Você está na página 1de 27

Diretoria de Assuntos Atuariais, Contábeis e Econômicos – DIACE

Coordenação-Geral de Monitoramento Atuarial - CGMA

Teste de Aderência:

A Instrução Previc Nº 07/2013

10º. Congresso Brasileiro e Ibero-Americano de Atuária – Rio de Janeiro, 13/08/2014


Agenda
1. Introdução

2. Principais Hipóteses Atuariais

3. Evolução da Legislação

4. Estudo Técnico de Aderência

5. Conclusões
1. Introdução
De acordo GUIA PREVIC – Melhores Práticas
Atuariais para EFPC:
63. As hipóteses atuariais constituem as bases técnicas da
avaliação atuarial de um plano de benefícios, representando um
conjunto de estimativas de natureza demográfica,
biométrica, econômica e financeira que, durante o período
futuro considerado na avaliação do plano, espera-se que se
realizem com bom nível de segurança.

64. A avaliação atuarial é feita com base em hipóteses atuariais


adequadas às características do plano de benefícios, de sua
massa de participantes, assistidos e beneficiários, ao
ambiente econômico e à legislação vigente, bem como à
atividade desenvolvida pelo patrocinador.
1. Introdução
Ainda de acordo GUIA PREVIC – Melhores Práticas
Atuariais para EFPC:
66. As hipóteses atuariais devem refletir expectativas de longo
prazo, pois se destinam a prever os compromissos futuros até o
encerramento do plano de benefícios (...).

67. Cabe ao atuário a proposição das hipóteses atuariais a


serem utilizadas na avaliação atuarial, identificando o conjunto
de hipóteses aplicáveis ao plano de benefícios por meio de
estudos de aderência (...).

80. Todas as hipóteses atuariais utilizadas na avaliação atuarial


devem ser sempre as mais adequadas à massa de participantes,
assistidos e beneficiários dos planos de benefícios, e devem ser
escolhidas dentre aquelas que obedeçam aos parâmetros
mínimos e máximos estabelecidos pela legislação em vigor.
1. Introdução

Experiência
(testes
retrospectivos)

Estudo
Técnico de Expectativas Hipóteses
Aderência
E (testes Atuariais
prospectivos)
Ass.: Atuário

Parâmetros Avaliação
Legais Atuarial
2. Principais Hipóteses Atuariais

Econômicas Demográficas Outras


• Taxa de juros • Mortalidade • Idade de
• Inflação • Entrada em aposentadoria
• Crescimento invalidez • Idade de entrada
salarial • Rotatividade no emprego
• Crescimento dos • Composição • Fator de
benefícios familiar capacidade
3. Evolução da Legislação

Resolução Instrução Instrução


Portaria SPC Res. CGPC Res. CGPC Res. CNPC
MPAS/CPC Previc n٥ Previc n٥
nº 140/1995 n٥ 13/2004 n٥ 18/2006 n٥ 9/2012
nº 1/1978 1/2013 7/2013
3. Evolução da Legislação
Resolução Instrução Instrução
Portaria SPC Res. CGPC n٥ Res. CGPC n٥ Res. CNPC n٥
MPAS/CPC Previc n٥ Previc n٥
nº 140/1995 13/2004 18/2006 9/2012
nº 1/1978 1/2013 7/2013

Expede normas reguladoras sobre o funcionamento das


Entidades de Previdência Privada.

“Art. 40 Todos os cálculos mencionarão as tábuas biométricas


apropriadas ao caso em que estão sendo aplicadas, a taxa de
juros adotada e a sobrecarga administrativa.”
3. Evolução da Legislação
Resolução Instrução Instrução
Portaria SPC Res. CGPC n٥ Res. CGPC n٥ Res. CNPC n٥
MPAS/CPC nº Previc n٥ Previc n٥
nº 140/1995 13/2004 18/2006 9/2012
1/1978 1/2013 7/2013

Aprova normas e procedimentos para o preenchimento do


demonstrativo de resultados da avaliação atuarial.
“Instruções para preenchimento do parecer atuarial:
f) ocasionais mudanças de hipóteses e/ou métodos
atuariais, justificando tal procedimento; e
g) as hipóteses atuariais formuladas na avaliação atuarial
imediatamente anterior, indicando a margem de erro das
suposições formuladas em relação ao observado.”
3. Evolução da Legislação
Resolução Instrução Instrução
Portaria SPC Res. CGPC Res. CGPC n٥ Res. CNPC n٥
MPAS/CPC nº Previc n٥ Previc n٥
nº 140/1995 n٥ 13/2004 18/2006 9/2012
1/1978 1/2013 7/2013

Estabelece princípios, regras e práticas de governança, gestão e


controles internos a serem observadas pelas EPFC.

“Art. 19 Sem prejuízo de atribuições definidas em normas


específicas, o conselho fiscal emitirá relatórios de controles
internos, pelo menos semestralmente, que contemplem, no mínimo:
I - as conclusões dos exames efetuados, inclusive sobre (...) a
aderência das premissas e hipóteses atuariais; (...)”
3. Evolução da Legislação
Resolução Instrução Instrução
Portaria SPC Res. CGPC n٥ Res. CGPC Res. CNPC n٥
MPAS/CPC nº Previc n٥ Previc n٥
nº 140/1995 13/2004 n٥ 18/2006 9/2012
1/1978 1/2013 7/2013

Estabelece parâmetros técnico-atuariais para estruturação de


plano de benefícios de entidades fechadas de previdência
complementar e dá outras providências.
“Anexo:
1. As hipóteses biométricas, demográficas, econômicas e
financeiras devem estar adequadas às características da
massa de participantes e assistidos e ao regulamento do plano
de benefícios de caráter previdenciário.”
3. Evolução da Legislação
Resolução Instrução Instrução
Portaria SPC Res. CGPC n٥ Res. CGPC n٥ Res. CNPC
MPAS/CPC nº Previc n٥ Previc n٥
nº 140/1995 13/2004 18/2006 n٥ 9/2012
1/1978 1/2013 7/2013

Altera a Resolução nº 18, de 28 de março de 2006, (...) e dá


outras providências.
“Anexo:
2.4 A adequação da tábua biométrica utilizada para projeção
de longevidade deverá ser atestada por meio de estudo
específico cujos resultados comprovem a aderência, nos últimos
três exercícios, entre o comportamento demográfico da massa de
participantes e assistidos vinculados ao plano e a respectiva
tábua biométrica utilizada.”
3. Evolução da Legislação
Resolução Instrução Instrução
Portaria SPC Res. CGPC n٥ Res. CGPC n٥ Res. CNPC
MPAS/CPC nº Previc n٥ Previc n٥
nº 140/1995 13/2004 18/2006 n٥ 9/2012
1/1978 1/2013 7/2013

“Anexo:
4.1 A adoção da taxa real de juros para cada plano de
benefícios deverá ser justificada pela entidade fechada de
previdência complementar com base em estudos técnicos que
comprovem a aderência das hipóteses de rentabilidade dos
investimentos ao plano de custeio e ao fluxo futuro de receitas de
contribuições e de pagamento de benefícios(...) .”
3. Evolução da Legislação
Resolução Instrução Instrução
Portaria SPC Res. CGPC n٥ Res. CGPC n٥ Res. CNPC n٥
MPAS/CPC nº Previc n٥ Previc n٥
nº 140/1995 13/2004 18/2006 9/2012
1/1978 1/2013 7/2013

Estabelece orientações e procedimentos a serem adotados pelas


EFPC para a solicitação de autorização prévia à PREVIC para a
manutenção de taxa real de juros (...)
“Art. 2º. O estudo técnico é o instrumento de responsabilidade da
Entidade, por meio do qual devem ser demonstradas a adequação e
aderência da taxa real de juros adotada pelo plano de benefícios
às características de sua massa de participantes, ao seu
regulamento e a sua carteira de investimentos.”
3. Evolução da Legislação
Resolução Instrução Instrução
Portaria SPC Res. CGPC n٥ Res. CGPC n٥ Res. CNPC n٥
MPAS/CPC nº Previc n٥ Previc n٥
nº 140/1995 13/2004 18/2006 9/2012
1/1978 1/2013 7/2013

“Art. 2º. (...)


Parágrafo único. O estudo técnico deve ser elaborado pelo atuário
habilitado e legalmente responsável pelo plano de benefícios,
devendo comprovar a convergência entre a taxa real estabelecida
nas projeções atuariais e a taxa de retorno real projetada pelo
Administrador Estatutário Tecnicamente Qualificado – AETQ para as
aplicações dos recursos garantidores.”
3. Evolução da Legislação
Resolução Instrução Instrução
Portaria SPC Res. CGPC n٥ Res. CGPC n٥ Res. CNPC n٥
MPAS/CPC nº Previc n٥ Previc n٥
nº 140/1995 13/2004 18/2006 9/2012
1/1978 1/2013 7/2013

Estabelece orientações e procedimentos a serem adotados pelas


entidades fechadas de previdência complementar na realização
de estudos técnicos que visem a atestar a adequação e aderência
de hipóteses biométricas, demográficas, econômicas e
financeiras dos planos de benefícios.
4. Estudo Técnico de Aderência
 Definição (art. 1º)
É o relatório no qual estão demonstradas a
adequação e aderência das hipóteses biométricas,
demográficas, econômicas e financeiras adotadas na
avaliação atuarial às características da massa de
participantes e assistidos vinculados ao plano, à
rentabilidade projetada de seus investimentos e ao
fluxo projetado de suas receitas e despesas.
4. Estudo Técnico de Aderência
 Governança (arts. 1º e 4º)
• Relatório elaborado pelo atuário habilitado e
legalmente responsável pelo plano de benefícios.
• Aprovado pela Diretoria Executiva e pelo Conselho
Deliberativo, observado o disposto no Estatuto da
EFPC.
• Atestado tempestivamente em parecer emitido pelo
Conselho Fiscal.
• A aprovação dos órgãos estatutários não exime o
atuário do plano da responsabilidade técnica sobre
estudos, cálculos e serviços por ele prestados.
4. Estudo Técnico de Aderência
 Abrangência (art. 3º)
Todas as hipóteses atuariais adotadas na avaliação
atuarial do plano de benefícios, constantes na
respectiva Nota Técnica Atuarial, devem estar
embasadas em estudo técnico de aderência.
Observação: A Instrução tem eficácia a partir das avaliações
atuariais de encerramento do exercício de 2014 (art. 10).
4. Estudo Técnico de Aderência
 Validade Máxima (art. 2º)
• Hipóteses de taxa real de juros e de crescimento
salarial: um ano.
• Demais hipóteses: três anos.
• Exceções: na ocorrência de déficit acumulado do
plano superior a dez por cento das provisões, bem
como de outros fatos relevantes, a validade máxima
será de um ano para todo o estudo.
Observação: o relatório deverá ficar à disposição da Previc pelo
prazo de cinco anos (art. 9º).
4. Estudo Técnico de Aderência
 Demonstração de aderência e adequação da taxa
real de juros (art. 5º)
• Projeções em consonância com a política de
investimentos do plano, observado o prazo mínimo da
duration do ativo ou do passivo, o que for maior.
• Considerar nas projeções, além dos fluxos de
recebimentos de contribuições, pagamentos de
benefícios e receitas dos investimentos, as despesas
administrativas e de investimentos.
• Considerar eventuais descasamentos de fluxos de
ativos e passivos que acarretem risco de reinvestimento
dos recursos a taxas de retorno inferiores às correntes.
4. Estudo Técnico de Aderência
 Demonstração de aderência e adequação da taxa
real de juros (art. 5º)
• Indicar de forma conclusiva a taxa de retorno real dos
investimentos projetada para todo o prazo do estudo.
• Apresentar também as rentabilidades anuais auferidas
nos quatro anos anteriores, bem como os custos
relativos aos investimentos incorridos no mesmo
período.
• Informações necessárias ao estudo devem ser
fornecidas pela área técnica responsável da EFPC.
• Informações referentes aos investimentos devem ser
devidamente validadas pelo AETQ.
4. Estudo Técnico de Aderência
 Demonstração de aderência e adequação das
demais hipóteses atuariais (art. 6º)
• Período histórico mínimo de três exercícios (hipóteses
cuja análise utilize dados históricos).
• Metodologia definida pela atuário, com base nas
características do plano de benefícios e de sua massa
de participantes e assistidos.
• Em caso de impossibilidade de demonstração da
aderência e adequação da hipótese, deverão constar
do estudo as justificativas e os resultados que tenham
levado a essa conclusão (art. 7º).
4. Estudo Técnico de Aderência
 Requisitos mínimos (art. 8º)
• Data de realização e data do cadastro (defasagem
máxima de seis meses).
• Análise e validação da consistência dos dados
cadastrais e demais informações utilizadas nos testes
de adequação e aderência.
• Descrição e justificativa da metodologia adotada.
• Parecer conclusivo do atuário acerca do conjunto de
hipóteses mais adequado e aderente ao plano de
benefícios.
• Atestado de validação expedido pelo AETQ, relativo às
informações de investimento.
5. Conclusões
 A aplicação da Instrução nº 07/2013 se dará sem
maiores dificuldades por parte das EFPC, em
decorrência das poucas inovações em relação às
regulamentação anterior e do prazo dilatado para o
início da sua aplicação.
 A Instrução limitou-se a estabelecer os parâmetros e
requisitos mínimos a serem adotados na elaboração
dos estudos de aderência, com o objetivo de tornar
mais clara a sua forma de elaboração.
 A norma deixou expressa a necessidade de revisão
periódica das hipóteses atuariais, em frequência
adequada à volatilidade de cada uma.
5. Conclusões
 A nova norma não trouxe aprofundamento de regras,
mudanças ou inovações técnicas significativas em
relação aos normativos anteriormente em vigor.
 A Instrução preconiza uma significativa melhoria na
estrutura de governança da EFPC, na medida em que
torna necessária a apreciação do estudo de aderência
por diferentes órgãos estatutários.
 A norma também colabora para a disseminação por
todo o sistema da importância do casamento de longo
prazo entre os fluxos de ativos e passivos, para a
garantia da liquidez, solvência e equilíbrio dos planos
de benefícios.
A equipe da Coordenação Geral de
Monitoramento Atuarial agradece a atenção
de todos!

CGMA/DIACE/PREVIC
previc.cgma@previc.gov.br
Fone: (61) 2021-2450

Você também pode gostar