Amálgama dental
Aspectos físicas e mecânicos das ligas.
Introdução:
É uma liga metálica de vários elementos,
que é processada na forma de finas
partículas de pó .
Prata, Estanho, Cobre e Zinco. • Este pó é
misturado ao mercúrio(Hg)→ trituração→
condensação na cavidade. É um material
restaurador definitivo.
Vantagens;
Fácil manipulação e emprego;
- Auto selamento marginal (à medida que o
material entra em contato com umidade ele
oxida e produz subprodutos da corrosão
que vai se depositar na interface
dente/restauração ai a medida que ele se
oxida ele vai selando a superfície do
material restaurador);
- Material restaurador direto com mais
resistência ao desgaste;
- Longevidade comprovada;
- Custo relativo baixo;
Desvantagens;
Estética deficiente;
- Não se adere a estrutura dentária (o amalgama
não se adere a superfície dentaria, por isso a
adesão é puramente mecânica as custas do atrito).
- Preparo retentivo (o desgaste que se faz no
dente) requer maior desgaste estrutural (tecido
sadio).
- Enfraquecimento da estrutura dentária (por ser
um material muito rígido pode levar a esse
enfraquecimento).
-Toxicidade do mercúrio (toxidade sistêmica é
insignificante, mas a ambiental é maior).
Composição
Propriedades físicas e mecânicas e características
manipuláveis
PRATA (Ag) Mínimo ---- 65%
• ↑ resistência da restauração.
• ↓ escoamento do amálgama sob forças de
mastigação.
• ↑ expansão de presa.
ESTANHO (Sn)
• Presente em cerca de 25%.
• Facilitar a amalgamação à temperatura ambiente.
• Redução na expansão da Ag.
• Acima de 27%: ↑contração e ↓resistência/dureza
da liga, ↑ escoamento.
COBRE (Cu)
• Substitui parcialmente a Ag.
• ↑ resistência.
• ↓ escoamento e a corrosão.
• Até 6% (ligas convencionais).
Acima de 6% e até 30% (ligas de alto teor de Cu)
Zinco (zn) Máximo ----- 2%
• Agente desoxidante durante a fusão da liga.
• Reduz formação de outros óxidos
. • + de 0,01%; ligas com Zn.
• - de 0,01%; ligas sem Zn.
MÉRCURIO (Hg) Máximo ------ 3%
• Em pequenas quantidades.
• Pré-amalgamadas. • Tempos de trabalho e de
presa mais curtos.
Classificação do amálgama
Quanto à presença de Cobre :
A composição: • Ligas convencionais ou
com baixo teor de cobre (limalha +
esferoidal)
• Ligas ricas em cobre ou alto teor de
cobre (limalha + esferoidal + ?)
• Ligas com ou sem zinco
• As convencionais tem até 70% do
conteúdo de prata e no máximo 6% de
cobre.
• Nas ligas com alto teor de cobre é
reduzido o conteúdo de prata e aumenta o
de cobre (30%),diminuindo a resistência.
• Baixo Teor de Cobre (<6%) Liga
convencional. Necessitam de mais Hg para
reação.
• Alto Teor de Cobre (6-30%) Liga de fase
dispersa e de fase única. Melhoria nas
propriedades mecânicas. Resistência à
corrosão. Redução da fase gama 2.
• Liga Convencional
Liga de Fase Dispersa
Recebe este termo por possuir um pó de
liga com duas composições diferentes.
Melhores propriedades mecânicas que as
ligas convencionais
Liga de Fase Única (Mais usada )
Cada partícula da liga apresenta a mesma
composição química.
• Principais componentes da liga: cobre,
estanho e prata.
• Fases que são encontradas nessa liga:
Y(Ag-Sn), Y1(Ag3Sn)e ε(Cu3Sn).
Quando triturados com Hg: Ag e Sn se
dissolvem.
Crescem os cristais(gama1): matriz que
une todas as partículas.
Cristais 𝜂: rede de cristais em forma de
bastão
Ligas que contém ZINCO:
- Se tiver 0,01% de zinco já é considerada
ligas de zinco;
- Atua como agente desoxidante
melhorando a adaptação marginal desse
amálgama e melhorando as propriedades
mecânicas;
- Vantagem: melhor integridade marginal,
melhores propriedades mecânicas e maior
durabilidade da restauração
QUANTO À FORMA DAS
PARTÍCULAS
Limalha (regular + fino + microfino)
Partículas finas e ultrafinas: são preferidas
por possuírem melhores propriedades
mecânicas e superfícies mais lisas.
ESFEROIDAL
Diferenças em relação quantidade de Hg Resistência
para manipulação.
Requisito básico para qualquer material
• 42 a 45%(esferoidais) – 50 a 52% restaurador.
(limalha). FRATURA AUMENTA O
RISCO A CORROSÃO E A
• Melhor pressão de condensação
RECIDIVA DE CÁRIE
QUANTO AO TAMANHO DAS FRACASSO CLÍNICO
PARTÍCULAS
A resistência do amálgama dental tem sido
• Tamanho e distribuição; avaliada sob forças de compressão
• Pó com partículas muito pequenas → Fatores que influenciam na resistência
necessidade de maior quantidade de Hg; do amálgama:
• Ideal → tamanho médio; • Trituração. • Conteúdo de Mercúrio. •
• Partículas de formato esferoidal → Condensação
superfície mais fácil de ser molhada pelo Efeito da trituração:
Hg
SUBTRITURAÇÃO
Propriedades do amálgama SOBRETRITURAÇÃO
Estabilidade dimensional
O amálgama pode expandir ou contrair MENOR Resistência do amálgama
dependendo de sua manipulação.
Efeito do conteúdo do mercúrio:
• O ideal é que a alteração dimensional seja
pequena. • Contração exagerada: micro
infiltração, acúmulo de placa e cárie
recidivante.
• Expansão exagerada: pressão sobrea
polpa e sensibilidade pós-operatória. •
Quando manipulado adequadamente, a
maioria dos amálgamas exibe pouca
alteração dimensional adicional após 24
horas.
• Amálgama que contém zinco e for
contaminado por umidade durante a
trituração ou condensação poderá sofrer
expansão tardia.
Efeito da Condensação
• O campo operatório deve ser mantido
seco. • Ligas com partículas de limalha
• Água de seringa tríplice, contato direto
com as mãos ou saliva durante a
condensação
“Quanto maior for a pressão de
condensação, mais elevada a
resistência a compressão.”
• Ligas com partículas esféricas
“Condensadas com pressão mais
suave produzem resistência
adequada.”
CREEP
•Propriedades viscoelástica.
•Deformação plástica progressiva
relacionada com as forças estáticas e
dinâmicas.
•Quanto mais alto o creep maior é o grau
de deterioração marginal.
É prudente selecionar uma liga comercial
que possua um creep inferior a 3%
segundo a especificação No.1da
ANSI/ADA.”
• Pode causar expansão da restauração para
fora da cavidade.
• A fase gama 2 está associada a taxas mais
altas de creep.
DESLUSTRE E CORROSÃO
• As restaurações de amálgama com
frequência sofrem deslustre e corrosão no
meio bucal.
• Corrosão: degradação progressiva de
um metal por reação química ou
eletroquímica com o meio.
• Deslustre: escurecimento, perda de
brilho.
• Passividade durante o deslustre fornece
proteção parcial contra a corrosão.
Corrosão interface dente/restauração.
• A formação de produtos de corrosão sela
gradualmente espaços.
• Relação com a fase gama2.
• Deve-se maximizar a produção de uma
superfície homogênea e lisa na restauração.
• Ligas com alto teor de cobre também
podem sofrer corrosão (limitada).
FATORES QUE INFLUENCIAM NO
SUCESSO DA RESTAURAÇÃO
• As características de manipulação;
• Familiarização com a liga;
• Variáveis referente ao operador é o
principal fator que influencia a
longevidade da restauração;
• O preparo cavitário deve ser deve
realizado adequadamente
Novos sistemas de liga com alto teor de
cobre são os preferidos atualmente.
Melhoria das propriedades
físicas,eliminação da fase y2 e melhor
resistência à corrosão
DETERIORIZAÇÃO MARGINAL
• “Valamento” marginal.
• Os exames de restaurações clínicas
permitiram associar o aparecimento
de cáries recorrentes à ocorrência de
discrepâncias marginais que excedam
50um
Uma população com boa higiene oral,
a incidência de cárie recorrente pode
ser muito baixa, mesmo na presença
de degradação marginal acentuada.
• As fraturas marginais das restaurações de
amálgama podem ser causadas ou
relacionadas com diversos fatores.
1.Preparo Cavitário Impróprio ou
Acabamento Inadequado;• 2. Excesso de
Mercúrio (Restauração mecanicamente
fraca)• 3. Creep
Processo de almagamação @Steffany_Carolineee
TRITURAÇÃO
• Objetivo: promover um maior contato
entre a liga e o mercúrio. • Pode ser
manual ou mecânica
INSERÇÃO
• Após a trituração do material insere-se o
amálgama manipulado à cavidade
preparada com a ajuda do porta amálgama
CONDENSAÇÃO
• A condensação visa a perfeita adaptação
do amálgama com as paredes e ângulos da
cavidade. • Compactação do amálgama. •
Condensadores de amálgama.
BRUNIMENTO
• Realizada com um brunidor ovoide ou
esférico, compressão firme sobre o
amálgama.
• Intuito de remover o excesso de
mercúrio.
ESCULTURA
• Simula a anatomia do dente na
restauração
ACABAMENTO
• O acabamento não deve ser realizado até
que o amálgama tenha adquirido uma
resistência aceitável, portanto esse
procedimento só deve ser inicia do pelo
menos 24 horas após a condensação do
amálgama