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A Idade Média - foi um período da história que se estendeu do século V ao século

XV.

- O seu início foi marcado pela queda do Império Romano do Ocidente, com a conquista de
Roma em 476 pelos Bárbaros (tribos germânicas). Terminando assim a Antiguidade Clássica.

- O seu fim for marcado pela queda do Império Romano do Oriente (Império Bizantino) pela
tomada de Constantinopla pelos Otomanos em 1453.

Entre o século V e o século X – Alta Idade Média


Marcos da alta idade média

A fragmentação política da Europa Ocidental após a queda do Império Romano do


Ocidente.

- Bárbaros dividem-se e constituem vários reinos


- Substituição da unidade Imperial, e tentativa de continuação pelo Sacro Império Romano-
Germano
- Reinos subdividiam-se em Senhorios (Sistema Feudal)
- Habitavam o senhorio homens livres e não livres, obrigados a trabalhar na agricultura
- O senhor feudal possuía o poder total no seu senhorio (feudo)
- Os Árabes e o Islamismo – no Oriente Médio, na península arábica, nasceu em 630 o Islão,
como resultado das Guerras Santas empreendidas por Maomé. Aos poucos, o Islamismo se
expandiu por um extenso território, conquistando terras da Ásia, África e Europa. Entre elas a
península ibérica.
- O Império Bizantino – estabelecido em Constantinopla, o Império Bizantino sobreviveu às
invasões bárbaras e perdurou por todo o período medieval.

o papel unificador da Igreja neste período.

- Igreja Católica como ponto comum, que unia toda a Europa na mesma Fé
- Clero bem organizado e muitas riquezas
- Papa: Era o chefe supremo da igreja
- Representava cristo na Terra.
- Supremo árbitro de todos os conflitos
- Reconhecia novos estados
- Reconhecia os reis
- Reconhecia as leis
- Limitava o direito à guerra e convocava para a guerra santa (cruzadas).
- Usava a excomunhão como arma de controlo
Entre o século X e o século XV – Baixa Idade Média
Marcos da baixa idade média

A crise do feudalismo

- O ressurgimento urbano na Europa;


- O renascimento comercial europeu;
- A formação das monarquias nacionais europeias;
- O falhanço das cruzadas e da expansão das sociedades cristãs para oriente;
- Progressiva separação e maiores diferenças políticas e religiosas entre o Império Bizantino e
os reinos da europa ocidental.
- Situada numa posição privilegiada, Constantinopla (capital do Imperio Bizantino) era ponto de
passagem para os comerciantes que circulavam entre o Oriente e o Ocidente (rota da Seda e
rota das especiarias).

O desenvolvimento económico entre os séculos XII e XIII.

- Os habitantes das cidades da europa ocidental recusam ser dominados por um senhor feudal,
lutam pela independência, e surgem as Comunas, nas cidades do Norte de Itália. Seriam o
início da expansão urbana em toda a europa ocidental.

Grandes contributos para o desenvolvimento:


- Fim das invasões por povos fora da europa ocidental e fim das cruzadas.
- Melhoria climática
- Progressos técnicos na agricultura, comércio e indústria
- Melhoria dos transportes marítimos

A expansão agrária e as consequências do aumento da produção agrícola.

- Arroteamentos
- Mais mão de obra e criação e/ou reanimação de vilas
- Crescente emprego de ferro nas alfaias
- Uso da coelheira
- Afolhamento trienal
- Adubamento dos solos
- Aumento da produtividade
- Aumento das disponibilidades alimentares
- Crescimento demográfico
- Excedentes agrícolas
- Desenvolvimento do comércio
- Desenvolvimento Urbano

O desenvolvimento urbano e comercial.

- Período de paz
- Aumento demográfico leva a disponibilidade de mão de obra
- Existências de excedentes
- Campo abastece a cidade
- Movimento de libertação servil
- Artesãos dedicam-se exclusivamente aos seus ofícios
- Desenvolvimento da economia de mercado e monetária
- Interesses sociais: surge um novo grupo: a burguesia

O papel das feiras medievais no desenvolvimento económico no período dos sécs. XII a
XIII.

- São grandes centros de comércio onde circula grande variedade e quantidade de produtos
- Centros de intercâmbio de ideias e informação. Dinamização do reino
- Realizavam-se no dia do Santo Padroeira de terra ou região, e podem ser quinzenais,
mensais ou anuais.
- Podiam ser regionais, nacionais ou internacionais
- Eram incentivadas por reis e senhores
- Aumentavam as receitas régias
- Mercadores beneficiavam de privilégios, como o não pagamento de impostos

A criação de associações comerciais e de novas práticas financeiras.

- Sociedades comerciais: Hansas ou Guildas


- Companhias comerciais: Bolsa de mercadores e Companhia das Naus
- Primeiros pagamentos em papel: letra de câmbio e cheque
- Surgimento dos primeiros cambistas
- Grandes Investimento, grandes riscos, necessidade de proteção
- Hansa: associação de mercadores que se unem com o objetivo de melhor proteger os seus
interesses
- Proteger os comerciantes, aumentar o capital, compras, aumento dos produtos em circulação
e do lucro, compre e venda de produtos cada vez mais longe.

A crise do séc. XIV

- Alterações Climáticas
- Sucessão de maus anos agrícolas
- Diminuição dos arroteamentos
- Fomes e Peste Negra
- Quebra económica, monetária e fiscal
- Guerras e revoltas socias, urbanas e rurais
- Concentração de riquezas (heranças)

As consequências resultantes da crise a nível demográfico, económico, social e mental.

Demográfico. – Quebra demográfica


Económico. Campo. - Falta de mão de obra
- Subida de Salários
- Subida de preços inicial – inflação
- Descida de preços por falta de procura – deflação – causada pelas mortes.
- Diminuição da produção de cerais
- Aumento das pastagens
-- Ruína dos centros comerciais e industriais – peste
- Desvalorização monetária
- Graves problemas nos circuitos comerciais
Social. – Êxodo rural
- Empobrecimento da nobreza

- A queda de Constantinopla em 1453 marcou o fim da Idade Média na Europa.


IDADE MODERNA – Do Século XV ao fim do século XVIII
- Período de grandes transformações sociais, económicas e políticas.

Marcos da Modernidade

Economia
- Surgimento do sistema capitalista (comércio ligado às grandes navegações, novos
continentes e à formação do sistema colonial).

Sociedade
- Importância social da burguesia (comerciantes, financistas e industriais) e o aparecimento do
trabalho assalariado.

Política
- Progressiva centralização do poder nas mãos dos reis, em prejuízo do poder da nobreza
feudal (surgimento do Estado Moderno).

Cultura
- Renascimento (mentalidade burguesa).

O Renascimento (ou Renascença, Renascentismo) foi, ao mesmo tempo, um período histórico


e um movimento cultural, intelectual e artístico surgido na Itália, entre os séculos XIV e XVII, e
atingiu seu ápice no século XVI. O Renascimento significa, literalmente, nascer novamente. Por
isso, esse termo foi utilizado para indicar o movimento de retoma da cultura clássica greco-
romana.

O Renascimento está situado num período de transição entre a Idade Média e a Modernidade,
o que corresponde ao final do Feudalismo e início do Capitalismo. Naquele momento, uma
importante mudança no modo de perceber o mundo ocorreu: passava-se de um pensamento
predominantemente teocêntrico - onde tudo se explica a partir de uma origem divina - para uma
visão de mundo antropocêntrica, onde o homem assume papel central em relação ao universo.

Religião
Reforma protestante (quebra efetiva da unidade do pensamento cristão em torno da Igreja
Católica).

Características do Estado Moderno


A aliança dos reis com a burguesia foi fundamental na formação dos Estados Modernos de
poder centralizado nas mãos dos soberanos.

Surgimento do Poder Absoluto.

Principais Estados Absolutistas


- Portugal (dinastia de Avis)
- Espanha (Fernando e Isabel)
- França (Luís XIV)
- Inglaterra (Elisabeth I e Jaime I)
Idade Contemporânea - vai desde 1789 até os dias
atuais.
Compreende o espaço de tempo que vai da Revolução Francesa (1789) aos nossos dias.

O seu início foi marcado pela corrente filosófica iluminista, que destacava a importância da
razão e é marcado pelo desenvolvimento e consolidação do regime capitalista no ocidente e
consequentemente pelas disputas das grandes potências europeias por territórios, matérias-
primas e mercados consumidores.

Marcos contemporâneos até à primeira Guerra Mundial

Revolução Francesa

- Poucos acontecimentos na história da humanidade foram tão significativos quanto a


Revolução Francesa.
- O “Antigo Regime” (sistema de governo monárquico com um sistema social hierarquizado
onde a base camponesa mantinha pelo seu trabalho a nobreza e o alto clero) foi destruído pela
revolução popular.
- O esforço fundamental dos revolucionários foi destruir a ordem social e o sistema político-
económico, mas o sistema religioso dominante também foi atingido.
- A França permaneceu em uma onda de instabilidade política, social e económica durante os
anos seguintes, que fez com que a alta burguesia defendesse a implantação de um governo
autoritário presidido por uma figura de força. Essa figura era Napoleão Bonaparte, general do
exército francês, famoso na época por liderar as tropas do país no exterior.
- Entre as várias consequências, podem-se destacar algumas: universalização dos direitos
sociais e das liberdades individuais com a Declaração dos Direitos do Homem, fim dos
privilégios do feudalismo na França, início da queda do absolutismo na Europa, separação
entre os poderes legislativo, executivo e judiciário.
- A Revolução Francesa promoveu o Nacionalismo como ideologia, valorizando a aproximação
e identificação da população com a ideia de nação.

Romantismo

- O Romantismo foi o último grande movimento artístico que sobreviveu na Europa por tanto
tempo, começando no fim do século XVIII na Alemanha e foi até o fim do século XIX.
- De maneira geral o Romantismo foi o grande contribuinte do nacionalismo que surgiu com a
Revolução Francesa. O Nacionalismo iria provocar tensões e rivalidades entre as diferentes
nações europeias e os seus povos.
- O principal objetivo era fazer oposição ao classicismo, ao racionalismo e ao iluminismo
propondo um novo modelo educativo e cultural valorizando os sentimentos, a liberdade de
expressão e a crítica social.

Revolução industrial

- Período de 1760 até meados de 1850 caracterizado pelo grande desenvolvimento tecnológico
iniciado na Europa e que, posteriormente, espalhou-se pelo mundo, provocando inúmeras e
profundas transformações económicas e sociais.
- Provocou intensas transformações no sistema produtivo. Surgiram as indústrias e um novo
modo de produção: a manufatura deu lugar à maquinofatura. Houve aumento da mão de obra e
sua consequente desvalorização. Novas relações de trabalho surgiram mediante a existência
de duas classes: a burguesia e o proletariado.
- A Inglaterra industrializou-se num primeiro momento e posteriormente outras nações. A
máquina introduzida nas fábricas possibilitou o aumento da produção em menos tempo,
aumento dos lucros e o desenvolvimento da economia.
- Promoveu o aumento do êxodo rural, o crescimento das cidades e da população de forma
desordenada. As cidades tornam-se grandes centros industriais, mas com muitos problemas
sociais e ambientais.
- Com o seu avanço industrial e comercial a Inglaterra torna-se a grande potência mundial e
inicia um processo de imperialismo e colonialismo, seguido depois por outras potências
europeias.

Neocolonialismo e imperialismo

- Com o crescimento da produção e dos investimentos o mercado interno das potências


europeias não é suficiente e inicia-se um processo de expansão da produção para outras
regiões visando manter os lucros altos. Além de da busca de novos territórios e matérias-
primas para desenvolvimento industrial, o imperialismo tinha outras motivações como a procura
de novos mercados consumidores e mão de obra barata.
- O colonialismo no fim do século XIX e começo do século XX foram motivados por essas
razões, e teve como consequência a exploração de milhares de habitantes do chamado
Terceiro Mundo e a competição pelos recursos e mercados pelas potências europeias como a
Inglaterra, França, Itália e Alemanha. Tal competição iria provocar os maiores conflitos bélicos
que a humanidade já conheceu.

1ª Guerra Mundial

- A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) foi o resultado da rivalidade e competição provocados


pelo imperialismo das grandes potências europeias.
- Dois blocos enfrentaram-se: a Tríplice Aliança, formada pela Alemanha, Áustria e Itália, e a
Tríplice Entente formada pela França, Inglaterra e Rússia.
- Desde o final do século XIX o mundo vivia em tensão. O extraordinário crescimento industrial
possibilitou a produção de armas numa quantidade jamais imaginada.
- A tentativa de expansão do Império Alemão e de competição industrial com a Inglaterra e as
outras potências europeias fez aumentar as antigas rivalidades entre França e Alemanha,
Rússia e Alemanha, e Inglaterra e Alemanha.
- A Alemanha sofreu sucessivas derrotas e esfomeado e cansado o povo alemão se revoltou e
os soldados e operários forçaram o kaiser (imperador) a abdicar. Foi assinado o Tratado de
Versalhes.
- O Tratado de Versalhes levou à redefinição de fronteiras, o estabelecimento de
indemnizações pela Alemanha e a criação da Sociedade das Nações. A Alemanha perdeu 13%
de seu território na Europa e, assim, 7 milhões de cidadãos. As colónias alemãs em África
foram divididas entre Inglaterra, Bélgica e França. A economia alemã ficou numa crise
económica que durou toda a década de 1920.

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