados por alteração hidrotermal, não rara- qüência metavulcanossedimentar, com alto
mente preenchidos por material quartzoso. potencial metalogenético aurífero denominan-
Bandas de cisalhamento em escala centimé- do-a Subprovíncia Cabeça.
trica são localizadas. Madrucci (2000) denominou as rochas
Os resultados analíticos para elemen- que ocorrem na região do garimpo homônimo
tos maiores, traços e terras-raras e o cálculo de Seqüência Metavulcanossedimentar do Ca-
de alguns parâmetros litoquímicos (Souza et beça. Elas são constituídas por quartzito, quart-
al., 2004) mostram um alto conteúdo em SiO2 zo-sericita xisto, granada-sericita xisto, clorita-se-
(>70%) acentuado enriquecimento em álca- ricita xisto, quartzo milonito e metacherts. São
lis (K2O>5) e baixo conteúdo em Al2O3 (en- rochas deformadas em regime dúctil, dobradas
tre 12% e 14%). Os níveis de concentração e transpostas por foliações miloníticas e cata-
de Ba e Sr são semelhantes aos encontra- clásticas, dentro de um cinturão de cisalhamen-
dos nas suítes calcioalcalinas de alto potás- to transcorrente, de orientação WNW-ESE.
sio (Granito Nhandu) e mais elevados que Frasca e Borges (2004) renomearam
os granitos alcalinos anorogênicos que, se- esta unidade para Grupo São Marcelo-Ca-
gundo Küster et al. (1998) são profundamen- beça, pois constataram que a maior área de
te depletados nestes elementos. Os dados ocorrência das rochas metavulcânicas en-
litoquímicos indicam que estes granitos são contra-se nas nascentes do rio São Marcelo
metaluminosos e pós-orogênicos. e à sua margem esquerda, além da área de
O padrão apresentado pelos elemen- estudo de Madrucci (2000).
tos terras-raras mostra enriquecimento em Assim, esta unidade passa a ser redefi-
ETRL, estabilização para ETRP e discreta ano- nida como uma seqüência constituída por
malia negativa para Európio, indicando simila- rochas metassedimentares clásticas, pelíticas
ridade com as curvas obtidas para os granitos e químicas, e por uma associação vulcâni-
Nhandu e Juruena. Suas características quí- ca-subvulcânica félsica, composta por ro-
micas e petrográficas e as relações de campo chas piroclásticas e epiclásticas, com intru-
vinculam sua evolução aos granitos tipo I, alta- sões quartzo-dioríticas subordinadas. Todos
mente fracionados, com similaridade com os os litótipos apresentam uma variável taxa de
granitos alcalinos tipo A. deformação dúctil, com tramas compatíveis
Wernick (2001) sugere que os grani- às condições de fácies xisto verde.
tos rapakivi podem ocorrer tanto relaciona- A litoquímica das rochas metavulcânicas
dos a arco magmático ou a fragmentos de mostra afinidade calcioalcalina, alto-K, peralu-
crosta estabilizada, adicionados a arcos pós- minosa a metaluminosa, geradas em ambien-
colisionados ou vinculados a ambiente ano- te de arco vulcânico, com enriquecimento mo-
rogênico emplaçados em regime transtraci- derado em ETRL e ETRP, e com anomalia ne-
onal a extensional, posicionados imediata- gativa em Eu.
mente após o magmatismo orogênico. Esta seqüência foi seccionada por
Datações geocronológicas, em bioti- cisalhamento transcorrente dúctil, pre-
ta granito da região de Terra Nova do Norte, dominantemente sinistral, de direção geral
forneceram idade U-Pb de 1.757 ± 16Ma. e N30-60W e EW, com médio ângulo de mer-
idade-modelo Sm-Nd de 2.100Ma. (Santos, gulho, desenvolvendo foliações desde pro-
67
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

tomiloníticas a ultramiloníticas, em diferentes esta unidade ainda não foram disponibiliza-


graus de anisotropia estrutural, promovendo dos, embora dados de zircão detrítico foram
a forma lenticular da unidade. obtidos em xistos milonitizados (metapelitos)
Sua espessura máxima aparente situa- do garimpo Fabinho e datado pelo método
se em torno de 8,5 km. U-Pb SHRIMP, fornecendo a idade de 1.859
A sudeste da foz do rio São Marcelo esta ± 5Ma. (Santos, 2000). Este dado sugere
seqüência acha-se recoberta discordantemen- como a mais provável área-fonte dos metas-
te pelas rochas sedimentares da Formação Dar- sedimentos as rochas granítica-granodioríti-
danelos. O seu contato com o Complexo Nova cas da Suite Juruena e representa também a
Monte Verde, com os granitos São Romão, idade máxima para a seqüência. Os comple-
São Pedro e com a Suíte Nova Canaã é feito, xos Bacaerí-Mogno e Cuiú-Cuiú e as rochas
em maior parte, através de zonas de cisalha- pré-colisionais das Suítes Matupá e Flor da
mento transcorrente. A Suíte Nova Canaã de- Serra também são possíveis candidatos a áre-
nota ser parcialmente intrusiva nesta seqüên- as-fontes. Outra evidência relativa são os me-
cia nas imediações do baixo curso do rio São taconglomerados que ocorrem na porção
Marcelo, ou ainda mantém contato transici- noroeste da área, constituídos por seixos de
onal em algumas faixas onde ambas são sillimanita quartzito e quartzito ferrífero. A área-
constituídas de rochas subvulcânicas e/ou fonte desses conglomerados seria o Comple-
granitos epizonais. xo Bacaerí-Mogno, de idade isocrônica 2,2Ga.
As rochas metavulcânicas acham-se in- (Sm-Nd) e que contém quartzitos dos tipos
terdigitadas com as rochas metassedimenta- citados entre seus litótipos.
res, sendo esta interdigitação aparentemente O Grupo São Marcelo-Cabeça pode ser
original entre suas fácies e acentuada por ci- correlacionado à seqüência metavulcanos-
salhamento transcorrente, transpondo fatias do sedimentar aflorante na região de Aripuanã
conjunto rochoso. É sugestivo que esta se- (MT) pertencente ao Grupo Roosevelt, situa-
qüência tenha se iniciado com a deposição de da cerca de 270 km a oeste. As duas seqüên-
sedimentos psefíticos e pelíticos em ambiente cias têm compatíbilidade litológica, metalo-
fluvial-lagunar, seguida de vulcanismo inter- genética e o ambiente tectônico-sedimentar
mediário a ácido e com sedimentação detríti- comum. Para um dacito e um granito defor-
ca e química associada. mado, intrusivo na seqüência de Aripuanã
Segundo Wildner (2001) a presença de (Grupo Roosevelt) Neder et al. (2000) obtive-
depósitos de caráter carbonoso, as intercala- ram respectivamente as idades U-Pb SHRIMP
ções com níveis de pelitos e de arenitos quart- de 1.762 ± 6Ma. e 1.755 ± 5Ma.
zosos, e o estreito relacionamento com de- As principais deformações e metamor-
pósitos vulcanoclásticos e epiclásticos, por fismo de baixo grau, que afetam a bacia, são
vezes grosseiros, podem indicar um regime posteriores e possivelmente remontam à ida-
deposicional transicional subaqüoso, onde os de de 1.653 + 42Ma. (Pimentel, 2001) meta-
depósitos grosseiros indicariam a presença de morfismo este tardio e também marcado em
um relevo positivo, provavelmente dominado rochas do Complexo Bacaerí-Mogno.
por rochas vulcânicas, justaposto a corpos O posicionamento geotectônico deste
d´água calmos, relacionados a uma bacia ou grupo é ainda uma questão em aberto. Pode-
plataforma rasa. se inferir que esta seqüência represente uma
O metamorfismo varia de incipiente, na bacia relacionada a arco, imbricada às rochas
parte leste, a médio grau, na porção oeste. plutônicas (granitóides deformados calcioalca-
Esse comportamento também foi observa- linos do Arco Juruena).
do nas rochas de outras unidades da região, O Grupo São Marcelo-Cabeça apresen-
notadamente na Suíte Nova Canaã. O pa- ta importante mineralização aurífera em veios
drão das terras-raras mostra características e boudins de quartzo e constitui uma unida-
de magmas ácidos, sugerindo que houve de potencial para ocorrência de Zn e Pb.
assimilação da crosta siálica, assinalada pela
maior concentração de terras-raras leves, e PP4r - Grupo Roosevelt
com padrão próprio de rochas riolíticas alta (GJR / JDL)
sílica, com significativa alcalinidade e com em-
pobrecimento relativo em európio. Os primeiros relatos sobre rochas vul-
Dados geocronológicos precisos para cânicas félsicas na região do médio-alto rio
68
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Roosevelt são atribuídos a Leal et al. (1978) A paragênese metamórfica com seri-
que as correlacionaram ao vulcanismo félsi- cita, clorita e epidoto, tanto nos metapelitos
co Iriri do Grupo Uatumã e as denominaram como nas metavulcânicas é compatível com
de Formação Roosevelt. Rizzotto et al. (1995) metamorfismo da fácies xisto verde. Entretan-
descreveram uma intercalação entre rochas to, desde as imediações da ponte do rio Ver-
vulcânicas e sedimentares na margem esquer- melho, na rodovia MT-170, até as proximida-
da do rio Roosevelt e denominaram de Se- des da comunidade Novo Horizonte, as asso-
qüência Metavulcanossedimentar Roosevelt. ciações minerais encontradas são característi-
Scandolara et al. (1997) passaram a denomi- cas de condições metamórficas da fácies anfi-
nar de Suíte Vulcânica Roosevelt as rochas bolito, ocorrendo um corpo tabular de rochas
de derrame e piroclásticas de composição metassedimentares, descontínuo, alongado
félsica dominante, variando de riolitos a da- dominantemente segundo a direção NE-SW,
citos, com andesitos subordinados. Santos por aproximadamente 40 km. Esta subunida-
et al. (2000) passam a denominar essa mes- de consiste de uma sucessão de quartzo-mus-
ma associação de rochas como Grupo Roo- covita xisto, sillimanita-quartzo xisto, formações
sevelt. A área de ocorrência dos litótipos está ferríferas bandadas e delgadas camadas de
restrita às bacias hidrográficas dos rios Roo- rochas calcissilicatadas. Os xistos apresentam
sevelt e Aripuanã. Entretanto, é ao longo do cores variegadas desde vermelho, rosa, cre-
médio-alto curso do rio Roosevelt que se me, amarelo com granulometria variável de
encontram as melhores exposições de ro- média a fina, onde se destacam raros porfi-
chas deste grupo. roblastos de sillimanita. Entretanto, estes por-
O Grupo Roosevelt é representado por firoblastos podem ser resultantes do meta-
um conjunto metavulcanossedimentar, de am- morfismo térmico ocasionado pela intrusão
biente de deposição subaquoso, assim com- do Granito Rio Vermelho. As rochas calcissi-
posto: unidade superior de metargilitos interdi- licatadas, constituídas por epidoto, quartzo,
gitados com metacherts, formações ferríferas- calcita e granada, ocorrem como delgadas
manganesíferas e metatufos; unidade interme- camadas de cor verde a verde-esbranquiça-
diária, de ignimbritos e conglomerados vulca- do, intercaladas a pacotes métricos de for-
noclásticos e; unidade basal, com dacitos-rioli- mação ferrífera bandada. Esta última é ca-
tos intercalados com raros basaltos e tufos su- racterizada pela alternância de leitos centimé-
bordinados. Boas exposições das unidades tricos ricos em quartzo e leitos ricos em quart-
superior e intermediária podem ser visualizadas zo e magnetita e mais raramente grunerita.
no perfil por estrada partindo-se da cidade de Datação U-Pb (SHRIMP) em zircão de
Aripuanã à oeste, em direção ao rio Branco e um metadacito a NNE da seqüência, forne-
nas proximidades do distrito de Filadélfia. ceu idade de 1.762 ± 6Ma. (Neder et al., 2000)
O contato do Grupo Roosevelt é ge- enquanto que um outro metadacito próximo
ralmente tectônico com os granitos São Pe- do rio Roosevelt, forneceu idade de 1.740 ±
dro e Zé do Torno e é cortado pelos corpos 8Ma. (Santos et al. 2000).
plutônicos do Granito Aripuanã e da Suíte A mineralização associada às rochas do
Serra da Providência. As rochas componen- Grupo Roosevelt compreende principalmente
tes do grupo formam serras alongadas de gossans de sulfetos de Pb e Zn e zonas enri-
direção E-W, constituídas de amplos sinfor- quecidas em metais-base (Cu, Pb, Zn, Au) na
mes balizados por cristas subverticalizadas. interfácie sulfeto-óxido, base do conjunto me-
A estruturação regional dos litótipos tavulcanossedimentar, além de ouro livre aalu-
do Grupo Roosevelt segue um trend NW-SE viões. Resultados parciais de avaliação do De-
a E-W com mergulhos de 40 a 70º para NNE. pósito da Serra do Expedito (Aripuanã-MT)
A deformação nas rochas do grupo é muito he- indicam reservas de 11,65 milhões de tone-
terogênea, existindo zonas de forte dobramento ladas métricas de metais-base com teores de
e milonitização, porém predominando nas por- 6,29% de Zn, 2,25% de Pb, 0,07% de Cu, 65
ções superiores do pacote vulcanossedimentar, g/t. de Ag e 0,25 g/t. de Au (Ambrex, relató-
zonas com estruturas primárias preservadas. rio interno 1998).
Amplas dobras antiformes e isoclinais possu-
em plano axial de direção E-W, com mergulho PP4γzt – Granito Zé do Torno
moderado para norte e eixo com caimento para (GJR / JDL)
noroeste.
69
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

A designação informal de Granito Zé enclaves diorítico, quartzo-diorítico a quartzo


do Torno foi utilizada pela primeira vez du- monzodiorítico.
rante os trabalhos de pesquisa da Mineração Representam um conjunto de litótipos
Aripuanã (Costa, 1999). Outras denomina- de natureza peraluminosa, gerados em ambi-
ções também utilizadas em trabalhos na área ente tectônico presumivelmente tardiorogêni-
são conhecidas, como Granito Paraibão ou co ou pós-orogênico, em relação ao Arco Ju-
Granito G1. Trata-se de uma sucessão de ruena. Todos os litótipos apresentam diferen-
corpos graníticos rasos e contemporâneos tes estágios de anisotropia, desde porções isó-
ao vulcanismo do Grupo Roosevelt. Ocorrem tropas, a restritas zonas, cada vez mais defor-
como batólitos alongados e concordantes madas, com o desenvolvimento progressivo de
com a estruturação regional. Mostram cores foliações miloníticas.
rosa a cinza, variando de equigranulares de Na análise das imagens gamaespectrométri-
granulação média a porfiríticos de matriz cas, nos canais de potássio, tório e urânio, apresen-
média a fina, exibindo, geralmente, a textura tam anomalias positivas, sendo esta uma caracte-
rapakivi característica. Protomilonitos e milo- rística distintiva para sua identificação, através
nitos com texturas porfiroclásticas são desen- de método indireto.
volvidos em zonas de cisalhamento, cuja di- Os diversos corpos apresentam conta-
reção predominante é WNW-ESE. Enclaves tos tectônicos, por zonas de transcorrência
máficos de formas elipsoidais e sigmoidais, de dúcteis, com as demais unidades da região,
granulação fina e ricos em biotita, concordan- principalmente com o Grupo São Marcelo-
tes com a foliação regional, são comuns e Cabeça e com os granitos São Pedro e São
podem apresentar dimensões de até 30 cm. Romão. Os limites entre suas fácies são ora
Estes granitos são constituídos por propor- tectônicos, entre os litótipos de característi-
ções variáveis de quartzo, feldspato alcalino cas diferentes, ora gradacionais, entre os li-
e plagioclásio, que definem uma variação tótipos com similaridade composicional.
composicional entre sieno e monzogranito. Foram identificadas quatro fácies prin-
Biotita e titanita são os máficos principais, cipais nesta suíte: (PP4γnc1) - Biotita-mon-
com Fe-hastingsita subordinada. zogranito e sienogranito leucocrático;
Néder et al. (2001) utilizando a meto- (PP4γnc2) – hornblenda-biotita granito e bi-
dologia U-Pb em zircões por SHRIMP, apre- otita granito meso-leucocrático; (PP4γnc3);
sentaram idade 1.755 ± 5Ma. para um mon- rochas subvulcânicas (PP4γnc4)- álcali-gra-
zogranito desta unidade. nito e sienogranito.
Os biotita monzogranito e sienograni-
PP4γnc1 – PP4γnc 2 – PP4γnc3 – PP4γnc4 – to leucocráticos (PP4γnc1) são os litótipos
Suíte Nova Canaã predominantes. Mostram de coloração ró-
ASF sea-avermelhada a cinza, em tons claros e
apresentam-se em geral anisótropos, inequi-
Frasca e Borges (2004) individualizaram granulares, médios a grossos, de estrutura
e cartografaram um conjunto de corpos gra- maciça e textura pórfira a porfirítica. Possu-
níticos encontrados nas proximidades da ci- em texturas granoblásticas e estruturas pro-
dade Nova Canaã do Norte, para o qual se tomiloníticas a miloníticas e foliadas, quando
utilizou a denominação de Suíte Nova Canaã. deformados.
É constituída por rochas plutônicas e subvul- Os hornblenda-biotita granito e biotita
cânicas félsicas, que ocorrem como corpos granito meso-leucocráticos (PP4γnc 2) são
intrusivos, de geometria elíptica, alongados, termos subordinados e constituem uma fá-
concordantes a subconcordantes a extensas cies porfiroclástica de granulação extrema-
zonas de cisalhamento de direção NW. São mente grossa, com fenocristais centimétricos
representados por batólitos, stocks e apófises, de K-feldspato pertíticos, sendo encontrado
de posicionamento crustal meso a epizonal. Os alguns termos com cristais de textura pseu-
litótipos plutônicos estão constituídos por bioti- do-rapakivi e matriz granoblástica. Rochas
ta monzogranito, sienogranito, álcali-granito, de composição quartzo-monzoníticas asso-
hornblenda-biotita granito e quartzo monzoni- ciam-se subordinadamente a estes litótipo.
to subordinado. As fácies subvulcânicas são As rochas subvulcânicas (PP4γnc3) são
mais restritas e estão representadas por micro- de ocorrência limitada e formam corpos em
monzogranito fino e granófiro. Apresentam forma de sills e diques de micromonzogranito
70
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

e granófiros. Apresentam como característica, fados maciços graníticos milonitizados e com


em imagens geofísicas, anomalias magneto- feições migmatíticas, os quais foram incluí-
métricas intensas e localizadas. dos sob a denominação de Suíte Intrusiva
Os álcali-granito e sienogranito São Romão, em analogia aos granitos de-
(PP4γnc4) são os termos mais diferenciados formados de granulação fina ocorrentes na
e tardios, mostram tendência mais alcalina são folha São João da Barra. Neste trabalho,
ricos em K-feldspato e quartzo. Em imagens passa-se a denominar de Unidade Juara para
gamaespectrométricas, em especial no canal os granitos que ocorrem, predominantemen-
de potássio, estes litótipos apresentam fortes te, na porção central do Município de Juara,
anomalias positivas, perceptíveis para sua in- estendendo-se para oeste como uma faixa
dividualização. estreita e contínua até as imediações do rio
Os dados litoquímicos indicam que as do Sangue.
rochas desta unidade são fortemente pera- A forma de ocorrência é sugestiva de
luminosa e mostram alta concentração em sí- tratar-se como diques e/ou corpos tabulares
lica, entre 70,43% e 75.26% e K2O (> 5%) e de dimensões variadas, até mesmo kilomé-
baixos valores de TiO2 , Fe2O3(T) , MgO e CaO. tricas, cortando as rochas da Unidade Fon-
Os padrões de terras-raras apresentam com- tanillas e em parte, possivelmente intrudidas
portamento coerente com a interpretação tec- pela Suíte Intrusiva Tatuí. Estes diques inclu-
tônica dada pelos elementos maiores e traços. em, do ponto de vista textural, tanto aplitos
As curvas fornecidas evidenciam um modelo quanto pegmatitos. Os aplitos são equigra-
homogêneo, enriquecidos em ETRL e ETRP, nulares finos a porfiríticos enquanto que os
com profunda anomalia negativa de európio, pegmatitos são equigranulares grossos. Os
compatíveis com o padrão encontrado em gra- primeiros variam em composição desde sie-
nitos peraluminosos de origem crustal. nogranítica a monzogranítica até granodio-
O significado das análises para inter- rítica; enquanto os pegmatitos são dominan-
pretação do posicionamento tectônico indi- temente de composição granítica. Esta uni-
ca que este magmatismo representa um es- dade aflora como matacões e blocos tabula-
tágio pós-colisional, associada às falhas di- res a arredondados variam de 3 a 100 m de
recionais transtrativas. Segundo Sylvester comprimento.
(1998) estes litótipos peraluminosos são ori- As rochas desta unidade mostram
ginados por um conjunto de diversos pro- uma foliação milonítica WNW-ESE caracteri-
cessos, que em parte envolvem zonas de ci- zada pelo paralelismo dos cristais de micas e
salhamento e deformação, com granitos de diminutos porfiroclastos de feldspato al-
pós-colisionais derivados de aquecimento calino, os quais se acham imersos em matriz
mantélico sobre uma crosta litosférica dela- com intensa recristalização.
minada e moderadamente espessada.
A datação efetuada para esta unidade PP4γγfo – Granito Fontanillas
forneceu a idade U-Pb de 1.743 + 4Ma. (Fras- (GJR / JDL)
ca e Borges, 2004).
Originalmente, as rochas graníticas
Suíte Rio do Sangue deformadas ocorrentes entre os grábens Dar-
danelos e Caiabis e a Bacia dos Parecis, des-
É constituída pelos ganitos Juara e de Fontanillas a oeste, até Juara à leste, es-
Fontanillas, anteriormente cartografadas tavam inseridas no Complexo Xingu (Silva et
como pertencentes ao Complexo Xingu, dis- al. 1974). No Projeto Gis do Brasil, estas ro-
tribuídos na região noroeste do estado. chas foram agrupadas na Suíte Intrusiva Ser-
ra da Providência, por apresentarem a textu-
PP4γγju – Granito Juara ra rapakivi típica dos litótipos da Serra da
(GJR / JDL) Providência e a associação temporal e espa-
cial com gabros e charnockitos. Neste tra-
Da mesma forma que os granitóides balho, passa-se a englobar esta associação
da Unidade Fontanillas, as rochas desta uni- de rochas na Unidade Fontanillas, perten-
dade eram agrupadas no Complexo Xingu. cente à Suíte Rio do Sangue.
Durante a execução do Projeto Gis do Brasil, O Granito Fontanillas domina grande
pela CPRM, foram identificados e cartogra- parte da porção a sul da região de Castanhei-
71
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

ra, ocorrendo na forma de um corpo batolíti- (1978) e Silva et al. (1980).


co, alongado segundo a direção E-W e WNW- Com base na interpretação de aero-
ESSE, com dimensão maior acima dos 200 fotos e de imagens de radar e satélite e nos
km, adentrando os domínios do município de dados coletados no campo, foram individu-
Juara. No contexto regional ocorre uma am- alizadas 4 unidades litológicas na atual bor-
pla variação nas características estruturais/tex- da sul desta bacia, marcada por um sistema
turais das rochas graníticas, desde tipos fraca- de falhas transcorrentes predominantemen-
mente foliados até protomilonitos e milonitos te sinistrais.
bandados.
Esta unidade inclui biotita granitos Unidade I (PP4b1) – Distribui-se sob
que correspondem aos termos dominantes a forma de estreita faixa com orientação
e subordinadamente corpos de gabros. Os WNW-ESE a E-W, recobrindo discordante-
granitos apresentam composição monótona, mente as rochas da Suíte Colíder, ocupan-
variando de biotita sienogranito a biotita mon- do o terço superior da encosta da serra dos
zogranitos, com cores rosa e tonalidade aver- Apiacás e mostrando mergulhos em torno de
melhada. Texturalmente são equigranulares 40º para NNE. Contatos tectônicos com ou-
grossos a inequigranulares, porfiríticos exibin- tras unidades também são observados. Nas
do fenocristais com dimensões de até 10cm seções estudadas sua espessura é estimada
imersos em matriz grossa a muito grossa. Os em 150 metros, predominando arenitos e are-
fenocristais são em sua maior parte de felds- nitos líticos brancos a creme, com grãos finos a
pato alcalino os quais acham-se manteados médios, subangulosos e bem selecionados, dis-
por delgadas bordas de plagioclásio, confi- postos sob a forma de estratos e camadas com
gurando uma textura rapakivítica. O Granito freqüentes estratificações plano-paralelas, cru-
Fontanillas foi afetado por deformação hete- zadas acanaladas e tabulares. Segundo Pedrei-
rogênea de carácter dúctil-ruptil, o que resul- ra (2000) estas rochas tipificam um sistema flu-
tou na presença de protomilonitos, milonitos vial entrelaçado, onde os arenitos com estra-
e augen gnaisses, cuja direção preferencial é tificações cruzadas planares representam bar-
WNW-ESE. Injeções decimétricas a decamé- ras transversais. A parte inferior desta unidade é
tricas pegmatíticas e aplíticas são comuns e formada por camadas métricas de conglome-
se encontram deformadas, concordantemen- rados polimíticos ( sustentados pelos clastos)
te ao restante da unidade, o que dá um as- com os clastos de rochas vulcânicas, areni-
pecto gnáissico ao conjunto. Enclaves de ta- tos e argilitos, atingindo até 20cm de diâme-
manho e forma variada de composição diorí- tro. Ocorre também arenito argiloso marrom-
tica a granítica são bastante comuns. claro a róseo, de granulação média, bem se-
Estudos geocronológicos desenvolvi- lecionado; capeado por uma sucessão de fi-
dos neste trabalho, em biotita metagranito re- nas camadas de arenitos, arenitos líticos e ar-
velaram idade U-Pb de 1800 + 20 Ma. gilitos, avermelhados, com clastos de argila e
granocrescência ascendente e recobertos por
Grupo Beneficente uma camada de argilito vermelho com man-
ASF chas brancas de descoloração e com nova
alternância de argilitos vermelhos e arenitos
Esta denominação foi proposta por vermelho-escuro, friáveis e com estratificações
Almeida e Nogueira Filho (1959) para desig- cruzadas tabulares, com indicação de paleo-
nar uma seqüência sedimentar composta por correntes para oeste.
duas litofácies: uma inferior, quartzítica, aflo- Neste pacote, com espessura de 5
rando no povoado de Beneficente e uma su- metros, os arenitos basais com clastos de ar-
perior, pelítica, aparecendo no baixo curso do gila são indicativos de lobos progradantes sob
igarapé das Pedras. Diversos outros autores a forma de pequenos leques preeenchendo
usaram esta mesma terminologia para carac- canais, enquanto os arenitos com estratifica-
terizar os sedimentos encontrados desde o rio ções cruzadas tabulares e os argilitos são in-
Sucunduri até a rodovia BR-163 (Cuiabá-San- terpretados, respectivamente, como barras
tarém) na região conhecida como Serra do linguóides ou transversais e planícies de inun-
Cachimbo. Entre eles se destacam Liberatore dação (Pedreira, 2000).
et al. (1972) Silva et al. (1974) Almeida (1974) Em estudos palinológicos realizados
Santos et al. (1975) Santos (1977) Leal et al. pelo LAMIN-RJ, em argilito vermelho com ní-
72
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

veis escuros, não foram observados fósseis. ampla em relação às unidades anteriores.
Esses argilitos são interpretados como depó- Em função das intercalações de argili-
sitos overbank ou planícies de inundação, com tos exibirem mergulhos suaves e os arenitos
os níveis de material escuro representando zo- serem muito friáveis, os locais onde se instalou
nas pantanosas. esta unidade acham-se arrasados e marcados
por uma vegetação menos exuberante facili-
Unidade II (PP4b2) – Distribui-se sob tando sua individualização através de fotoin-
a forma de estreita faixa paralela à unidade terpretação.
anterior, à qual recobre de maneira concor- Os arenitos apresentam cor esbran-
dante, com espessura estimada em mais de quiçada, granulação fina a média, estratifica-
150 metros. Constitui-se de pelitos averme- ções plano-paralelas, cruzadas acanaladas,
lhados onde argilitos laminados represen- tabulares e marcas onduladas. Localmente
tam as rochas predominantes. Arenitos finos foram observados níveis de granulação gros-
e arenitos manganesíferos aparecem como sa a microconglomerática, geralmente asso-
lentes ou finas intercalações. Também ocorre ciados a faixa de argilitos avermelhados com
calcário margoso, cinza-escuro, com textura lentes de siltitos e arenitos muito finos.
muito fina, estrutura finamente laminada, com- Arenitos róseos, finos, arcoseanos a
posto predominantemente por carbonatos, ortoquartzíticos, com grãos bem seleciona-
argilominerais, sericita, quartzo, feldspato dos, localmente mostrando estratificação cru-
potássico, clorita e opacos e apresentando zada, silexito e cherts, são descritos no Pro-
forte efervescência ao HCl diluído. jeto Apiacás (Silva Neto et al., 1980) ao lon-
A presença dos argilitos indica planí- go dos rios Azul e São Benedito. Rochas íg-
cie de inundação ou superfíciie de afogamen- neas extrusivas de cor avermelhada, com-
to e, devido a presença de lentes de rochas pactas, finas e vítreas, são descritas pelos
carbonáticas, esta unidade é interpretada autores acima citados e estão correlaciona-
como uma plataforma carbonática. das a zonas de falhas N-S, localizadas a oeste
da fazenda Rio Azul. Esta unidade e as duas
Unidade III (PP4b3) – Mostra-se dis- anteriores foram inicialmente consideradas
tribuída sob a forma de estreita faixa paralela por Pedreira (2000) como um sistema fluvial
às unidades anteriores, constituindo a parte entrelaçado com planícies de inundação.
mais acidentada da borda desta bacia sedi- Em interpretação de dois furos de
mentar, que é conhecida regionalmente como sonda localizados nas partes NW e SE Serra
Serra do Apiacás. As unidades I e III, compos- do Cachimbo, Lopes (2001) sugere, com base
tas predominantemente por arenitos, formam nas litologias e na perfilagem geofísica, a in-
morrotes alinhados constituindo lineamentos dividualização de três seqüências siliciclásti-
positivos nas imagens de satélite e de radar, cas e uma carbonática.
enquanto na unidade II, argilosa, o relevo é A correlação entre os perfis executa-
menos saliente, conferindo uma textura foto- dos na borda sul da Serra do Cachimbo,
gráfica diferente, o que, aliado aos dados de norte da folha Alta Floresta, e estes furos, a
campo, permitiram sua individualização. Reco- Unidade I corresponderia à Seqüência Sili-
bre concordantemente os pelitos da Unidade ciclástica Basal (SS1). A unidade II, predomi-
II e é constituída por camadas de arenito fino a nantemente pelítica, equivaleria à parte ba-
médio, com estratificações plano-paralelas e sal da Seqüência Carbonática (SC) com seu
cruzadas e localmente apresentam finas inter- topo coincidindo com a superfície de máxi-
calações de siltitos e argilitos. Sua espessura é ma inundação. As unidades III e IV seriam
estimada em cerca de 100 metros. correlacionáveis ao restante da seqüência
carbonática presente no furo SE e ausente
Unidade IV (PP4b 4) - É constituída no furo NW, possivelmente devido a proces-
por uma seqüência de arenitos claros com sos erosivos.
intercalações de argilitos e siltitos avermelha- As idades obtidas por Tassinari et al.
dos. Sua espessura é estimada em pouco (1978) em siltitos (1.485 ± 32Ma. – Rb-Sr em
mais de 150 metros e em função de as ca- rocha total e 1.331 ± 28Ma. – Rb-Sr em fra-
madas apresentarem mergulhos mais sua- ção fina) aflorantes na BR-163, a sul da Base
ves em relação às unidades sotopostas, sua Aérea da Serra do Cachimbo pode ser inter-
distribuição e faixa de ocorrência é bem mais pretada como a idade mínima do Grupo Be-
73
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

neficente. As idades Pb-Pb obtidas na popu- firítica seccionando a fácies rosa, equigranu-
lação de zircões detríticos mais jovens de fá- lar.
cies conglomerática da base deste grupo Geraldes (2000) através de datação U-
confirmam que a idade máxima do início de Pb convencional em monocristais de zircão,
sua deposição é de 1,74 Ga. (Leite & Saes, obteve idade de 1.587 ± 04Ma., admitida
2002) portanto do Estateriano. como idade de cristalização.

MP1γsc - Suíte Intrusiva Santa Cruz MP1rg - Complexo Metavulcanossedimen-


ASR tar Rio Galera
ASR
A designação de Suíte Intrusiva San-
ta Cruz foi proposta por Ruiz (1992) ao refe- Deve-se a Ruiz et al. (2003 e 2004) a deno-
rir-se a um corpo de dimensão batolítica, com minação de Complexo Metavulcanossedimentar Rio
direção NNW, exposto entre as localidades Galera, em substituição ao até então reconhecido
da Reserva do Cabaçal e São José dos Qua- como Complexo Metamórfico Rio Galera, para
tro Marcos. Este autor identificou duas fáci- designar a associação supracrustal exposta na
es petrográficas a partir do mapeamento do região de Conquista d’Oeste, no vale do rio
batólito, na região de Cachoeirinha. Novo, em contato com o Complexo Metavul-
Uma fácies dominante, rosa, grossa canossedimentar Pontes e Lacerda (Menezes,
a média, orientada, de composição monzogra- 1993) através de importante zona de cisalha-
nítica a, subordinadamente, sienogranítica, mento tangencial de baixo ângulo, nominada
composta por rochas de granulação grossa e de Zona de Cisalhamento Anhambiquara.
raramente fina, equigranulares e fortemente Compreende um conjunto de xistos
orientadas. Ao microscópio identifica-se a tex- e anfibolitos, com intercalações de gnaisses
tura hipidomórfica, equigranular, sendo o fel- leucocráticos. Os gnaisses exibem texturas
dspato alcalino e o plagioclásio normalmente ígneas preservadas, sugerindo uma nature-
subidiomórficos, o quartzo xenomórfico é in- za ortoderivada. São cinza-claros, granulação
tersticial e a biotita, pouco abundante, ocorre média, com níveis pegmatíticos paralelos ao
isolada ou em agregados com minerais má- bandamento diferenciado. Possuem compo-
ficos e acessórios. Os acessórios comuns sição monzogranítica a granodiorítica. Os an-
são a titanita, allanita, apatita e o zircão. fibolitos e xistos ocorrem em uma proporção
A fácies subordinada é constituída por superior a 4:1 em relação aos gnaisses. Os
ocorrências localizadas e de dimensões im- anfibolitos são cinza-escuros a esverdeados,
precisas de rochas mesocráticas, de cor cin- granulação média a fina, marcada xistosida-
za-escura, faneríticas, granulação grossa, de, definida pelo arranjo planar de anfibólios
equigranulares e fortemente orientadas. Ao (hornblenda) e andesina. Os quartzo micaxis-
microscópio constata-se o predomínio de tos são raros e intercalam-se aos anfibolitos.
textura hipidiomórfica, equigranular, domina- Esses litótipos sugerem uma associação vul-
da por cristais subidiomórficos de plagioclá- canossedimentar dominada por derrames
sio e hornblenda e, mais raramente, feldspa- básicos com discreta participação de produ-
to alcalino. O quartzo apresenta-se xenomór- tos sedimentares de natureza siliciclástica,
fico e intersticial e a biotita, muito rara, forma ambos recortados por intrusões graníticas
agregados com os cristais de hornblenda. Os menores.
opacos e minerais acessórios são o zircão,
epidoto, apatita e allanita; ocorrem associados MP1rn - Complexo Metamórfico Rio Novo
a hornblenda e biotita. ASR
Ruiz et al. (2004) descrevem a ocor-
rência de uma terceira fácies petrográfica, Ruiz et al. (2004) empregam o termo
constituída por rochas leuco a mesocráticas, Complexo Metamórfico Rio Novo para des-
cinza rosadas, intensamente foliada, faneríti- crever uma associação de gnaisses cinzentos,
cas, com textura porfirítica, composição essen- bandados, complexamente deformados, co-
cialmente monzogranítica. Esta fácies é obser- mumente associados a intrusões de plutons
vada na estrada que liga Araputanga e Cacho- graníticos, de composição e textura variadas,
eirinha. Nas proximidades da fazenda Pitom- freqüentemente com diques aplíticos e peg-
ba observam-se diques ou veios da fácies por- matíticos, métricos, além de granitos leuco-
74
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

cráticos, de cor rosa, definindo um arranjo de mando diques tabulares com mais de 3 me-
intrusões tabulares subparalelas. tros de espessura, limitados por zonas de ci-
As principais ocorrências desta unida- salhamentos.
de foram observadas na fazenda São Miguel e São igualmente notáveis os diques
Gleba Bacurizal, na estrada de acesso às fa- graníticos tabulares, compondo um arranjo
zendas Reunidas Boi Gordo, e em extensas ex- de corpos subparalelos, com contatos retos
posições nos domínios da Gleba dos Mineiros. e abruptos, por vezes, assimilando porções
Na fazenda São Miguel, próximo ao de gnaisses. A rocha granítica exibe uma co-
limite com a Área Indígena Vale do Guaporé, loração rosa avermelhada, composição
essas rochas ortoderivadas afloram sob a for- monzogranítica, essencialmente isotrópica e,
ma de lajedos e matacões amplos. em certos sítios, com uma textura pegmatíti-
São ortognaisses cinzas, leucocráticos, ca com cristais de feldspato alcalino de até
bandados, exibindo complexo padrão de de- 10 cm de diâmetro.
formação e composição variando de tonalito Ruiz et al.(2004) apresentam idade U-
a granodiorito. O bandamento gnáissico é de- Pb em zircão, pelo método convencional, de
finido pela alternância de bandas félsicas (leu- 1.552 ± 03Ma. interpretando-a como a pro-
cocráticas) quartzo-feldspáticas, e máficas (me- vável idade de cristalização da unidade gnáis-
socráticas) constituídas essencialmente por sica.
biotita e hornblenda.
As bandas gnáissicas mostram-se do- MP1γc - Tonalito Cabaçal
bradas e usualmente seccionadas e/ou trans- ASR
postas ao longo de discretas zonas de cisa-
lhamentos subverticais. Corpos plutônicos gra- Inicialmente descrito como rochas to-
níticos, mesocráticos a leucocráticos, de gra- nalíticas metamorfisadas do Complexo Xin-
nulação média a fina, encaixam-se paralela- gu (Barros et al., 1982); coube a Monteiro et
mente às faixas cisalhadas, sugerindo que a al.(1986) individualizar esta intrusão de com-
colocação destes corpos, pelo menos em par- posição tonalítica, exposta ao longo do curso
te, tenha sido controlada pelo mesmo regime médio do rio Cabaçal, região do Distrito de Ca-
deformacional que conduziu a implantação das choeirinha, como unidade litoestratigráfica,
zonas cisalhantes. formalmente designada de Tonalito Cabaçal.
São freqüentes enclaves de litótipos Trata-se de um corpo intrusivo em ro-
máficos de granulação grossa a média, por- chas metavulcanossedimentares do Grupo
tadores de foliação pretérita, os quais podem Alto Jauru e em gnaisses e migmatitos do
apresentar-se totalmente estirados segundo as Complexo Alto Guaporé, de forma alonga-
zonas de alta deformação superimpostas ou, da, que acompanha o trend regional NNW,
mais raramente, exibindo-se como blocos an- com marcada foliação tectônica, comumen-
gulosos caoticamente dispersos na matriz gnáis- te uma xistosidade, que em sítios de alta de-
sica. Em adição, também são freqüentes os re- formação, adquire aspecto ocelar, típico de
gistros de diques e veios de granitos róseos, que zonas miloníticas.
recortam ortogonalmente os gnaisses. Ruiz (1992) descreve estas rochas na
Na pedreira desativada situada na fa- região de Cachoeirinha, caracterizando-as
zenda São Miguel, próxima à BR-174, esta como mesocráticas, cinza-escuras, granula-
unidade faz-se representar por gnaisses cin- ção média a grossa, comumente equigranu-
za-escuros, mesocráticos, bandados, granu- lares. A foliação tectônica confere as rochas
lação grossa e composição variando entre uma trama planar intensa, que em alguns
tonalito a granodiorito, em contato, a leste exemplares, pode produzir aspecto ocelar
com a Suíte Intrusiva Córrego Dourado, uma nos augen gnaisses.
intrusão máfica-ultramáfica, de dimensão ba- Ao microscópio nota-se predomínio
tolítica e, a sul e oeste com os metassedimen- da textura granonematoblástica ou grano-
tos do Complexo Rio Galera. lepidobrástica, resultante do arranjo preferen-
Vale ressaltar que, à semelhança dos cial dos cristais de hornblenda e biotita, alter-
gnaisses da fazenda São Miguel, os da pe- nados aos níveis ricos em plagioclásio, felds-
dreira também exibem notáveis exposições pato alcalino e quartzo. O plagioclásio (ande-
de rochas mesocráticas, cinza-escuras a ne- sina e raramente oligoclásio) é o constituinte
gras, faneríticas, equigranulares, foliadas, for- principal da rocha, sendo comum apresentar-
75
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

se, com o quartzo, em arranjos do tipo mosai- signar uma associação de corpos intrusivos,
co e, também, como porfiroclastos nas faixas de composição básica a ultrabásica, aloja-
milonitizadas. O quartzo, sempre xenomórfico, dos em gnaisses e rochas metassedimenta-
é um dos principais componentes da matriz, res dos complexos Rio Galera e Rio Novo
engrenando-se com o plagioclásio e o felds- (Ruiz et al., 2004).
pato alcalino (microclínio). A hornblenda, prin- As principais ocorrências cartografa-
cipal máfico, comumente subidiomórfica, das situam-se no alto curso do Rio Novo, nos
mantêm contatos retos e abruptos com os domínios da Área Indígena Vale do Guapo-
félsicos e a biotita, esta por sua vez, apresen- ré, fazenda São Miguel e Gleba Bacurizal.
ta-se com hábito ripiforme e com o anfibólio, Constituí-se por plutons alongados segun-
destaca a trama planar típica destas rochas. do a direção NNW, com formato subelíptico,
Há raros registros de opacos e os minerais compostos por rochas melanocráticas, cin-
acessórios comuns são o epidoto, a titanita za a verde escura, granulação grossa, folia-
e o zircão. das, embora haja ocorrências menores de
Ruiz (1992) reporta-se ao diagrama litótipos maciços, composicionalmente, vari-
isocrônico Rb-Sr obtido por Leite et al., 1985 am de metagabros a serpentinitos.
que indica uma idade de 1.558 ± 250Ma. e Não há dados geocronológicos dis-
razão inicial Sr87/Sr86 de 0,70444, sugerindo poníveis para este magmatismo e a correla-
uma derivação primitiva para esta unidade. ção lito-estratigráfica com outras suítes máfi-
co-ultramáficas ocorrentes a sul, na Folha
PP4δfb - Suíte Intrusiva Figueira Branca Jauru, ou com as do Morro do Leme e Sem
ASR Boné, permanece como uma questão em
aberto.
Figueiredo et al. (1974) designaram de
Intrusivas Básico-Ultrabásicas os gabros, anfi- MP1γγp - Suíte Intrusiva Serra da Providên-
bolitos e serpentinitos intrusivos nos gnaisses cia
do embasamento. Saes et al. (1984) propuse- GJR
ram a denominação de Suíte Intrusiva Figueira
Branca para a associação de litótipos máfico- A formalização da unidade litostrati-
ultramáficos diferenciados que compreendem gráfica Granito Serra da Providência foi pro-
dunito, anortosito, troctolito, norito e gabro. posta por Leal et al. (1976) para intrusões
São intrusivas nas rochas metavulca- graníticas de textura rapakivi que afloram na
nossedimentares do Grupo Alto Jauru e con- serra homônima. Tassinari et al. (1984) pas-
têm xenólitos de metabasaltos nos gabros. saram a referir essa unidade como Suíte In-
Suas áreas de ocorrência se estendem desde trusiva Serra da Providência. Gabros, char-
as proximidades de Indiavaí até a fazenda Grão nockitos e mangeritos foram incluídos na
de Ouro, a norte, e ao longo do vale do rio suíte por Rizzotto et al. (1995) assim como o
Jauru, na fazenda Figueira Branca. mangerito do Maciço União e o charnockito
Os gabros e noritos são dominantes, de Ouro Preto (Bettencourt et al., 1995a) além
estratificados em leitos de olivina e labradorita e de vários stocks deformados e intrusivos no
mostraram raras texturas cumuláticas. As textu- Complexo Jamari (Scandolara et al. 1999).
ras subofíticas e intercumuláticas predominam, As rochas da referida suíte distribuem-se
com bordas de reação de olivina para piroxê- principalmente no alto curso do rio Branco,
nio e este para anfibólio. Lamelas de exsolução extremo noroeste de Mato Grosso, constitu-
de ortopiroxênio em clinopiroxênio são comu- índo um batólito que sustenta a serra homô-
mente observadas. Serpentina e uralita estão as- nima. Também ocorrem vários outros corpos
sociadas a hidrotermalismo tardio. Uma idade isolados na forma de stocks que distribuem-
isocrônica Sm-Nd de 1.688 ± 46Ma.em gabro, se tanto a leste como a oeste da serra da Pro-
apresentada por Toledo (1997) vidência.
O batólito Serra da Providência apre-
senta forma ovalada com 140 km de exten-
δcd - Suíte Intrusiva Córrego Dourado
MP1δ são por 40 km de largura, constituído pela
ASR associação gabro-charnockito-mangerito-
granito. Rizzotto et al. (1995) reconhecem
Denominação empregada para de- quatro fácies graníticas sendo assim consti-
76
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

tuídas: monzogranito porfirítico (piterlitos) escala, através de porfiroclastos de feldspato


com viborgitos subordinados, monzograni- alcalino bordejados por palhetas de biotita. As
to porfirítico, monzogranito pórfiro e sieno- condições da temperatura de metamorfismo
granito granofírico. Os granitos e rochas as- nestas zonas são compatíveis com a fácies xis-
sociadas são intrusivos no Complexo Jama- to verde superior a anfibolito.
ri embora sejam raras as evidências diretas O magmatismo Serra da Providência
de relações de contato. Em imagens de sa- foi episódico e manifestou-se, possivelmen-
télite essa relação de intrusão é mais facilmen- te, por um período superior a 50 Ma., onde a
te observada. As rochas da suíte formam um fase intrusiva mais antiga, representada por
conjunto de elevações com destaque mor- biotita sienogranito porfirítico, tem idade U-
foestrutural marcante nas imagens sensori- Pb de 1.606 ± 24Ma., seguido por um horn-
ais. blenda-biotita monzogranito de idade U-Pb
Os piterlitos são classificados petro- de 1.573 ± 15Ma., (Bettencourt et al. 1999).
graficamente como hornblenda-biotita mon- Uma amostra de piterlito e outra de viborgito
zogranito contendo fenocristais euédricos a forneceram idades idênticas de 1.566 ± 5Ma.
ovalados de microclínio de até 5 cm de diâ- e 1.566 ± 3Ma., respectivamente. Outra fase
metro e freqüentemente encontram-se man- magmática posterior representada por bioti-
teados por uma fina auréola cinza-esbran- ta sienogranito pórfiro, tem idade de 1.554 ±
quiçada de plagioclásio (Fig. 6). A presença 47Ma., enquanto, que as fases finais do mag-
de enclaves máficos quartzo-diorítico é bas- matismo, representadas por quartzo-sienito
tante freqüente nesta fácies e feições de mis- do maciço União, forneceram idade de 1.532
tura mecânica de magmas (mingling) também ± 5Ma. (Bettencourt et al. 1999). As idades
são comuns. Os sienogranitos mostram tex- TDM variam de 1,76 a 1,89Ga.
tura granofírica, com cavidades miarolíticas Datações U-Pb obtidas neste estudo
preenchidas por quartzo e fluorita. em hornblenda sienogranito parcialmente
Os dados geoquímicos mostram que deformado, revelaram idade de 1.542 + 2 Ma.
os granitos da suíte são subalcalinos, metalu- A grande potencialidade econômica da
minosos a fracamente peraluminosos, com unidade está evidenciada pela exploração atual
teores de SiO2 entre 68 a 72 %, alcalis ( K2O + dos maciços graníticos para utilização como
Na2O > 8 %) FeOt/FeOt + MgO ( 0,70-0,99) pedra ornamental.
K/Rb (100-300). São empobrecidos em MgO
(< 0,5%) Al2O3(<14%) Sr (< 120 ppm). O con- δj - Gabro Juína
PP4δ
teúdo de ETRL é elevado (200 x condrito) e (GJR / JDL)
os ETRP apresentam um moderado enrique-
cimento (20 x condrito) além de uma anoma- As rochas máficas deformadas e/ou fo-
lia negativa de Európio. Assim, essa suíte gra- liadas, ocorrentes a WNW da Folha Juruena
nítica não apresenta somente analogia textu- (SC.21) foram posicionadas, generalizadamen-
ral com os granitos rapakivi mas também uma te, no Complexo Xingu. Recentemente, du-
assinatura geoquímica perfeitamente compa- rante a execução do Projeto Gis do Brasil
tível com os granitos do tipo A. (Bizzi et al., 2002) foram cartografados vários
No contexto dos granitos deforma- corpos máficos na forma de stocks e diques,
dos, ocorre uma ampla variação nas carac- constituídos de diabásio, gabro e diorito, com
terísticas estruturais/texturais das rochas, variável intensidade de deformação, ora forte-
desde tipos fracamente foliados até protomi- mente foliados, ora com a estrutura ígnea par-
lonitos e milonitos bandados. Os protomilo- cialmente preservada, em função do compor-
nitos são mais frequentes na borda oeste do tamento reológico das rochas máficas. Para es-
batólito Serra da Providência e em largas sas rochas, os autores acima referidos deno-
zonas da associação charnockito-granito, minaram de Máficas Guadalupe, que doravante
entre as cidades de Ouro Preto d’Oeste e Ji- passam a ser denominadas de Gabros Juína,
Paraná. As rochas protomiloníticas foram ori- em função de estarem distribuídos nas imedi-
ginadas por um sistema transpressivo de dire- ações da cidade de Juína, ao longo da rodo-
ção noroeste e cinemática sinistral (Scandola- via que liga este município a Vilhena e ao lon-
ra, 1998). A foliação sigmoidal é observada tanto go da linha 03 a WSW de Juína.
em macroescala (núcleos graníticos envoltos Os gabros ocorrem, na maioria das
por faixas de protomilonitos) como em micro- vezes, associados aos granitos Fontanillas,
77
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

evidenciando uma mistura de magmas afaníticas a porfiríticas e brechadas, por ve-


contrastantes máfico-félsicos. Quando isso zes, desenvolvendo megafenocristais de fel-
ocorre, são geradas rochas híbridas, em fai- dspato alcalino de até 5cm de comprimen-
xas métricas, sendo que em caráter regional to. Estes megacristais são normalmente ar-
ora predomina a rocha máfica (gabros) e ora redondados e mostram mantos externos mi-
predomina a rocha félsica (monzogranitos). limétricos, esbranquiçados de plagioclásio,
Os gabros possuem textura granular o que indica uma textura do tipo rapakivi.
média a fina, estrutura foliada, compostos de No extremo noroeste do município de
hornblenda prismática dispostas em agrega- Juara, os vulcanitos encontram-se muito fra-
dos substituindo os clinopiroxênios. O plagi- turados, com intensa epidotização associada,
oclásio é subidiomórfico mostrando-se parci- sendo também comum a presença de sulfe-
almente saussuritizado. O quartzo e o feds- tos milimétricos disseminados, essencialmen-
pato potássico são intersticiais. A biotita, epi- te pirita. Ao longo do rio Juruena, as rochas
doto, sericita, carbonato e pirita são produtos vulcânicas possuem cor cinza com tonalida-
de alteração hidrotermal e a titanita, magneti- de esverdeada. Sua superfície mais externa
ta e apatita, constituem minerais acessórios. mostra fluxo incoerente com vários sistemas
Os dioritos são pórfiros, composto por cris- de fraturamentos e amígdalas preenchidas por
tais de hornblenda prismática imersos numa cristais de quartzo.
matriz de plagioclásio e clinopiroxênio. Os termos plutônicos da Suíte Tatuí
Os diques de diabásio mostram tex- consistem de batólitos e stocks que, invaria-
tura microporfirítica com matriz subofítica fina, velmente, bordejam a parte sul do Graben
representada por fenocristais de clinopiroxê- Dardanelos. Apresentam no seu interior xe-
nio, tabulares e xenomórficos de bordas nólitos alongados dos granitos da Suíte Ju-
substituídas por hornblenda, envoltos por ara. Relações diretas de contato entre esta
cristais ripidiformes e fortemente saussuriti- unidade e suas encaixantes não foram ob-
zados de plagioclásio. O quartzo e o felds- servadas no campo, entretanto, em imagem
pato potássico formam intercrescimentos de satélite e nos mapas gamaespectrométri-
gráficos e mirmequíticos nos espaços inters- cos é possível destacar formas subarredon-
ticiais. Da mesma forma que os gabros, exi- dadas intrusivas no embasamento.
bem variável taxa deformacional, mas sem- Duas fácies composicionais foram
pre foliados. identificadas nesta unidade. Uma variando
de sienogranito a monzogranito, dominan-
MP1γt – Suíte Intrusiva Tatuí te, e a outra de composição granodiorítica.
(GJR / JDL) Os sieno e monzogranitos ocorrem ao lon-
go do curso médio do rio dos Peixes, onde
O termo Suíte Intrusiva Tatuí é sugeri- estão parcialmente recobertos pelas rochas
do para agrupar uma associação de corpos sedimentares da Formação Dardanelos e em
plutônicos hipabissais e de rochas vulcânicas parte cortados por diques riolíticos sinplutô-
associadas que ocorrem em grande parte nos nicos. Estes corpos graníticos são caracteri-
domínios da aldeia indígena homônima, na zados por apresentarem deformação fraca a
porção centro-norte da cidade de Juara, es- incipiente, preservando, por vezes, foliação de
tendendo-se para oeste até o Rio Juruena. fluxo magmático. Consistem de proporções
As rochas que constituem esta uni- variadas de quartzo, feldspato, plagioclásio,
dade afloram ao longo do baixo curso dos biotita, incluindo titanita e allanita como aces-
rios Juruena e Arinos e ao longo da estrada sórios. Apresentam textura fanerítica média a
da fazenda Três Cinco - rio Juruena, no ex- grossa, com fenocristais de feldspato alcalino
tremo noroeste do município de Juara. Na de até 2 centímetros, aspecto pegmatítico e,
região do rio Juruena as rochas ocorrem por vezes, porfirítico. Xenólitos de forma alon-
como diques sinplutônicos e se acham, em gada, com aproximadamente 20 centímetros,
parte, recobertas pelos sedimentos da For- são comuns e caracterizados por serem ma-
mação Dardanelos. ciços, com textura fanerítica muito fina, e com-
As rochas vulcânicas representam, posição possivelmente microdiorítica, por an-
possivelmente, uma fácies de borda dos gra- fibólio e plagioclásio.
nitos da unidade. Apresentam cores que va- A fácies granodiorítica ocorre na por-
riam de vermelho, cinza a preto, de texturas ção oeste do corpo de maior expressão da
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Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

área, sendo caracterizada por uma cor cinza Nas proximidades do Distrito de Novo
com tonalidade esbranquiçada, granulação Horizonte foram identificados vários veios
média a grossa. A deformação também varia subverticalizados de dimensões subdecamé-
de fraca a incipiente e sua mineralogia é com- tricas preenchidos por cristais euedrais de
posta por plagioclásio, feldspato alcalino, hor- ametista.
nblenda, granada, quartzo e epidoto.
Dados isotópicos de Sm-Nd indicam MP1γar - Granito Aripuanã
valores de 1.916Ma. com eNd +0,90 suge- (GJR / JDL)
rindo pouco tempo de residência crustal.
Várias denominações foram sugeri-
MP1γrv - Granito do Rio Vermelho das para o batólito subcircular que intrude
(GJR / JDL) as rochas metavulcanossedimentares do
Grupo Roosevelt na serra do Expedito, em
As feições circulares que se apresen- Aripuanã. Originalmente foi denominado por
tam destacadas em imagens de radar, na fo- Costa (1999) de Granito Rio Branco, o qual
lha SC.21, eram interpretadas como maciços foi substituído por Granito Subvulcânico Ano-
arrasados pela erosão e representantes plu- rogênico Aripuanã (Néder et al., 2000). Ri-
tônicos do Grupo Uatumã (Silva et al.,1974, zzotto et al. (2002) em estudos realizados
Issler, 1977). Silva et al. (1980) associam es- entre os rios Branco e Aripuanã, mantêm a
tes corpos aos granitos Teles Pires. Leite denominação de Neder et al. (2000) simplifi-
(2004) denomina de Granito Novo Horizonte cando-a para Granito Aripuanã, adotada nes-
um corpo batolítico de aproximadamente te trabalho.
1200 km2, com forma subarredondada, ten- O corpo principal constitui-se de um
do suas principais exposições nas proximi- stock circunscrito, com dimensões aproxima-
dades do Distrito homônimo e limitado a das de 20 km de diâmetro, intrusivo nas ro-
WNW pelo rio Vermelho. Neste trabalho, pas- chas metavulcanoclásticas do Grupo Roose-
sa-se a denominar de Granito do Rio Verme- velt, situando-se no noroeste de Mato Gros-
lho para o batólito anorogênico, de caracte- so, a norte/noroeste do Graben Dardanelos
rística de posicionamento crustal a nível raso, e limitado a oeste pelo rio Branco. Além dele,
de textura equigranular média, por vezes por- vários outros corpos com as mesmas carac-
firítica com cores cinza e cinza esbranquiça- terísticas composicionais, assinatura geofísi-
da, apresentando incipiente estrutura de flu- ca e modo de ocorrência afloram na borda
xo magmático. norte da Bacia dos Caiabis/Dardanelos, nas
Apresenta contato nitidamente intrusi- imediações do distrito de Filadélfia e a WNW
vo nas rochas metassedimentares do Grupo do rio Branco.
Roosevelt, ocasionando, por vezes, metamor- O Granito Aripuanã possui caracterís-
fismo de contato e contato intrusivo nas ro- ticas de posicionamento crustal a níveis ra-
chas graníticas da Unidade Fontanillas, con- sos como pode ser observado pela sua vari-
forme se visualiza em imagem de satélite. ação textural nas fácies porfirítica, micropor-
O fenocristal dominante é de ortoclá- firítica, equigranular fina e pórfira com carac-
sio pertítitico com raros cristais de plagioclá- terísticas subvulcânica a vulcânica. É intrusi-
sio levemente epidotizado o que lhe confere vo na unidade metavulcano-sedimentar Roo-
uma tonalidade esverdeada. sevelt, fato este evidenciado pelas macrofei-
Em termos composicionais ocorre ções estruturais regionais, as quais encon-
uma estreita variação entre sieno e monzo- tram-se deslocadas e rompidas devido a in-
granito. Uma feição típica desta unidade é a trusão. Veios, apófises graníticas, feições tipo
presença de quartzo subarredondado de stockwork, além de zonas de forte brecha-
cor azul e intensa disseminação de pirita e, ção hidrotermal aliados a processos de epi-
mais raramente, calcopirita. É comum tam- dotização, cloritização e sericitização são
bém a presença de enclaves máficos de gra- encontrados ao redor da intrusão e no inte-
nulação fina, arredondados a elipsoidais, rior da seqüência metavulcanossedimentar.
possivelmente de composição diorítica. Es- Sienogranito porfirítico de granulação
sas características se assemelham aquelas grossa é o tipo predominante, exibindo fe-
do Granito Aripuanã com o qual considera- nocristais euédricos de feldspato alcalino per-
mos correlacionável. títico dispersos numa matriz grossa de quart-
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Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

zo, plagioclásio, biotita e titanita. É isotrópi- ckwork e, anomalias locais de molibdenita.


co, apresentando apenas uma incipiente tex- Os fluídos hidrotermais resultantes da intru-
tura de fluxo magmático. Riolitos são subor- são do Granito Aripuanã sugerem modelo
dinados e podem representar bordas sub- metalogenético de substituição hidrotermal epi-
vulcânicas/vulcânicas das partes apicais do zonal, com forte remobilização e concentração
maciço. Apresentam textura porfirítica repre- em rochas vulcanossedimentares reativas.
sentada por fenocristais corroídos de felds-
pato alcalino e quartzo em matriz afanítica de MP1ra – Complexo Metavulcanossedimen-
cor vermelho-escuro. tar Rio Alegre
Na análise petrográfica o litotipo prin- ASR
cipal é classificado como titanita-biotita mon-
zogranito, de textura porfiróide definida por Matos (1995) estudando as rochas
fenocristais euédricos de microclínio meso- do terreno Rio Alegre, denominaram-nas de
pertítico em matriz de granulação grossa Seqüência Vulcanossedimentar Rio Alegre e
constituída por plagioclásio, quartzo e bioti- Intrusivas associadas. Matos et al. (2004) defi-
ta. O plagioclásio ocorre como prismas ta- niram as rochas Vulcanossedimentares do
bulares exibindo moderada alteração para Orógeno Rio Alegre como vulcânicas máficas
mica branca e mais raramente epidoto. Tam- e ultramáficas, sedimentares químicas e intru-
bém ocorrem como cristais zonados inclu- sivas máficas a félsicas, com metamorfismo na
sos no microclínio. O quartzo apresenta-se fácies xisto verde a anfibolito baixo. Embasa-
na forma de fenocristais de hábito prismáti- dos em estudos petrológicos, geoquímicos e
co hexagonal com moderada extinção on- geocronológicos subdividiram-nas em três
dulante e fraturas freqüentes, além de cris- unidades: Formação Minouro (base) englo-
tais xenomórficos ocupando os espaços in- bando rochas vulcânicas básicas e ultrabá-
tersticiais entre os feldspatos na matriz. A bi- sicas associadas a cherts e formação ferrífe-
otita ocorre em cristais bem desenvolvidos ra bandada; Formação Santa Izabel (inter-
com abundantes inclusões de apatita. Rara- mediária) constiuindo-se de lavas ácidas a
mente encontra-se alterada para clorita. En- intermediárias e rochas piroclásticas e, Forma-
tre os acessórios, destacam-se os cristais pris- ção São Fabiano (topo) compreendendo ro-
máticos de titanita, ocorrendo em agregados chas metassedimentares cujas composições
associados à biotita e aos opacos, além de químicas sugerem derivação a partir de ro-
cristais bem desenvolvidos e euédricos de chas vulcânicas subjacentes.
magnetita. Muscovita, albita e quartzo ocor- Ruiz et al., (2004) nomina esta se-
rem em microfraturas dos minerais quartzo- qüência de rochas de Complexo Metavulca-
feldspáticos e estão associados a alteração nossedimentar Rio Alegre, sem subdividi-la,
hidrotermal. proposição esta adotada neste trabalho.
O granito é balizador do evento me- Compreende metabasaltos finos, equigranu-
tamórfico-deformacional regional, pois o mes- lares, foliados, com diques associados a res-
mo mostra-se sem deformação e intrusivo tos de matassedimentos químicos (cherts e
nas rochas deformadas do Grupo Roose- formações ferríferas bandadas); xistos, me-
velt. O referido granito foi datado pelos tacherts e formações ferríferas bandadas com
métodos U-Pb (SHRIMP) e Pb-Pb, que for- cores variadas, granulação fina e estrutura
neceram idade de cristalização de 1.537 ± xistosa e/ou bandada e metadacitos, metar-
7Ma. e 1.546 ± 5Ma., respectivamente (Ri- riolitos e piroclásticas associadas.
zzotto et al., 2002). As vulcânicas são isótropas ou com
A mineralização nas imediações do foliação incipiente, granulação fina, coloração
Granito Aripuanã e nas rochas metavulca- cinza-claro a verde-escuro, freqüentemente
nossedimentares do Grupo Roosevelt dá- com halos de intemperismo bem desenvolvi-
se da seguinte forma: Ouro livre nos aluvi- dos, enquanto que as piroclásticas são carac-
ões; gossans de sulfetos de Pb e Zn e zonas terizadas por fragmentos de lapili imersos em
enriquecidas em metais-base na interfácie matriz microcristalina, parcialmente substitu-
sulfeto-óxido na base da seqüência metavul- ídos por carbonatos. Intrudidas nesta Unida-
canossedimentar. Além destas ocorrências de tem-se peridotitos-harzburgitos, leucoga-
principais, encontram-se ainda sulfetos de bros, gabros e serpentinitos, meso a mela-
cobre e ouro em zonas de brecha e sto- nocráticos, granulação grossa, texturas cu-
80
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

muláticas denunciando diferenciação in situ, cobertura sedimentar do Terciário-Quaterná-


além de rochas com variações composicio- rio e a leste/nordeste pelas rochas sedimen-
nais entre gabros, dioritos e granitos. São tares da Bacia do Parecis.
rochas leucocráticas cinza a verde acinzen- Anfibolitos ocorrem em pacotes espes-
tado, granulação grossa a porfiróide, isotró- sos na parte basal. Exibem textura porfiroclás-
picas a levemente foliadas. tica, granoblástica e blastoporfirítica com arran-
Matos et al. (2004) advogam que as jos magmáticos relativamente bem preserva-
rochas matamórficas vulcânicas e subvulcâ- dos. A paragênese recristalizada é representa-
nicas de composições básicas a ultrabásicas da por oligoclásio + hornblenda ± quartzo é
desta unidade foram geradas em ambiente indicativa de condições metamórficas da fáci-
de cadeia meso-oceânica, enquanto que as es anfibolito médio a baixo. O protólito inclui
rochas metamórficas vulcânicas e intrusivas lavas máficas conforme é indicado pela textura
associadas, foram geradas em ambiente de blastoporfirítica. A sedimentação químico-exa-
arcos de ilhas. Afirmam ainda, que uma se- lativa é representada por rochas calcissilicáticas
dimentação contemporânea pode ter se de- e magnetita quartzitos. As primeiras possuem
positado em bacias de retroarco. um bandamento representado por agregados
Estes autores analisaram seis amos- de quartzo intercalados com níveis de epidoto
tras pelos métodos U-Pb e Sm-Nd em rocha e anfibólio. Os magnetita quartzitos exibem ní-
total, obtendo os seguintes resultados: U- veis submilimétricos alternados de magnetita e
Pb em zircão entre 1.509 ± 10Ma. e 1.494 ± quartzo, que podem representar o acamamen-
11Ma. com idades TDM entre 1,67Ga. e 1,48Ga. to sedimentar transposto.
e valores de åNd(t) entre + 4,8 e + 4,3 (me- A estruturação da unidade é definida
tadiorito, metadacito e anfibolito gnáissico). por uma foliação milonítica de atitude N20º-
Nas rochas básicas (gabro e diorito) e félsi- 40ºW; 30º-60º NE, com geração de dobras
cas (granito) as idades U-Pb indicam valores intrafoliais e superfíceis S/C. A deformação
entre 1.481 ± 47Ma. e 1.449 ± 07Ma. e ida- se deu inicialmente com transporte tectôni-
des TDm entre 1,70Ga. e 1,50Ga. e valores de co em rampa oblíqua de NNE para SSW,
åNd(t) entre + 4,1 e + 2,6. Datação pelo mé- evoluindo para regime de transcorrência.
todo U-Pb em zircão, mostrou idade de cris- Dobras com vergência para SW sugerem
talização em 1.517 ± 27Ma. (Ruiz, 2003). cavalgamento das rochas do Grupo Pontes
e Lacerda sobre as rochas do Grupo Agua-
MP1pl – Grupo Pontes e Lacerda peí. As condições metamórficas deste regi-
ASR me são compatíveis com temperaturas da fá-
cies anfibolito baixo.
A denominação de Complexo Metavul- Menezes (1993) admite a idade U-Pb
canossedimentar Pontes e Lacerda foi propos- de 1.300 Ma., obtida no granito Santa Hele-
ta por Menezes, 1993 para uma seqüência vul- na considerado intrusivo nessa unidade vul-
canossedimentar metamorfizada na fácies xis- canossedimentar, como sendo a idade míni-
to verde/anfibolito. Estes autores subdividiram ma do Grupo Pontes e Lacerda. Matos et al.
o complexo em três unidades litostratigráficas (2004) apresentam idades U-Pb em rochas
assim constituídas: Unidade São José do Rio pertencentes a Seqüência Vulcanossedimen-
Branco, composta por anfibolitos associados tar Rio Alegre, as quais são consideradas
com rochas metassedimentares químico-exa- correlatas àquelas do Grupo Pontes e Lacer-
lativas e piroclásticas; Unidade Triângulo, da. As idades se estendem no intervalo de
constituída dominantemente por rochas me- 1.465 Ma. a 1.517 Ma.
tassedimentares clásticas com vulcânicas su-
bordinadas; Unidade Paumar, composta por MP1sb - Complexo Granulítico Santa Bárbara
filitos com intercalações de quartzitos e tal- ASR
co-xistos subordinados. Neste trabalho es-
sas unidades são reunidas sob a denomina- Rodrigues et al.(1974) delimitaram
ção de Grupo Pontes e Lacerda. uma faixa de ocorrência de anfibolitos entre
As rochas vulcano-químicas e clásti- a serra do Pau-a-Pique e o rio Alegre, na
cas ocorrem sob a forma de uma larga faixa Folha Santa Bárbara, onde também ocorrem
descontínua de direção N20-40W, subpara- rochas granulíticas, registradas por Ferreira
lela ao rio Guaporé. Está limitada a oeste pela Filho e Bizzi (1985). Menezes, 1993 estudou
81
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

rochas similares na região sudoeste da Fo- obteve idade de 1.494 ± 10 Ma (cristalização).


lha Pontes e Lacerda, enquadrando-as no
Complexo Granulítico-Anfibolítico de Santa MP1γac - Suíte Intrusiva Água Clara
Bárbara, renomeado por Ruiz et al. (2003)
como Complexo Granulítico Santa Bárbara. ASR
As relações de contato entre os gra-
nulitos e os anfibolitos componentes desse Descrita inicialmente como Granodio-
complexo não são claras, embora o hiato me- rito Água Clara (Saes et al.,1984) esta intru-
tamórfico sugira uma justaposição tectônica. são constitui um corpo que se estende por
Os granulitos são de cor cinza-esver- 160 km2, no distrito de Farinópolis, municí-
deada, mesocráticos, mostram textura gra- pio de Araputanga.
noblástica, granulação fina a média e discre- As rochas encaixantes deste batólito
ta fábrica planar. Apresentam bimodalidade são gnaisses cor cinza, anfibolitos, metaba-
composicional dada por um pólo enderbíti- saltos porfiríticos e metassedimentos clásti-
co e outro norítico. cos e químicos Grupo Pontes e Lacerda.
Os enderbitos são de granulação gros- Ocorrem ainda, diques do Granito Alvora-
sa, textura granoblástica, e contêm biotita, hor- da, caracterizados pela cor cinza-claro, gra-
nblenda, clino e ortopiroxênios. O plagioclá- nulação fina a média, ausência de deforma-
sio (Na 25-35) e o quartzo, com limites retilí- ção e idade mínima Rb-Sr de 1.400 Ma.
neos e eventualmente denteados, constituem (Monteiro et al.,1986).
material magmático original. Como acessóri- Segundo Matos et al. (1996) as rochas
os, ocorrem zircão, apatita e opacos. que constituem este batólito possuem aspec-
Os noritos compreendem hornblenda- to homogêneo e foliação concordante com
orto e clinopiroxênio metagabros. Distinguem- as encaixantes. Apresentam cores cinza-cla-
se dos granulitos enderbíticos, pela ausência ra e cinza-escuro, granulação variando de fina
de quartzo, predominância do clino sobre o a grossa, localmente com textura porfirítica.
ortopiroxênio, ausência da biotita e abundân- Trata-se de um corpo de composição
cia da apatita. granítica e granodiorítica, com texturas diver-
Os anfibolitos são anisotrópicos, meso sas (equigranular, inequigranular ou porfirítica)
e melanocráticos, cinza-escuros, granulação tendo como constituintes essenciais quartzo,
fina a média. Ao microscópio mostram textura K-feldspato, plagioclásio (An8 a An20) e, su-
nematoblástica. O plagioclásio, bastante subor- bordinadamente, biotita primária e granada
dinado, é mais cálcico que a albita. O epidoto (em alguns litótipos). Os acessórios estão re-
(raro) ocorre substituindo o plagioclásio. En- presentados por zircão, opacos, titanita e apa-
tre os acessórios, tem-se quartzo, zircão, tita- tita, e os minerais de alteração por epidoto, bi-
nita, ilmenita e apatita. Faixas mais grossas, otita, muscovita, sericita, calcita e argilo-mine-
inequigranulares e de cor cinza-esbranquiça- rais. Petrograficamente ficam evidenciados dois
da, ocorrem subordinadamente. tipos litológicos: um peraluminoso, constituí-
Em afloramento, observam-se pontu- do por granitóides granatíferos e outro meta-
ações de sulfetos disseminados ou em níveis luminoso. Atribui-se a existência de granada a
descontínuos com espessuras sub-milimétri- possíveis eventos metamórficos de grau mé-
cas contidos na foliação principal, fissura- dio a alto e/ou a manifestações de caráter cál-
mentos preenchidos por epidoto e carbona- cio-alcalino de alto Al.
to zonas brechadas com espessuras decimé- O caráter intrusivo é evidenciado pela
tricas concordantes com a foliação dominan- presença de enclaves máficos – ultramáficos
te. Esta apresenta direção geral NNW e mer- de dimensões muito variadas (centimétricas
gulhos altos para ENE. a quilométricas). Uma foliação tectônica é
Datação K-Ar em rocha anfibolítica acu- penetrativa no batólito e tem atitude persisi-
sou valor aproximado de 1.330 Ma. Esta idade é tente em torno de N40W/80SW.
compatível com aquelas encontradas para o prin- O resultado U-Pb convencional de
cipal evento tectono-matamórfico definido na fo- 1.485 ± 04 Ma., obtido em monocristais de
lha Pontes e Lacerda (Menezes, 1993). Ruiz et zircão, foi interpretado por Geraldes (2000)
al., (2004) através do método U-Pb em zircão, como provável idade da cristalização do ba-
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Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

tólito, enquanto o valor de TDM 1.77Ga., indi- 2003) corresponde a um corpo intrusivo,
caria o período de fracionamento mantélico. alongado segundo a direção NNW, alojado
em gnaisses e migmatitos do Complexo Me-
tavulcanossedimentar Pontes e Lacerda e
MP1γp - Suíte Intrusiva Pindaituba marcado por intensa foliação penetrativa. A
(ASR) relativa homogeneidade petrográfica dessa
unidade é quebrada pela ocorrência de ní-
Constitui uma associação de rochas veis subvulcânicos e por sítios restritos de
graníticas intrusivas encaixadas no Grupo rochas poupadas da deformação dúctil, ge-
Pontes e Lacerda e no Complexo Metavul- radoras da foliação penetrativa, seu princi-
canossedimentar Rio Galera. Neste trabalho pal elemento estrutural.
engloba também parte das rochas anterior- O corpo ígneo é constituído por ro-
mente atribuídas à Suíte Intrusiva Santa Cla- chas leucocráticas, de granulação grossa, por-
ra (Ruiz et al., 2004). firítica, coloração variando de rósea a cinza-
Compreende granitóides foliados, milo- rosada, com intensa anisotropia caracterizada
níticos a protomiloníticos, de composição es- por uma foliação milonítica e estrutura ocelar
sencialmente monzogranítica a granodiorítica e típica. Composicionalmente são classificados
sienogranítica, expostos sob a forma de batóli- como biotita-monzogranitos e apresentam
tos ou intrusões menores, aparentemente tabu- composição mineralógica à base de quartzo,
lares, controlados pela estrutura regional NW. plagioclásio, feldspato alcalino, biotita, grana-
Foram identificados na região oito cor- da, zircão, apatita, allanita e opacos.
pos graníticos como constituintes desta suí- Os dados geocronológicos obtidos
te, representados pelos Granitos Sapé, pelo método convencional U-Pb em zircão
Anhanguera, Pedra Branca, Nossa Senhora no Granito Sapé indicam uma provável ida-
da Conceição, Nova Lacerda Santa Elina, de de cristalização ao redor de 1.436 ±
Banhado e Santa Clara. 04Ma., portanto, a provável idade de forma-
O Granito Sapé é um corpo intrusivo, ção desta Suíte.
deformado e metamorfisado, de dimensão ba- Granito Pedra Branca - exibe duas fá-
tolítica, orientado segundo a direção NNW, alo- cies distintas: a mais antiga e abundante, cons-
jado em xistos do Complexo Metavulcanosse- tituída por litótipos leucocráticos, porfiríticos, de
dimentar Pontes e Lacerda, constituindo-se de cor rosa a cinza rosado, localmente pegmatíti-
duas fácies petrográficas distintas: uma mais cos, com marcada textura ocelar e composi-
antiga, dominada por rochas cinza-escuras, ção monzogranítica; a fácies mais jovem ocor-
granodioríticas e outra, mais jovem, composta re sob a forma de veios e diques, dispostos
por rochas cinza clara, granodioríticas a mon- concordantes à Sn, constitui-se por rochas
zograníticas. foliadas, de granulação fina, eqüigranulares,
A fácies mais velha exibe composição cor rosa clara e composição monzogranítica,
granodiorítica a monzogranítica, cinza-escura concordantes com a foliação Sn.
e restringe-se à borda NE do batólito, em uma Granito Nossa Senhora da Conceição
faixa alongada na direção NNW, com aproxi- - aflora na encosta da Chapada dos Parecis e
madamente 10 km de comprimento. Consti- corresponde a uma intrusão de pequena di-
tui-se de rochas mesocráticas, cinza-escuras, mensão, subelíptica, encaixada em rochas do
granulação média a grossa, foliadas, sendo Complexo Metavulcanossedimentar Rio Gale-
comum estruturas ocelar, típicas de cisalha- ra. Exibe duas fácies: uma dominante que cor-
mento. A composição mineralógica essencial responde a rochas leucocráticas, grossas, por-
é dada por quartzo, plagioclásio, feldspato al- firíticas, cor cinza-claro, composição monzo a
calino, biotita, clorita, zircão, apatita e opacos. granodiorítica, textura protomilonítica; e outra
A fácies mais jovem é composta por ro- subordinada, mais jovem, sob a forma de di-
chas leucocráticas, cinza-claras, granulação ques centimétricos, caoticamente distribuídos,
média, foliada e composição variando de bioti- formado por rochas eqüigranulares, fina a
ta-monzogranitos e, mais raramente, biotita-gra- média, cor cinza clara, foliadas e de composi-
nodioritos. Mineralogicamente é definida por ção monzogranítica.
quartzo, plagioclásio, feldspato alcalino, biotita, Granito Nova Lacerda - corresponde
clorita, epidoto, zircão, apatita e opacos. a um corpo irregular, levemente orientado se-
Granito Anhangüera (Araújo Ruiz, gundo o trend regional NNW, alojado em ro-
83
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

chas do Complexo Metavulcanossedimentar cão, forneceu idade de 1.444 ± 13Ma – cris-


Rio Galera e do Pluton Pedra Branca. É consi- talização (Ruiz, 2003).
derado tardi cinemático por exibir estrutura
maciça nas porções internas do corpo e folia- MP1γsh - Suíte Intrusiva Santa Helena
ção nas bordas. Exibe duas fácies distintas: GJR
uma dominante, mais antiga, perfazendo mais
de 95% do corpo, composta por rochas ma- A designação de Granito Santa Hele-
ciças ou orientadas, leucocráticas, ineqüigra- na foi introduzida por Saes et al. (1984) para
nulares, grossas a médias, cor cinza, compo- incluir um batólito granítico foliado, mais tar-
sição variando de monzogranítica a granodio- de também estudado por Menezes (1993)
rítica, sendo comuns enclaves de anfibolitos e que inseriu o termo “gnaisse” à designação
gnaisses e, uma mais jovem, representada por original de forma a ressaltar sua marcante
diques centimétricos, compostos por rochas foliação milonítica. Geraldes (2000) passou a
leucocráticas, eqüigranulares, finas a médias, denominar de Suíte Santa Helena o batólito
maciças, de cor rosa, composição monzograní- homônimo e vários outros corpos graníticos
tica a sienogranítica. a tonalíticos aflorantes nos limites ocidentais
Granito Santa Elina - trata-se de um cor- da Folha Jauru.
po intrusivo fortemente foliado, composto por O batólito Santa Helena é o corpo
rochas leucocráticas, ineqüigranulares, médi- mais expressivo da suíte, apresentando for-
as a grossas, de cor rosa e composição mon- ma alongada na direção N-S com 75 km de
zogranítica. (Geraldes, 2000). extensão por 35 km de largura. Encontra-se
Granito Banhado - corresponde a um limitado a oeste pela serra do Cágado e serra
corpo intrusivo, orientado, intensamente fo- do Caldeirão, e a leste pelo rio Brigadeirinho.
liado, evidenciando uma mistura de dois ti- O contato com as rochas do Grupo Pontes e
pos litológicos principais, compreendendo Lacerda e do Grupo Aguapeí é tectônico, e
rochas leucocráticas, ineqüigranulares, mé- com as rochas do Complexo Alto Guaporé é
dias a grossas, coloração rosa a cinza ro- intrusivo.
sada e, em menor proporção, rochas leuco O batólito é composto por granitos
a mesocráticas, cinza, ineqüigranular, fina porfiróides, com granodioritos, tonalitos, apli-
a microporfirítica. tos e pegmatitos subordinados. O feldspato
Granito Santa Clara - conforma um alcalino é abundante nos granitos, variando
corpo intrusivo em rochas polideformadas e de 40 a 50%, com quartzo e plagioclásio en-
metamorfisadas na fácies anfibolito do Com- tre 20 a 25%, além de biotita e hornblenda
plexo Metavulcanossedimentar Rio Galera, em torno de 5 a 10%. Minerais acessórios
parcialmente recoberto pelos sedimentos sili- incluem allanita, apatita, zircão e magnetita.
ciclásticos do Grupo Parecis. Expõe-se em Os dados geoquímicos indicam, nas
uma extensão aproximada de 20 Km2, com- partes centrais do batólito, teores elevados
preendendo um corpo de formato ligeiramen- de SiO2 (74-76%) Na2O + K2O (8,4-11%) bai-
te elíptico a subcircular, orientado segundo o xo Al2O3 (11,2-12,8%) e muito baixo CaO (0,53-
trend estrutural regional NNW (Ruiz et al., 1,0%). Apresentam forte enriquecimento nos
2004). níveis totais dos ETR, excetuando-se o euró-
Constituí-se de rochas leucocráticas, pio. Mostram caráter metaluminoso e afinida-
cinza-claras, tendo a biotita como único máfi- de com os granitos do tipo A. Entretanto, nas
co. No diagrama QAP classifica-se como sie- zonas marginais do batólito ocorre um enri-
no-granitos, pertencentes ao domínio dos gra- quecimento em Sr, Ba e Ti e um relativo em-
nitos crustais. O mapeamento deste corpo as- pobrecimento de Rb, Th, U, ETR e HFSE em
sociado aos aspectos texturais permitiram a in- relação às partes centrais do batólito.
dividualização de duas fácies petrográficas de As rochas da suíte exibem zonas de
composição mineralógica semelhantes. Uma deformação concentrada, miloníticas, com
mais abundante, porfirítica, matriz grossa, en- atitude de direção N40-60W e mergulhos mo-
globa cerca de 95% da área aflorante do cor- derados para NE, até verticais. Zonas de ci-
po granítico e outra, eqüigranular média a salhameto transcorrentes dextrais balizam a
média-fina, foliada, presente apenas como borda oeste do batólito Santa Helena, desen-
diques centimétricos. volvendo faixas miloníticas e cataclásticas. O
Datação pelo método U/Pb em zir- grau metamórfico da deformação é compa-
84
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

tível com a fácies anfibolito. cinza-escuro, granulação fina a afanítica, es-


As idades U-Pb variam desde 1.422 trutura maciça, textura ofítica a subofítica e
± 04 Ma. até 1.456 ± 34 Ma., enquanto os são constituídas essencialmente por plagio-
resultados Sm-Nd são relativamente unifor- clásio e piroxênio e/ou anfibólio. As rochas
mes, com ÎNd(t) de +2,60 a +4,00 e TDM vari- plutônicas mostram uma cor cinza-esverdea-
ando de 1,48 a 1,63 Ga. (Geraldes et al., da com tons negros, granulação média a fina
2001). Outras datações pelo método U-Pb e estrutura maciça e são da mesma composi-
em zircão, mostraram idade de cristalização ção das efusivas (Barros et al., 1982).
de 1.456 ± 10 Ma. a 1.419 ± 09 Ma., e uma Geraldes (2000) e Geraldes et al. (2001)
isócrona Rb-Sr com idade de 1.318 ± 24 Ma. utilizando os métodos U-Pb e Sm- Nd, obtive-
pode representar a idade do metamorfismo. ram idades de 1,46 a 1,42 Ma. para as rochas
básicas e félsicas da suíte Intrusiva Rio Branco,
MP1γrb – MP1γrb - Suíte Intrusiva Rio Branco interpretadas como idade de cristalização. As
ASR idades TDm foram interpretadas como idades de
As rochas que constituem esta suíte extração mantélica e indicam que o protólito
foram estudadas inicialmente por Oliva et al. das rochas básicas foi formado entre 1.86 – 1.82
(1979) sendo denominadas de Complexo Ser- Ga., e o protólito das félsicas entre 1.80 – 1.73
ra de Rio Branco. Barros et al. (1982) nomina- Ga. Datação pelo método U-Pb em zircão, for-
ram-nas de Grupo Rio Branco, classificando- neceu idade de 1.423 ± 03 Ma. (Ruiz, 2003).
as como uma seqüência pluto-vulcânica
constituída por rochas básicas e ácidas. MP2γsr - Suíte Intrusiva Santa Rita
Coube a Leite et al. (1985) a definição ASR
do termo Suíte Intrusiva Rio Branco caracte- A denominação de Suíte Intrusiva
rizando-a como um complexo ígneo estrati- Santa Rita foi proposta por Ruiz et al., (2004)
forme diferenciado. Entretanto, ressalta-se o ao descreverem um conjunto de corpos in-
caráter bimodal desta unidade, que poderia trusivos de composição tonalítica a monzo-
indicar um magmatismo anorogênico, pos- granítica, que dispõem-se em uma faixa com
sivelmente desenvolvido em ambiente rift. direção NNW, limitada a leste pelo Bloco Jau-
Ocorre em uma faixa de direção nor- ru e a oeste pelo Bloco Paraguá. A Suíte San-
te-sul, nas proximidades das cidades de Rio ta Rita é reconhecida como uma associação
Branco e Salto do Céu, com aproximadamen- de rochas ígneas, leucocráticas a mesocráti-
te 75 km de comprimento e 30 km de largura. cas, de cor cinza, exibindo granulação vari-
Segundo as descrições de Barros et al. ando de equigranular média a porfirítica. A
(1982) Leite et al. (1985) e Geraldes (2000) feição marcante destas intrusões é a foliação
trata-se de uma associação pluto-vulcânica tectônica, localmente milonítica.
dominada por rochas ácidas a intermediári- As intrusões agrupadas nesta suíte
as no topo (MPI γrb) e rochas básicas na correspondem a corpos de dimensões redu-
base (MPIδrb). zidas, alongados segundo o trend da estrutu-
MP1γrb – Constitui-se predominante de rio- ração regional NNW. Ruiz et al. (2004) des-
dacitos e granitos pórfiros granofíricos (grani- creveram três plutons de composição tonalí-
tos com textura rapakivi). As rochas vulcâni- tica dominante: Tonalito Rio Aguapeí (Pinho,
cas exibem coloração avermelhada, são iso- 1990); Tonalito São José (Ruiz et al., 2004) e
trópicas e porfiríticas com fenocristais de quart- Tonalito Rio do Cágado (Menezes, 1993) além
zo e feldspato imersos em matriz felsítica. Os do Granodiorito Rio Alegre (Geraldes, 2000) e
componentes plutônicos são representados uma intrusão granítica, informalmente desig-
por granitos granofíricos com texturas do tipo nada Granito Carrapato (Geraldes, 2000).
rapakivi, isotrópicos, porfiríticos, de cor verme- Os dados geocronológicos U-Pb em
lha a rósea. Os fenocristais são de feldspato monocristais de zircões, apresentados por
alcalino e plagioclásio, dispostos em uma ma- Geraldes (2000) e Geraldes et al.(2001) indi-
triz fina granofírica com intercrescimento de cam idades para o Tonalito Rio Aguapeí de
quartzo e feldspato alcalino. 1.384 ± 40 Ma.; para o Granodiorito Rio Ale-
gre de 1.412 ± 05 Ma.; e para o Granito Carra-
MP1δrb - Compreende basaltos toleíticos e
pato, de 1.400 ± 24 Ma. Datação U-Pb
gabros. As rochas efusivas exibem coloração
SHRIMP paraa o Tonalito Rio Aguapeí indica
85
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

idade de 1.379 ± 31 Ma. da: 1) metamonzogranito e anfibolito (magma-


tismo bimodal); 2) sillimanita xisto e formação
MP2γa - Suíte Intrusiva Alvorada ferrífera (rochas metassedimentares clásticas e
ASR químicas); 3) muscovita-granada leucogranito
(granito tipo S); e 4) rochas máficas/ultramáfi-
O termo Suíte Intrusiva Alvorada foi
cas intrusivas.
utilizado por Monteiro et al. (1986) para desig-
O magmatismo bimodal máfico-félsi-
nar um conjunto de plutons graníticos alon-
co está representado por anfibólio-biotita me-
gados e subcirculares, localizados entre as
tamonzogranito porfirítico, intrusivo nas rochas
cidades de São José dos Quatro Marcos e a
máficas (anfibolitos de granulação média a
Reserva do Cabaçal. Inicialmente esses plu-
fina). A feição mais característica dessa associ-
tons foram definidos como pertencentes à
ação é a migmatização que acompanhou o
Suíte Intrusiva Guapé por Barros et al. (1982).
cisalhamento de alto ângulo, gerando foliação
Ruiz (1992) descreve estes granitóides
milonítica sigmoidal e boudins de anfibolito. A
como geralmente equigranulares, granulação
idade isocrônica Rb-Sr dos ortognaisses da
média a fina, cor cinza-clara a rósea, isotrópi-
pedreira RO-15 é de 1.360 ± 45 Ma. Em con-
cos a levemente orientados e de composi-
trapartida, as idades 40Ar-39Ar em hornblen-
ção dominante monzogranítica. Afloram ora
da do anfibolito (RO-18 e RO-19) forneceram
como pequenos corpos (plugs e stocks) ir-
idades plateau de 1.315 ± 6 Ma e 1.313 ± 3-
regulares a subelípticos, que cortam as uni-
1319 ± 2 Ma., respectivamente. Estes valo-
dades mais antigas, ora como corpos maio-
res radiométricos são interpretados como ida-
res, caracterizando plutons subarredondados
de do resfriamento metamórfico.
a elípticos.
A associação de xistos, hematita-
Ao microscópio, nota-se o predomí-
quartzitos e xistos manganesíferos com len-
nio da textura hipidomórfica equigranular e
tes subordinadas de anfibolitos constitue
raramente hipidiomórfica inequigranular. O pla-
pequenas serras que exibem dobramento
gioclásio e o feldspato alcalino são subidiomór-
isoclinal e foliação vertical. Bolsões e lentes de
ficos, o quartzo é xenomórfico e intersticial e a
granito do tipo S mostram relação de deriva-
biotita ocorre em pequenas lamelas. Os opa-
ção a partir das rochas metassedimentares.
cos comumente associam-se a biotita e os
Os leucogranitos anatéticos pegma-
acessórios comuns são a apatita, titanita, zir-
tóides e aplíticos, constituídos por feldspato
cão e allanita.
alcalino, quartzo, granada, muscovita e rara
Geraldes (2000) mostra resultados de
biotita, ocorrem na forma de lentes e bolsões,
datações U-Pb obtidos para esta unidade nas
além de pequenos corpos alongados sub-
regiões de Cachoeirinha, São José do Qua-
concordantes com a estruturação regional.
tro Marcos e fazenda Alvorada, da ordem de
Cristais de muscovita de um leucogranito fino
1.394 ± 37 Ma. a 1.546 ± 15 Ma. Ainda que
(RO-14) foram datados por 40Ar-39Ar e forne-
seja notável essa variação de valores, pode-
ceram idade plateau de 1.314 ± 6 Ma., a qual
se admitir uma idade média de cristalização
é interpretada como época do resfriamento
para esta suíte ao redor de 1.400 Ma.
do metamorfismo regional.
As rochas máficas ocorrem como cor-
MP2co(g) MP2co(ms) MP2co(q) MP2co(u) -
pos isolados subarredondados que mostram-
Suíte Metamórfica Colorado
se bastante preservados estruturalmente, cons-
GJR
tituindo, possivelmente, megapods da deforma-
ção regional. São constituídas por metagabros
As rochas polideformadas do extre-
acamadados de granulação grossa que mos-
mo sudeste de Rondônia estavam inseridas
tram textura ígnea cumulática preservada.
inicialmente no Complexo Xingu (Silva et al.,
Três frações de zircões analisadas desta ro-
1974) ou no Complexo Basal (Souza et al.,
cha alinham-se em uma discórdia com ida-
1975). Posteriormente, Scandolara et al. (1999)
de de intercepto superior de 1.352 ± 3 Ma.
agruparam estas rochas na Seqüência Meta-
(MSWD=0,18) interpretada como a idade de
vulcanossedimentar Nova Brasilândia. Rizzot-
cristalização.
to et al. (2002) definiram a Suíte Metamórfica
As rochas ultramáficas são representa-
Colorado como uma associação de rochas
das por actinolita-metagabros e hornblenditos
polideformadas em condições metamórficas
intrusivos nos xistos e quartzitos. Também
da fácies anfibolito superior, assim representa-
86
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

mostram textura ígnea preservada em zonas nitos mostram uma intensa serpentinização, to-
de deformação de alto ângulo. davia, a mineralogia primária preservada é re-
presentada por olivina, ortopiroxênio e clinopi-
MP2γlj - Granito Lajes roxênio. A paragênese neoformada é consti-
ASR tuída por agregados fibrosos e lamelares de
serpentina, carbonato, talco e clorita, caracte-
Matos e Ruiz (1991) descreveram a rizando a textura mesh. Uma intensa rede de
ocorrência de um pluton granítico na região fraturas preenchidas por sílica amorfa, garnie-
limítrofe Brasil-Bolívia, mais exatamente nas pro- rita e malaquita corta os dunitos.
ximidades do Destacamento Fortuna. Esta in- Os serpentinitos do morro Sem-Boné
trusão é constituída por rochas leucocráticas, são maciços, de granulação fina, textura gra-
cinza-esbranquiçadas, com tonalidades esver- noblástica, constituídos essencialmente por
deadas, granulação fina a média, fracamente serpentina (95%) e óxidos de Fe, Ni e Cr. A
anisotrópicas, identificadas como sienogra- serpentina ocorre em agregados lamelares,
nitos e monzogranitos. microlamelares e fibrosos, associados a hi-
As encaixantes são rochas gnáissicas dróxidos de ferro.
e migmatíticas, enfeixadas por Matos e Ruiz As rochas máfico-ultramáficas dessa
(1991) no embasamento metamórfico, equi- suíte apresentam uma assinatura geofísica
valente ao Complexo Metamórfico Tarumã característica evidenciada por fortes anoma-
(Ruiz et al., 2004). A extensa cobertura holo- lias magnéticas bipolares, simétricas.
cênica que recobre as áreas arrasadas em Mineralização associada nesta unidade
direção ao chaco boliviano, impede uma refere-se ao depósito de níquel em rochas ul-
definição mais precisa da forma deste plu- tramáficas serpentinizadas dos morros do
ton. Leme e Sem Boné. Teores anômalos em Cu,
Geraldes (2000) através de duas data- Co, elementos do grupo da platina e ouro es-
ções U-Pb em zircões, obteve duas idades tão relacionados à concentração supergênica.
para este corpo granítico: uma mais antiga, Datação pelo método K-Ar em plagi-
muito imprecisa, indica uma idade de 1.608 oclásio, forneceu idade de 1.245 ± 35 Ma.
± 200 Ma. e outra, mais jovem, obtida a partir para o metamorfismo (Ruiz, 2003).
de quatro frações de zircões, mostra uma ida-
de de 1.310 ± 34 Ma. Este autor e Tassinari et MP2λac - Alcalinas Canamã
al. (2001) interpretaram esses resultados como GJR
a re-homogenização do sistema U-Pb, após
a cristalização da rocha em torno de 1.600 Ma. A denominação de Sienito Canamã
(Silva e Issler, 1974) foi dada ao álcali-sienito
δva – Suíte Intrusiva Vale do Alegre
MP2δ intrusivo nas rochas do Complexo Xingu. Sil-
ASR va et al. (1980) englobaram outros corpos de
características geológicas semelhantes com
O conceito original da unidade foi pro- a designação genérica de Alcalinas Canamã,
posto por Barros et al. (1982) para uma associ- e a posicionaram como a unidade mais jo-
ação máfico-ultramáfica que aflora dispersa- vem do Grupo Caiabis.
mente ao longo do vale do rio homônimo, A principal área de ocorrência das ro-
entre as serras Santa Bárbara e Pau-a-Pique, chas alcalinas está indicada, em imagens de
constituída por gabro, gabro anfibolitizado e/ sensores remotos, por duas estruturas circu-
ou anfibolito e serpentinito. Corpos ultramáfi- lares no alto curso do rio Canamã. Outros
cos (morro do Leme e morro Sem-Boné) ocor- corpos de menor expressão em área ocor-
rem como ilhas na planície do rio Guaporé. rem no domínio do Domo do Sucunduri.
Matos (1995) agrupa na Seqüência Metavul- Estas rochas alcalinas são dominan-
canossedimentar Rio Alegre rochas ultramáfi- temente leucocráticas, de granulação média a
cas e anfibolitos intercalados em mica-xistos, grossa, com variedades microgranulares e peg-
além de gabros e serpentinitos metamorfisa- matíticas associadas. Mostram-se porfiróides e
dos na fácies xisto verde. com texturas de fluxo magmático.
Nunes (2000) descreve os peridotitos, As Alcalinas Canamã são constituídas
dunitos e serpentinitos que ocorrem nos mor- por sienito, microssienito, quartzo-sienito albi-
ros do Leme e Sem-Boné. Os peridotitos e du- tizados e aegirina-arfvedsonita granito. Possu-

87
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

em características hipersolvus e caráter alcali- realçados por bordas de resfriamento, exibin-


no, definido pela presença de aegirina, aegiri- do texturas afaníticas a microfaneríticas, além
na-augita, arfvedsonita e aenigmatita. Nos si- de enclaves das encaixantes.
enitos predomina o feldspato alcalino meso- Os dunitos constituem lentes irregu-
pertítico, além de albita cristalizada tardiamen- lares e alongadas com mergulho de 30-45º
te. O anfibólio é o máfico mais abundante, se- SW, mostrando contato gradacional com os
guido por piroxênio e biotita. Como acessó- troctolitos e olivina-gabros. São constituídos
rios ocorrem titanita, rutilo, zircão, opacos, por ortocumulatos de olivina euédrica, além
allanita e apatita. de piroxênio, plagioclásio, anfibólio, espiné-
Dados de química mineral do maciço lio e minerais de alteração do tipo serpenti-
Canamã indicaram condições de cristaliza- na, actinolita-tremolita, clorita, carbonato e
ção em pressões de 1 a 3 Kb e temperatura albita. A textura primária encontra-se pouco
variando entre 1.000 a 700°C e afinidade com preservada onde o crescimento de serpenti-
rochas da série alcalina-sódica. Os efeitos na com textura mesh e opacos sobre a olivina
metamórficos-deformacionais estão restritos mascara a feição ígnea.
a porção setentrional do maciço Canamã, Os troctolitos e olivina-gabros diferem
onde o mesmo mostra-se afetado pela Fa- essencialmente no conteúdo de olivina e piro-
lha honônima, resultando em litótipos folia- xênios. As texturas são mesocumuláticas, or-
dos e de incipiente bandamento metamórfi- tocumulática, granoblástica e coronítica.
co. Os dados geoquímicos da Suíte Cacoal
A idade obtida pelo método Rb-Sr em indicam filiação toleiítica com tendência a cal-
rocha total no maciço Canamã é de 1.216 ± 30 cioalcalina, relacionada provavelmente aos cu-
Ma., com razão isotópica inicial de 0,704 ± 0,001. mulatos de plagioclásio.
A assinatura geofísica mostra altos va-
MP2µc - Suíte Intrusiva Cacoal lores magnetométricos indicados por uma
GJR forte anomalia bipolar, que se estende além
dos limites aflorantes dos corpos máficos, em
Romanini (1992) denominou de Com- direção à parte interna da Bacia de Pimenta
plexo Máfico-Ultramáfico de Cacoal e Comple- Bueno.
xo Máfico do Limão os litótipos que afloram na O posicionamento estratigráfico da
região de Cacoal.. Scandolara et al. (1999) su- unidade foi definido por meio de datação de
gerem a denominação de Suíte Intrusiva Bási- uma rocha ultramáfica que forneceu idade
ca-Ultrabásica Cacoal e incluem inúmeros sto- convencional K-Ar de 1.372 ± 21 Ma.
cks básicos/ultrabásicos que ocorrem princi-
palmente na região de Alta Floresta d‘Oeste e MP2λag - Alcalinas Guariba
Pedras Negras. GJR
A área de ocorrência da suíte é restri-
ta à borda norte do Graben Pimenta Bueno, O conjunto de serras situadas na re-
na região de Cacoal. Suas rochas apresen- gião limítrofe entre os estados do Amazonas
tam forma subcircular a elipsoidal, com elon- e Mato Grosso, no interflúvio dos rios Guari-
gação máxima segundo a direção NW, intru- ba e Aripuanã, é formado dominantemente
sivas no Complexo Jamari. Estão representa- por sienito, quartzo-sienito e granito. Leal et
das dominantemente por dunito, olivina-me- al.(1978) acrescentam às rochas acima cita-
lagabro, troctolito, serpentinito e olivina-gabro- das os traquitos aflorantes na margem es-
norito. De forma subordinada ocorrem piro- querda do rio Madeira e passam a denomi-
xenito, gabro e anortosito. Mostram estrutura nar todo o conjunto de Alcalinas Guariba.
acamadada rítmica, marcada, principalmen- Os sienitos, intrusivos nos metagrani-
te, pela alternância de dunito e troctolito. tos da Suíte São Romão, possuem granula-
Os olivina gabros variam na granula- ção grossa e são estruturalmente isótropos. Os
ção desde termos finos a porfiróides, com minerais essenciais estão representados domi-
textura granular hipidiomórfica e subofítica. nantemente por ortoclásio fortemente pertíti-
Os noritos são bastante restritos e mos- co e raros cristais de oligoclásio. O quartzo é
tram contato intrusivo nos olivina-gabros. intersticial. A hastingsita é o mineral máfico
As rochas máficas mostram contatos dominante, geralmente associada a biotita.
intrusivos nas litologias do Complexo Jamari, Os granitos estão relacionados espacialmen-
88
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

te com os sienitos, contudo as relações de ra dos Caiabis, a Formação Dardanelos apre-


contato entre ambos não são claras. Possu- senta-se localmente afetada por falhas com
em granulação grossa, estrutura isótropa e dobras de arrasto.
apresentam mineralogia bastante similar à Em sua maior parte, as atuais bordas
dos sienitos. são marcadas por zonas de cisalhamento
Os dados isotópicos de RbSr em ro- transcorrentes. Contatos erosivos são obser-
cha total resultaram em uma idade isocrô- vados subordinadamente. Foram identificadas
nica de 1.260 ± 56 Ma., com razão isotópi- pelo Projeto Alta Floresta (Souza et al., 2004)
ca inicial de 0,708. quatro unidades litológicas distintas:
Unidade 1 (MP2d1) - Compreende a unida-
MP2δ - Diques e Sills Básicos
de basal e consiste predominantemente de
ASF
arenito e arenito arcoseano róseo, com grãos
finos a médios, arredondados bem selecio-
Com esta denominação foram carto-
nados, mostrando estratificações plano – pa-
grafados corpos de rochas básicas sob a for-
ralelas, cruzadas acanaladas e superfícies de
ma de diques e sills não deformados e sem
reativação. São freqüentes na base níveis sei-
metamorfismo, que cortam a maioria das uni- xosos, conglomerados intraformacionais com
dades paleoproterozóicas presentes na área. subarredondados a arredondados de quartzo
Normalmente apresentam dimensões e conglomerados polimíticos. Seu contato é
reduzidas, com extensão de poucas centenas tectônico com as rochas da Suíte Nova Ca-
de metros e espessuras decamétricas. Um di- naã onde se apresentamostrando-se deforma-
que mais expressivo expõe-se a sul de Apia- da com ângulos de mergulho variável. Em seu
cás, avançando para leste até próximo ao rio extremo sudeste, na serra Formosa, estas ro-
Teles Pires; apresenta extensão superior a chas encontram-se sub-horizontalizadas, em
100km bem marcados nos mapas aerogeofí- discordância erosiva sobre rochas graníticas e
sicos, notadamente nos de sinal analítico e de vulcânicas .
relevo sombreado. Os conglomerados basais, com clastos de
São predominantemente de diabásio rochas ígnea, arenito e argilito são interpre-
de cor cinza-escuro a esverdeado, textura ine- tados como leques aluviais. As estratificações
quigranular fina a média, matriz subofítica fina, plano-paralelas, cruzadas acanaladas e pla-
estrutura maciça, contendo basicamente pla- nares bem como superfícies de reativação
gioclásio e minerais máficos. A presença des- presentes nos arenitos, indicam feições como
ses diques marca uma fase distensiva regio- barras longitudinais e transversais, topo de
nal, pouco expressiva. Algumas análises ge- barra, canais e seu preenchimento, típicas de
ocronológicas Rb-Sr em rocha total foram re- rios entrelaçados.
alizadas por Silva et al. (1980) e suas idades Na cachoeira Trusi II, localizada na
situam-se entre 1.321 Ma. e 1.416 Ma. borda oeste da serra Formosa, esta unidade
recobre rochas graníticas e inicia-se com
Grupo Caiabis - Formação Dardanelos conglomerados polimíticos (sustentados pe-
ASF los clastos) seguidos por camadas métricas de
arenito grosso com níveis conglomeráticos. Re-
A Formação Dardanelos foi a deno- presentam depósitos e barras longitudinais de
minação usada por Almeida e Nogueira Fi- canal. Sobrepõe-se uma seqüência de arenitos
lho (1959) para especificar uma seqüência médios a grossos, maciços, argilosos, dispostos
de quartzito, conglomerado e ardósia, ex- sob a forma de camadas, com intercalações de
posta na cachoeira homônima, situada no arenitos com níveis argilosos, e de arenitos finos
rio Aripuanã. a médios com estratificações cruzadas, acanala-
Consiste em uma cobertura sedimen- das e plano-paralelas. Representam depósitos de
tar horizontalizada que ocorre na região nor-
barras longitudinais associados a dunas suba-
te-noroeste de Mato Grosso, sobreposta em
quosas e depósitos de overbank
discordância angular-erosiva às rochas dos
Os argilitos e siltitos da Unidade II são
grupos Roosevelt, Colíder, Beneficente e as
interpretados como parte de uma transgres-
demais unidades de rochas que constituem
são sobre este sistema fluvial..
o embasamento regional. Segundo Pedrei-
ra (2000) em estudos na borda norte da ser- Unidade 2 (MP2d2) - Aflora sob a for-
89
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

ma de estreita faixa com orientação NW-SE Formação Dardanelos.


distribuída paralelamente ao rio Apiacás. É Idades obtidas por Saes e Leite (2003)
formada por uma seqüência de siltitos e ar- de 1.98 Ga. e 1.81 a 1.75 Ga. são interpreta-
gilitos avermelhados com níveis de arenitos dos, por estes autores, como idades de re-
finos, claros, formando solos avermelhados trabalhamento do Grupo Beneficente. Alter-
que contrastam com as extensas coberturas nativamente, os autores do Projeto Alta Flo-
arenosas provenientes das unidades que a resta (CPRM) interpretaram estes dados, cer-
envolvem. ca de 55% dos resultados analíticos de Saes
e Leite (2003) como indicativos de que as ro-
Unidade 3 (MP2d 3) - É composta
chas pertencentes ao Arco Magmático Ju-
predominantemente por arenitos arcoseanos
ruena (1.85 - 1.75 Ga.) serviram de fonte para
e arenitos de granulação fina a média, argi-
losos e friáveis. Ocasionalmente notam-se os sedimentos dessa bacia.
níveis de conglomerados intraformacionais
formados por grânulos e seixos arredonda- NP1ba – Grupo Caiabís - Formação Arinos
dos de quartzo, siltito e rochas vulcânicas. GJR
Os arenitos arcoseanos da unidade III mos-
tram o retorno do ambiente fluvial. A designação de Formação Arinos foi
proposta por Silva et al. (1980) para os ba-
Unidade 4 (MP2d4) – É representa- saltos amigdaloidais, diabásio, olivina-norito
da por uma seqüência de arenitos argilosos e gabro que constituem dois patamares se-
e arenitos arcoseanos, finos a grossos, com parados entre si pelos arenitos da Formação
intercalações de faixas conglomeráticas for- Dardanelos. As rochas máficas desta unida-
madas por grânulos e seixos esparsos e bem de ocorrem intercaladas com as rochas se-
arredondados de quartzo. Ocorre sob a for- dimentares no extremo oeste da Serra Caia-
ma de “ilhas”, sobre a unidade anterior. bis, margem direita do rio Arinos. Outro cor-
As estratificações cruzadas de gran- po máfico menos expressivo em área está
de porte e as intercalações de conglomera- situado na borda norte da Chapada Darda-
dos reforçam a deposição em sistema fluvi- nelos, próximo de Aripuanã.
al. Nas partes mais superiores desta seqüên- A relação de contato dos basaltos
cia são também observadas estratificações com os arenitos é ambígua. Entretanto, as
cruzadas de grande porte relacionadas a re- feições geológicas em imagem de satélite
trabalhamento eólico, freqüentes nestes am- sugerem que sejam sills.
bientes, porém sem caracterizar um ambiente Os basaltos possuem fenocristais de
desértico. Nos locais onde não foi possível a plagioclásio em matriz afanítica cinza-escu-
subdivisão esta Formação foi cartografada ro. Pequenas amígdalas subarredondadas
como unidade indivisa (MP2d) encontram-se preenchidas por epidoto e car-
Os dados estruturais convergem para bonato. A textura dominante é microporfirítica
a interpretação de que esta bacia, com cer- e subordinadamente subofítica. Os olivina-no-
ca de 500 km x 100 km, é do tipo romboé- ritos mostram textura equigranular, compostos
drica, desenvolvida em zonas transtracionais dominantemente por plagioclásio, piroxênio,
entre zonas de cisalhamento transcorrentes anfibólio e olivina, além de rara biotita. As olivi-
sinistrais adjacentes, de direção N70o-N80o W, nas ocorrem como cristais arredondados, apre-
no nível crustal rúptil-dúctil. sentando bordas de reação de piroxênio e an-
Zonas de cisalhamento transcorren- fibólio. Epidotização e cloritização são inten-
te internas incluem sistemas de fraturas ex- sas, além da serpentinização.
tensionais, preenchidas por quartzo e com As análises geoquímicas das rochas
orientação N400E, e também faixas miloníti- máficas da Formação Arinos conferem ao
cas e cataclásticas orientadas N850W/700NE. magmatismo Arinos um caráter alcalino com
A Formação Dardanelos, segundo tendência a sub-alcalino.
Saes e Leite (2003) apresenta zircões detríti- Os dados radiométricos (K-Ar) em ro-
cos obtidos em uma única amostra de seu cha total dos basaltos forneceram duas ida-
conglomerado basal com idades Pb-Pb en- des distintas. Aquelas rochas do patamar in-
tre 1.987 + 4 Ma. a 1.377 + 13 Ma., sugerin- ferior da Serra dos Caiabis possuem idade
do a idade máxima de 1.44 Ma. como repre- de 1.225 ± 20 Ma., enquanto que aquelas
sentativa para o início da sedimentação da do patamar superior apresentaram idade de
90
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

1.416 ± 14 Ma. (Silva et al., 1980). Além das características petrográfi-


cas que evidenciam a natureza subalcalina
MP3grp – Suíte Intrusiva Rio Pardo a alcalina, a assinatura geoquímica é indi-
GJR cativa de granitos tipo A.
Os dados geofísicos dos granitos forne-
Três fácies graníticas tardicinemáticas cem uma assinatura aerogamaespectrométrica
de natureza subalcalina a alcalina foram des- anômala no canal de potássio (30-80 cps) e apre-
critas na região sudeste de Rondônia por Sil- sentam alta razão U/Th. No canal de contagem
va et al. (1992) as quais foram agrupadas na total os níveis radiométricos oscilam entre 350 a
Suíte Intrusiva Rio Pardo. A seção-tipo dos 750 cps e apresentam um padrão aeromagnéti-
granitos da suíte encontra-se exposta na Fo- co de baixa susceptibilidade.
lha SC.20-Z-C-VI, entre as linhas do INCRA A deformação nos granitos é hete-
176, 180, 184 (km 12 a 17 a sul da linha 25) rogênea, mostrando variedades pouco fo-
204 e 208 (km 14 a 20) nas proximidades das liadas até tipos com forte foliação miloníti-
cidades de Alta Floresta e Santa Luzia ca, principalmente nas bordas dos corpos.
d’Oeste. Além destes corpos, também ocor- Nestas porções, o metamorfismo atingiu
rem outros na forma de stocks entre o alto temperaturas compatíveis com a fácies xis-
rio Roosevelt e rio Capitão Cardoso, na divi- to verde superior.
sa com Mato Grosso, adentrando parcial- As idades isocrônicas obtidas nas
mente neste Estado. rochas graníticas da Suíte Intrusiva Rio Par-
As rochas da suíte exibem contato tec- do, utilizando o método Rb-Sr, variaram de
tônico por meio de cisalhamento transcorren- 1016 ± 30 Ma. a 982 ± 31 Ma., com razão
te sinistral com as rochas metassedimentares inicial 87Sr/86Sr de 0,704 (Silva et al., 1992).
do Grupo Nova Brasilândia, em Rondônia, e Os dados U-Pb em quatro frações de
também são intrusivas no referido grupo. No zircão de um monzogranito porfirítico fornece-
Mato Grosso, os granitos são intrusivos nas ram idade de 1005 ± 41 Ma. A idade modelo
rochas do Grupo Roosevelt. Apresentam for- fornecida pelo método Sm-Nd foi de 1,50 Ga.,
mas alongadas, concordantes com a foliação com ÎNd (t) = + 0,50 (Rizzotto, 1999).
regional das encaixantes. São constituídos
dominantemente por monzogranito e sieno- Grupo Aguapeí
granito; quartzo-sienito e microclínio sienito ASR
subordinados, além de raros diques aplíticos O Grupo Aguapeí (Figueiredo e Oli-
e pegmatitos. A presença de enclaves máfi- vatti, 1974) em sua seção-tipo no extremo
cos quartzo-dioríticos com inclusões de fe- sul da serra Aguapeí, no local denomina-
nocristais de feldspato alcalino idênticos aos do fazenda do Lara, foi dividido em três
do granito, sugerem interação mecânica de sub-unidades distintas: 1) basal, compos-
magmas de vicosidades contrastantes (mag- ta por metaconglomerado oligomítico com
mas mingling). Ocasionalmente apresentam intercalações de metarenito; 2) média , for-
cavidades miarolíticas centimétricas preenchi- mada por ardósias, filitos e metassiltitos; 3)
das por quartzo, biotita e fluorita. superior, constituída por camadas de me-
Os aspectos petrográficos caracteri- tarenitos feldspáticos, com finas intercala-
zam as rochas como leucocráticas, de gra- cões de metassiltitos e, mais raramente,
nulação fina a grossa, com tipos porfiríti- ardósias. Souza e Hildred (1980) denomi-
cos subordinados. Exibem uma modera- naram estas rochas de Grupo Aguapeí e
da anisotropia planar marcada pelo ali- dividiram-no em três formações: Fortuna,
nhamento das lamelas de biotita e dos cris- Vale da Promissão e Morro Cristalino.
tais de feldspatos, os quais indicam cristali- As rochas clásticas do Grupo Agua-
zação magmática sincinemática e, local- peí ocorrem no extremo sudoeste da Fo-
mente, deformação no estado sólido. A mi- lha SD.21 (Cuiabá) configurando um rele-
neralogia essencial é composta por plagio- vo serrano, constituído pelas serras de São
clásio (An 10-30) microclínio, quartzo e bio- Vicente, Caldeirão, Pau-a-Pique, da Borda,
tita, tendo a hornblenda como principal va- Cágado, Salto do Aguapeí, Roncador, San-
rietal, além de titanita, apatita, allanita e zir- ta Bárbara ou Aguapeí e Ricardo Franco.
cão. Epidoto, clorita e mica branca são os
minerais de alteração mais freqüentes. MP3f – Grupo Aguapeí - Formação Fortuna
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Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

ASR evoluem de fluvial, gradando lateralmente a


Esta formação é composta por me- costeiro e marinho raso sob influência de
taconglomerado oligomítico basal com sei- maré. Na porção superior predominam de-
xos de quartzo e seixos de quartzitos su- pósitos de ambiente continental.
bordinados, em matriz sericítica. Na serra A deformação das rochas desse gru-
de São Vicente, os conglomerados são so- po é heterogênea, onde as coberturas sedi-
brepostos por metarenitos e metapelitos mentares mostram-se horizontalizadas na
avermelhados subordinados, constituindo porção ocidental da serra Santa Bárbara e
um pacote sedimentar de mais de 1000 me- na região de Rio Branco. Na porção oriental
tros de espessura. Os conglomerados repre- da serra Ricardo Franco e central de Santa
sentam porções distais de leques aluviais. Os Bárbara ocorre um domínio de dobras aber-
arenitos são essencialmente ortoquartzíticos, tas e simétricas. Na serra de São Vicente, as
em geral micáceos, com menos que 5% de dobras tornam-se assimétricas com vergên-
feldspatos. Os grãos apresentam seleção e es- cia para NE, com desenvolvimento de folia-
fericidade de moderada a boa, predominan- ção de plano axial e clivagem de crenulação.
do as formas subarredondadas sobre as an- A deformação é mais intensa nas serras de
gulosas. Petrograficamente foram descritos Pau-a-Pique, Salto do Aguapei e Santa Rita,
metaquartzo-arenitos, subarcóseos, subare- com dobras isoclinais invertidas, milonitiza-
nitos líticos e quartzo-wacke. ção generalizada, além da paralelização e sub-
As estruturas primárias são represen- verticalização das estruturas planares Os pla-
tadas por estratificação cruzada acanala- nos axiais estão orientados para NW, com
da e, subordinadamente, tabular. Ambas mergulhos variando para SW e NE. Falhas de
constituem sets com estratos de 0,50 a 5 empurrão de direção N60W, limitam a borda
centímetros de espessura, localmente com oriental das serras Santa Bárbara e Azul. Trans-
granodecrescência ascendente, as quais corrências de cinemática dextral deformam as
indicam depósitos fluviais do tipo dunas serras do Caldeirão e da Borda.
subaquosas e/ou barras transversais. O metamorfismo é progressivo de leste
a oeste, passando de condições anquimetamór-
MP3vp – Grupo Aguapeí - Formação Vale ficas até a fácies xisto verde, nas serras do Salto
da Promissão do Aguapeí e Santa Rita.
ASR A datação de zircões detríticos do me-
tarenito da serra de São Vicente pelo méto-
Constitui-se principalmente por me- do U-Pb (SHRIMP) revelou seis populações
tassiltitos, ardósias e metargilitos, além de com idades de: 1.453 ± 10 Ma., 1.420 ± 16
metarenitos subordinados. Os metapelitos es- Ma., 1.350 ± 19 Ma., 1.327 ± 15 Ma., 1.271 ±
15 Ma. e 1.231 ± 14 Ma. – 1,3 (Santos et al.,
tão arranjados em seqüências granocrescen-
2001). A última idade é considerada a idade
tes cíclicas. As estruturas freqüentemente en-
máxima da deposição do Grupo Aguapei. A
contradas são do tipo lenticular, flaser, ondu-
idade mínima (K-Ar) é de 964 ± 40 Ma., for-
lada, brechas intraformacionais, gretas de si-
necida pela muscovita de milonitos. Pelo
nerese, ondulações truncadas e estruturas di-
método Ar-Ar em sericitas, foi definida uma
apíricas que são diagnósticas de ambiente
idade de 912 ± 0,7 Ma. para o metamorfis-
marinho raso dominado por tempestades
mo da formação.
(Saes et al., 1987).
NP1p - Formação Palmeiral
MP3mc – Grupo Aguapeí - Formação Mor- GJR
ro Cristalino
ASR A Formação Palmeiral foi definida,
Compreende predominantemente inicialmente, por Lobato et al. (1966) tendo
quartzo-arenitos, freqüentemente seixosos, como área-tipo os afloramentos nas redon-
apresentando estratificações cruzadas tabu- dezas da vila de Palmeiral, situada nas mar-
lares, representativas de sistemas fluviais. gens do rio Madeira. Posteriormente, esta ter-
Quartzo-arenitos finos são subordinados, minologia foi estendida por Souza et al. (1975)
com estratificações cruzadas festonadas de para os arenitos e conglomerados que sus-
grande porte, os quais indicam depósitos de tentam as serras dos Pacaás Novos e Uopia-
dunas eólicas. Os ambientes deposicionais nes. Recentemente, foram englobadas nesta
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Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

unidade as rochas siliciclásticas que afloram mação Nova Floresta, datadas em torno de
na região do igarapé Preto, no sul do Amazo- 1,00Ga. Dados recentes obtidos pelo méto-
nas, e aquelas da região limítrofe entre os es- do U-Pb (SHRIMP) em zircões detríticos, for-
tados de Rondônia e Mato Grosso. neceram idade máxima da sedimentação em
A Formação Palmeiral é constituída es- 1.030 Ma., que também é a idade máxima da
sencialmente de ortoconglomerados, quartzo- Formação Prosperança. Na área-tipo (vila Pal-
arenitos e arenitos arcosianos. Bahia (1997) in- meiral) o zircão mais jovem tem 1.154 Ma.
dividualizou seis litofácies, as quais compreen- (Santos, com. verbal).
dem ortoconglomerado maciço ou com estra-
tificação incipiente, arenito com estratificação NP1γo - Suíte Intrusiva Rondônia
horizontal, arenito com estratificação cruzada GJR
acanalada, arenito com estratificação cruzada
tabular, arenito com estratificação cruzada sig- Essa suíte foi originalmente descrita
moidal e arenito maciço. por Kloosterman (1968) como Younger Gra-
Os conglomerados são oligomíticos, nites of Rondônia, sendo sua localidade-tipo
constituídos essencialmente de seixos e ca- nas cabeceiras do rio Candeias. Bettencourt
lhaus arredondados e achatados de quartzo- et al. (1997) mantiveram a definição de Kloos-
arenito, quartzo leitoso e subordinadamente terman, mas englobaram nos Younger Gra-
de sílex, quartzito e rochas vulcânicas félsica. nites somente os granitos com idades U-Pb
Os seixos ocorrem estratificados e imbricados. em zircão entre 998 a 991 Ma. Os granitos e
Os arenitos variam de finos a médios, rochas afins doravante englobados nesta
ocorrendo subordinadamente frações grossas, Suíte distribuem-se amplamente na porção
com grau de seleção moderado a boa. O ar- centro-norte do Estado de Rondônia. No
cabouço dos arenitos é geralmente fechado, Estado de Mato Grosso ocorre como um
com porções abertas devido a presença abun- pequeno corpo localizado no extremo noro-
dante de matriz. São compostos por grãos de este, na conflência do rio Madeirinha com
quartzo, sílex e, eventualmente, feldspatos e vul- Igarapé São Francisco.
canitos, além de filossilicatos (caulinita e illita) e Estes maciços graníticos ocorrem sob
níveis de manganês (Bahia, 1997). a fomra de batólitos e stocks multifásicos epizo-
Os litótipos da Formação Palmeiral fo- nais, alojados segundo estruturas N-S e NE-SW,
ram depositados em bacia do tipo sinéclise, principalmente. Apresentam forma subcircular
relacionada a um sistema fluvial proximal ou variando de 2 a 25km de diâmetro, de caracte-
de leque aluvial (Bahia, 1997) cuja sedimenta- rísticas subvulcânicas e intrusivos nas rochas do
ção foi confinada posteriormente em grabens, Complexo Jamari, em Rondônia e da Forma-
dos quais destacam-se os grábens dos Pacaás ção Paimeiral e da suíte Intrusiva São Romão
Novos, Uopianes e São Lourenço (Leal et al., em Mato Grosso. Os contatos são irregulares,
1978; Bahia, 1997; Quadros et al., 1998). abruptos, com presença esporádica de encla-
A análise das paleocorrentes nos di- ves das encaixantes. Estruturas vulcânicas e
versos compartimentos de ocorrência da For- subvulcânicas, tipo diques anelares e subsidên-
mação Palmeiral, utilizando-se das medidas cia de caldeira ocorrem em alguns maciços.
de atitudes de seqüências frontais das estra- As rochas da Suíte Rondônia são se-
tificações cruzadas 2D, dos eixos de estratos paradas em dois tipos principais conforme
curvados da estratificação 3D, de imbricação as características petrográficas e químicas:
dos seixos oblatos nos conglomerados e da subsolvus subalcalinas e hipersolvus alcalinas.
orientação do eixo maior de seixos prolatos, As relações de campo sugerem que as ro-
mostram um sentido de paleofluxo de NNE chas alcalinas são mais jovens que as subal-
para SSW (Bahia, 1997). Utilizando-se do es- calinas adjacentes.
tudo das populações de zircões detríticos dos As rochas subsolvus subalcalinas são
arenitos, Santos et al. (2002) sugerem uma representadas por sienogranito equigranu-
bacia do tipo foreland para a deposição dos lar, monzogranito porfirítico e ortoclásio gra-
sedimentos da Formação Palmeiral. nito dominantes, além de topazio-albita gra-
A idade das rochas sedimentares da nito e topazio-quartzo-feldspato pórfiro su-
Formação Palmeiral foi atribuída inicialmente bordinados. Ortoclásio sienito, microssienito,
à interface Meso-Neoproterozóico, baseada na ortoclásio microgranito e feldspato-quartzo
relação de intrusão das rochas máficas da For- pórfiro caracterizam as rochas hipersolvus al-
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Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Tabela I - Características dos granitos de idades toniana

calinas. Os sienogranitos e monzogranitos são do tipo alcalino possui idade de 974 ± 6 Ma.
as fases mais precoces, as quais apresentam Por fim, o biotita sienogranito porfirítico do
feições rapakivíticas. Possuem megacristais de maciço Massangana tem idade de 991 ± 4
feldspato alcalino pertítico, por vezes mantea- Ma (Bettencourt et al., 1999).
dos por um agregado policristalino de oligo- Associadas a estes corpos ocorrem
clásio-albita. Os acessórios mais típicos são mag- mineralizações primárias de Sn, W, Nb-Ta, Be,
netita, zircão, apatita, allanita, esfeno e fluorita. F e sulfetos está espacialmente associada
Os microgranitos mostram intercrescimento gra- principalmente com os protolitionita-albita leu-
nofírico na matriz juntamente com raros feno- cogranitos. O minério encontra-se nos peg-
cristais de feldspato alcalino e biotita. Fluorita é matitos com topázio e berilio, corpos de grei-
o acessório mais abundante, além de allanita e sen com quartzo, mica litinífera e topázio, to-
zircão. pázio-protolitiolita-albita riolitos com cassite-
Os minerais máficos do tipo augita e/ rita e veios de quartzo com cassiterita, wol-
ou hornblenda são comuns nos sienitos e framita, berílio e sulfetos de Cu-Pb-Zn e Fe.
microssienitos, enquanto a biotita e anfibólio Dentre as principais minas destaca-se a de
sódico estão presentes nos granitos alcali- Oriente Novo em Rondônia e São Francisco
nos. Nos primeiros, os cristais ocelares de em Mato Grosso, onde a associação Sn-W
quartzo encontram-se manteados por piro- está hospedada em greisen, na forma de sto-
xênios e/ou anfibólios. Fluorita, zircão, alla- ckwork e vênulas de quartzo. Nas minas de
nita e opacos são os acessórios principais. Caritianas, Santa Bárbara e Massangana, a
Os dois grupos de granitos exibem mineralização de Sn está associada a corpos
um padrão geoquímico distinto. Os tipos su- de greisen juntamente com zircão, fluorita,
balcalinos são metaluminosos a levemente topázio, zinwaldita e galena. No depósito de
peraluminosos, com características similares Bom Futuro, a mineralização de Sn-W hos-
aos granitos do tipo A. peda-se em quartzo-zinwaldita-topázio grei-
Três maciços graníticos subalcalinos sen e veios/vênulas de quartzo, associada a
e um alcalino foram datados pelo método U- fluorita, esfalerita, calcopirita, pirita e galena.
Pb em zircão. O biotita sienogranito do ma-
ciço Pedra Branca tem uma idade de 998 ± NP1γ g - Suíte Intrusiva Guapé
5 Ma. O biotita-hornblenda-ortoclásio grani- ASR
to do maciço São Carlos possui idade de 995
± 73 Ma, enquanto que o piroxênio-anfibó- Barros et al. (1982) utilizaram o ter-
lio-ortoclásio sienito do mesmo maciço, mas mo Suíte Intrusiva Guapé para designar um
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Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

grupo de granitóides isótropos, considera- tergranulares. Os principais constituintes in-


dos cratogênicos, com idades entre 1,0 e 0,9 cluem o plagioclásio e piroxênios. A biotita é
Ga. Saes et al. (1984) restringiram a ocorrên- derivada da transformação dos anfibólios pri-
cia desta suíte aos maciços ácidos, compos- mários. Opacos aparecem em alguns casos
tos por biotita-hornblenda granitos e micro- em proporções destacadas e, com a apatita,
granitos porfiríticos, que ocorrem segundo constituem os principais acessórios.
um alinhamento N-S, na região do alto cur- Os dados geoquímicos aliados aos pe-
so do rio Jauru. trográficos indicam o caráter metaluminoso da
Menezes (1993) também usou esse unidade. Os dois litótipos possuem padrão
termo para uma intrusão de granitos e mon- ETR fortemente fracionado, com alto enrique-
zonitos na fazenda Guapé, Folha Pontes e cimento nos ETRL e moderado empobreci-
Lacerda. mento nos ETRP nos tipos mais diferenciados,
além de discreta anomalia negativa de euró-
Segundo Ruiz (2003) as rochas des-
pio. Esse padrão de ETR se assemelha ao dos
sa suíte estão orientadas na direção NNW e
granitos calcialcalinos de alto potássio.
ressaltam-se na topografia como serranias ali-
Uma isócrona Rb-Sr em rocha total da
nhadas, parcialmente recobertas pelas rochas
Suíte Guapé forneceu idade de 950 ± 40 Ma
sedimentares da Bacia do Parecis. Os conta-
e razão inicial 87Sr/86Sr de 0,7029. Os isóto-
tos são tipicamente intrusivos com gnaisses
pos Sm-Nd desta rocha indicaram idade TDM
de Complexo Alto Guaporé, marcados pela
de 1,27 Ga. e ÎNd(t) de + 1,2.
ocorrência de pegmatitos e apófises graníti-
Na Tabela I é apresentado um qua-
cas, e pelos freqüentes xenólitos angulosos
dro sinóptico das características gerais dos
de gnaisses nas porções marginais da intru-
granitos de idade toniana, vinculados à Oro-
são. Menezes, (1993) identificou duas fácies
genia Sunsás- Aguapeí (Ruiz, 2003).
petrográficas nesse pluton: uma de composi-
ção sieno a monzogranítica e outra, subordi-
nada, de composição quartzo monzonítica.
NP1γsd - Suíte Intrusiva São Domingos
A primeira facies constituí-se por gra- ASR
nitos leucocráticos a hololeucocráticos, de cor
vermelha, equigranulares, médios a grossos, Menezes (1993) empregou o termo
isótropos a foliados na borda, composicional- Granito São Domingos ao se referirem a um
mente variando de monzogranitos a sienogra- conjunto de granitos granadíferos associa-
nitos. Ao microscópio, exibe textura equigra- dos a um corpo grosseiramente elíptico, com
nular média e, muito raramente, porfirítica, em aproximadamente 50 km2, situado ao norte
arranjo granular xenomórfico, sendo comuns do distrito homônimo na região de Jauru,
as texturas rapakivi e anti-rapakivi. O plagio- sudoeste do Estado.
clásio (oligoclásio) é importante constituinte Ruiz (2003) utilizou o termo Suíte In-
da matriz granular xenomórfica, o quartzo é trusiva São Domingos, englobando os gra-
sempre xenomórfico, intergranular, e a bioti- nitos holo a leucocráticos que ocorrem nas
ta ocorre como palhetas em agregados com imediações da mesma região que não foram
outros minerais acessórios, sendo comum a documentados por Menezes (1993).
sua alteração para clorita. Os demais mine- As relações de contato são tipicamen-
rais acessórios são allanita, titanita, zircão, te intrusivas, como evidenciam os inúmeros
apatita e opacos. diques e bolsões pegmatíticos e a caótica
A segunda fácies compreende tipos rede de diques graníticos que recortam a
microgranulares, as vezes, subvulcânicos, Suíte Santa Helena e o Complexo Alto Gua-
mesocráticos, cinza-escuros a cinza-esbran- poré nas imediações deste pluton granítico.
quiçados, afaníticos a microporfiríticos, com Enclaves angulosos de gnaisses da Suíte
textura marcada pela presença de aglomera- Santa Helena e do Complexo Alto Guaporé,
dos de biotita e anfibólio, que ocorrem tanto também atestam a natureza intrusiva desse
como máculas dispersas na matriz, como ali- corpo. São granitos leucocráticos a hololeu-
nhadas e associadas a estruturas de fluxo cocráticos, cor rosa claro a cinza rosado,
magmático. equigranulares, granulação média a fina, iso-
Ao microscópio são definidas como di- trópica a localmente orientada, sendo cons-
oritos e gabros com texturas subofíticas a in- tituído essencialmente por microclinio, pla-
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Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

gioclásio, quartzo, biotita, muscovita e gra- tropia de origem cataclástica, evidenciada pela
nada. A presença de pegmatitos em volume orientação sub-verticalizada e estiramento de
considerável recortando esses granitos, cristais de quartzo e feldspatos (microclínio e/
sugerem uma profundidade de colocação ou plagioclásio).
bastante rasa para os mesmos. Fácies Biotita Monzogranito (C) a
Babinski et al.(2001) apresentaram um mais antiga, ocorre na porção sul do maciço e
conjunto de dados isotópicos e geocrono- é representada por rochas isotrópicas de com-
lógicos (U-Pb, Sm-Nd e Pb-Pb) que indicam posição monzogranítica, ineqüigranulares, leu-
uma idade de cristalização do granito em tor- cocráticas, de coloração avermelhada, macros-
no de 930Ma., mais jovem, portanto, que a copicamente rica em ripas de biotita, apresen-
deformação dos metassedimentos do Grupo tando quantidade de máficos superior àquela
Aguapeí. Ruiz (2003) utilizando-se o método observada nas fácies norte e central. São ro-
U-Pb em zircão, obteve idade de 912 ± 15 Ma. chas constituídas essencialmente por microclí-
nio, plagioclásio e quartzo, além de biotita e a
NP1γ s - Granito Sararé muscovita. As plaquetas de muscovita, apesar
ASR de freqüentes, não são tão abundantes como
na Fácies Muscovita Monzogranito (B).
Araújo Ruiz (2003) e Araújo Ruiz et al. Em função da escala deste trabalho,
(2003b) individualizaram o Maciço Sararé ca- estas fácies não puderam ser cartografadas.
racterizando-o como um leucogranito róseo,
maciço, de composição monzogranítica, hos- NP1γγgn - Ortognaisses do Oeste de Goiás
pedado em ortognaisses e rochas metasse- PSER
dimentares.
Segundo esses autores, trata-se de um Esses terrenos são constituídos por
corpo granítico de forma elíptica, disposto se- gnaisses granitóides neoproterozóicos (Pi-
gundo o “trend” regional de direção NNW, com mentel e Fuck, 1992) anteriormente atribuí-
uma área de exposição ao redor de 80 km2. Con- dos ao Complexo Basal (Almeida, 1968; Ia-
forma um relevo de suaves morros do tipo “meia nhez, 1983; Pena et al., 1975).
laranja”, com notáveis afloramentos sob a forma Estas rochas estão associadas a evo-
de lajedos e matacões isolados. O mapeamento lução do Arco Magmático de Goiás e distri-
faciológico do maciço granítico permitiu-lhes de- buem-se por mais de 300 km, desde o sudo-
finir de três fácies, descritas a seguir. este de Goiás (região de Arenópolis-Piranhas)
Fácies Monzogranito (A) a mais jo- até a região de Mara Rosa-Porangatu, sepa-
vem, constitui intrusões localizadas e circuns- radas em dois segmentos pelos Terrenos
critas, compreendendo duas ocorrências iso- Granito-greenstone Arqueanos e seguindo
ladas sob a forma de plugs graníticos: a pri- em direção NE, adentrando o Estado do To-
meira, aflorante no extremo norte da área de cantins. No Estado de Mato Grosso ocor-
ocorrência desta unidade;e a segunda ocor- rem de forma restrita na porção sudeste, ca-
rência, mais restrita, apresenta-se como pe- peados pelos sedimentos quaternários da
quenos corpos intrusivos, de menor expres- Formação Araguaia.
são, constituindo diques aplíticos tardios nas Na porção sudoeste de Goiás, estes
demais fácies do maciço. São rochas leuco- gnaisses foram particularmente bem estuda-
cráticas, de cor rósea a avermelhada, isotrópi- dos nas proximidades de Bom Jardim de Goi-
cas, inequi-equigranulares a localmente porfi- ás (Seer, 1985) Arenópolis-Piranhas (Faria et
rítica do tipo serial, microporfirítica a granofíri- al., 1975; Pimentel, 1985; Pimentel et al., 1985,
ca. A feição mais comum desta fácies é o cará- 1991; Pimentel e Fuck, 1986, 1987) e Jaupa-
ter inequigranular e a granulação média. ci-Iporá (Amaro, 1989; Danni e Campos, 1994;
Fácies Muscovita Monzogranito (B) Franco et al., 1994; Pimentel, 1995). São rochas
é a mais abundante, distribuindo-se por toda de coloração cinza, granulação média a gros-
porção norte-central do corpo como mata- sa, composição tonalítica a granodiorítica, com
cões, lajedos e suaves morros subarredonda- encaves máficos deformados. Foram obtidos
dos do tipo “meia laranja”. São rochas leuco- os seguintes dados geocronológicos e isotó-
cráticas, róseas, inequigranulares média, ricas picos: gnaisses Arenópolis (899 ± 7 Ma., U-Pb,
em muscovita. Exibe estrutura isotrópica, po- Ri 0.7042, TDM 1,0-2,0, åNd(t) + 1,9 ± 3,2); gnais-
dendo localmente, mostrar uma fraca aniso- ses Matrinxã (895 Ma., Rb-Sr, Ri 0,7026, TDM 0,9
96
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

åNd(t) + 6) e gnaisses Sanclerlândia (950 Ma., tares do Grupo Cuiabá sugerindo contem-
Rb-Sr, Ri 0,7025, TDM 0,9-1,0, åNd(t) + 4,0 ± 6,0). poraneidade na geração da Seqüência Vul-
Isotopicamente são muito primitivos, canossedimentar Nova Xavantina e do Gru-
com baixas razões Sr87/Sr86, iniciais (Ca 0,703) po Cuiabá. Interpreta que a origem estaria
e idade modelo de Nd, mais jovem que ca 1,1 associada a ambiente marinho, possivel-
Ga. Datado pelo método U/Pb em zircão, o mente do tipo back-arc.
gnaisse tonalítico da região de Mara Rosa, for-
neceu idade 856 ± 13 Ma. (Pimentel et al., 1997). Grupo Cuiabá
WAF/MCA/CRV
NPnx - Unidade Metavulcanossedimentar
Nova Xavantina O Grupo Cuiabá constitui uma se-
WAF/MCA/CRV qüência de metassedimentos dobrados que
integra a unidade tectônica denominada de
Esta unidade foi desmembrada do Gru- Faixa Paraguai, cujo desenvolvimento está
po Cuiabá, individualizada e nominada por Pi- relacionado ao ciclo Pan-Africano/Brasiliano
nho (1990) como Seqüência Metavulcanosse- (1.000-500Ma.). As primeiras referências so-
dimentar Nova Xavantina, na localidade conhe- bre essas rochas devem-se a Evans (1894)
cida como Garimpo do Araés, à margem es- que denominou de Cuiabá Slates as ardósi-
querda do rio das Mortes, cerca de 25 km a oeste as com clivagens e deformações bem acen-
da cidade de Nova Xavantina-MT. Situa-se no tuadas aflorantes no Rio Paraguai, próximo
extremo leste da Faixa Paraguai, sotoposta ao a São Luiz de Cáceres (Vila Maria) em dire-
Grupo Cuiabá, caracterizando uma fase embri- ção norte-nordeste, a leste de Diamantino e
onária de abertura de fundo oceânico na Faixa oeste das águas superiores do rio Cuiabá,
Paraguai. Estado de Mato Grosso.
Martinelli et al. (1997) descreveram nes- Oliveira & Leonardos (1943) utilizaram
sa região formações ferríferas bandadas e cal- o termo Série Cuiabá ao caracterizar os fili-
co-filitos, associados a lentes de vulcânicas tos ardosianos e conglomerados xistosos su-
félsicas, intermediárias e máficas (basaltos bordinados, aflorantes nos arredores de Cui-
magnesianos, metatufos máficos, dacitos en- abá, denominação esta incorporada por Oli-
tre outros) transformadas em verdadeiros xis- veira & Moura (1944); Almeida (1948b; 1954;
tos verdes, além de filitos grafitosos, metacherts 1964; 1965) e Vieira (1965a).
ferruginosos, metacherts quartzosos, quartzo Luz et al. (1980) subdividiram o Gru-
sericita filitos, metargilitos, metassiltitos e quart- po Cuiabá, na Baixada Cuiabana, em nove
zitos. Martinelli (1998) propõe para a área do subunidades lito-estratigráficas, denominan-
Garimpo do Araés uma coluna estratigráfica do-as informalmente de 1, 2, 3, 4; 5, 6, 7, 8 e
compreendendo rochas clásticas psamíticas uma indivisa, as quais foram estendidas neste
e pelíticas; rochas químicas silicáticas, carbo- estudo para toda a área de ocorrência deste
náticas e ferríferas e rochas metavulcânicas grupo na Faixa Paraguai.
intermediárias e básicas.
Martinelli e Batista (2003) renomearam a NPcu1 - Subunidade 1 - filitos sericíticos,
Seqüência Metavulcanossedimentar Nova Xa- com intercalações de filitos e metarenitos,
vantina de Pinho (1990) de Seqüência Metavul- algo grafitosos;
canossedimentar dos Araés, constituída da base
para o topo por três associações litológicas: NPcu2 - Subunidade 2 - metarenitos arco-
Associação Metavulcânica (unidade inferior – seanos, metarcóseos e filitos grASFitosos,
metabasalto e metatufo; e unidade superior – com intercalações de metarenitos e lentes de
xistos, metandesito e lapili-tufo) Associação Quí- mármores calcíferos. Os filitos grASFitosos
mica (formações ferríferas bandadas, filitos car- mostram acamadamento com preservação
bonáticos e metacherts) e Associação Clástica de estruturas sedimentares sob a forma de
(metassiltitos, metargilitos e quartzitos). lentes estiradas isoladas (wavy) ou conecta-
A seqüência ocorre balizada por fa- das (linsen) de arenito muito fino;
lhas transcorrentes dextrais, de direção Ncu3 - Subunidade 3 - filitos, filitos conglo-
ENE, subparalelas à Zona de Cisalhamento meráticos, metaconglomerados, metarcóse-
do Araés. Pinho (1990) identifica contato os, metarenitos, quartzitos, com lentes de fi-
gradacional com as rochas metassedimen- litos e mármores calcíferos, além de níveis de
97
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

hematita; conheceram quatro fases de deformações. Na


Faixa Paraguai, Alvarenga (1986) também iden-
Ncu4 - Subunidade 4 - metaparaconglome-
tificou quatro fases de deformações. Essas de-
rados (metadiamictitos) petromíticos, com
formações geraram, na Baixada Cuiabana,
clastos de quartzo, feldspato, quartzito, rochas
dobras fechadas, inversas e isoclinais com
graníticas e máficas e raras intercalações de
mergulho 40/60NW e eixos com caimentos de
filitos e metarenitos;
até 15°NE, além de alinhamentos retilíneos,
NPcu5 - Subunidade 5 - filitos e fili- paralelos às direções dos acamamentos, ca-
tos sericíticos, com intercalações e lentes de racterizados por falhas inversas com mergu-
metaconglomerados, metarenitos finos a con- lhos de 45-50NW, que na região de Cuiabá são
glomeráticos e metarcóseos; acompanhadas por veios de quartzo, com di-
NPcu6 - Subunidade 6 - filitos con- reções concordantes com a estrutura regional
glomeráticos, mataparaconglomerados (me- D1 e mergulho entre 25-40NW (Alvarenga e
tadiamictitos) com clastos de quartzo, filitos e Trompette, 1993).
quartzitos e intercalações subordinadas de Os contatos com os grupos Alto Pa-
metarenitos; raguai e Corumbá são tectônicos, através de
NPcu7 - Subunidade 7 - metapara- falhas inversas, e por discordância angular e
conglomerados (metadiamictitos) petromíti- erosiva com as formações Bauxi, Puga,
cos, matriz areno-argilosa, com clastos de Aquidauana, Botucatu, Furnas, Ponta Gros-
quartzo, quartzito, calcário, rochas máficas e sa e sedimentos quartenários das formações
graníticas e raras intercalações de filitos; Araguaia e Pantanal (Ribeiro Filho et al., 1975;
Pinho, 1990).
NPcu8 - Subunidade 8 - mármores
calcíticos e dolomíticos, margas e filitos se- A associação de sedimentos pelíticos,
ricíticos; e, detríticos e psefíticos pode ser interpretada
como seqüência turbidítica, depositada em
ambiente marinho redutor e profundo, pos-
NPcui - Subunidade Indivisa -
sivelmente em posição de talude e distal às
quartzitos, metarenitos, filitos e filitos con-
margens da plataforma (Almeida, 1964a; Luz
glomeráticos.
et al., 1980). Alvarenga (1985) e Alvarenga e
Rochas vulcânicas máficas, sedi- Trompette (1989) interpretaram-no como de-
mentos químicos (BIF e chert) e camadas pósitos glacio-marinhos.
de filitos carbonosos são atribuídas ao Gru-
O ambiente deposicional do Grupo
po Cuiabá na região de Nova Xavantina-MT
Cuiabá para as subunidades 1, 2, 3, 5 e 6
(Pinho, 1990). No Mato Grosso do Sul, nas
sugerem ser marinho com instabilidades tec-
regiões nordeste de Bonito e sudeste de Mi-
tônicas que deram origem a correntes de tur-
randa, Nogueira e Oliveira (1978) descreve-
bidez com conseqüente fluxos de lamas e
ram seqüências metavulcanossedimentares deposição de turbiditos com intercalações de
associadas ao Grupo Cuiabá, constituídas por
rochas carbonáticas que repressentariam pe-
uma associação de metamáficas (metavulcâ-
ríodos de calma tectônica. As subunidades
nicas) formações ferríferas, clorita xistos, mi-
4 e 7 representariam um ambiente de sedi-
caxistos e mármores.
mentação glácio-marinho, provavelmente as-
Neste contexto, o Grupo Cuiabá é cons- sociado a grandes massas de gelo
tituído por filitos, filitos grafitosos, filitos conglo- flutuantes(Luz et al., 1980).
meráticos, margas, metaconclomerados, metar-
Alvarenga et al.(2000) propõem uma
cóseos, metarenitos, quartzitos, diamictitos, már-
zonação sedimentar, tectônica e metamórfi-
mores calcíticos e dolomíticos, clorita xistos, me- ca para a Faixa Paraguai, caracterizada pe-
tagrauvacas, micaxistos, formações ferríferas e
los seguintes compartimentos, de oeste para
metavulcânicas máficas muito subordinadas.
leste: 1- Zona cratônica com estratos subho-
Na região de Cuiabá-Província Serra-
rizontais; 2- Zona pericratônica com dobras
na, Luz et al. (1980) identificaram três fases
holomórficas de grande amplitude e exten-
de deformações sucessivas (as duas primei-
são; e 3- Zona bacinal profunda, metamórfi-
ras com direção NW-SE e a terceira com dire- ca, com dobras e empurrões com vergência
ção SE-NW) associadas ao desenvolvimento
para oeste e intrusões graníticas.
de três foliações. Na região de Bom Jardim de
Goiás, Seer (1985) e Seer e Nilson (1985) re- Não existem datações geocronológi-
98
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

cas nas rochas desse Grupo. No entanto, Al- po Alto Paraguai o contato é por discordân-
varenga (1999) atribuiu-lhe uma deposição cia erosiva e por falha inversa, na borda leste
provável durante o período glacial Varangiano da serra do Tombador.
(670-630 Ma.). Alvarenga (1990) propõe uma idade en-
tre 670 a 630Ma. (período glacial Varangiano)
O Grupo Cuiabá apresenta potencial
para a Formação Bauxi, uma vez que diversos
para depósitos auríferos associados a veios
autores (Almeida, 1964a,b, 1965, 1974; Alva-
de quartzo em zonas de cisalhamento. Três
renga 1985, 1988; Alvarenga e Trompette 1988)
já foram definidas, além de dezenas de pe-
admitem uma deposição contemporânea en-
quenos depósitos. Encerra ainda potencial
tre as formações Puga e Bauxi e o Grupo Cui-
para a produção de brita (calcário/metareni-
abá. O conjunto de estruturas sedimentares,
to) pó corretivo de solos e cal.
geometria e relações de contato, observados
nesta formação, indicam uma deposição su-
NPbx – Formação Bauxi baquosa, na forma de barras de desemboca-
WAF/MCA/CRV dura em sistema deltaico, com retrabalhamen-
to episódico por ação de ondas normais e de
Definida por Vieira (1965) na porção tempestades.
norte da serra das Araras, próxima ao povoa-
do de Bauxi. Figueiredo et al. (1974) subdividi- NPpu - Formação Puga
ram-na em dois membros: O Inferior compre- WAF/MCA/CRV
ende uma seqüência de metassiltitos, metargi-
litos e folhelhos, finamente estratificados, me- Essa formação foi descrita por Maciel
tarcóseos e metagrauvacas; O superior cons- (1959) no Morro do Puga, margem direita do
titui-se de metarenitos ortoquartzíticos, com Rio Paraguai, 6 km a sudoeste de Porto Es-
níveis conglomeráticos. São descritas tam- perança, município de Corumbá-MS. Ocor-
bém camadas de arenito muito fino e siltito re também nas serras das Araras, Tombador,
de cores esverdeadas, camadas de arcóseo Padre Inácio, no Alto do Rio Santíssimo, no
médio a grosso, lenticulares, amalgamadas córrego Figueirinha e na borda oeste da ser-
entre si. Identifica ainda, laminação cruzada ra da Bodoquena (Vieira, 1965; Figueiredo
acompanhando a geometria das camadas, et al., 1974; Corrêa et al., 1976).
paleocorrentes e laminação ondulada e es- Figueiredo et al. (1974) posicionam
tratificação cruzada hummocky em pelito cin- essa formação como a unidade basal do Gru-
za-claro intercalado a arenito fino. po Alto Paraguai. Alvarenga (1988, 1990)
Os litótipos da Formação Bauxi ocor- chamou-a de Unidade Média, Turbidítica
rem em estreitas faixas de direção NW-SE, Glaciogênica, situando-a na porção inferior
com espessura média de cerca de 1.200 da zona externa da Faixa Paraguai, na sua
metros, localizadas na serra Rio Branco, a fácies Proximal. Excluiu-a do Grupo Alto Pa-
noroeste de Cáceres. Segundo Ribeiro Filho raguai, posicionamento este já consagrado
et al. (1975) essa unidade apresenta fraco e reconhecido. Neste trabalho adotou-se a
metamorfismo, mostrando dobras amplas e proposta de Alvarenga (1988, 1990).
abertas e estruturas sedimentares como es- Constitui-se de camadas de diamicti-
tratificação plano-paralela, cruzada e marcas to associadas a paraconglomerado, arenito,
de onda. Alvarenga (1992) a considera como siltito e folhelho. Os paraconglomerados con-
uma variação lateral de fácies do metacon- têm blocos e seixos de quartzitos, calcários,
glomerado Puga. gnaisses, anfibolitos, granitos e riodacitos, dis-
Figueiredo et al. (1974) descreveram persos caoticamente na matriz (Ribeiro Filho
contatos inferiores por discordância angular et al., 1975). Na BR-070, próximo a Cáceres,
com as rochas da Unidade Aguapeí e do descreve-a como constituída por metadiamic-
Complexo Basal, na serra do Roncador e na titos com matriz síltica a arenosa fina, contendo
borda ocidental da serra do Padre Inácio, clastos desde a fração areia grossa até blocos
respectivamente e, por falha com as rochas de rochas ígneas e metamórficas. Chama a
da Formação Diamantino, na serra das Ara- atenção para a presença de seixos com forma-
ras. O contato com o Grupo Cuiabá acha-se to triangular, correspondendo às descrições de
em discordância angular (Ribeiro Filho et al., seixos facetados originados de processos de
1975) e por falha (Vieira, 1965). Com o Gru- abrasão glacial no fundo de geleiras. Afirma
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Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

ainda que a composição e textura desses sei- da base para o topo, pelas formações Bauxi,
xos nada diferem dos metaparaconglomera- Puga, Araras, Raizama e Diamantino. Almei-
dos atribuídos às Unidades IV, VI e VII do Gru- da et al. (1981a) admitiram-no compreenden-
po Cuiabá. do apenas as formações Raizama e Diaman-
As relações de contato com o Grupo tino. Dell‘Arco et al. (1982) deduziram que
Cuiabá e as formações Bauxi e Diamantino apesar das semelhanças, os grupos Alto Pa-
acham-se tanto por falhas como em discor- raguai e Corumbá deveriam ser considera-
dâncias angular e erosiva (Barros et al., 1974; dos separadamente. Almeida (1968) Alvaren-
Ribeiro Filho et al., 1975). Nogueira & Oliveira, ga (1988 e 1990) e Alvarenga e Trompette
(1978) constataram que essa formação, em (1992) desvincularam a formação Puga do
Mato Grosso do Sul, encontra-se sotoposta Grupo Alto Paraguai, que passou então a
aos sedimentos das formações Cerradinho e constituir-se pelas formações Araras, Raizama
Bocaina, em contato aparentemente grada- e Diamantino, entendimento este adotado nes-
cional e/ou por falhamentos inversos. se trabalho.
Alvarenga e Trompette (1992) apre-
sentaram um modelo de sedimentação para NP3ar - Formação Araras
a Formação Puga, nas regiões de Cáceres, WAF
Cuiabá e Província Serrana, onde os sedi-
mentos glaciomarinhos plataformais foram A designação de Araras Limestones
parcialmente retrabalhados por fluxos de gra- deveu-se a Evans (1894) quando descreveu
vidade na borda do Cráton Amazônico. Este rochas calcárias na borda norte da serra das
mecanismo resultou na acumulação de se- Araras, na localidade de Araras, hoje Bauxi,
dimentos dow slope (conglomerado, areni- na estrada Jangada-Barra do Bugres. Almei-
tos e diamictitos) interpretados como um sis- da (1964) definiu e posicionou estratigrafica-
tema de canal submarino. mente essas rochas, denominando-as de
A idade de deposição dos sedimen- Grupo Araras, constituído por um pacote
tos da Formação Puga é atribuída à última gla- pelítico-carbonático, na base e outro dolo-
ciação do Proterozóico Superior, relacionados mítico, no topo. Hennies (1966) adotou a pro-
à glaciação Varanger, entre 670 a 630Ma. (Al- posição de Almeida (1964) no entanto dividin-
varenga, 1990; Alvarenga e Trompette, 1992). do o Grupo nas formações Guia (inferior) e
Nobres (superior). A primeira constituída por
Grupo Alto Paraguai uma seqüencia pelito-carbonática e a segun-
WAF da representada por dolomitos. Guimarães &
Almeida (1972) preferiram considerar o Gru-
Ocorre na região centro-sul do Esta- po Araras indivisível, descrevendo-o, da base
do de Mato Grosso, conformando a unida- para o topo, compreendendo pelitos margo-
de geomorfológica reconhecida como Pro- sos, calcários calcíticos e dolomíticos.
víncia Serrana (Almeida, 1964) configuran- Figueiredo et al. (1974) nominaram-
do uma faixa em forma de arco de aproxi- na de Formação Araras, dividindo-a em três
madamente 350Km x 30km, de direção su- níveis distintos: basal (margas conglomeráti-
doeste/nordeste, situada na zona externa da cas e calcários); médio (dolomíticos e inter-
Faixa Paraguai. calações de calcários calcíticos) e superior
Foi primeiramente definida por Almei- (dolomitos com nódulos de silex e lentes de
da (1984) para caracterizar uma seqüência arenitos finos). Ribeiro Filho et al. (1975) e
sedimentar constituída pelas Formações Rai- Olivatti & Ribeiro Filho (1976) concordaram
zama (arenitos) Sepotuba (folhelhos) e Dia- com a proposta de Figueiredo et al. (1974).
mantino (arcóseos) nas cercanias da cidade Luz et al. (1978 e 1980) mantiveram a
de Alto Paraguai-MT. Figueiredo et al. (1974) definição de Figueiredo et al. (1974) todavia,
e Figueiredo e Olivatti (1974) mantiveram a amparados em características litológicas,
designação de Grupo Alto Paraguai, no en- subdividiram-na em dois membros, informal-
tanto redefiniram-no, anexando-lhe as forma- mente nominados de Membro Superior e
ções Puga e Araras. Não reconheceram a for- Membro Superior.
mação Sepotuba, incluindo-a como uma fá- NP3ari - Membro Inferior - Margas com sei-
cies da Formação Diamantino. Barros e Si- xos e/ou conglomerados com matriz margo-
mões (1980) definiram-no como constituído, sa, na base, passando a calcários margosos
100
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

com intercalações de siltitos, argilitos calcífe- niu-a como Formação Raizama, situando-a
ros e calcários calcíticos e dolomíticos, no topo na base do Grupo Alto Paraguai.
NP3ars - Membro Superior - Dolomitos com Constitui-se de arenitos ortoquartzíti-
intercalações subordinadas de arenitos, silti- cos brancos, médios a grossos, com níveis
tos e argilitos calcíferos com níveis de silex e conglomeráticos, passando a arenitos felds-
concreções silicosas.. páticos e arcoseanos de cores branca, ró-
Dardenne (1980) definiu esta forma- sea e violácea, granulometria média, subma-
ção como constituída por calcários na por- turos, com estratificações plano-paralela e
ção basal e dolomitos na porção superior. cruzada, marcas de onda e finas intercala-
Barros et al. (1982) admitiram a validade da ções de folhelhos e siltitos (Figueiredo et al.,
conceituação de Luz et al. (1978) todavia 1974; Ribeiro Filho et al., 1975). Na região de
consideraram–na como um pacote único. Nova Brasilândia/Planalto da Serra aparece
O contato inferior com a Formação como camadas dobradas de folhelhos com
Puga e o superior com a Formação Raizama laminação plano-paralela e intercalações de
é gradacional. São registrados contatos tec- lâminas e camadas de arenito muito fino a
tônicos através de falhas de empurrão e in- médio. Na BR-163, na Serra do Tombador,
versas com as Formações Bauxi e Puga (Luz mostra camadas lenticulares alongadas de
et al., 1980). quartzo-arenito a subarcóseos médios a
Almeida (1964) admite deposição em grossos, por vezes caolínico, com estratifica-
um ambiente predominantemente nerítico, ção cruzada tangencial e marcas onduladas
de águas rasas. assimétricas, no topo. Na BR-070 surge como
Segundo Luz et al. (1980) esta forma- camadas de arenito, separadas por drapes
ção teria se depositado em ambiente neríti- de pelito, com estruturas “em chama” na
co de águas rasas e calmas. Dardenne base. Detecta ainda a presença de intraclas-
(1980) atribuiu-lhe um ambiente marinho tos pelíticos, depósitos de preenchimento de
raso, sendo que os calcários representariam canal, estratificações onduladas e indicação
a fácies sublitorânea e os dolomitos a litorâ- de paleocorrente para NW.
nea. Barros et al. (1982) admitem uma depo- Os contatos inferior e superior com as
sição em ambiente marinho raso, de águas formações Araras e Diamantino, respectivamen-
calmas, tipo plataformal. Concluem que a fá- te, é gradacional. Contatos por falha são regis-
cies carbonáticas que marca o final da in- trados nas serras do Tombador, Azul e Doura-
fluência glacial na bacia, pode ser conside- da, com as formações Puga e Bauxi e o Grupo
rada como uma unidade cronoestratigráfi- Cuiabá. Acha-se também recoberta pelos se-
ca relacionada a um período de relativa ele- dimentos da Formação Pantanal (Ribeiro Fi-
vação do nível do mar. lho et al., 1975).
Apesar da ausência de dados isotó- Os litótipos dessa formação foram afe-
picos, estima-se uma idade de cerca de 600 tados pelo último evento tectônico registra-
Ma. para a deposição da Formação Araras do na região (550 a 500Ma.) resultante de
(Alvarenga, 1990; Rodrigues et al., 1994). esforços compressivos de sudeste para no-
As rochas calcárias/dolomíticas da roeste, condicionando o desenvolvimento de
Formação Araras vêm sendo explotadas por extensos braquianticlinais e braquissinclinais
mais de duas dezenas de empresas na pro- de direção NE-SW e dobras com vergência
dução de corretivo de solos, brita e cal, e uma para NW.
empresa na produção de cimento. Uma ou- Figueiredo et al. (1974) propõem uma
tra fábrica de cimento encontra-se em fase deposição marinha nerítica na base, gradan-
de implantação do a continental no topo. Segundo esses au-
tores, a presença de arenitos ortoquartzíticos
NP3ra - Formação Raizama sinaliza ambiente epinerítico que, associado
WAF à ocorrência de feldspatos no topo, indicaria
uma mudança gradativa para ambiente con-
Coube a Evans (1894) a denomina- tinental. Conseqüentemente, a sedimentação
ção de Rizama Sandstone, referenciando o estaria associada a uma regressão marinha.
povoado de Raizama, ao descrever os areni- As camadas tabulares de arenito são indica-
tos feldspáticos, na Serra do Tombador, Es- tivas de deposição por correntes de turbidez,
tado de Mato Grosso. Almeida (1964) defi- enquanto que as intercalações de siltito e are-
101
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

nito muito fino, sob a forma de fina lamina- tratificações cruzadas de pequeno porte e bai-
ção, representa a dispersão da fração areia xo ângulo (Barros et al., 1982).
sobre fundo lamoso. A geometria e estrutu- No entorno da cidade de Diamanti-
ras sedimentares dos arenitos, indicam de- no, é constituída por uma seqüência de are-
posição em um contexto litorâneo, sugerin- nitos arcoseanos avermelhados, localmente
do como hipótese, um ambiente estuarino com intercalações de argilitos e siltitos. As ca-
ou planície de marés arenosa sujeita à ação madas de arenito mostram formatos sigmoi-
eventual de ondas. dais e estruturas primárias de marcas de
Alvarenga (1990) posicionou-a no Cam- onda no topo, com cristas orientadas segun-
briano Inferior ou Vendiano Superior (630-570 do a direção N65E, paleocorrente 20/235,
Ma.) compatível com os registros de icnofós- com variações locais para N80W e estratifi-
seis Planolites-Paleophycus e Cochlichnus do cações cruzadas de pequeno porte tangen-
início do Vendiano (Zaine e Fairchild, 1996). ciais de baixo ângulo. Os arenitos são cons-
tituídos por quartzo, feldspato alterado e pa-
NP3di - Formação Diamantino lhetas de mica, cimentados por sílica ou car-
WAF bonato e óxido de ferro e com granulome-
tria variando de fina a média. Na porção in-
Deve-se a Almeida (1964a) a denomi- termediária da seqüência, ocorrem níveis de
nação de Formação Diamantino, referindo- arenitos maciços, mais silicificados.
se aos arcóseos que ocorrem nas bordas do O contato inferior com a Formação Rai-
Planalto dos Parecis, entre as cidades de Di- zama é gradacional. Encontra-se encoberta
amantino (Morro Vermelho) e Arenápolis, em em discordância angular e erosiva pelos sedi-
contato gradacional com os folhelhos da For- mentos do Grupo Paraná, Formação Panta-
mação Sepotuba. Vieira (1965) definiu a se- nal, Cobertura Detrítica-Laterítica e Depósitos
ção-tipo dessa unidade, unificando as forma- Aluvionares. Contatos térmicos são registra-
ções Sepotuba e Diamantino, definidas por dos com as rochas basálticas da Formação
Almeida (1964, 1964a). Figueiredo et al. Tapirapuã (Arenápolis) e kimberlíticas do Cre-
(1974) interpretaram as exposições do Folhe- táceo. São freqüentes contatos por falhas com
lho Sepotuba, nas regiões dos rios Juba e o Grupo Cuiabá e com as formações Puga,
Tarumã, como lentes situadas na porção Araras e Raizama (Ribeiro Filho et al., 1975).
basal dos siltitos Diamantino, propondo con- Vieira (1965b) e Figueiredo et al.
siderá-las como uma fácies (Fácies Sepotu- (1974) admitem um ambiente de sedimenta-
ba) da Formação Diamantino, que é uma ção continental de clima quente. Hennies
seqüência que se inicia por um espesso pa- (1966) sugere a presença de ambiente mari-
cote de folhelhos e siltitos, micáceos, fina- nho associado a continental. Barros et al.
mente laminados, compondo quase a totali- (1982) advogam a presença de um ambien-
dade do pacote. Na porção basal é comum te de águas rasas, provavelmente marinho
a presença de lutitos e arenitos arcoseanos. sublitorâneo.
Esses autores, seguidos por Ribeiro Neste projeto propõe-se uma sedi-
Filho et al.(1975) descrevem-na como cons- mentação em ambiente deposicional deltai-
tituída por arcóseos finos, siltitos e folhelhos, co, constituindo os arenitos depósitos de bar-
vermelhos e marrons, finamente interestrati- ras de desembocadura.
ficados e com estratificações cruzadas centi- Dados geocronológicos Rb-Sr apre-
métricas. Na região de Diamantino, admitem sentaram idades variando entre 547 a 660
que os níveis de arcóseos finos a médios tor- Ma., interpretadas como idade de sedimen-
nam-se mais espessos e os siltitos e folhelhos, tação da Formação Diamantino (Cordani et
configuram-se subordinadamente. al., 1978; Bonhomme et al., 1982 e Cordani
Litologicamente, em sua seção basal, et al., 1985).
constitui-se de freqüentes intercalações de fo-
lhelhos, siltitos arcoseanos e arcóseos, em vá- NPu – Grupo Jacadigo - Formação Urucum
rios ciclos sucessivos, conformando camadas EGM
com espessuras variadas. Os pelitos normal-
mente mostram-se com estratos plano-para- Definida por Lisboa (1909) como “Bré-
lelos, inclinados suavemente para NW. Exibem cia do Urucum”, sua seção–tipo encontra-se
estruturas primárias tipo marcas de onda e es- na Morraria do Urucum, a sul da cidade de
102
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Corumbá-MS. zogranito porfirítico, sienogranito, quartzo


Constitui a unidade clástica basal do Gru- monzodiorito, quartzo diorito e granodiorito,
po Jacadigo, superposta pela Formação Santa denominados de granitos Serra Negra, Ser-
Cruz, jaspelítica e ferromanganesífera, deste ra do Iran, Iporá, Israelândia, Serra do Im-
mesmo grupo. pertinente, Novo Brasil, Fazenda Nova e Cór-
Em Mato Grosso ocorre de forma pon- rego do Ouro (Pimentel e Fuck, 1987).
tual constituindo pequenos morros, isolados No extremo sudeste do Estado de
na paisagem do Pantanal, localizados na ex- Mato Grosso são descritos como Granito Ser-
tremidade sudoeste do Estado à fronteira com ra Negra vários pequenos corpos de álcali gra-
a Bolívia. nito, por vezes formando batólitos, como aque-
Assenta-se possivelmente sobre as ro- le exposto nas proximidades da cidade de Ara-
chas do Complexo Rio Apa, e estão circunda- guaiana. São representados essencialmente por
dos pelos sedimentos da Formação Pantanal. biotita granito de coloração vermelha, constitu-
Constitui um pacote de sedimentos ídos por feldspato potássico, quartzo, plagioclá-
clásticos com espessura variável até 400 me- sio e biotita, exibindo textura isotrópica, equigra-
tros com intercalações restritas de lentes de nular, estando comumente cortado por diques
calcário. As litologias dominantes são arcó- aplíticos, e exibe presença de estruturas miaro-
seos grosseiros, conglomerados, arenitos ar- líticas sugerindo um nível inicial de cristalização
coseanos e mais restritamente arenitos e sil- (Faria et al., 1975; Pimentel e Fuck, 1987).
titos. Em geral são cinza-escuros, por vezes Observa-se, localmente, uma fácies dife-
esverdeados. Os conglomerados são petro- renciada, caracterizada por rochas foliadas de
míticos, pouco trabalhados, de matriz arení- composição granodiorítica, ricas em minerais
tica fina a grosso. Progradam para arcóseos máficos (hornblenda e biotita) com megacris-
constituídos por quartzo e feldspatos, mal se- tais de feldspato potássico. Essa rocha grano-
lecionados, finos a grossos, por vezes com ci- diorítica é encontrada também como xenóli-
mento calcífero. Próximo ao topo, na passa- tos no interior do biotita granito (Pimentel e
gem para Formação Santa Cruz, o cimento Fuck, 1987).
passa a ferruginoso e/ou manganesífero, evi- Datações Rb-Sr (Pimentel e Fuck, 1994)
denciando mudanças no ambiente de sedi- e U-Pb (Pimentel, 1991) no Estado de Goiás,
mentação. Paraconglomerados são freqüen- indicam idades que variam de 462 Ma. a 576
tes na base da unidade e ocorrem também Ma. As idades modelo Sm-Nd (Pimentel e
de modo reduzido ao longo de toda a for- Charnley, 1991) situam-se por volta de 1.0 Ga.,
mação. com valores de ENd próximos a zero ou leve-
As rochas são imaturas, exibem es- mente negativos, indicando fonte com algu-
tratificação gradacional, paralela e cruzada, ma contaminação crustal.
e sugerem uma sedimentação rápida, conti- Em Mato Grosso dados geocronológicos
nental, possivelmente tipo piemonte e leques obtidos por Pimentel e Fuck (1987) pelo mé-
aluviais com breves incursões marinhas in- todo Rb-Sr, apresentam idades de 524 Ma. e
dicadas por lentes de calcários. 508 Ma.

¢3γγ v – Suíte São Vicente – Granito São


NPγγ 3snn – Suíte Serra Negra - Granito Vicente
Serra Negra WAF/MCA/CRV
JVL
A Suíte São Vicente caracteriza-se por
Reunidos sob esta denominação foram en- reunir uma série de batólitos graníticos alca-
globados diversos corpos graníticos pós-tectô- linos de coloração rósea que ocorrem na
nicos, de natureza alcalina, alojados em terre- Faixa Paraguai, representada, em Mato Gros-
nos granito-gnáissicos ou nas rochas supracrus- so, pelo Granito São Vicente, intrusivo em
tais das seqüências metavulcanossedimentares rochas do Grupo Cuiabá.
do oeste do Estado de Goiás (Pena e Figueire- Foi primeiramente descrito por Almei-
do, 1972). da (1954) a leste da cidade de Cuiabá-MT.
São caracterizados por álcali-granito, Almeida (1968) refere-se a este granito como
hornblenda-biotita granito pórfiro, as vezes uma intrusão batolítica de caráter tardicine-
com textura rapakivi, hornblenda-biotita mon- mático. Almeida et al. (1972) reportam idade
103
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

de 503 Ma., relacionando-a a reativação mag- porfiríticas com matriz muito fina ou simplesmen-
mática que origina rochas extrusivas (riolíti- te afaníticas. Apresentam fraturamento regular
cas e riodacíticas) através de falhas cônicas característico das vulcânicas ácidas, no caso,
na câmara e abóboda do corpo. Segundo assumindo as direções NE e NW com mergu-
esses autores, a intrusão seria de caráter di- lhos verticalizados.
apírico e sua idade relacionada ao primeiro São classificadas como dacito, rioda-
tectonismo que provocou o metamorfismo cito e riolito. Os dacitos apresentam colora-
regional nas rochas do Grupo Cuiabá. ção esverdeada, pórfiras de matriz fina. São
Del’Arco, et al. (1982) descreveram- constituídas por plagioclásio, feldspato alcali-
no microscopicamente como um conjunto nos, quartzo, hornblenda, biotita, clorita e aces-
heterogranular, textura xenomórfica a hipoauto- sórios. Já os riodacitos exibem coloração cinza,
mórfica, granulação fina a grossa, suavemente textura fina e afanítica incluindo fenocristais de
orientado, com registros de processos hidroter- feldspatos. Os riolitos são de coloração cinza a
mais e metassomáticos bem definidos. Minera- negra, porfiróides, as vezes, com cristais grossei-
logicamente constitui-se por microclínio, quart- ros de feldspato e quartzo imersos em matriz fina
zo e plagioclásio e, secundariamente biotita e felsítica. Esses tipos petrográficos não apresen-
muscovita, além de grãos geralmente anédricos tam limites definidos entre si, mas ao contrário
de opacos, titanita, epidoto, zircão, fluorita e apa- gradam naturalmente de um tipo ao outro.
tita como acessórios, enquanto carbonato, clo- Análises geocronológicas Rb-Sr rea-
rita e saussurita como produtos secundários. lizadas por Del’Arco et al. (1982) revelaram
Dados isotópicos K-Ar e Rb-Sr apresen- valores de 480 Ma., o que comprova uma re-
tam idades entre 483 a 504Ma.(Amaral, 1966; lação, pelo menos temporal, com os grani-
Hassui e Almeida, 1970; Almeida e Montovani, tos São Vicente, que apresentam idades K-
1975; Cordani e Tassinari, 1979b; Del’Arco et al., Ar e Rb-Sr similares.
1982). Pinho (2001) através de datação U-Pb
em zircão, encontrou idade de 504 ± 05 Ma. BACIA DO PARANÁ
Economicamente, sem regularidade,
tem sido explotada para obtenção de brita e, O3S1rv - Grupo Rio Ivaí
secundariamente, como rocha ornamental. RCL

¢3α m - Vulcânicas Mimoso Esta unidade litoestratigráfica de ida-


EGM de neo-ordoviciana a eo-siluriana, é compos-
ta por três formações: Alto Garças, Iapó e Vila
As primeiras referências de rochas Maria (Assine, 1996). Todavia as informações
vulcânicas ácidas na região de Mimoso (MT) cartográficas disponíveis para o Estado de
foram efetivadas e noticiadas por Del’Arco et Mato Grosso não permitem sua individualiza-
al. (1982) sob o título Vulcânicas de Mimoso. ção, sendo apresentada de forma indivisa.
Neste trabalho adotou-se simplesmente o Desde as cercanias da cidade de Cha-
termo Vulcânicas Mimoso em consonância pada dos Guimarães até a fronteira com o
com a denominação geográfica local. Estado de Mato Grosso do Sul, o Grupo Rio
Trata-se de rochas vulcânicas de com- Ivaí aflora de forma praticamente contínua,
posição dacítica, riodacítica e riolítica de ida- compondo a primeira escarpa da boda da
de cambro-ordoviciana, à semelhança dos Bacia do Paraná. Na região norte da bacia,
granitos São Vicente, o que levou Del´Arco suas melhores exposições encontram-se nas
et al. (op. cit.) a considerá-los co-magmáticos. cercanias da cidade de Barra do Garças (As-
São ocorrências restritas, próximo de sine, 1996) onde, todavia, não existem ma-
15 km2 de área, na forma de três pequenas ele- pas geológicos disponíveis que delimitem
vações em destaque na planície pantaneira. esta unidade da Formação Furnas (Grupo
Situam-se de 10 a 15 km a sudeste da serra de Paraná) que lhe é sobreposta em discordân-
Mimoso, Folha Corumbá SE.21-X-A. Suas re- cia. Em ambas as áreas sua seção basal en-
lações de contato não são muito claras dado contra-se em discordância angular sobre
que estão circundadas pelos sedimentos in- rochas metamórficas do Grupo Cuiabá. É
consolidados da Formação Pantanal. composta por conglomerados e arenitos
São rochas isótropas, sem deforma- quartzosos, finos a médios, por vezes gros-
ção, porém, de textura heterogênea em geral, sos e conglomeráticos com grânulos e sei-

104
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

xos de quartzo, maciços ou com estratifica- Sua área-tipo é o escarpamento Ser-


ção cruzada tangencial, intercalando cama- rinha, próximo a estação ferroviária de Serri-
das pouco espessas de pelitos de cor arro- nha, Estado do Paraná.
xeada por alteração. Estes arenitos e conglo- Conforme Assine et al. (1994) sua mai-
merados são relacionados por Assine (1996) or espessura em subsuperfície é de 337m
à Formação Alto Garças e podem atingir 40m (Poço 2-TL-1-MS) e, em sua porção inferior,
de espessura (Moreira & Borghi, 1999). Assine predominam arenitos feldspáticos grossos,
(1996) interpreta o registro sedimentar desta texturalmente imaturos, ocorrendo ainda, de
unidade como constituído por depósitos de del- forma descontínua, arenitos conglomeráticos
tas entrelaçados seguidos por depósitos mari- e conglomerados quartzosos. Na sucessão de
nhos plataformais, sucedendo-se em um padrão camadas em direção ao topo da unidade, os
de empilhamento retrogradacional. arenitos apresentam-se menos feldspáticos e
A Formação Iapó foi identificada no de granulação mais fina, interdigitando-se com
Estado de Mato Grosso apenas na região de argilitos. O ambiente interpretado é fluvial a tran-
Barra do Garças onde sua expessura chega sicional (deltas de rios entrelaçados) com os
a atingir 6m, é constituída dominantemente depósitos sedimentares desenvolvendo-se em
por diamictitos maciços, com presença su- onlap costeiro de oeste para leste, em discor-
bordinada de arenitos, folhelhos laminados dância sobre as rochas do embasamento e
e folhelhos com seixos pingados. O contato por superfície erosiva regional sobre as rochas
sobre os arenitos da Formação Alto Garças do Grupo Rio Ivaí, em um padrão de empilha-
é abrupto, localmente erosivo e sua deposi- mento retrogradacional, caracterizando um
ção é interpretada como o registro de um evento transgressivo. O contato superior com
episódio glacial de idade neo-ordoviciana a, a Formação Ponta Grossa é transicional e o
no máximo eo-siluriana (Assine, 1996). seu registro fóssil mais abundante são icno-
A Formação Vila Maria constitui a se- fósseis. Na porção superior desta unidade fo-
ção de topo do Grupo Rio Ivaí, tendo sido ram descritos restos vegetais como Psilophyta-
identificada, no Estado de Mato Grosso, na les, de distribuição desde o Siluriano Superior
região de Barra do Garças em seções levan- até o Devoniano Médio. Todavia, a transição
tadas ao longo da escarpa noroeste da Ba- entre os depósitos litorâneos de topo, com os
cia do Paraná desde a região de Chapada de plataforma rasa da Formação Ponta Grossa
dos Guimarães até o limite sul do Estado (As- (Emsiano - Devoniano Inferior) faz com que os
sine, 1996; Moreira & Borghi, 1999). Acha-se autores confiram à Formação Furnas uma ida-
composta por uma sucessão de folhelhos de eodevoniana. Esta unidade tem sido refe-
laminados sucedidos por fácies heterolíticas, renciada como fonte de diamantes encontra-
arenitos com estratificação cruzada hummo- dos em depósitos aluviais provenientes de sua
cky, arenitos com estratificação cruzada aca- erosão (Gonzaga e Tompkins, 1991).
nalada e arenitos com estratificação cruzada No Estado de Mato Grosso a Forma-
planar. Moreira e Borghi (1999) associam a ção Furnas ocorre ao longo das bordas nor-
esta formação camadas de diamictitos, não te e noroeste da Bacia do Paraná. Unidade
reconhecendo a Formação Iapó nas seções basal do Grupo Paraná, é descrita em seção,
estudadas. Sua espessura varia de 10 a 70m, na região de Barra do Garças, com 195m de
uma vez que seu contato superior com a espessura aflorante, estando constituída pre-
Formação Furnas é uma discordância erosi- dominantemente por arenitos grossos a
va. No conjunto exibe um padrão de empi- muito grossos com estratificação cruzada
lhamento progradaciona e o ambiente de planar, com ocorrência subordinada de are-
deposição é interpretado como de costa-afo- nitos grossos a muito grossos com estratifi-
ra a marinho raso, sob ação de ondas e cor- cação cruzada acanalada e arenitos finos a
rentes de marés. Sua idade é eo-siluriana, médios com estratificação cruzada hummo-
com base em um conteúdo fossilífero com- cky (Assine, 1996). Na região da borda no-
posto por pelecípodos, gastrópodos, braqui- roeste da Bacia, desde as cercanias da Cha-
ópodos inarticulados, acritarcas e palinomor- pada dos Guimarães até o limite sul do Esta-
fos (Gray et al., 1985). do, afloram camadas de arenitos médios a
grossos, com estratificação cruzada, areni-
D1f – Grupo Paraná - Formação Furnas tos finos com laminação cruzada cavalgante
RCL e arenitos finos com estratificação cruzada

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Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

hummocky, que nas proximidades da cidade Nas regiões centro-sul e leste, sobre-
de Jaciara compõem uma segunda cuesta põe-se à Formação Furnas por contato gra-
na escarpa da bacia, após a faixa de aflora- dual e concordante e é sobreposta pela For-
mento do Grupo Rio Ivaí. Seu contato inferi- mação Aquidauana por discordância erosiva
or é uma superfície erosiva sobre unidades e também pela Cobertura Detrito-laterítica e por
mais antigas e o superior é transicional para aluviões recentes. Por vezes, o contato tanto
os folhelhos da Formação Ponta Grossa. Sua com a Formação Furnas como com a Forma-
deposição é interpretada como de leques cos- ção Aquidauana é por falha normal.
teiros e braided deltas e em ambiente mari- É considerada de idade Devoniana por
nho raso, entre o nível de ação das ondas seu conteúdo fossilífero (macro e microscópico).
normais e do nível de ação das ondas de tem- Trilobitas, braquiópodos e tentaculites constitu-
pestades, postulando ainda a ação de corren- em o conjunto de macrofósseis, enquanto que
tes de marés (Assine, 1996). Rica em icnofós- os microfósseis estão representados principal-
seis nas fácies arenosas, sua idade ordovicia- mente por acritarcas e quitinozoários. Para o Mb.
na inferior é balizada pela Formação Ponta Tibagi, Assine (1996) destaca a presença de bra-
Grossa (Ordoviciano Inferior a Superior). quiópodos do gênero Australospirifer. Sanford e
Lange (1960) e mais recentemente Zalán et al.
Dpg – Grupo Paraná - Formação Ponta (1990) indicam os folhelhos desta unidade como
Grossa geradores de hidrocarbonetos e gás.
WAF/RCL Os tipos de fósseis, as estratificações
cruzadas planas e acanaladas e os níveis su-
Definida por Oliveira, (1912) tendo bordinados de siltitos e arenitos finos com ra-
como área tipo os arredores de Ponta Gros- ras marcas onduladas, mostram que esta for-
sa, Estado do Paraná. Constituída por folhe- mação depositou-se em ambiente marinho de
lhos marinhos de cor cinza e intercalações águas rasas, com fluxos de alta energia e ele-
de arenitos finos depositados sob a ação de vada taxa de deposição, ocorrendo no topo
ondas em uma plataforma rasa, a Formação do pacote um episódio regressivo.
Ponta Grossa atinge espessura máxima de A potencialidade mineral restringe-se
654m no poço 2-AP-1-PR e é interpretada por à utilização dos argilitos e siltitos na fabrica-
Assine et al. (1994) como o resultado do afo- ção de cerâmica.
gamento dos depósitos litorâneos da Forma-
ção. Furnas por um evento transgressivo de C2P1a - Formação Aquidauana
idade devoniana média. A presença de um WAF/RCL
episódio regressivo intercalado é marcada pela
variação faciológica (Lange e Petri, 1967) re- Definida por Lisboa, (1909) sua seção
presentada por uma seção intermediária are- tipo situa-se no vale do Rio Aquidauana, Esta-
nosa (Membro Tibagi) que separa uma seção do de Mato Grosso do Sul, no trecho cortado
dominantemente pelítica basal (Membro Ja- pela Estrada de Ferro Noroeste do Brasil. fo-
guariaíva) de uma pelítica superior (Membro lhelhos que se aprofunda mais para o sul. Em
São Domingos). Este evento progradacional Mato Grosso aflora nas regiões leste e sudeste.
teve como causa reativações tectônicas nas Schneider et al. (1974) propõem uma
áreas-fonte situadas a leste e nordeste, pro- divisão em três intervalos: o inferior compos-
porcionando a avanço de sistemas deltaicos. to por arenitos vermelhos a róseos, de gra-
No Estado de Mato Grosso, foi mapea- nulação média a grossa, exibindo estratifica-
da nas regiões centro-sul, leste e nordeste, sen- ção cruzada acanalada e com intercalações
do caracterizada por uma seqüência de folhe- de diamictitos, arenitos esbranquiçados e
lhos e siltitos de cores variando de cinza a cin- conglomerado basal; o médio composto por
za-esverdeada na base e apresentando para siltitos, folhelhos e arenitos finos, vermelhos
o topo intercalações de arenitos finos a muito a róseos, laminados, com intercalações de
finos, micáceos, feldspáticos, finamente estra- diamictito e folhelho de cor cinza-esverdea-
tificados de cor branca, marrom ou esverdea- do e o superior acha-se constituído dominan-
da. São freqüentes bioturbações e níveis finos temente por arenitos vermelhos com estrati-
de conglomerado na base. Em geral são ro- ficação cruzada. O contato inferior com o
chas com boa fissilidade, com níveis fossilífe- Grupo Paraná e com o embasamento, se faz
ros nos folhelhos. por discordância angular, enquanto que o
106
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

superior é marcado por superfícies erosivas. cem uma idade carbonífera superior (Stepha-
Admitem ainda uma espessura máxima de niano) com base em dados palinológicos. Eco-
799m, definida no poço 2-AG-1-MT. nomicamente, apresenta ocorrência de argi-
Na região sudeste do Estado, constitui- las para uso em cerâmica.
se essencialmente de arenitos vermelhos a ro-
xos, friáveis, porosos, compostos principalmente P1p - Formação Palermo
por quartzo, as vezes feldspáticos, com cimen- WAF/RCL
to ferruginoso e escassa matriz arenosa e argi-
losa. As variações litológicas e faciológicas são Foi definida por White,(1906) em Pa-
freqüentes, tanto vertical como lateralmente, lermo, Municipio de Lauro Muller, Estado de
com níveis lenticulares subordinados, conglo- Santa Catarina. Gonçalves. & Scheneider
meráticos, siltosos ou argilosos, com contatos (1970) cartografaram esta unidade nas regi-
bruscos ou gradacionais. São comuns níveis ões leste e sudeste de Mato Grosso.
lenticulares de diamictitos vermelhos, forma- Constitui-se, essencialmente, por se-
dos por uma matriz areno-argilosa que englo- dimentos de granulação fina (siltitos e arenitos
ba clastos de quartzo e arenito e subordinada- finos e muito finos) de cores acinzentadas a
mente de granito, quartzito, gnaisse, micaxisto amareladas. As camadas apresentam geome-
e vulcânicas. bem arredondados e de tama- trias tabular ou lenticular, muito estendidas.
nhos variados. Como regra, distribuem-se em ciclos granocres-
Na Serra da Petrovina observam-se três centes (parasseqüências) que iniciam com pe-
conjuntos litológicos com posição estratigráfi- litos maciços ou laminados, passando superior-
ca definida. mente a siltitos com acamadamentos wavy e lin-
O primeiro, inferior, é formado por areni- sen, e eventualmente arenitos com estratificação
tos vermelho-arroxeados, as vezes esbranquiça- cruzada hummocky, acamadamentos flaser e dra-
dos ou avermelhados, médios a grossos, felds- pe, marcas de ondulação simétrica e assimétrica
páticos, com níveis conglomeráticos e com in- e laminações cruzadas cavalgantes. Estas litolo-
tercalações subordinadas de siltitos e diamictitos gias correspondem à deposição abaixo do nível
finos. Os arenitos mostram estratificação cruza- de ação das ondas de bom tempo, porém
da acanalada, composição quartzosa, com grãos em profundidades influenciadas por ondas
angulosos a subarredondados e por vezes com de tempestade. Existe uma tendência em
cimento ferruginoso. Nos planos de estratifica- considerar a Formação Palermo como repre-
ção podem acumular-se minerais pesados, in- sentando um ambiente marinho raso, com
dicando deposição em fundo de canal. baixa salinidade devido a quase total ausên-
O intermediário é composto por silti- cia de organismos estenohalinos.
tos finamente estratificados, vermelho arro-
xeado ou vermelho-tijolo, e, secundariamen- P2T1pd – Grupo Passa Dois
te, por arenitos arcoseanos, folhelhos cinza RCL
(fossilíferos) e bolsões e lentes de diamictito
vermelhos. Observam-se estratificação plano- O Grupo Passa Dois no Estado de
paralela, marcas de onda e, localmente, estru- Mato Grosso engloba as formações Irati e
turas de sobrecarga como diápiros e dobras Corumbataí, esta última correspondendo na
convolutas. litoestratigrafia da Bacia do Paraná ao interva-
No superior predominam os sedimen- lo sedimentar composto pelas formações Ser-
tos arenosos, vermelho-arroxeados, mais finos ra Alta, Teresina e Rio do Rasto na região cen-
e melhor selecionados do que os do conjunto tro e sul da bacia (Schneider et al., 1974; Gama
inferior. Apresentam estratificação plano-parale- Jr et al., 1982; Milani et al.,1994). Sua cartogra-
la e estratificação cruzada. fia de forma indivisa utilizada neste projeto
O ambiente de deposição, segundo deve-se à escala adotada e a descrição na bi-
Schneider et al. (1974) é continental, consti- bliografia de lentes de calcários da Formação
tuído por depósitos fluviais e lacustres. Sua Irati como base da Formação Corumbataí.
associação lateral, em direção ao sul da ba- Conforme Zalán et al. (1990) a deposição dos
cia, com depósitos glaciais das demais uni- folhelhos e calcários da Formação Irati corres-
dades do Grupo Itararé, sugere a presença de ponde ao máximo de extensão areal da trans-
área glacial próxima à área de sedimentação gressão marinha permiana na Bacia do Para-
desta unidade. Daemon e Quadros estabele- ná, enquanto que a Formação Corumbataí re-
107
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

presentaria a fase regressiva. A Formação Co- elementos-traço.


rumbataí é representada por camadas de fo- As brechas polimíticas em sua maior
lhelhos, siltitos e arenitos, com intercalações de parte circundam o embasamento granítico
camadas de calcário. As cores são dominante- em suas porções norte e noroeste. Elas são
mente avermelhadas a róseas, podendo ser bem expostas em cortes ao longo da estra-
acinzentadas na base. A idade permiana superi- da MT-306, entre Araguainha e Ponte Branca,
or do Grupo Passa Dois é balizada pela presen- mostrando-se como uma massa não-estratifi-
ça de fósseis de répteis mesosaurídeos na For- cada de constituintes com vários formatos, va-
mação Irati, e de fósseis de lamelibrânqios, ostra- riando entre irregular e angular. Estes fragmen-
codes e de peixes, além de palinomorfos na For- tos são de granito e de rochas sedimentares
mação Corumbataí (Schneider et al., 1974). das várias unidades estratigráficas que ocor-
rem na região do Domo (principalmente Fur-
T1a- Unidade Araguainha nas, Ponta Grossa e Aquidauana) e possuem
JVL dimensões variando entre poucos metros até
centímetros. A textura fluidal indica movimen-
Esta unidade compreende um con- tos turbulentos de fluxo, assim como o forma-
junto de brechas de impacto que ocorrem to distorcido de alguns componentes eviden-
ao longo da estrada MT-306 e no leito do cia que os mesmos foram deformados de for-
Córrego Seco, no núcleo soerguido do ma plástica.
Domo de Araguainha, que constitui uma es- Brechas monomíticas de arenitos fo-
trutura circular,com diâmetro de 40 ram encontradas nas elevações que borde-
km,encontrada nas proximidades da cidade jam as porções sul e sudeste da bacia de dre-
de Araguainha no sudeste de Mato Grosso. nagem do córrego Seco. Sua área de ocor-
Esta estrutura em forma circular, é o re- rência é relativamente desprovida de aflora-
sultado da colisão de um corpo celeste de gran- mentos e geralmente coberta por vegetação
des proporções que caiu sobre a superfície da de cerrado, sendo que as poucas amostras
terra em torno de 250Ma. Em área representa- descritas por Engelhardt et al. (1992) são re-
da na época por uma plataforma marinha rasa ( presentadas por arenitos quartzosos com
Dietz e French,1973; Dietz et al., 1973; Crósta et grãos angulosos, termicamente alterados
al., 1981; Crósta, 1982, 1987, 1999). (Crosta, 1999).
As rochas afetadas por este evento in- Engelhardt et al. (1992) apresentaram
cluem desde o embasamento cristalino (gra- a cartografia geológica, acompanhada de um
nito) de idade Ordoviciana 449 Ma. (Deutsch estudo petrográfico e geoquímico detalhado
et al., 1992) com brechas de impacto, o qual da parte interna do núcleo central com 6,5 a 8
ocorre no núcleo da estrutura, até unidades km de diâmetro, enfocando o embasamento
sedimentares Paleozóicas da Bacia do Para- granítico e a distribuição de três tipos de bre-
ná, dispostas de forma anelar ao redor do nú- chas. Também identificaram a ocorrência de
cleo, representadas pelas formações Furnas e diques de cor avermelhada cortando o grani-
Ponta Grossa e pelos grupos Aquidauana e to, com espessuras entre 10 e 100 centímetros
Passa Dois. e dezenas de metros de comprimento, com-
As brechas de impacto ocorrem cir- postos por misturas cataclásticas de material
cundando o embasamento granítico foram granítico com feições de choque, material gra-
identificadas por Crósta (1982) mapeadas por nítico sem feições de choque e materiais gra-
Engelhardt et al. (1992) e são constituídas de níticos fundidos.
três tipos diferentes: brechas de impacto com Estes autores também analisaram a
matriz fundida (IBM) brechas polimíticas e bre- idade do evento de impacto, utilizando data-
chas monomíticas de arenitos. ção pelo método 40Ar/39Ar em amostras de
As brechas IBM cobrem o embasa- material fundido das brechas polimíticas, que
mento granítico, mostrando cores que variam revelaram idades de 247 ± 5.5 e 245.8 ± 5.5Ma.
do cinza-claro a cinza-escuro, com inclusões para duas diferentes frações granulométricas
de grãos de quartzo e feldspato com formatos da mesma amostra. Essas idades confirmam
irregulares a retangulares, e o químicas apre- a ocorrência do evento de impacto próximo
sentados por Engelhardt et al. (1992) mostram ao limite Permiano-Triássico.
que as brechas do tipo IBM e do granito são Hammerschmidt e Engelhardt (1995)
idênticos em termos de elementos maiores e apresentaram os resultados de uma segunda

108
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

datação do impacto pelo método 40Ar/39Ar. Descrito inicialmente por White, (1906)
Duas frações granulométricas de uma amos- sua área tipo é a Serra Geral do Planalto Meri-
tra de material fundido forneceram idades-pla- dional Brasileiro, na estrada entre Lauro Müller
tô de 245.5 ± 3.5Ma. e 243.3 ± 3.0Ma., respec- e São Joaquim, Estado de Santa Catarina.
tivamente, confirmando que o evento de im- Compreende um pacote de rochas vulcânicas,
pacto de Araguainha ocorreu próximo ao limi- formado por um extenso conjunto de derra-
te Permiano-Triássico. mes basálticos e subordinadamente félsicos
que ocorrem em uma grande extensão da
J3K1bt - Formação Botucatu Bacia do Paraná desde a sua borda norte de
WAF/RCL Mato Grosso e Goiás até o Rio Grande do Sul.
Em Mato Grosso ocorre na região sudeste,
Sua área tipo localiza-se na rodovia en- constituindo-se por uma secessão de derra-
tre São Paulo e Botucatu, ao longo da Serra mes vulcânicos, mormente de natureza basál-
de Botucatu, Estado de São Paulo. (Gonzaga tica e, secundariamente, ácida a intermediária.
de Campos, 1889). São basaltos e basaltos andesíticos de filiação
Constituí-se dominantemente por are- toleítica, maciços, cinza-escuro, granulação fina
nitos finos a grossos, coloração avermelhada, a média, as vezes amigdaloidal e muito fratu-
bem arredondados e com alta esfericidade, dis- rados. Disjunções colunares estão presentes
postos em sets e/ou cosets de estratificações indicando derrames mais espessos. Subordi-
cruzadas de grande porte. Os estratos cruza- nadamente, ocorrem riolitos e riodacito, com
dos são compostos na sua porção mais íngre- intercalações de camadas de arenito, litoare-
me por lâminas alternadas de fluxos de grãos e nito e arenito vulcânico.
queda livre de grãos que se interdigitam em di- O magmaatismo Serra Geral teve mai-
reção a base com laminações transladantes ca- or pico entre 137+0,7Ma. e 126,8+2,0Ma. e a
valgantes. Os estratos cruzados da Formação pilha de derrames pode alcançar uma espes-
Botucatu têm sido interpretados como depósi- sura de 2000m (Milane & Tomaz Filho, 2000).
tos residuais de dunas eólicas crescentes e li- Esta unidade é portadora de ocorrên-
neares acumuladas em um extenso mar de areia cias de cobre e ouro, mas sua principal mine-
(sand sea). A ausência de depósitos de interdu- ralização consiste em ágatas e ametistas (RS).
nas úmidos permite interpretar a Formação Bo- Lajes brutas ou beneficiadas são de amplo uso
tucatu como um sistema eólico seco. como piso e no revestimento de edificações,
Ocorre nas regiões centro-sul e leste do além de ser fonte primordial de brita para a
Estado de Mato Grosso e compreendem are- construção civil. Diques e sills de rochas bási-
nitos vermelho-tijolo, friáveis, pouco argilosos, cas geram metamorfismo de contato que tem
caulínicos, feldspáticos, geralmente médios a como resultado o aumento do rank dos car-
finos, grãos bem arredondados a subarredon- vões em algumas áreas próximas à cidade de
dados, esfericidade boa, mal selecionado no Criciúma (SC), bem como propiciam ocorrên-
conjunto e bem selecionado ao longo das ex- cias localizadas de cobre nas formações Irati e
tensas e abundantes lâminas que seguem os Corumbataí. Em Mato Grosso sua utilização
planos de estratificações cruzadas eólicas, fi- econômica restringe-se apenas ao forneci-
namente estratificados plano-paralelamente. Os mento de brita para a construção civil.
grãos de quartzo mostram superfícies foscas e
são envolvidos por uma película ferruginosa. K2b - Grupo Bauru
Esta unidade é fonte de areias quart- RCL
zosas para uso industrial e é explorada para a
obtenção de lajes de uso em piso ou revesti- Embora esta unidade permaneça na
mento e blocos de alicerce na construção ci- categoria de Grupo, seu entendimento foi
vil. Os arenitos desta Unidade constituem-se substancialmente modificado pelos trabalhos
em excelentes aqüíferos explotados em diver- de Fernandes (1992) Fernandes e Coimbra
sos estados brasileiros, fazendo parte do de- (1994) Fernandes (1998) e Fernandes e Coim-
nominado Aqüífero Guarani. bra (2000) com a retirada da Formação Caiuá,
sua redefinição na categoria de Grupo e a in-
K1β sg - Formação Serra Geral clusão da Formação Santo Anastácio. Desta
WAF/RCL/JVL forma, o Grupo Bauru permanece composto
pelas formações Uberaba e Marília, a Forma-
109
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

ção Adamantina é, na quase totalidade de sua ares, dificultando seu reconhecimento. A pa-
sucessão de camadas, redefinida como For- ragênese principal é plagioclásio + piroxênio
mação Vale do Rio do Peixe, e são definidas as + anfibólio e juntamente com a textura porfirí-
formações Presidente Prudente, São José do tica com matriz intergranular e intersertal são
Rio Preto e Araçatuba. As rochas vulcânicas diagnósticas para rochas da família dos
alcalinas, intercaladas na Formação Vale do Rio basaltos. A composição modal para a amos-
do Peixe (ex. Adamantina) são designadas de tra do Derrame da Raizinha, próximo a Poxo-
Analcimitos Taiúva. Os recursos minerais as- réo, é: plagioclásio An58-52 (60%); clinopiro-
sociados a este grupo são diamantes, calcá- xênios (20%); anfibólio (15%); opacos (3%); flo-
rios, argilas e ouro. gopita (2%); olivina? (< 1%).
O Grupo Bauru na região da Chapa- Depósitos identificados como de na-
da dos Guimarães assenta em discordância tureza piroclástica foram descritos como bre-
erosiva sobre unidades mais antigas e é pas- chas vulcânicas e tufos, podendo ocorrer in-
sível de individualização em quatro unidades teração com a sedimentação siliciclástica de
conforme Weska et al. (1988) Godoy et al. ambiente desértico sob a forma de pavimen-
(2003) e Costa et al. (2003). Todavia não exis- tos contendo bombas vulcânicas ou sedi-
tem mapeamentos cuja cobertura permita mentos nas frações areia e silte englobados
uma compilação e integração com imagens nos derrames.
de sensores remotos de modo que esta divi- A Formação Quilombinho é a unida-
são possa ser representada neste trabalho. de conglomerática basal junto aos aparelhos
Perfis realizados nas regiões da Fazenda vulcânicos, com espessuras da ordem de 30 a
Chafariz, Cachoeira do Bom Jardim, Dom 50 metros (Weska et al., 1988) sendo constituí-
Aquino e Poxoréo permitiram a consolidação da por clastos dominantemente provenientes da
da propriedade da divisão proposta em qua- erosão destes centros vulcânicos, ocorrendo ain-
tro formações: Paredão Grande, Quilombi- da seixos de quartzo e clastos de rochas das
nho, Cachoeira do Bom Jardim e Cambam- unidades mais antigas. Ocorrem orto e paracon-
be. Entretanto, por questão de escala, ape- glomerados, arenitos e subordinadamente peli-
nas a Paredão Grande foi individualizada tos. As cores são róseas a acinzentadas e as ca-
como Suíte Magmática ficando as restantes madas apresentam geometria lenticular. Os con-
como Bauru Indiviso. glomerados exibem acamadamento gradacio-
L1λpg – Suíte Magmática Paredão nal normal e inverso enquanto nos arenitos são
Grande - É composta por rochas ígneas al- encontrada estratificações cruzada tangencial e
calinas (derrames, diques e rochas vulcano- laminação plano-paralela. O ambiente deposi-
clásticas) recorrentes ao longo do desenvol- cional é interpretado como de leque aluvial e a
vimento da sedimentação. A idade deste deposição sob regime de enxurradas, consti-
magmatismo é de 83,9 + 4 Ma. (Ar-Ar). Aná- tuindo-se de depósitos de fluxo em lençol, bar-
lises petrográficas caracterizaram as rochas ras conglomeráticas e areno-conglomeráticas
componentes dos derrames como apresen- e dunas tipo 3D. As camadas de pelitos exi-
tando textura geral porfirítica ou microporfirí- bem laminação plano-paralela e intercalações
tica, de grão fino com matriz intergranular a de camadas de arenito fino a muito fino com
intersertal. Os fenocristais somam cerca de laminação cruzada cavalgante, indicando
2%, possuem grãos médio a fino (1,5mm a deposição por desaceleração do fluxo e de-
0,70mm) isolados ou glomeroporfiríticos, em cantação em condições de baixa energia, em
geral de plagioclásio subédrico zonado e, su- sítios laterais aos canais fluviais.
bordinadamente, de clinopiroxênio prismáti- Nas áreas laterais aos aparelhos vulcâ-
co ou globular. A matriz é muito fina (tamanho nicos a unidade basal encontrada é a Forma-
inferior a 0,25mm) e em uma amostra pode ser ção Cachoeira do Bom Jardim, constituída
observada uma leve textura de fluxo. A mine- por ortoconglomerado composto por seixos
ralogia da matriz consiste de prismas de plagi- de rochas sedimentares e vulcânicas, com in-
oclásio, glóbulos de clinopiroxênio incolor par- tercalações de lentes de arenito róseo com
cial a totalmente transformado para anfibólio seixos na base e exibindo estratificação cruza-
verde sendo que esta transformação deve ser da tangencial. Sucedendo as camadas basais
tardimagmática, não sendo produto de hidro- ocorrem camadas sigmoidais amalgamadas
termalismo. Ocorre de forma subordinada pi- de arenito médio a grosso, podendo ser con-
roxênio rosado. Alguns cristais ocorrem reliqui- glomerático com seixos de quartzo e arenito
110
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

dispersos, maciços ou com estratificação cru- leques aluviais, representada por depósitos
zada tangencial e camadas lenticulares de are- de canais entrelaçados e de fluxos densos,
nito fino, que passam a predominar em dire- com a presença subordinada de dunas eóli-
ção ao topo da unidade. Na região de Poxo- cas de pequeno porte. Para o Membro. Echa-
réo a ocorrência de calcário (brecha e mar- porã, interpretam uma deposição sob a for-
ga) reveste-se de importância para a ativida- ma de fluxos em lençol, em contexto de franja
de agrícola do Estado. Ocorrem com menor de leque aluvial, representando as porções
freqüência camadas de paraconglomerado distais dos depósitos sedimentares compo-
e camadas com presença de fendas de res- nentes dos outros dois membros. Seu con-
secamento. Uma característica marcante tato gradual com litótipos da Fm. Vale do Rio
desta unidade, conforme Costa et al. (2003) do Peixe, indica a transição do sistema de
e Godoy et al. (2003) é a presença de calcre- leques aluviais para a planície eólica. As pa-
tes. A sucessão de camadas representa um leocorrentes, obtidas no Membro. Serra da
ciclo regressivo, ocasionado pelo aplaina- Galga indicam transporte para noroeste e se-
mento das áreas-fonte e uma deposição em cundariamente para WNW.
ambiente desértico por sistemas de leques Em Mato Grosso estes sedimentos
aluviais, fluvio-deltáico e lacustre, conforme são encontrados nas regiões sul e sudeste
interpretado por Weska et al. (1988). sendo cartografada como indivisa, uma vez
A unidade superior é a Formação que não foi possível separar os membros
Cambambe, constituída por arenitos e are- Serra da Galga, Ponte Alta e Echaporã. São
nitos conglomeráticos, aos quais intercalam- constituídos por um pacote de arenito gros-
se lentes de conglomerados e siltitos. As co- so a fino, coloração amarelada e avermelha-
res são avermelhadas a róseas e a presença da, imaturo, mal selecionado, conglomeráti-
de silcretes é uma característica marcante co com clastos de quartzo, quartzito, calce-
desta unidade. Os conglomerados ocorrem dônia e calcário fino, cimentados por sílica
como paraconglomerados com gradação e amorfa, além de um pacote de arenito fino a
como ortoconglomerados maciços ou com médio, imaturo, com fração areia grossa a
estratificação cruzada acanalada, enquanto grânulos. Apresenta também lentes de cal-
que os arenitos exibem laminação plano-pa- cário fino e estratos de siltito e argilito subor-
ralela ou estratificação cruzada acanalada e dinados. O ambiente deposicional sugere
cruzada tabular. As camadas de pelitos são condições subaquosas fluvial e lacustre, com
maciças ou com laminação plano-paralela. canais de deltas aluviais e planícies de inun-
O ambiente deposicional é interpretado como dação. Os níveis de calcário sugerem fases
de leque aluvial, fluvial efêmero e lacustre em de aridez, enquanto que os conglomeráticos
condições de extrema aridez (Costa et al., estariam associados a fluxos hidrodinâmicos
2003 e Godoy et al., 2003). de alta energia.
Sua utilização econômica em Mato
K2m - Formação Marília Grosso está limitada à explotação dos níveis
WAF de calcário como corretivo de solos.

Definida por Almeida & Barbosa (1953) K2vp - Formação Vale do Rio do Peixe
como subdivisão do Grupo Bauru, esta uni- RCL/WAF
dade é constituída basicamente por deposi-
tos imaturos. Tem área-tipo nos arredores de É a unidade com maior área de aflo-
Marília e Garça, Estado de São Paulo. ramento do Grupo Bauru, estendendo-se
Foi inicialmente dividida, por Setzer desde a borda oriental da Bacia até os vales
(1948) nos membros Serra da Galga, Ponte dos rios Paraná e Paranaíba. Sua continui-
Alta e Echaporã. dade a oeste do rio Paraná, em território do
A diferença entre os membros Serra Estado de Mato Grosso do Sul, ainda não
da Galga e Ponte Alta reside no maior grau está cartografada. Sua seção de referência é
de cimentação carbonática dos litótipos Pon- encontrada no km 87 da rodovia SP-457,
te Alta (Fernandes & Coimbra, 2000) fruto de entre as localidades de Rancharia e Iacri, no
processos pós-deposicionais, uma vez que vale do Rio do Peixe (Fernandes, 1998).
o ambiente deposicional é semelhante e re- Constitui-se por camadas tabulares
lacionado às porções medianas e distais de de arenitos muito finos a finos, com cor mar-

111
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

rom, rosa e alaranjado, exibindo dominan- para designar os quartzo-arenitos com inter-
temente seleção boa a moderada, maciços calações de siltitos e lentes de argilitos com
ou exibindo estratificação cruzada tabular e espessura mínima estimada em torno de 120
acanalada de pequeno a médio porte, ou la- metros. A área de ocorrência estende-se ao
minação plano-paralela incipiente ou lamina- longo das corredeiras Capoeiras e Chaco-
ção de migração de ondulações (ripples rão no rio Tapajós e no interflúvio dos igara-
transladantes). Intercalam-se camadas tam- pés Mingau e Borrachudo. Em Mato Grosso
bém tabulares de siltitos maciços de cor cre- foi cartografada na região norte do Estado
me a marrom. Localmente podem ocorrer nos municípios de Guarantã do Norte e Novo
lentes de arenito conglomerático com estra- Mundo.
tificação cruzada de pequeno porte conten- As relações de contato entre essa uni-
do intraclastos argilosos ou carbonáticos. dade com as formações Borrachudo e São
Em Mato Grosso foi identificada na Benedito são interpretativas e baseiam-se nas
sua extremidade sul, sob a forma de cama- diferenças litológicas e paleoambientais. Des-
das tabulares constituídas por arenito fino a sa forma, a Formação Capoeiras está sobre-
muito fino, coloração amarronzada, rosada posta à Formação Borrachudo e sotoposta
e alaranjada, mostrando estratificações pla- à Formação São Benedito.
no-paralela cruzada tabular e acanalada de Os quartzo-arenitos são finos a médi-
pequeno porte, seleção boa a moderada. Su- os, esbranquiçados a avermelhados, bem se-
bordinadamente tem-se intercalações de lecionados, exibindo no topo das camadas,
camadas tabulares de siltito maciço, cor cre- marcas onduladas assimétricas indicando
me a marrom e lentes de arenito conglome- paleocorrentes para SW. Ocorrem, localmen-
rático com intraclastos argilosos ou carbo- te, intercalações de siltitos esverdeados e ar-
natados. gilitos vermelhos com gretas de contração e
O ambiente deposicional é caracteriza- que apresentam localmente glauconita e bi-
do por Fernandes (1998) e Fernandes e Co- oturbações. Subordinadamente ocorrem
imbra (2000) como essencialmente eólico, camadas do tipo red bed, com direção NNW-
constituído por lençóis de areia pequenas du- SSE e mergulhos entre 2o e 5o para SW.
nas e depósitos de loess. Depósitos associa- O ambiente deposicional da Forma-
dos a deposição subaquosa, correspondente ção Capoeiras é de águas rasas, possivel-
a fluxos de lagos efêmeros gerados por enxur- mente em zona litorânea sob influência de
radas, estariam representados pelos arenitos maré, na região de inter-maré, evidenciada
conglomeráticos e lamitos. As paleocorrentes pela presença de correntes bidirecionais.
para os depósitos eólicos indicam ventos so- A presença localizada de estruturas tu-
prando para sudoeste. bulares ramificadas nos quartzo-arenitos são
O conteúdo fossilífero está composto resultantes da atividade de organismos do tipo
por fragmentos de ossos de répteis, moluscos Palaeophicus sp. O conteúdo palinológico é
a artrópodes. Ocorrem ainda moldes de raí- representado por esporomorfos do tipo Calip-
zes, oogônios de algas caráceas e, possivel- tosorite cf. velatus, Verrucosisporites cf. nitidus,
mente, tubos de pequenos animais. Geminispora sp., Secariosporite sp., Auroros-
Suas relações de contato com as de- pora sp., Apicularetusispora sp e Retusotriletes
mais unidades deste grupo se faz de forma sp., os quais indicaram idade Devoniana.
transicional ou então através de diastemas. A potencialidade mineral da unidade
Na porção ocidental da Bacia, o contato com restringe-se a ocorrência de lentes de calcá-
unidades do Grupo Caiuá também se faz de rio associadas aos siltitos e fosfato nos quart-
maneira transicional zo-arenitos glauconíticos.

BACIA DO ALTO TAPAJÓS (CACHIMBO) CPii - Formação Igarapé Ipixuna


GJR
Dc – Formação Capoeiras
RCL A denominação original (Formação
Ipixuna) foi proposta por Santiago et al.
A Formação Capoeiras, que corres- (1980) para uma seqüência sedimentar da
ponde à unidade intermediária do Grupo Ja- Bacia do Alto Tapajós, constituída de quart-
tuarana, foi definida por Santiago et al. (1980) zo-arenitos, posicionada entre a Formação

112
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

São Benedito e a Unidade F. camada de calcário, igualmente avermelhado,


Localiza-se no extremo norte de Mato estando sotoposto a uma brecha sedimentar,
Grosso, entre o médio/baixo curso do rio composta por fragmentos de siltitos e argilitos
Juruena e o médio/baixo curso do rio São laminados. O ambiente de deposição é de mar
Manoel ou Teles Pires e nas cabeceiras do raso; Unidade G – representada por quartzo
rio Bararati, no município de Cotriguaçu, na arenitos de coloração creme, levemente rosa-
divisa com o Estado do Pará, acompanhan- dos, bem selecionados, granulometria fina e
do a borda sul da Formação São Manoel. estrutura maciça. É relativamente freqüente a
A Formação Igarapé Ipixuna possui presença de marcas de ondas simétricas.
ampla distribuição geográfica, constituindo
vários platôs na serra do Cachimbo. As princi-
pais ocorrências encontram-se nos igarapés Ipi- Pnv - Formação Navalha
xuna, Cururu e Parauriti, afluentes da margem RCL
esquerda do rio Tapajós. Sua espessura foi esti-
mada por Bizinella et al. (1980) em aproximada- A primeira referência desta unidade
mente 160 metros. Ocorre sobreposta às rochas deve-se a Moura (1932) onde definiu a seção-
da Formação São Benedito e é cortada pelo tipo no baixo curso do rio Teles Pires na locali-
Diabásio Cururu (177Ma.). dade de Navalha.
É constituída essencialmente por quart- A Formação Navalha aflora entre os rios
zo arenitos finos, as vezes médios, bem selecio- Juruena e Teles Pires, no extremo norte de
nados, cuja coloração pode ser esbranquiça- Mato Grosso, divisa com o Estado do Pará.
da, acinzentada ou avermelhada. Ocupam ge- Constitui-se de rochas carbonáticas finamen-
ralmente os terrenos mais elevados de interflúvi- te laminadas (siliciclásticas/carbonato) com
os, formando platôs e pequenos morros de fei- pronunciado grau de diagênese e geometria
ções tabulares. Possuem marcas de onda, gre- de lobos sigmoidas amalgamados e ondula-
tas de contração e estratificações cruzadas. A ções no topo, representadadas por arenito
estratificação plano-paralela é incipente e o aca- rosa com cimento calcítico, siltito calcífero cin-
mamento é geralmente horizontal. za-claro e calcário. A formação carece de defi-
A deposição dos sedimentos deve ter nição e correspondência a alguns conhecidos
ocorrido em mar regressivo, predominantemen- modelos deposicionais citados na literatura
te em ambiente marinho litorâneo, com possí- (plataforma isolada, rampa homoclinal, rampa
vel contribuição continental. distalmente escalonada, acrescionária) e que
O posicionamento cronoestratigráfico envolvem condições diversas de faciologia e
da Formação Ipixuna no Carbopermiano deve- de declividade em relação ao nível do mar. Al-
se à idade de 177Ma. do Diabásio Cururu, o guns modelos propostos sugerem a formação
qual é intrusivo nos quartzo arenitos. de tálus peri-plataformal (brechas?) biohermas
e ocasionais turbiditos.

CPsm - Formação São Manoel


GJR Pij – Unidade Ij
Esta formação, aqui proposta, distri- RCL
bui-se, principalmente, no extremo norte de Esta unidade informal compreende
Mato Grosso, entre o médio/baixo curso do as unidades fotogeológicas denominadas de
rio Juruena e o médio/baixo curso do rio São Unidade I e Unidade J de Santiago et al.
Manoel ou Teles Pires e nas cabeceiras do (1980) que afloram no núcleo de amplas
rio Bararati, no município de Cotriguaçu, na anticlinais na margem esquerda do rio Juru-
divisa com o Estado do Pará. É constituída ena e no interflúvio deste com o rio Teles Pi-
pelas Unidades F e G de Santiago et al. (1980) res. Não existem dados conclusivos sobre
assim caracterizadas: Unidade F – as rochas este conjunto litoestratigráfico devido ao bai-
desta unidade recobrem os quartzo-arenitos xo grau de conhecimento geológico da área.
da Formação Igarapé Ipixuna. Apresenta re- Aflora ao longo do rio Juruena e afluentes,
levo bastante ravinado sendo constituída por camadas de arcóseo, conglomerado, grauva-
arenito síltico-argiloso, vermelho na base, com ca e siltito vermelho. A idade presumida é per-
manchas esbranquiçadas e ocasionalmente miana, devido ao seu posicionamento estrati-
com cimento carbonático. Este é recoberto por gráfico sobre unidades que recobrem a For-
113
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

mação Capoeiras de idade siluro-devoniana sicional, clastos com feições de “ferro de en-
(Santiago et al., 1980). gomar” e a falta de estratificação de um modo
geral, sugerem uma contribuição glacial à
Formação Jauru, depositada em ambiente
PZi – Formações Paleozóicas Indiferenciadas
continental.
RCL
As análises palinológicas indicaram a
Sob esta designação englobam-se as presença de palinomorfos Cristatisporites sp.,
rochas sedimentares clásticas sobrepostas às característicos do Eocarbonífero.
rochas do Grupo Beneficente, as quais não
permitem uma subdivisão precisa em função C1pb - Formação Pimenta Bueno
de os dados disponíveis ainda serem escas- RBCB
sos. Essa unidade foi cartografada no extremo
norte de Mato Grosso, limite com o Estado do Essa unidade foi descrita inicialmente
Pará e agrupa arenitos que formam platôs ta- por Nahass et al. (1974) sendo chamada de
bulares com freqüentes intercalações de siltito Formação Pimenta Bueno por Leal et al. (1978).
e argilito, além de níveis de conglomerados. Seus afloramentos encontram-se nos grabens
de Pimenta Bueno e Colorado, localizados no
BACIA DO PARECIS extremo noroeste da Bacia dos Parecis. É cons-
tituída de folhelhos, arenitos, siltitos e conglo-
C1ja -Formação Jauru merados suportados pela matriz. Em Mato
RBCB Grosso foi definida na região oeste-noroeste
do Estado, no município de Juina.
Olivatti e Ribeiro Filho (1976) reconhe- O contato inferior dá-se com embasa-
ceram a origem glacial para o pacote de se- mento cristalino e o superior é com a Forma-
dimentos cartografados na região sudoeste ção Fazenda da Casa Branca. Segundo Si-
do Estado de Mato Grosso, nos vales dos rios queira (1989) possui espessura de 761 metros.
Jauru e Aguapeí, constituído por arenitos ar- Os folhelhos são de coloração mar-
cosianos, siltitos, folhelhos e ritmitos, para os rom, micáceos e intercalados com siltito mar-
quais propuseram a denominacao de Uni- rom ou arenitos claros. Os arenitos são com-
dade Jauru. Cardoso et al., (1980) a reno- postos de quartzo, feldspato e muscovita de
mearam para Formação Jauru. Os litótipos cor marrom com pintas claras, granulometria
desta unidade estendem-se desde as proxi- média, acamamento plano-paralelo e estratifi-
midades de Figueirópolis, a norte, prolon- cações cruzadas tabular e acanalada. Os con-
gando-se a sul até além do rio Aguapeí, indo glomerados são suportados pela matriz, aver-
próximo ao limite meridional da Folha Cuia- melhados e possuem seixos e boulders su-
bá (SD-21). barredondados de granitos, gnaisses e rochas
A Formação Jauru constitui-se de um básicas e seixos angulosos de xistos e quartzi-
pacote sedimentar suborizontalizado compos- tos. Seus diâmetros máximos são de 40 centí-
to de paraconglomerados petromíticos, siltitos metros. Associados a esses conglomerados
arenosos, folhelhos e tilitos. Os folhelhos e silti- ocorrem siltitos com laminação plano-parale-
tos ocorrem interestratificados, com alguma rit- la, na qual existem grãos de areia flutuando e
micidade, passando para o topo a diamictitos. seixos dispersos, deformando a laminação
Os paraconglomerados mostram-se (unidade dropstone).
parcialmente lateritizados, apresentando 70% Os folhelhos foram depositados em
de matriz com clastos de quartzitos, arenitos ambiente marinho raso, evidenciado pela
arcosianos, gnaisses e granitos caoticamente presença de acritarcas do gênero Sphaeri-
distribuídos exibindo superfícies polidas e acha- dium, identificados por Cruz (1980). As es-
tadas do tipo “ferro de engomar”. Os folhelhos truturas sedimentares dos arenitos sugerem
apresentam cor marrom com tonalidade es- sua deposição em ambiente fluvial, em ca-
verdeada, laminação plano-paralela e presen- nais entrelaçados, com abundante supri-
ça esporádica de minerais micáceos nos pla- mento de areia, a qual apresenta uma com-
nos de estratificação. posição feldspática, indicando um clima
As características inerentes aos para- desértico ou glacial. A associação diamicti-
conglomerados como a enorme variação da to -unidade dropstone segundo o modelo
fração rudácea, tanto modal como compo- de Ojakangas (1985) é interpretada como

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Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

evidência de clima glacial; os diamictitos cor- pelos derrames basálticos da Formação Ta-
respondem ao tilito de alojamento, forma- pirapuã. Arcóseos, correspondentes à por-
do pela deposição de detrítos na base da ção intermediária da formação, ocorrem nas
geleira e a unidade dropstone resulta da que- regiões central e sul da bacia, gradando a
da de clastos dos icebergs durante a depo- leste para siltitos com seixos pingados
sição do siltito, em ambiente marinho. (dropstones). Argilitos e folhelhos, fechando
o topo da formação, estão intercalados com
C2cb - Formação Fazenda da Casa Branca siltitos.
Siqueira (1989) correlaciona-a ao Gru-
RBCB/WAF
po Itararé da Bacia do Paraná e Formação
Pedra de Fogo da Bacia do Parnaíba, am-
Guimarães, (1971) definiu estes sedi- bas de idade permiana. Costa, et al. (1975)
mentos na BR-364, nominando-os de Cretá- na região da Serra do roncador, registraram
ceo Parecis. Padilha, et al. (1974) reconhece- a presença de restos de planta silicificada e
ram, na região de Porto dos Gaúchos e nos denominaram esta unidade de Unidade Per-
canais dos rios Arinos e Juruena (dois paco- mocarbonífera 1, correlacionando-a à For-
tes sedimentares distintos: Um superior, for- mação Aquidauana, conseqüentemente tor-
mado por sedimentos maturos e um inferior, nando indevida a designação de Eopaleo-
de sedimentos imaturos e de grande variação zóico Indiviso, proposta por Padilha, et al.
faciológica. Dividiram-no então em Cretáceo (1974). Tanto Leal, et al. (1978) como Silva,
Parecis (Unidade Superior) e Eopaleozóico Indi- et al. (1980) concordam com a idade Permo-
viso (Unidade Inferior). Costa, et al. (1975) advo- carbonífera atribuída a esta Unidade.
gam que esta unidade apresenta continuidade Padilha, et al. (1974) interpretou o am-
física em direção à serra do Roncador, posocio- biente deposicional como fluvio-lacustrino,
nando-a no Permocarbonífero 1. Leal, et al. em ampla planície de inundação. Entretan-
(1978) denominaram informalmente estes sedi- to, Siqueira (1989) menciona que Caputo
mentos de Arenito da Fazenda Casa Branca, (1984) faz referências à existência, em Ron-
designação esta mantida por Silva, et al. (1980) dônia, de evidências de ambiente glacial ou
e também adotada neste trabalho. peri-glacial nesta Unidade.
No nordeste de Mato Grosso encon-
tram-se arenitos vermelhos pintalgados de
branco, arcoseanos de granulometria fina, Jra - Formação Rio Ávila
média e grossa, matriz argilosa, mal seleciona- JVL
dos, com estratificação plano-paralela. Notam-
se finas intercalações de arenito vermelho, Denominação usada por Bizzi et al.
fino a muito fino, argiloso e feldspático, bem (2001) para caracterizarem, no vale do rio Cu-
como pequenas lentes de siltitos e argilitos, luene e a noroeste de Vilhena, no Estado de
Rondônia, uma sequência de arenitos verme-
além de arenitos ortoquartzíticos, amarelos e
lhos a róseos, friáveis, com grãos arredonda-
esbranquiçados, litificados com cimento sili-
dos, bem a mal selecionados, apresentando
coso, granulometria fina a muito fina, estratifi-
estratificações cruzadas cuneiformes e inter-
cação plano-paralela e microestratificações
pretadas como depositados em ambiente
cruzadas.
eólico. Localmente notam-se intrusões de di-
O contato inferior dá-se com a For-
abásios e lamprófiros.
mação Pimenta Bueno ou com o embasa- No Estado de Mato Grosso estes se-
mento cristalino. O contato superior, de acor- dimentos afloram a noroeste de Comodoro,
do com Costa et al. (1975) é erosivo do tipo onde recobrem rochas da Suíte Metamórfi-
inconformidade. A espessura no centro da ca Colorado e são recobertos por sedimen-
bacia é de 200 metros, adelgaçando para 40 tos arenosos da Formação Utiariti. Em Ron-
metros na localidade de Porto dos Gaúchos dônia, os derrames basálticos da Formação
(Padilha, et al. 1974). No sudoeste da bacia Anari, equivalentes da Formação Tapirapuã
ocorrem nesta unidade conglomerados poli- em Mato Grosso, cobrem os arenitos da
míticos, cujos clastos apresentam diâmetro Formação Rio Ávila, o que permite posicio-
máximo de 40cm separados por camadas ou nar estes sedimentos na base do jurássico.
lentes de areia fina a grossa, superpostos Assim, a correlação da Formação Rio Ávila
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Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

com a Formação Botucatu, de idade juro- ção fina e textura ofítica típica. Sua espessura
cretássica, na Bacia do Paraná, sugerida por estimada oscila de 15 a 310 metros.
Ribeiro Filho et al. (1975), não pode mais ser A formação Tapirapuã, correlacionada
sustentada. Sua espessura foi estimada por em Rondônia com a Formação Anari, tem ida-
Siqueira (1989) em 90m no vale do rio Colu- de de aproxidamente 198Ma. (Marzoli et al.,
ene e em 20m a noroeste de Vilhena. 1999), posicionando-a no Sinemuriano/Juás-
sico Inferior. Esses derrames cobriram os are-
J1ββat - Formação Tapirapuã nitos da Formação Rio Ávila, interpretada como
JVL/WAF/RBCB de origem eólica.
Eventos magmáticos mesozóicos de
composição básica se fazem presentes na K2sn - Formação Salto das Nuvens
região centro-sul do Estado, e são respon- WAF/RCL/RBCB
sáveis por um relevo peculiar que constitui a A designação de Formação Salto das
serra de Tapirapuã. Estes derrames vulcâni- Nuvens foi proposta por Barros et al., (1982)
cos foram objetos de estudos de Corrêa & com seção-tipo na queda d’água homôni-
Couto (1972) que adotaram a denominação ma, localizada no rio Sepotuba, (Fazenda
de Formação Tapirapuã para caracterizar Santa Amália, município de Tangará da Ser-
uma série de derrames de basaltos toleíticos ra). Está representada por conglomerados
que afloram no município de Arenápolis na petromíticos de matriz argilo-arenosa interca-
serra homônima, onde estimaram uma es- lados por lentes de arenitos vermelhos de
pessura ao redor de 100 metros. Almeida et granulometria variável desde muito fina a con-
al., (1972) estudaram estes basaltos nos mu- glomerática. Sobreposto aos conglomerados
nicípios de Barra do Bugres, Nortelândia e Alto ocorre geralmente arenito imaturo com estra-
Paraguai, classificando-os como basaltos an- tificação cruzada de médio porte, contendo
desíticos. Figueiredo et al., (1974) nas cabe- seixos e calhaus de diversos litótipos. Também
ceiras do rio Arinos, descreveram-nos como é freqüente a presença de camadas de areni-
rochas de granulação muito fina, cinza-chum- to bimodal, maciço de espessura variável, com
bo, ricas em amígdalas. Padilha et al., (1974) leitos de argila vermelha intercalados. No topo
no rio Jatobá, identificaram como sendo dia- da seqüência é comum arenito bimodal bem
básios e rochas alteradas de aspecto brechói- laminado e com estratificação cruzada de
de, correlacionando-as com o Grupo Iporá, grande porte.
não descartando a possibilidade de correla- Não menos comuns são as variações la-
ção destas rochas com o derrame basálticos terais dessa seqüência sedimentar, onde se des-
da Bacia do Paraná. tacam vários níveis conglomeráticos oligomíticos,
Barros et al., (1982) adotam também intercalados em arenitos ortoquartzíticos finos a
a denominação de Formação Tapirapuã e muito finos, além de arenitos avermelhados com
concluiram que os basaltos da serra de Tapi- matriz argilosa, mal classificados e maciços, in-
rapuã representariam, provavelmente, as úl- tercalados com lentes de siltitos, argilitos verme-
timas manifestações do grande vulcanismo lhos e com bolas de argila na base dos bancos
fissural que atuou no Brasil, mormente na (Barros et al., 1982).
Bacia do Paraná, onde conformam a Forma- Na MT-358, próximo ao rio Russo II, em
ção Serra Geral. Não descartam a possibili- dois cortes da estrada, esta Unidade está cons-
dade de que corpos básicos (basaltos) ocor- tituída por conglomerado de grânulos, areni-
rentes no rio Jatobá e os corpos kimberlíti- tos conglomeráticos, arenitos finos em cama-
cos aflorantes no rio Batovi, estejam vincula- das lenticulares, de coloração bege a casta-
dos a este vulcanismo fissural. nho arroxeado, com estratificação cruzada tan-
São derrames vulcânicos básicos, gencial de médio porte e cruzada festonada, e
normalmente constituídos por basaltos isotró- camada de pelito. Os clastos, nas frações grâ-
picos, cinza-chumbo, nas bordas e, no centro nulo a seixo, são da rocha vulcânica subjacen-
por diabásios finos a médios, de composição te, composta por uma matriz afanítica com fe-
toleítica.Os basaltos mostram estruturas amig- nocristais de feldspato. As camadas com es-
daloidais, disjunções colunares e são afeta- tratificação cruzada apresentam nítido conta-
dos por falhamentos gravitacionais pouco pro- to erosivo com as camadas arenosas subja-
nunciados e por um intenso diaclasamento. centes. A presença de clastos de rocha vulcâ-
Ao microscópio os diabásios exibem granula- nica nos arenitos conduz a duas interpreta-

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Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

ções: estes clastos se originariam da Unidade Observações colhidas nos afloramentos da MT-
Inferior ao Grupo Parecis na área (Basalto Ta- 358, logo após o rio Russo, conduzem a aven-
pirapuã – 167Ma.). Neste caso a sedimenta- tar uma deposição por sistema fluvial ou flú-
ção seria mais nova, ou seja, pós Jurássico vio-deltaico (lacustre) tendo como uma das
Médio, ou então provirem de vulcânicas alcali- áreas-fonte as rochas vulcânicas subjacentes.
nas que ocorrem intercaladas na base do Gru- Silva et al., (2003) posicionaram esta Uni-
po Parecis a nordeste, o que conduziria à con- dade no Cretáceo Médio a Superior, embasa-
firmação de uma idade cretácia superior para dos na ocorrência de fósseis de Mesosuchidae
estes depósitos. Estas observações sobre o (Notosuchidae) os quais constituem-se de rép-
contato coincidem com a interpretação de teis crocodilomorfos de hábito terrestre, que ocor-
Barros et al., (1982). rem em unidades sedimentares cretácicas do
Silva et al., (2003) associaram a esta Uni- Brasil e da América do Sul.
dade uma seqüência sedimentar clasto-quími-
ca, constituída por argilitos calcíferos, margas, K2ut - Formação Utiariti
siltitos, arenitos e pontualmente conglomera- WAF/RBCB/RCL
dos intraformacionais, que ocorre na escarpa
da serra do Roncador e em vales a oeste e no- Sob esta designação Barros et al.,
roeste da serra de Tapirapé, região nordeste do (1982) englobaram os arenitos quartzosos da
Estado de Mato Grosso. Estes autores subdivi- seção de topo do grupo Parecis, tendo como
diram-na em dois níveis com características fa- seção-tipo a queda d’água Utiariti, no rio Pa-
ciológicas e litológicas distintas: um basal, com- pagaio. As rochas desta unidade constituem
preendendo argilito de cor cinza, cinza-esver- as partes mais elevadas do Planalto dos Pare-
deado e vermelho a róseo, maciço, as vezes cis, sobrepondo-se às rochas da Formação
com laminação horizontal ou ripples, varian- Salto das Nuvens em contato gradacional e
do composicionalmente a calcilutitos e mar- concordante. Apresentam cores variáveis, des-
gas, mostrando faixas centimétricas de pisó- de amarela, roxa a avermelhada, conformando
litos e venulações de material calcífero pre- bancos com bases irregulares, maciços ou lo-
enchendo fraturas. calmente apresentando estratificação cruzada
O nível superior, aflorante preferenci- de pequeno porte ou plano-paralela. A granu-
almente na escarpa da Serra do Roncador e lometria varia de fina a média, podendo local-
nas porções medianas e basais dos morros, mente ser grossa. Nas camadas basais podem
está constituído por arenitos e siltitos, maciços ocorrer seixos de quartzo arredondados e de
a laminados, de coloração avermelhada, ama- boa esfericidade. A composição é essencial-
relada e amarronzada, consolidados a semi-con- mente por grãos de quartzo e feldspato, os
solidados raramente calcíferos com laminação primeiros com superfície hialina, fosca, normal-
cavalgante, estratificação cruzada acanalada de mente envolta por uma película ferruginosa.
pequeno a médio porte, laminação plano-pa- Possuem pouco cimento e matriz sendo facil-
ralela e ciclos de gradação normal. Mostram ain- mente desagregados. Localmente podem se
da lentes e estratos centimétricas de conglo- apresentar com intensa silicificação devido à
merados intraformacionais. No topo ocorrem diagênese ou proximidade de falhas.
arenitos finos, vermelho-róseos, feldspáticos, Estruturas sedimentares como estra-
com estratificação cruzada acanalada de gran- tificação cruzada de pequeno porte e baixo
de porte, por vezes obliterada pela alteração, ângulo, e formas acanaladas vinculadas a
além de níveis argilosos descontínuos com até bancos maciços espessos de base irregular,
10 centímetros de espessura, entre os sets de indicando uma deposição rápida com regi-
estratificação. me hidrodinâmico superior ao de escoamen-
Na zona de transição entre os dois ní- to, associadas à presença de seixos espar-
veis predomina uma intercalação milimétrica de sos em bancos maciços, mostram tratar-se
argilito e siltito avermelhados, acinzentados e cin- de sedimentos originados em ambiente flu-
za-esverdeados, laminados horizontalmente ou vial.
com laminação cruzada cavalgante.
O ambiente de sedimentação sugeri- δc - Diabásio Cururu

do para esta Formação é continental fluvial de ASF
semi-aridez, com manifestações desérticas es-
porádicas em algumas seções da unidade. As primeiras referências aos diques de
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Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

diabásio de idade jurássica da região em es- berlíticos apresentam morfologia do tipo


tudo são atribuídas de Moura (1932). Diver- maar, com crateras rasas de 20 a 80 metros
sos outros autores registraram a presença de espessura e forma de “taça de champa-
destas rochas na região amazônica, usando nhe”. Os diamantes destacam-se pela pre-
denominações diversas. Silva et al. (1974 e sença de duas séries de inclusões (Weska e
1980) usaram o termo Dolerito Cururu e o Svisero, 2001). A primeira é formada por on-
modificaram para Diabásio Cururu para in- facita, almandina e majorita, indicativas de
dividualizar os corpos de diabásio aflorantes profundidades de geração entre 180 e 400
no vale do rio Cururu e que mostram conti- km. A segunda série de inclusões é composta
nuidade física para a região de serra do Ca- por wollastonita, diopsídio, stishovita, níquel
chimbo onde apresentam extensões quilo- metálico, moissanita, além da solução sólida
métricas e destacam-se como expressões periclásio-wustita, as quais são indicativas de
topográficas positivas nas imagens de radar. profundidades abaixo de 670 km.
Segundo Silva et al. (1980) estas ro- As mineralizações diamantíferas da Pro-
chas têm cor cinza-escuro com tons esver- víncia de Juína estão predominantemente as-
deados, granulometria média e abundantes sociadas aos horizontes cascalhíferos dos de-
sulfetos (pirita) disseminados. Ao microscópio pósitos aluviais. A paragênese mineral associa-
revelam textura subofítica, intercrescimento da ao diamante é compreendida por granada-
micrográficos e são constituídaos de plagioclá- piropo, picroilmenita e cromodiopsídio. Os
sio (labradorita) augita, sericita, muscovita, diamantes são do tipo indústria e com raros
argilo-minerais, abundantes opacos e rarís- cristais acima de 480ct, exibindo formas do-
simo quartzo. decaédricas e irregulares. Os teores dos de-
Datações K-Ar, em amostras coleta- pósitos são em média de 6-7 ct/m3, sendo
das no leito do rio Cururu, indicam idades que em algumas zonas atingem 80 ct/ m3.
de 175Ma. (Silva et al., 1974) e 180Ma. (Basei Também são identificados nessas re-
e Teixeira, 1975). São correlacionáveis aos di- giões do Estado mais duas gerações de kim-
abásios de cachoeira do Periquito no rio Ari- berlitos, com idades mais jovens denomina-
puanã, cuja idade K-Ar também é de 180Ma. dos K1k e K2k, e são representados por kim-
e aos Diabásios Penatecaua (Issler et al., berlitos, olivina melilitito e rochas afins.
1974) aflorantes na Folha SA. 22 – Belém.
K2γγ4pm – Suíte Ponta do Morro
J3K2k - Kimberlitos WAF/MCA
GJR As primeiras referências às rochas des-
sa unidade foram feitas por Luz et al. (1980) na
Várias intrusões e chaminés kimberlíti- localidade de Mimoso-MT, quando as associa-
cas distribuem-se no Estado de Mato Grosso, ram às vulcânicas de Mimoso, denominando-
com destaque para as ocorrências da região as de Intrusivas Félsicas e Intermediárias de
de Juína e Paranatinga, onde são conhecidos Mimoso, admitindo uma provável relação ge-
mais de 60 corpos (Weska e Svisero, 2001). nética com o Granito São Vicente.
Petrograficamente, essas rochas são
caracterizadas por uma textura porfirítica, de- Del’Arco et al. (1982) denominaram
finida pelos fenocristais de olivina, granada- de Intrusivas Ponta do Morro a s rochas gra-
piropo e ilmenita, dispersos numa matriz fina níticas aflorantes na margem direita do rio
composta por serpentina, carbonatos, opa- Mutum ou Madeira, 2km a jusante do ribei-
cos e óxidos de ferro. As olivinas apresen- rão Água Branca, na localidade de Ponta do
tam formas ovaladas e mostra-se totalmente Morro, em Mato Grosso. Sousa (1997) intro-
serpentinizadas nos seus núcleos. A grana- duziu a denominação de Complexo Ponta
da apresenta bordas quelifíticas e fraturas do Morro, para representar estas intrusivas
preenchidas por serpentina e óxido de ferro. graníticas e sieníticas, levemente supersatu-
A serpentina exibe textura mesh envolvendo radas, que afloram descontinuamente, impos-
os cristais de olivina. sibilitando o mapeamento faciológico. Através
Na Província de Juína foram reconhe- de estudos petrográficos e geoquímicos, des-
cidos uma série de pipes intrusivos nos are- creveu-as como constituídas por uma típica
nitos da Formação Parecis e nos granitos da associação de granitóides alcalinos anorogê-
Suíte Serra da Providência. Estes corpos kim- nicos, intraplaca, do tipo A, exibindo uma in-

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Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

tensa variação textural e mineralógica de cará- N1r - Formação Ronuro


ter bimodal. Os sienitos mais primitivos estão GJR
representados por melasienito, microsienito, si-
enito médio, sienito fluidal, de composição me- Esta cobertura, de idade terciária-qua-
taluminosa. Os mais evoluídos, de composi- ternária, aflora continuamente na porção leste
ção peralcalina, são representados por arfve- da Bacia dos Parecis, no domínio da sub-ba-
dsonita sienito, riebeckita sienito, sienito rosso cia Alto Xingu, capeando discordantemente as
e fayalita sienito, enquanto que os granitos, li- formações paleozóicas. Consiste de sedimen-
tótipos mais abundantes, variam desde pera- tos pouco consolidados, representados por
luminosos (biotita granito) a peralcalinos (ae- areia, silte, argila e cascalho, além de lateritas
girina riebeckita granito) passando por termos (Schobbenhaus et al., 1981). Esta unidade foi
metaluminosos (ferrobarroisita granito). depositada em uma depressão tipo sinéclise a
Os litótipos desta Suíte são intrusivos partir da intensa erosão no Plioceno, que des-
nos metassedimentos do Grupo Cuiabá (Luz mantelou a crosta laterítica formada no inicio
et al., 1980; Del’Arco et al., 1982 e Sousa, 1997). do Terciário.
Dados geocronológicos Rb-Sr obtidos
por Del’Arco et al. (1982) em três amostras de
sienito, revelam uma isócrona de 84 ± 6 Ma. NQi - Coberturas Sedimentares Indiferen-
ciadas
ENch - Formação Cachoeirinha GJR
GS
As Coberturas Sedimentares Indife-
A unidade foi identificada e caracteri- renciadas correspondem ao que Figueiredo
zada por Oliveira e Muhlmann (1965) a leste e Olivatti (1974) denominaram de Formação
de São Vicente, Mato Grosso, sob a deno- Guaporé, em função de que nesta escala de
minação de Unidade “C”. trabalho torna-se inadequada uma individua-
Gonçalves e Schneider (op.cit.) ele- lização de unidades. São depósitos sedimen-
varam a categoria da unidade, definindo-a tares do vale do rio Guaporé, os quais foram
como Formação Cachoeirinha, cuja seção- divididos em dois níveis: o nível inferior é cons-
tipo situa-se no Distrito de Cachoeirinha, cer- tituído por sedimentos argilo-arenosos fraca-
ca de 30 km a norte de Poxoréu, onde ocor- mente lateritizados, com o topo contendo
rem arenitos amarelados, medio a grossos, grãos subangulosos grossos a médios de
argilosos e niveis de conglomerados, além quartzo e lentes de silte e argila caóticamente
de argilito cinza-esverdeado com grãos de distribuidas no perfil, sendo formadas pelo as-
areia esparsos e estratificação incipiente. soreamento de pequenas lagoas; o nivel supe-
Estes sedimentos inconsolidados deposita- rior, restringe-se a sua ocorrência nas regiões
ram-se discordantemente sobre todas as for- da planicie de inundação do rio Guaporé, que
mações subjacentes. permanecem alagadas durante todo o ano. Os
Braun (1971) admite uma idade terciá- sedimentos finos (silte e argila) predominam com
ria (Neogeno) pelo fato destes depósitos alu- lentes intercaladas de areia.
vionares estarem geneticamente associados ao Os sedimentos representam depósitos
ciclo Sul-Americano. de leques aluviais, coluviais, planícies de inun-
Sua gênese estaria relacionada a pro- dação e lagos e são constituídos por areia, sil-
cessos gravitacionais, como fluxo de massa, te, argila, cascalho, além de laterita imatura.
retrabalhando antigos depósitos aluviais, haja O ambiente de planície de inundação
vista conterem seixos arredondados imersos constitui áreas planas cujos depósitos sedimen-
em matriz lamítica, não compatíveis com um tares recentes encontram-se densamente vege-
único ciclo sedimentar. Além do mais, a cor- tados por floresta aluvial. No Vale do Guaporé a
roborar com esta hipótese, ressalte-se que planície de inundação encontra-se limitada por
afloram nas proximidades de zonas de falhas escarpas esculpidas nos depósitos terciários,
de caráter normal e/ou direcional, que, in- estando em contato direto com o ambiente de
clusive os afetam. pântano, contato este marcado por modifica-
Pena e Figueiredo (1972) citam es- ções vegetacionais bem definidas entre flores-
pessuras entre 20 e 30m, podendo atingir ta aluvial da planície de inundação e gramíne-
até 70m. as dos pântanos. Esses depósitos encontram-
119
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

se recortados pelos canais meandrantes dos glomerado basal, siltes e areia siltosa, incon-
rios Guaporé e Mamoré, onde são comuns as solidados e mal selecionados de derivação
feições de lagos de meandros e meandros continental. Pena et al.(1975) estenderam a
colmatados abandonados, além de depósitos área de ocorrência da Formação Araguaia
de barras com cristas de linhas de acresção até a região de Barra do Garças. Lacerda Fi-
lateral, desenvolvidas durante o processo de lho et al. (1999) retomaram a denominação
migração do canal fluvial. original e consideraram a Formação Araguaia,
As coberturas Sedimentares Indiferen- individualizando os terrenos mais antigos
ciadas são desprovidas de fósseis. Assim sen- como coberturas arenosas indiferenciadas e
do, utilizou-se os dados sedimentológicos (tex- subdividiram esta unidade em duas fácies:
turais e estruturais) geomorfológicos e a late- Fácies Terraços Aluvionares (Qag1) e Fácies
ritização subsequente, para posicionar crono- Depósitos Aluvionares (Qag2). A primeira é
estratigraficamente essa unidade no Plioce- constituída de sedimentos síltico-argilosos e
no ao Holoceno. arenosos, semiconsolidados, tendo conglo-
merado basal parcialmente lateritzado.
NQdl -Coberturas Detrito-Lateríticas Fer- A segunda formada por sedimentos ar-
ruginosas gilo-síltico e arenosos, inconsolidados, flúvio-
GJR lacustroso, que preenchem as depressões ge-
Os sedimentos detrito-lateríticos ocor- radas através de reativações neotectônicas que
rem preferencialmente no vale do Guaporé, ocorreram no Vale do Rio Araguaia. Estes se-
numa extensa área aplainada, com interflú- dimentos, depositados em estruturas exten-
vios tabulares e associados a pequenas ele- sionais, foram reativados por falhas transcor-
vações dominadas pelo horizonte concreci- rentes de direções NE-SW, NW-SE, N-S e E-
onário do perfil laterítico. As superfícies aplai- W (Del’Arco et al.,1998; Gesicki e Riccomini,
nadas são constituídas dominantemente por 1998). Na Fazenda Canadá(GO) Pena (1975)
solos argilo-arenosos de tonalidade averme- determinou através furo de sonda uma es-
lhada, ricos em concreções ferruginosas, pessura aproximada de 48m para a Forma-
além de niveis de argilas coloridas e areias ção Araguaia, onde predominam areias in-
inconsolidadas. consolidadas, com lentes de argila e casca-
Os lateritos imaturos, quando em per- lho. Araujo e Carneiro (1977) utilizando estu-
fis completos e preservados, modelam gran- dos sísmicos na ilha do Bananal, concluíram
de parte do relevo atual. Apresentam a sua que o seu substrato é composto provavel-
parte superior (horizonte colunar/concrecio- mente por rochas metassedimentares e/ou
nário) aflorante, configurando a parte mais ele- ígneas, localizadas a uma profundidade que
vada do relevo. Em certas áreas, onde a parte varia de 170-320m.
superior está mais espessa e endurecida e
houve maior entalhamento da drenagem, ob- FORMAÇÃO PANTANAL
serva-se a formação de um relevo tendendo WAF/JVL
a platôs. Nas encostas aflora a parte mediana
dos perfis (horizonte mosqueado), podendo Oliveira e Leonardo (1943) denomina-
estar parcialmente recoberta por colúvios/alú- ram de Formação Pantanal os depósitos alu-
vios areno-argilosos. Esses depósitos colúvio/ vionares constituídos por vasas, arenitos e ar-
aluviais, na sua base, são constituídos por sei- gilas de deposição recente que ocorrem no
xos provenientes dos próprios lateritos con- Pantanal Mato-Grossense. Almeida (1964)
crecionários, formando corpos do tipo stone- definiu esta formação como depósito de le-
layer e no topo por material argiloso proveni- ques aluviais de talude e lateritos ferrugino-
ente do horizonte mosqueado. Este é encon- sos, constituídos por sedimentos de nature-
trado nas partes mais baixas do relevo atual, za arenosa e síltico-argilosa, com pouco cas-
podendo estar coberto por solos amarelos e calho. Figueiredo et al. (1974) dividiram-na
areias brancas, além de colúvios e alúvios. em três unidades reconhecidas como Qp1,
Qp2 e Qp3. Ramalho (1978) subdividiu as
FORMAÇÃO ARAGUAIA aluviões da depressão mato-grossense em
ESA/JVL sete tipos, sendo cinco aluviões essencial-
Definida por Barbosa et al.(1966) no mente fluviais e dois de espraiamento aluvial
vale do Rio Araguaia. É formada por um con- sobre a área pediplanizada.
120
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Almeida (1959) caracterizou a Forma- do de Amazonas, na bacia do rio Solimões,


ção Pantanal como uma das maiores planí- caracterizada por uma seqüência de arenitos
cies de nível de base do interior do globo, amarelo-avermelhados, friáveis, de granulome-
ainda em processo de entulhamento, que in- tria fina a conglomerática, capeados por peli-
fluenciada pela orogenia Andina, teve seu tos da Foramação Solimões em discordância
desenvolvimento em ambiente fluvial e/ou flú- erosiva.
vio-lacustre. Del’Arco et al. (1982) acreditaram No estado de Mato Grosso estes sedi-
que sua deposição está relacionada à subsi- mentos ocorrem de forma restrita no extre-
dência gradativa do embasamento, associado mo noroeste, .representados por arenitos
aos falhamentos e deposição desenvolvida ferruginosos,siltitos, argilitos e, subordina-
em ambiente fluvio-lacustre. damente, lentes de turfa.
Os sedimentos dessa unidade repou- Algumas datações por radiocarbono
sam discordantemente sobre as rochas dos em troncos fósseis encontrados nesta Uni-
grupos Cuiabá, Jacadigo, das formações Dia- dade, têm estabelecido idades mais jovens
mantino, Corumbá e Coimbra e do Complexo do que aquelas encontradas para a Forma-
Rio Apa (Figueiredo et al., 1974; Correa et al., ção Solimões. Esta Formação pode ser cor-
976; Luz et al., 1980; Godoi et al., 1999). relacionada com a Formação Amazonas, em
A Formação Pantanal neste estudo território colombiano, correspondendo ao
acha-se caracterizada por três fácies: Q1pc-
“Terciário Superior Amazônico” e à “Unida-
Fácies Depósitos Coluvionares; Q1p1-Fácies
de Arenosa Mariñame”.
Terraços Aluvionares; Q1p2-Fácies Depósitos
Aluvionares, intimamente relacionadas a uma
Q1di – Depósitos Detríticos Indiferenciados
fase de retrabalhamento dos sedimentos fane-
ESA
rozóicos da Bacia do Paraná, com desenvolvi-
mento de leques aluviais e superfície de aplai-
Esta unidade está intimamente associ-
namento formando terraços argilo-arenosos
com níveis arenosos e de cascalho, parcial- ada a uma fase de retrabalhamento de sedi-
mente lateritizados, desenvolvendo perfis late- mentos de natureza arenosa, ocorrida no
ríticos e imaturos. Pleistoceno.
Constitui-se de areias finas a grossas,
Q1pc - Fácies Depósitos Coluvionares localmente síltico-argilosas e mais raramente
conglomeráticas, intimamente relacionadas a
Consiste a porção mais antiga, consti- superfícies de aplainamento, formando terra-
tuída por sedimentos detríticos, parcialmente ços argilo-arenosos com cascalhos dispersos
laterizados, cascalhos, areias, siltes e argilas. e níveis de material transportado e ferrugino-
so. Estes níveis são constituídos por uma ma-
Q1p1 - Fácies Terraços Aluvionares triz rica em óxido e hidróxido de ferro, sem, no
entanto, mostrar perfis lateríticos maturos ou
Representam a porção intermediária,
imaturos, tratando-se de material alóctone.
compreendendo fácies terraços aluvionares
elevados, caracterizado como planície aluvial
Q2pa - Depósitos Pantanosos
antiga, englobando sedimentos areno-argilo-
GJR
sos, parcialmente inconsolidados e laterizados.
São caracterizados por depósitos de-
Q1p2 - Fácies Depósitos Aluvionares tríticos que ocorrem principalmente ao longo
do vale do rio Guaporé, estendendo-se pelo
Compreendem a porção do topo, no- território boliviano. Os Depósitos Pantanosos
minada de fácies depósitos aluvionares, estão relacionados às áreas sujeitas à inunda-
constituída por sedimentos sub-recentes ar- ções sazonal e são representados dominan-
gilo-síltico-arenosos. temente por material argilo-arenoso, rico em
matéria orgânica, caracterizados por extensas
Q1i – Formação Içá áreas planas, ocupadas por gramíneas, perio-
RBCB dicamente sujeitas a inundações durante os
períodos de cheia.
Definida por Maia et al., (1977), no esta- A existência dos depósitos pantanosos
121
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

mostra forte relação com estruturas de abati- locênico dessas drenagens em geral é carac-
mento de blocos com direções NE-SW, de ida- terizado por depósitos de acresção lateral de
de possivelmente do Holoceno/Pleistoceno. margem de canal e de carga de fundo, que
incluem barras em pontal, barras de meio de
Q2a - Depósitos Aluvionares canal e depósitos de carga de fundo. Estes
GJR/JVL sedimentos distribuem-se também nas planí-
cies de inundação dos rios onde ocorre o
Constituem depósitos caracterizados ambiente lacustre, representado por lagos re-
por sedimentos inconsolidados, dominante- siduais, formados pela migração das cristas
mente arenosos, representados por areias de acresção lateral das barras, além de la-
com níveis de cascalhos e lentes de material gos represados.
silto-argiloso. A idade provável desses depósitos é
Ocorrem associados às calhas dos cur- Pleistocênica, obtida pelo conteúdo fossilífero
sos d’água de maior porte, encaixados tanto encontrado nos aluviões e paleoterraços alu-
no embasamento cristalino como nos depósi- viais de alguns rios da região.
tos terciários, compreendendo basicamente Associadas a estes sedimentos são en-
sedimentos aluviais. contradas na região importantes concentrações
O padrão de sedimentação fluvial ho- de ouro e diamante.

122
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

4.
RECURSOS MINERAIS E
METALOGENIA

O avanço do conhecimento geoló- - Área potencial para rochas ornamentais


gico de Mato Grosso, obtido a partir deste - Depósito de estanho de São Francisco
trabalho, permitiu o reconhecimento da di-
versidade de ambientes geológicos existente PROVÍNCIA TOCANTINS
no Estado e revelou o seu grande potencial - Distrito Aurífero da Baixada Cuiabana
mineral. - Depósito Aurífero de Nova Xavantina e
Foram cadastradas 428 ocorrências área potencial circunvizinha
minerais, as quais foram agrupadas por ca- - Área potencial para Rochas Ornamentais
tegoria, a saber: metais nobres, gemas, subs- - Distrito de rochas carbonáticas da Provín-
tâncias metálicas, rochas e minerais industri- cia Serrana
ais e recursos hídricos. - Áreas potenciais para rochas carbonáti-
O reconhecimento da existência cas do Grupo Cuiabá
desse expressivo e variado número de - Águas Termais de São Vicente
substâncias minerais, revela uma forte vo-
cação mineira do Estado de Mato Grosso PROVÍNCIA SUNSÁS
e abre oportunidades de investimentos no - Província polimetálica do SW do Mato
setor mineral. Grosso: (i) Distrito aurífero do Alto Gua-
Neste trabalho, as substâncias mine- poré (ii) Distrito polimetálico de Cabaçal e
rais cadastradas foram agrupadas em Pro- área potencial circunvizinha; (iii) Distrito
víncias Metalogenéticas, Distritos , Pólos Mi- Niquelífero de Comodoro
neiros e Áreas de Potencial Mineral, às quais
somam-se as Fontes de Águas Minerais e MAGMATISMO ALCALINO, ANOROGÊNICO,
Termais. CRETÁCEO
As principais províncias metalogenéti- - Província Diamantífera do Centro Oeste do
cas, distritos mineiros e áreas de potenciali- Mato Grosso: Distritos diamantíferos de
dade mineral acham-se individualizados no Juína, Chapada dos Guimarães, Alto Pa-
Mapa de Recursos Minerais, intrisicamente raguai, Poxoreo e Paranatinga e áreas
relacionados aos ambientes geotectônicos, potenciais circunvizinhas
conforme esquema abaixo:
BACIAS PALEO-MESOZÓICAS
PROVÍNCIA RONDÔNIA-JURUENA - Áreas potenciais para rochas carbonáti-
- Província Aurífera de Alta Floresta cas da Bacia do Paraná (Fm. Bauru e Gru-
- Depósito de sulfetos maciços de Aripua- po Passa Dois)
nã e área potencial circunvizinha - Áreas potenciais para argilas da Bacia do
123
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Paraná (Fm. Ponta Grossa) graus de mecanização. As áreas de ativida-


- Águas minerais e termais de Jaciara e Jus- de mineira distribuíam-se principalmente pe-
cimeira los municípios de Peixoto de Azevedo, Ma-
- Águas termais de Barra do Garças-Gene- tupá, Colíder, Guarantã do Norte, Novo Mun-
ral Carneiro do, Alta Floresta, Terra Nova do Norte, Para-
Os distritos mineiros estão representa- naíta, Apiacás e Nova Bandeirante.
dos no mapa de recursos minerais por polí-
gonos hachuriados e as áreas potenciais ata- Mineralização Secundária
vés de linhas tracejadas.
Neste texto estão descritas as carac- Das áreas de exploração dos jazimen-
terísticas dos principais depósitos minerais da tos auríferos secundários, em número de 122,
região, agrupados por substâncias minerais: listadas pelo Programa Nacional de Prospec-
Metais Nobres (ouro), Gemas (diamante), ção de Ouro – PNPO, a maioria encontra-se
Substâncias Metálicas (Zn,Pb,Cu,Ag,Ni Sn), atualmente inativa e abandonada, com sinais
Rochas e Minerais Industriais(rochas carbo- claros de esgotamento das aluviões minerali-
náticas e rochas ornamentais, areia, argila, zadas. Distribuídas desde Peixoto de Azevedo
cascalho e brita), Recurssos Hídricos (águas até noroeste de Apiacás, provocaram uma
minerais e termais). grande devastação do leito e margens das dre-
nagens e intensa poluição com mercúrio, com
4.1 - METAIS NOBRES – OURO grave desequilíbrio para o meio ambiente.
Algumas áreas com mineralizações
Constitui um dos bens minerais mais secundárias acham-se assinaladas em ima-
importantes da região. Neste estudo foram gens orbitais LANDSAT TM 5 e foram agru-
destacadas quatro regiões com áreas mine- padas por Valente (2001): 1) Juruena-Novo
ralizadas, relacionadas a diferentes ambien- Astro; 2) Apiacás-Novo Planeta; 3) Paranaíta;
tes geológicos. 4) Trairão; 5) Alta Floresta; 6) Peixoto de Aze-
vedo; 7) Vila União do Norte; 8) Figueira Bran-
4.1.1 - PROVÍNCIA AURÍFERA DE ALTA FLO- ca; 9) Canaã; 10) Cabeças e 11) Mogno-Rato,
RESTA distribuídas nos domínios das Suítes Parana-
(CCO) íta, Nhandu, Colíder, Matupá e Flor da Serra e
Situa-se na parte norte do Estado de do Grupo São Marcelo-Cabeça (fig. 4.1).
Mato Grosso, entre a Serra do Cachimbo, a Os depósitos apresentam dimensões
norte; a Serra dos Caiabis e a Chapada dos variadas, com largura média entre 200 e 300
Dardanelos, a sul; a região de Peixoto de Aze- metros, espessura entre 1 e 3 metros e ex-
vedo/Matupá, a leste e o rio Aripuanã, a oeste. tensão quilométrica.
Os jazimentos de Au contidos na Pro- Na região da Província Alta Floresta,
víncia Alta Floresta acham-se ligados principal- foi estimado um volume de aluvião trabalha-
mente às suítes plutono-vulcânicas, calcioalca- da, da ordem de 500 milhões de m3. Como o
linas, oxidadas, relacionadas ao magmatismo nível de recuperação de Au, através da ga-
pós-colisional inerente à edificação dos arcos rimpagem, foi muito baixo, uma quantidade
Cuiú-Cuiú (Suítes Matupá – 1,87 Ga e Flor da considerável desse metal ainda permanece
Serra) e Juruena (Suíte Paranaíta – 1,80 Ga; contida nos rejeitos dessas aluviões.
Granito Nhandu e Suíte Colíder – 1,78 Ga). A mineralização tipo placer foi o obje-
Mineralizações de ouro, tanto aluvio- tivo principal da atividade garimpeira, tendo
nares quanto primárias, encontram-se am- sido responsável pela maior parte da produ-
plamente distribuídas na província, ao longo ção aurífera dessa região.
de 500 km, através da borda sul da Serra do
Cachimbo, com direção WNW. Mineralização Primária
A exploração mineira iniciou-se em
1966, com a descoberta de ouro no rio Ju- Foram recadastradas algumas deze-
ruena. A produção oficial, acumulada no nas de jazimentos primários, os quais estão
período entre 1980 e 2000, foi de 123 t de distribuídos nas proximidades das minerali-
ouro (DNPM, 2000), provenientes de aluvi- zações secundárias.
ões, coluviões e eluviões, através de garim- Paes de Barros et al. (1999) dividiram
pagem manual ou por lavra com diferentes as ocorrências de mineralizações de ouro em
124
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

125
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

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Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

quatro diferentes distritos: Peixoto de Azeve- e do Gil (tabela 4.1), localizados cerca de 97
do, Teles Pires, Cabeças e Aripuanã. km a sudoeste de Alta Floresta, no Distrito
Neste trabalho, propõe-se a subdivi- do Cabeça (Frasca & Borges, 2004), onde
são da Província Alta Floresta em oito distri- vem sendo retirado ouro de natureza primá-
tos, onde se concentram áreas detentoras de ria desde 1990.
mineralizações auríferas (pólo), que foram ou Estes jazimentos acham-se inseridos
estão sendo objeto de extração de ouro. em veios de quartzo nas zonas de charnei-
Destacam-se os seguintes distritos e pólos: ras de dobras isoclinais, formadas por xistos
Distrito de Moriru miloníticos, lustrosos, friáveis, hidrotermaliza-
Pólo 1 – Moriru dos (sericita + clorita + epidoto + sulfetos-
Distrito Novo Astro pirita), transformadas a partir de metavulcâ-
Pólo 2– Juruena/Novo Astro) nicas, meta-subvulcânicas ácidas e rochas
Distrito Apiacás – Paranaíta metassedimentares (grauvacas e pelitos grafi-
Pólos 3– Apiacás/Novo Planeta tosos), pertencentes ao Grupo São Mar-
Pólo 4 – Paranaíta celo-Cabeça.
Distrito Alta Floresta/Garimpo do Trairão Exposições na cava do garimpo (ga-
Pólo 5 – Alta Floresta rimpos do Fabinho e do Gil) mostram que
Pólo 6– Garimpo do Trairão os xistos acham-se estruturados em dobras
Distrito de Peixoto de Azevedo/Matupá isoclinais reclinadas, cujos eixos, de atitudes
Pólo 7 – Novo Mundo 45º a 75º/N90 a N100 (Santos, 2001), estão
Pólo 8 – Guarantã do Norte refletidos em conspícuas estruturas lineares
Pólo 9 – Peixoto de Azevedo/Matupá tipo lápis e crenulações, bem expostas em
Pólo 10 – Vila União cortes verticais na frente da lavra do Gil. Na
Pólo 11 – Figueira Branca Lavra do Fabinho, existe um shaft vertical, atu-
Distrito Nova Canaã/Santa Helena almente com 40 m de profundidade, e a partir
Pólo 12 – Nova Canaã daí uma galeria em desenvolvimento, na dire-
Distrito do Cabeça ção N60W, coincidente com o plano axial das
Pólo 13 – Cabeça dobras. Neste local, os afloramentos mostram
Distrito Fazenda Mogno zonas com maior taxa de deformação, onde
Pólo 14 – Fazenda Mogno, Garimpo as minidobras subsidiárias, marcadas por vei-
do Rato, Morro do Túnel os de quartzo lenticularizados, estão transpos-
tos por foliação anastomosada com atitude
Os distritos e pólos acima listados serão des- em torno de N60W/75NE.
critos conforme seus contextos geológicos
e geotectônicos (figura 4.2). O filão principal no Fabinho é descon-
tínuo e estruturado sob a forma de boudins,
Com base em características morfo- com cerca de 80 cm de espessura e, segun-
lógicas, texturais e estruturais, foram reconhe- do informações de trabalhadores locais, pro-
cidos três tipos principais de mineralizações duz 800 g de ouro por semana. Em amonto-
auríferas primárias: veios de quartzo dobra- ados de quartzo cinzento, retirados das es-
dos e boudinados com ouro, situados no cavações, observou-se ouro livre, alteração
domínio dúctil; veios de quartzo com ouro de sulfetos em boxworks e zonas de altera-
preenchendo zonas de cisalhamento confi- ção hidrotermal, nas rochas encaixantes mi-
nadas no domínio rúptil-dúctil; e minério dis- loníticas (Santos, 2001). Acha-se encaixado
seminado tipo ouro pórfiro, stockworks, bre- no Grupo São Marcelo-Cabeça, formado por
chas hidrotermais e veios de quartzo extensi- pelitos finos, metarenitos, metassiltitos e ní-
onais com ouro, situados no domínio rúptil ( veis de xistos grafitosos interdigitados em
Delgado et al., 2001; Santos, 2000; Santos, metavulcânicas ácidas a intermediárias, intru-
2001; Cruz, 2002 e Ribeiro et al., 2001). didas por quartzo dioritos transpostos em
zonas de cisalhamento dúctil.
Veios de Quartzo Dobrados e Bou- Wildner (2001) sugere uma provável
dinados - Os jazimentos estão reunidos na ligação do ouro com os níveis de grafita xis-
forma de veios de quartzo simples dobrados tos lavrados ao longo do eixo das dobras
e boudinados (domínio dúctil) e concentram- apertadas.
se principalmente nos garimpos do Fabinho A análise de concentrados de bateia
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Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

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Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

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Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

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Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

revelou uma extensa zona anômala, com 15 ppm), Cu (11 ppm), Pb (10-33 ppm) e Zn (56-
a 40% de turmalina, em drenagens próximas 185 ppm), quando comparados com os ou-
a esse garimpo, ligada provavelmente a pos- tros depósitos da Província Alta Floresta (Ri-
síveis BIF’s turmalínicos ricos em sulfetos beiro et al., 2001).
com ouro (Frasca & Borges, 2004). O controle estrutural dos veios mine-
Essa mineralização apresenta uma ralizados (sempre injetados em zonas de
paragênese sulfetada a base de pirita, calco- deformação dúctil), somados aos controles
pirita e arsenopirita, com valores altos de As litológico e geoquímico, à associação para-
(580 ppm) e baixos de Ag (1,7 ppm), Bi (3,9 genética do minério (com a presença mar-

cante de sulfetos), ao grau metamórfico de dades de dezenas a centenas de metros.


baixo grau (fácies xisto verde) das rochas Os depósitos desse tipo acham-se
encaixantes e aos halos de alteração hidro- confinados em fraturas de cisalhamento tipos
termal nas paredes dos veios, são feições que R (N85E a EW) e Y (N80W), de cinemática si-
permitem que se levante a hipótese dessas nistral, e R’ e X (NS a NNE-SSW), de cinemá-
mineralizações estarem relacionadas à gera- tica dextral (figura 4.3), nucleadas a partir de
ção de fluidos de natureza metamórfico-hi- fraturas em granitos/monzogranitos das suí-
drotermal, os quais teriam migrado através tes Matupá, Paranaíta, Nova Canaã e Granito
de condutos estruturais e interagido com as Nhandu e distribuídos pelos seguintes pólos
paredes das rochas encaixantes, pertencen- (figura 4.2 e tabela 4.3), descritos a seguir
tes ao ao Grupo São Marcelo-Cabecas no de conformidade com as suas unidades en-
domínio Aripuanã-Roosevelt. caixantes, das mais antigas (Suítes Matupá e
Flor da Serra) para as mais jovens (Suíte Nova
Veios de Quartzo – Os jazimentos desse tipo Canaã): Peixoto de Azevedo/Matupá (pólo 9),
estão reunidos na forma de veios de quartzo Figueira Branca (pólo 11), Guarantã do Nor-
simples (tabela 4.2), com ouro, representan- te (pólo 8), Novo Mundo (pólo 7), Paranaíta
do cerca de 70% das mineralizações estuda- (pólo 4), Fazenda Mogno/Morro do Túnel
das, confinadas a estreitas zonas de cisalha- (pólo 14), Alta Floresta (pólo 5), Morirú (pólo
mento transcorrente, com espessuras centimé- 1) e Nova Canaã (pólo12).
tricas a métricas, desenvolvidas no domínio Filão do Paraíba (pólo 9): Localiza-se
rúptil-dúctil. Os corpos de minério são estrutu- a noroeste de Peixoto de Azevedo, de propri-
ralmente controlados, tabulares, subverticaliza- edade da COOPERXOTO-Cooperativa Mista
dos, com expressiva extensão superficial (cen- dos Garimpeiros Produtores de Ouro do Vale
tenas de metros), atingindo às vezes profundi- do Rio Peixoto Azevedo, uma empresa de mi-
131
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

neração organizada e mecanizada, que evo- so DNPM: 866374/90, cita que o teor médio
luiu a partir de um dos mais tradicionais ga- é de 18,17g/t de Au e que foram bloqueadas
rimpos da região, descoberto na década de as seguintes reservas: medida de 5.056 kg
70, explorado a céu aberto até uma profundi- de Au; indicada de 3.160 kg de Au e inferida
dade de cerca de 30 m (Siqueira, 1997). 3.794 kg de Au.
A geologia da região circunvizinha do Garimpo Fazenda Uru (pólo 11) – Si-
depósito foi descrita por Barros (1993), que tua-se a cerca de 40 km a NE de Nova Santa
ressaltou a carência de afloramentos, devido Helena, onde a mineralização acha-se conti-
ao extenso manto de intemperismo que atin- da em veio de quartzo com sulfeto (pirita e
ge cerca de 15 m de espessura. São citadas calcopirita), apresenta atitude dominante E-
algumas exposições de gnaisses tonalíticos, W/vertical, espessura variando de 20 a 30 cm
que nas proximidades das mineralizações tor- e comprimento aproximado de 500 m, pre-
nam-se granodioríticos e monzoníticos, exi- enchendo zona de cisalhamento desenvol-
bindo bandamento milonítico com formas sig- vida em granito da Suíte Intrusiva Matupá.
moidais e bandas de cisalhamento transver- Nesta zona de cisalhamento ocorre um en-
sais, definidos pelo autor supracitado como velope de hidrotermalitos à base de quartzo,
pertencentes ao Complexo Xingu. clorita e sericita.
Na escavação original, Santos (2000) Garimpo Serrinha de Guarantã (pólo
constatou um filão de quartzo leitoso com 8) – Localiza-se a cerca de 10 km a norte da
orientação NS e mergulhos fortes para leste cidade de Matupá, próximo de Guarantã do
(65-70º), posicionado na interface entre ro- Norte, onde a mineralização aurífera acha-
chas básicas foliadas (anfibolitos foliados) e se contida em veio de quartzo com atitude
monzogranitos miloníticos hidrotermalizados, dominante NW/subvertical. Ocorre preen-
atribuídos respectivamente às suítes Flor da chendo uma zona de cisalhamento dúctil,
Serra e Matupá. Nas paredes da escavação, encaixado em talco-clorita xisto. Análises efe-
ocorre intensa alteração de sulfetos e exu- tuadas em amostras de canais na cava do
dação de sais, em rochas básicas, as quais garimpo revelaram teores médios de 0,32 g/
adquirem aspecto xistoso apenas nas proxi- t de Au e 0,25% de Cu (JICA/MMAJ-2000).
midades do filão. Um furo de sondagem realizado pela
O acesso à galeria subterrânea, a 100 JICA/MMAJ (2000), mostrou continuidade da
m de profundidade, é feito através de um mineralização de Au em profundidade, com
shaft, utilizando-se um elevador com guin- teores variando 1,76 a 2,54 g/t de Au. A mi-
cho elétrico. A extensão atual da galeria é de neralização está contida em veio de quartzo,
290 m, no sentido sul, acompanhando o fi- distribuído em uma zona de cisalhamento
lão. O principal veio de quartzo mineralizado NW-SE/subvertical. As encaixantes são tal-
(filão) tem forma lenticular, espessura varian- co-clorita xisto, que se alterna com níveis de
do entre 0,18m e 1,4m e extensão estimada biotita-muscovita xisto e xisto preto. Estas
em 1.500 m. Tem aspecto laminado, localmen- rochas estão enriquecidas em cobre, com
te bandado, e é composto basicamente de teores de até 1,41% e representam vestígios
quartzo, sulfetos (pirita, calcopirita, pirrotita, de uma possível seqüência metavulcano-se-
calcocita, bornita, esfalerita, galena, tetraedri- dimentar. Encontram-se interceptadas por
ta, molibdenita e bismutinita) e magnetita. rochas graníticas (granito porfirítico róseo e
Superfícies de falha de direção NS, hornblenda-biotita granito - Suíte Intrusiva
com estrias subhorizontais e ressaltos, defi- Matupá?) e por diques básicos.
nem uma cinemática transcorrente dextral, a Estudos de inclusões fluidas realiza-
qual é corroborada pela forma dos veios de dos, nos veios de quartzo, mostraram uma
quartzo em zonas transtracionais, no teto da temperatura de homogeneização da ordem
galeria (Santos, 2000). 155,3°C e baixo conteúdo de NaCl, com va-
Estudos de inclusões fluidas feitos por lores em torno de 7%.
Sarnes (1990) apud Relatório Final de Pes- Garimpo do Aluízio (pólo 8) – Situa-
quisa (1998), revelaram alto conteúdo de CO2 se cerca de 5 km a sudoeste da cidade de
e CH4 e temperaturas superiores a 300°C, Guarantã do Norte, em domínio de biotita
apontando para fluidos mesotermais confi- granito róseo, possivelmente relacionado à
nados a zonas de falhas. Suíte Matupá. Trata-se de uma zona de cisa-
O Relatório Final de Pesquisa, proces- lhamento com direção N80W, com dimen-
132
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

sões em torno de 8 m de largura e até 500 m Estudos de inclusões fluidas em vê-


de comprimento (JICA-MMAJ, 2000), na qual nulas de quartzo, revelaram inclusões de
se alojam veios e vênulas de quartzo leitoso, natureza aquo e aquo-carbônicas (H2O e
com espessuras variando de 3 a 30 cm, com H2O-CO2) e indicaram temperaturas de ho-
ouro e pirita disseminada. mogeneização variando de 292,8ºC a 313ºC.
Os resultados analíticos mostraram Os valores de salinidade mostraram-se vari-
teores máximos na faixa de 1,55 g/t a 12,45 áveis, com inclusões salinas (11,9% a 19%
g/t de Au, com uma média de 0,32 g/t de Au, em peso de NaCl eq. - JICA/MMAJ, 2001) e
em amostras de canal retiradas das paredes inclusões (a maioria) com valores situados
da cava do garimpo. entre 2 e 8% em peso NaCl eq. Os valores
Resultados da sondagem realizada obtidos de temperaturas de homogeneiza-
pelo JICA/MMAJ (2000) mostraram a exis- ção apontam para fluidos mesotermais.
tência, em profundidade, de uma estreita Quanto à salinidade, a existência de valores
faixa mineralizada a Au, associada a veio de mais elevados permite que se levante a hipó-
quartzo, com teores médios de 0,87 g/t (no tese de que os fluidos tenham sido origina-
intervalo de 9 a 11m) e 0,61 g/t (entre 30 e dos a partir de fases residuais da atividade
33m), com fraca disseminação de pirita, magmática (granítica) e tenham sido poste-
acompanhada de calcopirita, hematita, cal- riormente diluídos em face à mistura com flui-
cocita e covelita. dos meteóricos, dando origem a inclusões
Garimpos: Grota Rica, Buriti, Valdomi- com salinidade mais baixa.
ro, Mandioca e Arara (pólo 4) – enquadra- Em trincheiras abertas no Bloco C,
dos no Bloco C – JICA/MMAJ, 2001. foram constatados veios de quartzo com ati-
O Bloco C constituiu uma área piloto tudes variando de N10W a N50W/30° a
para os trabalhos de pesquisa mineral efetu- 60°NE, com teores de 0,1g/t até 51,7g/t de
ados pelo JICA/MMAJ, situada aproximada- Au, preenchendo zonas de cisalhamento
mente 20 km a norte-noroeste de Paranaíta, rúptil-dúctil confinadas.
na bacia do ribeirão Jaú. No Garimpo Valdo- Datações Pb-Pb feitas pela JICA/
miro, como nos demais, a mineralização MMAJ (2001), em pirita contida em veios de
acha-se contida em veios de quartzo aurífe- quartzo, indicaram idades de 1,79 Ga (Blo-
ros, controlados por zonas de cisalhamento co C, Garimpo C7) e 1,57Ga (Bloco G). A
rúptil-dúctil (confinadas), com orientação idade 1,79 Ga. é compatível com as idades
N40W/45NE e espessura variando em torno U-Pb convencionais, em torno de 1.8 Ga,
de 30 cm. Estes veios estão envoltos numa encontradas em granitos da suíte Paranaíta
delgada faixa de filonito (quartzo + sericita + ((JICA/MMAJ, 2000; Santos, 2000). Trata-se
clorita + epidoto + magnetita + sulfetos-piri- portanto de uma idade cronocorrelata ao
ta, calcopirita), desenvolvido a partir de nu- magmatismo pós-colisional da Província
cleação de fraturas em hornblenda-biotita Juruena. A idade 1.57 Ga., por sua vez, pode
monzogranito porfirítico da Suíte Intrusiva estar relacionada ao processo de reestrutu-
Paranaíta. ração tectônica da área, visto que a pirita
Estudos realizados pelo JICA/MMAJ analisada é proveniente de um veio de quart-
(2001), no Bloco C, em veio de quartzo (Ga- zo inserido numa zona de cisalhamento que
rimpo C7) contido em zona de cisalhamento atravessa o granito.
rúptil-dúctil, orientado NNW-SSE, que atra- A relação isotópica do Pb das piritas
vessa os granitos magnéticos da Suíte Intru- analisadas ajusta-se a curva de estágio úni-
siva Paranaíta, revelaram que os grãos de Au co de crescimento, similar àquela obtida em
acham-se na forma livre, em fraturas da piri- depósitos provenientes de ambientes do tipo
ta e/ou como inclusão no cristal de pirita. arcos de ilha (JICA/MMAJ, 2001).
Além da pirita, outros sulfetos tais como cal- Garimpo Zanete (pólo 7) – Situado
copirita, covelita e esfalerita estão presentes aproximadamente 20 km a noroeste da ci-
no veio. Magnetita também faz parte da as- dade de Novo Mundo, inserido na área do
sociação mineral metálica. Os resultados Bloco G, Alvo de Pesquisa JICA/MMAJ
analíticos do minério mostraram teores de até (2000). Ocorre na forma de um pit de aproxi-
113,44g/t de Au, 193g/t de Ag e alto conteú- madamente 7 metros de comprimento, na
do de bismuto, acompanhados de valores direção EW, por 3 metros de profundidade.
anômalos para Cu, Pb e Zn. A mineralização de Au, com teores variando
133
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

entre 28,73 g/t a 45,06 g/t, está contida em detectados teores de até 75,23g/t de Au, num
veios de quartzo, encaixados em zonas de intervalo de 2m.
cisalhamento (de direção WNW-ESE) que Garimpo Tapajós (pólo 12) – Locali-
cortam rochas graníticas. Estudos de inclu- zado a sudeste de Nova Canaã do Norte,
sões fluidas indicaram temperatura de homo- onde foi aberta uma trincheira (3m de largu-
geneização de 234,8°C e salinidade 7,5% em ra, 200m de comprimento e 7m de profundi-
peso NaCl eq.. dade), seguindo uma estreita zona de cisa-
Garimpo Pé de Fora (pólo 5) - Locali- lhamento rúptil-dúctil, que intercepta álcali-
za-se a NE de Alta Floresta, onde foram iden- granitos e sienogranitos, da fácies 4 da Suíte
tificados veios de quartzo leitoso, lenticula- Nova Canaã, onde se encaixam veios de
res, com espessuras milimétricas a centimé- quartzo mineralizados, orientados N80°W/
tricas (máximo 25 cm), estrutura laminada, subvertical, Cruz (2002).
encaixados em saprólitos mosqueados de Estes veios, observados no fundo da
biotita granito porfirítico da Suíte Intrusiva escavação, são centimétricos a decimétricos
Paranaíta, alojados num envelope hidroter- e constituem, no conjunto, um filão com es-
mal formado por quartzo, sericita, clorita, pessura máxima de 4m, Santos (2000). Os
óxidos de ferro e pirita. veios individuais têm formas tabulares a len-
A regularidade de direções desses ticulares, e acham-se contidos em envelope
veios e suas formas e texturas são indicati- de filonitos à base de sericita e clorita, com
vas de preenchimento ao longo de falha malaquita nos planos de foliação.
transcorrente EW, de cinemática sinistral. De Em posição de cruzamento com a
acordo com Santos (2001), esses veios fo- zona de cisalhamento principal, foram des-
ram formados em zonas transtrativas ao lon- critas fraturas extensionais, orientadas
go dessa falha transcorrente (dilational jogs). N50E/50°SE, que alojam brechas hidroter-
Garimpo do Rato (pólo 14) - Situa- mais e veios de quartzo extensionais (Del-
se 75 km a sudoeste de Alta Floresta, na Fa- gado et al., 2001).
zenda Flor do Prado, antiga sede da Fazen- Cruz (2002) identificou cinco tipos de
da Mogno. No local, foi aberto um pit de 200 alteração hidrotermal: hematitização, silicifi-
x 100 metros, o qual encontra-se atualmen- cação, sericitização, k-feldspatização e sul-
te alagado. fetização, que podem ou não estar orienta-
Pesquisa mineral realizada pela Mine- das ou estruturalmente controladas.
ração Santa Elina (Scabora, 1997) identifi- Garimpo do Edu– Localiza-se 2 km a
cou, através de furos de sondagem, níveis noroeste de Nova Santa Helena,na área do
centimétricos a métricos de milonitos e hidro- Distrito Nova Canaã/Santa Helena, encon-
termalitos, com atitude N70E/70°-80°NW, trando-se atualmente em atividade, através
acompanhados de veios de quartzo, às ve- de lavra subterrânea, com três shafts de pro-
zes com Au visível. Foram também observa- fundidade em torno de 40 m e galerias ori-
das disseminações de sulfetos no granito entadas N25E.
porfirítico, magnético, tido como pertencen- A mineralização aurífera está associ-
te à Suíte Intrusiva Paranaíta, intrusivo nos ada a veio de quartzo com cerca de 2,5 m de
litótipos do Complexo Bacaeri-Mogno (Oli- espessura, inserido num envelope de filoni-
veira & Albuquerque, 2003). to/quartzo filonito (sericita + quartzo + clori-
Nos filonitos/hidrotermalitos, foram ta + opacos + carbonato) em zona de cisa-
reconhecidos filetes milimétricos de carbo- lhamento transcorrente rúptil-dúctil de cine-
nato e faixas centimétricas a métricas de sul- mática dextral, revelada por estrias subhori-
fetos. No geral, os sulfetos são inferiores a zontais e formas sigmoidais orientadas N25E/
2% do volume da rocha hidrotermalizada, 80ºNW (Santos, 2000), encaixada em mon-
predominando pirita, secundada por calco- zogranito magnético (Granito Nhandu).
pirita, pirrotita, esfalerita e bornita, concen- Os teores variam de 15 a 20 g/t, com
trados e contidos nos planos miloníticos, as- uma recuperação muito baixa da ordem de
sociados a biotita. 30%, devido à grande quantidade de pirita
A mineralização aurífera está direta- associada ao ouro.
mente associada às zonas sulfetadas, sendo Depósito de Moriru (pólo 1) – Situa-
que os valores mais expressivos acham-se se na área Cedro Bom, vale do rio Moriru,
ligados aos veios de quartzo, onde foram aproximadamente 140 km a NNE de Aripua-
134
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

nã, extremo oeste da Província Alta Floresta, envolvendo sistemas localizados de alta pres-
onde Pinho & Chemale (2001), Pinho et al. são de fluidos (Delgado et al., 2001).
(1999) e Pinho (2001) descreveram vulcâni- Este ambiente é o que apresenta ca-
cas ácidas (1.8 Ga.) e rochas piroclásticas racterísticas mais favoráveis ao desenvolvi-
com mineralização de ouro associada a piri- mento de depósitos de grande volume e bai-
ta, calcopirita, galena e ilmenita. Os sulfetos xo teor de Au e acha-se representado pelos
acham-se disseminados ou em bandas ma- seguintes jazimentos distribuídos nos Distri-
ciças, distribuídos em rochas subvulcânicas tos: de Peixoto Azevedo/Matupá (pólo 9-Pei-
ou alojados em veios de quartzo-carbonato- xoto de Azevedo/Matupá); de Apiacás/Para-
clorita, encaixados em riolitos. Coutinho et naíta (pólos 3 – Apiacás-Novo Planeta e 4 –
al. (1998), constataram a existência de uma Paranaíta); de Alta Floresta/Trairão (pólo 6–
zona rica em sulfetos e ouro nas áreas co- Trairão) e do Novo Astro (pólo 2– Juruena/
nhecidas como zona Baixa Pressão e Danu- Novo Astro) (figura 4.2 e Tabela 4.3).
sa, próximas de Cedro Bom. Garimpo Serrinha (pólo 9) – Localiza-
Na área de Cedro Bom foram realiza- do cerca de 10 km a sudeste de Matupá, em
dos 15 furos de sonda, que atravessaram duas áreas que foram objeto de pesquisa
rochas vulcânicas félsicas de caráter explo- pela Mineradora WMC-Western Mine Com-
sivo, com ignimbritos predominando sobre pany e uma tese de doutorado desenvolvida
as lavas félsicas, de idade U-Pb em torno de por Moura (1998).
1.80 Ga (Pinho, 2001), semelhante à encon- As áreas estão posicionadas em duas
trada para as vulcânicas da Suíte Colíder colinas que se destacam na topografia pla-
(Moreton & Gaspar, 2004) suscitando uma na da região, denominadas Serrinha 1 e Ser-
provável correlação entre essas unidades rinha 2, alongadas na direção NE-SW, nas
vulcânicas na Província Alta Floresta. quais existem escavações a céu aberto feitas
Pelos estudos realizados por Pinho em rocha não intemperizada.
(2001), o minério apresenta-se disseminado Na frente Serrinha 2, situada cerca de
em sulfetos, em veios de quartzo e em depó- 4 km a leste da Serrinha 1, a escavação tem
sito supergênico. orientação norte-sul e expõe o biotita mon-
O tipo disseminado ocorre em sulfe- zogranito hidrotemalizado tipo Granito Ma-
tos, principalmente a pirita, distribuído em tupá, Moura (1998).
rochas vulcânicas félsicas e básicas. Algumas fraturas verticais EW (domi-
O antigo garimpo Filão representa o nante) e NE-SW mostram slickenlines subho-
segundo tipo, sendo constituído por um veio rizontais e ressaltos indicativos de falhas trans-
de quartzo de direção N50E/subvertical, com correntes dextrais. No entanto, as fraturas
aproximadamente 150 m de comprimento, mais freqüentes apresentam direções alea-
encaixado num riolito microporfirítico corta- tórias e são preenchidas por veios milimétri-
do por diques de rocha máfica. Neste veio cos de material de origem hidrotermal con-
de quartzo ocorrem pirita, galena, calcopiri- tendo quartzo, sulfetos e carbonatos, desen-
ta, esfalerita e traços de arsenopirita e coveli- volvendo lateralmente zonas de alteração no
ta. O ouro encontra-se na forma livre e inclu- granitóide encaixante (Santos, 2000). Como
so nos sulfetos, com teores da ordem de 90 existe um denso reticulado das fraturas mul-
g/t. O tipo supergênico provém do baixão, tidirecionais tipo stockworks, geralmente es-
onde foram extraídas, por processos rudi- tas zonas interagiram entre si e o granitóide
mentares, cerca de 12 t de Au. tornou-se totalmente hidrotermalizado.
Na região de Serrinha 1, a escavação
Stockworks, brechas hidrotermais e veios acha-se orientada NW-SE e observa-se as
de quartzo com ouro: Reúnem os jazimen- mesmas feições presentes em Serrinha 2,
tos que se desenvolveram no domínio rúptil muito embora aqui os processos hidroter-
em ambiente extensional. Neste contexto, mais tenham sido registrados com maior in-
além dos veios de quartzo extensionais, ocor- tensidade (feldspatização, sericitização, epi-
rem também brechas hidrotermais e sto- dotização e silicificação no granitóide). Ob-
ckworks, formados por uma rede de veios serva-se a existência de abundantes concen-
multidirecionais de espessura milimétrica a trações de pirita ao longo das fraturas, às
centimétrica. Estas estruturas estão vincula- vezes formando bolsões nos cruzamentos
das a processos magmático-hidrotermais das mesmas, ou disseminadas em microfra-
135
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

turas. Outra feição proeminente é a presen- tes de inclusões fluidas e a associação do


ça de diferenciados pegmatóides e de bre- Au com fraca mineralização de cobre.
chas hidrotermais, com abundantes cristais
O minério é composto por pirita, go-
de pirita, por vezes constituindo faixa parale-
etita, hematita e raramente calcopirita, borni-
la a fraturas de direção N45E, que são as mais
ta e covelita. Os resultados das amostras mi-
freqüentes (Santos, 2000).
neralizadas revelaram teores variando de 0,65
Esta mineralização foi caracterizada g/t a 35,7 g/t de Au e 0,34% a 0,86% de Cu,
por Moura (1998) como disseminada tipo com altos valores de Bi. Testes em inclusões
ouro pórfiro, restrita a áreas com intensa al- fluidas mostraram uma salinidade de 2,9 a
teração hidrotermal do Granito Matupá, onde 9,5% de NaCl e temperatura de homogenei-
ocorre uma zona central potássio-silicática, zação de 259,1°C a 226°C.
que passa para zona intermediária quartzo-
Os valores de isótopos de enxofre
clorita, acompanhada por sericita-pirita (zona
obtidos em pirita do depósito de Serrinha
sericítica), e se estende à rocha encaixante,
variaram de +1,3 a +3,5‰, sendo compatí-
com a formação de epidoto+clorita+albita
veis com os fluidos mineralizantes originári-
(zona propilítica).
os do próprio Granito Matupá. O transporte
Foram identificadas por Moura (1998) do ouro se processou na forma de comple-
duas gerações de ouro e três de pirita no xos cloretados em fluidos quentes exsolvidos
depósito de Serrinha: a primeira geração de do magma granítico, oxidado, altamente sa-
Au (Au-I) é representada por grãos globula- lino e ácido.
res, associados a calcopirita, esfalerita, pirro-
Garimpo dos Crentes (pólo 4) – Lo-
tita, cubanita e galena, inclusos em pirita (PY-
caliza-se a noroeste de Paranaíta, na mar-
I), na forma de ouro nativo, introduzido du-
gem direita do rio Teles Pires, desenvolvido
rante a fase potássio-silicática precoce, dis-
em saprólitos de rochas vulcânicas da Suí-
seminada no Granito Matupá, levado por flui-
te Colíder. A cava principal apresenta orien-
dos hipersalinos (>40% em peso de
tação N50E expondo saprólito mosqueado,
NaCl.eq.), exsolvidos do magma granítico
parcialmente lateritizado, contendo texturas
com temperatura (T) próxima de 423°C, na
reliquiares porfiríticas de rocha vulcânica, re-
forma cloretada. A segunda geração de Au
cortada por uma rede de vênulas milimétri-
(Au-II) tende a ser enriquecida em prata, e
cas de quartzo caulinizado, multidirecionais
ocorre preenchendo fraturas na pirita preco-
tipo stockwork.
ce ou inclusa em pirita da segunda geração
(PY-II), que ocorre em fraturas no granitóide A alteração hidrotermal foi pervasiva
hidrotermalizado. A terceira geração de piri- e resultou na formação de quartzo, epidoto,
ta (PY-III), encontrada no fácies pegmatóide, sulfetos, óxidos de ferro e material argiloso,
não apresenta associação com Au. que ocorrem associados ao ouro.
Garimpo do Pezão (pólo 7) - Locali- Garimpo Trairão (pólo 6) - Situado na
za-se cerca de 15 km a NW de Novo Mundo, parte nordeste de Alta Floresta, próximo a
classificado como do tipo disseminado em fazenda São Paulo, no alto curso do ribeirão
granitóides hidrotermalizados em zona de Trairão. Sua principal frente de lavra acha-se
cisalhamento (JICA/MMAJ, 2001). É marca- exposta num corte de aproximadamente
do por uma rede de vênulas de quartzo (sto- 40m de comprimento por 3,5 m de altura,
ckwork) e disseminação de pirita, em diferen- onde ocorre a mineralização aurífera associ-
tes estágios, acompanhada de alteração mi- ada a um enxame de veios de quartzo leito-
neral (quartzo e sericita). É similar ao defini- so, preenchendo fraturas extensionais. Os
do no Garimpo Serrinha de Matupá por Mou- veios são constituídos por cristais de quart-
ra (1998). Esta semelhança foi suscitada pe- zo leitoso ou hialino, posicionados perpen-
los resultados obtidos a partir de sondagens diculares às paredes das fraturas, e têm es-
realizadas, em que foram confirmados a si- pessuras inferiores a 20 cm, lenticulares, ta-
milaridade no tipo de rocha hospedeira; a bulares, por vezes curvos ou sinuosos, mul-
associação da mineralização de Au com dis- tidirecionais, tipo stockwork. Também ocor-
seminação de pirita; o tipo de alteração rela- rem brechas hidrotermais com fragmentos
cionada com a mineralização aurífera; os tes- de granito greisenizado.

136
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Estruturas em pente e drusas tipificam O ouro acha-se incluso ou em fratu-


o fraturamento extensional, relacionado ao ras de cristais euédricos a subédricos de pi-
processo magmático-hidrotermal, envolven- rita, muito finos (0,2 mm a 5 mm), ou sob a
do sistemas localizados de alta pressão de forma de agregados centimétricos, com as-
fluidos, ligados a cúpulas ou periferias de in- pecto fragmentário, disseminados no gra-
trusões graníticas (Santos, 2000). nitóide hidrotermalizado (Ribeiro & Villas
Boas, 2003).
Localmente, a rocha encaixante acha-
Garimpo Cabeça (pólo 13) – Locali-
se transformada hidrotermalmente num
za-se na região do Novo Astro, onde o filão
quartzo-greisen (quartzo-55%, sericita-25%,
principal foi explorado a céu aberto até uma
muscovita-15% e opacos-5%-magnetita e
profundidade de 10 m. Atualmente a lavra é
sulfetos), derivado do monzogranito micro-
subterrânea, feita através de um shaft com
porfirítico (Granito Nhandu), que ocorre nas
cerca de 40m de profundidade, de onde par-
cercanias dessa área.
tem as galerias orientadas N20-25E.
Garimpo Tião Fera (pólo 3) – Situa-se
A mineralização aurífera está associ-
na região de Novo Satélite a nordeste de
ada a um sistema de veios de quartzo, rami-
Apiacás, concentrado numa escavação a
ficados e descontínuos, alojados em fratu-
céu aberto, com cerca de 80 m de compri-
ras extensionais orientadas N20E/65-70°SE
mento, 15 m de largura e 5 m de profundida-
até subverticais, os quais podem ser segui-
de, orientada na direção N50E.
dos ao longo de 2 km até o Garimpo do Gas-
A mineralização está condicionada a
par. O veio de quartzo principal apresenta
veios de quartzo lenticulares, encaixados em
espessura variando de 10 cm a 1 m, geral-
saprólito mosqueado, argiloso. O veio prin-
mente ladeado por veios centimétricos se-
cipal apresenta espessuras máximas em tor-
cundários, inseridos num filonito (mica bran-
no de 15 cm, com atitude N40E/40NW, des-
ca + quartzo + sericita) e encaixados em
locado localmente por falha orientada
granito magnético ,hidrotermalizado (k-felds-
N35E/40NW (Santos, 2001). Lateralmente ao
patização, silicificação e epidotização) da
filão principal, existe uma rede de veios de
Suíte Intrusiva Paranaíta.
quartzo, centimétricos a decimétricos, com
Ocorre também uma rede de veios de
concentrações de pirita oxidada. Um pou-
quartzo multidirecionais, tipo stockworks, de
co afastado do filão principal, ocorre um sis-
espessura milimétrica a centimétrica.
tema de veios de quartzo multidirecionais,
O ouro acha-se associado a sulfetos
tipo stockwork.
como pirita (predominante), calcopirita, cal-
A mineralização de Au ocorre em fai-
cocita, covelita e galena.
xas centimétricas de sulfetos, alternadas com
Análises químicas efetuadas no miné-
níveis de quartzo, tipificando estruturas ban-
rio revelaram altos teores de prata e metais-
dadas extensionais. Os níveis sulfetados são
base (Cu, Pb e Zn) e teores de ouro da or-
formados por disseminações de pirita (pre-
dem de 50 g/t, com uma perda muito alta,
dominante), calcopirita, calcocita, covelita,
resultando em um rejeito com teor de Au da
galena, esfalerita, tetraedrita e bornita.
ordem de 15 g/t.
O ouro ocorre na forma nativa, em
pequenos grãos com dimensões variando do
Tipologia dos Depósitos
4µ a 68µ, inclusos e associados à pirita.
O teor médio de Au é da ordem de 30
Os jazimentos de Au contidos na Pro-
g/t, segundo informações dos garimpeiros.
víncia Alta Floresta acham-se, na sua maio-
Garimpo do Cunhadinho (pólo 3) –
ria, ligados às suítes plutono-vulcânicas vin-
Situa-se na região do Novo Planeta, a nor-
culadas ao magmatismo pós-colisional rela-
deste de Apiacás. A mineralização acha-se
cionado aos arcos Cuiú-Cuiú e Juruena.
controlada por fraturas extensionais, orien-
Tais depósitos ocorrem na forma de
tadas N30E, em cruzamento com zonas de
veios de quartzo e, subordinadamente, como
cisalhamento N50-60W, hidrotermalizadas
brechas hidrotermais e stockworks, hospe-
(feldspatização, sericitização, silicificação,
dados em rochas graníticas e rochas vulcâ-
epidotização e sulfetação). A rocha encaixan-
nicas félsicas. Alguns desses depósitos fo-
te é um biotita-quartzo monzonito da Suíte
ram interpretados como epitermais de baixa
Intrusiva Paranaíta.
sulfetação (Cruz 2002) e outros como depó-
137
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

sitos do tipo ouro pórfiro, a exemplo do de- cente ao domínio Roosevelt-Aripuanã (1,74-
pósito de Serrinha (Moura 1998). Além dis- 1,52Ga.) e está, possivelmente, relacionado
so, existem outros tipos de depósitos de alta a processos metamórfico-hidrotermais do
sulfetação, relacionados a zonas de cisalha- ambiente de arco vulcânico, geradores de
mento decorrentes de nucleação de fraturas. fluidos tardios enriquecidos em Au, carrea-
Ocorre ainda um depósito de Au contido em dos e depositados em condutos estruturais.
veios de quartzo dobrados e boudinados A classificação proposta por Cruz
(Garimpo do Fabinho), que difere de todos (2002) para alguns depósitos auríferos, como
os demais por estar associado ao regime epitermais de baixa sulfetação, às vezes em
dúctil (Delgado et al., 2001). Este depósito transição para Au pórfiro, foi feita com base
encontra-se inserido no Grupo São Marcelo nas seguintes características: assinaturas dos
Cabeças (Frasca & Borges, 2004), perten- fluidos hidrotermais, rocha hospedeira (vul-

Figura 4.4 - Modelo esquemático para a gênese e evolução das mineralizações auríferas na Província Alta Floresta,
modificado e ampliado do sugerido por Moura (1998),para o deposito de Serrinha.. Estágio A) depósito de Au pórfiro com
pirita-cúpula de plúton-granítico calcioalcalíno, tipo I, oxidado, gerado em ambiente de arco plutovulcânico, a partir de fluido
magmático hipersalino (30-60% NaCl eq), tipo Depósito de Serrinha (Moura, 1998). B) Estágio tardio-epitermal de baixa
sulfetação - gerado em condições mais rasas na crosta (2 - 3 km). Com mistura do fluido salino com água meteórica, (< 20%
NaCl eq.). Arco pluto-vulcânico Juruena, (Suítes calcioalcalinas tipo I, oxidadas), (tipo os garimpos: C 7, Pé de Fora, Valdomiro
- Suíte Paranaíta); Trairão (Granito Nhandú) e Crentes e Álvaro Tavares (Suíte Colíder).

138
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

cânicas subaéreas ou intrusões graníticas), 2 km) e entraram em contato com água me-
da associação do ouro com a pirita ± calco- teórica, ocorreu um rebaixamento da salini-
pirita e pelas formas de mineralizações em dade dos fluidos magmático-hidrotermais
veios, disseminações e/ou stockworks. Cruz para valôres da ordem de <15% em peso de
(op. cit) apela para a ausência de alteração NaCl eq. e as temperaturas de homogenei-
potássio-silicática (K-feldspato ± biotita) nes- zação (T) ficaram abaixo de 300°C, ocasio-
ses depósitos para descaracterizá-los como nando a geração de uma zona de alteração
do tipo Au pórfiro. fílica (sericítica) tardia (Moura 1998).
Moura (1998) modelou o depósito de De acordo com Souza et al., (2004),
Serrinha (Matupá), como ouro pórfiro (figu- a composição, grau de fracionamento e es-
ra 4.4) em função de estudos isotópicos, in- tado de oxidação/redução das rochas gra-
clusões de fluidos e da alteração potássio- níticas constituíram controles fundamentais
silicática (K-feldspato + biotita) na zona cen- na geração dos jazimentos auríferos da Pro-
tral, que passa externamente para uma zona víncia Alta Floresta, revelados na forte liga-
quartzo-clorita sobreposta por sericita-pirita ção existente entre os depósitos de Au e os
(zona sericítica) com mineralização de Au, do granitos da série magnetita e seu grau de
tipo disseminada e inclusa na pirita, acom- fracionamento (figura 4.5), conforme esta-
panhada de magnetita hidrotermal e rutilo. belece Sillitoe (1996).
Os fluidos mineralizantes revelaram-se inici-
almente hipersalinos (30-60% em peso de A maioria dos depósitos da tabela 4.3
NaCl eq.) e temperaturas de homogeneiza- (Garimpos Trairão, Crentes, Álvaro Tavares, Cla-
ção (T) de 500 a 600°C, indicativas de um reira/Novo Astro, Cunhadinho/Novo Planeta,
nível crustal entre 4 a 5 km de profundidade. Tião Fera/Baixão Água Azul, Cabeças/ Novo
À medida que os plútons graníticos Astro), forram formados em condições de cros-
ascenderam a níveis crustais mais rasos (1 a ta rasa, ligadas a rochas graníticas/monzogra-

Figura 4.6 - Seção geológica de uma linha de sondagem mostrando a distribuição do ouro em
profundidade. os teores são geralmente baixos, caracteristicos do minério disseminado. (Fonte:
JICA, 2001)

139
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

níticas e subvulcânicas (microgranitos/micro- modeladas como pertencentes a sistemas


monzogranitos) cálcio-alcalinas, pós-colisio- transicionais para ouro pórfiro.
nais, distribuídos em veios/vênulas de quartzo
extensionais, stockwork e brechas hidrotermais, 4.1.2 - DISTRITO AURÍFERO DO ALTO GUA-
exibindo expressiva alteração sericítica (quart- PORÉ
zo-sericita-mica branca-sulfetos) desenvolvidos (CJF/ASR/FECP)
em domínio rúptil. No garimpo Trairão, o pro-
tólito granítico foi totalmente greisenizado para O Distrito Aurífero do Alto Guaporé,
quartzo, sericita, muscovita, sulfetos (pirita) e no contexto da Província Polimetálica do SW
minerais opacos, com caracteres favoráveis, si- de Mato Grosso, engloba as ocorrências de
nalizando a potencialidade de depósitos de ouro dos municípios de Porto Esperidião, Vila
grande volume e baixo teor (Delgado et al., Bela da Santíssima Trindade, Pontes e Lacer-
2001). Já o Garimpo dos Crentes, desenvolvi- da e Nova Lacerda.
do em rocha subvulcânica saprolitizada (Suíte Estas ocorrências auríferas foram des-
Colíder), mostra relíquas de estrutura porfirítica cobertas no início do século XVIII pelos Ban-
da rocha encaixante e veios de quartzo mili- deirantes, os quais deixaram diversos vestígi-
métricos a centimétricos, tipo stockworks, onde os de suas atividades tais como ruínas de ha-
ocorreu alteração hidrotermal pervasiva, mar- bitações, lavras abandonadas e canais de
cada por quartzo + epidoto + sulfetos + óxi- adução de água (Scabora & Duarte 1998). Na
dos de ferro. década de 80 as atividades de mineração fo-
ram retomadas por garimpeiros e empresas
A ocorrência freqüente da alteração de mineração. Atualmente, a maioria das fren-
fílica pervasiva, na maior parte dos jazimen- tes de lavra da região encontra-se desativada.
tos dessa Província, aliada à ausência de al- A produção de ouro nesta província,
teração potássio-silicática (K-feldspato + bi- no período de 1980 a 1995, é estimada em
otita), contribuíram para o enquadramento 30 toneladas, número que não reflete a quan-
da maioria desses depósitos em sistemas tidade real de ouro extraída pelos garimpei-
epitermais de baixa sulfetação (Cruz 2002), ros nas mais de duas dezenas de ocorrênci-
formados a temperaturas <300°C, às vezes as ao longo de toda a Faixa Móvel Aguapeí.
em transição ou sobrepostos a depósitos A mineralização aurífera está vincula-
tipo Au pórfiro como o de Serrinha (Matu- da à evolução tectono-termal mesoprotero-
pá), modelado por Moura (1998), onde foi zóica da Faixa Móvel Aguapeí, no intervalo
encontrada uma paragênese hidrotermal de entre 1.2 e 1.0 Ga., correspondente ao perí-
alta temperatura. odo de colagem final do supercontinente
A descrição e as análises efetuadas nos Rodínia (Litherland et al., 1986; Scabora &
testemunhos dos furos de sonda realizados Duarte, 1998 e Fernandes et al., 2004). Esta
pela JICA/MMAJ nos Blocos B (Garimpo Ja- faixa móvel, de natureza claramente ensiáli-
caré) e C (Paranaíta), revelaram uma altera- ca, forma um cinturão NW de aproximada-
ção potássica (K-feldspato), penetrativa por mente 600 km de extensão por até 50 km de
toda a rocha granítica atravessada, mostran- largura, sustentado, principalmente, pelas
do maior intensidade nas zonas mais cisalha- rochas metassedimentares do Grupo Agua-
das, geralmente acompanhadas de fraca a peí (1,28 – 0,95 Ga.)
moderada geração de epidoto, clorita e sílica. A mineralização está associada às ro-
O furo rotativo MJBA-14 (figura 4.6), no ga- chas metassedimentares da Formação For-
rimpo do Jacaré, região do Novo Satélite, com tuna (Grupo Aguapeí) e ao seu embasamen-
profundidade ao redor de 100m, demonstrou to, representado pelas rochas vulcanossedi-
que a mineralização tem prosseguimento em mentares do Complexo Rio Alegre e pelas
profundidade, com baixos teores. rochas graníticas da Suíte Santa Helena.
Acham-se controladas por zonas de cisalha-
O enriquecimento de Au nos testemu- mento que desenvolveram estruturas tracio-
nhos de sondagem apresentou ligação mais nais relacionadas aos eixos das principais
direta à pirita, disseminada e/ou vênulas, do dobras, a exemplo de fendas de tração, bou-
que com alteração potássica-silicática. dins e fraturas tabulares preenchidas por vei-
As mineralizações de ouro, detecta- os de quartzo sulfetados.(Figura.4.7).
das nas sondagens realizadas, podem ser As mais importantes ocorrências de
140
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso
141

Figura 4.7 - Mapa e blocos diagramas mostrando os Domínios e modelos tectônicos associados do Distrito Aurífero do Alto Guaporé.
(Adapatado de Fernandes et al., 2003)
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Figura 4.8 - Mapa Geológico da Faixa Aguapeí com os depósitos Auríferos e Idades Ar/Ar (Fernandes et al., 2003)

142
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

ouro no embasamento são representadas Grupo Aguapeí (Mineiros, Pau-a-Pique, Er-


pelos seguintes depósitos: Ellus, Agropan e nesto e Pombinha) e em seu embasamento
Maraboa (Suite Intrusiva Santa Helena); (Ellus, Maraboa e Incra) (Figura 4.8), soma-
Onça e Incra (Grupo Pontes e Lacerda) e dos aos dados de geologia estrutural, de-
Bananal (complexo metavulcano-sedimentar monstram uma íntima relação das minerali-
Rio Alegre). As mineralizações relacionadas zações auríferas com a evolução geotectô-
à Formação Fortuna são representadas pela nica da Faixa Móvel Aguapeí. As idades 40Ar/
39
Mina de São Vicente (Domínio de Dobramen- Ar ficaram entre 908.1 ± 0.9 Ma. (depósito
tos Simétricos – Norte da Faixa Móvel Agua- Pau-a-Pique) e 946.1 ± 0.8 Ma. (depósito In-
peí), depósitos da Região da Lavrinha (Do- cra), mostrando uma seqüência cronológi-
mínio Tectônico Contracional de Baixo Ân- ca onde os depósitos do embasamento são
gulo – Porção Central da Faixa Aguapeí) e mais antigos do que aqueles do Grupo
depósito Pau-a-Pique (Domínio Tectônico Aguapeí. As idades estão em acordo com os
Transcorrente – Sul da Faixa Móvel Aguapeí). resultados U-Pb em zircão obtidos para o
(Figura 4.8). Granito (tipo-S) São Domingos (930 ± 17 Ma.
O Grupo Aguapeí (Souza e Hildred, e 917 ± 17 Ma.) e com as idades 40Ar/39Ar
1980), depositado como seqüência trans- obtidas para o Granito Sararé (906 ± 1 Ma. e
gressiva-regressiva em aulacógeno (Saes, 903 ± 1 Ma.), sugerindo que a Orogenia
1999), deformado e metamorfizado na fáci- Sunsás-Aguapeí foi responsável pela con-
es xisto verde durante a Orogenia Sunsás- centração das soluções hidrotermais mine-
Aguapeí (1,1 –0,9 Ga.), é constituído, da base ralizadas e por onde intrudiram os granitos
para o topo, pelas formações Fortuna (me- tipo S observados na Faixa Móvel Aguapeí.
taconglomerados, metarenitos ortoquartzíti-
cos e metassiltitos), Vale da Promissão (me- Em todas as ocorrências ao longo da
tasiltitos e metarenitos arcoseanos) e Morro Faixa Móvel Aguapeí o minério é constituído
Cristalino (metarenitos ortoquartzíticos com por sistemas de veios de quartzo e dissemi-
níveis de metaconglomerados oligomíticos e nações nas encaixantes (Fernandes et. al.,
metassiltitos). 2001). Em relação aos depósitos do Grupo
O embasamento do Grupo Aguapeí, Aguapeí, os teores mais elevados de ouro nos
na região, é representado pelas seqüências veios de quartzo estão associados com os
metavulcano-sedimentares Rio Alegre, Pon- de texturas comb, sacaroidal e de substitui-
tes e Lacerda, pelo complexo granulítico-an- ção. Estudos de inclusões fluidas, realizados
fibolítico Santa Bárbara e pelo granito-gnais- por Costa Neto (1998), Barboza (2001) e Fer-
se Santa Helena. As mineralizações aurífe- nandes (2003), nos veios de quartzo dos
ras se restringem à porção central da Faixa depósitos Pau-a-Pique, Lavrinha e Mina de
Móvel Aguapeí, que marca o limite entre os São Vicente revelaram três populações de
terrenos Santa Helena e Rio Alegre. inclusões distribuídas em dois sistemas: tri-
fásicas aquo-carbônicas - H2O+CO2+NaCl
Baseado no regime tectônico, cine- (Tipo I) e bifásicas aquosas e monofásicas
mática predominante e estruturas associa- aquosas - H2O+NaCl (Tipos II e III), todos
das, a Faixa Móvel Aguapeí foi compartimen- com baixa salinidade (< 8% em peso NaCl
tada, de SE para NW, em quatro domínios eq.). Os fluidos estão relacionados a sistema
(Fernandes et al., 2003; Fernandes et al., hidrotermal profundo sendo a principal fon-
2004): Domínio Tectônico Transcorrente, te para o ouro a devolatilização de pilhas de
Domínio Tectônico Contracional de Baixo ultramáficas, máficas e BIFs do Complexo Me-
Ângulo, Domínio dos Dobramentos Simétri- tavulcanossedimentar Rio Alegre e Grupo
cos e Domínio das Rupturas e Basculamen- Pontes e Lacerda (Costa Neto, 1998; Barbo-
tos. As mineralizações de ouro no Distrito de za, 2001; Fernandes, 2003).
Alto Guaporé estão associadas às rochas da Na área do depósito Pau-a-Pique, os
Formação Fortuna, base do Grupo Aguapeí, elementos traços mostraram que o ouro não
e em seu embasamento, distribuídas em al- se correlaciona com nenhum outro elemen-
guns destes domínios. to, resultado contrário observado na região
As Idades 40Ar/39Ar em sericita hidrotermal da Lavrinha, onde o ouro apresentou forte
(Fernandes et. al., 2003b) obtidas em sete correlação com Ag, As, Se, Mo e Sr. Assim,
depósitos de ouro encaixados nas rochas do estes elementos podem ser utilizados como
143
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso
144

Figura 4.9 - Contexto Geológico Regional da Baixada Cuiabana


Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

farejadores químicos e servirem de guias nal. Atualmente a produção de ouro na bai-


prospectivos para ouro na porção central da xada Cuiabana encontra-se retraída, em fun-
Faixa Móvel Aguapeí. Os elementos terras- ção de problemas técnicos/operacionais ali-
raras (ETR) tanto no depósito Pau-a-Pique ados às exigências para conservação e pre-
quanto na região da Lavrinha apresentaram servação do meio ambiente, impostas por
padrões de distribuição similares ao NASC órgãos governamentais. Apesar disso, os le-
para a maioria das amostras, sendo que, para vantamentos do DNPM e IBGE, apresenta-
algumas amostras o padrão é semelhante ao dos por Maron (1995), Brasil (1996) e Miran-
European Shale. Observou-se um forte fra- da (1997), mostram que no período de 1991
cionamento dos elementos terras raras, com a 1995 a produção estimada, de origem ga-
enriquecimento das terras raras leves em re- rimpeira, foi de 14.927 quilos e das empre-
lação às terras raras pesadas. sas de mineração de 4.494 quilos, totalizan-
A paragênese do minério nos depó- do 19.421 kg, enquanto que nos cinco anos
sitos do Grupo Aguapeí é constituída, em anteriores (1986-1990) o total produzido pe-
ordem decrescente, por pirita, magnetita, los dois segmentos foi de 14.403 kg. Consi-
hematita, ilmenita e martita e, subordinada- derando-se os dados acima, a região da Bai-
mente por calcopirita, pirrotita, arsenopirita, xada Cuiabana produziu em média cerca de
prata nativa e galena. A pirita é similar em to- 4 toneladas de ouro por ano no período de
dos os depósitos, diferindo somente nos te- 1991 a 1995, que corresponde aproximada-
ores mais elevados de Se (3.600ppm), na mente a 6% da produção de ouro do Brasil
região da Lavrinha, e As (8.700ppm), na Mina em 1994, que, segundo Brasil (1996), foi de
de São Vicente. As proporções apresenta- 70 toneladas. Estes números mostram a im-
das para o ouro entre 90,14% e 96,17% per- portância do Distrito Aurífero da Baixada
mitem classificá-lo como ouro nativo. O grau Cuiabana no contexto nacional de produção
de pureza de Fisher para o ouro é de 905,8, de ouro, principalmente tomando-se em con-
no depósito Pau-a-Pique, 906,3 na Mina de ta que o seu potencial ainda não está ade-
São Vicente e de 946,5 na região da Lavri- quadamente conhecido.
nha, demonstrando que a porção central da A geologia da região é marcada pela
Faixa Móvel Aguapeí apresenta maior grau ocorrência das rochas do Grupo Cuiabá -
de pureza, provável reflexo da paragênese Zona Interna da Faixa Paraguai. São reconhe-
composta essencialmente por pirita e mag- cidas rochas metassedimentares (filitos, me-
netita (Fernandes, 2003). tarenitos, metadiamictitos, mármores e metas-
Os dados petrográficos e geoquímicos, siltitos) que, após serem deformadas e meta-
somados às idades 40Ar/39Ar com valores en- morfisadas na fácies xisto verde, foram intru-
tre 908,1 ± 0,9 Ma. e 946.1 ± 0.8 Ma. (obtidas didas por granitos (Granito São Vicente). Es-
em sericitas dos halos de alteração hidroter- tas rochas encontram-se parcialmente reco-
mal dos veios mineralizados) permitem relaci- bertas pelas coberturas sedimentares das ba-
onar a mineralização à fase final da deforma- cias do Pantanal e Paraná (Figura 4.9). A lo-
ção do Grupo Aguapeí, no contexto da Oro- calização dos garimpos e pequenas minerali-
genia Sunsas-Aguapeí. Estes dados permitem zações na Baixada Cuiabana indica que os
classificar os depósitos da Faixa Móvel Agua- depósitos concentram-se em determinadas
peí em epigenéticos e marcam o final do me- subunidades estratigráficas, mais especifica-
soproterozóico (946 a 908 Ma.) como uma mente nas subunidades 3, 5 e 7. Adicional-
importante idade metalogenética para a por- mente, situam-se nas zonas de charneira e no
ção sudoeste do Cráton Amazônico. flanco SE de uma estrutura anticlinal denomi-
nada por Luz et al. (1980), de anticlinório do
4.1.3 - DISTRITO AURÍFERO DA BAIXADA Bento Gomes (Figura 4.10).
CUIABANA O atual estágio do conhecimento das
(ASR/CHS) mineralizações auríferas na Baixada Cuiaba-
na permite a subdivisão em três tipos de jazi-
O ouro na Baixada Cuiabana foi des- mentos (Souza, 1988; Silva, 1999). O primei-
coberto por bandeirantes no século XVIII. Ao ro está relacionado à superposição de pro-
longo de três séculos, sua produção foi for- cessos supergênicos, relativos à evolução do
temente influenciada pela valorização do capeamento elúvio-laterítico sobre litologias
metal nos mercados nacional e internacio- previamente enriquecidas em ouro, no qual
145
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

146
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso
147

Figura 4.11. - Bloco diagrama (ao centro) ilustrando as relações geométricas dos vários tipos de veios com uma dobra Dn. Os
desenhos foram confeccionados a partir de fotos e observações de campo e estão fora de escala. A dobra Dn no bloco diagrama é
esquemática (Segundo Silva et al., 2002). a) veio dobrado subparalelo a S0 (tipo 1) em corte; b) arranjo de veios escalonados
subparalelos a Sn (tipo 2) em corte; c) veios em neck de boudin (tipo 3), em planta; d) veio subparalelo à foliação Sn (tipo 2) em corte;
e) veio tabular subperpendicular a Sn (tipo 3), em planta; f) veio tabular subperpendicular a Sn (tipo 3), em planta, dobrado, com Sn
em posição plano axial; g) veio tabular subperpendicular a Sn (tipo 3), em corte vertical, com várias ramificações; h) vários veios
tabulares, subperpendiculares a Sn (tipo 3), em corte vertical; i) veios tabulares subperpendiculares a Sn (tipo 3), em planta
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

este mineral ocorre associado ao solo eluvial Melgaço. Outra hipótese seria a de uma ori-
e agregado a óxidos/hidróxidos de ferro nas gem sedimentar, na qual o ouro, sob a for-
crostas lateríticas (cangas). Este tipo de jazi- ma coloidal, tenderia a depositar-se em am-
mento exibe um padrão extremamente irre- bientes de sedimentação argilosa e/ou nos
gular, gerando localmente a presença de horizontes ferruginosos, sendo remobilizado
“bonanzas de pepitas” (Pires et al., 1986). O durante o metamorfismo, concomitantemen-
segundo tipo de depósito relaciona-se à te com a sílica, concentrando-se nos veios
ocorrência de ouro disseminado no protóli- de quartzo, ou permanecer na rocha associ-
to sedimentar, podendo concentrar-se em ados a sulfetos que se encontram dissemi-
camadas piritosas (Fagundes & Veiga, 1991), nados em alguns níveis de filitos. A última
ou em pacotes com intercalação de metadi- hipótese, é que o ouro estaria originalmente
amictitos, mármores e filitos (Silva et al., contido em rochas ígneas básicas, associa-
2003), apresentando teores pouco ou medi- das a sulfetos, e teria sido posteriormente
anamente expressivos. O terceiro tipo, o mais remobilizado através de processos metamór-
importante em relação à produção de ouro, ficos. Embora não sejam encontradas rochas
corresponde aos veios de quartzo encaixa- básicas na Baixada Cuiabana, elas ocorrem
dos em rochas metassedimentares do Gru- na seqüência metassedimentar do Grupo,
po Cuiabá. As relações geométricas entre os em outras regiões.
veios e as estruturas geradas durante a fase Estudos de inclusões fluidas indicam
Dn levaram Silva et al. (2002) a proporem a presença de composições variadas carbô-
uma separação dos veios em três tipos (Fi- nicas e aquosas, nos três tipos de veios (pré,
gura 4.11): (i) Veios tipo 1 - paralelos a S0; (ii) sin e pós-foliação principal). As temperatu-
Veios tipo 2 - paralelos a Sn; e (iii) Veios tipo 3 ras de homogeneização obtidas por Alvaren-
- subperpendiculares à direção de Sn. Des- ga et al. (1990) variam de 250ºC a 350ºC, para
tes destacam-se os veios do tipo 3, que são as inclusões carbônicas e para as inclusões
os mais abundantes e mais ricos, com teo- aquosas, mais novas, a faixa de variação é
res de ouro de 2 a 5 g/t, sendo que ocasio- de 120ºC a 260ºC. Os resultados destas últi-
nalmente registram-se bonanzas com teores mas sugerem um gradiente térmico, com au-
superiores a 100 g/t. De acordo com Silva et mento de temperatura de NW para SE. Os
al. (2002) estes veios são perpendiculares à autores não reconheceram diferenças signifi-
lineação de estiramento e relacionados às cativas de temperatura entre os veios caracte-
fraturas de extensão, relacionadas a um even- rizados como pré, sin e pós-foliação princi-
to tardio na fase Dn. pal, interpretando tal fato como devido a um
Luz et al. (1980) discutem três possí- processo de homogeneização das inclusões
veis origens para o ouro: a primeira estaria durante o último evento de geração de veios.
associada a veios de origem hidrotermal, pro-
vavelmente vinculados às intrusões ácidas
que ocorrem em São Vicente e Barão de

148
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

4.1.4 - DEPÓSITO AURÍFERO DE NOVA dantemente, por veios de quartzo leitoso de


XAVANTINA E ÁREA POTENCIALCIR- espessuras variadas e é recoberta por um
CUNVIZINHA solo laterítico de coloração avermelhada. Nos
“Garimpo do Araés afloramentos, as rochas mostram-se intem-
(WAF) pericamente alteradas, conferindo aos filitos
tonalidades amareladas e avermelhadas.
O distrito aurífero de Nova Xavantina A foliação principal exibe direção que
localiza-se na margem esquerda do rio das oscila entre N58-88E/32-65NW e N60-80W/
Mortes, cerca de 25 km a oeste da cidade de 40-60NE. Uma segunda foliação de direção
Nova Xavantina, MT. N75-80W/25-60NE, correspondendo a uma
A descoberta da existência de ouro clivagem de crenulação, foi reconhecida por
nesta região remonta à época das “Bandei- Pinho (1990).
ras”, quando a “Mina do Araés” foi explota- A mineralização aurífera encontra-se
da, como testemunham ainda hoje extensas disseminada em um veio de quartzo subver-
catas e um sistema de captação de água, tical, com 0,3 metros de largura por 5,0 qui-
através de valetas nas encostas das serras, lometros de extensão, de direções N60-80E
registros temporais daquela atividade de mi- e N60-80W, portanto, concordante com a
neração. foliação principal, associado a uma zona de
Após uma longa paralisação, a ativi- cisalhamento transcorrente dextral, paralela
dade de mineração foi retomada a partir de às direções do veio.
1980, tendo em vista o aumento do preço Este veio encontra-se encaixado na
do ouro. A retomada foi feita inicialmente com unidade metavulcano-sedimentar Nova Xa-
atividades a céu-aberto, através de cavas e, vantina, a qual compreende rochas metavul-
posteriormente, por lavra subterrânea com a cânicas e metavulcanoclásticas, de compo-
utilização de shafts e galerias. No início da sição máfica a intermediária, intercaladas
década de 1990, esta atividade foi novamen- com cherts e BIFs, na base, e sobrepostas
te interrompida em função da necessidade pelos metassedimentos pelíticos e psamíticos
de utilização de novas tecnologias e imposi- do Grupo Cuiabá. O conjunto de litologias
ções ambientais, agravadas pela inundação dessa unidade é sugestivo de um ambiente
das galerias. Neste período, a produção mé- geotectônico de fundo oceânico.
dia anual de ouro foi da ordem de 0,5 t e a Pinho (1990) estudou três frentes de
produção total ao redor de 60 t. garimpo ao longo do veio principal, reconhe-
A partir de meados da década de cidas como “Veio do Buracão”, “Veio do Brás”
1990, a Mineração Nova Xavantina (Grupo e “Veio da Rocinha” (Figura 4.12 ). No “Veio
Andrade Gutierrez), detentora dos direitos do Buracão” a encaixante é uma rocha me-
minerais da área, dimensionou uma jazida de tavulcânica com foliação principal N60-85E/
ouro, não tendo, no entanto, demonstrado 35-60NW, marcada por orientação de mas-
interesse em sua explotação. Atualmente, sas de clorita, sobreposta por um filito. Se-
esta área está sendo colocada em disponibi- guem-se os cherts e as formações ferríferas
lidade pelo DNPM. bandadas da fácies óxido e, no topo, os
Geologicamente a área mineralizada metassiltitos. O veio de quartzo mineralizado
situa-se no extremo leste da Faixa Paraguai, constitui-se por quartzo (80-90%), pirita (01-
encaixada nas rochas da unidade metavul- 20%), galena (0,5-5,0%), esfarelita (0-5%),
cano-sedimentar Nova Xavantina, a qual ca- carbonato (0-2%) e calcopirita (0-1%).
racteriza uma fase embrionária de abertura O “Veio do Brás” também apresenta
de fundo oceânico na Faixa Paraguai. Esta como encaixante o filito grafitoso, com folia-
unidade constitui-se por rochas metamórfi- ções principais N85E/50-55NW e N60-80W/
cas da fácies xisto verde, basicamente clorita 40-60NE, definidas por leitos de minerais
filitos, clorita-quartzo-sericita filitos, sericita fi- opacos. Comparativamente ao “Veio do Bu-
litos, carbonato filitos e clorita-sericita filitos, racão”, apresenta maior quantidade de ga-
intercalados com filitos grafitosos, cherts e lena em relação à pirita e uma maior absor-
formações ferríferas bandadas de fácies óxi- ção de material grafitoso. O veio mineraliza-
do. Metassiltitos, com estruturas sedimenta- do compõe-se de quartzo (50-98%), materi-
res aparentes, sobrepõem-se a essas rochas. al grafitoso (até 40%), galena (01-20%), pirita
A unidade é cortada, concordante e discor- (01-10%) e calcopirita (até 2%). O “Veio da
149
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso
150

Figura 4.12 - Croqui de Locação dos veios. No veio principal do depósito aurífero de Nova Xavantina (Pinho, 1990)
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Rocinha” tem com encaixantes além do filito 4.2 - GEMAS


grafitoso, filito carbonático e sericita filito.
Exibe uma foliação principal de direções N57- O Estado apresenta um grande po-
80W/35-70NE e N10-60W/60-85SW e uma tencial diamantífero, com depósitos primári-
foliação secundária de direções N30-70E/15- os associados a intrusões kimberlíticas e de-
70SE e N30-40E/75-85NW. Em relação aos pósitos secundários, associados a aluviões
“Veio do Buracão” e “Veio do Brás”, mostra- recentes e paleoaluviões. Os distritos diaman-
se mais pobre em pirita, galena e calcopirita tíferos de Juína, Chapada dos Guimarães,
e mais rico em carbonatos em fraturas e/ou Poxoreo e Alto Paraguai constituem a Pro-
cavidades drusóides. víncia Diamantífera do Sudoeste do Estado
Segundo Pinho (1990) a geração do do Mato Grosso.
veio de quartzo mineralizado ocorreu durante
o evento que originou o metamorfismo e 4.2.1 - DISTRITO DIAMANTÍFERO DE JUÍ-
desenvolveu a foliação principal. O veio teria NA
se posicionado concordante com esta folia- (WAF/JVL)
ção. Seguiram-se esforços distensivos de
direção leste-oeste, responsáveis pelo seu O distrito diamantífero de Juína (Tei-
boudinamento. Um posterior esforço com- xeira, 1996) localiza-se na região noroeste
pressivo teria dobrado a foliação principal do Estado de Mato Grosso, na borda norte
desenvolvendo, conseqüentemente, uma da Bacia dos Parecis e em seu embasamen-
segunda foliação, conformando a configu- to, abrangendo as reservas indígenas de Ari-
ração estrutural atual. puanã, Serras Morena e Talumã e Estação
A fonte do ouro estaria na seqüência Ecológica do Iquê, distribuídas pelo muni-
metavulcanossedimentar, atual hospedeira cípio homônimo.
do veio mineralizado, mais especificamente Este distrito,condicionado pelo linea-
em suas rochas vulcânicas máficas. Uma mento AZ-125°, engloba mais de duas deze-
solução hidrotermal de origem metamórfica nas de pipes kimberlíticos, nos quais foram
enriqueceu-se em sulfetos e ouro ao trans- obtidas idades entre 95 a 92 Ma (U/Pb em
por esta seqüência. Um processo de redu- zircão), localmente controlados por um sis-
ção, provocado pela presença da camada tema de falhas de direção NE (Figura 4.13).
de filito grafitoso, favoreceu a deposição do A descoberta de diamantes no Muni-
ouro. Estudos de variação de óxidos e ele- cípio de Juina ocorreu em 1976, através de
mentos traços em perfis veio-encaixante, programa de prospecção desenvolvido pela
definiu a presença de Si02, Fe203, P205, Cu, Mineração Itapená S/A, empresa coligada a
Pb, Zn, Cd, Ag, Sb, Se, Hg, e Au, no veio uma joint venture entre a De Beers (Grupo
aurífero. Em seções delgadas, a associação Angloamerican) e o BRGM (Bureau de Re-
de minerais opacos metálicos compreende cherches Geologiques et Minieres).
galena, pirita, calcopirita e ouro (Pinho,1990). Durante a fase de pesquisa foram
Dardenne & Schobbenhaus (2001) descobertas 19 intrusões kimberlíticas e lo-
afirmam que a mineralização hidrotermal no calizadas grandes concentrações de dia-
veio de quartzo constitui-se de pirita, calco- mantes, com predominância de qualidade
pirita, bornita, galena, esfarelita e ouro, asso- industrial, nas aluviões dos rios Cinta Larga,
ciada a uma remobilização tectônica pré-exis- S. Luiz, Vinte e Um de Abril e do Rio Juina
tente. Os autores supracitados classificaram Mirim (ou Juinão) e drenagens tributárias,
esses depósitos como do tipo lode mesoter- denominadas de Porcão, Samambaia, Mu-
mal gold deposit, relacionado à evolução tum, Central, Sorriso e Duas Barras.
tectonotermal da unidade metavulcano-se- Em 1986, a Mineração Itapená S/A
dimentar Nova Xavantina, ocorrida durante iniciou a lavra dos depósitos aluvionares,
o Evento Brasiliano. Estudos de inclusões flui- com teores médios de até 4 ct/m3, com o
das no quartzo e na esfarelita evidenciam in- percentual de 85% de qualidade industrial,
clusões aquo-carbônicas, com presença de 15% gemas com peso médio de 0,35 ct., além
CH4 e N2, baixa salinidade (3,33 a 0,2% eq. de um considerável número de pedras com
peso NaCl), temperatura de homogeinização até 12 ct. Essa atividade prolongou-se por
da ordem de 300°C, e pressão ao redor de três anos e mostrou a seguinte produção:
4,0 Kb (Martinelli, 1998). 218.147 ct. em 1986, 168.348 ct. em 1987 e
151
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

1

Lineamento Transbrasiliano
2

1 Picos
Gilbués

Fontanillas 3
Pimenta Paranatinga
Bueno
Pontes e
16° Lacerda Amorinópolis
BRASIL
Coromandel

Lineamento 125° Az

Cobertura Fanerozóica 4
Oceano Atlântico
Cinturões Brasilianos Lajes
Crátons Pré-Brasilianos Jaguari
1 - Amazônico,2- Saão Luís
3 - São Francisco, 4 - Luís Alves
5 - Rio de la Plata
0 500 km
60° 52° 44° 36°
Kimberlito Kamafugitos

Figura. 4.13 - Localização das províncias kimberlíticas e kamafugíticas


brasileiras ( segundo Almeida e Svisero,1991).

Figura 4.13 - Localização dos províncias kimberlíticas e kamafugíticas brasileiras (Almeida e Svisero, 1991)

25.771 ct. em 1988. mais sete corpos kimberlíticos na região de


A grande quantidade de aluviões dia- Juína.
mantíferas, existentes nas principais drena- Atualmente, outras três empresas de
gens das áreas pertencentes à empresa, te- mineração desenvolvem atividades de pes-
ria permitido a atividade de extração por quisa na região, com trabalhos direcionados
muitos anos. Entretanto, a continuidade das para diamantes em fontes primárias e secun-
atividades de lavra foi se tornando insusten- dárias.
tável, tendo em vista a constante invasão de A produção através de garimpagem
garimpeiros. não teve interrupção. Entretanto, devido ao
Os direitos minerários dessa área fo- baixo preço e exaustão das aluviões com te-
ram transferidos à Cindan Mineração Ltda., ores elevados, houve significativa queda da
que fez concessões aos garimpeiros para o produção de 1994 até 1998.
trabalho de exploração em conjunto. Com a A partir de 1998, a produção de dia-
retomada dos trabalhos de lavra em 1989, mante foi reativada, devido à melhoria do
foram obtidas as seguintes produções: preço, e ao aumento da demanda por dia-
34.600 ct. em 1989, 36.532 ct. em 1990 e mante de menor valor, para atender aos gran-
19.931 ct. em 1991. des produtores de jóias de baixo valor, nota-
Posteriormente, a empresa RTDM damente Ìndia e Tailândia.
(Rio Tinto Desenvolvimentos de Minerais), Estima-se que a província diamantí-
através da subsidiária Mineração Tabuleiro fera de Juína já tenha produzido cerca de 10
Ltda., desenvolveu um amplo projeto de pros- milhões de quilates e que a produção do ano
pecção aerogeofísica na faixa denominada 2000 tenha alcançado 1 milhão de ct., em
de Az-125º, que resultou na identificação de função do grande número de dragas em
152
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

operação (mais de 200). enquanto a Tabela 4.5 relaciona a produção


Na região foram encontrados de diamantes das empresas e a produção
vários diamantes com mais de 50 ct, desta- estimada dos garimpos, no Estado de Mato
cando um de 452 ct, de cor branca (consi- Grosso, e a compara com a do Brasil.
derada de primeira), garimpada por Negão Nota-se que a produção de todo o
da Anta em 1994, no córrego São Luiz. A Estado de Mato Grosso, no período de 1986
Tabela 4.4 registra a relação das principais a 1999, é menor que a estimativa de produ-
pedras encontradas nos garimpos de Juína ção de Juína, no mesmo período. Isto reflete

Tabela 4.4 - Localização e data dos maiores diamantes encontrados no Distrito Diamantífero de Juína.

153
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

12º Distrito / DNPM

a dificuldade de obtenção de dados consis- baia, Porcão, Central e Mutum), compreen-


tentes no auge da produção garimpeira dem cascalhos com espessura reduzida
(1990-1993) e o caráter conservador das es- (0,30 / 0,50 m) e alto teor em diamantes (06 /
timativas oficiais. 07 ct/m³), onde são encontrados os maiores
diamantes da região, constituídos essenci-
A economia do município de Juína, almente por fragmentos irregulares com bai-
inicialmente centrada no trinômio agricultu- xa proporção de gemas. Os diamantes do
ra/madeira/pecuária, a partir de 1976, com a rio Vinte e Um de Abril são encontrados em
descoberta de jazidas diamantíferas pela Mi- paleocanais. Comparados com os que ocor-
neração Itapená Ltda, do Grupo Anglo Ame- rem na bacia do rio Cinta Larga, são meno-
rican/SOPEMI, passou a contar significativa- res, menos quebradiços e ocorrem em teo-
mente com este segmento. A empresa Dia- res mais baixos. As aluviões do rio Juína-Mi-
gem do Brasil Mineração Ltda vem desen- rim constituem-se de cascalhos com espes-
volvendo pesquisa na região, resultando na sura média entre 1,0 / 1,5 m, baixos teores
descoberta de vários corpos kimberlíticos, (0,6 / 0,8 ct/m³), nos quais a proporção de
com a definição de reservas de minério da gemas é maior e onde ocorrem os melhores
ordem de 14 milhões de toneladas, com teor diamantes da região.
médio de 0,40 ct/t. Os corpos kimberlíticos encontram-se
Os depósitos diamantíferos aluviona- intrudidos, predominantemente, no Granito
res são resultantes da erosão dos kimberli- Fontanillas e, subsidiariamente, nos sedi-
tos e localizam-se nas bacias dos rios Cinta mentos carboníferos da Formação Fazenda
Larga, Vinte e Um de Abril e Juína-Mirim e Casa Branca. O Granito Fontanillas domina
têm sido objetos de pesquisa e explotação grande parte da porção sul do município de
por empresas de mineração, paralelamente Castanheira e região leste do município de
à atividade garimpeira. As aluviões do rio Cin- Juara, ocorrendo sob a forma de um corpo
ta Larga e seus afluentes (São Luiz, Samam- batolítico alongado segundo as direções E-
154
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

W e WNW-ESSE, com dimensão maior su- 1.606 ± 24 Ma., seguido por um hornblen-
perior a 200 km. da-biotita monzogranito de idade U/Pb de
1.573 ± 15 Ma. Uma fase magmática pos-
As rochas desta unidade compreen-
terior, representada por biotita sienograni-
dem monzogranitos a sienogranitos, afloran-
to pórfiro, tem idade de 1.554 ± 47 Ma.,
tes nos morros sob a forma de blocos tabu-
enquanto que as fases finais do magmatis-
lares, matacões arredondados e lajeados,
mo, caracterizadas por quartzo sienito,
que variam de 05 a 400 m de comprimento. forneceram uma idade de 1.532 ± 05 Ma.
Esses litotipos têm granulação gros- (Bettencourt et al., 1999).
sa a média, cores que variam entre cinza-cla- A Formação Casa Branca (Nahas et
ro e rosa, com uma foliação milonítica WNW- al., 1974; Leal, et al., 1978) constitui-se de
ESE persistente, caracterizada por porfiro- sedimentos carboníferos, basicamente con-
clastos de feldspato alcalino rapaquivítico e glomerados, arcóseos, grauvacas, arenitos
pelo paralelismo de cristais de biotita e, mais ortoquartzíticos, argilitos e folhelhos. Os con-
raramente, anfibólio. Injeções decimétricas a glomerados são polimíticos, separados por
decamétricas pegmatíticas e aplíticas são camadas ou lentes de areia fina a grossa,
comuns e se encontram deformadas, con- com clastos de diâmetro máximo ao redor
cordantemente com o restante da unidade, de 40 centímetros. Padilha et al. (1974) inter-
o que dá um aspecto gnáissico ao conjunto. pretaram o ambiente deposicional desta for-
Enclaves de tamanho e forma variados e de mação como flúvio-lacustrino, em ampla pla-
composição diorítica a granítica são comuns. nície de inundação. Siqueira (1989), citando
As condições de temperatura de metamor- Caputo (1984), interpretou o ambiente depo-
fismo nestas zonas são compatíveis com a sicional como glacial ou periglacial, funda-
fácies xisto verde superior a anfibolito (Rizzot- mentando-se em uma provável associação
to et al., 1995). diamictito-unidade dropstone.
O magmatismo foi episódico e ma- As estruturas kimberlíticas dessa re-
nifestou-se, possivelmente, por um perío- gião exibem peculiaridades subvulcânicas
do superior a 50 Ma., onde a fase intrusiva explosivas com amplas crateras e estreitos
mais antiga, representada por biotita sieno- ventos, onde podem ser identificadas as se-
granito porfirítico, mostra idade U/Pb de guintes características, da base para o topo

155
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

(Figura 4.14). década de 1930, na localidade de Água Fria,


· Brechas kimberlíticas do próprio cor- nas aluviões e paleo aluviões dos rios Man-
po intrusivo; so, Novo, Cuiabazinho, Roncador, Jangada,
· Complexa intercalação de material Casca, Quilombo, Cavalos e Córrego Água
epiclástico arenoso de natureza kim- Fria. A área-fonte desses diamantes teriam
berlítica com piroclásticas extrusivas, sido os conglomerados da Formação Bau-
cuja espessura varia de 10 a 70 m, ru. Recentemente, no município de Chapa-
representando acamadamento rítmi- da dos Guimarães, a empresa Chapada Bra-
co e gradacional; sil Mineração Ltda dimensionou uma jazida
· Arenitos epiclásticos com contribui- com reservas ao redor de dois milhões de
ção kimberlítica, cuja espessura varia toneladas de minério, com teor médio de 3,5
de 0 a 60 m (Dardenne & Schobbe- ct/m3. Em Paranatinga, as aluviões dos rios
nhaus, 2001). Paranatinga, Ronuro, Batovi e Coliseu foram
intensamente explotadas por garimpeiros a
A maioria desses corpos kimberlíticos partir da década de 60. A SOPEMI (Grupo
concentra-se sob a forma de enxames (clus- Anglo American), a BP Mineração e a RTZ
ter) nas cabeceiras do rio Juína-Mirim, en- desenvolveram trabalhos de pesquisa na re-
quanto os demais ocorrem esparsos e isola- gião, utilizando levantamentos aerogeofísi-
dos. Em superfície encontram-se intemperi- cos, com o objetivo de detectar corpos kim-
zados, desenvolvendo solos argilosos, verme- berlíticos. A partir desses estudos, vários cor-
lho-amarronzados típicos, e uma cobertura pos foram identificados, alguns deles mine-
residual laterítica. Nas suas relações de con- ralizados. Nesta região, são explotados, pre-
tato com as rochas encaixantes contêm xe- ferencialmente, os depósitos aluvionares tipo
nólitos do Granito Fontanillas e do arenito da paleocanais e canais atuais, dado às peque-
Formação Fazenda Casa Branca. Sua com- nas dimensões das aluviões de planície e dos
posição é formada essencialmente por mine- terraços.
rais tipomórficos (piropo, picroilmenitas, flo-
gopita, olivina e cromodiopsídio e nas frações 4.2.2.2 - Distrito Diamantífero de Poxoréu
finas, zircão e magnetita) e, como mineral se- (WAF)
cundário, a calcedônia (Schobbenhaus, C.;
Queiroz, E. T.). Compreende o município homôni-
Como as caldeiras dos kimberlitos mo, cuja origem remonta ao final da segun-
encontram-se profundamente erodidas, os da década do século passado, vinculado às
diamantes delas oriundos foram carreados descobertas cíclicas de depósitos aluviona-
e depositados nas aluviões recentes. res diamantíferos nos rios Coité, São João,
Poxoreuzinho, Alcantilado, Sangradourozi-
4.2.2 - Distritos Diamantíferos Provenien- nho, Corguinho, Paraíso, Jácomo e das Pom-
tes de Depósitos Secundários bas. Na década de 70, a Mineração São José
(WAF) Ltda dimensionou um depósito diamantífero
aluvionar no rio Coité.(Figura 4.15) Os tra-
As principais ocorrências de diaman- balhos de prospecção foram interrompidos
tes de origem secundária conhecidas nas re- em função de invasões de garimpeiros, le-
giões sudeste e centro-sul no Estado de Mato vando a empresa a retirar-se da região. Os
Grosso situam-se nos denominados Distritos conglomerados basais da Formação Bauru
de Chapada dos Guimarães, Poxoréu e Alto também seriam a fonte dos diamantes desse
Paraguai. Distrito.

4.2.2.1 - Distrito Diamantífero da Chapada 4.2.2.3 - Distrito Diamantífero de Alto Para-


dos Guimarães guai
(WAF) (WAF)

Esse distrito abrange desde o muni- Compreende os municípios de Are-


cípio homônimo, até os de Nova Brasilândia, nápolis, Diamantino e Nortelândia, onde os
Planalto da Serra e Paranatinga. A explota- depósitos diamantíferos são explotados atra-
ção de diamantes neste Distrito iniciou-se na vés da garimpagem desde a segunda déca-
156
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Figura 4.15 - Seção típica e esquemática do rio Coité (Dardenne & Schobbenhaus, 2001)

da do século passado, utilizando-se bateias, tes da região da Chapada dos Guimarães e


dragas e balsas, nas cabeceiras dos rios Pa- Poxoréu situam-se no Quaternário (Weska,
raguai e Santana. São depósitos associados 1987 & Weska et al., 1991).
a cascalhos aluvionares e coluvionares, cu- Os pláceres e paleopláceres subdivi-
jas áreas-fontes estariam relacionadas aos dem-se em dois tipos principais: o primeiro,
conglomerados da Formação Salto das Nu- caracterizado por depósitos de canais de
vens (Grupo Parecis). No município de Nor- rios e terraços laterais resultantes do retra-
telândia, a Cia. de Administração Morro Ver- balhamento lateral e encravamento vertical
melho – Grupo Camargo Corrêa - definiu da drenagem, como parte da evolução da
uma reserva da ordem de 13.000.000 m3 de Bacia Intracratônica do Pantanal; o segun-
minério, com teores médios de 3,5 pt/m3, do, definido como leques aluviais, compre-
onde se desenvolvem trabalhos de lavra ende os paleopláceres . Todavia, esses de-
(Weska, 1987; Weska et al., 1991; Weska et pósitos ocorrem também em menor escala
al., 1993 & Fleischer, 1993). no Terciário, como na Fazenda Três Casais,
O potencial diamantífero dessa região no município de Chapada dos Guimarães,
caracteriza-se pela existência de depósitos e na jazida do Arranha-Céu, municípios de
recentes a sub-recentes, oriundos da desa- Nortelândia e Arenápolis. (Weska, 1987 &
gregação dos conglomerados do Cretáceo Weska et al., 1991).
Superior (formações Parecis e Bauru). Não Os depósitos tipo pláceres da região
são observadas atividades extrativas ou ex- subdividem-se ainda em depósitos eluviais,
ploratórias em conglomerados da Formação coluviais e aluviais. Os depósitos eluviais são
Cachoeirinha, de idade terciária. Assim sen- aqueles reconhecidos pelas superfícies resi-
do, considerando todas as ocorrências es- duais desenvolvidas em tipos litológicos cre-
tudadas, os depósitos detríticos de diaman- tácicos e na Unidade Terciário-Quaternário
157
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Indiviso. Caracterizam-se pela concentração tais-base foram identificados a partir dos tra-
vertical dos diamantes resultante da erosão balhos de reconhecimento geológico execu-
a que essas áreas fontes intermediárias fo- tados pela Anglo American Brasil Ltda, inici-
ram submetidas, com o transporte dos tipos ados em 1992, na região de Aripuanã, noro-
litológicos mais finos (areias e argilas), po- este do Estado de Mato Grosso. Tais traba-
rém sem capacidade de carga suficiente para lhos levaram à identificação de gossans ri-
transportar os seixos, matacões e o próprio cos em Zn e Cu em antigas ocorrências de
diamante. Tais depósitos podem produzir ouro. Após os trabalhos iniciais de pesquisa,
concentrações significativas de diamante, esses gossans foram definidos como a zona
entretanto, como possuem volume peque- oxidada de um depósito polimetálico do tipo
no, tornam-se economicamente inviáveis. Os VMS com mineralização de Zn, Pb e Cu (Cos-
depósitos coluviais posicionam-se junto às ta, 1999). Os trabalhos de pesquisa confir-
escarpas de falha ou de erosão e nos mor- maram o potencial dessas ocorrências que,
ros testemunhos internos à bacia, sendo posteriormente, na fase de detalhamento,
depósitos resultantes de pequeno transpor- levaram à definição de vários outros corpos
te, produzidos por movimentos bruscos de mineralizados e a um recurso mineral que
massa (depósitos de talus). A distribuição pode ser enquadrado como de médio a gran-
do diamante neste tipo de depósito é erráti- de porte, para esse tipo de depósito.
ca devido a ausência de seleção. Os depó-
sitos aluviais, mormente aqueles de canais, As mineralizações ocorrem associa-
ocorrem na região de Poxoréu, assim como das à Seqüência Metavulcanossedimentar
de resto em todas bacias diamantíferas no (SVS) Roosevelt, anteriormente denominada
Estado de Mato Grosso, constituindo as jazi- de Seqüência Metavulcanossedimentar Ari-
das mais importantes no tocante aos teores. puanã, de idade Paleoproterozóica (1.762 –
Tais depósitos resultam de transportes à lon- 1.740 Ma), inserida no Grupo Roosevelt. O
ga distância, que associados ao gradiente depósito polimetálico de Aripuanã situa-se 14
elevado e à capacidade de carga do meio km a norte da cidade homônima, no local
transportador, proporcionam as condições denominado Serra do Expedito, onde des-
adequadas à concentração do diamante. A tacam-se os corpos mineralizados do Arex e
jazida descoberta pela empresa Mineração Ambrex, na porção ocidental da referida ser-
São José Ltda, no rio Coité, município de ra. Na porção oriental, a Serra do Expedito
Poxoréu, é o exemplo clássico deste tipo de inflete primeiramente para sul, onde estão
depósito (Weska, 1987 & Weska et al., 1991). localizados corpos menores como os do
Nos depósitos de leques aluviais, as Babaçu, Boroca, Mocotó-Gossan, Mocotó-
principais concentrações do diamante ocor- Cabeça Branca (Au). Posteriormente, a Ser-
rem nos paleocanais em detrimento das por- ra do Expedito inflete para sudeste, onde se
ções laterais, onde a distribuição é errática. situam, dentre outros, os alvos Vaca, Bigo-
Nesse caso, a distribuição é mais errática do de, Cafundó e Acampamento Velho. (Figu-
que aquela registrada nos depósitos quater- ra 4.16)
nários (Weska, 1987 & Weska et al., 1991).
De acordo com os trabalhos de pesquisa, o
4.3 - SUBSTÂNCIAS METÁLICAS Grupo Roosevelt, de ambiência paleotectô-
nica incerta (possivelmente arco-vulcânico
O Estado exibe um grande potencial epicratônico), pode ser grosseiramente sub-
para depósitos polimetálicos de metais-base dividido em um domínio de natureza bimo-
e depósitos de níquel, os quais distribuem- dal (basalto-riolito), com predomínio de ro-
se principalmente na região noroeste e su- chas félsicas, a norte, e outro de natureza
doeste. Na região sudoeste, o conjunto de vulcanossedimentar, félsico, posicionado a
distritos mineráis é parte integrante da Pro- sul. Ambos são intrudidos por uma varieda-
víncia Polimetálica do SW do Mato Grosso. de de batólitos e stocks graníticos, além de
corpos menores de diorito, diabásio e gabro.
4.3.1 - Distrito Polimetálico de Aripuanã O limite entre estes dois domínios é marca-
(NBS) do por corpos subvulcânicos alongados, dis-
postos na direção WNW, de composição gra-
Estes depósitos polimetálicos de me- nítica, denominados de granitos do tipo Zé
158
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Figura 4.16 - Mapa Geológico da Região de Aripuanã.

159
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

do Torno. O domínio bimodal, a norte, é


constituído por uma sucessão de rochas As rochas basais, de natureza vulcâ-
vulcânicas representadas por basaltos, rioli- nica félsica, são representadas por lavas de
tos phyricos, anfibolitos, formações ferríferas composição riolítica a dacítica, tufos porfiríti-
bandadas fácies óxido e tufos hematíticos. cos, intercalações de camadas de lapilli-tu-
O domínio vulcanossedimentar, a sul, onde fos e de tufos de cristal, além de cinzas vul-
se localiza a mineralização, mostra uma se- cânicas. As feições mais notáveis nesses li-
qüência de lavas félsicas a intermediárias e tótipos são os processos de alteração hidro-
rochas piroclásticas alteradas, que constitu- termal, compatíveis com aqueles decritos
em as vulcânicas de footwall e uma varieda- para depósitos do tipo VMS, além de epido-
de de rochas sedimentares, incluindo argili- tização e carbonatação.
tos, cherts, tufos chérticos, ash tufos, lapilli-
tufos, turbiditos, rochas calcossilicáticas, A seqüência sedimentar de topo,
mármores e calcários, que constituem os onde são raros os processos de alteração, é
sedimentos do hangingwall. formada por argilitos arcoseanos avermelha-
dos (endurecidos por cimento silicoso), silti-
As intrusões graníticas foram subdivididas tos, arcósios, grauvacas, tufos de cristal, sedi-
em três grupos: mentos químicos (cherts laminados criptocris-
- Intrusões subvulcânicas: granitos do tipo talinos, calcários e formações ferríferas), lei-
Zé do Torno e Rio Loreto; tos vulcânicos intercalados e brechas escar-
- Intrusões calcio-alcalinas sin/pós-cinemáticas: níticas.
granitos Cafundó e Tutilândia, ambos de
provável correlação com a Suíte Intrusiva Os metamorfitos da região encon-
Teles Pires (1.7-1.6 Ga); tram-se preferencialmente orientados ao lon-
- Intrusões alcalinas pós-cinemáticas: granito go de uma foliação regional de caráter pe-
Rio Branco, correlacionável aos granitóides netrativo, com direção WNW e mergulhos de
Serra da Providência (1.6-1.53 Ga). 30° a 70° para NE. As lineações mais proemi-
nentes mergulham para NW, inclusive nos
O Grupo Roosevelt é recoberto a sul, corpos de minério. Uma forte estrutura line-
em discordância erosiva e angular, pela Ba- ar, de cisalhamento de direção WNW, sepa-
cia do Grupo Caiabis, representada por ro- ra a área em dois compartimentos: compar-
chas sedimentares clásticas de origem con- timento norte e compartimento sul.
tinental, incluindo conglomerados, arenitos
arcoseanos e argilitos (Formação Dardane- O modelo de deformação proposto,
los) e lavas e/ou sills de basaltos alcalinos em função dos trabalhos de pesquisa reali-
(Formação Arinos). zados, considera uma movimentação de blo-
cos de NE para SW, gerando dois domínios
O grau metamórfico varia desde a fá- principais, os auais estão separados por in-
cies xisto verde, nas áreas do Arex-Ambrex, tensa zona de cisalhamento. O domínio sul,
até a fácies anfibolito, nas rochas do emba- de interesse econômico, é representado por
samento, posicionadas a norte da área. uma ampla estrutura sinformal aberta, com
flancos mergulhando para norte, configuran-
Na área dos depósitos, os trabalhos do uma dobra de flanco invertido. Em escala
de pesquisa identificaram, da base para o de afloramento ocorrem, com freqüência,
topo, as seguintes unidades litológicas prin- dobras isoclinais com variações bruscas de
cipais: (i) seqüência vulcânica de natureza atitude. Junto a estas estruturas localizam-se
ácida, incluindo derrames de lavas predomi- os corpos de minério, com mineralizações
nantemente riolíticas e camadas tufáceas sulfetadas de Zn, Pb e Cu, com Ag e Au asso-
subordinadas; (ii) seqüência vulcânica /vul- ciados, as quais se estendem por cerca de 15
canoclástica, constituída predominantemen- km, desde o Arex até o Mocotó. (Figura 4.17)
te por lavas ácidas a intermediárias, com tu- A mineralização ocorre na unidade
fos ácidos a intermediários intercalados; e (iii) intermediária félsica e na base da unidade
seqüência sedimentar superior, constituída sedimentar, sob a forma de lentes concor-
por metargilitos, metatufos e metacherts in- dantes de sulfetos maciços, sobrepostas a
terestratificados. uma zona discordante de sulfetação tipo sto-

160
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Figura 4.17 - Perfil Geológico - Região de Aripuanã. Relatório Final de Pesquisa - Anglo American Brasil Ltda / 2003

ckwork (stringer zone). Os depósitos de Magnetita e hematita são os óxidos mais co-
sul(Costa, 1999). muns. Os minerais de ganga mais comuns
A zona de minério stringer representa são quartzo, carbonato, sericita e clorita.
o conduto por onde ascenderam as soluções
hidrotermais. O sulfeto mais comum é a piri- Os depósitos apresentam um zonea-
ta, com pirrotita, calcopirita, galena e esfale- mento acentuado na sua mineralogia e com-
rita ocorrendo em menores proporções. posição química. O padrão mais comum de
161
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

zoneamento é o decréscimo da relação cal- rita, pirrotita, pirita, magnetita, galena, calco-
copirita/esfalerita (Cu/Cu+Zn) em direção ao pirita, cubanita e arsenopirita. As principais
topo e para as bordas das lentes de sulfeto características dos depósitos relacionados ao
maciço e o acréscimo dessa relação na zona Horizonte Valley podem ser assim resumidas:
de minério stringer . Esse zoneamento metá- as rochas hospedeiras compreendem tufos,
lico é interpretado como a substituição su- mármores e quantidades menores de cherts
cessiva da assembléia mineralógica de baixa e encontram-se deformadas e alteradas. A
temperatura (pirita-esfalerita) pela de alta tem- mineralização é stratabound, porém com
peratura (calcopirita-pirrotita) (Costa, 1999). contatos internos discordantes relacionados
a frentes de substituição. Em direção ao topo
Os sulfetos maciços têm expressão estratigráfico (hangingwall) os corpos de sul-
superficial na zona oxidada, sob a forma de fetos maciços são dominantemente piríticos,
gossans associados a níveis de cloritito de- mais pobres em Zn e mais bandados. A pir-
composto. As mineralizações econômicas, rotita é mais comum na zona de stringer e na
no entanto, estão ligadas aos minérios sulfe- base do horizonte (footwall).
tados não oxidados e não aflorantes.
As mineralizações sulfetadas (tipo strin-
A maior parte das reservas conheci- ger) estão confinadas no pipe de alteração,
das localiza-se na área Arex-Ambrex, em uma nas rochas sotopostas estratigraficamente ao
região estruturalmente complexa. No Am- Valley. Este pipe de alteração mostra zonea-
brex, na zona denominada Valley, a minerali- mento com relação à temperatura dos flui-
zação posiciona-se na crista de um anticlinal dos mineralizantes. Todos os tipos de mine-
apertado, fortemente inclinado, com plano rais de minério presentes, com exceção da
axial para NE e plunge suave para WNW. No magnetita, foram submetidos a processos de
Arex, a faixa mineralizada é contínua por remobilização tectônica (veios e vênulas).
1.300 metros de extensão, ao longo do plun-
ge e está relacionada a uma zona de intensa Minérios do Toddy Zones – Esta zona
cloritização (alteração hidrotermal), com pre- mineralizada constitui-se de lentes maciças,
sença de rocha clorítica magnesiana, biotita concordantes e semi-concordantes de pirro-
e, em muitos casos, engloba cristais de mag- tita-pirita-esfalerita-galena-calcopirita-magne-
netita e tremolita. Esta zona de cloritito en- tita, recobertas por tufos fracamente altera-
volve a mineralização principal de metais- dos. Essas lentes recobrem lavas com inten-
base. As mineralizações de Zn-Pb-Ag são sa alteração a clorita-biotita e com minerali-
constituídas principalmente por sulfetos dis- zação sulfetada do tipo stringer. Os sulfetos
seminados e maciços de Zn (esfalerita) e Pb exalativos representam a porção menor do
(galena), além de pirrotita e calcopirita, com depósito e exibem zoneamento, com a base
prata associada. As mineralizações de Cu- das lentes mais rica em Zn- Pb-Cu que o topo.
Au, por sua vez, caracterizam-se pelo pre- As características gerais do depósito são su-
domínio de calcopirita em relação à pirrotita, gestivas de um modelo do tipo VMS, similar
pirita e ouro. ao observado em Noranda, Canadá.

Furos de sondagem interceptaram a Mineralização Oxidada in situ - Na


zona mineralizada, revelando espessuras da zona do Arex ocorre enriquecimento super-
ordem de 1 a 35 metros, atingindo por vezes gênico, com formação de alguns gossans
até 60 metros em decorrência de repetição com valores subeconômicos de Au, Cu, Pb
por dobramentos. (Figura 4.18) e Zn. Estes gossans foram de grande impor-
tância prospectiva uma vez que atuaram
Os diferentes estilos de mineralizações como indicadores da existência de zonas
sulfetadas presentes no Horizonte Valley e To- mineralizadas não aflorantes.
ddy Zones estão descritos na figura 4.19:
Minérios do Horizonte Valley - Estrati- Os trabalhos de pesquisas realizados
graficamente mais alto, este horizonte posi- na área (Anglo American Brasil Ltda, 2003)
ciona-se no topo da seqüência vulcânica/ mostram que a mineralização sulfetada ocor-
vulcanoclástica e na base da seqüência se- re na unidade intermediária félsica e na base
dimentar. Consiste principalmente de esfale- da unidade sedimentar. A mineralização é,
162
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Figura 4.18 - Seção Geológica da Área Arex - Relatório Final de Pesquisa - Anglo American Brasil Ltda / 2003

no geral, concordante com a estratigrafia, interpretação de que a mineralização foi ori-


porém com remobilizações em estruturas ginalmente estratiforme. Os efeitos compres-
que as cortam. Os sulfetos ocorrem em zo- sivos superimpostos teriam resultado na for-
nas de forte alteração hidrotermal, com o mação de estruturas, para as quais houve
desenvolvimento de clorita e sericita, além de remobilização de parte da mineralização, que
biotita e com a presença de zonas ricas em continua aberta para leste e em profundida-
magnetita disseminada, com intensidade va- de.
riável. As evidências de campo conduzem à O conjunto de feições apresentadas
163
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso
164

Figura 4.19 - Correlação estratigráfica das áreas Arex, Ambrex, Massaranduba e Babaçu e Mocotó.
Relatório Final de Pesquisa. Anglo American Brasil Ltda / 2003.
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

pelos depósitos de sulfetos maciços de Ari- Com a continuidade da pesquisa, estima-se


puanã, tais como a presença de rochas vul- que possam ser alcançadas reservas da or-
cânicas hidrotermalmente alteradas, as for- dem de 40 milhões de toneladas de minério.
mas da mineralização (stringer e em lentes
maciças), o zoneamento mineralógico, den- 4.3.2 - DISTRITO POLIMETÁLICO DA FAI-
tre outras, levou a Anglo American Brasil Ltda XA CABAÇAL
a interpretá-los como do tipo VMS (volcano- (FECP)
genic massive sulphide).
Depósitos do tipo VMS, a exemplo do As concentrações de metais-base da
de Noranda, Canadá, costumam apresentar Faixa Cabaçal estão hospedadas na zona de
vários níveis mineralizados dentro da seqüên- transição entre as rochas metavulcânicas fél-
cia vulcânica. Em Aripuanã, até então, só sicas e os metassedimentos químicos com
foram encontrados o Valley Zone e dois ní- tufos associados, da Formação Manuel Leme.
veis estilo Toddy Zone. Certamente, com o São também registradas ocorrências relacio-
desenvolvimento da jazida e a continuidade nadas aos basaltos da Formação Mata Preta
dos trabalhos investigativos em profundida- (Figura 4.20). A mineralogia do minério con-
de e para leste, outros níveis poderão ser siste em sulfetos (calcopirita, pirita, pirrotita,
descobertos. esfalerita, molibdenita, cubanita e marcassita)
Muito embora os trabalhos até então com associações de selenetos, teluretos, ligas
realizados na área tenham optado pela clas- Au-Ag e Au-Bi. O minério, além de maciço,
sificação do depósito como do tipo VMS, as ocorre também sob a forma de dissemina-
feições de substituição descritas e a associa- ções, bandas, veios e brechas.
ção espacial do minério com um conduto de Pinho (1996) sugeriu para os depósi-
natureza tectônica, as feições de remobiliza- tos minerais da Faixa Cabaçal um processo
ção, dentre outras, abrem a possibilidade de genético que explicasse os seguintes fatores:
outras classificações. As feições acima men- associação do minério com rochas vulcano-
cionadas permitem, por exemplo, que se es- clásticas e vulcânicas félsicas; intensa altera-
pecule sobre outras alternativas genéticas ção hidrotermal das encaixantes da lapa e
para o minério tais como: (i) originalmente baixa alteração hidrotermal das encaixantes
do tipo VMS com posterior deformação, re- na capa; inversão estratigráfica da seqüência;
mobilização e superimposição de fluidos e ocorrência de corpos de sulfeto maciço e
mobilizados durante o evento deformacional; altos teores de ouro em determinadas feições
(ii) originalmente VMS, com posterior defor- estruturais. A conclusão à qual chegou foi que
mação e superimposição de fluidos relacio- os depósitos seriam singenéticos à evolução
nados à atividade granítica tardia presente na da Formação Manuel Leme, posteriormente
área. Recomenda-se a continuidade dos afetados por um cisalhamento NNW-SSE que
estudos na zona mineralizada, com o empre- remobilizou sulfetos e ouro.
go de ferramentas adequadas (estudos de
isótopos estáveis e radiogênicos, estudos de DEPÓSITO DO CABAÇAL
IF, dentre outros), que definirão de uma for- (FECP)
ma mais clara, a natureza e a fonte do(s)
fluido(s) mineralizante(s). A importância da A Mina do Cabaçal foi descoberta na
realização desses estudos relaciona-se ao década de 80, quando a Mineração Santa
fato de que o êxito de qualquer programa de Marta (BP International) iniciou trabalhos de
exploração mineral na área depende de uma avaliação na região entre os rios Jauru e
compreensão mais clara dos processos en- Cabaçal. A mina entrou em produção em
volvidos na gênese do minério e conseqüen- março de 1987, sendo as atividades encer-
temente dos controles (metalotectos) da mi- radas em 1991. Um total de 869.279 t de mi-
neralização. nério foram extraídas, com teores médios de
A reserva total (medida + indicada) 5 g/t de Au e de 0,82% de Cu.
para as áreas até então pesquisadas, para O depósito do Cabaçal tem sido des-
um teor de corte de 3 % de zinco (minério crito como pertencente ao modelo de de-
principal), é da ordem de 22,3 milhões de pósitos mesotermais de ouro e como um
toneladas com teores de 7,89 Zn % ; 1,60 % depósito de metais-base do tipo VMS (sulfe-
Pb; 0,08 % Cu ; 49,7 g/t Ag e 0,22 g/t Au. to maciço vulcanogênico), posteriormente
165
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Figura 4.20 - Mapa Geológico da área de ocorrência da Mina do Cabaçal e do Depósito C2c

deformado (Pinho, 1996; Pinho et al., 1997). ambiente de arco de ilhas para geração do
A idade do sistema vulcânico foi estabeleci- vulcanismo.
da, pelo método U-Pb (SHRIMP), em 1.7 Ga. O ouro está distribuído de forma er-
e a deformação em 1.6 Ga. (Pinho, 1996). rática nas diferentes zonas mineralizadas. No
O minério está distribuído em três zo- entanto, os mais altos teores foram relacio-
nas, denominadas de Zonas do cobre Sul,
Central e Leste. Os limites das zonas minera-
lizadas são marcados por falhas de direções
NE e NW, por um sill de gabro a nordeste e,
a SW, por uma rocha vulcanoclástica félsica,
cuja alteração hidrotermal diminui na direção
SW (Mason & Kerr, 1990). O limite noroeste
é definido por um sistema de falhas na dire-
ção NE (Figura 4.21).
As rochas encaixantes são vulcano-
clásticas félsicas da Formação Manuel Leme
e estão comumente cisalhadas em direção
subparalela aos contatos litológicos. Uma
intensa alteração hidrotermal afeta as rochas
encaixantes nas proximidades dos corpos
mineralizados. Esta alteração consiste em
uma zona central cloritizada, com zonas de
sericitização nos entornos. Pinho (1996), atra- Figura 4.21 - Limites das zonas mineralizadas do De-
vés de estudos litogeoquímicos, aponta um pósito Cabaçal (modificado de Mason & Kerr, 1990)

166
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

nados à Zona do Cobre Sul. Localmente, dotíticas, intensamente serpentinizadas, da


ocorrem teores mais elevados de ouro, com Suíte Intrusiva Vale do Alegre de idade me-
a presença de ouro visível, em remobilizações soproterozóica.
associadas a feições estruturais, como em Acham-se vinculados à porção SW
concentrações de sulfetos em charneiras dos do Cráton Amazônico e associados à evolu-
dobramentos F2, ou em zonas de associa- ção da Orogenia Sunsas.
ções paragenéticas diferenciadas, como clo- Os trabalhos de geologia de detalhe,
rita-granada. executados pela empresa, caracterizaram e
individualizaram três unidades litológicas,
DEPÓSITO C2C constituídas de dunitos, peridotitos e tremo-
lititos.
Este Depósito situa-se na fazenda As concentrações mais expressivas
Santa Helena, município de Rio Branco. Foi de níquel encontram-se distribuídas nas zo-
descoberto no final de 1984, quando traba- nas saprolíticas do dunito, que geram teores
lhos de sondagem executados pela Minera- de Ni acima de 0,9%, sendo o minério classi-
ção Santa Marta (BP International) intercep- ficado de ácido quando ultrapassa 2,5 da
taram mineralizações de sulfetos dissemina- relação SiO2/MgO e básico se essa relação
dos, bandados e maciços, de Cu, Pb e Zn. for menor que 2,5. Estratigraficamente, as
A zona mineralizada tem forma alon- faixas de minério ácido sobrepõem às de
gada NW-SE, com aproximadamente 1.300m minério básico. Os corpos mineralizados
de extensão, e com uma largura variável en- apresentam–se com formas lenticulares ou
tre 50 m e 200 m. São dois corpos minerali- tabulares, geralmente com limites de mine-
zados, com cerca de 1.500.000 t de minério, ralizações (superior e inferior) paralelos à li-
com teores aproximados de 8% Zn, 2% Cu, nha de oxidação determinada pela variação
1% Pb, 2,14 g/t Au e 66 g/t Ag. Os sulfetos do nível dinâmico do lençol freático.
são, principalmente, esfalerita, calcopirita, O minério se formou pela concentra-
galena, pirrotita e pirita. Subordinadamente, ção gradativa de níquel a partir da evolução
ocorre arsenopirita, cubanita, marcasita e de processos geomorfológicos que mode-
argentita. O ouro e a prata ocorrem sob a lam o relevo e determinam o desenvolvimen-
forma de electrum (AuAg). to de horizontes de alteração laterítica, liga-
A mineralização sulfetada associa-se dos a processos de intemperismo que atu-
com metassedimentos químicos (cherts ban- am sobre as rochas ultramáficas (dunitos).
dados) e produtos de alteração hidrotermal Assim, o sistema dinâmico de intemperismo
de rochas vulcânicas, marcados por intensa que atua nessas rochas ricas em olivina, em
cloritização. A alteração hidrotermal e o po- condições favoráveis de clima, relevo e dre-
sicionamento do minério se assemelham nagem, promove a lixiviação seletiva dos prin-
com as encontradas na Mina do Cabaçal. cipais elementos constituintes da rocha ori-
ginal, permitindo a concentração do níquel
4.3.3 - DISTRITO NIQUELÍFERO DE COMODO- em condições de gerar depósitos econômi-
RO cos, devido a sua imobilidade geoquímica em
(NBS) relação a outros íons do sistema.
A lixiviação do magnésio e da sílica
Os depósitos de níquel conhecidos da rocha original permite a concentração
no Estado de Mato Grosso estão localizados residual de ferro e níquel nas porções inici-
nos morros Sem Boné e do Leme, distancia- ais do perfil de alteração. Esse processo de
dos entre si cerca de 35 km. Situam-se na lixiviação pode ser acentuado e, quando pre-
porção oeste do Estado, próximos ao limite servados dos processos erosivos, desenvol-
com o Estado de Rondônia e da fronteira vem coberturas silicosas (silexitos), friáveis e
Brasil-Bolivia, no vale do rio Guaporé, muni- porosas, não raro maciças e duras, com con-
cípio de Comodoro, a 700 km de Cuiabá. centrações de magnésio em torno de 1 a 2
Foram pesquisados a partir de 1996 pela Mi- %, sílica superior a 50 % e metais como ní-
neração Tanagra (Grupo Anglo Américan quel, com comportamento irregular.
Brasil Ltda), que bloqueou reservas de mi- De uma forma geral, o perfil de alte-
nério de níquel do tipo supergênico. O pro- ração desses depósitos tem as seguintes
tólito do minério são rochas duníticas e peri- características (Figuras 4.22 a 4.25):
167
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Figura 4.22 - Perfis de Alteração dos Depósitos - Relatório Final de Pesquisa - Anglo American Brasil Ltda/ 2003

Figura 4.23 - Perfis de Alteração dos Depósitos - Relatório Final de Pesquisa - Anglo American Brasil Ltda / 2003

168
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Figura 4.24 - Perfil geoquímico do Depósito Morro Sem Boné - Relatório Final de Pesquisa - Anglo American
Ltda / 2003

Figura 4.25 - Perfil geoquímico evolutivo da leterita niquelífera do Morro Sem Boné - Relatório Final de
Pesquisa - Anglo American Ltda / 2003

169
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

· Zona Laterítica e Zona Silicosa (estéril pleistocênicos e nas calhas das drenagens
aflorante) com Ni < 0,9%; (Schobbenhaus & Silva Coelho, 1988).
· Zona Silicosa Saprolítica, de material sa- A mineralização primária localiza-se
prolítico com venulações de sílica, com principalmente na zona central do maciço
Ni > 0,9% (minério ácido); granítico, associada ao evento mais jovem da
· Zona Saprolítica Argilosa Ferruginosa, com intrusão, controlada por alterações hidroter-
Ni > 0,9%, Fe > 18% (minério ácido); mais tardias, compreendendo basicamente
· Zona Saprolítica Argilosa, com Ni > 0,9%, albitização e caolinização, com disseminações
Fe < 18% (minério básico); de Sn e, secundariamente, Nb, Ta e Terras-
· Zona Saprolítica Homogênea, com estru- Raras (Schobbenhaus & Silva Coelho, 1988).
tura da rocha original preservada, com Segundo Pelachin et al. (1986) exis-
Ni > 0,9%, Fe < 15% (minério básico); tem duas fases que caracterizam a intrusão
· Zona de Transição para Rocha Fresca, granítica responsável pela mineralização es-
com Ni < 0,9%. tanífera de São Francisco: uma fase mais an-
tiga, denominada de Fase Baiano, compre-
Os depósitos dos morros Sem Boné e endendo um biotita granito médio a grosso,
do Leme possuem reservas minerais bloquea- rapakivítico, normalmente cataclasado; e uma
das de aproximadamente 47 milhões de tone- fase mais jovem, definida como Fase São
ladas de minério, com teores médios de 1,76% Francisco, relacionada ao núcleo do maciço
de Ni, 14,5% Fe, mostrando ainda uma rela- granítico, representada por um granito fino, a
ção Si02/Mg0 de 2,29 e um cut- off de 0,9% Ni. biotita, encaixado nas rochas da Fase Baiano
e afetado por alterações hidrotermais tardias.
4.3.4 - DISTRITO ESTANÍFERO SÃO Estudos executados pelo Grupo Para-
FRANCISCO napanema na Mina São Francisco, permitiram
(WAF) definir as principais feições geológicas vincu-
ladas à mineralização de Sn e associados:
Localiza-se na Amazônia Ocidental,
no extremo noroeste do Estado de Mato · as mineralizações primárias estão relaci-
Grosso, próximo aos limites com os estados onadas à área de ocorrência do evento
de Rondônia e Amazonas. Esse distrito mi- mais jovem da intrusão (Fase São Fran-
neiro é parte integrante da Província Estaní- cisco), hidrotermalmente alterada (caoli-
fera de Rondônia e está relacionado a um nização e greisenização) e à zona exter-
corpo granítico circular, isotrópico, anorogê- na de contato, sob a forma de veios de
nico, com textura rapakivi, pertencente à Su- greisen, encaixados no evento mais anti-
íte Intrusiva Rondônia. Este corpo encontra- go da intrusão (Fase Baiano);
se intrudido em rochas metagranodioríticas · como as feições cataclásticas registradas no
da Suíte Intrusiva São Romão (PP4gamma evento mais antigo não são detectadas no
sr) e recoberto, discordantemente, pelos se- evento mais jovem, assume-se a existência
dimentos neopaleozóicos continentais da de um gap cronológico entre ambos;
Formação Palmeiral (NP1 p). A área foi des-
· as concentrações de estanho na base dos
coberta e trabalhada por garimpeiros e, pos-
sedimentos relacionam-se a canais, nor-
teriormente, pesquisada pelo Grupo Parana-
malmente meandrantes, vinculados ao iní-
panema, que culminou com o dimensiona-
cio do processo de deposição da bacia;
mento de uma jazida de cassiterita e a con-
seqüente atividade de lavra. · os paleovales pleistocênicos caracterizam
Os trabalhos de pesquisa concluíram um sistema de drenagem pretérito que,
que a mineralização classifica-se como se- apesar de mineralizado, é economica-
cundária e primária. mente inviável;
A mineralização secundária está re-
· os depósitos aluvionares estão relaciona-
lacionada ao produto da erosão da zona de
dos tanto à erosão da fonte primária (gra-
alteração dos granitos mineralizados da Su-
nitos associados à Fase São Francisco)
íte Intrusiva Rondônia e conformam placers
quanto ao retrabalhamento de sedimen-
com concentrações de estanho na base dos
tos mineralizados da borda da bacia.
sedimentos da Formação Palmeiral, em alu-
viões imaturas, conformando paleovales Os trabalhos de pesquisa do Grupo

170
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Paranapanema permitiram o bloqueio, em e em paleovales, não se mostraram econo-


31.12.1985, das seguintes reservas (Tabela 4.6): micamente aproveitáveis, em função de fa-
Os trabalhos permitiram também con- tores como relação teor x reserva, alto custo
cluir que apenas os placers aluvionares com- de extração e processamento e baixa recu-
preendem jazimentos economicamente ex- peração gravimétrica
plotáveis. Os depósitos primários, bem como A mina foi explotada pelo Grupo Pa-
aqueles associados à base dos sedimentos ranapanema, a partir do início da década de

Tabela 4.6 - Reserva de estanho - Mina de São Francisco

1970, e paralisada no final desta mesma dé- te da cidade de Nova Xavantina, na margem
cada. Atualmente, aos problemas técnicos direita do Rio das Mortes, município de Co-
que dificultam a retomada dos trabalhos de calinho.
pesquisa/explotação da jazida, associa-se um Luz et al. (1978) registram reservas
passivo ambiental significativo. aflorantes de calcários dolomíticos e dolomi-
tos, com boa aplicabilidade na construção
4.4 - SUBSTÂNCIAS NÃO METÁLI- civil e corretivos de solos, em torno de 60 bi-
CAS lhões de toneladas e reservas geológicas fa-
cilmente aproveitáveis de calcário calcítico,
4.4.1 - ROCHAS E MINERAIS INDUS- para produção de cal, brita e cimento, esti-
TRIAIS madas em aproximadamente 800 milhões de
toneladas.
Rochas Carbonáticas
(FECP) Os calcários calcíticos, com interca-
lações subordinadas de siltitos e margas,
As rochas carbonáticas cons- associam-se ao membro inferior da Forma-
tituem um dos bens minerais da mais alta ção Araras (Grupo Alto Paraguai), enquanto
importância para a agricultura do Estado, os calcários dolomíticos e dolomitos estão
sendo utilizadas na condição de insumo agrí- ligados ao membro superior desta mesma
cola, principalmente como corretivos de so- formação.
los. Destacam-se nessa condição as rochas A lavra destas rochas carbonáticas
da Faixa Paraguai (grupos Alto Paraguai e vem crescendo a partir do final da última dé-
Cuiabá) e da Bacia do Paraná (grupos Passa cada. Após atravessar um período de crise
Dois e Bauru). de 1995 a 1997, a produção ultrapassou os
3 milhões de toneladas em 1999 e os 5 mi-
Distrito de Rochas Carbonáticas da Provín- lhões de toneladas no ano de 2003, com um
cia Serrana total de 5.279.129 toneladas (Figura 4.27).
(FECP) Segundo dados do IPEM (2000), na
Província Serrana, com a abertura de exten-
Os depósitos de rochas carbonáticas sas áreas para agricultura, estas rochas car-
associados ao Grupo Alto Paraguai ocupam bonáticas vêm sendo extensivamente explo-
uma faixa com forma aproximada de um arco, tadas, com o surgimento de dezessete indús-
com cerca de 30 km de largura por 350 km trias produzindo pó calcário, brita e cal, além
de comprimento. Estendem-se desde a bor- de uma fábrica de cimento implantada e ou-
da do Pantanal Matogrossense, a sul de Cá- tra em implantação.
ceres, até a região de Paranatinga, passan- Na parte leste do Estado, no municí-
do por Rosário Oeste e Nobres (Figura pio de Cocalinho, uma indústria (Calcário
4.26). Um depósito isolado ocorre a nordes- Araras) produz pó corretivo.
171
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

172
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

teor de MgO e alto teor de sílica, situa-se no


Áreas Potenciais para Rochas Carbonáti- município de Chapada dos Guimarães.
cas do Grupo Cuiabá
(WAF) No Grupo Passa Dois, camadas lenti-
culares de calcário, associadas a siltitos, ar-
Lentes de rocha carbonáticas são co- gilitos e folhelhos, estão sendo exploradas
nos municípios de Alto Garças (Império Mi-
muns nas subunidades 2, 7 e 8 do Grupo
neração e Calcário Mendes Teixeira) e Itiqui-
Cuiabá. (Luz et al., 1980). A principal delas
ra. (FIgura 4.27)
localiza-se próximo ao Distrito da Guia e vem
sendo explorada, desde 1959, pela empresa
Caieira Nossa Senhora da Guia Ltda. No lo- 4.4.2 - ÁREAS POTENCIAS PARA MINERAIS
cal afloram mármores calcíticos e dolomíti- ESTRUTURAIS
cos, margas e brechas intraformacionais, ini- (APQ)
cialmente atribuídas à subunidade 8 do Gru- Os materiais de construção, utilizados
po Cuiabá, e que também é considerada, por na forma natural, são chamados na nomen-
alguns autores (Almeida, 1988 e Alvarenga, clatura moderna de minerais estruturais ou
1988) como pertencente a base da Forma- agregados para construção civil. É o caso
ção Araras. A reserva indicada é de aproxi- das areias, argilas e cascalhos ou rocha bri-
madamente 500 milhões de toneladas. tada, largamente produzidos no território
matogrossense, mormente na região do en-
Áreas Potenciais para Rochas Carbonáti- torno dos grandes centros urbanos como
cas da Bacia do Paraná Cuiabá, Rondonópolis, Barra do Garças,
(WAF) Cáceres, Sinop e Alta Floresta, entre outros.
A areia, a argila, o cascalho e a brita
As ocorrências de lentes destas ro- são recursos minerais básicos indispensáveis
chas estão associadas aos grupos Bauru e ao desenvolvimento regional e têm importân-
Passa Dois. cia fundamental na produção de argamas-
sa, concretagem e/ou pavimentação, postes
No Grupo Bauru, a principal jazida lo- e vigas. Além dos materiais estruturais, asso-
caliza-se no município de Poxoréo. Foi pes- cia-se à utilização de areia a produção de vi-
quisada pela METAMAT, que encontrou três dros, cerâmicas e abrasivas.
milhões de toneladas de reserva medida. Atu- A extração desses bens minerais, no
almente está sendo explorada pela Minera- entanto, deve obedecer a normas técnicas
ção Lindenberg S/A. bem definidas de forma a causar o mínimo
Um depósito de menor dimensão (40 impacto ambiental.
mil toneladas de reserva total) e com baixo Dessa forma, preocupado com a pre-
servação destes ambientes, o governo esta-
dual promoveu, no final de década de 90, uma
ação integrada envolvendo o Ministério Públi-
co Estadual, o Departamento Nacional da
Produção Mineral, o Instituto Brasileiro de Meio
Ambiente, a Fundação Estadual do Meio
Ambiente e a Coordenadoria Estadual do Meio
Ambiente, com o objetivo de buscar soluções
para equacionar esse problema.
A ação desse Grupo de Trabalho ge-
rou um relatório com uma abordagem crite-
riosa sobre a situação da extração mineral
no leito do rio Cuiabá, propondo soluções
técnicos/ambientais racionais, para uma con-
vivência harmônica entre a atividade econô-
mica e a preservação ambiental, que seriam
Figura 4.27 - Dados de produção de calcário pra pó- posteriormente extrapoladas para as demais
corretivo no Estado de Mato Grosso (Fonte: Relatórios
regiões do estado.
Trimestrais da divisão de Fiscalização do Minsitério da
AGricultura / MT)
AREIA
173
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

lavra de granito (Cuiabá, Sinop, Alta Flores-


Os depósitos de areia economica- ta, Colíder, Barra do Garças, Pontes e Lacer-
mente explotáveis localizam-se no entorno da e Peixoto de Azevedo); calcário/dolomito
dos principais centros urbanos do Estado, (Cuiabá, Cáceres, Tangará da Serra; Rosá-
mais precisamente na região da Grande Cui- rio Oeste, Nobres); basalto (Tangará da Ser-
abá (Cuiabá/Várzea Grande), Rondonópolis, ra) e arenito silicificado (Rondonópolis, Pri-
Barra do Garças, Cáceres, Sinop, Alta Flo- mavera do Leste).
resta, Tangará da Serra, entre outras, nas alu- Segundo dados do 12º Distrito/DNPM
viões dos rios Cuiabá, São Lourenço, Para- a produção em 2003 foi de 513.000 m³, sen-
guai, Vermelho, Aragarças, Teles Pires, Ari- do que aproximadamente 55% dessa produ-
nos, Guaporé, Peixoto de Azevedo, Parana- ção concentrou-se na região da Grande
tinga e Aripuanã, sendo que sua extração é Cuiabá (Cuiabá/Várzea Grande).
seletiva e obtida através de dragas distribuí-
das ao longo dos talvegues. 4.4.3 - MANANCIAIS DE ÁGUAS MINERAIS
A exaustão dos depósitos de areia, E TERMAIS
mormente na região da Grande Cuiabá, asso- (WAF)
ciada às restrições ambientais, deverá estimu- O pólo de águas minerais e termais
lar a busca de fontes alternativas para extração do Estado de Mato Grosso situa-se nas regi-
desse bem mineral, relacionadas a outros ões centro-sul e leste, abrangendo centros
ambientes geológicos, a fim de suprir a deman- urbanos importantes, com destaque para as
da do estado estimada em 1.000.000 m³/ano. cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Rondo-
nópolis e Barra do Garças, onde se concen-
ARGILA tra cerca de 50% da população do Estado.
Registros sobre a existência de fon-
Os depósitos de argila, economica- tes termais em Mato Grosso reportam ao iní-
mente viáveis, localizam-se nas planícies cio do século XX, sendo que o primeiro tra-
de inundação dos principais rios próximos balho de pesquisa determinando as proprie-
aos centros urbanos, particularmente os dades de uma fonte termal foi desenvolvido
rios Cuiabá, São Lourenço, Vermelho, Pa- em 1974, pela Cia. de Pesquisa de Recursos
raguai e Aragarças. Localmente, como no Minerais – CPRM, nas Águas Quentes de São
município de Rondonópolis, são extraídas Vicente, no hotel/balneário homônimo, no
também dos sedimentos pelíticos da For- município de Santo Antonio do Leverger. A
mação Ponta Grossa. partir de 1980, novas pesquisas foram realiza-
Sua utilização é restrita a produção de das nas fontes termais de Juscimeira, Gene-
cerâmica vermelha, basicamente na fabrica- ral Carneiro e Barra do Garças entre outras.
ção de tijolos, telhas e, subsidiariamente, la- Quanto às águas minerais e potáveis
jotas. Trata-se de um material natural terroso de mesa, as pesquisas se iniciaram em 1974,
de elevada plasticidade, oriundo da alteração estendendo-se até 1984, no município de
de rochas, nas quais os argilominerais por Chapada dos Guimarães, sob responsabilida-
alteração hidrotermal ou intemperismo de de da Mineração Lebrinha, pioneira na indus-
silicatos (feldspatos, piroxênios, anfibólios) se trialização de água em Mato Grosso. Outras
transformam em hidrossilicatos finamente cinco empresas já explotam esse bem mine-
cristalinos. ral e novos empreendimentos estão se insta-
Segundo dados oriundos do 12º Dis- lando no Estado com esse mesmo objetivo.
trito/DNPM, a produção de argila em 2002 Existe consenso mundial de que a
foi da ordem de 106.000 t, suficiente para água subterrânea e, conseqüentemente as
suprir a demanda de tijolos e insuficiente para águas superficiais, revestem-se de uma im-
a demanda de telhas, cuja importação situa- portância crescente como veículo condutor
se ao redor de 80% do consumo. e sinalizador das soluções para o adequado
abastecimento humano associado ao con-
BRITA trole da poluição ambiental.
Estimativas apontam que 97,5% da
A brita explotada no Estado provém água existente na hidrosfera terrestre referem-
de pedreiras localizadas no entorno dos prin- se às águas salgadas e somente 2,5% às
cipais centros urbanos, sendo resultante da águas doces. Desse percentual de água
174
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

doce, 68,7% encontram-se sob a forma de dissolvidos, temperaturas entre 39ºC a 41ºC
gelo, 29,9% constituem as águas subterrâ- e radioatividade local de 50 CPS. São classi-
neas e apenas 0,26 % as águas superficiais. ficadas como fontes termais (hipertermais)
O Estado de Mato Grosso registrou, nas radioativas e suas águas como oligominerais.
últimas décadas, um aumento substancial da O hipertermalismo deve-se ao grau geotér-
demanda hídrica e, em decorrência, a perspec- mico local, com contribuição da desintegra-
tiva do aumento da poluição ambiental. ção de minerais radioativos (Olivatti & Mar-
As águas minerais e potáveis de mesa, ques, 1972). O segundo contexto correspon-
envasadas em Mato Grosso para consumo de a um aqüífero termal subterrâneo, situa-
humano, alcançaram em 2002/2003 uma do nos sedimentos arenosos da Formação
produção da ordem de 150 milhões de litros, Furnas. Abrange os municípios de Jaciara,
segundo registros oriundos do DNPM/MT. Juscimeira, D. Aquino, Pedra Preta, Rondo-
Novos empreendimentos, ainda em fase de nópolis, Poxoréu, General Carneiro e Barra
pesquisa, estão se credenciando para a ex- do Garças, no limite com o vizinho estado
plotação desse segmento industrial no Esta- de Goiás, controlado por uma mega falha de
do. O potencial dos aqüíferos é substancial e direção nordeste.
estimula essa perspectiva. Estas águas estão A temperatura da água varia entre
geneticamente condicionadas ao aqüífero 41ºC e 51ºC e o hipertermalismo desse aqü-
Furnas e afloram sob a forma de surgência, ífero se processa pelo grau geotérmico re-
preferencialmente na zona de contato com a gistrado na região (1ºC/29m), em associa-
Formação Ponta Grossa (sotoposta). ção com a velocidade de circulação da água
As fontes termais despontam como que permite o seu aquecimento nas zonas
uma nova opção para viabilizar a implanta- profundas e com uma velocidade de ascen-
ção de projetos de hotelaria/balneário, para são superior à taxa de resfriamento devido
aproveitamento turístico, e compreendem ao equilíbrio térmico com as zonas mais ra-
dois contextos geológicos: no primeiro, a sas, sob influência da tectônica registrada na
fonte termal encontra-se associada à intru- região (sistemas de falhas/fraturas).
são do batólito granítico da Serra de São Vi- Apenas no município de Juscimeira,
cente, condicionada por um sistema de fa- em uma área de 22 x 22 km, este aqüífero
lhas de direção N40E/subvertical e fraturas vem sendo explotado através de duas deze-
de direções N20-40E e N70-80W. Neste con- nas de poços tubulares profundos, com uma
texto existem cerca de uma dezena de fon- vazão média de 25m³/h/poço.
tes, três das quais situadas no leito do córre- Atualmente, esse complexo de
go Águas Quentes, com uma vazão total de águas termais vem sendo explorado comer-
aproximadamente 1.500.000 l/dia. As águas cialmente por um empreendimento hote-
apresentam baixo conteúdo de sais minerais leiro/balneário, nas Águas Quentes de São
Vicente, e subaproveitado através de pe-
quenos balneários nos municípios de Jus-
cimeira e Barra do Garças.

175
176
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

5.
ECONOMIA MINERAL

5.1 - ASPECTOS ECONÔMICOS E SOCIAIS (316,0 mil toneladas), sexto produtor de


cana-de-açúcar (13.559,6 mil toneladas), sé-
O Estado do Mato Grosso situa-se na timo produtor de milho (3.308,9 mil tonela-
região Centro-Oeste do Brasil, em área con- das), segundo em extração vegetal (2.867.779
siderada como da Amazônia Legal, tendo tora-m³/ano) e décimo-quinto em silvicultu-
uma superfície de 906.806,9 km2, equivalen- ra (15.690 tora-m³/ano) e ocupa a 18ª posi-
te a 10,55% da área do território nacional. ção no cenário mineral brasileiro.
Possui uma população de 2.504.353 habi- O setor mineral vem contribuindo de
tantes com um crescimento médio em torno maneira especial com a economia regional
de 2,81 % ao ano e 52,4 % da população e faz parte da própria história do estado que,
economicamente ativa. a partir da segunda década do século XVI,
O Índice de Desenvolvimento Huma- recebeu várias expedições em busca do
no (IDH) médio de Mato Grosso, é de 0,767 ouro, já conhecido e utilizado pelos nativos
e se apresenta maior que a média nacional. em utensílios.
Tem como principais atividades eco- Em 1718 deu-se início a primeira
nômicas a agricultura ( soja, arroz, algodão, mina de ouro cuja exploração intensa e de-
milho, sorgo, cana-de-açúcar e mandioca), sordenada, pela Coroa Portuguesa, levou-a
a pecuária ( bovinos, suínos e galináceos ), à exaustão em meados de 1730, iniciando
o extrativismo de madeira e borracha, a ex- um longo processo de marasmo na minera-
tração mineral e a indústria metalúrgica e ali- ção, somente interrompido com a descober-
mentícia. Como em todo o país , o estado ta de diamantes no início do século XX, mar-
tem no setor terciário em expansão, um dos cando um novo ciclo de exploração mineral
mais crescentes da sua economia. na região, que resultou no aparecimento de
O setor de produção agrícola (soja, várias cidades. A mineração organizada teve
arroz e algodão) vem crescendo significati- início a partir dos anos de 1960 e 1970, com
vamente, enquanto na pecuária destaca-se novas descobertas de ouro e diamante e
com o maior rebanho bovino do país com a instalação de organismos institucio-
(24.704.245 cabeças). nais como o DNPM – Departamento Nacio-
O Estado situa-se como o maior pro- nal da Produção Mineral, a CPRM – Serviço
dutor de soja do país (15.008,8 mil tonela- Geológico do Brasil, a METAMAT – Minerais
das), primeiro produtor de algodão (917,4 mil de Mato Grosso S.A. e a UFMT – Universida-
toneladas/caroço e 574,4 mil toneladas/plu- de Federal de Mato Grosso. Na mesma épo-
ma), segundo produtor de arroz (1.780,1 mil ca deu-se o interesse de várias empresas de
toneladas), segundo produtor de sorgo mineração que começaram a atuar na região,
177
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

como: DOCEGEO - Vale do Rio Doce; NU- Mato Grosso ( PMMt) com o PMB nacional e
CLEBRÁS; Mineração Santa Elina Ltda; Mor- sua relação o PIB estadual, demonstra que
rinho Mineração Ltda; Minérios Salomão há um potencial interno ainda pouco explo-
Ltda.; Mineração Jaguar Ltda.; Pró Metálica rado e que poderá proporcionar crescimen-
Mineração Ltda. (Associada ao Grupo Anglo to real muito grande para a região, depen-
American); SOPEMI; RTZ - Rio Tinto Zinc dendo basicamente da implantação de polí-
Mineradora Bauxita; Western Mining Com- ticas que estimulem investimento nos seto-
pany; Sumitomo Corporation do Brasil S.A., res potenciais.
além da atuação de grandes grupos empre- Dessa forma,o setor mineral do Mato
sariais importantes como Votorantin, Andra- Grosso poderá crescer em termos qualitati-
de Gutierrez e Camargo Corrêa. vos e quantitativos contribuindo com o pro-
Também surgiram associações e coo- cesso de desenvolvimento regional e aumen-
perativas garimpeiras organizadas na tentati- tando a oferta de produtos para induzir o
va de melhorar a produtividade nos garimpos crescimento industrial e agregar cada vez
outrora explorados de forma rudimentar. mais valores à economia regional.
A economia mineral do estado está
calcada principalmente na extração do ouro
e diamante, mas vem se diversificando com 5.2 - INFRA – ESTRUTURA BÁSICA
a produção de minerais importantes para o
desenvolvimento regional como o calcário O Estado dispõe de uma boa infra-
dolomítico, utilizado em grande escala na estrutura básica, com uma malha rodoviária
agropecuária como corretivo da acidez do satisfatória e várias hidrovias ainda pouco ex-
solo e o calcário calcítico, insumo fundamen- ploradas, além de uma malha ferroviária im-
tal para a indústria de cimento, além da utili- plantada e em expansão (FERRONORTE).
zação como corretivo.
As rochas ornamentais, os materiais Cuiabá, capital do estado, encontra-
agregados para a construção civil (areia, bri- se a 2.000 Km da costa atlântica no porto de
ta e argilas), e a revelação de um novo po- Santos em São Paulo, por rodovias asfalta-
tencial para metais (zinco, chumbo, cobre, das, ou pela ferrovia FERRONORTE. Dista
prata e níquel) além de minerais industriais 1.800 Km do porto de Santarém, no estado
(caulim e argilas industriais), e água mineral do Pará, pela BR-163. Situa-se ainda a 2.359
e termal completam o quadro dos bens mi- Km do porto de Ilo e 2.472 Km do porto de
nerais conhecidos e explorados na região. Matarani (ambos no Peru), e a 2.000 Km dos
No que tange a sua balança comer- portos de Arica e Iquique (no Chile), todos
cial, Mato Grosso ainda é produtor de bens na Costa do Pacífico, sendo que 1.550 Km
primários. Importa os produtos acabados, são asfaltados e 450 Km são de estrada sem
principalmente insumos utilizados na indús- pavimento asfáltico, em território boliviano.
tria de fertilizantes, que contribuem com cer- A rede hidroviária compreende a hi-
ca de 80% dos produtos importados; situa- drovia Paraguai-Paraná, desde o porto de
ção que gera um déficit na sua balança co- Cáceres ao porto de Buenos Aires, com ex-
mercial com conseqüências na geração de tensão de 3.442Km e da hidrovia Madeira-
emprego e renda. Amazonas, com extensão de 1.100Km, a
No ano de 2001 o Produto Mineral partir de Porto Velho (RO) até Itacoatiara, no
do Estado (PMMt) foi da ordem de R$ 202 Amazonas. O Aeroporto Internacional Mare-
milhões e correspondeu a 1,4% do PIB inter- chal Rondon está sendo dotado da mais
no que atingiu R$ 14,5 bilhões. moderna infra-estrutura para operar aviões
Em relação ao PMB – Produto Mine- cargueiros de vôos nacionais e internacio-
ral Brasileiro (soma de toda a produção mi- nais. Portanto, Mato Grosso está se constitu-
neral oficial do Brasil) a participação do Pro- indo em um grande entroncamento sul-ame-
duto Mineral de Mato Grosso - PMMt é mui- ricano, com ligações norte-sul e leste-oeste,
to pequena , em torno de 0,21%. Vale salien- com ponto intermediário entre as duas cos-
tar que esta média é ainda mais preocupan- tas marítimas do Atlântico e do Pacífico. En-
te se comparada com a participação do PMB contra-se interligado ao sistema elétrico na-
no PIB nacional que é da ordem de 25%. cional e ao de comunicações a cabos de fi-
A comparação do Produto Mineral de bra ótica, com telefonia convencional fixa,
178
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

179
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

180
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

rural e celular. ário – Cuiabá-Sapezal (BR 174) – Hidrovia


Dispõe de 1,82% da capacidade de Madeira – Amazonas – Solimões - Porto Ve-
geração de energia elétrica do país distribuí- lho – Itacoatiara - Iquitos ou Macapá.
dos em 89 empreendimentos responsáveis A hidrovia Paraguai-Paraná que é
pela produção de 1.573.598KW, de origem considerada a coluna vertical do Mercosul,
hidráulica e, térmica a partir do gás natural pois percorre, além do Brasil o Paraguai, Ar-
importado da Bolívia. Além desta infra-estru- gentina e Uruguai, necessita em alguns tre-
tura instalada encontram-se em construção chos (Cáceres-Corumbá) de investimentos
10 usinas e mais 40 já contam com sua ou- federais.
torga assinada. A hidrovia Araguaia-Tocantins, que
A rede rodo-hidro-ferroviária é sufici- em Mato Grosso é a Hidrovia Rio das Mor-
ente para o escoamento dos produtos ge- tes-Araguaia, escoa toda produção do Leste
rados tanto no Mato Grosso como na Ama- ligando–se através da ferrovia de Carajás ao
zônia Ocidental e este sistema integrado Porto de Itaqui.
atende perfeitamente à demanda do trans- A hidrovia Madeira-Amazonas é a via
porte de cargas entre esta região e o restan- que se liga ao sistema rodoviário da antiga
te do país. MT-235, que foi incorporado à BR-364 no
A malha rodoviária do estado abran- segmento do entroncamento da BR-163
ge um total de 84.200Km de rodovias, distri- (Posto Gil) até a BR-174, seguindo para o
buída do seguinte modo: 4.000Km são ro- porto de Porto Velho em Rondônia.
dovias federais, 20.000Km estaduais e A integração da malha ferroviária do
60.000Km municipais, sendo que as vias sem Estado à malha nacional é recente. O corre-
pavimentação totalizam 21% da malha fede- dor ferroviário constituído pela Ferronorte,
ral, 89% da estadual e 100% da municipal. liga Aparecida do Taboado (MS) a Cuiabá
O sistema de transporte do Estado (MT), em um percurso total de 956 Km.A fer-
compreende os seguintes corredores: rovia Ferronorte já opera no escoamento dos
Corredor Norte – Rodo-hidroviário, grãos através dos terminais de Alto Taquari e
composto pela BR 163 (Cuiabá-Santarém) e Alto Araguaia.
pela Hidrovia Teles Pires – Juruena – Tapa-
jós: 5.3 - COMÉRCIO EXTERIOR
Corredor Centro-Norte – Hidro-
Rodo-Ferroviário, composto, a partir de Nova Segundo dados da SEPLAN, o co-
Xavantina, pela Hidrovia Mortes – Araguaia – mércio exterior do Estado de Mato Grosso
Tocantins, passando por Xambioá – BR 010/ vem apresentando um superávit na sua ba-
153/226 até Imperatriz (MA) – Ferrovias Nor- lança comercial com uma tendência das
te-Sul e Carajás para atingir o Terminal de exportações crescerem em níveis cada vez
Ponte da Madeira em São Luiz (MA); maiores ( Gráfico 1). No ano de 2002 a ten-
Corredor Leste – Rodo-Ferroviário, dência do aumento das exportações em re-
composto pela BR 070 (Cuiabá-Goiânia-Belo lação às importações se faz notar de manei-
Horizonte-Vitória) ou BR 364 (Cuiabá-Rondo- ra mais acentuada confirmando a tendência
nopólis-Itumbiara-Belo Horizonte-Vitória); de crescimento devido principalmente ao
Corredor Sudeste – Rodo-Ferroviá- grande aumento na produção de soja, prati-
rio (FERRONORTE) – Cuiabá-Rondonopó- camente toda exportada.
lis-Alto Taquari-Chapadão do Sul-Aparecida Em seguida aparecem na pauta de
do Taboado-Santos; exportação a madeira com 5,83% e os pro-
Corredor Sul/Sudoeste – Rodo-Hi- dutos de origem animal que representam
droviário (Hidrovia Paraguai-Paraná) – Cuia- 5,53%, enquanto as commodities minerais
bá (BR 174/070) – Cáceres-Corumbá-Assun- respondem por apenas 0,62%.
ção-Barranqueras-Nova Palmira-Campanha- Os principais produtos exportados
Buenos Aires; pelo estado são de origem vegetal o que re-
Corredor Oeste – Rodoviário (ligação presenta 85% do total , com ênfase para a soja
com o Pacífico) – Cuiabá (BR 174/070) – que domina o setor com uma participação de
Cáceres–San Mathias–Santa Cruz-Portos do 83% como mostra o Gráfico 2 a seguir.
Chile e do Peru; No que se refere às importações, o Grá-
Corredor Noroeste – Rodo-Hidrovi- fico 3 mostra de forma incisiva o estágio pou-
181
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

GRÁFICO 1

GRÁFICO 2

Fonte: SICME
co verticalizado do setor mineral mato-grossen- origem mineral importados justamente para
se onde verifica-se que a quase totalidade dos atender à demanda industrial dos produtos
produtos importados está diretamente ligada utilizados na agricultura e pecuária.
aos insumos agrícolas principalmente para pro-
dução de fertilizantes, ou seja , produtos de A baixa participação do setor mineral

182
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

nas exportações e a grande dependência Oeste do Mato Grosso, além dos Depósitos
externa de insumos e produtos acabados de polimetálicos de Aripuanã, Cabaçal e Níquel
origem mineral mostram o perfil da econo- de Comodoro.
mia mineral do estado, caracterizada por pro-
dução de bens primários e importação de Nas últimas décadas o setor mineral
insumos e produtos industrializados, quadro recebeu a atenção de órgãos e empresas es-
que pode ser revertido com programas de tatais que implementaram ações importantes
governo voltados para a verticalização indus- para desenvolve-lo. A presença do DNPM -
trial da mineração com aproveitamento dos Departamento Nacional da Produção Mineral
recursos minerais na própria região. da CPRM - Companhia de Pesquisas de Re-
cursos Minerais foi fundamental para o conhe-
5.4 - O SETOR MINERAL cimento do potencial mineral e geológico do
território mato-grossense, através da execu-
5.4.1 - Pesquisa Mineral ção de mapeamentos geológicos básicos.
A partir de então , várias empresas
No território mato-grossense encon- foram atraídas para desenvolverem pesqui-
tram-se importantes jazimentos que encer- sas minerais na região.
ram mineralizações de ouro, diamante, me- Atualmente, observa-se no período
tais (níquel, cobre, chumbo, manganês, es- entre 2002/2003 um incremento no número
tanho e zinco), rochas ornamentais, mine- de requerimentos junto ao DNPM – Departa-
rais industriais, água mineral e termal, rochas mento Nacional de Produção Mineral (Tabe-
carbonáticas. la 1), da ordem de 55,2% no estado, contra
Como pode ser observado neste levan- 24,25% a nível nacional.
tamento, os maiores destaques são: Incremento ainda maior verificou-se
na publicação de alvarás de pesquisa, da
• Províncias e Distritos Auríferos ( ordem de 110% contra apenas 18,87% a ní-
Alta Floresta; Alto Guaporé e Baixada Cuia- vel nacional.
bana) e a região aurífera de Nova Xavantina; O número de Requerimentos de Li-
• Distrito de Rochas Carbonáticas cença também aumentou significativamente
– Província Serrana (Cáceres; -Nobres-Ro- no período , como pode ser visto, um cresci-
sário Oeste-Paranatiga) - Bacia do Paraná mento de 84% em Mato Grosso contra de-
(Alto Garças e Poxoréo); Grupo Alto Para- créscimo de 0,73% a nível nacional. Houve
guai- Formação Araras (Cocalinho, Nova Xa- crescimento também na obtenção de Lavra
vantina): Baixada Cuiabana (Cuiabá/Distrito e Registro de Extração.
da Guia).
• Distritos Diamantíferas (Juína, Pa- 5.4.2 - Reservas e Produção Mineral
ranatinga, Alto Paraguai e Poxoréo), que com-
põem a Província diamantífera do Centro As reservas cubadas e devidamente

183
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

aprovadas pelo DNPM no Estado, constitu- expressam visivelmente a contribuição das


em um importante patrimônio mineral que províncias e distritos conhecidos, com des-
está legalmente disponibilizado. taque para Ouro, Diamante e Rochas Car-
O quadro a seguir (Tabela 2), mostra bonáticas. No que se refere à produção mi-
a distribuição das reservas nas suas respec- neral, constata-se que está calcada basica-
tivas classes de substâncias minerais. mente na produção do ouro, diamante e de
alguns minerais não metálicos, os quais res-
Assim, como se observa, além do tringem-se àqueles de uso imediato na cons-
potencial mineral em fase de pesquisa, as trução civil e na agricultura, tais como: areia,
reservas minerais do estado podem contri- argila, brita, cascalho, calcário dolomítico e
buir com o desenvolvimento regional trans- calcítico e rochas ornamentais.
formando-a em riqueza através de extração Outras substâncias integrantes do
e comercialização destes bens minerais. patrimônio mineral do Estado ainda estão em
As reservas mostradas na Tabela 2, fase de pesquisa e exigem investimentos para
184
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

a definitiva caracterização de viabilidade eco- A série histórica abaixo (Tabela 3)


nômica. São principalmente cobre, zinco, mostra uma produção consolidada das subs-
níquel, prata, estanho, manganês e uma tâncias minerais com maior tradição, desta-
gama de minerais industriais (argilas, quart- cando-se a produção do ouro.
zo e feldspato), além de fosfato, pedras co- É apresentado também o comporta-
radas e gemas, que poderão, a médio pra- mento de uma economia mineral pouco di-
zo, compor uma carteira mineral mais diver- versificada que sofre direta e drasticamente
sificada. Da mesma forma que a produção a influência de qualquer impacto negativo na
de outros bens minerais, de uso industrial e economia do seu principal bem mineral, no
de gás natural. caso o ouro.
O valor da produção mineral de Esta- Como se observa a participação de
do do Mato Grosso, segundo dados oficiais Mato Grosso na produção mineral brasileira
do DNPM contrasta, sem dúvida, com o seu vem caindo gradativamente a partir de 1976
grande potencial geológico. em função da queda da produção do ouro,

chegando nos anos seguintes (1999-2000) Ouro


a níveis muito baixos, com reflexos imedia-
tos na participação do PMB nacional, refle- A exploração do ouro no Estado de
xos da diminuição da atividade garimpeira e Mato Grosso, conforme comentada anterior-
da conjuntura econômica deste metal no mente, está intimamente ligada à própria ori-
mercado mundial. gem do estado sendo irrefutavelmente o prin-
cipal produto da sua economia mineral em
5.5.1 - MINERAIS METÁLICOS termos históricos, atuais e possivelmente
potenciais.
No Estado de Mato Grosso até o mo- O ciclo histórico da produção do
mento foi produzido de forma mais consis- metal durou até o ano de 1730, quando as
tente apenas um mineral da classe dos minas de ouro sofreram um rápido proces-
metálicos, o Ouro. A produção de outros so de exaustão, devido à exploração desor-
metais aconteceu em pequena escala na denada, iniciando-se um longo período de
década de 70 , como é o caso do estanho , decadência.
extraído pela Cia. Paranapanema, na Mina A nova retomada da exploração do
de São Francisco, município de Colniza, que ouro aconteceu só a partir do século XX, em
constitui uma extensão da Província Estaní- 1966, através de intensa atividade garimpei-
fera de Rondônia. ra na região norte nas aluviões dos rios Teles
Outros minerais metálicos surgem, Pires e Juruena e na baixada Cuiabana, nas
como alternativas econômicas de médio-pra- proximidades de Cuiabá, seguida pela atua-
zo, todos eles em fase de pesquisa, como ção de empresas de mineração que inicia-
Cobre, Zinco, Prata, Níquel e Manganês. ram suas atividades na região.
Atualmente a produção aurífera é lo-
calizada e ligada principalmente a extração
185
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

do ouro primário, em função das dificulda-


des geológicas, exigências ambientais e da
exaustão dos depósitos aluvionares.
A exploração das regiões auríferas
através de garimpeiros e empresas, provocou
um grande impacto na economia regional,
com a geração de emprego e renda e, con-
seqüentemente no desenvolvimento regional.
Dados do DNPM mostram que a ex-
tração do ouro nesses locais foi muito inten-
sa e confirmam a grande corrida do ouro
experimentada nos fins do século passado.
Na Tabela 4, mostrada a seguir, veri- que neste período uma grande percentagem
fica-se a contribuição desta riqueza na eco- ocorreu de forma clandestina. Nos últimos anos
nomia do Estado de Mato Grosso, com ên- verificou-se uma queda na produção aurífera
fase para os municípios de Alta Floresta e o que coincide com o menor aproveitamento
Peixoto de Azevedo, onde houve maior pro- do ouro secundário e o grau de dificuldade de
dução acumulada no período. exploração dos depósitos primários que exigem
Durante um período de 18 anos, foram maiores investimentos operacionais na lavra e
extraídas no norte de Mato Grosso mais de 120 na concentração do minério.
toneladas de ouro, configurando de forma in- Retomar a produção do ouro aos ní-
dubitável a vocação regional para a prospec- veis anteriores passa necessariamente por
ção pesquisa e produção deste bem mineral. estudos técnicos de prospecção de novos
No valor da produção mineral do ouro depósitos.
fornecida pelo DNPM (Gráfico 5) estão com- As reservas medidas de ouro no Es-
putadas todas as informações anuais a partir tado de Mato Grosso somam 59 milhões de
de 1995. Entretanto, sabe-se extra oficialmente toneladas com teores entre 0,4 e 0,5 gramas
por tonelada, sendo 60% minério primário e
40% secundário.
A nova inserção econômica do ouro
requer ações conjuntas dos elementos en-
volvidos, pois, além do processamento tec-
nológico e da condução das empresas via
assessoria organizacional e gerencial há ou-
tras dificuldades a serem superadas princi-
palmente no que tange às questões ambi-
entais e fiscais.
Dados fornecidos pela 12a. Distrito do
DNPM em Cuiabá mostram claramente a
queda vertiginosa e preocupante da produ-
ção do ouro no ano de 2003, demonstrando
de forma clara a quase exaustão dos depó-
sitos secundários e a dificuldade de explota-
ção dos depósitos primários. A produção
extra-oficial mostra que se apurou apenas
182 quilogramas do metal em 2003, ou seja
6% da produção regular dos anos anteriores.

Cobre, Zinco, Chumbo e Níquel

Conforme consta nos relatórios:


IPEM/UFMT/METAMAT “O SETOR MINE-
RAL DO MATO GROSSO – Diagnóstico e
Diretrizes para Ações de Estado - 2000” e
”Diagnóstico do Setor Mineral” - SICM e
186
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

MME – 2002, o estado dispõe de importan- sito de Zinco do País com reservas de 22,3
tes mineralizações de cobre, chumbo, zinco milhões de toneladas de minério, contendo
e prata, com destaque para o chamado Dis- Zn a 7,89%, Ag a 49,7 g/t., 0,08% de cobre,
trito Polimetálico do Cabaçal, e mineraliza- 1,60% de Pb e 0,22 g/t/Au.
ções de níquel conhecidas nos Depósitos de A existência de ambientes semelhan-
Níquel de Comodoro. tes ao do depósito de Aripuanã, recomen-
O Distrito Polimetálico de Cabaçal dam novas pesquisas e prospecções princi-
está localizado no município de Rio Branco palmente na região norte do estado.
no curso médio do Rio Cabaçal. A implantação de empreendimentos
No período de 1980 a 1985 a BP Mine- para produção de metais no Estado de Mato
ração, através da subsidiária Mineração Ma- Grosso passa por dificuldades devido à falta
nati, desenvolveu trabalhos de detalhe e semi- de investimentos em energia elétrica, em ní-
detalhe nesta área, dando origem a abertura veis compatíveis com a demanda , nos lo-
da Mina do Cabaçal que operou entre os anos cais onde estão as jazidas, necessitando de
de 1987 até 1992. Neste período foram pro- ações de governo no sentido de viabilizar a
duzidas 870.000t de minério com teor médio oferta deste serviço a curto–prazo, como for-
de 0,82% de cobre e 0,5g/t de ouro. ma de assegurar a efetiva instalação destes
A partir de 1999 o consórcio Votoran- empreendimentos.
tim/Pró Metálica iniciou a reavaliação do de-
pósito denominado C-2C, semelhante ao 5.5.2 - MINERAIS NÃO-METÁLI-
depósito da mina de Cabaçal com possibili- COS
dade de retomar a produção.
Quanto ao minério de zinco existe Rochas Carbonáticas
um projeto em desenvolvimento pela Pro- As rochas carbonáticas têm grande
metálica Mineração Ltda. para implantação importância para a economia do Estado de
de um empreendimento mineiro denomina- Mato Grosso por se tratar de uma região com
do Monte Cristo, no Município de Rio Bran- forte vocação para a agropecuária. O Esta-
co, com o objetivo de lavrar 1.200.000t de do posiciona-se como o maior produtor de
minério, produzindo anualmente 20.700t de Calcário Agrícola do país, com capacidade
concentrado de zinco. instalada de 2.000 t/h, suficiente para suprir
Região do Jaurú situada ao longo do sua demanda interna.
médio vale do Rio Jaurú, no município de Existem atualmente mais de duas de-
Indiavaí, em uma faixa de 60km de largura zenas de unidades moageiras de pó-calcá-
por 150km de comprimento na direção NW- rio no estado, responsáveis pelo suprimen-
SE, encerra várias ocorrências de sulfetos de to do mercado interno de corretivo de solo.
cobre, sendo o mais importante o da fazen- Cerca de 15 destas unidades estão instala-
da Grão de Ouro, no norte do município de das na região da Província Serrana, onde se
Indiavaí. Além do cobre, também ocorrem concentram as maiores reservas deste bem
pequenos depósitos de níquel e cobalto, o mineral, sendo 07 concentradas na região de
que demonstra o potencial da área. Nobres/Rosário Oeste. As demais localizam-
Região do Rio Alegre está situada a se na Baixada Cuiabana/Distrito de Guia (01);
W-NW de Pontes e Lacerda, tem potencial, município de Alto Garças (01); município de
principalmente para níquel, sendo que as Tangará da Serra (01); município de Cocali-
ocorrências mais conhecidas estão localiza- nho (01); município de Poxoréu (01) e muni-
das no Morro Solteiro. cípio de Nova Xavantina (01). .
Distrito de Comodoro , nas localida- As reservas medidas e indicadas so-
des conhecidas como Morro do Leme e Sem mam mais de 10 bilhões de toneladas, o
Boné, no município homônimo, no período que mostra um potencial inestimável des-
de 1997-2001, a empresa Anglo-American se bem mineral para a região.
identificou um depósito de níquel laterítico Além das unidades moageiras de
com reservas de minério da ordem de calcário que ainda produzem como subpro-
47.000.000 de toneladas, com teor de 1,76% duto brita e cal, encontra-se em atividade 01
de Ni. Essa mesma empresas investiu na re- fábrica de cimento no município de Nobres
gião de Aripuanã em trabalhos de pesquisa, e uma outra em fase de implantação no mu-
que definiram como um dos maiores depó- nicípio de Rosário Oeste.
187
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

A produção de calcário dos últimos de cimento.


anos mostra um crescimento constante e Esta produção de calcário vem au-
gradativo tanto para suprir o setor agrícola mentando gradativamente em função do
como o setor cimenteiro, como pode ser vi- crescimento da área plantada no estado,
sualizado na Tabela 7 verificando-se uma chegando a patamares superiores a 5 mi-
produção cinco vezes maior do calcário agrí- lhões de toneladas/ano, atingindo valores da
cola em relação ao utilizado na fabricação ordem de US$ 23 milhões, o que sem dúvi-

Gráfico 06

188
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

da contribui muito com o PIB interno do es- A areia, cascalho, argila e brita são as
tado. (Tabela 8) matérias primas utilizadas diretamente na in-
Agregados de Uso na Construção Civil dústria de construção civil na produção de
tijolos, telhas, concreto, argamassas.

Gráfico 07

Estes bens minerais apresentam baixo por exemplo, é abastecida de areia e casca-
valor agregado e por conseguinte têm no pre- lho retirados do leito do rio Cuiabá.
ço do transporte o principal vetor de custo para A produção geralmente é feita por
o seu aproveitamento econômico, com influ- pequenas empresas que utilizam técnicas
ência direta da localização dos depósitos mi- simples de extração e não se preocupam em
nerais em relação aos centros consumidores investir na preservação ambiental, quadro
para atingir a sua economicidade. este que está mudando, devido a preocupa-
ção crescente da sociedade com o desen-
Areia e Cascalho volvimento sustentável, ou seja implantação
desta atividade industrial com um mínimo de
A areia e o cascalho são matérias pri- impacto ambiental.
mas de fácil extração, mas as novas leis am- Somente na região de Cuiabá en-
bientais vêm dificultando esta atividade que contram-se 41 dragas responsáveis pela pro-
até então está sendo apontada como fator dução de quase um milhão de metros cúbi-
de degradação ambiental. A produção de cos, mais da metade da produção do Esta-
areia e cascalho ocorre nas imediações da do de Mato Grosso.
maioria das sedes dos municípios, com mai- O quadro que segue (Tabela 9) mostra
or expressão nas grandes cidades. Cuiabá, a evolução da produção de areia e cascalho
189nos últimos anos no estado do Mato Grosso.
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Várzea Grande e Rondonópolis, existem doze


Argila empresas que em conjunto produzem cer-
ca de 100 mil metros cúbicos de argilas, ex-
A produção de argila no Estado do traídas da planície de inundação dos rios
Mato Grosso ocorre em várias regiões mas Cuiabá e Vermelho e, secundariamente dos
as principais indústrias de cerâmica estão sedimentos da Formação Ponta Grossa (Ta-
concentradas nos municípios de Cuiabá, bela 10 e Gráfico 9).
Várzea Grande, Rondonópolis, Cáceres, Bar- A produção vem se mantendo está-
ra do Garças e Tangará da Serra.. vel ao longo dos últimos anos e tende a cres-
Somente nos municípios de Cuiabá, cer acompanhando o crescimento da indús-

tria da construção civil. palmente devido a utilização de explosivos a


Na maioria dos casos, o uso da argila pequenas distâncias dos centros urbanos.
está restrito à produção de tijolos maciços e A produção de pedras britadas está
furados, telhas coloniais e lajotas.. em um patamar de equilíbrio com o nível de
desenvolvimento da construção civil no Es-
Britas tado de Mato Grosso. Atualmente a produ-
ção desse bem mineral é efetudada por 08
A produção de brita também segue a empresas.
tendência de localização próximo aos cen- A Tabela 11 mostra o comportamen-
tros consumidores, e sofre também grande to da produção e comércio desse bem mi-
pressão dos organismos ambientais princi- neral que segue a tendência da evolução dos
190
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

investimentos na construção civil, setor de Água Mineral e Termal


grande importância no emprego da mão-de-
obra não qualificada na região. Águas Minerais e Termais do Estado
Apesar de apresentar um pico na pro- de Mato Grosso, ocorrem nos municípios de
dução no ano de 1997 com um grande cres- Cuiabá, Santo Antonio do Leverger, Jaciara,
cimento que certamente reflete a retomada Juscimeira, Rondonópolis e Barra do Garças,
de obras no Estado de Mato Grosso, o com- onde se concentra mais de 50% da popula-
portamento da produção de brita vem se ção do Estado.
mantendo estável ao longo dos últimos anos O primeiro trabalho de pesquisa com
como pode ser verificado no quadro e no o objetivo de definir uma fonte de água po-
Gráfico do setor. tável para fins de envasamento e consumo
O ano de 2001 mostra uma tendên- humano teve início em 1974, no município
cia de retomada de investimentos na cons- de Chapada dos Guimarães, pela empresa
trução civil, tendência esta que não se con- Mineração Lebrinha. Apenas 6 empresas pro-
cretizou nos anos seguintes. duzem águas envasadas para consumo hu-
mano na região, as quais foram responsá-
191
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Gráfico 10

veis no ano de 2003 pela oferta da ordem de O crescimento com picos nos anos de 1997/
53 milhões de litros, conforme pode ser vi- 98 conFigura o maior poder aquisitivo da po-
sualizado na Tabela 12. pulação devido aos reflexos do plano Real,
As fontes de águas minerais atualmen- aumentando o hábito de consumo de água
te exploradas são provenientes dos municípi- mineral, o que aconteceu em todo o país.
os de Chapada dos Guimarães, Jaciara, Cam- A queda na produção em 2003 pode
po Verde, Dom Aquino e Tangará da Serra. estar refletindo alguma mudança de compor-
O quadro a seguir (Tabela 13) mos- tamento interno das empresas não tendo ne-
tra a produção de água mineral no Estado cessariamente motivação técnica. (Gráfico 11).
nos últimos anos. O grande potencial de águas termais
Registra-se uma crescente produção para fins turísticos constitui um importante
acompanhando o crescimento da população segmento na economia do estado.
do Estado, atingindo um pico no ano de 2002. Além das Águas Quentes do Balneá-
192
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

rio de São Vicente, que se encontra em ope- madamente 50.000 Km2, envolvendo os mu-
ração comercial, uma grande faixa de dire- nicípios de Cuiabá, Chapada dos Guimarães,
ção E-W contendo dezenas de surgências Campo Verde, Jaciara, Dom Aquino, Jusci-
de águas termais constitui, nas regiões cen- meira, São Pedro da Cipa, Rondonópolis,
tro-sul e leste do Estado, sua principal pro- Pedra Preta, São José do Povo, Poxoréo,
víncia termal. Abrange uma área de aproxi- General Carneiro e Barra do Garças.

Gráfico 11

193
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

nhecida, possui uma pedreira na localidade


Rochas Ornamentais de serra da Providência, no município de
Rondolândia, da qual são extraídos 2 tipos
As primeiras notícias de produção de de granitos comercializados em chapas po-
artefatos rochosos para revestimentos no lidas ou brutas.
Estado de Mato Grosso, datam do início do Área de Alta Floresta - Composta
século passado no município de Barão de pelas variedades já conhecidas do Verme-
Melgaço, com produção de paralelepípedos lho Mato Grosso no município de Terra Nova
no Morro do Chacororé. Essas rochas foram do Norte e Salmão Mato-grossense, no mu-
empregadas no calçamento das ruas de nicípio de Juara. Recentemente foi identifi-
Cuiabá e cidades vizinhas. cado um tipo de granito cinza denominado
A partir da década de 50, esta ativida- (Francês ou Pallas) que ocorre no municí-
de estendeu-se às cidades de Santo Anto- pio de Paranaíta.
nio do Leverger e Diamantino e mais recen- Área de Confresa - Ocorre uma vari-
temente aos municípios de Cáceres, Campo edade denominada comercialmente de Gra-
Verde, Alta Floresta, Pontes e Lacerda e Pei- nito Preto. Trata-se de uma rocha do tipo
xoto de Azevedo. gabro, de cor escura e homogênea.
Entretanto sua a industrialização para Estudos recentes constatam que exis-
fins ornamentais só começou a ocorrer a tem outras variedades, que podem aumen-
partir de meados da década de 1990 quan- tar o potencial dessa região.
do foram obtidos os primeiros blocos graní- As publicações do Anuário Mineral
ticos com a produção de chapas brutas ou Brasileiro não dispõem de dados sobre a
acabadas. produção de Rochas Ornamentais no Es-
A variedade de tipos de rochas orna- tado. No entanto, no relatório “Catálogo de
mentais disponíveis no estado constitui um Rochas Ornamentais do Estado de Mato
grande potencial para industrialização. Grosso” o DNPM cita dados de produção
Com a confecção do Catalogo de dos tipos Vermelho Pantanal, Marron Pan-
Pedras Ornamentais de Mato Grosso (Rajab tanal, Salmão Mato-grossense e Vermelho
et al., 1999), foram constatados a existência Mato Grosso em pequenas quantidade (
de vários tipos de rochas ornamentais cujos menos que 500 m³).
nomes comerciais estão consagrados como Relatórios da 12° Distrito do DNPM
“Trevo do Mato” localizado na Fazenda Por- registraram produções de 296 m³ de rochas
to Belo em Vila Bela da Santíssima Trindade, ornamentais provenientes da Fazenda Cu-
“Ipiranga” e “Di Paulo” em São José dos rió – Município de Aripuanã e 1.212 m³ no
Quatro Marcos; “Águas Claras” em Indiaraí; Sítio Queima-pé em Tangará da Serra res-
“Jauru” em Figueirópolis; “Vermelho Uruatu” pectivamente nos anos de 2001 e 2002.
em Mirassol d´Oeste e “Vila Cardoso” em
Porto Esperidião. 5.5.3 - GEMAS
As principais áreas com potencial são:
Cuiabá, Cáceres, Aripuanã, Alta Floresta e Diamante
Confresa, onde ocorrem rochas graníticas,
quartzitos e metarenitos. O diamante também faz parte da his-
Área de Cuiabá - Contempla pelos tória do Estado do Mato Grosso. As primei-
granitos da serra de São Vicente, quartzitos ras descobertas datam de 1747 no rio Para-
do Morro do Chacororé, e arenitos silicifica- guai quando deu origem à fundação do po-
dos de Campo Verde. voado de Diamantino. Devido à proibição de
Área de Pontes de Lacerda – Cons- sua exploração pela Coroa Portuguesa na
tituída por rochas graníticas abrangendo os época, a atividade de extração não teve
munícipios de Porto Espiridião, Rio Branco, seguimento.
Jaurú, Pontes e Lacerda e Vila Bela da San- Somente a partir do século XX foi ini-
tíssima trindade. O potencial desta área me- ciada a produção de diamantes na região
rece atenção especial, pela sua localização, seguida à implantação de importantes povo-
próxima a um porto fluvial, com boa infra- ados, hoje cidades como Dom Aquino
estrutura disponível. (1920), Poxoréu (1924), Torixoréu (1931),
Área de Aripuanã - Ainda pouco co- Barra do Garças (1932), Nortelândia (1937),
194
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Araguainha (1943) e Paranatinga (1964). A últimos 20 anos a extração de diamantes ge-


partir de então, a exploração de diamantes rou uma renda superior a US$ 800 milhões.
tornou-se uma atividade tradicional em Mato São extraídos dos leitos dos rios Poxoréu e
Grosso nos Distritos Diamantíferos de Para- seus afluentes: Poxoreuzinho, Coité, córrego
natinga, Rio das Mortes, Alto Paraguai e Juí- Areia, São João, Rico, Bororó e Jácomo.
na, através de empresas de mineração. As estimativas da produção de dia-
mante no Estado segundo a METAMAT, le-
Distrito de Juína vando-se em conta o envolvimento de dra-
gas, garimpeiros e outros, é da ordem de 380
Este distrito foi descoberto em 1976 mil quilates por ano, cujo valor em dólares
após 10 anos de pesquisas geológicas. São foge ao controle devido à diversificada quali-
depósitos aluvionares e 80% dos diamantes dade dos produtos.
são do tipo industrial. O preço local do quila- As reservas medida e indicada de di-
te é da ordem de US$ 30,00 e estima-se uma amante bloqueadas no estado, somam mais
produção de 30.000 ct cujo valor comercial de 22 milhões de metros cúbicos com teo-
FOB atinge US$ 900.000/mês. Corpos kim- res entre 0,113 e 0,04 ct/m3.
berlíticos miralizados foram descobertos e Para fins deste relatório, considera-se
estão sendo pesquisados neste Distrito com a produção oficial, publicada pelo DNPM
pesrpectivas econômicas muito favoráveis. após análise dos registros fornecidos pelas
empresas que atuam legalmente no setor,
Distrito de Paranatinga conforme pode ser visto no quadro a seguir
(Tabela 14) que mostra a produção de dia-
As primeiras descobertas de diaman- mantes no Estado de Mato Grosso nos últi-
te aconteceram am 1960 dando origem à ci- mos 08 (oito) anos, verificando-se valores que
dade do mesmo nome em 1963. Foram iden- atingem o patamar de 2.000 quilates até o
tificados 11 regiões garimpeiras pela SOPE- ano de 1999 e um salto nos anos seguintes.
MI que estimou a produção mensal em Estes dados mostram um crescimen-
4.000ct/mês de diamantes de tamanho en- to fantástico da produção nos últimos três
tre 5 a 8 pontos, de cor amarela, bronze e anos da série histórica interpretado como
branca. São produtos depositados em aluvi- antecipação dos garimpeiros e pequenos
ões quaternários, possivelmente originados mineradores, à lei Kimberley, em vigor des-
de kimberlitos. Diversos corpos kimberlíticos de outubro/2003, que condiciona a comer-
mineralizados foram descobertos neste Dis- cialização/exportação do diamante, somen-
trito pelas empresas SOPEMI e RTZ te quando oriundos de lavra sob responsa-
bilidade de empresas legalmente constituídas
Distrito de Alto Paraguai e credenciadas junto ao DNPM. Em 2004,
dados acumulados até Julho( FIEMT/SE-
O início das atividades mineradoras CEX), mostram uma queda da ordem de 60%
datam de 1728 e foram retomadas a partir de no volume exportado; refletindo um maior
1930 na forma de garimpagem, o que per- rigor na fiscalização das regiões produtoras,
durou até 1970 quando passou a ter sua la- geralmente ligadas aos garimpos.
vra também mecanizada. Os diamantes são
grandes podendo ser encontrados cristais de 5.6 - EMPRESAS ATUANTES NO
10 a 30 quilates. No ano 2000 foi responsá- SETOR MINERAL
vel por cerca de 93% da produção oficial do
Estado do Mato Grosso. Atualmente os tra- O direcionamento de investimentos
balhos de lavra estão em franca decadência. de empresas privadas no setor mineral de
A atuação de empresas de mineração é ine- uma região depende fundamentalmente do
xistente a atividade garimpeira sobrevive atra- conhecimento geológico básico disponível,
vés de meia dúzia de dragas. sob responsabilidade do Setor Público. Esta
assertiva é universal e demonstra claramen-
Distrito do Poxoréo te que o investimento público nesse conhe-
cimento foi fundamental ao desenvolvimen-
Este distrito é o mais tradicional do to do contexto geológico e, conseqüente-
Estado de Mato Grosso. Estima-se que nos mente do potencial metalogenético dos paí-
195
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Gráfico 12

ses que priorizaram essa política, elevando a CPRM-Serviço Geológico do Brasil e de rela-
produção mineral à ordem de 20% do PIB. tórios da SICME do Estado de Mato Grosso.
No Brasil, particularmente nos Estados de
Minas Gerais, Bahia e Pará, onde esses es- No setor de exploração do Ouro :
forços se tornaram significativos, foram de- Mineração Santa Elina Ltda.
tectados ambientes com importante poten- Morrinho Mineração Ltda.
cial metalogenético, atraindo grandes empre- Minérios Salomão Ltda
sas nacionais e multinacionais, que vêm apli- Mineração Jaguar Ltda
cando expressivos investimentos de risco na COOPEIXOTO
busca de detectar depósitos minerais eco- No setor de Calcário Dolomítico
nomicamente viáveis. Calcário Tangará Ind. e Co. Ltda
Mesmo diante do pouco conheci- Mineração Caieira N.S.da Guia
mento geológico ainda registrado em Mato Emal – Empresa de Mineração Ari-
Grosso, empresas e grupos privados estão puanã Ltda
presentes investindo na busca de oportuni- Copacel Ind. e Com. de Calcário e Ce-
dades minerais. reais Ltda.
A seguir são relacionadas as empre- Ecoplan Mineração Ltda.
sas nas suas devidas áreas de atuação por Império Minerações Ltda.
setor, segundo levantamento efetuado pela Supercal – Extração de Calcário Ltda.
196
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

Ind. De Calcário Cuiabá Ltda. gulamentada pela Lei 7.990 de 29/12/89,


Camil – Cáceres Mineração Ltda. quando definiu que o aproveitamento dos
Mineração Itaipu Ltda. recursos hídricos, para fins de geração de
Reical Ind. e Com. de Calcário Ltda. energia elétrica e dos recursos minerais, por
qualquer dos regimes previstos em Lei, en-
Na exploração de Calcário para Cimento sejará Compensação Financeira aos Estados,
Cimento Tocantins – Grupo Votorantin Distrito Federal e Municípios. A Lei 8.001 de
Itaituba Agro-industrial S/A - Grupo João 13/03/90, estabeleceu os percentuais da dis-
Santos tribuição desta Compensação Financeira.
Na exploração de Diamantes :
Mineração Morro Vermelho Ltda. No caso dos Recursos Minerais, a
Diagem do Brasil Mineração Ltda. Compensação Financeira é regida ainda
Chapada Brasil Mineração Ltda pela seguinte legislação:
I. Decreto nº 1/91 - Regulamenta o paga
Na extração de Britas: mento da CFEM
Britagua Ltda. II. Lei Estadual 8.153 de 09.07.2004 que re
Estácio e Silva Ltda. gulamenta o pagamento da CFEM no Es
EMAL Ltda. tado de Mato Grosso.
Cristal Pedras Mineração
Glória d’Oeste Ltda. Em 2003, a arrecadação da
Império Minerações Ltda. CFEM em Mato Grosso foi da ordem de R$
Brito e Pereira Ltda. 1,256 milhões, com tendência de crescimento
Pedreira Tangará Ltda. gradativo conforme mostra o quadro (Tabe-
Mineração Caieira N. Sra. Da Guia la 15) a seguir, de acordo com dados forne-
cidos pelo 12° Distrito do DNPM.
No setor de Água Mineral : Os principais municípios que contri-
Água Lebrinha Ltda. buem com a receita da CFEM são Tangará
Água Mineral Cristalina Ltda. da Serra , Nobres, Rosário Oeste e Cocali-
Água Mineral Buriti Ltda. nho que juntos são responsáveis por 83%
Água Mineral Brunado Ltda. do total desta arrecadação. Justamente nes-
Água Mineral Puríssima Ltda. tes municípios estão concentradas as gran-
Água Mineral Vitani Ltda. des mineradoras que atuam no Estado.
Na realidade, pela própria divisão le-
Na Pesquisa de Polimetálicos (obre- gal da CFEM, todos municípios minerado-
chumbo-zinco-prata e níquel): res são beneficiados com 65% da Cota parte
Grupo Anglo – American do valor arrecadado..
Pró-Metálica Mineração Ltda. No Gráfico 13 é possível visualizar a
evolução da arrecadação da Compensação
5.7 - PARTICIPAÇÃO DA MINERA- Financeira pela Exploração Mineral – CFEM
ÇÃO NA ARECADAÇÃO a partir dos últimos quatro anos, com cresci-
mento bastante significativo.
Com a extinção do Imposto Único Entre o ano de 2000 e 2003 houve
Sobre Minerais (IUM) que incidia sobre os crescimento a taxas elevadas em função de
produtos de origem mineral, a Constituição um melhor aparelhamento na fiscalização.
Federal promulgada em 1988, assegurou, em O crescimento da CFEM verificado
seu art. 20, parágrafo 1º, que aos Estados, entre 2000 e 2003 foi da ordem de 172% e a
Distrito Federal e Municípios, bem como ór- arrecadação superou a casa de R$ 1,0 mi-
gãos da administração direta da União, cabe lhão já a partir de 2002, alcançando mais de
uma participação no resultado da explora- R$ 1,2 milhões no ano de 2003.
ção mineral nos respectivos territórios a títu- A Tabela 16 mostra os principais mu-
lo de compensação financeira por essa ex- nicípios arrecadadores da CFEM do Estado:
ploração, que é a chamada CFEM - COM- Além da CFEM , o Estado recebe tam-
PENSAÇÃO FINANCEIRA PELA EXPLORA- bém tributos significativos provenientes do
ÇÃO MINERAL. setor mineral através do ICMS – Imposto so-
Esta Compensação Financeira foi re- bre Circulação de Mercadorias. Deve-se
197
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

considerar que o ouro é tratado como ativo


financeiro e não como commodity e, no caso de facilitar as empresas exportadoras e im-
do diamante, certamente há dificuldades na portadoras nos despachos aduaneiros.
fiscalização/notificação devido, entre outros O governo de Mato Grosso concede incenti-
fatores, problemas de avaliação. vos para exportação e importação via Porto
Seco, dispensando a apresentação do Re-
Nos anos de 2002 e 2003, foram re- gime Especial para exportação de que trata
colhidos do ICMS, R$ 23.380.000,00 e R$ a Portaria Sefaz 75/2000 e, através do Decre-
25.260.000,00, respectivamente, sendo 90% to Estadual 1.432/2003, que regulamentou a
provenientes de pedras britadas. O restante Lei 7.958/2003, reduz o valor do ICMS devi-
foi oriundo de outras substâncias como cal- do às importações quando o desembaraço
cário, areia e cascalho e pedras naturais. da mercadoria ocorrer no Porto Seco de
Essa arrecadação não reflete a realidade da Cuiabá.
produção mineral do Estado. Estes recintos alfândegos permitem
ainda a possibilidade de estocar mercadori-
5.8 - POLÍTICA DE INCENTIVOS as importantes sob controle aduaneiro, ge-
rando o pagamento de impostos à medida
O Estado de Mato Grosso está locali- que essas mercadorias forem nacionalizadas,
zado na área abrangida pela Amazônia Le- conforme interesse do importador.
gal, criada pela Lei 1.806 de 06/01/1953, em Especificamente, o setor mineral dis-
função da Lei complementar n° 31 de 11/ põe de um mecanismo da maior importân-
10/1977. cia para o seu desenvolvimento no Mato Gros-
. Desta forma, qualquer projeto ou so que é a Lei Nº 7.606 de 27.12.2001. Esta
instalação industrial no Estado do Mato Gros- lei institui o Programa de Desenvolvimento
so goza dos incentivos previstos para a Ama- da Mineração - PROMINERAÇÃO e está re-
zônia Legal. gulamentada pelo Decreto Nº 4.136 de
No estado existe também uma Esta- 04.04.2002.
ção Aduaneira do Interior - EADI - reconhe- O Estado conta ainda com o fundo
cida como Porto Seco, localizada em Cuia- institucional administrado por um Conselho
bá e em operação há mais de uma ano, sub- e vinculado ao Banco do Brasil, o FCO –
metida ao regime de condessão ou de per- Fundo Centro–Oeste que financia a instala-
missão conforme Lei Federal 9.074/95. Com- ção de projetos industriais em condições
preende recintos alfândegos de uso públi- competitivas, no que tange aos juros e ao
co, instalados com o objetivo de aliviar os período de carência, o que pode ser um in-
portos constantes congestionamentos, além centivo importante na implantação de empre-
endimentos mineiros na região.
198
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

199
200
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

6.
CONCLUSÕES
E RECOMENDAÇÕES

Esta edição da Geologia e Recursos cartografadas, sendo apresentadas um total


Minerais de Mato Grosso contém os primei- de 152 unidades.
ros mapas Geológico e de Recursos Mine- Com este produto, o Estado passa a
rais do Estado, na escala 1:1.000.000. contar com um instrumento de fomento e
Este levantamento apresenta o pesquisa mineral capaz de mostrar a
estágio atual do conhecimento geológico da potencialidade geológica da região,
região, em formato analógico e digital, necessária para atrair investimento de
estruturado em ambiente GIS e suportado empresas interessadas na prospecção e
por base de dados geológicos que permitirá pesquisa mineral, bem como estabelecer e
uma atualização periódica com os avanços priorizar áreas ainda carentes de
nos conhecimentos geológicos. levantamentos geológicos básicos, em escala
Com este trabalho, efetuou-se um de maior detalhe.
levantamento dos principais trabalhos Efetuou-se também um diagnóstico
geológicos disponíveis em diversas escalas, do setor mineral da região, em que é
bem como os levantamentos geofísicos e efetuada uma análise da situação atual,
geoquímicos, teses de mestrado e destacando-se a importância do setor na
doutorado realizados na região. economia do Estado e as perspectivas em
Ás 204 ocorrências, anteriormente função dos projetos de prospecção em
cadastradas no Estado, foram acrescentadas andamento. Este estudo permitirá ao Estado
224, totalizando 428, agrupadas em disponibilizar informações do setor mineral,
províncias, distritos e áreas. que irão propiciar uma melhor visualização
Desenvolveu-se também uma síntese dos dados econômicos, que contribuirão
das informações geológicas com a descrição sobremaneira na definição de ações de
dos principais controles dos depósitos planejamento e racionalização de novas
minerais. políticas com objetivo de garantir o
Os Mapas Geotectônico e de desenvolvimento do setor mineral.
Recursos Minerais apresentam os ambientes Constatou-se que a infra-estrutura do
geológicos e revelam a potencialidade Estado possui uma rede viária em boas
metalogenética associada a cada ambiente condições que atende inclusive toda a
geotectônico. Amazônia Ocidental, propiciando o
O mapa geológico mostra avanços escoamento dos bens produzidos no Estado
consideráveis em relação à cartografia e na região para todo o país, além da Bolívia,
existente, com a individualização de novas Argentina, Chile , Peru, Paraguai e Uruguai.
unidades geológicas e reavaliação das já Possui boa oferta de energia elétrica e um
201
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

bom potencial hídrico. Estes recursos em Mesmo diante da constatação de que


conjunto certamente facilitarão a promoção o nível de conhecimento do seu subsolo
de novos investimentos mínero-industriais no atualmente situar-se aquém do desejável, é
Estado. inegável que os investimentos realizados até
Em termos de incentivos, o Estado do então, ainda que pontuais, tiveram retorno
Mato Grosso apresenta-se em melhores com a descoberta de ambientes geológicos
condições de competitividade em relação promissores e, conseqüentemente, com o
aos outros estados do Centro-Oeste, por interesse das empresas na continuidade das
situar-se na Amazônia Legal, participando pesquisas, que inclusive já bloquearam
portanto dos programas de incentivos reservas consideráveis de jazimentos
previstos em lei. polimetálicos (Ni, Zn, Cu, Pb, Ag e Au), além
Conta também com uma Estação de diamante. O reflexo direto de tal situação
Aduaneira do Interior – EADI – reconhecida é o grande crescimento nos requerimentos
como Porto Seco, localizada em Cuiabá e de pesquisas verificado nos dois últimos
em operação há mais de um ano, submetida anos junto ao DNPM, muito acima da média
ao regime de concessão ou de permissão nacional, demonstrando que o Estado
conforme Lei Federal 9.074/95. Compreende encontra-se numa fase principalmente de
recintos alfândegados de uso público, pesquisa e que em breve teremos retorno
instalados com o objetivo de aliviar os portos com a descoberta de novos depósitos
dos constantes congestionamentos, além de minerais.
facilitar as empresas exportadoras e Não há dúvidas quanto à importância
importadoras nos despachos aduaneiros, e do setor mineral para a economia do Estado,
com recursos de financiamento do Fundo podendo se apresentar como um dos
do Centro-Oeste – FCO, dispondo também principais pilares do desenvolvimento
de um mecanismo forte de financiamento à regional. A atração de investimentos para o
produção mineral que é o programa estadual aproveitamento dos jazimentos conhecidos
denominado PROMINERAÇÂO. , bem como a descoberta de novas
O subsolo de Mato Grosso hospeda oportunidades, tendo em vista o potencial
importantes distritos minerais principalmente mineral existente, conduzirá ao crescimento
de ouro, diamante, rochas carbonáticas, econômico com a geração de empregos e
jazimentos polimetálicos (Zn, Cu, Pb, Ag e conseqüentemente mudança do perfil
Au), Rochas Ornamentais e Minerais econômico e social da região.
Industriais. Ações integradas devem ser iniciadas
Minerais de aproveitamento direto, sem imediatamente no sentido de reverter a
transformação química, ocorrem em situação atual de queda do Produto Mineral
abundância, mormente nas regiões centro- Interno que no ano de 1995 era de 1,14%
sul e sudeste do Estado , a exemplo das do Produto Mineral Brasileiro, e hoje está em
águas mineral e termal, além de minerais níveis muito inferiores, na casa dos 0,3%. É
agregados para utilização na construção civil. importante que o Estado possa manter o seu
Paradoxalmente, apesar desse grande Produto Mineral Interno em níveis de pelo
potencial mineral, o Estado ainda não menos 3% do PMB, pois isto significa um
traduz em números satisfatórios a equilíbrio no nível da oferta de bens minerais
importância da sua economia mineral no compatível com o crescimento do parque
cenário nacional, expondo índices inferiores industrial regional e nacional.
à média nacional quando comparado ao As principais recomendações deste
PMB - Produto Mineral Brasileiro. Isto ainda relatório são apresentadas a seguir:
ocorre porque essa potencialidade Desenvolvimento de programas de
geológica carece de informações mais mapeamento geológico básico em
detalhadas, uma vez que o território mato- escalas mais detalhadas(1:250.000 e
grossense dispõe de escassa cobertura 1:100.000), compatíveis com o nível de
geológica básica nas escalas de 1:250.000 e conhecimento exigidos para a
1:100.000.. definição de novos alvos e geração de

202
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

novas jazidas o que irá definir novas minerais na própria região, através de
oportunidades de investimentos; uma política agressiva de incentivos e
Implantação de programas específicos atração de investimentos, oferecendo
na busca e definição de ambientes inclusive melhoria na infra-estrutura,
geológicos promissores para a principalmente na distribuição da rede
descoberta de depósitos de minerais de energia elétrica para aproveitamento
para utilização na agricultura como dos minérios polimetálicos, minerais
fosfato, potássio e caracterização dos industriais e dos pólos de turismo,
calcários, visando diminuir a estes, com o aproveitamento do
dependência interna do estado em potencial de água termal e de cenários
insumos agrícolas que hoje responde naturais paisagísticos.
por 80% das importações; Essas ações conjuntas irão contribuir
Elaboração de um inventário sobre o para o desenvolvimento do Estado,
meio-físico objetivando um diagnóstico consolidando o setor mineral como um dos
completo do potencial hídrico, mais importantes para a economia regional.
ambiental e mineral do Estado com As informações científicas atualizadas
objetivo de definir novas oportunidades concorrerão para criar novas alternativas de
de negócios e consolidar novas investimentos, com menores riscos e maior
parcerias e implantar novos confiança para os investidores, o que dará
empreendimentos aproveitando o suporte à instalação de novos
grande potencial de recursos naturais empreendimentos.
existente em Mato Grosso;
Estabelecer diretrizes para a
verticalização industrial dos produtos

203
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Geologia e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso

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ANEXOS
RECURSOS MINERAIS DO ESTADO DE MATO GROSSO

NÚMERO CÓDIGO COORDENADAS


SEQUÊNCIAL GEOBANK TOPONIMIA MUNICÍPIO SUBSTÂNCIA LATITUDE LONGITUDE STATUS MORFOLOGIA ECONOMICO
1 25967 SERRA DA PROVIDÊNCIA RONDOLÂNDIA Estânho 10º13'34" 61º34'13" (Não determinado) Irregular
2 48348 RONDÔNIA COM. E EXTR. DE MIN. LTDA RONDOLÂNDIA Granito 10º41'19" 61º27'32" Mina Irregular R. M. 1.424.070 t
3 25577 SÃO FRANCISCO COLNIZA Estânho 09º15'17" 61º22'54" Mina Placer R. M. 13.176.494 m3
4 25960 FAG II COLNIZA Estânho 09º16'06" 61º18'32" Garimpo Placer
5 25555 IGARAPÉ DEZ DIAS COLNIZA Ouro 09º29'23" 61º14'43" Garimpo Placer
6 25690 RIO CABIXI COMODORO Ouro 13º19'05" 60º21'48" Garimpo Placer
7 25455 MORRO SEM BONÉ COMODORO Niquel 13º45'30" 60º20'30" Não explotado Lateriota R. M. 36.900.000 t
8 25642 RIO COLORADO COMODORO Ouro 13º51'10" 60º19'59" Garimpo Placer
9 25456 MORRO DO LEME COMODORO Niquel 13º59'45" 60º10'20" Não explotado Lateriota R. M. 14.300.000 t
10 25383 SERRA AGUAPEI VILA BELA DA SANTISSIMA TRINDADE Ouro 15º06'00" 59º59'32" Garimpo Filonaeane
11 25824 RIO ALEGRE VILA BELA DA SANTISSIMA TRINDADE Ouro 15º06'00" 59º58'00" (Não determinado) Placer
12 25450 JUINA JUINA Diamante 11º21'20" 59º52'27" Garimpo Placer
13 25382 MINA SÃO VICENTE; JAZIDA DE SÃO FRANCISCO VILA BELA DA SANTISSIMA TRINDADE Ouro 14º33'18" 59º47'01" Mina Filoneana
14 25806 JUINA JUINA Diamante 11º18'33" 59º45'51" Garimpo Placer
15 25408 NOVA LACERDA NOVA LACERDA Brita 14º09'59" 59º39'00" Mina Irregular
16 25409 FAZENDA SÃO SEBASTIÃO-VILA BELA VILA BELA DA SANTISSIMA TRINDADE Brita 16º11'08" 59º37'26" Mina Irregular
17 25410 SERRA DO EXPEDITO ARIPUANA Chumbo 10º04'41" 59º29'55" Não explotado Irregular R. M. 22.300.000 t
18 25443 GARIMPO DO BOM SUCESSO COLNIZA Ouro 09º38'10" 59º27'16" Garimpo Placer
19 25852 AGUAPEI PONTES E LACERDA Ouro 15º23'22" 59º22'00" Garimpo Filoneana
20 25809 RIO GUAPORE PONTES E LACERDA Ouro 15º13'05" 59º20'40" Não explotado Placer
21 25825 CÓRREGO SEGUNDO PONTES E LACERDA Cobre 15º37'13" 59º19'34" Não explotado Irregular
22 25826 AFLUENTE DO CÓRREGO DA ONÇA PONTES E LACERDA Ouro 15º18'41" 59º19'09" (Não determinado) Filoneana
23 25853 GARIMPO DO ALEGRE PONTES E LACERDA Ouro 15º28'14" 59º19'09" Garimpo Placer
24 25386 PONTES E LACERDA PONTES E LACERDA Ouro 15º00'00" 59º17'00" Garimpo Filoneana
25 25849 GARIMPO DA LAVRINHA; PONTES E LACERDA PONTES E LACERDA Ouro 15º21'44" 59º16'52" Garimpo Filoneana
26 25847 SERRA AZUL PONTES E LACERDA Ouro 15º22'58" 59º16'21" Garimpo Filoneana
27 25387 MATO GROSSO PONTES E LACERDA Ouro 15º20'23" 59º16'07" Garimpo Placer
28 25834 REGIÃO DO CÓRREGO DA LAVRINHA PONTES E LACERDA Ouro 15º16'00" 59º16'00" (Não determinado) Filoneana
29 25841 MATO GROSSO PONTES E LACERDA Ouro 15º22'43" 59º16'00" Garimpo Filoneana
30 25843 AGUAPEI PONTES E LACERDA Ouro 15º19'33" 59º16'00" Garimpo Filoneana
31 25851 SERRA AGUAPEI PONTES E LACERDA Ouro 15º21'00" 59º15'58" Garimpo Filoneana
32 25850 SERRA AGUAPEI PONTES E LACERDA Ouro 15º20'25" 59º15'50" Garimpo Filoneana
33 25854 GROTA PONTES E LACERDA Ouro 15º28'46" 59º15'24" Garimpo Placer
34 25846 SERRA AZUL PONTES E LACERDA Ouro 15º20'13" 59º15' 20" Garimpo Placer
35 25842 AGUAPEI PONTES E LACERDA Ouro 15º21'12" 59º15'13" Garimpo Filoneana
36 25823 FAZENDA LAVRINHA; PONTES E LACERDA PONTES E LACERDA Ouro 15º18'00" 59º15'00" Garimpo Filoneana
37 25827 RIO ALEGRE; FAZENDA CERRO AZUL PONTES E LACERDA Cobre 15º35'19" 59º14'42" Não explotado Irregular
38 25848 PONTES E LACERDA PONTES E LACERDA Ouro 15º21'18" 59º14'21" Garimpo Filoneana
39 25845 MATO GROSSO PONTES E LACERDA Ouro 15º22'30" 59º12'54" Garimpo Filoneana
40 25397 ALTO GUAPORE PONTES E LACERDA Cobre 15º41'10" 59º12'37" Não explotado Irregular
41 25844 AGUAPEI PONTES E LACERDA Ouro 15º23'05" 59º12'30" Garimpo Filoneana
42 25828 SERRA DO AGUAPEÍ PONTES E LACERDA Cobre 15º35'46" 59º12'29" Não explotado Irregular
43 25421 GARIMPO ARIPUANÃ ARIPUANA Ouro 10º08'00" 59º12'00" Garimpo Filoneana
44 25829 FAZENDA MINOURO PORTO ESPERIDIAO Cobre 15º46'29" 59º11'40" Não explotado Irregular
45 25831 RIO DO CÁGADO PONTES E LACERDA Ouro 15º28'38" 59º10'41" Não explotado Irregular
46 25830 FAZENDA MINOURO GLORIA D'OESTE Cobre 15º44'59" 59º10'16" Não explotado Irregular
47 25420 MORIRU COLNIZA Ouro 08º53'00" 59º10'00" Garimpo Filoneana
48 25384 ALTO GUAPORE PORTO ESPERIDIAO Ouro 15º40'05" 59º09'09" Garimpo Filoneana
49 48483 FAZENDA CHICÓRIA-PIPER ACURI LL JUINA Diamante 11º21'12" 59º08'06" Garimpo Piper
50 25388 MATO GROSSO PONTES E LACERDA Ouro 15º25'48" 59º08'03" Garimpo Filoneana
51 48484 FAZENDA CHICÓRIA-PIPER ACURI L JUINA Diamante 11º21'16" 59º07'39" Garimpo Piper
52 25771 JUINA JUINA Diamante 11º24'53" 59º07'16" Garimpo Placer
53 48485 FAZENDA CHICÓRIA-PIPER JUINA Diamante 11º21'01" 59º07'13" Garimpo Piper
54 25805 JUINA JUINA Diamante 11º21'45" 59º06'53" Garimpo Placer
55 48531 SÃO LUIZ-03-JUINA JUINA Diamante 11º31'08" 59º05'48" (Não determinado) Piper
56 48477 DIAGEM DO BRASIL S/A-JUINA JUINA Diamante 11º21'00" 59º05'45" (Não determinado) Piper
57 25770 JUINA JUINA Diamante 11º26'41" 59º05'42" Garimpo Placer
58 48481 DIAGEM DO BRASIL S/A-JUINA JUINA Diamante 11º21'20" 59º05'21" Mina Piper R. M. 13.928.700 t
59 25832 RIO AGUAPEI PORTO ESPERIDIAO Niquel 15º49'05" 59º05'07" (Não determinado) Irregular
60 25407 GLEBA ADRIANÓPOLIS; PONTES E LACERDA JAURU Brita 15º27'00" 59º05'00" Mina Irregular
61 25451 JUINA JUINA Diamante 11º21'17" 59º02'05" Garimpo Placer
62 25369 55 KM A NOROESTE DE PORTO ESPIRIDIÃO PORTO ESPERIDIAO Granito 15º47'04" 59º01'17" Não explotado Irregular
63 25398 PONTES E LACERDA PONTES E LACERDA Cobre 15º05'02" 58º59'58" Não explotado Placer
64 25769 JUINA JUINA Diamante 11º29'21" 58º59'30" Garimpo Placer
65 25411 FILADELPHIA/ARIPUANA JUINA Manganês 11º04'28" 58º58'43" Não explotado Irregular
66 48300 SL MINERAÇÃO LTDA-JUINA JUINA Diamante 11º29'23" 58º58'20" Mina Placer
67 48301 PEDREIRA PALLUS-ALTA FLORESTA ALTA FLORESTA Granito 09º49'16" 58º58' 20" Mina Irregular R. M. 570.641 m3
68 48524 SÃO LUIZ-01-JUÍNA JUINA Diamante 11º31'30" 58º53'18" (Não determinado) Placer
69 25375 7 KM A NOROESTE DE FIGUEIRÓPOLIS FIGUEIROPOLIS D'OESTE Granito 15º26'53" 58º48'02" Não explotado Irregular
70 25385 JAURU JAURU Ouro 15º12'00'' 58º44'00" Garimpo Filoneana
71 25399 MATO GROSSO INDIAVAI Cobre 15º14'19" 58º42'46" Não explotado Irregular
72 48354 ARIPUANÃ-MT170 CASTANHEIRA Ferro 10º56'30" 58º41'11" Não explotado Estratiforme
73 25400 MATO GROSSO FIGUEIROPOLIS D'OESTE Cobre 15º36'49" 58º39'10" Não explotado Irregular
74 25401 MATO GROSSO INDIAVAI Cobre 15º20'43'' 58º35'33" Não explotado Irregular
75 25402 JAURU INDIAVAI Cobre 15º26'52'' 58º35'17" Não explotado Irregular
76 25403 JAURU FIGUEIROPOLIS D'OESTE Cobre 15º41'19" 58º35'08" Não explotado Irregular
77 25374 FAZENDA JATAÍ; 4 KM DE ÁGUAS CLARAS INDIAVAI Granito 15º29'51" 58º33'58" Não explotado Irregular
78 25833 RIO JAURU GLORIA D'OESTE Cobre 15º41'51" 58º33'11" Não explotado Irregular
79 25804 GARIMPO JURUENA NOVA BANDEIRANTES Ouro 09º09'43" 58º32'43" Garimpo Placer
80 25810 5 KM A NORTE DO POVOADO DE NORTELÂNDIA ARAPUTANGA Cobre 15º15'16" 58º29'14" Não explotado Irregular
81 25392 ARAPUTANGA ARAPUTANGA Cobre 15º15'35" 58º26'28" Não explotado Irregular
82 25811 13 KM A NOROESTE DE ARAPUTANGA ARAPUTANGA Cobre 15º25'13" 58º26'28" Não explotado Irregular
83 25372 20 KM A SUDOESTE DE SÃO JOSÉ DOS QUATRO MARCOS SAO JOSE DOS QUATRO MARCOS Granito 15º37'50" 58º26'21" Não explotado Irregular
84 25393 ARAPUTANGA ARAPUTANGA Cobre 15º27'24" 58º26'10" Não explotado Irregular
85 25416 CLAREIRA; NOVO ASTRO NOVA BANDEIRANTES Ouro 09º11'21" 58º24'44" Garimpo Placer
86 25835 7 KM A SUDOESTE DE ARAPUTANGA SAO JOSE DOS QUATRO MARCOS Cobre 15º32'51" 58º24'35" Não explotado Irregular
87 25370 FAZENDA IPIRANGA; 20 KM A SUDOESTE DE SÃO JOSÉ SAO JOSE DOS QUATRO MARCOS Granito 15º39'20" 58º24'27" Mina Irregular
88 25813 2;5 KM A NOROESTE DE ARAPUTANGA ARAPUTANGA Cobre 15º28'13" 58º24'27" Não explotado Irregular
89 25812 5 KM A NOROESTE DE ARAPUTANGA ARAPUTANGA Cobre 15º27'32" 58º22'38" Não explotado Irregular
90 25837 6 KM A NORTE DO POVOADO DE TABULETA GLORIA D'OESTE Cobre 15º45'40" 58º20'22" Não explotado Irregular
91 25836 8;5 KM A SUL DE ARAPUTANGA SAO JOSE DOS QUATRO MARCOS Cobre 15º33'32" 58º20'06" Não explotado Irregular
92 25377 ARAPUTANGA ARAPUTANGA Pirita 15º29'43" 58º19'58" Não explotado Irregular
93 25380 ARAPUTANGA GLORIA D'OESTE Pirita 15º48'24" 58º19'58" Não explotado Irregular
94 25814 4;5 KM A SUL DE ARAPUTANGA ARAPUTANGA Cobre 15º30'57" 58º19'49" Não explotado Irregular
95 25379 ARAPUTANGA GLORIA D'OESTE Pirita 15º47'02" 58º19'24" Não explotado Irregular
96 25776 GARIMPO NOVO ASTRO NOVA BANDEIRANTES Ouro 09º12'25" 58º19'05" Garimpo Placer
97 25404 MATO GROSSO GLORIA D'OESTE Cobre 15º46'16" 58º17'53" Não explotado Irregular
98 25839 4 KM A NORDESTE DO POVOADO DE TABULETA GLORIA D'OESTE Cobre 15º48'49" 58º17'53" Não explotado Irregular
99 25838 POVOADO DE TABULETA GLORIA D'OESTE Cobre 15º47'35" 58º17'11" Não explotado Irregular
100 25857 GARIMPO MATO GROSSO RIO BRANCO Ouro 15º17'30" 58º14'00" Garimpo Filoneana
101 25405 MATO GROSSO SAO JOSE DOS QUATRO MARCOS Cobre 15º24'08" 58º3 '2" Não explotado Irregular
102 25389 GREENSTONE JAURU RIO BRANCO Ouro 15º19'00" 58º13'00" Garimpo Filoneana
103 25381 CABAÇAL ARAPUTANGA Ouro 15º20'06" 58º12'29" Mina Filoneana R. M. 1.200.000 t
104 25394 MARGEM ESQUERDA DO RIO BRANCO RIO BRANCO Cobre 15º20'35" 58º12'20 Não explotado Irregular
105 25815 MARGEM DIREITA DO RIO BRANCO SALTO DO CEU Cobre 15º01'22" 58º12'03" Não explotado Irregular
106 25816 MARGEM DIREITA DO RIO BRANCO SALTO DO CEU Cobre 15º04'38" 58º11'30" Não explotado Irregular
107 25817 MARGEM DIREITA DO RIO BRANCO SALTO DO CEU Cobre 15º04'38" 58º10'32" Não explotado Irregular
108 25819 MARGEM DIREITA DO RIO BRANCO SALTO DO CEU Cobre 15º05'27" 58º10'15" Não explotado Irregular
109 25395 SALTO DO CÉU SALTO DO CEU Cobre 15º03'49" 58º09'50" Não explotado Irregular
110 25818 MARGEM DIREITA DO RIO BRANCO SALTO DO CEU Cobre 15º02'44" 58º09'50" Não explotado Irregular
111 25390 GREENSTONE JAURU SAO JOSE DOS QUATRO MARCOS Ouro 15º25'00" 58º09'32" Garimpo Filoneana
112 25820 LEITO DO RIO BRANCO (MT) SALTO DO CEU Cobre 15º01'55" 58º09'08" Não explotado Irregular
113 48139 RODOVIA BR 364- CÁCERES GLORIA D'OESTE Dolomito 15º50'26" 58º09'00" Não explotado Estratificada
114 25840 SALTO DO CÉU; RIO BRANCO SALTO DO CEU Cobre 15º03'16" 58º08'53" Não explotado Irregular
115 25858 GARIMPÃO RIO BRANCO Ouro 15º23'36" 58º08'27" Garimpo Placer
116 25822 MARGEM ESQUERDA DO RIO BRANCO SALTO DO CEU Cobre 15º05'11" 58º08'10" Não explotado Irregular
117 25821 MARGEM ESQUERDA DO RIO BRANCO SALTO DO CEU Cobre 15º03'16" 58º07'53" Não explotado Irregular
118 48097 SUDOESTE DO POVOADO DE SONHO AZUL MIRASSOL D'OESTE Calcário 15º47'35" 58º05'23" Não explotado Estratificada
119 25406 MATO GROSSO LAMBARI D'OESTE Cobre 15º21'16" 58º04'42" Não explotado Irregular
120 25373 FAZENDA URUTAU; 18 KM DE MIRASSOL D´OESTE MIRASSOL D'OESTE Granito 15º35'36" 58º04'38" Mina Irregular
121 10215 IMPERIO - FAZENDA SÃO JOAQUIM CACERES Calcário 15º49'58" 58º03'51" Mina Estratificada
122 25396 7;5 KM A LESTE DO RIO BRANCO RIO BRANCO Cobre 15º14'35" 58º02'29" Não explotado Irregular
123 48906 2FI 0001 MT CAMPO NOVO DO PARECIS Gás Natural 14º05'09" 57º59'39" Não explotado
124 48134 12 KM A SUL DE LAMBARI D:OESTE LAMBARI D'OESTE Calcário Calcítico 15º24'31" 57º57'30" Não explotado Estratificada
125 10213 TAPIRAPUÃ- FAZENDA TANGARÁ TANGARA DA SERRA Calcário Dolomítico 14º49'43" 57º51'34" Mina Estratificada R. M. 185.985.421 t
126 10214 CAMIL - FAZENDA PRIMAVERA CACERES Calcário Dolomítico 16º12'00" 57º34'44" Mina Estratificada
127 48098 15 KM A SUDOESTE DO POVOADO DE SANTANA CACERES Dolomito 15º59'10" 57º34'02" Não explotado Estratificada
128 41771 PEDREIRA PERAL; A 8 KM DA CIDADE DE JUARA JUARA Granito 11º14'59" 57º33'51" Mina Irregular
129 48344 FILÃO DO GENTIL APIACAS Ouro 09º22'21" 57º32'24" Garimpo Filoneana
130 11943 SÍTIO QUEIMA PÉ TANGARA DA SERRA Basalto 14º39'01" 57º31'33" Mina Irregular R. M. 4.148.611 m3
131 48099 11 KM A SUDOESTE DO POVOADO DE SANTANA CACERES Dolomito 15º59'51" 57º30'41" Não explotado Estratificada
132 39599 SÍTIO SANTO ANTONIO ESTRADA 5 KM-5 TANGARA DA SERRA Água Mineral 14º39'00" 57º28'00" Mina Irregular 8.500 l/h
133 48345 FILÃO DO RAIMUNDO-SÁTELITE APIACAS Ouro 09º24'40" 57º24'03" Garimpo Filoneana
134 25775 GARIMPO NOVO SATÉLITE APIACAS Ouro 09º20'32" 57º23'27" Garimpo Placer
135 25772 GARIMPO AFONSO APIACAS Ouro 09º18'54" 57º20'43" Garimpo Placer
136 25415 TIÃO FERA; BAIXAO ÁGUA AZUL APIACAS Ouro 09º25'02" 57º19'20" Garimpo Placer
137 48101 11 KM A NE DA FAZ. CACHOEIRINHA PORTO ESTRELA Dolomito 15º38'43" 57º18'13" Não explotado Estratificada
138 48135 6 KM A SUDESTE DA FAZ. CACHOEIRINHA-CÁCERES PORTO ESTRELA Dolomito 15º46'21" 57º17'38" Não explotado Estratificada
139 48349 FILÃO DO JORGE APIACAS Ouro 09º22'55" 57º13'45" Garimpo Placer
140 25749 NOVO PLANETA; BAIXÃO MARABÁ APIACAS Ouro 09º21'04" 57º13'38" Garimpo Placer
141 48350 LAGOA DO JABUTI-APIACÁS APIACAS Calcário Dolomítico 08º58'25" 57º10'00" Mina Estratificada
142 25773 GARIMPO NOVO PLANETA APIACAS Ouro 09º26'28" 57º09'48'' Garimpo Placer
143 48102 CÓRREGO TRÊS RIBEIRÕES-CÁCERES PORTO ESTRELA Dolomito 15º30'41" 57º07'05' Não explotado Estratificada
144 25774 GARIMPO BRUNO APIACAS Ouro 09º20'00" 57º05'27" Garimpo Placer
145 48103 15 A NORDESTE DA FAZENDA SANGRADOURO NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Dolomito 15º49'29" 57º02'17" Não explotado Estratificada
146 48104 20 KM LESTE DE PORTO ESTRÊLA-BARRA DOS BUGRES PORTO ESTRELA Dolomito 15º18'41" 57º02'05" Não explotado Estratificada
147 48295 MINERAÇÃO BOMFIM-APIACÁS PARANAITA Ouro 09º13'37" 57º02'03" Garimpo Placer
148 48143 RIO JAUQUARA-OESTE DA SERRA DAS ARARAS PORTO ESTRELA Dolomito 15º15'28" 56º58'44" Não explotado Estratificada
149 48209 ÁGUA BONINI-N.SRA DO LIVRAMENTO NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Água Mineral 15º38'44" 56º55'44" Mina Irregular
150 48105 FAZENDA ITAIPU-ALTO PARAGUAI BARRA DO BUGRES Dolomito 15º14'15" 56º54'18" Não explotado Estratificada R. M. 4.576.000 t
151 41774 FAZENDA JACARANDÁ; 122 KM A W DE ALTA FLORESTA ALTA FLORESTA Granito 09º31'51" 56º53'35" Não explotado Irregular
152 10207 ARROSSENSAL NORTELANDIA Diamante 14º19'00" 56º49'00" Mina Placer
153 48106 FAZENDA MONTE ALEGRE-SERRA DAS ARARAS ROSARIO OESTE Dolomito 15º27'25" 56º48'42" Não explotado Estratificada
154 48179 RIO SANTANA =ALTO PARAGUAI NORTELANDIA Diamante 14º27'00" 56º46'60" Garimpo Placer
155 48060 PERIMETRO URBANO DA CIDADE DE POCONÉ POCONE Ouro 16º16'02" 56º46'01" Garimpo Filoneana
156 48188 PERIMETRO URBANO DE POCONÉ POCONE Ouro 16º16'00" 56º46'00" Garimpo Filoneana
157 48141 POCONÉ POCONE Dolomito 15º59'35" 56º45'45" Não explotado Estratificada
158 48107 FAZENDA ENGENHO-SERRA DO TOMBADOR ROSARIO OESTE Dolomito 15º03'43" 56º44'42" Não explotado Estratificada
159 48062 PERIMETRO URBANO DA CIDADE DE POCONÉ POCONE Ouro 16º1' 0"1 56º43'01" Garimpo Filoneana
160 48148 RIO PARAGUAI-CORR. QUEIMADA- ALTO PARAGUAI ALTO PARAGUAI Diamante 14º38'27" 56º42'05" Garimpo Placer
161 10210 BAUXI - MOENDA ROSARIO OESTE Calcário Calcítico 15º08'23" 56º41'25" Mina Estratificada R. M. 240.867.906 t
162 48202 FAZENDA SÃO PAULO POCONE Ouro 16º04'08" 56º41'03" Garimpo Filoneana
163 48140 NOSSA SRA DO LIVRAMENTO POCONE Dolomito 15º48'27" 56º39'51' Não explotado Estratificada
164 48133 FAZENDA VARGEM BONITA-POCONÉ POCONE Ouro 16º04'12" 56º39'33" Garimpo Filoneana
165 48061 PERIMETRO URBANO DA CIDADE DE POCONÉ POCONE Ouro 16º14'32" 56º39'29" Garimpo Filoneana
166 48200 GARIMPO DO SILVIO-POCONÉ POCONE Ouro 16º18'09" 56º39'08" Garimpo Filoneana
167 48294 GARIMPO AGROPECUÁRIA MOGNO ALTA FLORESTA Ouro 09º56'30" 56º38'48" Garimpo Placer
168 48201 GARIMPO DO MAURICIO-POCONÉ POCONE Ouro 16º13'31" 56º38'47" Garimpo Filoneana
169 48185 PERIMETRO URBANO DA CIDADE DE POCONÉ POCONE Ouro 16º17'16" 56º38'41" Garimpo Filoneana
170 48093 SUDOESTE DA FAZENDA SÃO JOSE -ROSÁRIO OESTE ROSARIO OESTE Dolomito 14º59'44" 56º38'40" Não explotado Estratificada
171 48057 PERIMETRO URBANO DA CIDADE DE POCONÉ POCONE Ouro 16º17'39" 56º38'37" Garimpo Placer
172 48299 FILÃO DO RATO-FAZENDA MOGNO ALTA FLORESTA Ouro 09º58'20" 56º38'23" Garimpo Placer
173 25439 GARIMPO RIO TELES PIRES PARANAITA Ouro 09º23'59" 56º38'10" Garimpo Filoneana
174 48132 3 KM NW DA CIDADE DE POCONÉ POCONE Ouro 16º14'38" 56º37'55" Garimpo Filoneana
175 48186 PERIMETRO URBANO DE POCONÉ POCONE Ouro 16º16'49" 56º37'49" Garimpo Filoneana
176 48037 PERIMETRO URBANO DE POCONÉ POCONE Ouro 16º16'11" 56º37'48" Garimpo Filoneana
177 48137 SERRA DO TIRA SENTIDO-ALTO PARAGUAI ALTO PARAGUAI Dolomito 14º42'23" 56º37 21" Não explotado Estratificada
178 48018 CIDADE DE POCONE POCONE Ouro 16º15'04" 56º37'14" Garimpo Filoneana
179 48197 GARIMPO DO URBANO-POCONÉ POCONE Ouro 16º15'22" 56º37'14" Garimpo Filoneana
180 48178 FAZENDA BARREIRINHO E ARARAS-MORROS RANCHINHO E ARARAS ROSARIO OESTE Dolomito 15º07'03" 56º3711" Não explotado Estratificada
181 48184 PERIMETRO URBANO DA CIDADE DE POCONÉ POCONE Ouro 16º16'57" 56º37'04" Garimpo Filoneana
182 10201 LAJINHA POCONE Ouro 16º14'58" 56º36'59" Mina Filoneana
183 48058 PERIMETRO URBANO DA CIDADE DE POCONÉ POCONE Ouro 16º16'47" 56º36'48" Garimpo Filoneana
184 48063 PERIMETRO URBANO DA CIDADE DE POCONÉ POCONE Ouro 16º15'31" 56º36'48" Garimpo Filoneana
185 48126 SERRA VIRA SAIA -NW FAZ. ÁGUA BRANCA ALTO PARAGUAI Dolomito 14º49'01" 56º36'40" Não explotado Estratificada
186 48064 PERIMETRO URBANO DA CIDADE DE POCONÉ POCONE Ouro 16º11'38" 56º36'37" Garimpo Filoneana
187 48199 GARIMPO DO BATISTA-POCONÉ POCONE Ouro 16º17'29" 56º36'16" Garimpo Filoneana
188 25787 GARIMPO PARANAÍTA-JAÚ PARANAITA Ouro 09º32'25" 56º36'00" Garimpo Placer
189 48144 RIBEIRÃO TAMANDUÁ-ALTO PARAGUAI ALTO PARAGUAI Diamante 14º39'04" 56º35'28" Garimpo Placer
190 48065 FAZENDA OURINHOS-DISTRITO DE CANGAS POCONE Ouro 16º06'39" 56º35'08" Garimpo Filoneana
191 48094 RIO PARAGUAI-SW DE ALTO PARAGUAI ALTO PARAGUAI Diamante 14º32'05" 56º35'04" Garimpo Placer
192 48158 FAZENDA TAMBOR-N SRA. DO LIVRAMENTO NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Ouro 15º32'00" 56º34'58" Garimpo Filoneana
193 48128 FAZENDA CINCO IRMÃOS POCONE Ouro 15º46'37" 56º34'47" Garimpo Filoneana
194 25791 PIUM PARANAITA Ouro 09º27'50" 56º34'27" Garimpo Placer
195 48095 FAZENDAS LAURINHAS -ROSARIO OESTE ALTO PARAGUAI Diamante 14º49'50" 56º34'14" Garimpo Placer
196 48198 GARIMPO DO DEVAIR-POCONÉ POCONE Ouro 16º05'17" 56º34'10" Garimpo Filoneana
197 25788 FILÃO DO ZÉ DA PORTA ABERTA PARANAITA Ouro 09º30'40" 56º34'05" Garimpo Filoneana
198 25414 CRENTES PARANAITA Ouro 09º22'50" 56º33'19" Garimpo Filoneana
199 25437 IGARAPÉ DO JAÚ PARANAITA Ouro 09º29'52" 56º33'14" Garimpo Placer
200 48096 FAZENDA ÁGUA BRANCA ROSÁRIO OESTE ROSARIO OESTE Dolomito 14º50'02" 56º31'15" Não explotado Estratificada
201 48077 DISTRITO DE CANGAS POCONE Ouro 16º07'55" 56º29'28" Garimpo Filoneana
202 48147 RIO PARAGUAI-ALTO PARAGUAI ALTO PARAGUAI Diamante 14º28'44" 56º29'22" Garimpo Placer
203 25784 BAIXÃO DO ZÉ VERMELHO PARANAITA Ouro 09º29'35" 56º29'00" Garimpo Placer
204 25778 FILÃO DO WALDEMAR-PARANAÍTA PARANAITA Ouro 09º31'11" 56º28'38" Garimpo Filoneana
205 10208 FAZENDA GUARANA DIAMANTINO Diamante 14º21'03" 56º28'19" Garimpo Placer
206 48142 CARANDAZINHO-ROSÁRIO OESTE ALTO PARAGUAI Dolomito 14º29'27" 56º28'15" Não explotado Estratificada
207 25783 BAIXÃO PÉ DE BALA PARANAITA Ouro 09º29'54" 56º27'43" Garimpo Placer
208 25432 FILÃO PARANAITA Ouro 09º31'06" 56º27'35" Garimpo Filoneana
209 10200 FAZENDA SALINAS POCONE Ouro 16º10'05" 56º27'34" Mina Filoneana R. M. 456.040 t
210 48323 FILÃO DO ALDUIR-PARANAITA PARANAITA Ouro 09º31'40" 56º27'14" Garimpo Filoneana
211 25756 GIL; FABINHO ALTA FLORESTA Ouro 10º23'47" 56º26'33" Garimpo Filoneana
212 48149 RIO PARI-ALTO PARAGUAI ALTO PARAGUAI Diamante 14º39'24" 56º26'26" Garimpo Placer
213 25440 GARIMPO RIO TELES PIRES PARANAITA Ouro 09º27'57" 56º25'37" Garimpo Placer
214 48078 FAZENDA SALINAS NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Ouro 16º11'28" 56º25'37" Garimpo Filoneana
215 48123 AGUA BRANCA-ROSÁRIO OESTE ROSARIO OESTE Diamante 14º54'00" 56º25'07" Garimpo Placer
216 25433 FILÃO DA DONA DIVA PARANAITA Ouro 09º31'00" 56º24'51" Garimpo Filoneana
217 48079 FAZENDA SALINAS I NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Ouro 16º09'33" 56º24'48" Garimpo Filoneana
218 25781 BAIXÃO DA DRAGA PARANAITA Ouro 09º31'00" 56º24'19" Garimpo Placer
219 48089 URUBU- RIO PARÍ NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Ouro 15º41'01" 56º24'01" Garimpo Filoneana
220 48080 FAZENDA SALINAS LL NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Ouro 16º08'25" 56º23'46" Garimpo Filoneana
221 25782 BAIXÃO PORTO DA AREIA PARANAITA Ouro 09º31'16" 56º23'45" Garimpo Placer
222 25780 BAIXÃO DA FOFOCA PARANAITA Ouro 09º30'10" 56º23'37" Garimpo Placer
223 48118 RIO CUIABÁ - SUL DE ROSÁRIO OESTE ROSARIO OESTE Diamante 14º55'56" 56º23'28" Garimpo Placer
224 48180 RIO SANTANA- N SRA DO LIVRAMENTO NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Ouro 15º47'55" 56º23'17" Garimpo Placer
225 12072 FAZENDA ROSALINA NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Ouro 15º49'14" 56º23'10" Mina Filoneana
226 48125 SERRADO TOMBADOR-ROSÁRIO OESTE NOBRES Calcário 14º43'03" 56º22'06" Não explotado Estratificada
227 25434 BAIXÃO VELHO PARANAITA Ouro 09º31'32" 56º21'43" Garimpo Placer
228 25779 BAIXÃO DA AMIZADE PARANAITA Ouro 09º30'27" 56º21'37" Garimpo Placer
229 48129 CÓRREGO CHICO LOPES NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Ouro 15º41'44" 56º21'28" Garimpo Filoneana
230 48150 BENTO PIRES- N. SRA. DO LIVRAMENTO NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Ouro 15º41'44" 56º21'20" Garimpo Placer
231 48119 NOBRES-ROSÁRIO OESTE NOBRES Dolomito 14º44'41" 56º21'19" (Não determinado) Estratificada R. M. 102.574.600 t
232 48206 GARIMPO DO VALDINEI NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Ouro 15º41'11" 56º20'57" Garimpo Filoneana
233 48163 FAZENDA BOM JARDIM-VÁRZEA GRANDE NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Ouro 15º38'49" 56º19'47" Garimpo Placer
234 48228 ECOPLAN MINERAÇÃO LTDA NOBRES Calcário Dolomítico 14º44'16" 56º19'11" Mina Estratificada R. M. 219.349.493
235 48207 GARIMPO DO TANQUE FUNDO NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Ouro 15º58'51" 56º18'59" Garimpo Filoneana
236 48152 COCAES-N-SRA DO LIVRAMENTO NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Ouro 15º43'26" 56º18'56" Garimpo Placer
237 48127 FAZENDA QUILOMBO NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Ouro 15º57'08" 56º18'53" Garimpo Placer
238 48159 FAZENDA TEIXEIRA-VÁRZEA GRANDE NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Ouro 15º37'36" 56º18'14" Garimpo Placer
239 48151 CARIJO-N. SRA. DO LIVRAMENTO NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Ouro 15º39'17" 56º18'00" Garimpo Placer
240 39779 ROSARIO OESTE-NOBRES-MORRO GRANDE ROSARIO OESTE Calcário Calcítico 14º40'29" 56º17'60" Mina Estratificada R. M. 40.135.330 t
241 48203 GARIMPO DO QUILOMBO NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Ouro 15º57'25" 56º17'35" Garimpo Filoneana
242 48124 SERRA DO TOMBADOR- ROSÁRIO OESTE NOBRES Calcário 14º38'02" 56º17'05" Não explotado Estratificada
243 48205 GARIMPO DO LUIZ CAVALCANTE NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Ouro 15º37'24" 56º16'35" Garimpo Filoneana
244 48120 RIO CUIABÁ-ROSÁRIO OESTE NOBRES Diamante 14º43'57" 56º16'02" Garimpo Placer
245 39778 TOMBADOR-SALOBRA I;SOBA E PITAS NOBRES Calcário Calcítico 14º37'00"' 56º15'00" Mina Estratificada R. M. 73.017.979
246 48204 GARIMPO DO NETINHO NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Ouro 15º53'04" 56º14'56" Garimpo Filoneana
247 48108 CÓRREGO TARUNÃ- VARZEA GRANDE NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Ouro 15º36'43" 56º14'31" Garimpo Placer
248 48117 LOCALIDADE DE LAURINHA-DISTRITO DA GUIA CUIABA Diamante 15º18'52" 56º11'22" Garimpo Placer
249 10217 NOSSA SENHORA DA GUIA - RODOVIA MT- 010 CUIABA Calcário Dolomítico 15º20'34" 56º10'54" Mina Estratificada R. M. 2.119.315 t
250 48138 SERRA DA BOA VISTA E DAS NOBRES Dolomito 14º31'57" 56º10'50" Não explotado Estratificada
251 48189 AFLUENTE DO RIO PARI -VÁRZEA GRANDE CUIABA Argila 15º30'01" 56º10'35" Mina Placer
252 48130 PRAIA DA BACUA NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Ouro 15º53'29" 56º10'10" Garimpo Filoneana
253 48122 FAZENDA POMBO- ROSÁRIO OESTE ROSARIO OESTE Ouro 14º54'02" 56º10'04" Garimpo Placer
254 41773 11 KM A OESTE DE ALTA FLORESTA; SENTIDO PARANAÍTA ALTA FLORESTA Granito 09º31'52" 56º09'43" Não explotado iIrregular
255 48347 11 KM A W DE ALTA FLORESTA ALTA FLORESTA Granito 09º52'43" 56º09'43" Não explotado iIrregular
256 48190 ESTRADA PARA GUARITA-VÁRZEA GRANDE VARZEA GRANDE Argila 15º38'12" 56º09'28" Mina Placer
257 48160 FAZENDA BANDEIRANTE-CUIABÁ CUIABA Calcário Dolomítico 15º30'04" 56º09'11" Não explotado Estratificada
258 48194 CÓRREGO CANOA QUEBRADA CUIABA Argila 15º31'49" 56º08'46" Mina Placer
259 48192 CÓRREGO TRAÍRA VARZEA GRANDE Argila 15º40'55" 56º07'60'' Mina Placer
260 48121 CÓRREGO ARRUDA- FAZENDA PARIBO NOBRES Ouro 14º53'46" 56º07'42" Garimpo Placer
261 48084 VILA COXIPÓ AÇU CUIABÁ CUIABA Diamante 15º16'25" 56º07'34" Garimpo Placer
262 48195 BAIA DO SUJÃO-RIO CUIABÁ VARZEA GRANDE Argila 15º42'01" 56º07'13" Mina Placer
263 48191 PAI ANDRÉ-CUIABÁ CUIABA Argila 15º44'55" 56º06'40" Mina Placer
264 48196 FAZENDA SÃO JOÃO- RIO CUIABÁ CUIABA Argila 15º41'28" 56º05'45" Mina Placer
265 48085 BIFURCAÇÃO MT 010 MT 251 CUIABÁ CUIABA Ouro 15º32'59" 56º05'15" Garimpo Placer
266 48193 NORTE DO PORTO SANTANA VARZEA GRANDE Argila 15º40'14'' 56º04'42" Mina Filoneana
267 48090 FORQUILHA-CONCEIÇÃO-CUIABÁ CUIABA Ouro 15º38'00" 56º04'00" Garimpo Placer
268 25438 FILÃO DA SERRINHA ALTA FLORESTA Ouro 09º49'03" 56º03'48" Garimpo Filoneana
269 25419 SERRINHA DE MATUPA ALTA FLORESTA Ouro 09º48'08" 56 03 35 Garimpo Filoneana
270 10202 FAZENDA SÃO PAULO CUIABA Ouro 15º32'27" 56º02'39" Mina Filoneana R. M. 240.007.443 t
271 48086 CÓRREGO JIMILO COHAB NOVA -CUIABÁ CUIABA Ouro 15º33'11' 56º02'29" Garimpo Filoneana
272 48092 COXIPÓ DO OURO-CUIABÁ CUIABA Ouro 15º27'05" 56º02'04" Garimpo Placer
273 48153 FAZENDA CACHOEIRINHA-N. SRA. DO LIVRAMENTO NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO Ouro 15º47'04" 56º01'24" Garimpo Filoneana
274 48131 RIO BANDEIRA CUIABA Ouro 15º24'01" 56º01'17" Garimpo Filoneana
275 48087 RIO COXIPÓ-CUIABÁ CUIABA Ouro 15º24'17" 55º58'21" Garimpo Filoneana
276 25785 GARIMPO MOCHEDO ALTA FLORESTA Ouro 09º37'49" 55º57'16" Garimpo Placer
277 48017 RIO MANSO CHAPADA DOS GUIMARAES Ouro 14º51'48" 55º50'25" Garimpo Placer
278 48146 RIO MANSO-CHAPADA DOS GUIMARÃES CHAPADA DOS GUIMARAES Diamante 14º51'48" 55º50'25" Garimpo Placer
279 25428 GROTA SERRA AZUL NOVA CANAA DO NORTE Ouro 10º33'00" 55º46'00" Garimpo Placer
280 39273 ROD. EMANUEL PINHEIRO; KM 62 - BICAS DAS MOÇAS CHAPADA DOS GUIMARAES Água Mineral 15º27'29" 55º45'04" Mina Irregular 25.200 l/h
281 48253 ÁGUA FRIA-CHAPADA DOS GUIMARÃES CHAPADA DOS GUIMARAES Diamante 15º09'58" 55º44'35" Garimpo Polacer
282 48335 FILÃO DA GALOPEIRA NOVA CANAA DO NORTE Ouro 10º37'52" 55º44'29" Garimpo Filoneana
283 48161 FAZENDA BOM JARDIM ROSARIO OESTE Dolomito 14º34'15" 55º44'26" Não explotado Estratificada
284 48252 ÁGUA FRIA CHAPADA DOS GUIMARAES Diamante 15º14'11" 55º39'07" Garimpo Placer
285 34036 RIBEIRÃO CACHOEIRINHA CHAPADA DOS GUIMARAES Diamante 15º17'21" 55º38'55' Não explotado Placer
286 48088 FAZENDA ABOLIÇÃO-SANTO ANTONIO DO LEVERGER SANTO ANTONIO DO LEVERGER Ouro 15º47'14" 55º38'46" Garimpo Filoneana
287 48262 GARIMPO DOS CURVOS-ÁGUA FRIA-RIO QUILOMBO CASTANHEIRA Diamante 15º17'06" 55º38'04" Garimpo Placer
288 25431 ILHA PRAINHA NOVO MUNDO Ouro 09º53'06" 09º53'06" Garimpo Placer
289 46893 RIBEIRÃO CACHOEIRINHA - ACORÁ CHAPADA DOS GUIMARAES Ouro 15º17'00" 55º37'00" Não explotado Placer
290 48320 FILÃO DO EDU-TAPAJÓS COLIDER Ouro 10º47'44" 55º36'24" Garimpo Filoneana
291 25417 TAPAJOS COLIDER Ouro 10º47'43" 55º36'18" Garimpo Placer
292 25777 ILHAS GRACILIA E ALTAIR NOVO MUNDO Ouro 09º54'27" 55º36'07" Garimpo Placer
293 25412 TRAIRÃO NOVO MUNDO Ouro 09º48'24" 55º34'45" Garimpo Placer
294 48261 CACHOEIRA RICA-CHAPADA DOS GUIMARÃES CHAPADA DOS GUIMARAES Diamante 15º15'36" 55º31'24" Garimpo Placer
295 48136 SERRA DE CUIABÁ-NOBRES NOBRES Dolomito 14º18'35" 55º31'02" Não explotado Estratificada
296 48208 FRANCISCO MOYA-STO. ANTONIO DO LEVERGER SANTO ANTONIO DO LEVERGER Água Mineral 15º58'57" 55º30'43" Mina Irregular
297 11952 SERRA DE SÃO VICENTE SANTO ANTONIO DO LEVERGER Granito 15º46'27" 55º29'14" Mina Irregular
298 11953 BOM JARDIM SANTO ANTONIO DO LEVERGER Água Mineral 15º40'00" 55º28'00" Mina Irregular 34.800 l/h
299 25422 COLIDER NOVO MUNDO Ouro 10º05'00'' 55º27'30" Garimpo Filoneana
300 25446 COLIDER COLIDER Ouro 10º50'00" 55º27'00" Não explotado Placer
301 25757 COLIDER COLIDER Ouro 10º49'00" 55º25'00" Garimpo Filoneana
302 48907 2SM 0001 MT SANTA RITA DO TRIVELATO Gás Natural 13º30'44" 55º24'38" Não explotado
303 25449 ESTRADA VELHA COLIDER Al 10º54'00" 55º21'30" Não explotado Irregular
304 25430 GARIMPO NOVO HORIZONTE NOVO MUNDO Ouro 09º43'24" 55º20'43" Garimpo Filoneana
305 48352 GARIMPO DO FININHO NOVO MUNDO Ouro 10º08'33" 55º13'50" Garimpo Filoneana
306 25423 CÓRREGO VOLTA REDONDA NOVO MUNDO Ouro 10º06'50" 55º13'30" Garimpo Placer
307 25758 CÓRREGO VOLTA REDONDA NOVO MUNDO Ouro 10º05'00" 55º12'00" (Não determinado) Placer
308 25750 EDU NOVA SANTA HELENA Ouro 10º49'37" 55º11'15" Garimpo Placer
309 25759 ALUVIÕES NOVO MUNDO Ouro 10º10'30" 55º11'00" Garimpo Placer
310 48353 GARIMPO DO JAMELÃO NOVO MUNDO Ouro 10º09'55'' 55º10'54" Garimpo Filoneana
311 11954 ROÇA ALEGRIA ALEGRIA CAMPO VERDE Água Mineral 15º31'00" 55º10'00" Mina Irregular 25.200 l/h
312 25760 COLIDER MATUPA Ouro 10º06'00" 55º09'00" Garimpo Filoneana
313 25445 BR163; MARGEM DIREITA DO RIO BRANCO TERRA NOVA DO NORTE Fluor 10º43'17" 55º08'37" Não explotado Irregular
314 39322 FAZ. SÃO PEDRO DO JATOBÁ - DISTRITO DE CELMA JACIARA Água Mineral 15º43'07" 55º08'21" Mina Irregular 40.000 l/h
315 25424 COLIDER MATUPA Ouro 10º05'00" 55º08'00" Garimpo Filoneana
316 25797 FILÃO DO ORLANDO MATUPA Ouro 10º06'24" 55º07'54" Garimpo Filoneana
317 48297 FILÃO DO OLERINDO-PEIXOTO DE AZEVÊDO MATUPA Ouro 10º06'24" 55º07'51" Garimpo Filoneana
318 25425 RIO BRANCO TERRA NOVA DO NORTE Ouro 10º45'00" 55º07'00" Garimpo Placer
319 25447 VEIO DO VALDOMIRO MATUPA Ouro 10º05'00" 55º07'00" Garimpo Filoneana
320 41770 A 11 KM DE TERRA NOVA; SENTIDO SANTA HELENA TERRA NOVA DO NORTE Granito 10º45'01" 55º06'58" Não explotado Irregular
321 25796 FILÃO DO GERALDO MATUPA Ouro 10º07'21" 55º06'16" Garimpo Filoneana
322 48341 FILÃO DO MINEIRO PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º13'30" 55º05'46" Garimpo Filoneana
323 25795 FILÃO DO NAIURAM MATUPA Ouro 10º08'05" 55º05'11" Garimpo Filoneana
324 25754 PARAIBA PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º13'15" 55º05'07" Garimpo Placer
325 25761 GARIMPO VEIO MATUPA Ouro 10º04'30" 55º05'00" Garimpo Filoneana
326 25751 PARAIBA PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º13'16" 55º04'59" Garimpo Filoneana
327 25442 FILÃO DO PARAIBA PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º13'14" 55º04'42" Garimpo Placer
328 25793 FILÃO DO CABU PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º13'23" 55º04'07" Garimpo Placer
329 25762 GARIMPO EM ALUVIÕES DO BAIXAO NOVO PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º15''00" 55º04'00" Garimpo Placer
330 48346 FILÃO DA LINHA MATO GROSSO MATUPA Ouro 10º06'07" 55º03'48" Garimpo Filoneana
331 48338 FILÃO DO QUEIROZ-ZEZINHO PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º08'09" 55º03'33" Garimpo Filoneana
332 25426 GARIMPO DOMINGOS NOVO MUNDO Ouro 10º01'00" 55º03'00" Garimpo Placer
333 25763 ALUVIÕES PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º14'00" 55º03'00" Garimpo Placer
334 25765 GARIMPO DO VEIO DO JOÃO-VILA GUARITA PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º12'00" 55º03'00" Garimpo Filoneana
335 25429 GARIMPO NOVO MUNDO NOVO MUNDO Ouro 09º48'38" 55º02'43" Garimpo Filoneana
336 25800 SERRINHA PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º13'00" 55º02'06" Garimpo Filoneana
337 25808 FILÃO DO EBÉDIO PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º14'41" 55º02'03" Garimpo Filoneana
338 25766 ALUVIÃO DO BAIXO VELHO PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º15'00" 55º02'00" Garimpo Placer
339 25752 TETO PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º13'15" 55º01'49" Garimpo Placer
340 25792 FILÃO DO ZÉ DECO PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º12'27" 55º01'37" Garimpo Placer
341 25802 GARIMPO BRAÇO NORTE GUARANTA DO NORTE Ouro 10º00'00" 55º01 '37" Garimpo Filoneana
342 25448 ALUVIOES DO BAIXO VELHO PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º12'00" 55º01'30" Garimpo Placer
343 25764 GARIMPO DO BAIXO VELHO PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º13'30'' 55º01'30" Garimpo Placer
344 25798 FILÃO DO SEBASTIÃO GUARANTA DO NORTE Ouro 10º01'45" 55º01'1"8 Garimpo Filoneana
345 48272 ECO DA CACHOEIRA-JACIARA JACIARA Água Mineral 15º58'36" 55º00'40" Mina Irregular
346 25767 ALUVIÃO DA GR0TA RICA PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º13'00" 55º00'00" Garimpo Placer
347 25768 GARIMPO NOS ALUVIÕES DA GROTA RICA PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º14'00" 55º00'00" Garimpo Placer
348 25803 GARIMPO PEIXOTO AZEVEDO PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º10'48" 55º00'00" Garimpo Placer
349 48293 FILÃO DA SEDE-PEIXOTO DE AZEVEDO PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º16'18" 54º57'39" Garimpo Filoneana
350 48324 FILÃO DO JUCA NOVA SANTA HELENA Ouro 10º41'51" 54º57'12" Garimpo Filoneana
351 48343 FILÃO DO PÉ FRIO NOVA SANTA HELENA Ouro 10º40'03" 54º56'54" Garimpo Filoneana
352 48351 GARIMPO DO ARAGÃO- GARANTÃ DO NORTE GUARANTA DO NORTE Ouro 10º11'19" 54º56'46" Garimpo Filoneana
353 48342 FILÃOQUEIROZ-PETECA NOVA SANTA HELENA Ouro 10º43'48" 54º55'48" Garimpo Filoneana
354 48339 FILÃO DO URÚ NOVA SANTA HELENA Ouro 10º43'15" 54º54'55" Garimpo Filoneana
355 39289 MT-453; KM 06 - FAZ. NOSSA SENHORA APARECIDA DOM AQUINO Água Mineral 15º35'50" 54º54'45" Mina Irregular 1.500.000 l/h
356 48286 SIZERNANDO SANTANA JUSCIMEIRA Água Termal 16º03'46" 54º53'25" Mina Irregular
357 48333 FILÃO DA SERRINHA PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º14'19" 54º53'02" Garimpo Filoneana
358 25413 SERRINHA PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º14'23" 54º52'59" Garimpo Filoneana
359 48278 MOACIR FILHO-JUSCIMEIRA JUSCIMEIRA Água Termal 16º03'08" 54º52'57" Mina Irregular
360 48210 MINASCAL-CALCÁRIO E DERIVADOS PLANALTO DA SERRA Dolomito 14º39'50" 54º52'52" Mina Placer
361 48279 ADEMAR SILVA JUSCIMEIRA Água Termal 16º03'15" 54º52'49" Mina Irregular
362 48267 BALNÉARIO THERMAS ALPHAVILLE JUSCIMEIRA Água Termal 16º02'03" 54º52'49" Mina Irregular
363 48280 WELLINGTON FAGUNDES JUSCIMEIRA Água Termal 16º03'51" 54º52'36" Mina Irregular
364 11951 JUSCIMEIRA JUSCIMEIRA Água Termal 16º03'48" 54º52'02" Mina Irregular
365 41710 ÁGUAS QUENTES - DISTRITO DE SANTA ELVIRA JUSCIMEIRA Água Termal 16º11'54" 54º51'47" Mina Irregular
366 48282 JOÃO NETO JUSCIMEIRA Água Termal 16º01'50" 54º51'41" Mina Irregular
367 48283 JOÃO MORAES JUSCIMEIRA Água Termal 16º14'17" 54º51'13" Mina Irregular
368 25801 GARIMPO AGROPECUÁRIA CACHIMBO MATUPA Ouro 10º13'30" 54º51'10" Garimpo Placer
369 48281 ELI JUSCIMEIRA Água Termal 16º02'10" 54º50'46" Mina Irregular
370 48284 IRENÓPOLIS JUSCIMEIRA Água Mineral 16º03'46" 54º49'22" Mina Irregular
371 48340 FILÃO DO PÉ QUENTE TERRA NOVA DO NORTE Ouro 10º22'46" 54º48'23" Garimpo Filoneana
372 25799 FILÃO DO MELADO MATUPA Ouro 10º12'07" 54º47'51" Garimpo Filoneana
373 25427 GROTA DO BAIANO PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º18'00" 54/47'00" Garimpo Placer
374 48326 FILÃO DO AUGUSTO PEIXOTO DE AZEVEDO Ouro 10º22'51" 54º41'39" Garimpo Filoneana
375 48325 GARIMPO DO PERU TERRA NOVA DO NORTE Ouro 10º30'22" 54º41'39" Garimpo Filoneana
376 48298 GARIMPO DA GROTA SERRA AZUL-VILA GUARITA TERRA NOVA DO NORTE Ouro 10º33'02" 54º40'04" Garimpo Placer
377 39393 BR-163; KM 555;6 - FAZENDA BURITI RONDONOPOLIS Arenito 16º44'23" 54º39'55" Mina Irregular R. M. 2.500.000 t
378 48285 ASSENTAMENTO INCRA JUSCIMEIRA Água Termal 16º01'50" 54º39'30" Mina Irregular
379 48275 NAPOLEÃO-RONDONOPOLIS RONDONOPOLIS Água Mineral 16º13'09" 54º36'23" Mina Irregular
380 48263 LINDERBERG S/A INDUSTRIA E COMÉRCIO-POXOREU POXOREO Calcário Calcítico 15º51'34" 54º27'16" Mina Estratificada
381 48274 PEDRA PRETA PEDRA PRETA Água Mineral 16º53'32" 54º26'21" Mina Irregular
382 48266 RIO POXORÉO-POXORÉO POXOREO Diamante 15º51'03" 54º23'24" Garimpo Placer
383 48264 RESERVA GARIMPEIRA DO ALTO COITÉ-POXORÉO POXOREO Diamante 15º47'21" 54º21'13" Garimpo Placer
384 48218 JATOBÁ 02-PARANATINGA PARANATINGA Diamante 13º39'35" 54º11'44'' (Não determinado) Placer
385 48488 JATOBÁ 05-PARANATINGA PARANATINGA Diamante 13º41'34" 54º11'32" (Não determinado) Piper
386 48518 IBITINGA-04-PARANATINGA PARANATINGA Diamante 13º34'07" 54º09'04" (Não determinado) Piper
387 48499 IBITINGA-01C-PARANATINGA PARANATINGA Diamante 13º32'55" 54º08'54" (Não determinado) Piper
388 48498 IBITINGA-01B-PARANATINGA PARANATINGA Diamante 13º32'27" 54º08'53" (Não determinado) Piper
389 48497 IBITINGA-01A-PARANATINGA PARANATINGA Diamante 13º33'19" 54º08'38" (Não determinado) Piper
390 48215 BATOVI-13-PARANATINGA PARANATINGA Diamante 14º11'13" 54º04'33" (Não determinado) Placer
391 48216 BATOVI-14-PARANATINGA PARANATINGA Diamante 14º11'38" 54º04'33" (Não determinado) Placer
392 48222 BARDET 01-PARANATINGA PARANATINGA Diamante 14º12'26" 54º04'27" (Não determinado) Placer
393 48225 BARDET 03-PARANATINGA PARANATINGA Diamante 14º12'34" 54º04'10'' (Não determinado) Placer
394 48486 BATOVI 20-PARANATINGA PARANATINGA Diamante 13º47'05" 54º04'04" (Não determinado) Piper
395 48224 BARDET 02-PARANATINGA PARANATINGA Diamante 14º12'34" 54º03'49" (Não determinado) Placer
396 48214 BATOVI 06-PARANATINGA PARANATINGA Diamante 14º13'47" 54º03'47" (Não determinado) Piper
397 48217 BATOVI-02-PARANATINGA PARANATINGA Diamante 13º38'50" 54º03'16" (Não determinado) Placer
398 48487 BATOVI 02-PARANATINGA PARANATINGA Diamante 13º38'50" 54º03'16" (Não determinado) Piper
399 48227 BATOVI 22-PARANATINGA PARANATINGA Diamante 13º37'37" 54º03'12" (Não determinado) Placer
400 48248 EMAL-EMPRESA DE MINERAÇÃO ARIPUANÃ LTDA PRIMAVERA DO LESTE Calcário Dolomítico 14º31'36" 54º00'35" Mina Estratificada
401 48250 EMAL-EMPRESA DE MINERAÇÃO ARIPUANÃ PRIMAVERA DO LESTE Calcário Dolomítico 14º37'36" 54º00'35" Mina Estratificada R. M. 3.250.540 t
402 48287 AREADO-01-POXOREO POXOREO Diamante 15º54'27" 54º00'00" Não explotado Placer
403 48249 REICAL INDUSTRIA E COMÉRCIO DE CALCÁRIO PARANATINGA Calcário Dolomítico 14º35'09" 53º59'18" Mina Estratificada
404 10218 CALCÁRIO MENTEL-PRIMAVERA DO LESTE PARANATINGA Calcário Dolomítico 14º28'28" 53º58'09" Mina Estratificada
405 48246 EMAL-EMPRESA DE MINERAÇÃO ARIPUANÃ PARANATINGA Calcário Dolomítico 14º34'02" 53º58'02" Mina Estratificada
406 48289 AREADO-02-POXOREO POXOREO Diamante 15º53'42" 53º57'55" Não explotado Placer
407 48277 ITIQUIRA ITIQUIRA Calcário 17º08'09" 53º5126" Não explotado Estratificada
408 48226 COLISEU 02-PARANATINGA PARANATINGA Diamante 13º44'22" 53º49'51" (Não determinado) Placer
409 48220 PIRANHAS 01-PARANATINGA PARANATINGA Diamante 13º54'23" 53º45'14" (Não determinado) Placer
410 48221 PIRANHAS 02-PARANATINGA PARANATINGA Diamante 13º55'13" 53º45'02" (Não determinado) Placer
411 48251 INDUSTRIA DE CALCÁRIO MENDES TEIXEIRA ALTO GARCAS Calcário Dolomítico 16º55'12" 53º33'08" Mina Estratificada
412 39222 LOTE INVERNADA ALTO GARCAS Dolomito 16º56'08" 53º30'40" Mina Estratificada
413 48271 SERRA QUEBRA DENTE-TORIXOREU TORIXOREU Calcário 16º10'42" 52º55'20" Não explotado Estratificada
414 48268 CAMPO REDONDO-GENERAL CARNEIRO GENERAL CARNEIRO Água Termal 15º42'36" 52º47'47" Mina Irregular
415 48269 SERRA DOS INDIOS-TORIXOREÓ PONTAL DO ARAGUAIA Calcário 16º00'42" 52º42'47" Não explotado Estratificada
416 48270 FAZENDA CAPIM BRANCO TORIXOREO POXOREO Calcário 16º10'57" 52º38'30" Não explotado Estratificada
417 48318 MORRO DO CAOLIM-STA CRUZ DO XINGU SAO JOSE DO XINGU Caulim 09º59'45" 52º34'58" Não explotado Irregular
418 48211 CALCÁRIO VANGUARDA NOVA XAVANTINA Calcário Dolomítico 14º16'47" 52º33'16" Mina Estratificada
419 10204 FAZENDA SÃO JUDAS TADEU NOVA XAVANTINA Ouro 14º37'54" 52º29'56" Garimpo Filoneana
420 48276 OSVALDO-BARRA DO GARÇAS BARRA DO GARCAS Água Mineral 15º46'35" 52º22'04" Mina Irregular
421 10321 BARRA DO GARÇAS BARRA DO GARCAS Água Termal 15º52'52" 52º21'41" Mina Irregular
422 34042 PERÍMETRO URBANO DE BARRA DO GARÇAS BARRA DO GARCAS Água Termal 15º52'52" 52º12'41" Mina Irregular
423 48273 FONTE RONCADOR-BARRA DO GARÇAS BARRA DO GARCAS Água Mineral 15º19'30" 52º11'27" Mina Irregular
424 48317 SERRA DE TAPIRAPÉ CONFRESA Granito 10º23'55" 51º39'28" Não explotado Irregular
425 48212 CALCÁRIO VALE DO ARAGUAIA COCALINHO Calcário Dolomítico 14º10'10" 51º36'29" Mina Estratificada
426 10216 SUPERCAL-FAZENDAS ROSA E AGUA PRETA COCALINHO Calcário Dolomítico 14º12'60" 51º34'58" Mina Estratificada
427 48213 CALCÁRIO PEDRA PRETA COCALINHO Calcário Dolomítico 14º08'48" 51º27'14" Mina Estratificada
428 48319 VILA SANTANINHA VILA RICA Ouro 09º51'14" 51º19'31" Garimpo Filoneana
BANCO DE DADOS GEOCROLÓGICOS DAS UNIDADES DO ESTADO DE MATO GROSSO
COORDENADA IDADE IDADE MATERIAL
AMOSTRA ROCHA Latitude Longitude TDM (Ga) εND(t) Ma METODO ANALIZADO REFERÊNCIA
COMPLEXO XINGU
1.470 ± 57 K-Ar Leal et al. - 1.978
1.687 ± 40 K-Ar Silva, G. H. Et al - 1.980
1.183 ± 40 K-Ar Santos et al - 1.979
1.900 a 900 K-Ar Barros et al - 1.982
2.600 a l800 Rb-Sr Barros et al - 1.982
1.359 ±108 K-Ar Folha SB.20 Purus ( ? )
1490 Rb-Sr Hasui & Almeida - l.970
1200 Rb-Sr Tassinari - 1.981
1.797 ± 90 Rb-Sr Tassinari & Teixeira
Gnaisse 2.971 ± 29 U-Pb Macambira & Lancelot - l.996
Anfibolito 2.856 ± 03 U-Pb Machado et al. - l.991
Gnaisse Tonalítico 2.581 ± 06 U-Pb Santos, J. O. S.
537/AM-MR/87.3 Granito 1.415 ± 85 Rb-Sr Barros et al - 1.982
537/AM-MR/79 Granito granofírico 1.481 ± 84 Rb-Sr Barros et al - 1.982
AJ-15 Gnaisse 1.364 ± 50 Rb-Sr Hama 1976 (apud) Tassinari - 1.981
WF-385 Granulito 1.262 ± 54 Rb-Sr Hama 1976 (apud) Tassinari - 1.981
WF-405 Microgranito 1.241 ± 37 Rb-Sr Hama 1976 (apud) Tassinari - 1.981
KK-MB-79.1 Granito 1.414 ± 33 Rb-Sr Kawashita 1972 (apud) Tassinari - 1.981
9 Gnaisse 1.140 ± 80 K-Ar Hasui & Almeida - l.970
4 Anfibolito 966 ± 68 K-Ar Hasui & Almeida - l.970
AEF-199 Greisen (?) 1.104 ± 20 K-Ar Hama 1976 (apud) Tassinari - 1.981
AJ-65 Adamelito 1.881 ± 26 K-Ar Hama 1976 (apud) Tassinari - 1.981
AJ-189 Granito 1.805 ± 26 K-Ar Hama 1976 (apud) Tassinari - 1.981
JG-14 Anfibolito 1.430 ± 22 K-Ar Hama 1976 (apud) Tassinari - 1.981
537/AM-MR/51 Granito 1.229 ± 26 K-Ar Barros et al - 1.982
KK-MB/79.1 Granito 933 ± 19 K-Ar Kawashita 1972 (apud) Tassinari - 1.981
KK-MB/79.3 Anfibolito 935 ± 13 K-Ar Kawashita 1972 (apud) Tassinari - 1.981
Granito 1490 Rb-Sr Hurley et al - 1.968

COMPLEXO BACAERI - MOGNO


CC -235 Anfibolitos 9°58'0,47" 56°45'29,52" 2,24 2,5 Sm-Nd Rocha Toltal Pimentel - 2001
COMPLEXO CUIU - CUIÚ
CC-02 Ortognaisse granÍtico 9°50'5,58" 56°03'1,40" 1.992 ± 07 U-Pb Zircão Pimentel - 2001
Gnaisse 2.005 ± 07 U-Pb Zircão Santos et al - 1.999
Gnaisse tonalitico 2.011 ± 23 U-Pb Zircão Santos et al - 2.000

SUÍTE INTRUSIVA MATUPÁ


Monzogranito 1.872 ± 12 Pb-Pb Zircão Moura - 1.998
LM-76D Biotita granito 10°15' 54,71" 54°54'36,33" 2,34 -3,09 Sm-Nd Rocha Total Pimentel - 2001
Granito 1.937 ± 100 U-Pb JICA/MMAJ - 2.000
Granito 1.894 ± 06 U-Pb JICA/MMAJ - 2.000
Granito 1.848 ± 17 U-Pb JICA/MMAJ - 2.000

SUÍTE FLOR DA SERRA


LM-63 Gabro 10°07'47,06" 54°56'58,99" 2,23 -2,08 Sm-Nd Rocha Toltal Pimentel - 2001

GRUPO IRIRI
Ignibrito 1.890 ± 02 Pb-Pb Zircão Lamarão et al - 1999
Riolito 1.877 ± 04 Pb-Pb Zircão Lamarão et al - 1999
1890 U-Pb Zircão Pinho - 2004

TONALITO CABAÇAL
Tonalito 1.558 ±250 Rb-Sr Saes & Leite - 2.003
Tonalito 1.780 ± 10 U-Pb Pinho - 1.996

SUÍTE INTRUSIVA JURUENA


Granito 1.823 ± 35 Pb-Pb JICA/MMAJ - 2.000
Granito 1.848 ± 17 U-Pb JICA/MMAJ - 2.000
Granito 1.817 ± 06 U-Pb JICA/MMAJ - 2.000

SUÍTE INTRUSIVA PARANAÍTA


Granodiorito 1.803 ± 16 U-Pb JICA/MMAJ - 2.000
Monzogranito 1.816 ± 57 U-Pb JICA/MMAJ - 2.000
Granito 1.793 ± 06 U-Pb JICA/MMAJ - 2.000
Monzogranito 1.801 ± 7,8 U-Pb JICA/MMAJ - 2.000
Monzogranito 1.823 ± 35 U-Pb JICA/MMAJ - 2.000
2,22 -1,25 Sm-Nd Rocha Total Pimentel - 2.000
1819 à 1795 U-Pb Zircão Pimentel - 2.000
Granito/Veio de Quartzo 1.760 Pb-Pb Pirita JICA/MMAJ - 2.001
Granito/Veio de Quartzo 1.560 Pb-Pb Pirita JICA/MMAJ - 2.001

ALCALINAS RIO CRISTALINO


Sienito 1.175 ± 14 Rb-Sr Silva & Issler - 1.974
Sienito 1.332 ± 29 Rb-Sr Silva et al. - 1.980
Sienito 1.806 ± 03 U-Pb Zircão Santos et al. - 2.000
GRUPO MARCELO - CABEÇAS
PS-09 Xisto Milonitizado 10°23'49,59" 56°26'33,34" 1.859 ± 05 U-Pb Zircão Detritico Santos et al - 2.000

SUÍTE COLIDER
Riolito porfiro 1.786 ± 17 U-Pb JICA/MMAJ - 2.000
Riolito porfiro 1.781 ± 08 U-Pb Zircão Pimentel -2001
Riodacito 1.801 ± 11 U-Pb Zircão Pinho et al. - 2.001
A-1 Metariolito 1.767 ± 02 U-Pb Zircão Pinho et al. - 2.003
A-2 Riodacito 1.761 ± 05 U-Pb Zircão Pinho et al. - 2.003
A-3 Monzogranito (Moriru) 1.774 ± 04 U-Pb Zircão Pinho et al. - 2.003
A-4 Monzogranito (Moriru) 1.775 ± 13 U-Pb Zircão Pinho et al. - 2.003
A-6 Monzogranito (Moriru) 1.759 ± 03 U-Pb Zircão Pinho et al. - 2.003
A-7 Monzogranito (Moriru) 1.764 ± 32 U-Pb Zircão Pinho et al. - 2.003
A-8 Monzogranito (Moriru) 1.766 ± 05 U-Pb Zircão Pinho et al. - 2.003
P - 20 Sienogranito (Moriru) 1.772 ± 66 U-Pb Zircão Pinho et al. - 2.003
P - 21 Granodiorito (Moriru) 1.765 ± 04 U-Pb Zircão Pinho et al. - 2.003
P - 25 Monzogranito (Moriru) 1.763 ± 06 U-Pb Zircão Pinho et al. - 2.003
P - 27 Sienogranito (Moriru) 1.772 ± 04 U-Pb Zircão Pinho et al. - 2.003
P - 29 Monzogranito (Moriru) 1.803 ± 03 U-Pb Zircão Pinho et al. - 2.003

GRUPO ALTO JAURU


Gnaisse 1.790 à 1740 U-Pb Zircão Pinho 1997
Tufos Riolítico 1.747 ± 17 U-Pb Zircão Monteiro et al. - 1.986
1.769 ± 29 U-Pb Zircão Pinho - 1.996
1.724 ± 30 U-Pb Zircão Pinho - 1.996
Metased Vulcanoclástico 1.758 ± 07 U-Pb Monteiro - 1.986
1.767 ± 24 U-Pb Monteiro et al. - 1.986
1.746 ± 20 U-Pb Monteiro et al. - 1.986
Gnaisse Aliança 1.744 ± 38 U-Pb Zircão Pinho - 1.996 - in Geraldes - 2.000
Gnaisse Rosa 1.795 ± 21 U-Pb Zircão Pinho - 1.997

COMPLEXO ALTO GUAPORÉ


Gnaisse tonalítico 1.971 ± 70 Rb-Sr Carneiro - 1.985
Gnaisse 1.740 ± 27 U-Pb Zircão Geraldes - 2.000

SUÍTE INTRUSIVA VITÓRIA


Tonalito 1.785 ± 08 U-Pb Zircão Pimentel - 2001
CC -237 Enderbito 9°59'6,69" 56°46'6,39" 2,26 -2,1 Sm-Nd Rocha Total Pimentel - 2.001
Enderbito 1.775 ± 10 U-Pb Zircão JICA/MMAJ - 2.000
Tonalito 2,18 -27,33 Sm-Nd Rocha Total Pimentel - 2001
SUÍTE INTRUSIVA SÃO PEDRO
Biotita Granito 1.784 ± 17 U-Pb Zircão Pimentel - 2.001
Granito 1.765 ± 05 U-Pb Zircão Pimentel - 2.001
Granito porfiro 2,06 0,65 Sm-Nd Rocha Total Pimentel - 2.001
Granito porfiro 2,14 -1,11 Sm-Nd Rocha Total Pimentel - 2.001
JV - 110 Biotita metagranito 9°24'54,9" 59°07'39,1" 1.669 ± 06 U-Pb Zircão Lacerda Filho - 2.004

COMPLEXO NOVA MONTE VERDE


Monzogranito 0,41 1.774 ± 28 U-Pb Zircão Pimentel - 2.001
1.653 ± 42 U-Pb Zircão Pimentel - 2.001 (idade metamorfismo)

SUÍTE INTRUSIVA SÃO ROMÃO


JD-17b Biotita granada granito 10°12'22,34" 56°23'49,74" 1.770 ± 09 U-Pb Zircão Pimentel - 2.001
Biotita granada granito 2,09 0,14 Sm-Nd Rocha Total Pimentel - 2.001
JD-17b Biotita granada granito 10°12'22,34" 56°23'49,74" 2,17 -1,43 Sm-Nd Rocha Total Pimentel - 2.001

GRANITO TELES PIRES


Granito 1.757 ± 16 U-Pb Santos et al - 2.000
Riodacito Foliado 09º 20' 55" 59º 19' 33" 1.766 ± 02 U-Pb Pinho et al. - 2.001
Riodacito Milonitizado 09º 19' 09" 59º 20' 55" 1.761 ± 05 U-Pb Pinho et al. - 2.001
Biotita Monzogranito 09º 17' 19" 59º 20' 55" 1.761 ± 11 U-Pb Pinho et al. - 2.001
Hornblenda Monzogranito 09º 16' 07" 59º 22' 29" 1.786 ± 11 U-Pb Pinho et al. - 2.001
Gnaisse 09º 13' 56" 59º 22' 50" 1.760 ± 03 U-Pb Pinho et al. - 2.001
Hornblenda Monzogranito 09º 23' 25" 59º 21' 30" 1.799 ± 16 U-Pb Pinho et al. - 2.001
Hornblenda Monzogranito 09º 23' 25" 59º 17' 40" 1.765 ± 05 U-Pb Pinho et al. - 2.001
Granodiorito Foliado 09º 23' 14" 59º 08' 26" 1.690 ± 20 U-Pb Pinho et al. - 2.001 OBS: Idade Cristaliz.
Titanita-Biotita Monzogranito09º 21' 15" 59º 06' 56" 1.762 ± 06 U-Pb Pinho et al. - 2.001
Monzonito Alterado 09º 09' 14" 59º 07' 09" 1.791 ± 10 U-Pb Pinho et al. - 2.001

GRUPO ROOSEVELT
Metadacito 1.762 ± 06 U-Pb Zircão Neder et al - 2.000
Metadacito 1.740 ± 08 U-Pb Zircão Santos et al. - 2.000
Dacito 1.755 ± 05 U-Pb Neder et al - 2.000

GRANITO ZÉ DO TORNO
1.757 ± U-Pb Zircão Jaime D. Leite - 2.004

SUÍTE NOVA CANAÃ


Granito 1.755 ± 06 U-Pb Neder et al - 2.000
HG-60 Granito 10°52'2,04 55°45'11,80" 1.743 ± 04 U-Pb Zircão Pimentel - 2.001

GRANITO FONTANILLAS

JV - 122 Biotita metagranito 11°09'00,8" 57°14'36,4" 1.800 ± 20 U-Pb Zircão Lacerda Filho - 2.004
SUÍTE INTRUSIVA FIGUEIRA BRANCA
Gabro 1.688 ± 46 Sm-Nd Geraldes et al - 1.986
Gabro 2.8 Ga K-Ar Plagioclásio Monteiro et al 1986

GRUPO BENEFICENTE
Ignimbrito 10º 17' 42" 54º 11' 46" 1.790 ± 02 Rb-Sr Leite, Jayme A. D.
Siltito 1.485 ± 32 Rb-Sr Tassinári et al. - 1.978
Siltito 1.331 ± 28 Rb-Sr Tassinári et al. - 1.978
Conglomerado basal 1.714 ± 39 Pb-Pb Zircão Saes & Leite - 2.002

SUÍTE INTRUSIVA SANTA CRUZ


Granito 1.587 ± 04 U-Pb Zircão Geraldes - 2.000

COMPLEXO METAMÓRFICO RIO NOVO


Ortognaisse 1.552 ± 03 U-Pb Zircão Ruiz, et al - 2.004

SUÍTE INTRUSIVA SERRA DA PROVIDÊNCIA


1600 à 1547 U-Pb Bettencourt et al. - 1.999
Monzogranito 1.573 ± 15 U-Pb Bettencourt et al. - 1.999
Sienogranito 1.606 ± 24 U-Pb Bettencourt et al. - 1.999
Piterlito 1.566 ± 05 U-Pb Bettencourt et al. - 1.999
Viborgito 1.566 ± 03 U-Pb Bettencourt et al. - 1.999
Biotita Sienogranito 1.554 ± 17 U-Pb Bettencourt et al. - 1.999
Quartzo-Sienito 1.532 ± 05 U-Pb Bettencourt et al. - 1.999
Granito 11º 26' 50" 59º 06' 36" 1,81 1.81 Ga Sm-Nd Rocha Total SOPEMI-UnB
Granito 11º 28' 26" 59º 09' 09" 1,8 1.80 Ga Sm-Nd Rocha Total SOPEMI-UnB
GR 333 Metagranito -69 1.677 U-Pb Zircão Giklmar et al. - 2002
Ortogn. monzogranítico 1.547 ± 13 U-Pb Santos et al. - 2002
Asugen-gnaisse 1.569 ± 18 U-Pb Santos et al. - 2002
Gnaisse monzogranítico 1.570 ± 17 U-Pb Tasinari et al. - 1996
JV - 69 Hor. Bio. sienonito 11°19'38,2" 58°59'52,9" 1.542 ± 02 U-Pb Zircão Lacerda Filho - 2004

GRANITO ARIPUANÃ
MQ-33 Sienogranito 1.537 ± 07 U-Pb Zircão Rizzotto et al. - 2.002
MQ-33 Granito 1.546 ± 05 Pb-Pb Zircão Rizzotto et al. - 2.002

COMPLEXO METAVULCANO-SEDIMENTAR RIO ALEGRE


Metadacítico 1,67 4.8 1.509 ± 10 U-Pb Zircão Matos et al - 2.004
Metadacítico 1,48 4.3 1.503 ± 14 U-Pb Zircão Matos et al - 2.004
Gabro 1,7 4.1 1.481 ± 47 U-Pb Zircão Matos et al - 2.004
Granito 1,5 2.6 1.449 ± 07 U-Pb Zircão Matos et al - 2.004
Metadacitos 1.449 ± 07 U-Pb Zircão Matos et al - 2.004 In Ruiz - 2.004
COMPLEXO GRANULITO SANTA BARBARA
Anfibolito 1.330 ± 33 Rb-Sr Menezes, et al - 1.993
Granulito 1.494 ± 10 U-Pb Zircão Geraldes - 2.000

SUÍTE INTRUSIVA ÁGUA CLARA


Granodiorito 1,77 1.485 ± 04 U-Pb Matos, et al - 1.996
Granodiorito 1400 Rb-Sr Monteiro et al - 1.986

SUÍTE INTRUSIVA SANTA HELENA


1,48 1.422 ± 04 U-Pb Geraldes et al. - 2.001
1,63 1.456 ± 34 U-Pb Geraldes et al. - 2.001
1.308 ± 13 Rb-Sr Menezes et al. - 1.993
1.464 ± 25 U-Pb Geraldes et al. - 2.001
Granito gnaissico 1.456 ± 10 U-Pb Zircão Ruiz et al - 2.003
Sienogranito 1.419 ± 09 U-Pb Zircão Ruiz et al - 2.003
Monzogranito 1.318 ± 24 Rb-Sr Ruiz et al - 2.003

SUÍTE INTRUSIVA PINDAITUBA


Monzogranito 1.444 ± 13 U-Pb Zircão Ruiz et al - 2.003
Granodiorito 1.436 ± 04 U-Pb Zircão Ruiz et al - 2.003
Granito 1.462 ± 07 U-Pb Zircão Ruiz et al - 2.003

SUÍTE INTRUSIVA RIO BRANCO


Granito 1.423 ± 02 U-Pb Zircão Geraldes et al. - 2.000
Quartzo-Sienito 1.126 ± 38 Rb-Sr Geraldes et al. - 2.000
Granito 1.46 à 1.42 U-Pb Zircão Geraldes et al. - 2.001
1.472 ± 24 U-Pb Geraldes et al. - 2.001
Granito pórfiro 1.423 ± 04 U-Pb Zircão In Ruiz et al. - 2.003
Granito 1.546 ± 05 Pb-Pb Rizzoto et al - 2.002
Granito 1.537 ± 07 U-Pb Rizzoto et al - 2.002

SUÍTE INTRUSIVA SANTA RITA


Tonalito 1.384 ± 40 U-Pb Zircão Ruiz et al - 2.004
Granodiorito 1.412 ± 05 U-Pb Zircão Geraldes - 2.004
Granito 1.400 ± 24 U-Pb Zircão Geraldes - 2.004
Tonalito 1.379 ± 31 U-Pb Zircão Colombo et al.- 2.001

SUÍTE INTRUSIVA ALVORADA


1.440 ± 80 Rb-Sr Monteiro et al 1.986
Granito 1.546 ± 15 U-Pb Geraldes - 2.000
Granito 1.394 ± 37 U-Pb Zircão Geraldes - 2.000
Granito 1.423 ± 15 U-Pb Geraldes - 2.001
SUÍTE METAMÓRFICA COLORADO
Ortognaisse 1.360 ± 45 Rb-Sr Rizzotto et al. - 2.002
Anfibolito 1.315 ± 06 Ar-Ar Rizzotto et al. - 2.002
Monzogranito 1.313 ± 03 Ar-Ar Rizzotto et al. - 2.002
Monzogranito 1.319 ± 02 Ar-Ar Rizzotto et al. - 2.002
Leucogranito 1.314 ± 06 Ar-Ar Rizzotto et al. - 2.002
Metagabro 1.352 ± 03 U-Pb Rizzotto et al. - 2.002

GRANITO LAJES

Granito 1.608 ± 200 U-Pb Zircão Geraldes - 2.000


Granito 1600 U-Pb Ruiz & Tassinári - 2.001
Sienogranito fino 1.310 ± 44 U-Pb Zircão Geraldes - 2.000

ALCALINAS CANAMÃ
1.608 ± 200 Rb-Sr Dall'agnol & Santos - 1996

SUÍTE INTRUSIVA CACOAL


1.260 ± 56 Rb-Sr Leal et al - 1978

FORMAÇÃO ARINOS
Basalto 1.225 ± 20 K-Ar Silva et al - 1.980
Basalto 1.416 ± 14 K-Ar Silva et al - 1.980
Granito Foliado F. 10º 07' 00" 59º 09' 00" 2.201 Sm-Nd Rocha Total Rizzotto et al - 2.002

FORMAÇÃO DARDANELOS
Arenito 1.710 ± 11 Pb-Pb Detritico Saes & Leite - 2.002
Arenito 1.367 ± 149 Pb-Pb Detritico Saes & Leite - 2.002
1.848 ± 17 U-Pb JICA/MMAJ - 2.000
1.755 ± 05 U-Pb JICA/MMAJ - 2.000
1.653 ± 42 U-Pb Pimentel - 2.001
Conglomerado basal 1.987 ± 04 Pb-Pb Detritico Saes & Leite - 2.003
Conglomerado 1.377 ± 13 Pb-Pb Detritico Saes & Leite - 2.003
1.383 ± 04 Pb-Pb Detritico Saes & Leite - 2.001

SUÍTE INTRUSIVA RIO PARDO


1005 U-Pb Rizzotto et al - 1999
GRUPO AGUAPEÍ
1400 Rb-Sr Barros et al - 1.982
Veios hidrotermais 946 à 908 ± 0,9 Ar-Ar Sericita Fernandes et al. - 2.003
Metarenito 1.453 ± 10 U-Pb Detritico Santos, et al. - 2.001
Metarenito 1.420 ± 16 U-Pb Detritico Santos, et al. - 2.001
Metarenito 1.350 ± 19 U-Pb Detritico Santos, et al. - 2.001
Metarenito 1.327 ± 15 U-Pb Detritico Santos, et al. - 2.001
Metarenito 1.271 ± 15 U-Pb Detritico Santos, et al. - 2.001
Metarenito 1.231 ± 14 U-Pb Detritico Santos, et al. - 2.001
Milonito 964 ± 40 K-Ar Muscovita Santos, et al. - 2.001
Fro. Morro Cristalino 936 ± 20 K-Ar Litherland et al. - 1.986
For. Vale da Promissão 1.039 ± 23 K-Ar Litherland et al. - 1.986
950 ± 23 K-Ar Bloomfield & Litherland - 1.979
876 ± 28 K-Ar Bloomfield & Litherland - 1.979
Metarenito 912 ± 0,7 Ar-Ar Ruiz et al. - 2004
948 à 843 ± 17 K-Ar Geraldes et all - 1997

FORMAÇÃO PALMEIRAL
1030 U-Pb Detritico Bahia - 1.997
1154 U-Pb Detritico Santos, J. O. - 2.002

SUÍTE INTRUSIVA RONDÔNIA


995 U-Pb

SUÍTE INTRUSIVA GUAPÉ


939 à 914 U-Pb Barros et al - 1.982 In coluna estr. ant.
Granito 1490 Rb-Sr Hasui & Almeida - 1.970
Granito 745 ± 14 Rb-Sr Barreto & Montovani - 1.975
Granito 706 ± 31 Rb-Sr Tassinári - 1.981
Gabro 656 ± 10 K-Ar Tassinári - 1.981
Granito 698 ± 21 K-Ar Tassinári - 1.981
Granito 900 à 850 Rb-Sr Barros et al - 1.982
Granito 1,2 950 ± 40 U-Pb Menezes et al. - 1.993
852 ± 14 K-Ar Menezes et al. - 1.993

SUÍTE INTRUSIVA SÃO DOMINGOS


Granito 914 ± 15 U-Pb Zircão Babinski et al - 2.001 - In Ruiz et al. 2.003
Granito 930 U-Pb Zircão Babinski et al - 2.001
Granito 916 ± 20 U-Pb Zircão Babinski et al - 2.001
97-118a Granito 939± 19 U-Pb Zircão Mauro Cesar Geraldes - 2000
97-118b Granito 914± 15 U-Pb Zircão Mauro Cesar Geraldes - 2000
GRANITO SARARÉ
Granito 906 ± 03 Ar-Ar Biotita Araujo Ruiz - 2.003

ORTOGNAISSES DO OESTE DE GOIÁS


Gnaisse 899 À 856 U-Pb Zircão Pimentel & Fuck - 1.992
Ortognaisse 675 ± 75 Rb-Ar Rodrigues - 1.996
Gnaisse tonalitico 600 ± 136 Rb-Ar Viana - 1.995
853 ± 13 U-Pb Zircão Viana - 1.995

GRUPO CUIABÁ
4034/AM-OC/196 Filito 746 ± 28 Rb-Sr Barros et al - 1.982
4034/AM-OC/194 Filito 752 ± 26 Rb-Sr Barros et al - 1.982

SUÍTE INTRUSIVA SERRA NEGRA


462 à 576 Ma U-Pb

GRUPO ALTO PARAGUAI - FORMAÇÃO DIAMANTINO


660 À 547 Rb-Ar Cordani et al. - 1.985

SUÍTE SÃO VICENTE = GRANITO SÃO VICENTE


Granito 504 K-Ar Almeida - 1.964
Granito 503 K-Ar Hasui & Almeida - 1.970
Granito 483 ± 08 Rb-Ar Almeida & Montovani - 1.975
Granito 514 à 498 Rb-Ar Adalberto Maia Barros et al - 1.982
Granito 506 K-Ar Hasui & Almeida - 1.970
Granito 504 ± 05 U-Pb Pinho, F. E. - 2.004

UNIDADE ARAGAUINHA
247 -243 Ma Ar-Ar

FORMAÇÃO TAPIRAPUÃ
198 Ar-Ar Minioli et al. - 1.999
112 ± 03 K-Ar Adalberto Maia Barros et al - 1.982
123 ± 13 K-Ar Minioli et al. - 1.971
Basalto 112 ± 04 K-Ar Minioli et al. - 1.971
Basalto 126 ± 04 K-Ar Minioli et al. - 1.971
Basalto 196 ± 1,8 Ar-Ar Minioli et al. - 1.999
FORMAÇÃO SERRA GERAL
Basalto 138 à 129 Ar-Ar Cordani & Vandoros - 1.967
112,3 à 125,7 K-Ar Minioli et al - 1.971
130 Rb-Sr Teixeira - 1.980

FORMAÇÃO PAREDÃO GRANDE


Arenito 83,9 ± 04 Ar-Ar Gibson et al - 2004

SUÍTE PONTA DO MORRO


Sienito 84 ± 06 Rb-Sr Del'Arco et al. - 1.982

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