Invizibilizacion del sufrimiento: sobre el (des)aparecer de las
fuentes de la critica.
Sofrimento como fonte da crítica social em Adorno, Horkheimer, Honneth e Renault,
como chave para atualização da crítica imanente (novos princípios para o mundo baseado nos próprios princípios do mundo); Percepção do sofrimento; Mecanismos de exclusão, ofuscação ou invisibilização da fonte da crítica social imanente; Empecilho da superação do sofrimento por sua invisibilização – e produção de mais sofrimento pela mesma razão; Problema da visibilização do sofrimento para garantia da crítica, pois esta também pode gerar sofrimento por ser observação, extrativismo epistemológico, regime de controle social ou identificação como requisito para o desprezo; Marx = história humana como luta contra o sofrimento; Debate sociológico do sofrimento centrado no sofrimento social e não físico, ou seja, aquele sofrimento que é produzido e pode ser evitado pelo ser humano – movimentando-se no espaço do socialmente possível; Sofrimento de segunda ordem = indignação moral por um sofrimento de primeira ordem; Confirmação das três esferas de normatividade por pesquisas empíricas = normas sociais intersubjetivamente válidas; Elemento moral que diferencia o sofrimento físico do social; “Tendo em conta que o sofrimento social é uma indignação moral sobre as relações sociais que, teoricamente, poderiam evitar ou abolir o sofrimento, esta indignação social depende de uma narrativa convincente sobre a estrutura social e sua capacidade de proporcionar melhores condições de vida. Não obstante, existem muitos mecanismos que impedem o surgimento da comunicação ou o entendimento destas narrativas e suas correspondentes exigências normativas. Em última instancia, estes mecanismos impedem o acesso ao sofrimento. São estes os mecanismos da invisibilização.” (p. 133); Invisibilidade em Le Blanc = impossibilidade de tomar parte no espaço público > impossibilidade de formar processos de comunicação e interação; Exclusão e marginalização associadas ao espaço público e exclusão a mecanismos comunicativos ou discursivos > silenciamento; “Podemos pensar na relação existente entre sofrimento e invisibilidade em ambas as direções: por um lado, o sofrimento como experiência física e psíquica vivida frequentemente excede o dizível e com ele também o negociável no âmbito público discursivo. Como experiência vivida, o sofrimento geralmente tem também um elemento físico, dificilmente explicado com palavras. Cada vivência é única e concreta e se resiste à abstração das palavras. A isso se somam uma série de mecanismos da ‘ordem do discurso’ (Foucault, 1999) que dificultam a expressão ou a demonstração pública do sofrimento. Por outro lado, também a invisibilidade, sobretudo quando se trata de uma invisibilidade social entendida em termos de falta de reconhecimento (Honneth, 2001) pode produzir de novo sofrimento. O círculo vicioso entre invisibilidade, por um lado, e sofrimento, por outro, dificulta a percepção pública, e com ele a negociação discursiva no espaço público de sofrimento em grupos marginalizados” (p. 135); Invisibilização > ausência de comunicação > obstáculo a uma comunidade comunicativa; Problemas da compreensão teórica do sofrimento = 1) falar do sofrimento excede a experiência vivida (relação do sofrimento com a dor); 2) impossibilidade de articulação e segundo sofrimento; 3) empatia como forma de comunicação; “Quando se torna impossível a articulação do sofrimento, a qual não é somente uma articulação no espaço público, mas também uma digestão, por assim dizer, para a pessoa que sofre, e quando todo esse caminho se torna obstaculizado para o indivíduo, se pode produzir um segundo sofrimento” (p. 136); Técnicas ativas de silenciamento do sofrimento; Invisibilidade física x invisibilidade social; Participação do discurso no espaço público por um pequeno público, dotado de capital econômico, social e educativo; “Aos mecanismos mais sutis de invisibilização física se somam aqueles que impedem, quase por completo, perceber as relações sociais existentes por trás do sofrimento, de onde a ação que produz o sofrimento e seu efeito são vistos como dois acontecimentos separados e de onde ação e efeito desaparecem por trás de grandes sistemas ou estruturas” (p. 138); Sofrimento e invisibilização social ocorrem quando os sujeitos estão visíveis, mas não são considerados da mesma forma = grupos sociais marginalizados ou não hegemônicos; Relações com exigências normativas silenciadas; Componente social aprendido destes processos; “Somente conhecendo os mecanismos de ofuscação poderemos avançar até as fontes da crítica. Ao mesmo tempo, os mecanismos de invisibilização possibilitam e reforçam também o sofrimento social mesmo, aquele que ‘não deve ser’. Para o crítico social, não somente o sofrimento em si, senão a existência destes mecanismos aponta para uma ordem social patológica. A análise do sofrimento silenciado, pelo contrário, aponta ao oposto desta ordem social patológica: a uma sociedade que permite uma autorrelação realizada” (p. 140); Visibilização como inclusão discursiva em Habermas e Honneth (precondição para o reconhecimento); Papadoulos e Tsianos apresentam a impercibilidade como prática política, dever impessoal de escapar aos mecanismos de controle do Estado = substituição da luta por reconhecimento pela luta contra o sofrimento; Visibilização como estratégia de poder e controle, regime de visibilidade, como no caso do panóptico; Tipos de luta contra o desprezo = 1) luta por reconhecimento (compreensão das reações afetivas negativas); 2) êxodo político (luta contra as categorias de reconhecimento); 3) retirada estoica (invisibilização emancipadora); Abertura para um leque de questões relacionadas ao reconhecimento;