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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA

Critérios de avaliação; Frequência; Desempenho.

IRÊNIO GOMES FILHO

AVALIAÇÃO DE ATLETAS NA CATEGORIA DE BASES: UM ESTUDO DE


CASO NO FSA ESPORTE CLUBE (PROJETO SOCIAL DO SERTÃO BAIANO)

FEIRA DE SANTANA-BA
2017
IRÊNIO GOMES FILHO

AVALIAÇÃO DE ATLETAS NA CATEGORIA DE BASES: UM ESTUDO DE


CASO NO FSA ESPORTE CLUBE (PROJETO SOCIAL DO SERTÃO BAIANO)

Monografia apresentada à Universidade Federal


de Viçosa, como parte das exigências do curso de
Pós-Graduação em Futebol, para obtenção do
Título de Especialista em Futebol.

Orientador: Professor Ms. Jaderson Silva Barbosa

FEIRA DE SANTANA-BA
2017
SUMÁRIO

1. IDENTIFICAÇÃO ...........................................................................................

2. PROBLEMATIZAÇÃO ..................................................................................

3. METODOLOGIA DA PESQUISA ...................................................................

4. FASES DO PROJETO E CRONOGRAMA ...................................................

6. PREVISÃO DE DESPESAS ......................................................................

7. REFÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS .........................................................


RESUMO

O jogo de futebol caracteriza-se por um cenário imprevisível, aleatório e ambíguo em que o


desconhecimento das idéias de jogo ou ausências de referencias dos jogadores constituem
uma ameaça acrescida à eficácia do treino e a forma de jogar de uma equipe. O treino visa
criar possibilidades semelhantes para todos os jogadores a partir da aquisição e organização
do conhecimento que se pretende com o “jogar” pretendido, portanto, que se quer especifico.
O presente estudo é um trabalho de natureza conceitual. A idéia central do trabalho é
elucidar e caracterizar algumas vertentes que contribui na forma de jogar e no desenvolver das
capacidades do jovem futebolista. A metodologia utilizada para este trabalho constitui,
primeiramente, na seleção e organização dos artigos previsto nas literaturas referente a
problemática em questão e, posteriormente, um estudo de caso utilizando como instrumento
de coletas: entrevista semi-estruturada, observação do participante e analise de documento
(planilha). O marco teórico da pesquisa será uma avaliação de jovens futebolistas de categoria
de base (formação humana e esportiva, o que as literaturas trazem sobre Avaliação,
desempenho, conhecimento tático declarativo, processual, comportamento, questões morais
no esporte, condição física e intensidade). Os objetivos fortalecer um documento de avaliação
de jovens futebolistas do FSA Esporte Clube (Projeto Social do Certame Baiano) uma equipe
da categoria sub 13 utilizando como instrumento de coletas: entrevista, observação do
participante e analise de documento (planilha).
1 IDENTIFICAÇÃO

O estudo visa apresentar os critérios de avaliação de atletas do Projeto de base FSA


E.C. Projeto desenvolvido pela Associação FSA Esporte e Cultura, que trabalha com jovens
carentes na cidade de Feira de Santana-Ba.
Em diversos clubes do Brasil sabemos que muitos jovens se submetem a diversas
avaliações, muitos em busca do sonho de serem jogadores profissionais de futebol. Estes
atletas deixam para trás muitas vezes o convívio com familiares e amigos, em busca da
inserção no mercado de trabalho do mundo do futebol.
Os diversos clubes do nosso imenso Brasil recebem milhares destes jovens
mensalmente e buscam identificar talentos que possam representar os clubes em competições
e sejam fonte de receita futura para os mesmo. Neste cenário avaliar atletas tornou-se um fator
essencial para os clubes e diversos deles tem investimentos importantes em observadores
técnicos externos, na infra-estrutura e recursos humanos de categorias de bases para receber e
avaliar constantemente atletas.
Diante deste contexto, discutir os critérios de avaliação é o objeto central deste estudo,
feito a partir da realidade de um projeto de base do sertão baiano, contudo, com a ideia de
debater questões que podem ser replicados em nível nacional.
Avaliar tornou-se um não apenas uma necessidade e responsabilidade econômica dos
clubes, mas também social, já que lidamos com seres humanos, sonhos, expectativas, neste
sentido, os critérios de avaliação precisam ser bem definidos.
Primeiro podemos classificar o estudo como um texto expositivo-argumentativo
interdisciplinar, expositivo porque expõem idéias sustentadas em vários autores e
argumentativo no sentido de as refletir e discutir relacionando-as com conhecimentos e idéias
de outras áreas.
O contexto desse trabalho reporta-se a um fenômeno de mundialização, o jogo de
futebol, que entendo numa perspectiva global e sistêmica, em que a investigação se pretende a
partir de um reduzir às partes sem empobrecer o todo. Tal como Azkargorta (2004), entende o
jogo como o funcionamento do corpo humano, isto é, o que se considera mais importante
cuidar: o fígado, os pulmões, os rins, o cérebro ou o coração? Não encontramos respostas
devidos que o fracasso de qualquer um desses órgãos pode levar a morte, e que forma de
morrer é mais importante? Por analogia, qualquer dimensão do jogo (tática, técnica, física e
psicológica) não assume maior relevância por sim só para otimizar, mas apenas se articuladas
no todo indivisível e inseparável.
Segundo GARGANTA: as capacidades táticas e os processos cognitivos subjacentes
à tomada de decisão são considerados requisitos essenciais para a excelência do desempenho
esportivo.

2 OBJETIVOS
 Contribuir na melhoria dos critérios de avaliação de jovens futebolistas;
 Apresentar método de avalição de um projeto de base do interior baiano;

O presente estudo tem como objetivo fortalecer um documento de avaliação de jovens


futebolistas do FSA Esporte Clube (Projeto Social do Certame Baiano) uma equipe categoria
sub 13. Será realizado um estudo de caso, utilizando como instrumento de coletas: entrevista,
observação do participante e analise de documento (planilha). O marco teórico da pesquisa
será avaliação de atletas em categoria de bases (formação humana) e esportiva, o que as
literaturas trazem sobre avaliação, desempenho, frequência conhecimento tático declarativo,
processual, comportamento, questões morais no esporte, condição física e intensidade.

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1Ensinar, aprender e treinar futebol nos tempos atuais


3.2 O Futebol se ensina?
Esta pergunta é uma das grandes dúvidas que pairam na cabeça de muitos brasileiros.
O senso comum diz que os craques já nascem sabendo jogar ou atribuem o talento a um dom
divino. Mas tudo não passa de folclore, dito popular.
Levando esta discussão para o campo da ciência, e apoiando-se nas teorias
construtivistas, sabemos que o homem é um ser condenado a ser livre, ou seja, em meio à sua
liberdade, constrói o seu destino, produzindo cultura, como na fala Albert Jacquard, em sua
obra "Herança da liberdade".
Toda esta liberdade, que o possibilitou alcançar a evolução atual, é determinada pelo
ambiente cultural que o rodeia. Os pássaros e outros animais vivem num ambiente natural
pouco alterável, mesmo porque, alterações os levariam à extinção, pois nascem sabendo quase
tudo que precisam para viver, sobrando-lhes poucas, ou quase nulas, possibilidades de
aprender novas soluções para sobrevivência.
Já o homem nasce sabendo quase nada, para viver num ambiente cultural muito
alterável, portanto, tem a possibilidade de aprender quase tudo para a sua perpetuação.
A humanidade só se perpetua devido às suas duas gestações: uma biológica, na
barriga da mãe; outra social, quando sai do ventre materno.
A gestação biológica, primeira etapa da perpetuação da espécie humana,
concretizasse devido à capacidade, adquirida em meio às evoluções, de procriar. Nesta
procriação, dois hominídeos, de sexos opostos, copulam, doando metade de seus patrimônios
genéticos para a criação de um terceiro, que caracteriza um ser intermediário. Este ser
denomina-se genótipo, que nada mais é que um conjunto de genes (unidades de transmissão
hereditária; situam-se nos cromossomos), que, interagindo com o meio ambiente,
condicionam a manifestação de suas características, resultando no fenótipo (conjunto das
características morfológicas e fisiológicas do indivíduo). Ao se preestabelecer o fenótipo,
durante a sua coabitação com a mãe, ainda inserido na gestação biológica, apreende
informações que não são genéticas, mas comportamentais.
Percebe-se, então, que no ponto de partida há um espermatozóide e um óvulo, que
contêm todas as informações necessárias para formar um corpo, caracterizando um ser
biológico. Todavia, como ressalta Jacquard, isso constitui apenas a matéria-prima: o corpo.
Mas, para sua sobrevivência, não é suficiente construir um corpo, é necessário, também,
formar um ser: o homem cultural.
E é somente devido a essa magnífica insuficiência que o homem nasce sabendo
quase nada, garantindo-lhe a possibilidade de aprender quase tudo, e, com isso, homologar
sua condição de réu, condenado a ser livre para aprender.
Estas conexões, que representam um limite para o inato, realizam-se por intermédio
da contribuição de outros homens, caracterizando-se o adquirido, a cultura humana. Assim,
inicia-se a gestação social, que vem completar e solidificar a gestação biológica,
possibilitando a perpetuação da espécie.
O homem, sendo um ser social, impregna e é impregnado pela sociedade. Segundo
Jacquard, ser homem é partilhar da humanitude acumulada e participar com seu próprio
contributo. Entendendo humanitude como a contribuição de todos os homens, de outrora ou
de hoje, para cada homem.
Portanto, o homem está no mundo para se enriquecer com os atributos adquiridos e
construir novos, que serão passados a outros homens. Entendendo, logicamente, que estes
contributos não são transmitidos pelo patrimônio genético, pois não são assimilados em nível
biológico, mas, tão somente, pela cultura.
Na oportuníssima frase de Sartre, sintetizam-se as reflexões expostas: "Eu sou
homem feito de outros homens".
Em meio aos percalços dessa liberdade, o homem aprendeu atos nefastos, mas
também, durante a sua gestação social, desenvolveu certas habilidades, que o possibilitaram
ser mais, superando-se e transcendendo-se a cada conquista.
Esse superar-se atingiu todos os campos de atuação humana, quer seja no âmbito
intelectual, no social, ou no motor, ocasionando assim, o aparecimento dos talentos
esportivos, ou seja, pessoas que se sobressaem sobre outras na prática esportiva. Todavia, o
que queremos mostrar nesta introdução do tópico é que todos são dotados da capacidade de
aprender os atributos culturais produzidos ao longo dos tempos pelas sociedades.
Portanto, sendo o futebol produto da cultura humana, ele é fruto da humanitude,
portanto, é passível de ser ensinado. Ser um craque de futebol já é uma outra questão que
demanda um estudo mais cabal sobre o tema, fato que não se constitui nosso objetivo.
Entretanto, o futebol é um esporte que, por ser coletivo, no qual cada jogador desempenha
funções específicas, um craque será aquele que compreender a dinâmica do jogo, não
precisando para isto excepcionais qualidades físicas, fato que é incontestável em outros
esportes, principalmente os individuais.
Sendo assim, esclarecido que futebol se ensina, cabe agora descobrir como ensinar,
e isto será possível através de outra área do conhecimento, a pedagogia.

4.0 A PEDAGOGIA E O FUTEBOL:


Acreditamos ser de fundamental importância, antes de entrar na discussão a
respeito das pedagogias utilizadas para o ensino do futebol, conceituar a pedagogia. Pois, o
que é pedagogia? Essa talvez seja a pergunta que deva ser respondida para, em seguida,
procurar entender uma possível relação entre a pedagogia e o futebol. Segundo o dicionário da
Língua Portuguesa:
1-Teoria e ciência da educação e do ensino. 2- Conjunto de doutrinas, princípios e
métodos de educação e instrução que tendem a um objetivo prático. 3- O estudo dos
ideais de educação, segundo uma determinada concepção de vida, e dos meios
(processos e técnicas) mais eficientes para efetivar estes ideais. 4- Profissão ou
prática de ensinar.
Complementando, através de estudos acadêmicos de autores conceituados como
Ghiraldelli Jr, Dermeval Saviani e Lauro de Oliveira Lima, a origem da palavra pedagogia
data da antiguidade e designa a função do pedagogo que, mais precisamente na Grécia e
Roma, era o escravo que conduzia a criança, de cerca de sete anos, da casa a escola. Portanto,
o pedagogo se constituía no mediador entre a família e a escola. Depois, no desenrolar dos
tempos este pedagogo, de mero condutor da criança, passa ser o seu condutor.
4.1 Principais mudanças no futebol;
O Futebol atual exige, cada vez mais, que o jogador seja capaz de cumprir todas as
funções, para além do espaço que predominantemente ocupa no terreno de jogo, pelo que à
noção de posição se tem sobreposto a de função. Todavia, a identificação da táctica com os
"sistemas tácticos" tem feito com que a importância atribuída aos designados sistemas de jogo
seja sobrevalorizada. De fato, duas equipas podem utilizar o mesmo "sistema táctico", e.g. 4-
3-3, e jogarem de modo completamente diferente (Hughes, 1994), o que quer dizer que
conhecer o dispositivo não implica conhecer o modo como ele funciona (Gréhaigne, 1989).
Os jogadores de futebol procuram desenvolver ações durante o jogo que, no seu conjunto,
contribuam para dois aspectos importantes: (1) a coerência lógica que resulta do carácter
unitário dos comportamentos técnico tácticos, reconhecidos na estabilidade e na organização
da própria equipa; (2) a procura de criar desequilíbrio ou ruptura na organização da equipa
opositora, com o intuito de contrariar a lógica interna do adversário (Bacconi & Marella,
1995). Dores decorre de sistemas que não se restringem a uma estrutura de base, ou seja, a
uma repartição fixa das forças no terreno de jogo, mas, pelo contrário, são configurados
sobretudo a partir da evolução das funções (Mombaerts, 1991; Godik&Popov, 1993). Importa,
sobretudo, valorizar o carácter organizacional do jogo, na medida em que é a organização que
produz a unidade global do sistema; é ela que transforma, produz, relaciona e mantém o
sistema, concedendo características distintas e próprias à totalidade sistêmica (Morin, 1982).
Pode dizer-se que as equipas de Futebol operam corno sistemas cujos constituintes
se organizam de acordo com uma lógica particular, em função de princípios e prescrições,
num contexto de oposição e cooperação. Estes tipos de sistemas só se mantêm pela ação, pela
mudança. A sua identidade, ou a sua invariância, não provém da inalterabilidade dos seus
componentes, mas da estabilidade da sua forma e organização face aos fluxos acontecimentais
que os atravessam.
4.2 A EVOLUÇÃO DO JOGO:
Em jogos de sorte, em jogos de estratégia e em jogos que combinam a sorte com a
estratégia, o decurso de cada jogo é "historicamente" único em virtude do grande número de
escolhas possíveis (Eigen & Winkler, 1989). Todavia, existe uma lógica interna do jogo que
decorre da relação de oposição que, em cada sequência de jogo, gera uma dinâmica de
movimento global de um alvo ao outro, e cujo sentido pode a cada momento inverter-se. Isto
impõe uma organização a cada uma das equipas que se defrontam, que surge como resposta a
esta reversibilidade de comportamentos (Deleplace, 1994).
A evolução do jogo, ao longo dos tempos, pode ser resumida em torno de três
grandes fases; (1) o ataque como elemento dominante. Neste caso, a disposição geométrica
dos jogadores caracteriza-se por um triângulo cujo cume se orienta para a retaguarda do
espaço de jogo; (2) a defesa é o elemento dominante. A disposição geométrica dos jogadores
caracteriza-se por um triângulo cujo cume se orienta para a frente do espaço de jogo; (3) o
reforço do meio campo é o elemento dominante dos sistemas de jogo modernos. A disposição
geométrica dos jogadores pode ser caracterizada por um losango.

4.3FUTEBOL COMO NEGÓCIO;


Na sua origem o futebol brasileiro se caracterizava essencialmente por seu caráter
lúdico e pela centralidade de valores como a construção de laços afetivos e de identidade entre
os individuo. As características centrais do futebol eram o lazer, a diversão, o ócio e a criação
de laços de pertencimento entre os indivíduos (ELIAS; DUNNING, 1995). Essas eram as
motivações centrais para a aglutinação das pessoas nos grupos, e sinalizavam para adesão a
um grupo especifico de valores que se expressavam no conjunto de relações e atitudes dos
seus membros (SEVCENKO, 1994). Originalmente, um esporte elitista, o futebol é, no século
XXI, motivo de mobilização e de expressão de um grande número de pessoas de diversas
classes sociais.

No entanto, ao longo do tempo, várias transformações no ambiente das organizações


exerceram forte influência na sua forma de gestão. Principalmente nas últimas três décadas, o
futebol atraiu novos tipos de organizações (instituições financeiras, empresas de marketing
esportivo etc.) e passou a movimentar grandes cifras, como não ocorreria há algumas décadas
atrás. Dos US$250 bilhões anuais que estima-se, o futebol movimenta no mundo, o Brasil
contribui com US$32 bilhões (CBF NEWS, 2004), Este esporte perdeu seu caráter lúdico,
cedendo lugar a uma lógica mercantilista, tornando-se um futebol-negócio (CARVALHO,
2001 e 2003). Caderno EBAPE.BR A mercantilização do futebol brasileiro:
A inserção da lógica de mercado como discurso dominante em múltiplos setores da sociedade
conduz a mudanças nas organizações, das quais não estão isentas as organizações esportivas.
Meyer e Rowan (1991) defendem que para interpretar os modelos estruturais, as formas de
gestão e os processos de tomada de decisão adotados pelas organizações é necessário
compreender o contexto que as envolve. No cenário do futebol essa assertiva mostra-se
adequada na medida em que seus contextos de referência e os valores aos quais ele se
subordina se alteraram profunda e velozmente nas últimas décadas.
A partir da implantação da lógica de mercado nas organizações esportivas, ocorre a
inserção e a adoção de elementos do universo empresarial e de seus negócios na
administração dessas organizações. Conceitos e práticas empresariais se impõem e modificam
o discurso de seus dirigentes, bem como as bases de sua legitimidade em seu contexto
específico. A ascensão de uma nova lógica de referência traz consigo novos atores,
procedimentos e categorias antes exclusivos do ambiente das organizações empresariais,
como empresários, mercadoria, clientela, eficiência, resultado e competitividade. Assim como
o cinema ou as artes plásticas, hoje, o esporte é tratado como uma indústria que envolve
diversas organizações - públicas, privadas ou não lucrativas, que provêm produtos e serviços
-, bem como organizações profissionais que contratam atletas, cineastas, atores, artistas
plásticos ou curadores (pagando por seu trabalho), além das empresas de entretenimento,
especialmente a mídia televisiva.
Segundo Slack (1997, p.5), uma organização esportiva é “uma entidade social
envolvida na indústria do esporte, que têm objetivos e dispõe de uma estrutura definida e com
fronteiras relativamente identificáveis”. Nesse contexto, estão os clubes de futebol. Hoje, eles
existem com o propósito de obter lucros, vencer campeonatos, desenvolver a prática do
desporto etc., dispondo de uma estrutura de atividades relativamente definidas, com áreas
como marketing, finanças, recursos humanos e departamentos de esportes que se relacionam
para seus objetivos sejam alcançados. O aumento considerável do número de praticantes de
esportes no mundo, o surgimento de novas modalidades esportivas e os investimentos da
mídia têm evidenciado que o esporte, pela sua crescente relevância econômica, tornou-se um
dos grandes ativos financeiros para inúmeras empresas privadas (SANTOS et al, 2004).
Diante da importância econômica que se tem atribuído ao futebol, somada à inserção
da lógica de mercado nesse setor, assume-se que os aspectos econômicos, políticos, culturais e
sociais permeiam essa prática desportiva (DACIN, 1999). O futebol transformou-se numa
imensa indústria que movimenta milhões no mundo inteiro.
Produziram-se espetáculos esportivos, surgiram os grandes atletas profissionais e os
mitos esportivos. Submetido à lógica de mercado, os jogadores transformaram-se em
mercadoria, os torcedores em consumidores, o jogo num ativo financeiro, e o futebol é visto
como um grande negócio (GONÇALVES; MAGALHÃES FILHO; ALCÂNTARA, 2003).

5.0 Evolução da parte física;


5.1 Melhor compreensão tática do jogo;

5.2 FUTEBOL SISTÊMICO;


Segundo Gréhaigne,(1989) A relação entre as equipas configura os contornos do jogo
que pode ser considerado um sistema constituído por outros sistemas que procuram alcançar
determinadas finalidades, seguindo esse mesmo pensamento Castelo, (1994) sustenta que
trata-se de um sistema aberto, dinâmico, complexo e não-linear no qual existe subsistemas
hierarquizados que interagem através de conexões múltiplas. De acordo com o mesmo autor,
sua condição de sistema aberto faz emergir o consenso que a estrutura do jogo deve ser
observada e analisada na identificação, conceptualização e interrelação dos fatores que a
constituem.
As situações que ocorrem no contexto dos JDC devem ser entendidas como unidades
de ação que possuem uma natureza complexa, decorrente não apenas do número de variáveis
em jogo, mas também da imprevisibilidade e aleatoriedade' das situações que se colocam aos
jogadores e às equipas (Konzag, 1991; Riera, 1995; Reilly, 1996).
Vários autores têm sustentado que a construção do conhecimento em Futebol se deve
edificar a partir de perspectivas que se focalizem na lógica interna ou natureza do jogo
(Dufour, 1983; Queiroz, 1986; Dugrand, 1989; Gréhaigne, 1989; Castelo, 1994; Baconi
&Marella, 1995; Garganta, 1997).
o facto da representação do conteúdo do jogo e do sistema de relações dos elementos que o
compõem se revestir de grande importância, na medida em que ao permitir evidenciar os
aspectos relativos à sua lógica interior, possibilita o aperfeiçoamento contínuo, quer do treino
quer do próprio jogo.
Tal entendimento vem na linha do já expresso por Ferreira & Queiroz (1982),
segundo os quais a identificação, a definição e a caracterização das fases, componentes e
factores da competição são aspectos que viabilizam a conceptualização do "modelo de treino".
Castelo (1994) refere que da reflexão conceptual do jogo de Futebol emerge a
necessidade da construção e unificação de um modelo técnico-táctico do jogo, de forma a
definir a sua lógica interna, a partir da observação e análise das equipas mais representativas
de um nível superior de rendimento.
No Futebol diz-se, frequentemente, que conforme se quer jogar assim se deve
treinar, o que sugere uma relação de interdependência e reciprocidade entre a preparação e a
competição.
Esta relação é consubstanciada por um dos princípios do treino, o princípio da
especificidade, que preconiza que sejam treinados os aspectos que se prendem diretamente
com o jogo (estrutura do movimento, estrutura da carga,natureza das tarefas, etc.), no sentido
de viabilizar a maior transferência possível das aquisições operadas no treino para o contexto
específico das partidas. Contudo, para Teodorescu (1985) os JDC, na medida em que não
constituem uma sequência de ações rigorosamente pré-determinadas, não podem ser
reduzidos a um modelo puramente algorítmico. Referindo-se particularmente ao Futebol,
Gréhaigne (1989) apela para um tipo de raciocínio heurístico e reforça esta ideia referindo que
se a cascata de decisões for restringida a uma escolha binária do tipo algorítmico, ocorre
necessariamente um empobrecimento e uma esteriotipia dos comportamentos.
Durante uma partida, dado que os acontecimentos que ocorrem no terreno podem ser
entendidos como os momentos de passagem de um estado para outro do sistema,o jogo pode
ser considerado, recorrendo a uma expressão de Morin (1982), um sistema acontecimental.
Contudo, no Futebol o conceito de "sistema" tem sido utilizado com um significado
diverso. O que frequentemente se designa por sistema de jogo ou sistema táctico, e se
descreve através de siglas como 4:2:4, 4:3:3, 4:4:2, WM, etc. (Batty, 1981; Wilkinson, 1984;
Serrano, 1993), restringe-se a um dispositivo, a uma distribuição topológica dos jogadores
pelo terreno de jogo (Teissie, 1969; Godik & Popov, 1993; Catlin, 1994; Hughes, 1994), de
acordo com o respectivo estatuto posicionai.
Segundo Kacani (1982), pode constatar-se que a concepção de jogo no Futebol atual
é caracterizada pelo equilíbrio entre a participação dos jogadores na defesa e no ataque, com a
particularidade de existir, por parte das equipes, uma vontade de impor a sua concepção de
jogo ao adversário. Tal equilíbrio requer a intervenção de jogadores universais no jogo.

6.0QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS EXIGÊNCIAS DOS GRANDES CLUBES

A questão relacionada à detecção, seleção e promoção de talentos no esporte, de uma


forma geral, tanto no aspecto conceitual teórico quanto no metodológico, parece ser ainda um
tema atual e amplamente discutido no mundo inteiro. Especificamente no caso do futebol, é
uma temática que tem gerado diversas discussões tanto em nível acadêmico quanto na prática
cotidiana dos Clubes.
Com certa frequência, o jogador que demonstra alguma habilidade técnica com a
bola, é denominado de “bom” jogador, ou até mesmo de “craque”, isto numa visão tradicional
no campo da formação em futebol. Estas análises do desempenho individual, especificamente
no caso do futebol, são várias, e talvez por isso acabem por gerar discordâncias em opiniões e
conclusões.
Uma das formas de análise utilizadas pelos Observadores Técnicos na prática
cotidiana do futebol é avaliação do jogador pelo “instinto”, da mesma forma de décadas
anteriores, sem estratégias científicas claras e definidas. Apesar de o futebol ter evoluído de
forma significativa, ainda não foi possível, pelo nosso saber, encontrar um processo de
seleção eficaz para a identificação de jogadores. Isso acaba refletindo na ausência de critérios
básicos, o que conseqüentemente pode levar os profissionais, componentes de comissões
técnicas do futebol, a fazerem suas avaliações e observações de forma subjetiva. Nesse
sentido, no campo prático os Clubes criam o seu próprio método de avaliação, com base na
experiência pessoal e/ou modelo de jogador “talentoso” que melhor atenda a filosofia tática de
jogo de quem é o responsável pelo processo, o que conseqüentemente acaba por originar
“falhas”, tanto na seleção quanto no prognóstico de sucesso de um determinado jogador. Para
Gomes e Achonr Junior avaliação de talentos deve-se discernir as aptidões apresentadas pelo
atleta no momento da seleção com as suas possibilidades potenciais competitivas no futuro.
Devido a tendência de perfil físico e fisiológico do jogador para a comercialização
com a Europa, Helsen et al. estabelecem que em muitas circunstâncias, o talento é selecionado
com base na estatura e no desenvolvimento físico, e não nas habilidades técnicas, táticas e
psicológicas, fazendo com que os que possuem um desenvolvimento mais tardio sejam
preteridos por aqueles que não têm muito talento, mas que tenham o “porte” de jogador ainda
jovem. Esta é uma situação que ocorre com frequência no futebol brasileiro. Devido ao
imediatismo e à pressão pela descoberta de novos talentos, esta avaliação (ou pseudo-
avaliação) inicial aumenta a possibilidade de equívocos, pois nem sempre aqueles que
apresentam determinados requisitos nas categorias infantil (Sub-15) e juvenil (Sub 17) são
aqueles que irão despontar em categorias superiores e até mesmo na categoria profissional.
Desta forma, a detecção e seleção de jogadores são pilares na renovação e manutenção do
futebol, bem como em qualquer modalidade esportiva. Assim, esse processo que visa
identificar em praticantes de futebol, os requisitos necessários para definir investimentos no
processo de formação de atletas, tem que ser planejado, na medida do possível, segundo o uso
do conhecimento científico.
Do ponto de vista acadêmico Weineck preconiza que talentoso é aquele que, com
disposição, prontidão para o desempenho e possibilidades, apresenta um desempenho acima
da média comprovada para aquele grupo de atletas observados. Entretanto, o desenvolvimento
do talento, depende das condições oferecidas pelo meio, sendo o resultado obtido graças ao
acompanhamento de um treinamento sistemático, orientação intencional, ativa e pedagógica.
Ainda nessa direção, Gabler & Ruoff afirmam que talento esportivo, no sentido amplo do
termo, é a denominação dada a uma pessoa, que em determinada fase de desenvolvimento
mostra algumas com condições corporais e psicológicas, as quais com grande probabilidade
podem levar posteriormente a um alto desempenho esportivo.
Howe et al. concluíram que as diferenças entre as prévias experiências, preferências,
oportunidades, hábitos, treinamento e prática são os reais fatores que levam ao alto nível de
desempenho. Esses autores identificaram cinco características do talento: i) é originado em
estruturas geneticamente transmitidas, sendo parcialmente inato; ii) os seus efeitos podem não
ser evidentes em uma idade muito jovem, porém haverá algumas indicações que permitam aos
especialistas detectar este talento antes que algum padrão excepcional de desempenho tenha
sido demonstrado; iii) estas indicações precoces do talento dão uma base para a predição dos
que irão progredir no esporte, que terão uma predisposição para o sucesso esportivo; iv)
apenas uma minoria possui talento. Se todos tivessem talento não haveria maneira para
predizer ou explicar qualquer tipo de sucesso, pois todos seriam do mesmo nível; v) talentos
são relativamente específicos para alguma área: cultural, artística, esportiva, etc.
A partir dessas visões acadêmicas, pode-se definir jogador talentoso como àquele que
possui habilidades motoras, técnicas, físicas, intelectuais e emocionais, acima da média de um
determinado grupo, sendo identificado por meio de uma já desenvolvida aptidão demonstrada
e formada num ambiente esportivo específico, considerando as condições que são oferecidas
pelo meio.
Entretanto, mesmo possuindo os requisitos necessários, o talento ainda carece de um
processo de desenvolvimento para que culmine na confirmação da expectativa do momento
de seleção. Daí, a importância do treinamento de longo prazo, onde Bohme, define que a
busca deve ser cada vez maior, por parte dos clubes para detectar e selecionar jogadores com
idade entre 12 e 13 anos, permitindo o desenvolvimento de um planejamento que possibilite
um aperfeiçoamento das qualidades dos jovens atletas selecionados. Isso aumenta a
perspectiva de maior sucesso do processo.
A maioria dos seres humanos nasce com certa capacidade para ter um nível mínimo
de habilidade motora, sendo que por meio da maturação e experiência adquirida ao longo dos
treinamentos, talvez seja possível que essas habilidades sejam produzidas e desenvolvidas
quase que completamente, possibilitando que alcance as categorias subsequentes. Para
Bompa, a possibilidade de sucesso de um indivíduo em qualquer modalidade esportiva
depende de sua estrutura biológica, da metodologia de aprendizagem, de treinamento e de
recursos materiais, físicos, humanos, sociais e culturais do meio, durante os diferentes
estágios do processo de desenvolvimento. Pois, como afirmam Gomes e Achonr Junior o
resultado desportivo não depende essencialmente da aptidão inata, mas sim das chances
propiciadas para alcançá-lo.

7.0 Desempenho esportivo:


Desempenho esportivo é um fenômeno complexo, resultante de vários processos e
fatores internos e externos ao indivíduo. O atleta, ou genericamente o indivíduo, é um estado
físico no espaço-tempo, resultante de seu embasamento genético expresso através das
condições físicas e psicoemocional, o qual é modulado na sua expressão por diferentes
variáveis ambientais, das quais o treinamento físico é uma delas, outras sendo: condição de
saúde, entendida como ausência de lesão, fadiga crônica, drogas, nutrição adequada, além de
condições sócias culturais favoráveis. (Kiss, 2003)
O desempenho esportivo é a conseqüência de vários processos internos em diferentes níveis,
não apenas de elaboração e de decisão do movimento, mais de inúmeras regulações
autonômicas tais como da freqüência cardíaca, freqüências respiratórias, substratos
energéticos, temperatura, equilíbrio hidroeletrolítico e hormonal, as quais sofrem influencias
motivacionais e emocionais; todos esses processos adaptados às interferências de fatores
ambientais, com especial ênfase ao Treinamento Físico. Conforme o dicionário vernáculo
(Holanda, 2004) desempenho, é a execução do trabalho com competência ou eficiência; sua
interpretação como execução de trabalho não gera dúvida, contudo o difícil é caracterizar a
competência ou a eficiência. Essas informações confrontadas com os objetivos previamente
definidos resultam nos conjuntos de conclusões acerca do sucesso/insucesso da atividade e
permite o reforço ou reorganização dos aspectos básicos do exercício.
7.1 Questões dentro e fora do campo destacam a avaliação ou exigência de
conduta/comportamento do atleta;

No entanto, ao se realizar busca inicial sobre estudos que investiguem a questão da


formação moral através do ensino do esporte, percebe-se pequeno número de publicações,
sendo a maioria caracterizada por certa superficialidade, ainda indicando bastar ensinar
esporte para que os valores humanos sejam desenvolvidos de forma compulsória. No entanto,
uma observação mais atenta nos espaços esportivos é suficiente para verificar ações como
falta de respeito aos colegas, adversários e professores, busca pela vitória a qualquer custo,
agressividade excessiva, soberba do vencedor ao vencido, exclusão do menos habilidoso,
indicando que a prática esportiva pode desenvolver valores contrários aos que se entende
como os de boa convivência.
Desta forma, defende-se que o desenvolvimento de valores humanos no ensino do
esporte deve ser realizado de forma planejada também para este objetivo: Segundo Piaget o
desenvolvimento da moral pleno se dá pala passagens de diferentes fases, iniciando-se pela
anomia, que se caracteriza pela ausência de sentido das regras de forma submissa e
relacionada às regras de forma submissa e relacionadas às consequências decorrentes da sua
transgressão. Na ultima fase, o individuo alcança a autonomia moral quando não é necessário
nenhuma imposição externa para se agir em favor do bem comum. É justamente este processo
que é denominado como construção moral.
A partir da apresentação destas características referentes às propostas em educação
moral, entende-se que espaços de ensino do esporte podem oferecer este ambiente sociomoral
e, portanto, representar um cenário rico para experiências que possibilitem a construção da
personalidade moral dos participantes.
Diante desta constatação, resolveu-se investigar as impressões de jovens ex-
participantes de três espaços de ensino do voleibol que tinham em comum, além da
modalidade, a preocupação, por parte de seus professores mediadores do processo, em
estimular valores morais obedecendo, por vezes intuitivamente, as características acima
descritas.

7.2 INTENSIDADE DE JOGO:


Este entendimento físico da intensidade terá tido origem no longo do período da
história do treino desportivo dominado pela visão cartesiana e desintegradora do homem, que
separou corpo e mente, materializada na Periodização Física. Esta concepção de intensidade
surgia associado ao estímulo, ou na convenção então vigente –“carga” do treino, numa
perspectiva estritamente físico-energética. O autor (Romano, 2007) confirma que “nas
décadas 60 e 70, aqui designados por Periodização “Convencional”, parece existir uma
definição bem clara do conceito de intensidade que surge “arrastado” pela noção tradicional
de carga, e é indissociável da noção de volume”.
Romano acrescenta que “a intensidade, tal como o volume, aparece como fator da
carga e é caracterizado pelo valor de cada estímulo e pelo trabalho realizado por unidade de
tempo (Matveiev, 1977), estando relacionada com os níveis de concentração da quantidade de
trabalho no tempo. É, normalmente, avaliada através da velocidade e ritmo dos movimentos e
pelo grau de dificuldade que estes colocam (Rebelo, 1990)”. Nesse sentido, durante muito
tempo, a intensidade implicava principalmente velocidade na execução do movimento,
portanto, velocidade da contração muscular. Identificava assim, quantidade de trabalho ou
movimento por unidade de tempo. Entre outras variáveis, o relacionamento entre volume e
intensidade da “carga” contribuiria para a estimulação das diferentes qualidades físicas -
resistência força e velocidade.
Nas últimas décadas, com a mudança de paradigma no treino dos desportos coletivos,
surgiram vários estudos na área da neurofisiologia que salientaram a importância do Sistema
Nervoso Central perante um estímulo de treino. Neste entendimento mais complexo, o
conceito de carga perde sentido, fazendo mais sentido pensar em estímulo, dando este ser
também dirigido ao Sistema Nervoso Central, para além dos sistemas físico-energéticos. Com
esta ruptura na metodologia de treino dos Desportos Coletivos, e substituição da Periodização
Física pela Periodização tática, faz também sentido que o conceito intensidade também sofra
uma mudança de perspectiva. De acordo com os autores (López, et al., 2010), “a intensidade
foi sempre identificada através de referencias físicas, porém ultimamente essa visão está a
mudar, começando-se a manifestar uma nova concepção de treino que altera a perspectiva
sobre a mesma. Fala-se assim de intensidade de concentração, que desgasta o Sistema
Nervoso Central e conseqüentemente limita o rendimento.
Dessa forma a intensidade deixa de ser apenas trabalho físico, passando também a ser
ligada à concentração, tomada de decisão e seus processos ao nível do Sistema Nervoso
Central. (Gaiteiro, 2006) explica que costuma dizer “que uma das coisas que fazem com que o
treino seja mais intenso e quando se fala em intensidade fala-se em desgaste energético - é a
concentração exigida: Por exemplo, correr por correr tem um desgaste energético natural,
mas a complexidade desse exercício é nula. E como tal, o desgaste em termos emocionais
tende a ser nulo também, ao contrario das situações complexas onde se exigem aos
jogadores requisitos técnicos, táticos, psicológicos e de pensar as situações, isso é que
representa a complexidade do exercício e que conduz a uma concentração maior”.
Desempenho esportivo é um fenômeno complexo, resultante de vários processos e
fatores internos e externos ao indivíduo. O atleta, ou genericamente o indivíduo, é um estado
físico no espaço-tempo, resultante de seu embasamento genético expresso através das
condições físicas e psicoemocional, o qual é modulado na sua expressão por diferentes
variáveis ambientais, das quais o treinamento físico é uma delas, outras sendo: condição de
saúde, entendida como ausência de lesão, fadiga crônica, drogas, nutrição adequada, além de
condições sócias culturais favoráveis. (Kiss, 2003)
O desempenho esportivo é a conseqüência de vários processos internos em diferentes
níveis, não apenas de elaboração e de decisão do movimento, mais de inúmeras regulações
autonômicas tais como da freqüência cardíaca, freqüências respiratórias, substratos
energéticos, temperatura, equilíbrio hidroeletrolítico e hormonal, as quais sofrem influencias
motivacionais e emocionais; todos esses processos adaptados às interferências de fatores
ambientais, com especial ênfase ao Treinamento Físico. Conforme o dicionário vernáculo
(Holanda, 2004) desempenho, é a execução do trabalho com competência ou eficiência; sua
interpretação como execução de trabalho não gera dúvida, contudo o difícil é caracterizar a
competência ou a eficiência. Essas informações confrontadas com os objetivos previamente
definidos resultam nos conjuntos de conclusões acerca do sucesso/insucesso da atividade e
permite o reforço ou reorganização dos aspectos básicos do exercício.
8.0 CONHECIMENTO E O JOGO:

Na evolução dos paradigmas teóricos da psicologia até as teorias cognitivas e


ecológicas hoje, tem se avançado na produção do conhecimento sobre o comportamento do
ser humano. Áreas correlatas como as ciências da computação, da inteligência artificial, tem
também contribuído nessa busca de informação. A partir (das obras cognitivistas de MILLER,
GALANTER e PRIBRAM 1973), e NEISSER (1974) tem se procurando sair do
comportamentalismo e compreender, cada vez mais, o modo como as pessoas percebem,
aprendem, recordam e pensam, sobre a informação (STERNBERG, 2000).
A compreensão das estruturas e função dos processos cognitivos (ex: atenção,
percepção, pensamento) têm sido o desafio dos pesquisadores do comportamento humano.
NEISSER (1974) postula que o conhecimento oferece a estrutura de sustentação dos
processos cognitivos, destacando a abordagem ecológica da cognição. O estudo do
conhecimento tem sido realizados geralmente em associação com pesquisas sobre memória,
sendo muitas vezes tratados como equivalentes (SQUIRE & KANDELL, 2003). O
conhecimento e suas formas de aquisição i.e, as aprendizagens de novas
informaçõessimbólicas, o formato, qual forma de organização que as representações mentais
assumem (EYSENCK & KEANE, 1994), têm sido pesquisados de forma racionalista e
empírica (MANDL, FRIEDRICH & HRON, 1988).
Segundo MARINA (1995) o conhecimento se origina nos processos de percepção e de
pensamento, conhecer é sempre referir o novo ou desconhecido com o velho ou conhecido;
assim, oportuniza-se através do conhecimento a aquisição e compreensão dos processos
psíquicos. Não existe consenso teórico sobre o que é conhecimento, sendo considerado o
resultado do saber, uma informação que “é representada mentalmente em um formato
específico e estruturado, organizado, de alguma forma” (EYSENCK & KEANE, 1994).
Na epistemologia bem como na psicologia distinguem-se duas classes de estruturas do
conhecimento: a) Conhecimento Declarativo (CD), são os fatos que podem ser declarados,
sua organização tem a forma de séries de fatos conectados e passiveis de descrição. Determina
a possibilidade de escolha, constituída de um corpo organizado de informações factuais
Exemplo: falar qual é a melhor decisão, passar ou lançar); e b) Conhecimento Processual
(CP), fundamental em ações de grande habilidade; procedimentos motores que podem ser
executados (Exemplo: amarrar os cordões dos sapatos, andar de bicicleta). Inclui-se também
nesta categoria a execução da uma técnica, um gesto técnico que pode ser aplicado em uma
situação de jogo.A diferença entre ambas formas de conhecimento pode ser caracterizada
conforme RYLE (1949), citado por STERNBERG (2000), entre “saber o que (CD)” e “saber
como (CP)”. Segundo STERNBERG (2000) o conhecimento de procedimentos envolve
algum grau de habilidade que aumenta em consequência da prática, até que o desempenho
necessite de pouca atenção consciente, isto é, através do processo de ensino-aprendizagem,
ocorra a automatização. Segundo SQUIRE e KANDEL (2003) “todas as formas de
conhecimento não declarativo são geralmente implícitas e não são facilmente explicitadas
relatadas verbalmente”. A representação do conhecimento não declarativo resulta da
experiência em executar um procedimento, uma ação. Em todos esses processos o
conhecimento oferece o suporte necessário à comparação, sendo que ambas formas de
conhecimento “CD e CP” interagem na procura das soluções ambientais.
De acordo com Anderson (1982) o conhecimento pode ser dividido em conhecimento
declarativo e conhecimento processual. O conhecimento tático declarativo (CTD) é
verbalizado através do conhecimento das posições dos jogadores e das estratégias básicas de
defesa e ataque (THOMAS, FRENCH, HUMPHIRES, 1986). No esporte esse conhecimento
é entendido como a capacidade de o atleta de saber “o que fazer” em uma determinada
situação de jogo. (CHI, GLASER, 1980; GRECO, 2006b; OLIVEIRA, BELTRÃO, SILVA,
2003). Já o conhecimento tático processual não pode ser verbalizado, é identificado nas ações
que envolvem habilidade motora podendo ser definido através do conhecimento de “como
fazer as ações” (CHI, GLASER, 1980; EYSENCK, KEANE, 1994; STERNBERG, 2000).
Alguns jogadores podem executar corretamente várias técnicas esportivas, porém não garante
que consigam aplicá-las de forma eficaz em situações de jogo, pois não sabem “como”,
“quando” e “onde” utilizar essas técnicas, demonstrando assim uma falha no nível de
conhecimento tático processual (GIACOMINI, 2008; MATIAS, GRECO, 2010). Assim a
tomada de decisão, revela-se como um processo multifatorial e complexo, porque é fruto da
interação dos diferentes fatores que a constituem, bem como desempenha um papel decisivo
nos JEC, e no futebol em especial, uma vez que a realização de movimentos conscientes é
sempre acompanhada de uma decisão (GRECO, 2000; GRECO, 2006).
Para GIACOMNI, 2008 o futebol bem como em outras modalidades dos Jogos
Esportivos Coletivos (JEC), o desempenho do atleta durante as partidas está relacionado com
o desenvolvimento das capacidades cognitivas e do conhecimento armazenado na memória,
que permite a adequação das tomadas de decisão a cada situação do jogo.

Avaliação de atletas – Conceitos, ranços e avanços


Conceito de avaliação

Realidade das avaliações em muitos clubes e espaços (falar da realidade baiana e fundamentar
no caso de porto alegre); Como a pressão por resultados financeiros ou esportivos tem
prejudicado o processo de evolução dos atletas;
Algumas propostas (citar 1 ou 2 propostas de autores... Ver teoldo, drubsky, garganta, teldo) –
Futsat (teoldo)

A ciência tem possibilitado vários sistemas de avaliações, apresentando uma melhor


preparação do jovem futebolista, e um que podemos citar é o Sistema de Avaliação Tática no
Futebol (FUT-SAT). Para quem desconhece o FUT-SAT, podemos classificá-lo com base nos
estudos de (TEOLDO et al., 2011). Como um sistema que permite avaliar as ações táticas
realizadas pelos jogadores, com e sem a posse de bola, baseado nos dez princípios táticos
fundamentais do jogo de futebol: i) penetração; ii) cobertura ofensiva; iii) mobilidade; iv)
espaço; v) unidade ofensiva; vi) contenção; vii) cobertura defensiva; viii) equilíbrio; ix)
concentração; x) unidade defensiva. Ainda nesse contexto o professor Ricardo Drubsky
converge em relação a outros autores sobre o processo de avaliação no futebol brasileiro,
afirmando que o processo de detecção, seleção e avaliação do talento se dá de forma muito
subjetiva, tendo a “peneira” como a principal ferramenta de avaliação.

2.0 METODOLOGIA Tipo de Pesquisa


Pesquisa exploratória, com o procedimento técnico utilizado para a coleta de dados o estudo
de caso (Gil, 2002).

2.1População pesquisada
3 Professores/Técnicos do FSA Esporte Clube e 25 atletas de futebol, do gênero masculino, da
categoria (sub 13) do FSA, Projeto de Base da cidade de Feira de Santana, interior da Bahia.
Os atletas da amostra participam das diversas competições estaduais nacionais e
internacionais que acontecem em sua faixa etária e dentro do elenco possuem atletas que já
foram avaliados por diversos clubes do Brasil. Já os profissionais estão constantemente
avaliando atletas em treinamentos ou em eventos específicos para este fim (Copas,
observações técnicas etc).

Coleta de Dados

Na busca das técnicas a serem utilizadas, foram consideradas as que melhores se encaixaram
na relação espaço, tempo e disponibilidade para a sua aplicabilidade ideal. Desta forma, duas
técnicas foram utilizadas: a entrevista semi-estruturada e a observação simples (TRIVIÑOS,
1994), foi solicitado ainda um documento utilizado no projeto para avaliação dos atletas
(planilha avaliativa em anexo).

Tipo de Pesquisa
Pesquisa exploratória, com o procedimento técnico utilizado para a coleta de dados o estudo
de caso (Gil, 2002).

População pesquisada
A amostra foi composta por 25 atletas de futebol, do gênero masculino, da categoria
(sub 13) do FSA clube de formação de atletas da cidade de Feira de Santana no interior da
Bahia.
Os indivíduos da amostra participam das diversas competições estaduais nacionais e
internacionais que acontecem em sua faixa etária.

Para o desenvolvimento do estudo, realizei, durante 4 meses, observações e


participações em treinos e competições da equipe sub 13 masculino de futebol, compostas por
atletas de 11 a 13 anos, de um clube de formação de base de Feira de Santana/BA. Além das
observações e participações, desenvolvi entrevistas com o professor da respectiva categoria. A
partir da produção dos dados, identifiquei que o processo de formação dos jovens futebolistas
ia além do preparo futebolístico, pois os atletas também aprendiam a “ser” e a se “comportar”
como atletas. No contato com amostra, o pesquisador realizou também um período de
observação participante, acompanhando de perto todas as atividades que foram possíveis e
permitidas pelos sujeitos, tais como avaliações, treinamentos e quais quer outras atividades
relacionada às suas função enquanto treinador da categoria enquanto dava o treino.
Nesse momento de observação, tive a oportunidade de fazer perguntas sobre as
situações que foram surgindo, relacionadas sobre os critérios de avaliação utilizados na
seleção de jogadores, esclarecendo como e por que determinado jogador foi selecionado.
A observação participante foi assistemática e pretendia registrar os acontecimentos
considerados importantes pelo pesquisador, que fez as anotações em seu caderno de campo
logo após a finalização das atividades. Não existia a pretensão de gravar ou filmar esses
momentos, evitando que tais procedimentos interferissem no comportamento espontâneo dos
sujeitos.
Essas informações têm um caráter complementar e qualitativo, que enriquece a
discussão dos dados obtidos, contribuindo para melhor compreensão sobre como os critérios
de avaliação, teoricamente apontado como chaves, são aplicados na prática do processo de
seleção de talentos, e de certa forma verificar se existe coerência entre discurso e ação.
Diante do contexto e de diversos problemas que a maioria dos gestores encontram na
hora de avaliar e selecionar, o FSA Esporte Clube busca elaborar um documento norteador
visando diminuir a subjetividade nos processos avaliativos do jovem futebolistas, visto que
diversos clubes utiliza a “peneira” como principal forma de avaliar. Ricardo Drubsky (2014)
defende a “peneirada” para garotos 12/14 anos de idade, principalmente se for explorada no
interior do estado. Ele alega que os garotos nessa faixa etária já estão em uma ótima fase de
aprendizado e que já suporta as cargas psicológicas que a busca de ser um jogador
profissional de futebol pode trazer. Drubsky (2014) também defende que o jogador em seus
domínios ou ao jogar em seus domínios, ou seja, quando a “peneira” é feita em sua cidade, o
jogador tem maior desenvoltura e tranquilidade para mostrar seu potencial, alem de ser uma
etapa da vida do atleta que o clube considera ideal para investir e iniciar sua formação.
As entrevistas e rodas de conversas foram balizadas pelos fundamentos teóricos da
metodologia da história oral, na busca do que Von Simson (2003) chama de memórias
subterrâneas ou marginais. Embora essa reconstrução seja de um passado não muito distante
(entre 8 a 11 anos), a metodologia foi adequada para levantar dados sobre as lembranças
vividas no projeto, em especial as mais significativas, pois, segundo Von Simson (2003), a
memória depende do esquecimento, sendo impossível reter tudo o que vivemos,
permanecendo, dessa forma, apenas o que foi marcante e funcional para aqueles que
relembram, são fatores preponderantes que o contexto esportivo possibilita a todos que
buscam o projeto de excelência.
De acordo com Piaget (1965/1973) a interação social, especialmente as relações de
cooperação, ocorridas entre pares, são de suma importância para o desenvolvimento
intelectual e moral, uma vez que elas obrigam o sujeito a descentrar-se do seu ponto de vista
para que a interação continue. A criança, ao interagir com o adulto, recebe como verdade
absoluta os seus ditames, sem pensar nas possíveis contradições do raciocínio deste. Mas
quando a troca é entre pares, as contradições são mais facilmente percebidas e apontadas,
favorecendo o desenvolvimento. (Licciardi, 2010).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
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Disponível em: <http://.efdeportes.com/> Revista Digital Buenos Aires, ano 10 n. 71, abr.
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múltiplas competências do técnico nos jogos desportivos coletivos. Tese de Doutorado. FEF-
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BAYER, C. O ensino dos desportos coletivos. Dinaliuro: Lisboa, 1994.
CADERNO EBAPE.BR. A mercantilização do futebol brasileiro: instrumentos, avanços e
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DRUBSCKY, R. Universo tático do futebol: escola brasileira, 2ª ed. Ampliada. Belo
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FREIRE, J B. Pedagogia do futebol. 3ª ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2011.
GALATTI, L. R.; PAES, R. R. Pedagogia do esporte: considerações pedagógicas e
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OLIVEIRA, J. (Eds.). O ensino dos jogos desportivos. 2ª ed. Porto: Universidade do Porto,
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KRÖGER, C.; ROTH, K. Escola da bola: um ABC para iniciantes nos jogos esportivos. São
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MONTAGNER, P. C.; SILVA, C. C. O. Reflexões acerca do treinamento a longo prazo e a
seleção de talento através de “peneiras” no futebol. Rev. Bras. Cienc. Esporte. Campinas, v.
24, n. 2, p. 187-200, jan. 2003.
PAOLI, P.B. Os estilos de Futebol e os Processos de Seleção e Detecção de Talentos. Tese
Doutorado em Educação Física. Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação
Física da Universidade Gama Filho. 2007.
TEOLDO, I.; GUILHERME J.; GARGANTA J. Para um futebol jogado com ideias,
Concepção, treinamento e avaliação do desempenho tático de jogadores e equipes.
TEOLDO, I. Princípios tático do jogo de futebol, Motriz, Rio Claro, vol. 15, n. 3, p. 657-668,
jul./set. 2009.
ANEXO I
ENTREVISTA II - SEMI-ESTRUTURADA
TREINADOR DE FUTEBOL DE CAMPO DO FSA CATEGORIA SUB 13
1 DADOS PESSOAIS
Nome: Lucas Novaes
Sexo: M
Idade: 29
2 DADOS PROFISSIONAIS: ESCOLARIZAÇÃO
Qual seu nível de escolaridade:
1º grau incompleto ( )
1º grau completo ( )
2º grau incompleto ( )
2º grau completo ( )
Superior incompleto ( ) área_____________________________
Superior Completo ( x ) área educação
Pós-Graduação incompleta ( ) àrea_____________________
Pós-Graduação ( ) área_________________.
Outros( )

3. QUESTÕES
3.1 Para aprovação de um atleta dentro do projeto quais as principais características que são
observadas durante uma observação técnica ou para permanência/dispensa?
3.2 No que se baseia a sua decisão?
3.3 Quais são as dificuldades que você encontra no momento de avaliar?

LUCAS:
1º Intensidade, Qualidade técnica, estado de jogo (concentração, objetividade, atitude e nível
de disputa), entendimento do jogo.
2º Quantidade de atletas no grupo, posições carentes é importantes para o projeto.
3º Inserção de atletas na equipe principal. Geralmente atletas em avaliação apresentam pouco
entendimento da proposta do projeto e com isso acaba interferindo na avaliação e no
desenvolver do atleta.
REINAN Kaique
Reinan Caique da Silva Santos
24 anos
Superior Incompleto
Treinador Categoria sub 15
TIAGO SANTA BARBARA
Idade 35
Superior Completo
Pós Graduado em Futebol
Treinador Categoria sub 17
1º Inicialmente a relação do atleta com a bola, a depender da categoria aspectos técnicos,
domínios de conteúdos táticos, fundamentos, evolução em todos os aspectos para a
permanência, atitude e superação, dedicação que nada mais é que a relação do mesmo sem a
bola, boa inteligência de jogo...todos esses fatores irão contribuir para a permanência do atleta
no projeto.

3º Avaliação é de forma subjetiva, estão tentando elaborar um documento para que as
avaliações não sejam tão subjetivas e contribuam para minimizar as margens de erros.
ANEXO II
OBSERVAÇÃO SIMPLES
FICHA PARA OBSERVAÇÃO DAS AULAS

Título da Pesquisa: A inserção do planejamento pedagógico nas aulas de futebol de campo


do Programa Segundo Tempo: olhares sobre uma realidade

Nome do Observador: Irênio Gomes

Tipo de Observação: Simples

Aspectos Observados na prática: Objetivos do treino/avaliação, com ênfase a avaliação de


desempenho dos atletas.

Local: CT Arena Doc Sports

Duração da aula: Uma hora e meia (em média)

Número de alunos atendidos em treinamento: 25 crianças

Categorias/dias observados:

Dias: Segunda, Quarta e Sexta (Vespertino)

Turma: Masculino - Futebol de Campo.

Faixa Etária: 11 a 17 anos

Número de alunos por turma: Variável de 25 a 35 alunos

ANEXO III

FICHA DE ORIENTAÇÃO DE OBSERVAÇÕES E TREINAMENTOS

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