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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS


DEPARTAMENTO DE LETRAS

DIAGNÓSTICO DA REALIDADE DA EDUCAÇÃO BÁSICA


C. E ANTONIO RIBEIRO DA SILVA

SÃO LUÍS - MA
2019
ERIKA DE SOUSA MONTEIRO
GUSTAVO BARBOSA DO NASCIMENTO
LUCIANE VALE
JOSILENE BARROS DA CRUZ
POLIANA DA CONCEIÇÃO PEREIRA
ISABELLA DE MELLO FRANÇA

CENTRO DE ENSINO ANTONIO RIBEIRO DA SILVA

Trabalho apresentado à disciplina Diagnóstico da Realidade da Educação Básica do curso de


Letras da Universidade Federa do Maranhão(UFMA) para obtenção de nota.
Orientadora: Profª Drª Marize Barros Rocha.

SÃO LUÍS - MA
2019
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
2 CARACTERIZAÇÃO DO BAIRRO
2.1 Origem do Sá Viana
2.2 História
2.3 Problemas
2.4 Melhorias
2.5 Localização
3 A ESCOLA
3.1 Identificação da escola
3.2 Corpo de funcionários
3.3 Alunos e turmas
3.4 Espaço físico
4 AVALIAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO DA ESCOLA
5 PESQUISA QUALITATIVAS
5.1 Pesquisa com os alunos
5.2 Pesquisa com os professores
5.3 Pesquisa com os organizadores da escola
6 EVENTOS, PROGRAMAS E SIMULADOS
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
8 REFERÊNCIAS
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1. INTRODUÇÃO
Paulo Freire já dizia: “se a educação sozinha não transforma a sociedade sem ela
tampouco a sociedade muda”, ou seja, para que se construa uma sociedade melhor não se
pode abrir mão da educação porque ela seria a única saída. O Brasil ocupa altos índices de
analfabetismo, evasão escolar e menor desempenho em matérias como português,
matemática e ciências, para que este problema seja amenizado para obter possíveis
resultados positivos, em um prazo de pelo menos 10 anos, tem-se a necessidade de fazer
um diagnóstico da educação brasileira.
O termo diagnóstico provém da medicina onde se visa primeiramente diagnosticar um
indivíduo antes de lhe propor tratamentos, levando o termo para o contexto escolar, ele se
faz complexo devido a inúmeros fatores que compõe a realidade escolar, uma vez que
questões internas e externas contribuem para o processo de aprendizagem, adaptação do
aluno a escola e seu rendimento pessoal, dessa forma o conceito de diagnostico na
educação busca analisar e investigar a realidade escolar levando em conta o contexto em
que esta inserida e posteriormente associá-las e tomar medidas preventivas e corretivas
necessárias.
Aliado a isso, segundo a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) com base nos dados da Pesquisa Nacional por amostra de domicílio contínua
(PNAD contínua) a taxa de analfabetismo ainda ocupa um alto índice e se amplia a evasão
escolar. Nota-se em virtude disso que a realidade da educação brasileira não seria das
melhores. É preciso descobrir porque esses dados ainda continuam. Immanuel Kant dizia
“o homem não é nada, além daquilo que a educação faz dele” assim é indubitável que algo
deva se feito para se desenvolver uma sociedade melhor e mais intelectual.
Diante do exposto, o trabalho visa expor um diagnostico da Escola Antonio Vieira,
levando em conta o bairro, os alunos, professores, estrutura e como se da o processo
ensino-aprendizado através de questionários realizados por alunos, tendo em vista o ano e
a idade. Obviamente existem inúmeras escolas publicas no Brasil e as pesquisas apontam
falhas no sistema educacional brasileiro, porem pode-se ter uma base d como esta sendo
realizados esses processos educacionais no Maranhão, especificamente em São Luis, no
bairro Sá Viana.
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2. CARACTERIZAÇÃO DO BAIRRO
O Sá Viana foi fundado em 17 de setembro de 1970. A comunidade possui uma
história particular de luta e sobrevivência, grande parte de seus moradores ocupam área
insalubres. Segundo Rodrigues (2003, p.12 apud LOBO, 2006, p.12)
“Pois, independentemente do tempo, da condição social e do
espaço é preciso de alguma maneira morar. No campo, na
pequena cidade, na metrópole, morar como vestir e se alimentar
é uma das necessidades básicas do indivíduo. Historicamente
mudam as características da habitação, no entanto, é sempre
preciso morar, pois não é possível viver sem ocupar espaços”.

Localiza-se em uma zona costeira, essas zonas foram às primeiras áreas a serem
ocupadas, segundo Tarouco (2002, p.17 apud FERREIRA, 2008, p.11) essas “zonas ditas”
costeiras compreende áreas ou interações entre a terra, mar e ar”. A população tem
preferência pelas áreas costeiras pelo fato destas áreas possuírem condições favoráveis
para a sobrevivência humana.
2.1. ORIGM DO SÁ VIANA
Existem duas versões a primeira está relacionado a construção de um seminário no
Sá Viana, onde durante muito tempo ficou localizado a torre da educadora, o engenheiro
da obra chamava-se José Ribamar Sá Viana (Salviano), então quando chegava material
para ele, os entregadores falavam que aquele material que eles estavam trazendo deveria
ser entregue ao seu Salviano.
A segunda versão associar-se a Ana Janse, alguns moradores contam que ela
possuía uma propriedade próxima a beira do rio, está propriedade era utilizada como casa
de venero. Assim, quando Ana Janse chegava nesta propriedade todos os escravos
gritavam “salve Ana”.
2.2. HISTÓRIA
Assim como outras áreas de São Luís, o bairro era habitado por poucas famílias,
mas devido ao desenvolvimento econômico do Estado que tem influência direta com o
crescimento da população, diversas áreas passaram a ser ocupadas por famílias vindas de
várias cidades do Maranhão, dentre elas Alcântara, São João Batista e etc. Logo os
primeiros moradores do Sá Viana foram pescadores, estivadores e trabalhadores rurais.
Dentre esses moradores antigos podemos destacar seu Zé baixinho, seu Domingos que
chamavam Domingo gogo de sola e seu Domingos olho de vidro. Naquela época o acesso
para o bairro era feito de barco, não existia uma ligação por terra para a região, visto que a
construção da Barragem do Bacanga só vem a acontecer nós anos de 1969 a 1970.
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Em 17 de Setembro de 1970 ocorreu a fundação do Sá Viana, que orientou a


comunidade foi o arcebispo de São Luís José de Medeiros Delgado que durante muito
tempo ajudou os moradores com a doação de alimentos e roupas. A comunidade do Sá
Viana teve como primeiro presidente da união dos moradores Pedro Venero, que ficou no
mandato por apenas um ano. No ano seguinte assumiu o poder seu segundo e atual
presidente Pedro Cutrim. Juarez da Damascena o dentista e Dom Delgado auxiliaram os
moderadores da comunidade durante um período marcante na historia deste povo.
Porém, a situação que se instalou na década de 1970, se tratando do uso e
ocupação de alguns espaços na cidade de São Luís, é motivo de disputas, pois muitos
desses espaços eram de propriedade privada. No caso Sá Viana, essas disputas foram
travadas com a Universidade Federal do Maranhão, proprietária de grande parte da área
Itaqui-Bacanga. Entretanto, a população do bairro Sá Viana conforme Sousa e Pereira
(1979, p.7) estavam “[...] amontoado em terrenos irregulares, acidentados e ou alagados,
de domínio útil da Universidade Federal do Maranhão”.
Segundo o relato do seu Dalmir Silva Pereira morador do Sá Viana há 43 anos
ocorreu vários conflitos entre a Universidade Federal do Maranhão apoiada pelo Governo
do Estado e os moradores do local, que se viam encurralados e desprotegidos quanto ao
direito de moradia, por outro lado a Universidade Federal do Maranhão proprietária de
uma área estimada de 250 hectares, considerava-se prejudicada, pois corria o risco de
perder 21 hectares da sua área total. Porém, no dia 30 de maio de 1974, segundo Livro de
notas nº 322, folhas 22 e 23 verso 1º translado Tabelionato do 1º oficio, Cartório Oswaldo
Soares a Universidade Federal do Maranhão.
[...] transferiu, por doação, à mesma outorgada cessionária, o
domínio útil do “Sitio Sá Viana” que houve também, por
doação, do Estado da Maranhão, por meio de escritura pública
lavrada [...] cede, gratuitamente, à outorga cessionária todos
os direitos que tem sobre as terras do aludido Sítio, inclusive
os de reclamar e pedir revogação de aforamento ficando
ressalva e excluído da presente cessão os direitos que tem
sobre a área de vinte e um (21) hectares [...].

Assim, no dia 15 de setembro de 1979, ocorreu uma ação da universidade


para a retirada de todos os moradores do Sá Viana, segundo relato dos
moradores mais antigos a polícia chegou às cinco horas da manhã, houve
coerção policial contra a comunidade, como a derrubada de as casas que ali
existiam. Em contrapartida a comunidade danificou um escritório da universidade.
Posteriormente, sucederam diversas reuniões e promessas, como exemplo uma
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indenização e a construção de casas pelo BNH (Banco Nacional da Habitação),


entretanto, algumas pessoas receberam indenização ou foram realocados para
outra área, enquanto outras não receberam nada.
Atualmente universidade promover ações voltadas para a comunidade como forma
de estreitar os laços com a comunidade, entretanto não são ações de grande relevância
segundo os moradores.
2.3. PROBLEMAS
Os maiores problemas enfrentado pelos moradores do Sá Viana são as inundações,
deslizamento de encosta, falta de água e falta de saneamento básico. Sendo que
inundações e deslizamento de encosta são os principais problemas que os moradores
enfrentam. Alguns moradores relataram que durante o período chuvoso, suas casas são
invadidas pela maré, e todos os seus pertencem assim como seu imóvel são perdidos,
outros problemas que eles relatam foi em relação às vias publicas de péssima qualidade, a
falta de um posto de saúde e o transporte coletivo de má qualidade, ônibus lotado e tantos
outros fatores.
2.4. MELHORIAS
O tempo foi peça fundamental para o desenvolvimento do Sá Viana, a construção
da barragem do Bacanga foi o principal progresso para o bairro Sá Viana e a área do
Itaqui – Bacanga. A construção de algumas escolas comunitárias e públicas dentre elas
citamos Ce Antônio Ribeiro Da Silva uma escola de ensino fundamental, médio e EJA.,
Ec Lirio do Vale, Ec Batista Kerygma e outras. Entretanto, ainda existem diversos
problemas na comunidade que necessitam ser melhorada.
2.5. LOCALIZAÇÃO
O bairro do Sá Viana encontra-se localizado: ao norte, UFMA – Universidade
Federal do Maranhão, ao sul, o rio Bacanga, a oeste, Vila Embratel e leste rio Bacanga, no
município de São Luís que faz parte da área Itaqui - Bacanga, localiza-se na porção centro
oeste da capital do Maranhão.
3. A ESCOLA

3.1 Identificação da escola

A escola C.E Antônio Ribeiro da Silva está localizada na Av. Contorno da


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UFMA, 312- Sá Viana, São Luís – MA, 65080-420, fundada em 1990 com 10 salas de
aula
e uma só modalidade de ensino que era o fundamental menor. Hoje a escola estadual
funciona com fundamental menor, maior e médio e é uma das principais do bairro. Possui
cerca de 1140 alunos (segundo dados do Censo escolar 2018).

3.2 Corpo de funcionários


Os funcionários são todos concursados pelo governo, exceto os auxiliares de
serviços diversos, que são terceirizados.
● 1 Diretora e 2 auxiliares.
● 72 Professores
● 1 Secretário
● Apoio pedagógico: 1 matutino e 2 noturno.
● 1 Agente de portaria.
● Serviços diversos (funcionários terceirizados)

3.3 Alunos e turmas


A escola apresenta atualmente um total de 1380 matrículas. Sendo que no turno
matutino funcionam 5 turmas de 5º ano, 5 turmas de 6º ano e 4 turmas de 7º ano, um total
de 14 turmas no turno matutino. No turno vespertino são 2 turmas de 8º ano, 2 turmas de

ano, 2 turmas de 1º ano do Ens. Médio, 2 turmas de 2º ano do Ens. Médio e 2 turmas de 3º
ano do Ens. Médio, um total de 10 turmas no turno vespertino. No turno noturno são 11
turmas divididas entre o Ensino Médio regular, Ensino Médio EJA e EJA/REGULAR.
Os alunos que estudam no C.E Antônio Ribeiro Da Silva, em sua maioria, vêm do
mesmo bairro e/ou de comunidades adjacentes. Além disso, a escola possui um alto índice
de evasão escolar no turno da noite, onde a maioria das turmas é da modalidade EJA
(Educação de Jovens e Adultos), um dado que já vem sendo observado há vários anos
pelos educadores das escolas que ofertam essa modalidade de ensino. Acredita-se que os
problemas constatados na EJA podem estar relacionados com os perfis dos jovens,
caracterizados por suas especificidades, o que exige uma reconfiguração da escola para
atendimento desse público.
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3.4 Espaço físico


Durante a observação os seguintes espaços foram encontrados nas dependências
da
escola:
• 1 Sala de direção: dividida em duas pequenas salas, equipada com computadores e
ar condicionado;
• 1 Sala de professores: espaço mobilizado com mesas, armários. Divide espaço
com a biblioteca da escola;
• 1 Laboratório de informática: Espaço pequeno, porém equipado com
computadores, ar condicionado e Datashow. Funciona como auditório para
possíveis aulas e palestras;
• 14 Salas de aulas;
• 1 Refeitório: não tem lugar para os alunos fazerem as refeições;
• 1 Cozinha;
• 1 Pátio coberto: Bastante amplo, dividindo lugar com o refeitório. É arejado e
iluminado;
• Área verde;
• 1 Horta caseira;
• Estacionamento: Localizado na área externa do colégio;
• 1 Quadra de esportes: Localizada na área externa do colégio, não está adequada
para práticas de exercícios;
• Banheiros: 2 para professores e 2 para alunos. Cada banheiro possui divisões no
seu interior, alguns estão sem portas;
• Corredores: Iluminados e estreitos. Apresentam corrimãos, porém há muros
pequenos, tornando uma área de risco para alunos menores;
• Há rampas para alunos portadores de necessidades especiais;
• 1 Sala de leitura: Equipada com mesas, cadeiras e livros. Muito desorganizada e
empoeirada.
AVALIAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO
A escola CE Antonio Ribeiro conta com um espaço adequado para o
desenvolvimento pedagógico e amplo para os alunos.
Alem de conta com salas de aula, banheiro, e sala do direito a escola conta com
biblioteca, pátio, consultório odontológico, sala de musicas, quadra poliesportiva e
também de uma horta.
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Quadra poliesportiva: um espaço aberto, sem proteção com péssima


infrestrutura. No qual há reclamações de alunos e professores pelas pessimas qualidades
que a mesma se encontra.
Biblioteca: um espaço que dispõe poucos acervos para os alunos, e a mesma é
usada como sala de professores. Os alunos relatam que nunca pegaram um livro. A
diretora relatou que o espaço está sendo reformado para receber mais acervos.
Pátio: um espaço bem amplo para que os alunos, lanchem e se interagem uns
com os outros,
Consultório odontológico: A escola possui um espaço com atendimento
odontológico os alunos e a comunidade escolar com problemas em saúde bucal.
Sala de música: a escola possui uma banda , na qual os alunos fazem parte, a
mesma possui os instrumentos musical. Um meio de fazer com que os alunos tenham um
incentivo para que não haja o abandono escolar.
Horta: A educação ambiental é um dos tópicos mais importantes a serem
absorvidos pelos alunos, a escola tem o espaço da horta no qual o professor de geografia é
o responsável pelo espaço. So que falta arrumar o espaço para plantação de hortaliças.

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