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Instituto Basquete Brasil – IBB

INICIAÇÃO E FORMAÇÃO ESPORTIVA


Sub-12, sub-13 e sub-14

Autoras(es):
Larissa Rafaela Galatti
Yura Yuka Sato dos Santos
Cauê Peixoto Pacheco Goi
Lucas Mathias Alves Joaquim

Caio Capobiango Cardoso Fonseca - caiocapobiangocardoso@gmail.com - 101.525.346-60


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SUMÁRIO
SÍMBOLOS E LEGENDAS .......................................................................................................... 3
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 3
COMO O BASQUETE NA FASE DE INICIAÇÃO E FORMAÇÃO É ENSINADO NO
MUNDO: o que nos dizem os programas dos países no top do ranking da FIBA ...................... 14
COMO ENSINAR O BASQUETE NA FASE DE INICIAÇÃO E FORMAÇÃO? O JOGO
COMO AMBIENTE DE APRENDIZAGEM ............................................................................. 20
PREMISSAS PARA A ORGANIZAÇÃO DE CONTEÚDOS DE ENSINO DO BASQUETE
NO SUB-12, SUB-13 E SUB-14 ................................................................................................. 23
Características e considerações da iniciação e formação: sub-12, sub-13 e sub-14......... 23
Especificidades do sub-12 ................................................................................................. 29
Características gerais das crianças nessa etapa ............................................................. 29
Objetivo tático-técnico geral ........................................................................................... 30
Organizando uma sessão de treino para o sub-12 .......................................................... 35
Especificidades do sub-13 ................................................................................................. 39
Características gerais dos/as adolescentes nessa etapa.................................................. 39
Objetivo tático-técnico geral ........................................................................................... 40
Organizando uma sessão de treino para o sub-13 .......................................................... 47
Especificidades do sub-14 ................................................................................................. 52
Características gerais dos/as adolescentes nessa etapa.................................................. 52
Objetivo tático-técnico geral ........................................................................................... 52
Organizando uma sessão de treino para o sub-14 .......................................................... 58
Outras Propostas de Jogos ............................................................................................... 64
Referências................................................................................................................................... 66

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SÍMBOLOS, SIGLAS E LEGENDAS

SÍMBOLO/SIGLA LEGENDA

Defensor(a)

Atacante

Treinador(a)

Deslocamento sem bola

Deslocamento com bola

Passe

Corta-luz

Mão a mão

JCB Jogador(a) com bola


JSB Jogador(a) sem bola
DJCB Defensor(a) do(a) jogador(a) com bola
DJSB Defensor(a) do(a) jogador(a) sem bola
JB Jogador(a) bloqueador(a)
DJB Defensor(a) do(a) jogador(a) bloqueadora(a)

INTRODUÇÃO
Olá, treinadores e treinadoras! Bem-vindos e bem-vindas às etapas do sub-12, sub-
13 e sub-14 do tópico de METODOLOGIA DE ENSINO do nível 1 da ENTB!
No e-book do Minibasquete I e II, apontamos as premissas que regem o nível 1 da
ENTB, assim como os conteúdos metodológicos para o ensino do minibasquete,
considerando para QUEM, O QUE, QUANDO e COMO ensinar, a partir de abordagens
baseadas no jogo. Esses conteúdos foram desenvolvidos com base nos programas de
minibasquete dos países top 10 do ranking da FIBA (Federação Internacional de
Basquete), assim como na literatura científica acerca da iniciação e formação de jovens

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no esporte, sempre considerando as características do basquete no Brasil. Sempre que


você sentir falta de um conceito prévio, é só voltar no e-book anterior.
Neste novo e-book você encontrará os conteúdos metodológicos para o ensino do
basquete nas etapas do sub-12, sub-13 e sub-14. Isso significa que os conteúdos aqui
abordados são pedagogicamente subsequentes aos abordados no Minibasquete I e II.
Entretanto, você, treinador e treinadora, deve estar atento(a) ao nível de seus praticantes,
pois como já alertamos, as etapas são estimadas pelas idades, mas cada pessoa se
desenvolve de forma única. Será comum que crianças e adolescentes não tenham vivência
anterior do minibasquete, ou não desenvolveram as competências estimadas para a etapa:
nesses casos sugerimos retomar os conteúdos das etapas anteriores no sub-12 ao sub-14.
Outra possibilidade é a iniciação esportiva na idade adulta: toda a proposta deste e-book
pode ser aplicada também com adultos iniciantes.
É importante também considerar as especificidades da chegada de meninas e
meninos nessa categoria. É mais comum que meninos tenham tido mais experiências
motoras, esportivas e inclusive que com o basquete. Muito disso é reflexo de uma cultura
de menor estímulo à prática esportiva para mulheres, o que reflete inclusive em menor
estrutura e oportunidades de praticar basquete.
Para compreender os contextos, pesquisas levantaram a trajetória esportiva de
atletas das principais competições adultas brasileiras: o Novo Basquete Brasil (NBB)
entre homens, a Liga de Basquete Feminino (LBF) entre as mulheres, e também a
principal competição de jovens (LDB, apenas para homens). A primeira informação
valiosa indicada pelas pesquisas é onde, em qual contexto de prática no qual meninos e
meninas têm acesso ao esporte (CUNHA et al., 2017; GALATTI et al., 2021). Sobre o
primeiro contato com o basquetebol, temos que: os clubes aparecem como principal local
de início da prática para atletas das três ligas (49% NBB, 42% LDB, 26% LBF); no
entanto, as prefeituras municipais são um espaço fundamental para a prática de meninas,
que parecem ter mais oportunidades na iniciativa pública (4% NBB, 10% LDB, 23%
LBF); já os projetos socioesportivos, comumente gerenciados pelo terceiro setor, tiveram
destaque entre os atletas da LDB (7% NBB,14% LDB, 12% LBF), indicando que entre
atletas mais jovens este contexto passa a fazer parte também do sistema de
desenvolvimento de atletas que no futura chegam ao alto rendimento. A Figura 1 mostra
a proporção dos locais de iniciação dos(as) atletas.

Figura 1. Local de iniciação de atletas do NBB, LDB e LBF.

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Essa diversidade de contextos já nos alerta que pensar em formação em longo


prazo passa primeiramente pelo acesso ao basquetebol, pelo reconhecimento das
diferentes agências e agentes que podem contribuir no processo: por exemplo, o clube é
o local clássico de desenvolvimento do basquetebol masculino, mas poucos possuem
equipes femininas, indicando que as instituições públicas e projetos sociais tenham papel
importante nessa oferta (BENELI et al., 2017; GALATTI et al., 2021; GALATTI et al.,
2022).

PARA PENSAR
Será que minha organização esportiva consegue oferecer tanto equipes masculinas
como femininas? Ou equipes mistas de iniciação, é possível? O que eu preciso para
ampliar o número de praticantes: espaço? Mais treinadoras/es? Suporte financeiro?
Parcerias com outras instituições? Um maior número de praticantes nas primeiras
idades com foco no engajamento na modalidade pode favorecer mais atletas, mais
espectadores/as consumindo basquete em uma cultura que favorece maiores
oportunidades profissionais para treinadoras(es) e equipe técnica, árbitras(os)
gestoras(es), dentre outros.

Curiosamente, ainda assim, o basquetebol feminino brasileiro tem conquistas


internacionais muito valiosas e a trajetória de atletas brasileiras campeãs do mundo e
medalhistas olímpicas foi investigada: essas atletas relatam que tiveram práticas muito
diversificadas na infância, com outras experiências corporais e outras práticas esportivas
antes de se especializarem no basquetebol; uma vez no nosso esporte, levaram entre 8 e
21 anos para se tornarem campeãs do mundo (GALATTI et al., 2015). Por outro lado, em

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um estudo com atletas da seleção nacional mais atual, que não alcançou conquistas da
magnitude do grupo anterior, os relatos são de experiências mais especializadas desde as
primeiras idades (BENELI et al., 2017). Já entre atletas homens, atuando no NBB, a idade
média de início no basquete dos atletas da principal liga do país foi próxima dos 12 anos
de idade (CUNHA et al., 2017).

Esse conjunto de dados demonstra que o desenvolvimento de um/a atleta é


processual e em longo prazo, e que ao contrário do discurso da especialização precoce,
ainda aceito no senso comum, modelos teóricos e evidências dessas pesquisas com atletas
de elite demonstram que iniciar cedo na modalidade não é necessário para que atinjam o
degrau mais alto em suas carreiras, ao contrário. Logo, nos anos iniciais a diversificação
deve se sobrepor à especialização, pois o foco na experimentação e na diversão pode
trazer maior motivação e engajamento em longo prazo quando comparada com a
especialização precoce em uma única atividade (COB, 2022). Mesmo quando no
ambiente específico do basquetebol, a diversidade de atividades, de situações, de
movimentos contextualizados e função no jogo se torna fundamental para o alcance dos
objetivos em curto, médio e longo prazo (MARICONE et al., 2016; SANTOS et al.,
2021).

Além disso, como já abordamos no e-book do Minibasquete, dados de pesquisas


ao redor do mundo revelaram que atletas campeões na categoria júnior tendem a não ser
as(os) mesmas(os) que vencem na categoria adulta. Ainda, que atletas de sucesso
competitivo na idade adulta viveram as fases de desenvolvimento esportivo cerca de dois
anos mais tarde que aquelas(es) de sucesso na categoria júnior (GÜLLICH;
MACNAMARA; HAMBRICK, 2021). Parte disso pode ser consequência de um processo
equivocado de seleção de atletas, que deixam de observar os múltiplos fatores que influem
na capacidade de ser atleta e focam, muitas vezes, nas capacidades e desenvolvimento
físico.
Um fator importante nesse processo é o chamado Efeito da Idade Relativa (EIR),
que é observado quando há um maior número de atletas nascidos nos primeiros meses do
ano em relação aos últimos meses (RIBEIRO JUNIOR et al., 2020; MUSCH;
GRONDIN, 2001; WATTIE; COBLEY; BAKER, 2008), jovens que nasceram nos
primeiros meses do ano podem ter vantagens sobre aqueles(as) que nasceram nos últimos
meses, por já terem desenvolvido antes aspectos físicos ou mesmo cognitivos e sociais.

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Uma das explicações para a existência do EIR é a maturação biológica fazendo


com que o efeito seja frequentemente observado no esporte infanto-juvenil, quando a
variabilidade de maturação e amadurecimento é maior, implicando em possíveis
vantagens de desempenho, oportunidade de desenvolvimento e seleção de atletas
relativamente mais velhos, que competem dentro de uma mesma faixa etária.
O EIR tem implicações que vão desde a base até o alto nível de rendimento, especialmente
nas modalidades em que o tamanho corporal, força e velocidade são importantes para o
desempenho, como no basquete. Estudos recentes (OLIVEIRA et al., 2017; RIBEIRO
JÚNIOR et al., 2021) com atletas brasileiros do basquete masculino mostraram que:
• Jogadores que nasceram nos três primeiros meses do ano (janeiro, fevereiro ou
março), tiveram oportunidade de participar de mais campeonatos de seleções
estaduais (sub-15 e sub-17), e a Liga de Desenvolvimento de Basquete (LDB/sub-
22);
• No entanto, proporcionalmente, jogadores do NBB não jogaram campeonatos de
seleções sub-15
• O EIR está presente em todas as regiões do país e em todas as posições de jogo.
É mais evidente em categorias de base nas regiões do Sudeste e Sul, especialmente
em atletas que atuam como pivôs no sub-15;
• Os resultados mostraram que os atletas mais altos do sub-15 são normalmente
aqueles que nasceram no 1º semestre;
• Os indivíduos de elevada estatura das categorias de base podem ser selecionados
previamente devido à estatura apresentada naquele momento e não
necessariamente serão os que manterão essa “vantagem” no passar na sequência
final do processo de formação;
• Atletas que tiveram o crescimento tardio provavelmente não tiveram a
oportunidade de desenvolver habilidades por não terem a oportunidade de
jogarem ou pouco participarem de competições de nível nacional.
• No NBB o EIR é “reverso”, ou seja, os atletas mais altos nasceram
predominantemente no 2º semestre. Isso sugere que:
o os atletas mais altos nas categorias de base que nasceram no 1º semestre,
apresentam essa característica por serem biologicamente mais avançados,
e ao longo do tempo eles deixaram de ser os mais altos, mas permaneceram
no processo de treinamento;

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o e/ou que atletas de maturação tardia não são selecionados em categorias


menores e seguem um caminho diferente até atingirem o nível
profissional;
o Os processos de treino e competição até as categorias sub15 parecem não
ser eficazes, já que atletas que foram selecionados e participaram das
principais competições nessa idade comumente não são os mesmos que
chegam na liga adulto. Isso pode ser um indicativo de seleção e
especialização precoce.
• Assim, o EIR parece influenciar nas categorias de base, mas não é determinante
para a progressão na carreira até o NBB; logo, não se mostra adequado selecionar
atletas antes da completude do processo de crescimento e desenvolvimento.
• A literatura tem afirmado que o EIR pode ter grandes implicações no processo de
desenvolvimento dos atletas, já que aqueles nasceram mais cedo, costumam ter
maiores experiências esportivas, apresentam melhores resultados que seus pares
mais novos, logo mais oportunidades para treinar, em melhores estruturas e
programas, além de competir em melhores níveis.
• Esses dados nos mostram que o processo de seleção de atletas para competições
de basquete nas categorias de base é predominantemente voltado para a obtenção
de resultados imediatos e não para o desenvolvimento dos jovens atletas do Brasil.

Os dados acima reforçam pelo menos 30 anos de informações consistentes de que a


especialização precoce mais prejudica do que favorece o desenvolvimento de atletas,
como já evidenciava Roberto Paes em 1992, com o livro "Aprendizagem e Competição
Precoce: o caso do Basquetebol”. Até quando nossa cultura esportiva vai insistir em
processos que prejudicam o esporte?
A Associação Nacional de Basquetebol (NBA) da América do Norte e a Organização
Americana de Basquetebol (USA Basketball) desenvolveram um guia de recomendações
para promover uma experiência positiva e saudável para as crianças e adolescentes no
basquetebol (DIFIORI et al., 2018), dentre as quais destacamos:
1) as crianças e adolescentes devem ser incentivados a se envolverem em diversos
esportes, e a adiar a especialização em um único esporte, especialmente antes dos 14 anos;
2) a prioridade deve ser engajar as crianças e adolescentes no basquete, de forma
que eles(as) se conectem com outras pessoas, construam relacionamentos e assumam

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desafios e papéis de liderança, pois isso contribui para o desenvolvimento pessoal geral,
bem-estar e desenvolvimento de talentos;
3) as crianças e adolescentes devem ser encorajados a se envolverem em
atividades organizadas, lideradas por um treinador, mas também por colegas. De acordo
com os especialistas, o jogo liderado por colegas permite que os jovens vivenciem
atividades autodeterminadas e intrinsecamente motivadas, sejam criativos e se desafiem.
Isso pode contribuir para o crescimento individual e desenvolvimento de talentos em
longo prazo.
Considerando todos esses aspectos e visando um processo de desenvolvimento
mais favorável para a manutenção de adolescentes no basquete tendo em vista o seu
engajamento como praticantes e a formação em longo prazo de atletas de rendimento, as
categorias do sub-12, sub-13 e sub-14 está alinhada à etapa de desenvolvimento esportivo
sugerida pelo Comitê Olímpico do Brasil como "Aprender e Treinar". Nesta, atletas
adolescentes INICIAM o processo de especialização em uma modalidade ou em um
grupo de modalidades, aprendendo a rotina e processo de treino sem excessos e com
diversificação de posições. Também a vivência de competições se torna mais formal,
sendo recomendadas aquelas mais regionais, favorecendo mais jogos com menos gastos
e contribuindo com o processo de aprender a competir. O quadro abaixo sintetiza as
recomendações do COB para esta etapa, considerando a pessoa, o esporte e a gestão das
categorias:

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Fonte: COB, 2022, p.221.

PARA SABER MAIS


Assim como atletas e treinadoras(es), o Brasil também tem uma diversidade de
pesquisadoras(es) que se dedicam ao basquete, nos oferecendo evidências para sustentar nossa
prática, e estudando nossa prática para elaborar evidências científicas. Essa troca tende a ser
muito rica e, se houver uma universidade ou pesquisador/a na sua rede de contatos construir

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projetos em conjunto pode oferecer bases mais concretas para seus treinos e até resultar em
pesquisas que alcancem outros cenários.
Os e-books do nível 1 da ENTB são fruto de parcerias desse tipo! IBB, UNICAMP, prefeituras
e clubes parceiros viabilizaram pesquisas que sustentam o conteúdo dos e-books 1 e 2. Na
sequência indicamos algumas publicações fruto dessas pesquisas e o link de acesso, para quem
quiser saber mais:

SOBRE MÉTODO DE ENSINO-TREINO DO BASQUETE


SANTOS, Yura Yuka Sato dos et al. Iniciação e participação no basquetebol: ensino da fase ofensiva a
partir de conceitos de jogo. Educación Física y Ciencia, v. 23, n. 2, p. 179-179, 2021. Link:
https://efyc.fahce.unlp.edu.ar/article/view/efyce179/14261

MARICONE, Lucas Marques et al. Pedagogia do Esporte: uma proposta de iniciação em basquetebol a
partir de conceitos do jogo pautados no método da Federação Espanhola. Corpoconsciência, p. 57-67,
2016.
Link: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/corpoconsciencia/article/view/4489

SOBRE DESENVOLVIMENTO ESPORTIVO E BASQUETEBOL


FARIA, Larissa Oliveira et al. Desigualdade no basquete brasileiro: efeito do local de nascimento.
Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano, v. 23, 2021. Link:
https://periodicos.ufsc.br/index.php/rbcdh/article/view/76932/47929

LEONARDI, Thiago José et al. Funding and performance of amateur and youth organizations in Brazil:
a longitudinal analysis of a basketball league. Motriz: Revista de Educação Física, v. 27, 2021.
Link: https://www.scielo.br/j/motriz/a/6nhkNjxnv8yzHXxqKTfmT9L/?lang=en

GALATTI, Larissa Rafaela et al. Trajetória no basquetebol e perfil sociodemográfico de atletas


brasileiras ao longo da carreira: um estudo com a liga de basquete feminino (LBF). Movimento, v. 27,
2021. Link: https://seer.ufrgs.br/index.php/Movimento/article/view/106017/60719

ESPINOSA, Sergio González et al. Programas de intervención para la enseñanza deportiva en el contexto
escolar, PETB y PEAB: Estudio preliminar. Retos. Nuevas tendencias en Educación Física, Deporte
y Recreación, n. 31, p. 107-113, 2017.
Link: https://recyt.fecyt.es/index.php/retos/article/view/43545/31634

FOLLE, Alexandra et al. Entorno para el desarrollo de atletas de baloncesto femenino: las directrices
propuestas y los factores de éxito. Educación Física y Ciencia, v. 19, n. 2, p. 00-00, 2017. Link:
http://www.scielo.org.ar/scielo.php?pid=S2314-25612017000200007&script=sci_arttext&tlng=en

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CUNHA, L. Darido et al. Trayectoria de los jugadores de baloncesto del nuevo baloncesto Brasil.
Cuadernos de Psicología del Deporte, v. 17, n. 3, p. 119-128, 2017.
Link: https://revistas.um.es/cpd/article/view/313891/220911

BENELI, Leandro de Melo; GALATTI, Larissa Rafaela; MONTAGNER, Paulo Cesar.


Analysis of social-sportive characteristics of Brazil women's national basketball team players.
Revista de psicología del deporte, v. 26, n. 3, p. 0133-137, 2017.
Link: https://archives.rpd-online.com/article/view/v26-n3-beneli-galatti-montagner.html

GALATTI, Larissa Rafaela et al. Determinantes de excelência no basquetebol feminino: as


conquistas da seleção Brasileira na perspectiva das atletas. Revista da Educação Física/UEM,
v. 26, p. 621-632, 2015.
Link: https://www.scielo.br/j/refuem/a/4M5ZtF6VMrVRGPCpxfb4WPb/?lang=pt

SAAVEDRA GARCÍA, Miguel et al. Efecto de la edad relativa en los mundiales de baloncesto
FIBA en categorías inferiores (1979-2011). Cuadernos de Psicología del Deporte, v. 15, n.
3, p. 237-242, 2015.
Link: https://scielo.isciii.es/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1578-84232015000300028

GALATTI, Larissa R. et al. Campeonas del Mundo de Baloncesto: factores determinantes para
el rendimiento de excelencia. Cuadernos de Psicología del Deporte, v. 15, n. 3, p. 187-192,
2015. Link: https://revistas.um.es/cpd/article/view/244621/185411

SILVA, Rogério Matos Pimentel; GALATTI, Larissa Rafaela; PAES, Roberto Rodrigues.
Pedagogia do esporte e iniciação esportiva tardia: perspectivas a partir da modalidade
basquetebol. Pensar a Prática, v. 13, n. 1, 2010.

ZIANI, Clara Modeneis Dalla Costa et al. Dez anos de novo basquete brasil: uma análise
descritiva sobre suas equipes participantes e o equilíbrio competitivo da liga. E-balonmano.
com: Revista de Ciencias del Deporte, v. 15, n. 2, p. 159-166, 2019. Link: http://ojs.e-
balonmano.com/index.php/revista/article/view/466/pdf

Retomando o foco nas categorias do sub-12 ao sub-14, embora sejam


compreendidas como etapas de formação esportiva especializada, é preciso considerar
que é uma idade de transição da infância para adolescência e atividades que privilegiem
engajamento com o coletivo e prazer pela prática - aliada ao esforço e desejo de jogar
melhor basquete - são recomendadas (COB, 2022). Além disso, há uma diversidade

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grande entre jovens praticantes com conhecimento e experiência no basquete, e outros(as)


iniciantes no primeiro contato com o jogo. Ter mais de uma turma nessas categorias no
seu clube ou instituição é uma boa estratégia para facilitar que mais adolescente se
interessem pelo basquete. Também é um momento em que meninas podem se sentir mais
confortáveis treinando com outras meninas. Logo, turmas específicas para elas são bem-
vindas.
Avançando sobre o conteúdo deste e-book, sem perder de vista o panorama do
basquete brasileiro e nossas necessidades locais para estabelecer uma abordagem de
ensino-treino do basquete para adolescente de 12 a 14 anos, iniciamos pelo estudo de
programas ao redor do mundo e pela literatura científica nacional e internacional sobre a
formação de jovens no esporte. Na sequência, organizamos os conteúdos recomendados
para as categorias sub-12 e sub-13 e sub-14. Para o refinamento desse documento,
reuniões com treinadoras(es) de larga experiência em diferentes categorias e na seleção
brasileira foram realizadas.
A partir desse conjunto, neste e-book você lerá mais sobre:
1) Como se ensina o basquete para adolescentes e jovens de 12 a 14 anos ao redor
mundo? Objetivos e recomendações gerais para o ensino do basquete na fase de
iniciação e formação, dos programas dos países melhores classificados no ranking da
FIBA nas categorias de base e adulta, masculinas e femininas. Entendermos como se
ensina o basquete ao redor do mundo nos serve de base para pensarmos o mesmo
processo na realidade do nosso país.
2) O que treinadores e treinadoras devem saber sobre o jogo de basquete? Premissas para
o ensino do basquete, a partir das abordagens baseadas no JOGO (game-based
approaches). JOGAR é o centro da proposta de ensino-treino do basquete para as
etapas do NÍVEL I da ENTB, que está alinhada às propostas da FIBA, NBA e
principais países no ranking da FIBA de basquetebol, como Estados Unidos, Espanha,
Austrália e Canadá, além da também sul-americana Argentina.
3) O que ensinar, quando e como? Premissas para a organização e aplicação do método
de ensino de conteúdos de ensino-treino nas etapas do sub-12, sub-13 e sub-14;
4) Como devemos jogar no sub-12, sub-13 e sub-14? Nesta seção descrevemos a
organização de conteúdos de ensino-treino do basquetebol, considerando os objetivos
de aprendizagem e o estilo de jogo em cada etapa. Os conteúdos estão acompanhados
de possibilidades de atividades, assim como exemplos de planos de sessão de treino
elaborados a partir do ensino por meio do JOGO.

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COMO O BASQUETE NA FASE DE INICIAÇÃO E FORMAÇÃO É ENSINADO


NO MUNDO: o que nos dizem os programas dos países no top do ranking da FIBA

Entendermos como se ensina o basquete ao redor do mundo nos serve de base para
ampliarmos as possibilidades na realidade do nosso país. Por isso, investigamos os
programas dos países top 10 no ranking da FIBA nos naipes masculino e feminino, tanto
de base, quanto o adulto. Os critérios para a seleção dos programas foram: 1) o país estar
presente no top 10 do ranking da FIBA em pelo menos duas categorias - dentre adulto e
de base, nos naipes feminino ou masculino; 2) a confederação de basquetebol desses
países possuírem um manual/documento disponível na rede web, pois muitas
confederações não possuem ou não disponibilizam um manual para treinadoras(es) ou
currículo especializado para a modalidade; 3) uma vez encontrado o manual/documento,
a língua deveria ser de domínio dos investigadores: português, inglês ou espanhol.
Os programas dos países selecionados foram: Argentina, Austrália, Canadá,
Espanha (província de Andaluza) e Estados Unidos. Também selecionamos os manuais
da FIBA, por ser a instituição responsável por regularizar a modalidade de basquetebol
internacionalmente, e da National Basketball Association (NBA), devido a importância
dessa liga no cenário mundial do esporte, tendo suas tendências refletidas em diversos
contextos de prática.
O Quadro 1 apresenta os objetivos e recomendações gerais dos programas
investigados para o ensino do basquete para jovens entre 12 e 14 anos. Alguns programas
apresentam diferentes faixas etárias para suas etapas formativas, já que cada país
desenvolve seu currículo considerando sua cultura.

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Quadro 1 - Objetivos e recomendações gerais para o ensino do basquete à jovens de 12 a 14 anos dos programas dos países melhor classificados
no ranking da FIBA.

ETAPA FORMATIVA 12-14 ANOS


Manual Objetivos Recomendações Gerais
Argentina Etapa formativa (13-19 anos): Olhar lúdico e uso do jogo.
Aprofundar os fundamentos da modalidade. Diversificação do conhecimento.
Aumento de carga progressiva. Compromisso com a educação holística pelo esporte.
Progressão do desenvolvimento através das experiências Conhecer o processo de aprendizagem para estimular as diferentes
Gradatividade nos conteúdos do jogo, dando base aos fundamentos e os competências em um processo não-linear.
conceitos do jogo. Explicações devem abranger todos os atletas, não só os mais talentosos.
Estimular a criatividade dos jovens através do basquetebol. Treinador(a) deve conhecer seus alunos(as) para adaptar os conteúdos às
Educar as crianças pelos valores do esporte. suas necessidades.
Aprender a jogar basquetebol sem pular etapas.
Evitar o abandono da modalidade.
Sub-13: Reconhecer posições e funções, evitando a especialização
precoce. Estimular a versatilidade e 1x1;
• Defesa individual;
• Jogo de contra-ataque
• Sistema de ataque: 5 abertos
• 70% de ações tático-técnica individuais e 30% de ações tático-
técnicas coletivas

*No manual Argentino não há a categoria sub-14.


Austrália Fase de aprender (learning): Adolescentss de 11 a 14 anos. Fase de aprender (learning):
O objetivo é aprimorar as habilidades específicas do jogo sem perder a Desenvolvimento geral
experiência divertida, mantendo praticantes na modalidade, diminuindo -Aumentos constantes em habilidades motoras, força, equilíbrio e
as taxas de abandono e aprimorando as habilidades cognitivas, coordenação.
psicológicas, autoestima e autoconfiança. A partir desta etapa os(as) -Coordenação olho-mão é relativamente madura.
Desenvolvimento do basquete

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praticantes poderão seguir um caminho de participação no esporte ou de -Aprendendo a arremessar, driblar, passar, pegar, brincar com os demais e
rendimento. amar o jogo.
- Caminho de participação: manter participantes no basquete da
adolescência para a participação ao longo da vida. O desenvolvimento Etapa de participação e desenvolvimento (participation/ development/):
contínuo de habilidades e experiências agradáveis de basquete levarão a Desenvolvimento geral
taxas de retenção muito maiores. -Progredir no desenvolvimento específico
- Caminho de rendimento: aprender a amar o jogo, aprender a jogar -Objetivos individuais, de acordo com as prioridades e desejos pessoais
com companheiros(as); -Maior compreensão de suas habilidades
• Rotação de funções, sem especialização de posições; Desenvolvimento no basquete:
-Aprimorar as habilidades do basquetebol
• Defesa individual quadra inteira; -Progressão das regras do jogo (em direção ao jogo adulto)
• Jogo de contra-ataque rápido -Compreensão maior da cooperação de trabalho em equipe
• Correr em linhas e à frente da bola
• Finalizar em situações rápidas

Canadá Treinar para treinar (Train to train): Meninas de 11 a 15 anos e Treinar para treinar (Train to train):
meninos de 12 a 16 anos. -Participação e diversão são prioridades
- Introdução de mais conteúdos estratégico-tático-técnicos. -Os jovens possuem maior capacidade de escolher suas prioridades e
- Maior ênfase nas habilidades motrizes da modalidade do que na fase objetivos, por isso, muitas vezes a competição pode ser abandonada, mas a
anterior. participação à modalidade jamais.
- Sem especialização precoce, pois o basquete é uma modalidade de
formação maturacional tardia.
- Desenvolver jogadores versáteis (“all-round”).
- Desenvolver habilidades de 1x1.
- Comunicação coletiva.
Ataque:
- Jogar 1x1;
- Jogar 1x1;
- Ler e reagir à defesa
- Infiltrar com bola e cortar sem bola;
- Espaçamento;

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- Passar-cortar-recompor;
- Jogo ao poste;
- Rebotear.

Transição para o ataque:


- Correr aberto
- Passar a bola a quem está à frente.

Defesa:
- Posicionar-se entre o adversário e a cesta;
- Pressionar a bola;
- Contestar arremessos;
- Induzir para os cantos (proteger o garrafão e os postes);
- Introduzir os conceitos de defesa da bola, defesa do lado da
bola e defesa do lado da ajuda.

Transição para a defesa:


- Proteger a cesta, com atenção à bola e adversários.

Espanha Infantil (12 a 14 anos): Potencializar o jogo coletivo básico e explorar -Escolher uma concepção claramente humanística e formativa do basquete.
(Federação as possibilidades de jogo 3x3, evoluindo para a complexidade do jogo -Utilizar uma metodologia ativa, na qual o(a) jogador(a) é a referência do
Andaluza) coletivo de forma progressiva até o 5x5: processo educacional.
- Ampliar experiências relacionadas com a posse de bola, iniciando o -Na programação, tanto anual como em cada uma das sessões de
conceito de cooperação mútua através de ações táticas coletivas básicas treinamento, é necessário ficar explícito os valores que irão ser trabalhados.
do jogo 2x2. -É necessário planejar as sessões de treinamento para que todos os
- Potencializar o jogo com bola (1x1 e 2x2) e explorar o jogo sem bola conteúdos referentes à prática sejam abordados de forma íntegra.
e com ajuda. -Desenvolver os conceitos táticos através de experiências (situações) e
proporcionando experiências práticas para o desenvolvimento da capacidade
motriz.

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- Ampliar as possibilidades do jogo sem bola através dos conceitos -Utilizar dos sistemas defensivos individuais.
coletivos complexos. Com a melhora da capacidade defensiva há um
enriquecimento das ações coletivas, como a inserção dos corta-luzes
FIBA Conteúdos defensivos: -Incorporar metas de curto prazo para o sentimento de sucesso ser
-Recomposição defensiva preenchido.
-Defesa de jogo interno -O sentimento de sucesso momentâneo pode fazer com que o(a) jovem
-Dobra de marcação permaneça na modalidade e taxas de abandono a modalidade caiam
-Defesa pressão -Fazer com que o(a) jovem visualize o objetivo maior e que compreenda a
Coletivos: sua capacidade de obter aquele resultado ou não
-Defesa de corta-luz -Caso não obtenha o resultado do objetivo maior (ser atleta), enxergar outras
-Defesa zona possibilidades de estar inserido(a) dentro da modalidade.
-Defesa contra o desajuste
-Defesa contra cortes e desmarques
Conteúdos ofensivos:
-Tipos de cortes
-Aprimoramento do gesto do arremesso e de drible
-Posicionamento em jogo interno
Coletivos:
-Sistemas de jogo 5 abertos e 4-1
-Princípios de jogo aos jogadores no interior e exterior
-Dividir o marcador
-Corta-luz direto e indireto
-Estrutura da transição ofensiva
-Princípios contra a defesa zona
NBA/ USA Estágio 3: Learning to Train - Crianças com idade de 8 a 12 anos – -Promover o engajamento pessoal no basquete e em outros esportes.
BASKETBALL Aprender todas as habilidades fundamentais e básicas específicas do -Incluir atividades organizadas e informais lideradas por pares.
basquetebol (construir habilidades específicas do esporte). -Dividir as -Estimular a diversificação esportiva.
atuais competições entre jogos especiais (regras modificadas) e jogos -Estimular a importância de estabelecer um objetivo maior
5x5, tentando não focar na competição 5x5 até o fim dessa fase (últimas
idade).
Estágio 4: Training to train

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-Jovens com idade de 12 a 15 anos


-Construir uma base aeróbia e forte para a consolidação das habilidades
específicas do esporte.
-Característica da competição 5x5.
Estágio 5: Training to compete
-Jovens com idade de 14 a 17 anos
-Maximizar os as habilidades técnicas e táticas em excelência.
-Otimizar a preparação física do indivíduo

Fonte: Os autores.

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Os programas evidenciam as ideias de desenvolvimento em longo prazo e


diversão na prática esportiva, avançando nos aspectos estratégico-tático-técnicos do jogo.
A diversificação segue sendo a premissa, com variação nas posições e funções, deixando
o jogo livre apenas ao final da etapa. A aplicação de metodologias de ensino centradas no
aluno e pautadas no jogo também é fortemente sugerida, mais uma vez fugindo das
propostas centradas na técnica de forma isolada.
O ensino do basquete por meio de exercícios centrados na técnica (analíticas) e
descontextualizados das situações de jogo ainda é comum. Estudos apontam que
treinadores(as) de crianças e adolescentes tendem a usar tarefas analíticas no processo de
treinamento de suas equipes (FORD; YATES; WILLIAMS, 2010; MORALES; GRECO,
2007; RIGON; NOVAES; TSUKAMOTO, 2020), por vezes na tentativa de acelerar o
processo de especialização dos movimentos da modalidade em fases iniciais do
desenvolvimento esportivo (GALATTI et al., 2016; MENEZES; MARQUES;
NUNOMURA, 2014).
Nesse cenário, a simplificação do jogo impede a ampliação do repertório motor e
o comportamento criativo. Além disso, desfavorece a compreensão do jogo, não estimula
as tomadas de decisões e poder ser desmotivante. Ao serem desconsiderados os elementos
estruturais e funcionais do contexto de jogo – que descrevemos no e-book do
MINIBASQUETE -, compromete-se o desenvolvimento de competências para JOGAR.
Portanto, ao analisarmos “como” ensinar o basquete na fase de iniciação e
formação, as tendências ao redor do mundo e sinalizam para as abordagens baseadas no
jogo (game-based approach), tendo, desta forma, o JOGO COMO AMBIENTE DE
APRENDIZAGEM.

COMO ENSINAR O BASQUETE NA FASE DE INICIAÇÃO E


FORMAÇÃO? O JOGO COMO AMBIENTE DE APRENDIZAGEM

No e-book do MINIBASQUETE descrevemos a lógica do jogo, bem como os


conceitos de estratégia, tática e técnica e sua relação interdependente. Também
discorremos sobre a importância de JOGAR PARA APRENDER e APRENDER
JOGANDO. Nas categorias sub-12, sub-13 e sub-14, as crianças e adolescentes acabam
se envolvendo mais em atividades sistematizadas em ambientes institucionalizados e têm

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menores oportunidades de prática espontânea - sem a liderança de um adulto. Por isso,


como apontam especialistas da Associação Americana de Basquete (DIFIORI et al.,
2018), facilitar ou promover o jogo espontâneo, liderado pelos(as) pares, pode enriquecer
a aprendizagem do basquete. Você, treinador(a), poderá, por exemplo, reservar um espaço
ao fundo da quadra para que as crianças/adolescentes possam brincar e jogar, com as suas
próprias regras, antes e/ou após a sua aula/treino. Você também pode incentivar as
famílias a reunirem as crianças/adolescentes em parques públicos para jogarem basquete
de forma livre aos finais de semana.
O jogo espontâneo estimula a aprendizagem e o desenvolvimento de
competências para jogar (Quadro 2).
Quadro 2: Características-chave do jogo espontâneo que promovem aprendizagem do
basquete.
CARACTERÍSTICAS- IMPLICAÇÕES NA APRENDIZAGEM
CHAVE DO JOGO
ESPONTÂNEO
Familiarização com a A partir do primeiro contato com o jogo espontâneo do basquete, as crianças
bola começam a se familiarizar com a bola. Manipular a bola de forma livre, ou
seja, brincar e jogar à sua maneira, pode influenciar na aprendizagem e levar
a níveis mais elevados de excelência futuramente
Prazer pelo jogo Crianças/adolescentes buscam criar e recriar jogos, muitas vezes com a
intenção de reproduzir o que elas observam seus(as) ídolos(as) fazerem. A
possibilidade de praticar espontaneamente desenvolve a motivação e o amor
pelo basquete.
Adaptações estruturais As crianças/adolescentes desenvolvem jogos e brincadeiras de acordo com o
e funcionais número de jogadores(as), bola e espaço disponíveis (no parque, no quintal de
casa, etc). Isso, muitas vezes, gera adaptações estruturais e/ou funcionais do
jogo formal, como jogar num espaço menor com uma bola diferente. Essa
interação entre os(as) jogadores(as) e o ambiente de jogo estimula a criação
de diferentes formas de jogar.
Riqueza e variedade na O ambiente de prática espontânea do jogo parece ser rico para aprendizagem
exploração de e desenvolvimento de competências para jogar basquete, uma vez que os
problemas e soluções diferentes contextos e formas de jogo fornecem à criança/adolescente a
táticas e técnicas oportunidade de explorar diferentes situações aleatórias e imprevisíveis. Isso
irá provocá-los(as) a adaptar seus comportamentos de acordo com os
estímulos advindos do jogo.
Ausência da mediação Na prática espontânea as próprias crianças/adolescentes são responsáveis
de um adulto pela organização do jogo, o que implica no desenvolvimento de liderança e
negociação entre pares sobre a forma de jogar.
Ausência de instruções Com a ausência de instruções e feedback de um(a) treinador(a), as
e feedback de um(a) informações surgem do próprio ambiente de jogo e dos(as) pares,
treinador(a) contribuindo para a percepção e resolução das situações de jogo forma
autônoma. Isso não significa que a instrução e o feedback do(a) treinador(a)
não são importantes, mas que a prática livre possui características-chave para
o desenvolvimento de jogadores(as) inteligentes e criativos, a partir da
exploração autônoma.

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Aprender com os erros O jogo espontâneo favorece as ações livres e o descobrimento autônomo. Por
sua vez, tentar, errar e acertar são inerentes à prática. Poder errar e aprender
com os próprios erros favorece a compreensão sobre a formas mais eficientes
de se resolver os problemas que emergem do jogo.
Adaptado de Machado et al. (2018).

Seguindo os níveis de compreensão sobre o jogo, no sub-12, sub-13 e sub-14, as


crianças começam a se tornar adolescentes e passam, em geral, para a FASE DE
DESCENTRAÇÃO e FASE DE ESTRUTURAÇÃO do jogo (Figura 2). Ou seja, se na
FASE ANÁRQUICA elas se deslocavam em torno da bola, agora começam a
DESCENTRAR o jogo, a partir da percepção dos espaços, companheiros(as) e
adversários(as), e a ESTRUTURAR o jogo de forma mais objetiva e complexa.

Figura 2: Fases de jogo e progressão de nível no sub-12, sub-13 e sub-14.

Importante reforçar que o nível de jogo tem relação com o desenvolvimento e as


experiências prévias, refletindo na FASE em que os(as) praticantes se encontram. Assim,
uma turma de sub-13 pode estar numa FASE DE DESCENTRAÇÃO, enquanto outra na
FASE DE ESTRUTURAÇÃO. Da mesma forma, alunos e alunas de uma mesma turma
podem apresentar níveis de jogo diferentes.
Quanto ao ambiente de jogo, ainda é importante JOGAR PARA APRENDER, e
o APRENDER JOGANDO se torna uma estratégia interessante: ou seja, as formas de

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jogo agora se tornam aos poucos mais específicas, diminuindo os jogos mais gerais e
aumentando as situações de jogo.
Também a forma de comunicação pode ser mais específica, apresentando e
explicando os conteúdos do basquete e refletindo junto com as/os adolescentes – a partir
de questionamentos – se as decisões feitas em treino e jogo foram as melhores para dadas
situações. Nesta etapa, as intervenções do(a) treinador(a) são melhor compreendidas!
Além de compreender a evolução do nível de jogo, é importante que
treinadores(as) saibam como desenvolver tarefas representativas de jogo, bem como as
premissas para a organização de conteúdos de ensino para a aprendizagem do basquete.

PREMISSAS PARA A ORGANIZAÇÃO DE CONTEÚDOS DE ENSINO DO


BASQUETE NO SUB-12, SUB-13 E SUB-14
Ao organizar o processo de ensino do basquete, algumas premissas devem ser
consideradas, como já mencionamos no e-book do Minibasquete:

1. Definir o objetivo geral de aprendizagem em cada etapa/categoria, considerando


as características dos(as) praticantes – no caso, sub-12, sub-13 e sub-14;

2. Tipo de competição ou evento esportivo festivo em que a equipe deve participar


ou não - lembrando que nessa etapa competição ainda é ambiente e conteúdo de
aprendizagem, e não parâmetro central de avaliação do trabalho. O estilo de jogo
que se propõe para cada fase do processo e que inclui uma análise desde o ponto
de vista (i) espacial, (ii) em função do ritmo de jogo, (iii) do grau de liberdade,
(iv) do grau de especialização de função e posição e das (v) ações tático-técnicas
prioritárias na etapa.
A partir disso, é possível planejar “o que”, “quando” e “como” ensinar o basquete na
etapa de iniciação e formação. Vamos agora nos aprofundar em algumas características e
considerações sobre os(as) adolescentes dessa etapa.

Características e considerações da iniciação e formação: sub-12, sub-13 e sub-14

A ideia das etapas formativas é continuar o trabalho começado nas etapas de


minibasquete. Geralmente, o processo de organização de ensino-aprendizagem e as

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competições são estabelecidos a partir de categorias por idade, mas relembramos que o
desenvolvimento e a aprendizagem são complexos e não lineares entre praticantes de uma
mesma faixa etária. Além disso, nem todos os(as) praticantes passaram pelo
minibasquete, para este grupo recomendamos consultar o documento de minibasquete e
adaptar a abordagem aqui apresentada para iniciantes. Outros(as) muitos(as) não seguirão
no caminho de rendimento esportivo, mas o de esporte de participação. Por isso,
treinadores(as) devem estar atentos(as) para organizar conteúdos e estabelecer objetivos
específicos para praticantes em níveis e objetivos diferentes de uma mesma equipe (FIBA,
2016), focando nas características físicas, psicológicas e sociais dessa etapa da vida, e
priorizando o engajamento na prática do basquete com constante evolução no jogo.
Para se aprofundar nas características gerais de praticantes nessa etapa,
reforçamos a recomendação de leitura da etapa de "Aprender e Treinar" do Comitê
Olímpico do Brasil, disponível em: https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/modelo-
desenvolvimento-esportivo
Considerando essas características, avançamos no método pautado na
aprendizagem por descobrimento, que tem como premissa ensinar os jovens a jogar em
qualquer área da quadra e exercer diversas funções, estimulando-os a solucionar os
problemas do jogo e criar vantagens sobre o adversário.
Na perspectiva do ataque, o estudo de Maricone e colaboradores (2016), traz a
proposta do método espanhol, que objetiva trabalhar a movimentação ofensiva por meio
de jogos por conceitos. Os conceitos devem orientar o(a) jogador(a) a tomar decisões,
não deve decidir por ele(a).
O jogo por conceitos estimula a movimentação ofensiva dos(as) jogadores(as) a
partir de:
• Busca por espaços vazios
• Cooperação entre companheiros(as)
• Permitir a jogadores(as) escolherem a técnica em função da situação em que
encontram companheiros(as) de equipe e adversários(as), fortalecendo a
compreensão e a autonomia do(a) jogador(a)

Assim, o jogo por conceitos apresenta uma grande vantagem na formação, à


medida que os jogadores ganham autonomia e tomam suas próprias decisões em função
das situações do jogo (RIVERO, s.d.). Os conceitos ofensivos centrais são:

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Fonte: Maricone et al., 2016, pág. 61.

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Após a fase do Minibasquete, em que o “o jogo de vantagens” deve ser priorizado,


na categoria sub-12 a recomendação é potencializar o jogo simples com bola e sem bola,
e iniciar os conceitos simples de jogo sem bola, como o “dividir e passar” e “passar e
cortar” (MARICONE et al., 2016), manter características de competição que se adaptem
ao nível de força e velocidade dos(as) praticantes, como bolas e tamanho da cesta
menores. Dessa forma, a relação de profundidade à cesta se inicia desde o início do
processo formativo, que será crucial para a compreensão da lógica do jogo.
Na categoria sub-13 os(as) praticantes compreenderão melhor os problemas
defensivos e irão trabalhar para solucioná-los, com isso, surge a introdução de um(a)
jogador(a) no espaço interior, identificando novas formas de situações de oposição, novos
conceitos estratégico-táticos são abordados, como o “jogo de triângulo”, o “mão a mão”
e o “corta-luz indireto” (MARICONE et al., 2016), sendo assim, inicia-se a compreensão
da lógica do jogo nos espaços internos. Além disso, nessa fase, adolescentes demonstram
um aumento de força e velocidade e, com isso, as características do jogo começam a ficar
mais parecidas com o jogo oficial. Como há muita variação no ritmo de crescimento e
desenvolvimento de cada adolescente, diversificar os elementos estruturais do jogo de
basquete tem treino e competição podem favorecer a permanência de mais praticantes no
basquete.
Por fim, a categoria sub-14 tem a finalidade de preparar para a entrada no esporte
de rendimento, por isso o aprimoramento tático-técnico começa a ser prioridade, porém,
sem perder a liberdade de jogadores(as). A especialização ainda não é recomendada, pois
o objetivo maior nessas três etapas é manter os(as) jogadores(as) atuando em todas as
posições, dessa forma, vivenciando todas as funções do jogo. Conceitos táticos mais
complexos são INTRODUZIDOS, pois os(as) jogadores(as) começarão a atuar de forma
mais especializada nas fases seguintes e, por isso deverão ter sido submetidos a todas as
regras de ação que beiram o jogo de basquetebol, como uma das ações táticas grupais
mais utilizadas dentro de uma partida formal de basquetebol, o corta-luz indireto.
Nesta etapa de formação esportiva, algumas discussões permeiam a sequência de
ensino de conteúdos do basquete, como quando ensinar o corta-luz direto, quando
introduzir as defesas por zona, entre outras. Trouxemos argumentos baseados nos
manuais internacionais e literatura especializada em crescimento e desenvolvimento.
A começar pela defesa, entendemos que o sistema individual favorece o
desenvolvimento de competências tático-técnicas importantes nas categorias de iniciação
e formação.

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Então, por que utilizar defesa individual até sub-14 e não utilizar defesas por zonas
e dobras?
A defesa individual favorece situações de 1x1, com e sem bola. Nesse sentido, as
crianças e adolescentes desenvolvem as competências defensivas que são base para todos
os sistemas: sustentar a posição defensiva e sem ser superado pelo(a) adversário(a) -
evitando a necessidade da ajuda de um(a) companheiro(a).
O fato de ter uma atribuição, ou seja, a responsabilidade de atacar e defender um
adversário direto, leva as crianças e adolescentes a tomarem decisões em pouco tempo e
espaço, utilizando os recursos (técnicas) aprendidos, tanto para atacar como para
defender. Isso aumenta o número de decisões em relação ao que ocorre contra defesas por
zona.
Na defesa individual:
- as responsabilidades são definidas: a criança/adolescente sabe quem está
defendendo e, se essa(e) atacante tiver sucesso, terá claro que errou. Isso é importante no
minibasquete, fase em que o pensamento abstrato ainda está se desenvolvendo, e segue
sendo importante nos sub-12, sub-13 e sub-14, para um melhor desenvolvimento do jogo
defensivo;
- a capacidade de ler o(a) atacante direto atrasar o avanço da bola, manter a bola
longe da cesta ou recuperar a bola, são melhor desenvolvidas a partir da (MONTERO-
SEONE, 2010):
1) visão contínua das referências de jogo (atacante direto, bola e cesta);
2) regulação do uso das mãos e braços, aprendendo a gerar problemas à(ao)
oponente sem cometer faltas;
3) da redução do espaço de jogo do(a) adversário(a), levando para áreas de menor
risco para a finalização e/ou dificultando as linhas de passe;
4) da limitação das opções, evitando que o(a) atacante arremesse de espaços mais
favoráveis.
Esses pontos rementem a uma capacidade fundamental para uma boa defesa:
dominar as noções de espaço-tempo em relação ao atacante e à bola, o que é mais
constante na defesa individual.
A defesa individual também favorece o desenvolvimento de atacantes, pois quem
ataca vivenciará mais vezes e com mais intensidade a oportunidade de superar um(a)

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adversário(a) direto, desenvolvendo maior repertório e capacidade de dribles, fintas,


mudanças de direção, ritmo e ações ofensivas coletivas
Com isso, as competências técnicas dentro dos princípios específicos se
desenvolvem mais adequadamente, com menos arremessos de longa distância forçados
por uma concentração da defesa no garrafão, ampliando também as capacidades de
infiltração. Os arremessos de longa distância serão aprimorados na próxima etapa, após a
fase de puberdade, quando o controle de força e precisão estarão mais estáveis.

Quanto aos sistemas de ataque, por que o 5 abertos é indicado para esta etapa de
iniciação?
Este sistema estimula o jogo com e sem bola, numa dinâmica de ocupação de
espaços, favorecendo com que todos os(a) jogadores(as) joguem de frente para a cesta,
em todas as posições da quadra, tornando-os(as) versáteis. A versatilidade é um aspecto
valorizado no basquete moderno, em diferentes níveis. Além disso, é ainda um momento
muito precoce para definir ou especificar posições. Dado que também estimula o
desenvolvimento do 1x1, o conceito de “jogo de vantagens” é bastante estimulado.

E o sistema 4 abertos e 1 interno, por que o introduzir após os 5 abertos?


É um sistema que permite manter 4 jogadores(as) jogando de frente para a cesta,
utilizando os recursos de infiltração no perímetro aprendidos a partir do sistema 5 abertos,
e deixando apenas 1 jogador(a) postado no perímetro (de forma transitória), para iniciar
o jogo de costas para a cesta e a relação de jogo ao poste, jogos de triângulos e/ou jogo
dentro-fora1. Isso estimula o uso de outros passes, com diferentes ângulos, e amplia as
possibilidades de decisões.

Quando iniciar o ensino do corta-luz indireto?


É sempre necessário considerar as experiências e aprendizados anteriores dos(as)
praticantes, mas sugerimos que o corta-luz indireto seja introduzido no Sub-13. Ao
aprender a utilizar o corta-luz indireto no ataque, bem como defendê-lo, prepara os(as)

1
Jogo dentro-fora: “O JCB externo à linha dos três tem a opção de passar a bola a um companheiro que
se encontra na região do garrafão, atraindo a atenção defensiva para esta região, assim o jogador interno
pode passar a bola novamente para um jogador externo, possibilitando um arremesso, drible com infiltração
ou continuidade no ataque com a defesa já desequilibrada. Esta situação ocorre normalmente do lado onde
a maior parte dos defensores se posicionam, em cobertura defensiva (lado forte), assim o passe entre o JCB
e seu companheiro acontece do mesmo lado da quadra” (MARICONE et al., 2016, p.6).

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adolescentes para outro nível de jogo, da descentração para a estruturação (relembre a


Figura 2), pois nesse jogo grupal há outras possibilidades de desmarques e obtenção de
vantagens, elevando também o nível de comunicação defensiva.
É importante reforçar que neste e-book descrevemos diretrizes para as categorias
sub-12, sub-13 e sub-14, mas a progressão de ensino dos conteúdos é interdependente do
ritmo de aprendizagem dos(as) praticantes. Isso significa que você, treinador e treinadora,
poderá avançar ou não em alguns conteúdos.
Nos tópicos a seguir serão apresentadas as especificidades em cada etapa dentro dos
parâmetros escolhidos. Além disso, serão apresentados os mapas conceituais ofensivos e
defensivos de cada categoria, que contemplam todas as ações estratégico-tático-técnicas
envolvidas nas etapas.

Especificidades do sub-12

Características gerais das crianças nessa etapa


• Desenvolvimento físico: aumentos lentos e regulares na altura e na massa
corporal; aumento de força, velocidade, resistência, coordenação; grande
potencial de aprendizagem de habilidades motoras mais complexas;
• Desenvolvimento psicológico: inseguranças, momento de descobertas;
• Desenvolvimento social: melhor compreensão de ideias abstratas e
raciocínio lógico.

O quadro abaixo do Modelo de Desenvolvimento Esportivo do COB sintetiza as


características nesta etapa.

Fonte: COB, 2022, p.47.

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Objetivo tático-técnico geral

Os objetivos e as características específicas do jogo na etapa do sub-12 estão


apresentados no Quadro 3.

Quadro 3 - Objetivos e características específicas da categoria sub-12

PARÂMETROS SUB-12
OBJETIVOS TÁTICO- -Potencializar o jogo individual com bola e sem bola;
TÉCNICO -Introduzir o jogo grupal sem bola.
CARACTERÍSTICAS -Bola tamanho 5”;
DA COMPETIÇÃO -Altura da cesta 2,65m;
-Linha de 3 adaptada, menor distância;
-Apenas defesa individual.
ESTILO DE JOGO

Jogo com profundidade e aproximação à cesta, com cinco espaços externos


e um interno que pode ser ocupado por qualquer jogador(a), com ou sem
bola, transitoriamente. Assim, deve haver rotação das posições externas e
interna do jogo.
RITMO DE JOGO Jogo posicionado para obter vantagem numérica ou espaço-temporal:
buscar o corte sem bola. As crianças devem compreender a lógica do jogo,
buscando formas mais objetivas de se chegar à cesta.
GRAU DE Máxima liberdade de ação. O jogo coletivo é embasado na atuação livre e
LIBERDADE espontânea dos jogadores, seguindo a lógica do jogo.
GRAU DE Sem especialização de posições e diversificação de funções. Todos(as)
ESPECIALIZAÇÃO podem ocupar os diferentes espaços e exercer todas(as) as funções.
Fonte: Os autores, baseado em: VÉLEZ et al. (2018); FIBA (2016); LOFRANO et al.
(2019).

No sub-12 é introduzido o jogo simples sem bola, com o intuito de trazer mais
capacidade de envolver mais jogadores(as) no jogo, além de compactuar numa melhor
compressão do bloco defensivo. Dessa forma, a ação “passar e cortar” é a ação grupal
sem bola mais simples do basquetebol e que é importante para se compreender como se
comportar sem a bola em outros conceitos mais complexos, que serão abordados
posteriormente.

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31

Figura 1- Mapa conceitual dos conteúdos estratégico-tático-técnicos ofensivos da


categoria sub-12 de basquetebol.

Fonte: Os autores.

Sistemas, Ações Tático-Técnicas Individuais e Grupais Ofensivas do Sub-122

Conteúdo Descrição
Situações de
reposição de São situações em que a reposição da bola em jogo é feita pela lateral ou pelo fundo.
bola
Saídas de defesa
As saídas contra defesas individuais pressionantes devem envolver ações ofensivas
pressão
individuais e grupais, a fim de superar os/as defensores/as.
individual
Refere-se à compreensão individual sobre as vantagens físicas, estratégicas e tático-
técnica sobre adversários(as). As vantagens podem surgir a partir das próprias ações
Jogo de individuais, como as fintas, dribles e infiltrações, ou a partir de ações grupais e/ou
Vantagens coletivas, assim como o “dividir e passar” e “passar e cortar”. A partir dos desajustes
a defesa terá que se adequar às novas situações, causando um desequilíbrio defensivo e
promovendo situações de vantagens ao JCB.
Arremesso Refere-se ao(à) JCB realizar um movimento de arremesso da bola em direção a cesta.

2
O e-book 1, Minibasquete, apresenta glossários com outros termos iniciais/básicos.

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Em geral, caracteriza-se pela forma que o(a) JCB deve se posicionar para efetuar um
arremesso. Os pés alinhados e paralelos, apontando a cesta, joelhos paralelos,
Postura de semiflexionados e alinhados ao quadril e ombros, com core e glúteos ativos. O
arremesso movimento do arremesso deve começar da altura do peito. O(a) jogador(a) deve segurar
a bola de forma que a mão dominante fique embaixo da bola e a mão não-dominante
servirá de apoio ao lado.
É um arremesso em suspensão realizado em deslocamento, em que o(a) jogador(a)
Bandeja realiza um ou dois passos em direção à cesta antes de lançar a bola ao aro. Pode ser feita
com ou sem mudança de direção e/ou ritmo.
Caracteriza-se em realizar uma bandeja, com qualquer tipo de passada, que se inicia em
um dos lados da tabela e é definida com a mão de dentro (próxima à tabela), no lado
Reversa oposto. Portanto, considerando que um(a) jogador(a) inicia a passada do lado direito da
cesta, ele(a) terminará o movimento do lado esquerdo, mas utilizando a própria mão
direita.
Refere-se a uma bandeja, com qualquer tipo de passada, que se inicia em um dos lados
da tabela e é definida com a mão de fora (distante à tabela), no lado oposto. Portanto,
Inversa
considerando que um(a) jogador(a) inicia a passada do lado direito da cesta, ele(a)
terminará o movimento do lado esquerdo, mas utilizando a mão esquerda.
Refere-se às ações dos(as) JSB para abrirem os espaços da quadra, afastando-se do(a)
Ampliar JCB, ocupando as áreas externas e/ou internas para garantirem um jogo com bom
espaçamento.
Refere-se ao(a) JCB realizar um passe para um(a) companheiro(a) e ‘cortar’ a defesa,
cruzando a zona restritiva em direção à cesta. Ao realizar o ‘corte’, o(a) jogador(a) deve
Passar e cortar pedir bola, por ser a primeira opção de passe para o(a) companheiro(a), podendo ou não
receber a bola. Caso receba, a primeira opção é a finalização, caso não, buscará outro
espaço vazio para preencher.
Fonte: Os autores, baseado em: VÉLEZ et al. (2018); FIBA (2016); LOFRANO et al.
(2019); MARICONE et al (2016); MCHUGH (2012); SANTOS et al., 2021.

Diferente do minibasquete em que as ações defensivas não são a ênfase do


trabalho, no sub-12 aspectos defensivos são introduzidos em forma de estratégias, como
a “defesa com ajuda” e também algumas ações tático-técnicas como “roubar a bola” sem
cometer faltas.
Nas etapas anteriores o jogo era visto de forma mais individual para as crianças,
por isso, havia ênfase no ataque, nas ações individuais e nos elementos de motivação
intrínseca. Por volta do sub-12 as crianças ganham maturidade para compreender funções
e a lógica interna do jogo para trabalhar coletivamente, além de buscar criar vantagens
diante da equipe adversária. Logo, compreender melhor a lógica de ataque e defesa do
basquete, avançando nas ações tático-técnicas individuais e no domínio das situações
grupais. A defesa, mesmo individual como recomendada nessa etapa, depende de maior
compreensão espaço-temporal em interação com companheiros(as) de equipe e
adversários(as), passando a ser melhor treinada a partir do sub-12.

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Figura 2- Mapa conceitual dos conteúdos estratégico-tático-técnicos defensivos da


categoria sub-12 de basquetebol.

Fonte: Os autores.

Sistemas, Ações Tático-Técnicas Individuais e Grupais Defensivas do Sub-12


Conteúdo Descrição
Sistemas Consistem na organização do ponto de referência, distribuição e espacial e funções de
defensivos defensores visando a proteção à cesta.
O(a) defensor(a) de um(a) jogador(a) sem bola, mais próximo(a) do(a) jogador(a)
com bola, ajuda seu(a) companheiro(a) sem perder de vista seu(a) atacante(a) de
Defesa individual
origem. Na categoria sub-12 indicamos a defesa individual com possibilidade de
com ajuda
ajuda no(a) portador(a) da bola e em qualquer lugar da quadra. Essa ajuda deve ser
em movimento “sanfona”, sem que haja a dobra defensiva.
Defesa individual Consiste em dois(as) defensores(a) realizarem uma troca de marcação após uma
com trocas ultrapassagem do(a) JCB em direção a cesta.
Consiste nos(as) defensores(as) do lado oposto da bola se distanciarem de seus(as)
Defesa individual
adversários(as) diretos(as), ocupando um espaço mais vulnerável para finalizações e
com flutuação
se posicionando para disputa do rebote defensivo.

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Consiste na defesa dos(as) defensores(as) próximos(as) a bola, responsáveis pelas


primeiras linhas de passe, anteciparem a defesa buscando uma interceptação de passe,
Defesa individual
sendo uma estratégia mais arriscada visto os desmarques do tipo backdoor em
com antecipação
progressão à cesta serem mais recorrentes, exigindo uma flutuação de outros(as)
jogadores(as).
Defesa pressão O objetivo é pressionar o/a JCB e interceptar as linhas de passe para os/as JSB, a
individual partir da quadra defensiva (1/2 quadra).
Consiste nos(as) jogadores(as) que estão mais distantes da bola realizarem
Realizar deslocamentos de suas posições iniciais para dificultar cortes e infiltrações dos(as)
Coberturas adversários(as), evitando assim finalizações mais simples, em zonas mais vulneráveis
para a defesa.
Atrasar o ataque Consiste em atrasar a progressão da bola e adversários(as) em direção à cesta partir
adversário das ações de pressionar o(a) jogador(a) com a bola e tirar as linhas de passe .
Referente ao posicionamento dos(as) atletas defensivamente, de forma a proteger
coletivamente as zonas mais vulneráveis da quadra, como o garrafão, além de tentar
Compor bloco impedir a progressão dos adversários até a cesta. Entender esse princípio faz com que
defensivo jogadores(as) percebam que não há necessidade em interceptar todas as linhas de
passe, mas se posicionem de forma a não serem ultrapassados(as) e ajudarem os(as)
companheiros(as).
Postura Posição de prontidão e orientação a referenciais como atacante(s), bola e cesta em que
Defensiva os(as) defensores(as) deverão se manter durante essa fase do jogo.
Ação realizada pelo(a) DJSB. Semelhante à posição básica, entretanto, o(a)
defensor(a) deve manter atenção em seu(sua) adversário(a) direto e a bola,
Ajuda
simultaneamente, ajudando a defender o(a) JCB se houver a ultrapassagem do(a)
defensor(a) direto(a)
Ação realizada pelo(a) DJSB. Semelhante à posição defensiva de ajuda, mas com um
Cobertura elemento extra: a presença de um(a) terceiro(a) jogador(a), fazendo com que a
atenção do(a) jogador(a) seja dividida ainda mais.
Defender Jogo Defender as posições internas da quadra, como os postes (baixo, médio e alto), além
Interno de jogadas dentro do garrafão e de jogadores(as) de costas.
Ação realizada pelo(a) DJCB. Posicionamento do corpo de maneira a ficar entre
De frente
adversário, que se encontra de frente para cesta, e a cesta, dificultando a finalização.
Ação realizada pelo(a) DJSB. Posicionamento do corpo de maneira a ficar entre bola
Pela frente
e adversário(a), dificultando a linha de passe.
Roubar a Bola Consiste na troca de posse de bola derivada de um roubo enquanto há o controle da
bola pelo(a) JCB.
Recomposição Recomposição do bloco defensivo realizada pelo(a) defensor(a) após sofrer uma
Defensiva ultrapassagem sofrida a partir de drible, movimentação ou erro de posicionamento.
Ação realizada entre ao menos 2 defensores(as) podendo ser entre DJCB e DJSB ou
Trocar entre DJSB. Consiste no abandono definitivo e sucessiva troca do(a) defensor(a)
direto(a) com algum(a) companheiro(a).
Ação dependente do DJSB próximo a bola, que acontece quando um(a)
Ajuda Defensiva
companheiro(a) de defesa é ultrapassado(a).
Ação realizada pelo(a) DJSB. Sem troca de marcação um(a) defensor(a) abandona,
Sanfonar momentaneamente, seu(sua) adversário(a) direto para tentar atrapalhar o JCB
progredir até o alvo, facilitando a recuperação defensiva de seu(sua) companheiro(a).
Consiste na primeira ação antes da transição ataque-defesa. Cada jogador(a) fará uma
Balanço
movimentação, regida principalmente por sua posição na quadra, logo após a
Defensivo
finalização da equipe ao alvo.

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Ação de recuperação da bola após uma tentativa de arremesso mal-sucedido da


Rebote Defensivo
equipe adversária.
Ação realizada por defensores(as) mais distantes à cesta no momento da finalização.
Recuperação Estes devem recuperar, o mais rápido possível, as posições próximas à sua própria
cesta, para impedir qualquer finalização próxima que possa ocorrer.
Fonte: Os autores, baseado em: VÉLEZ et al. (2018); FIBA (2016); LOFRANO et al.
(2019); MARICONE et al (2016); MCHUGH (2012).

Organizando uma sessão de treino para o sub-12

A partir do exposto serão apresentadas duas sessões de treino para cada categoria,
com intuito de auxiliar você, treinador e treinadora, a refletir e planejar novas sessões de
treino, sempre pensando como adaptar para o próprio contexto de prática. As sessões de
cada idade serão encontradas ao fim de suas descrições, abordando principalmente
aquelas ações inseridas especificamente para a faixa etária. Para isso, da mesma forma
que no minibasquete, consideramos os referenciais estratégico-tático-técnicos,
socioeducativos e histórico-culturais.
Você vai notar que as sessões possuem os “pontos-chave”, em que destacamos o que
queremos observar e estimular junto aos(às) jogadores(as). Uma mesma
atividade/jogo/brincadeira em treino pode estimular inúmeros elementos, mas temos que
ter em mente qual é o objetivo e preparar as estratégias de intervenção e comunicação.
Com o(a) treinador(a) tendo claro o que "olhar" em cada sessão, certamente terá mais
efetividade em mediar o treino.
E você, usa alguma estratégia no seu planejamento para guiar seus olhar e sua atenção
durante a preparação a aplicação do treino? Que tal incluir os pontos-chave da sua sessão
no planejamento?

SESSÃO ATAQUE
Objetivo ataque: Pontos-chave de ataque:
• Progredir rapidamente à cesta • Observar os espaços vazios a serem ocupados
• Passar e cortar para receber a bola em • Perceber quando criar espaço a partir do drible e do passe
condição de cesta • Mudanças de ritmo e desmarques
• Desequilibrar e atacar

PARTE 1 – Entendendo a movimentação sem a bola

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1) Bola ao centro – 5 min + 10 min. = 15 min.


- Posicionamento – Círculo e/ou 5 abertos, com atacantes para fora dos
cones ou linha de três de pontos e defensores(as) dentro, protegendo o
alvo do jogo;
- Início do jogo: Quando o(a) treinador(a) passar a bola para qualquer
atacante;
- Objetivo: Passar a bola para o(a) jogador(a) ocupando o centro do
espaço (cones ou garrafão);
- Após entrar no centro, jogador(a) precisa imediatamente sair e ocupar
um espaço externo;
- Defesa pode roubar a bola e interceptar passes;
- Quando a defesa recuperar a bola os papéis imediatamente se
invertem;
- Drible usado apenas para transitar entre cones;
- É contado um ponto para toda vez que os(as) jogadores(as) receberem
a bola dentro da área delimitada;
- É possível pontuar quantas vezes conseguir em uma única posse de
bola

Variação:
- Posicionar os cones na posição de 5 abertos, com o centro sendo o
garrafão, aproximando à realidade do jogo.

PARTE 2 – Experimentando movimentação sem bola em ambiente restrito


2) Situação de 1x1 em 4 abertos – 10 min + 10 min. = 20 min.
- Posicionamento – 4 abertos, com dois(as) jogadores(as) nas laterais
superiores, chamadas áreas da “45” (ataque e defesa, posições 1 e 3) e
dois(as) jogadores(as) na zona morta (apoios, posições 2 e 4);
- Início do jogo: Quando o(a) treinador(a) (C) passar a bola para 1 ou 3;
- Duração: Máximo 10 segundos de jogo;
- Objetivo: obter vantagem a partir do passar e cortar.
- Treinador(a) (C) passa para um(a) dos(as) jogadores(as), 1 ou 3. Quem
receber do(a) treinador(a), passa a bola para o(a) jogador(a) de apoio na
zona morta e cortar na direção da cesta em busca da vantagem para
finalizar. O(a) outro(a) que não recebeu o passe precisa passar na frente
do(a) treinador(a) para recuperar na defesa.
- Situação de 1x1 com vantagem espaço-temporal para o(a) atacante.
Este(a) deve aproveitar a vantagem, ampliando a passada em direção à
cesta e perceber a recuperação do(a) defensor(a) para escolher a melhor
forma de finalizar.

Legenda:
- Jogadores(as) na zona morta – 2 e 4
- Jogadores(as) na 45 (laterais superiores) – 1 e 3
- Treinador(a) – posicionado na cabeça do garrafão (C)
PARTE 3 - Ampliando movimentações sem bola em transição

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3) Ataca, Defende e Sai – 10 min + 10 min. = 20 min.


- Posicionamento – Fundo da quadra nas filas, quantidade a ser definida
pela quantidade de jogadores(as) do ataque (3x3; 4x4);
- Início do jogo: Três atacantes e três defensores(as) na quadra,
treinador(a) faz o pulo bola no meio da quadra com um(a) jogador(a) de
cada time;
- Duração: Regra antipassividade, se treinador(a) entender que o ataque
não está tentando a finalização, ele(a) pode começar uma contagem de
10 segundos para a troca de posse;
- Objetivo: Jogo vai a 10 pontos, cestas derivadas de jogadas
individuais valem 1 ponto, cestas derivadas de jogadas dos conceitos
(Dividir e Passar e Passar e Cortar) valem 2 pontos;
- Jogo com transição, jogadores(as) atacam uma vez, defendem e assim
que recuperam a bola, passam para os(as) próximos(as) da fila para que
eles(as) ataquem, assim voltando para a fila;
- Regras do “Garganta Cortada”: nome dado ao conjunto de três regras
a serem cumpridas. Caso não sejam cumpridas, o ataque perde a posse
de bola como se fosse um erro (andada, duplo drible, etc.). Estas regras
são:
1. Toda vez que um(a) jogador(a) receber a bola, de frente pra cesta em
situação de 1x1, é obrigatório fazer a tríplice ameaça, com a finalidade
de observar todas as opções disponíveis e tomar uma decisão - se
receber a bola e o(a) jogador(a) ficar de costas, de lado, ou colocar a
bola acima da cabeça o ataque perde a posse de bola;
2. Toda vez que o(a) jogador(a) passar a bola, ele(a) deve cortar na
direção da cesta, se ficar parado(a) ou se movimentar para qualquer
outra direção que não seja a cesta, o ataque perde a bola;
3. Toda vez que um(a) jogador(a) recebe uma assistência e faz a cesta é
preciso agradecer o(a) companheiro(a), se comemorar sozinho ou não
agradecer, a pontuação é invalidada.

Pontos-chave: Após um passe, cortar em direção à cesta. Fazer com


que as regras sejam seguidas. Após o corte não posso ficar parado no
garrafão, pois essa é uma área transitória.

SESSÃO DEFESA
Objetivo defesa: Pontos-chave da defesa:
• Ajudas e Trocas • Fazer a comunicação virar hábito
• Comunicação • Priorizar fechar os espaços internos
• Sustentar adversário direto • Evitar ser ultrapassado
• Estimular defesa próxima ao(à) atacante
• Perceber quando ajudar – somente se o seu parceiro
realmente for ultrapassado (senso de responsabilidade)
PARTE 1 – Entender conceitos defensivos
1) Passar pelo portal = 15 min.
- Posicionamento – Fila de atacantes na linha de fundo, fila de
defensores(as) próximo ao meio da quadra (ênfase em aproximar e
abordar) ou ambas na linha de fundo;
- Início do jogo: Quando defensor(a) 1 passa a bola para atacante 1
- Duração: 8 segundos de jogo a partir do passe do(a) defensor(a);
- Objetivo: Defensor(a) precisa impedir que atacante passe por qualquer
um dos portais (na figura são dois portais, caracterizados por cones)
- Jogo 1x1;

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- Defensor(a) não pode ser ultrapassado(a), caso seja e não recupere


irá defender novamente e será instruído(a) a melhorar a sua postura de
recomposição defensiva;;
- Se defensor(a) for ultrapassado(a), mas recuperar e passar primeiro no
portal será elogiado(a), e se tornará atacante;

Variação:
- Adicionar 2x2, com a mesma dinâmica, introduzindo a ideia de ajuda
e cooperação defensiva.

PARTE 2 – Introdução às ajudas e trocas


2) Jogo situacional em igualdade numérica – 2x2, 3x3, 4x4 – 10 min
+ 10 min. = 20 min.
- Posicionamento – 2 filas, um(a) atacante e um(a) defensor(a) na 45
(posição 1) e um(a) atacante e um(a) defensor(a) na Zona morta
(posição 2);
- Início do jogo: Quando atacante 1 driblar a bola;
- Duração: Máximo 10 segundos;
- Objetivo: DJCB precisa comunicar e recuperar o(a) seu(a) jogador(a)
ou trocar com DJSB;
- DJSB se prepara para trocar, parando a bola sem a falta ou ajudar no
espaço (Sanfona) e recuperando seu(a) adversário(a) direto(a);

Pontos-chave: Diminuir vantagem do ataque à medida que


jogadores(as) entendem a dinâmica, comunicação do(a) DJSB ser clara
e objetiva, estimular a defesa forte com contato, mas sem a realização
de faltas (braços erguidos).

Variação:
Adicionar mais jogadores(as) ao jogo (3x3, 4x4), deixando livre para
que o JCB infiltre para o lado que desejar, fazendo com que a ajuda seja
responsabilidade de outros(as) DJSB.
PARTE 3 – Explorando conceitos defensivos em atividade grupal ou coletiva

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3) Defende, Ataca e Sai em Superioridade defensiva – 10 min + 10


min. = 20 min.
- Posicionamento – Fundo da quadra nas filas, quantidade a ser definida
pela quantidade de jogadores(as) da defesa;
- Jogo 2x3, 3x4, 4x5;
- Início do jogo: Treinador(a) faz o pulo bola no meio da quadra com
um(a) jogador(a) de cada time;
- Duração: Regra antipassividade, se treinador(a) entender que o ataque
não está tentando a finalização, ele(a) pode começar uma contagem de
10 segundos para a troca de posse;
- Objetivo: Jogo vai a 10 pontos. Para marcar pontos é preciso evitar as
finalizações da equipe ofensiva, ou seja, se em uma posse de bola o
ataque não finalizar, seja devido a um roubo de bola, interceptação de
passe ou erro a equipe de defesa recebe um ponto.

Jogo 2x3:
- Três filas no fundo da quadra;
- Dois(as) jogadores(as) iniciam no meio da quadra e mais um(a) dentro
do garrafão (jogador(a) 3);
- Após o ataque, os(as) jogadores(as) saem da quadra e voltam para suas
filas;
- A equipe que defendeu atacará contra outros(as) três jogadores(as) que
entraram da fila;
- Jogador(a) que recuperou a posse de bola (roubo, rebote, etc.) irá
passar para um(a) companheiro e sairá da quadra;
- Jogadores(as) sempre saem da quadra após o ataque.

Especificidades do sub-13

Características gerais dos/as adolescentes nessa etapa

• Desenvolvimento físico: em geral, as meninas iniciam a puberdade entre os


9 e 11 anos, aproximadamente, os meninos entre os 11 e 13 anos. Nesse
sentido, segue o processo de aumento de competências físicas relatadas no
sub-12. Na metade da adolescência, há uma tendência de os meninos terem
vantagens em relação a essas competências.
• Desenvolvimento psicológico: é um momento importante de construção da
identidade dos/as adolescentes, por isso a influência do ambiente, a
autoimagem e autoconceito se tornam relevantes. Por isso, a forma de lidar
com a competição, com as derrotas e vitórias no esporte, importa.
Treinadores/as devem se atentar às suas ações de forma a contribuir com o
desenvolvimento da persistência, resiliência, respeito aos/às adversários/as,
árbitros/as, os/as próprios/as treinadores/as, e demais agentes envolvidos na
competição
• Desenvolvimento social: expansão dos vínculos de amizade, expandindo
suas referências para além da família.

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O quadro abaixo do Modelo de Desenvolvimento Esportivo do COB sintetiza as


características nesta etapa.

Fonte: COB, 2022, pág. 63.

Objetivo tático-técnico geral

Os objetivos e as características específicas do jogo na etapa do sub-13 estão


apresentados no Quadro 3.

Quadro 3 - Quadro contento os objetivos e características especificas da categoria sub-


13.

PARÂMETROS Sub-13
OBJETIVOS TÁTICO- -Potencializar o jogo individual sem bola;
TÉCNICO -Introduzir o jogo grupal e coletivo básico.
CARACTERÍSTICAS DA -Bola tamanho 5”;
COMPETIÇÃO -Altura da cesta 3,05m;
-Linha de 3 oficial;
-Apenas defesa individual;
-Corta-luz indireto permitido.

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ESTILO DE JOGO

Jogo com profundidade e aproximação à cesta,


com quatro espaços externos e um interno que
pode ser ocupado temporariamente por qualquer
jogador(a), com ou sem bola. Neste sistema, a
ocupação do espaço interno deixa de ser
transitória e passa a ser posicionada. Entretanto,
ainda deve ser temporária e haver rotação das
posições externas e interna do jogo. Deve-se ainda
explorar o sistema 5 abertos (cinco espaços
externos).
RITMO DE JOGO Jogo posicionado dinâmico para obter vantagem
numérica ou espaço-temporal: buscar o corte sem
bola. Jogo de transição rápida, buscando a
vantagem numérica e/ou espaço-temporal.
GRAU DE LIBERDADE Jogo semi-livre baseado na aplicação dos
princípios do jogo.
GRAU DE Sem especialização de funções, todos(as) devem
ESPECIALIZAÇÃO aprender a jogar nos espaços externos ao
perímetro e no perímetro, de frente e de costas
para a cesta.
Fonte: Os autores, baseado em: VÉLEZ et al. (2018); FIBA (2016); LOFRANO et al.
(2019).

Com o avanço no crescimento e amadurecimento dos(as) praticantes, as


características estruturais do jogo para organização de eventos e competições se aproxima
das regras oficiais. São sugeridos modelos alternativos na forma de disputa, como
festivais, liga local ou mesmo interna de cada clube, sobretudo para atletas com pouca
experiências ou pouco tempo de jogo em competições maiores. O mesmo vale para
cidades ou regiões com poucas conexões ou equipes próximas para a realização de
eventos.
Por exemplo, você pode desenvolver uma liga interna na sua instituição,
mesclando adolescentes do sub-12 e sub-13 para formar as equipes. As equipes podem
ter nomes de times ou jogadores(as) que fazem ou fizeram parte da história do basquete
no Brasil ou na sua região, como estratégia de desenvolver o referencial histórico-cultural.

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Os(as) próprios jogadores(as) da liga, ou até mesmo de categorias mais velhas, podem
exercer as funções de treinadores(as), árbitros(as) e mesários(as), como forma de
desenvolver o referencial socioeducativo. Eles(as) podem precisar da sua orientação,
treinador(a), por isso desenvolva estratégias de tutoria para cada um dos papéis. A liga
pode ter vários campeonatos curtos, com duração bimestral ou trimestral, havendo uma
reformulação das equipes a cada novo campeonato. Essa é uma forma de proporcionar
aos(às) adolescentes a experiência de competir e jogar várias vezes, vivenciar diferentes
papéis, aprender aspectos tático-técnicos, histórico-culturais e socioeducativos, e se
envolver com uma cultura de basquete. Nessa categoria, os(as) praticantes chegarão com
uma compreensão concreta da lógica do jogo com bola, e com um básico nível do jogo
sem bola. Há uma mudança no estilo de jogo dessa fase, contemplando o sistema ofensivo
4 abertos e 1 interno para que comece o trabalho de se compreender melhor a lógica
interna do jogo. Serão introduzidas novas regras como a permissão do corta-luz indireto,
ampliando as possibilidades de resolução coletivas dos problemas do jogo.

Figura 3- Mapa conceitual dos conteúdos estratégico-tático-técnicos ofensivos da


categoria sub-13 de basquetebol.

Fonte: Os autores.

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43

Com a introdução de um sistema ofensivo 4 abertos e 1 interno, as ações tático-


técnica defensivas tem novas variações para se defender o espaço interno, que as vezes é
disputada de maneira diferente do que o espaço externo. A presença de um(a) jogador(a)
no garrafão, faz com que as ajudas e flutuações possam ser mais utilizadas, dessa forma,
o bloco defensivo se torna mais compacto do que nas idades anteriores.
Note também o estímulo ao corta-luz indireto, para inserção do corta-luz direto no
sub-14. Essa distribuição se dá para favorecer maior resolução de situações de 1x1 do(a)
JCB sem o suporte de corta-luz direto, desenvolvendo mais ações de dribles e fintas contra
o(a) JSB direto.

Sistemas, Ações Tático-Técnicas Individuais e Grupais Ofensivas do Sub-13


Conteúdo Descrição
O sistema se caracteriza pela posição de referência dos(as) jogadores(as) na
Sistema ofensivo quadra ofensiva.
Formação inicial com 4 jogadores externos ao perímetro, normalmente anterior
4 abertos e 1 interno à linha de 3 pontos, e 1 no espaço interno, ocupando qualquer um dos postes
(baixo, médio, alto).
É um arremesso em suspensão realizado em deslocamento, em que o(a)
Bandeja jogador(a) realiza um ou dois passos em direção à cesta antes de lançar a bola ao
aro. Pode ser feita com ou sem mudança de direção e/ou ritmo.
Caracteriza-se pela progressão à cesta, normalmente antecedida pela passada da
bandeja, na qual o(a) JCB irá finalizar com a bola saindo acima da linha dos
Flutuador ombros, com uma das mãos e sem concluir o gesto técnico do arremesso (flexão
(Floater) completa do punho), visando a tabela ou a cesta direta. Normalmente o(a)
jogador(a) não está tão próximo(a) à cesta, soltando a bola por cima de um(a)
jogador(a) mais alto(a).
Caracteriza-se pela progressão à cesta, normalmente antecedida pela passada da
Arremesso em bandeja, na qual o(a) JCB irá finalizar com a bola saindo acima da linha dos
movimento ombros, com uma das mãos concluindo o gesto técnico do arremesso (flexão
(Runner) completa do punho), visando a tabela ou a cesta direta. Normalmente o(a)
jogador(a) não está tão próximo(a) à cesta.
Caracteriza-se pela progressão à cesta, normalmente vindo da região da zona
morta, antecedida pela passada da bandeja, na qual o(a) JCB irá proteger a bola
De força
com seu corpo, mantendo-o entre o(a) adversário(a) e a bola, esperando o
contato para a finalização.
Caracterizado pelo(a) JSB realizar, em igualdade numérica, fintas, mudanças de
ritmo, velocidade e direção com o intuito de conseguir vantagem espaço-
Desmarque
temporal sobre o(a) seu(sua) adversário(a), para receber a bola no espaço
desejado.
Mudança de direção Caracteriza-se pela mudança abrupta de velocidade ao sair de um espaço interno
(Flash) ou externo e correr em direção e proximidade ao(à) JCB.
A partir dos(as) jogadores(as) localizados nos espaços externos e suas relações
Jogo de Triângulos
com os(as) jogadores(as) que ocupam o espaço interno – poste alto ou poste baixo

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- temos a formação de triângulos ofensivos para a realização de passes e cortes de


forma dinâmica.
Ação caracterizada pelo drible do(a) JCB na direção de um(a) JSB que também
está correndo na direção do JCB. Quando próximos(as) o(a) JCB entrega a bola
Mão a mão na mão do(a) JSB, protegendo a bola com o corpo na frente do(a) DJSB e do(a)
defensor(a) direto(a). Essa ação dá bases para a introdução ao corta-luz direto na
próxima etapa (Nível II).
Opções do(a) JSB no mão a mão
O(a) JSB recebe a bola a partir de um passe de entrega pelo(a) JCB. O objetivo é
que o JSB ganhe uma vantagem espaço-temporal em relação ao(à) defensora, por
Receber
isso, o JSB deve se deslocar próximo(a) ao JCB, de modo que este último
atrapalhe a trajetória do(a) DJSB.
Caracteriza-se quando o(a) JSB que ia receber o passe na mão, rejeita a ação e se
Rejeitar
desmarca de outra forma, como um backdoor na direção da cesta.
Opções do(a) JCB no mão a mão
O(a) JCB entrega a bola na mão do(a) JSB, protegendo a bola com o corpo na
Entregar
frente do(a) DJSB e do(a) defensor(a) direto(a).
Caracteriza-se quando o(a) JCB que ia passar na mão, rejeita a ação e toma outra
Rejeitar
ação: driblar (se ainda não realizou esta ação antes), passar ou finalizar.
Opções após o mão a mão do(a) JCB
Driblar, passar e/ou O(a) JCB pode usar o drible para infiltrar, angular ou recuar, e/ou passar para
finalizar um(a) companheiro(a), bem como finalizar à cesta.
Opções após o mão a mão do(a) JSB
O(a) JSB abre e ocupa uma posição externa, se afastando do(a) seu(a) defensor(a),
Abrir
criando espaço para um arremesso ou um passe.
Após entregar a bola, o(a) JSB corta de frente em direção a cesta em aceleração,
Entrar ganhando a posição em relação ao(à) defensor(a), podendo ou não receber um
passe.

Ficar Após entregar a bola, o(a) agora JSB fica no mesmo lugar.

Após entregar a bola, o(a) JSB aproveita a ação para girar, ganhando a posição
Rolar em relação ao(à) defensor(a), e seguir em direção a cesta, podendo ou não receber
um passe.
Ação realizada entre dois(as) JSB, no qual um será o(a) bloqueador(a), plantando
seus pés no chão, com a base aberta e joelhos semiflexionados e outro(a) será o(a)
Corta-luz Indireto
JSB em progressão para receber um passe, utilizando o bloqueio como forma de
obter vantagem espaço-temporal de seu(a) defensor(a) direto.
Bloqueio de frente Refere-se ao(a) jogador(a) bloqueador(a) (JB) bloquear/impedir “de frente” o(a)
(Pick) adversário(a) direto do(a) JSB.
Refere-se ao(a) JB bloquear/impedir “de costas” o(a) adversário(a) direto do(a)
Bloqueio de costas
JSB.
Ângulos de Corta-luz

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Quando o(a) JB bloqueia/impede o(a) DJSB com a linha dos pés paralelas a linha
Vertical de fundo, fazendo com que a trajetória de ataque do(a) JSB seja vertical para um
espaço interno ou externo.
Quando o(a) JB bloqueia/impede o(a) DJSB com a linha dos pés em diagonal a
Diagonal linha de fundo, fazendo com que a trajetória de ataque do(a) JSB seja angulada
para um espaço interno ou externo.
Quando o(a) JB bloqueia/impede o(a) DJSB com a linha dos pés perpendicular à
Horizontal linha de fundo, fazendo com que a trajetória de ataque do(a) JSB seja paralela à
linha de fundo, para um espaço interno ou externo.
Opções do(a) JSB no corta-luz Indireto
Caracteriza-se quando o(a) JSB que está utilizando o pick/bloqueio decide não
Rejeitar ultrapassar o(a) bloqueador(a), rejeitando a ação e se desmarcando de outra forma,
como um backdoor na direção da cesta.
Caracteriza-se quando o(a) JSB que está utilizando o pick/bloqueio decide
Utilizar ultrapassar o(a) bloqueador(a) buscando receber o passe em condições de jogar
com vantagem espaço-temporal.
Opções do(a) JCB no corta-luz Indireto
O(a) JSB após o pick/bloqueio abre e ocupa uma posição externa, se afastando
Abrir
do(a) seu(a) defensor(a), criando espaço para um arremesso ou um passe.
Caracteriza-se quando o(a) JSB após o pick/bloqueio corta de frente em direção a
Entrar cesta em aceleração, ganhando a posição em relação ao(à) defensor(a), podendo
ou não receber um passe.
Ficar Caracteriza-se quando após o pick/bloqueio, o(a) agora JSB fica no mesmo lugar.
Após após o pick/bloqueio, o(a) JSB aproveita a ação para girar, ganhando a
Rolar posição em relação ao(à) defensor(a), e seguir em direção a cesta, podendo ou não
receber um passe.
Fonte: Os autores, baseado em: VÉLEZ et al. (2018); FIBA (2016); LOFRANO et al.
(2019); MARICONE et al (2016); MCHUGH (2012).

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Figura 4- Mapa conceitual dos conteúdos estratégico-tático-técnicos defensivos da


categoria sub-13 de basquetebol.

Fonte: Os autores.

Sistemas, Ações Tático-Técnicas Individuais e Grupais Defensivos do Sub-13


Conteúdo Descrição
Defesa Consiste em dois(as) jogadores(a) realizarem uma troca de marcação após uma
individual com ultrapassagem do(a) JCB em direção a cesta, um desmarque do(a) JSB para espaço
trocas interno ou externo
Defender Jogo Defender as posições internas da quadra, como os postes (baixo, médio e alto), além
Interno de jogadas dentro do garrafão e de jogadores(as) de costas.
Ação realizada pelo(a) DJSB. Posicionamento do corpo de maneira a ficar entre
Pelas costas adversário(a), que se encontra de costas para a cesta, e o alvo, dificultando a
finalização.
Ação realizada pelo(a) DJCB. Posicionamento do corpo de maneira a ficar entre
De costas adversário(a), que se encontra de costas para a cesta, e o alvo, dificultando a
finalização.
Defender o
Consiste na defesa realizada pelo(a) defensor(a) no(a) jogador(a) que realiza o corta
Corta Luz
luz (DJB) durante a realização da ação.
Indireto (DJB)
Opções do(a) DJB no corta-luz indireto

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Trocar com o Após corta luz, ocorre uma troca defensiva, fazendo com que o(a) DJCB abandone
DJSB definitivamente seu(a) adversário(a) direto(a) e troque de marcação para DJB.
Defensores(as) se afastam de seu(a) adversário(a) direto(a), no caso o(a)
Afastar (ajuda
bloqueador(a) (DJB), para cobrir um espaço vulnerável e impedir a progressão ao
baixa)
alvo.
Defender o
Consiste na defesa realizada pelos(as) defensores(as) nos(as) jogadores(as) que estão
Corta Luz
sem o controle da bola durante a realização de um corta luz indireto.
Indireto (DJSB)
Opções do(a) DJSB no corta-luz indireto
A partir da decisão do(a) JSB em um corta luz, o(a) DJCB acompanha seu(sua)
Por cima adversário(a) de perto. Essa abordagem impede a finalização de longa distância,
entretanto faz com que o(a) defensor(a) saia atrás para uma possível infiltração.
A partir da decisão do(a) JSB em um corta luz, o(a) DJCB acompanha seu(sua)
adversário(a) de longe, mantendo-se entre o JSB e a cesta. Essa abordagem facilita o
Por baixo
desmarque e a possível finalização a longa distância pelo JSB, entretanto faz com que
o(a) defensor(a) tenha certa vantagem em uma possível infiltração.
Ação realizada pelo(a) DJSB e DJB. Após o bloqueio/impedimento, ocorre uma troca
Trocar com o
defensiva, fazendo com que o(a) jogador(a) que atuava como DJB abandone
DJB
definitivamente seu(sua) adversário(a) direto(a) e defender o(a) JSB.
Defensores(as) do lado oposto (longe da bola) se deslocam para longe de seu(sua)
Flutuar
adversário(a) direto para cobrir um espaço.
Defender o Mão Consiste na defesa realizada pelos(as) defensores(as) nos(as) jogadores(as) que estão
a mão (DJSB) sem o controle da bola (recebendo a ação) durante a realização de um mão a mão.
Opções do(a) DJSB no mão a mão
Após a entrega da bola, o(a) agora DJCB persegue seu(a) adversário(a) por cima do
Passar por cima “bloqueador(a)”, podendo gerar uma vantagem para o(a) atacante em relação à
profundidade a cesta.
Após a entrega da bola, o(a) agora DJCB passa por baixo do “bloqueador(a)”,
Passar por baixo
podendo gerar uma vantagem para o(a) atacante finalizar com um arremesso.
Após a entrega da bola, o(a) agora DJCB comunica com seu(a) companheiro(a) para
Trocar para JSB trocarem a marcação, se tornando novamente DJSB. Essa troca pode gerar alguma
vantagem física-técnica para o(a) atacante, que poderá explorar de diversas maneiras.
Defender o Mão Consiste na defesa realizada pelo(a) defensor(a) no(a) jogador(a) que está com o
a mão (DJCB) controle da bola (realizando a ação) durante a realização de um mão a mão.
Opções do(a) DJCB no mão a mão
Ação realizada pelo(a) defensor(a) do(a) jogador(a) que entrega a bola. Consiste em
Afastar (Ajuda
se afastar da ação, ocupando um espaço interno, prevenindo uma infiltração e abrindo
baixa)
espaço para o(a) DJCB possa passar tanto por baixo como por cima.
Após a entrega da bola, o(a) agora DJSB comunica com seu(a) companheiro(a) para
Trocar para JCB trocarem a marcação, se tornando novamente DJCB. Essa troca pode gerar alguma
vantagem física-técnica para o(a) atacante, que poderá explorar de diversas maneiras.
Fonte: Os autores, baseado em: VÉLEZ et al. (2018); FIBA (2016); LOFRANO et al.
(2019); MARICONE et al (2016); MCHUGH (2012).

Organizando uma sessão de treino para o sub-13

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ATAQUE
Objetivo ataque: Pontos-chave do ataque:
• Introduzir Jogo Interno, Corta luz Indireto e • Observar os espaços vazios a serem ocupados
Mão a mão • Perceber quando criar espaço a partir do drible e do passe
• Aprimorar os conceitos de Dividir e Passar e • Mudanças de ritmo e desmarques
Passar e Cortar • Leitura das novas ações para a tomada de decisão

PARTE 1 – Introdução à ocupação do espaço interno


1) Bola ao centro – Variação Jogo Interno = 15 min.
- Posicionamento – 4 abertos e 1 interno, com atacantes externos para
fora da linha de três de pontos e interno podendo utilizar todo o
garrafão, defensores(as) posicionados entre seus(as) adversários(as) e a
cesta, protegendo o alvo do jogo;
- Início do jogo: Quando o(a) treinador(a) passar a bola para qualquer
atacante;
- Objetivo: Passar a bola para o(a) jogador(a) ocupando o centro do
espaço (garrafão) para receber 1 ponto, se atacante fizer a cesta também
se ganha 1 ponto, jogo até 10 pontos;
- Apenas um(a) jogador(a) pode ocupar o espaço interno por vez, sendo
proibida a permanência por mais de 3 segundos (regra do basquete);
- Defesa pode roubar a bola e interceptar passes;
- Quando a defesa recuperar a bola os papéis imediatamente se
invertem;
- É contado um ponto para toda vez que os(as) jogadores(as) receberem
a bola dentro da área delimitada ou fizerem a cesta;
- É possível pontuar quantas vezes conseguir em uma única posse de
bola, entretanto, se for cesta, a posse de bola fica com a equipe que
estava defendendo;
- Defensores(as) podem entrar no garrafão;
- Após receber o passe jogador(a) pode tentar finalizar, se fizer a
cesta ganha mais um ponto;
- Drible é liberado para cortar na direção da cesta, se cesta ganha 1
ponto.
PARTE 2 –Experimentando as possibilidades das ações tático-técnicas inseridas na categoria (Jogo
interno, Mão a mão, Corta luz Indireto) em ambiente restrito
2) 1x1 4 abertos – Variação Jogo Interno = 10 min.
- Posicionamento – 4 abertos, com dois(as) jogadores(as) na 45 (ataque
e defesa, posições 1 e 3) e dois(as) jogadores(as) na zona morta (apoios,
posições 2 e 4);
- Início do jogo: Quando o(a) treinador(a) passar a bola para 1 ou 3;
- Duração: Máximo 10 segundos de jogo;
- Objetivo: Passar a bola para o(a) jogador(a) ocupando a zona morta e
cortar na direção da cesta, se não obter vantagem ocupar o poste baixo
para jogar;
- Treinador(a) passa para um(a) dos(as) jogadores(as) da 45, quem
receber ataca, quem não, defende;
- Para jogar o(a) JCB precisa passar para apoio para receber de volta;
- Defensor(a) pode passar pela frente ou por trás do(a) treinador(a);

3) 2x2 4 abertos – 8 min + 8 min = 16 min.

3.1) Variação Corta luz Indireto = 8 min.


- Posicionamento – 4 abertos, com dois(as) jogadores(as) na 45
(atacantes, posições 1 e 3) e dois(as) jogadores(as) na zona morta

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(apoios, posições 2 e 4), além de dois(as) defensores(as) nos(as)


jogadores(as) da 45 (posições 1 e 3);
- Início do jogo: Quando o(a) treinador(a) passar a bola para 1 ou 3;
- Duração: Máximo 14 segundos de jogo;
- Objetivo: Passar a bola para o(a) jogador(a) ocupando a zona morta e
faz um corta luz indireto no(a) companheiro(a) próximo (variação de
posições);
- Treinador(a) passa para um(a) dos(as) jogadores(as) da 45 (posições 1
e 3), ambos atacam contra seus(as) defensores(as);
- Defensores(as) escolhem como irão defender a ação.

3.2) Variação Mão a Mão = 8 min.


- Posicionamento – 4 abertos, com dois(as) jogadores(as) na 45 (ataque
e defesa, posições 1 e 3) e dois(as) jogadores(as) na zona morta (ataque
e defesa, posições 2 e 4);
- Início do jogo: Quando o(a) treinador(a) passar a bola para 1 ou 3,
jogo acontece em meia quadra longitudinal, portanto se treinador(a)
passar para 1, 1 e 2 atacam e vice-versa;
- Duração: Máximo 14 segundos de jogo;
- Objetivo: Após receber a bola pode derivar com drible ou passar e
receber mão a mão para jogar;
- Treinador(a) passa para um(a) dos(as) jogadores(as) da 45, quem
receber ataca, quem não, defende;
- Defensores(as) escolhem como irão defender a ação.

PARTE 3 –Ampliando a utilização das ações tático-técnicas inseridas na categoria (Jogo interno, Mão a
mão, Corta luz Indireto) em transição
4) Ataca, Defende (2x) e Sai – 10 min + 10 min. = 20 min.
- Posicionamento – Fundo da quadra nas filas, quantidade a ser definida
pela quantidade de jogadores(as) do ataque (3x3; 4x4);
- Início do jogo: Três atacantes e três defensores(as) na quadra,
treinador(a) faz o pulo bola no meio da quadra com um(a) jogador(a) de
cada time;
- Duração: Regra antipassividade, se treinador(a) entender que o ataque
não está tentando a finalização, ele(a) pode começar uma contagem de
10 segundos para a troca de posse;
- Objetivo: Jogo vai à 10 pontos, cestas derivadas de jogadas
individuais valem 1 ponto, cestas derivadas de jogadas das ações tático-
técnicas exclusivos da categoria (Jogo interno, corta luz indireto e mão
a mão) valem 2 pontos;
- Após dois ataques trocam os(as) jogadores(as) em quadra, somente
passando a bola para os(as) próximos(as) da fila;
- Sempre troca na defesa os(as) jogadores(as);

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DEFESA
Objetivo defesa: Pontos-chave da defesa:
• Ajudas e Trocas • Comunicação
• Defender o jogo interno • Priorizar fechar os espaços internos
• Balanço defensivo • Evitar ser ultrapassado
• Lado oposto atento na cobertura • Estimular defesa próxima ao(à) atacante
• Defesa de corta luz indireto e mão a mão • Perceber quando ajudar – somente se o seu parceiro
realmente for ultrapassado (senso de responsabilidade)

PARTE 1 – Aprimorando conceitos da defesa com ajudas e trocas


1) Passar pelo portal – Ajuda e Troca = 8 min.
- Posicionamento – Fila de atacantes na linha de fundo (posições 1 e 2
em vermelho), fila de defensores(as) também na linha de fundo, com
um(a) fora da linha de três (jogador(a) 1 azul) e outro(a) na própria
linha de fundo (jogador(a) 2 azul);
- Início do jogo: Quando defensor(a) 1 passa a bola para qualquer
atacante;
- Duração: 8 segundos de jogo a partir do passe do(a) defensor(a);
- Objetivo: Defensor(a) precisa impedir que atacante passe por qualquer
um dos portais (na figura são dois portais, caracterizados por cones) em
sua frente;

- Jogo 2x2;
- Estimular comunicação da “Troca” ou de “Ajuda”;
- Fechar os espaços e dificultar as linhas de passe;
- Defensores(as) não podem ser ultrapassados(as), caso sejam e não
recuperem irão defender novamente e será instruído(a) a melhorarem a
sua postura de recomposição defensiva ou a comunicação;
- Se defensor(a) for ultrapassado(a), mas recuperar e passar primeiro no
portal será elogiado(a), e se tornará atacante;

2) Passar pelo portal – Rotação defensiva = 8 min.


- Posicionamento – Fila de atacantes na linha de fundo (posições 1 e 2
em vermelho), fila de defensores(as) também na linha de fundo, com
dois(as) fora da linha de três (jogadores(as) 1 e 2 azul) e outro(a) na
própria linha de fundo (jogador(a) 3 azul);
- Início do jogo: Quando jogador(a) “3 vermelho” passar a bola para
qualquer atacante (1 ou 2 vermelho);
- Duração: 8 segundos de jogo a partir do passe do(a) atacante;
- Objetivo: Defensor(a) precisa impedir que atacante passe por qualquer
um dos portais (na figura são dois portais, caracterizados por cones) em
sua frente;

- Jogo 2x3;
- Estimular comunicação defensiva;
- Fechar os espaços e dificultar as linhas de passe;
- Defensores(as) não podem ser ultrapassados(as), caso sejam e não
recuperem irão defender novamente e será instruído(a) a melhorarem a
sua postura de recomposição defensiva ou a comunicação;

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- Se defensor(a) for ultrapassado(a), mas recuperar e passar primeiro no


portal será elogiado(a), e se tornará atacante;
- Atacantes podem utilizar de diferentes ações tático-técnicas para
progredirem até o portal, como o uso do corta-luz indireto e do mão-a-
mão, fazendo com que a defesa se adapte e tente impedir a obtenção de
vantagem.

PARTE 2 – Introdução da defesa de corta luz indireto e mão a mão em ambiente restrito
3) Jogo situacional em igualdade numérica – 2x2, 3x3, 4x4 = 10
min.
- Posicionamento – 3 filas, 2 nas 45 (posições 1 e 3 em azul) e Zona
morta (posição 2 em azul). 3 atacando, 3 defendendo. DJCB começará
ao lado do seu oponente, os(as) outros(as) têm posicionamento livre;
- Início do jogo: Quando o(a) jogador(a) 1 azul driblar a bola;
- Duração: Máximo 14 segundos de jogo;
- Objetivo: Após o drible do(a) JCB, DJCB precisa comunicar e
recuperar o(a) seu(a) jogador(a) ou receber ajuda para desacelar a
progressão de qualquer DJSB (Sanfona), ou trocar com DJSB (troca em
X ou troca tripla);
- Diminuir vantagem do ataque à medida que jogadores entendem a
dinâmica

4) Variação Corta luz Indireto = 8 min.


- Posicionamento – 3 filas, 2 nas 45 (posições 1 e 3 em azul) e Zona
morta (posição 2 em azul). 3 atacando, 3 defendendo. Bola inicia com
jogador(a) da zona morta (2 azul);
- Início do jogo: Quando o(a) jogador(a) 2 azul passar a bola;
- Duração: Máximo 14 segundos de jogo;
- Objetivo: Após a inversão da bola, quando a bola chegar no(a)
jogador(a) 3 azul, defensores(as) precisam se comunicar para decidirem
de que forma defenderão o corta luz indireto entre 45 e Zona morta;
- Defensores(as) podem trocar a defesa ou não, sendo que existem
diversas ações possíveis de acontecer (ver quadro de descrição das
ações);
- Espaço limitado até a linha imaginária da 45 (linha vermelha na
imagem).

5) Variação Mão a Mão = 8 min.


- Posicionamento – 3 filas, 2 nas 45 (posições 1 e 3 em azul) e Zona
morta (posição 2 em azul). 3 atacando, 3 defendendo. Bola inicia com
jogador(a) da zona morta (2 azul);
- Início do jogo: Quando o(a) jogador(a) 2 azul passar a bola;
- Duração: Máximo 14 segundos de jogo;
- Objetivo: Após o primeiro passe ocorrerá uma ação de mão-a-mão
(entre 1 e 3 ou 1 e 2 azul), dessa forma é papel dos(as) defensores(as) se
comunicarem para decidirem de que forma vão defender para evitar
uma progressão ou finalização facilitada ao alvo;
- Defensores(as) podem trocar a defesa ou não, sendo que existem
diversas ações possíveis de acontecer (ver quadro de descrição das
ações);
- Espaço limitado até a linha imaginária da 45 (linha vermelha na
imagem).

PARTE 3 – Explorando conceitos defensivos em atividade grupal ou coletiva

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6) Defende, Ataca e Sai em Superioridade numérica defensiva – 10


min + 10 min. = 20 min.
- Posicionamento – Fundo da quadra nas filas, quantidade a ser definida
pela quantidade de jogadores(as) da defesa. Bola começa com time que
atacará;
- Possibilidade de jogo 2x3, 3x4, 4x5;
- Início do jogo: Treinador(a) passa a bola para uma das equipes,
esquema de posses alternadas;
- Duração: 24 segundos de posse de bola a partir da inversão da posse
de bola;
- Objetivo: Jogo vai a 15 pontos. Para marcar pontos é preciso evitar as
finalizações da equipe ofensiva, ou seja, se em uma posse de bola o
ataque não finalizar, seja devido a um roubo de bola, interceptação de
passe ou erro a equipe de defesa recebe dois pontos, caso o ataque
finalize e a defesa obtenha o rebote, o time será recompensado com 1
ponto.
- Estimular que ao menos uma ação ofensiva da categoria (corta luz
indireto, mão a mão) aconteça em cada posse de bola, para enfatizar
ações defensivas.

- Jogo 3x4 (apresentado na imagem):


- Quatro filas no fundo da quadra;
- Três jogadores(as) iniciam atacando (números de 1 a 3 em vermelho)
e quatro defensores(as) (números de 1 a 4 em azul);
- Após o ataque, os(as) jogadores(as) saem da quadra e voltam para
suas filas;
- A equipe que defendeu atacará contra outros(as) quatro jogadores(as)
que entraram da fila;
- Jogador(a) que recuperou a posse de bola (roubo, rebote, etc.) irá
passar para um(a) companheiro(a) e sairá da quadra;
- Jogadores(as) sempre saem da quadra após o ataque.

Especificidades do sub-14

Características gerais dos/as adolescentes nessa etapa

O processo de crescimento e desenvolvimento segue nesta etapa, havendo


continuidade nas alterações morfológicas, físicas e comportamentais, em função da
puberdade. Retorne ao quadro do COB para a fase de “Aprender e Treinar” mostrado no
sub-13.

Objetivo tático-técnico geral

No sub-14 as regras oficiais já são praticadas e há ampliação de uso de ações


tático-técnicas, como corta-luz e defesas mais complexas. Há maior especificidade de
funções, principalmente na área interior, que se divide em 3, podendo ser ocupada apenas

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por um(a) jogador(a). Vale lembrar que, embora haja maior especificidade, todos(as)
devem seguir aprendendo as diferentes funções.

Quadro 4 - Quadro contendo os objetivos e características específicas da categoria sub-


14.

Parâmetros Categoria Sub-14


Objetivos Tático-técnico -Potencializar o jogo grupal e coletivo básico;
-Introduzir o jogo grupal e coletivo complexo.
-Bola oficial masculina tamanho “7.8” e feminina
tamanho “6.8”;
-Altura da cesta 3,05m;
Características da
-Linha de 3 oficial;
competição
-Defesa individual;
-Defesa zona permitida em pressão;
-Corta-luz direto permitido.
Estilo de jogo

Jogo com melhor estruturação dos espaços.


Ocupação de três espaços externos e dois internos,
que podem ser ocupados por qualquer jogador(a),
com ou sem bola, ainda com rotações nas funções.
Todos(as) devem aprender a jogar nos diferentes
espaços. Deve-se ainda explorar os sistemas 5
abertos e 4 abertos e 1 interno.
Ritmo de jogo Jogo de transição rápida para obter vantagem
numérica ou espaço-temporal.
Jogo posicionado dinâmico.
Grau de liberdade Jogo semi-livre baseado na aplicação dos princípios
de atuação que derivam da lógica interna do jogo.
Grau de especialização Sem especialização de funções, todos(as) devem
aprender a jogar nos espaços externos ao perímetro
e no perímetro, de frente e de costas para a cesta.
Fonte: Os autores, baseado em: VÉLEZ et al. (2018); FIBA (2016); LOFRANO et al.
(2019).

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Figura 5- Mapa conceitual dos conteúdos estratégico-tático-técnicos ofensivos da


categoria sub-14 de basquetebol.

Fonte: Os autores.

Com a introdução do corta-luz direto e a permissão de defesas zonas e dobras


defensivas, há uma necessidade de se compreender novas estratégias e tomar decisões
defensivas diferentes, a complexidade dessas ações é devido a um aumento do número de
jogadores(as) ocuparem o mesmo espaço para realizarem uma ação específica, seja ela
estratégicas, como por exemplo a defesa zona, ou uma ação tático-técnica como o corta-
luz. A ênfase segue na defesa individual, sobretudo para potencializar as competências
do jogo de ataque como o jogo de vantagens, mão a mão, corta-luz direto e indireto.

Sistemas, Ações Tático-Técnicas Individuais e Grupais Ofensivos do Sub-14

Conteúdo Descrição
Refere-se à compreensão individual sobre as vantagens físicas, estratégicas e tático-
Jogo de Vantagens técnica sobre os(as) adversários(as). As vantagens podem surgir a partir das próprias
ações individuais, como as fintas, dribles e infiltrações, ou a partir de ações grupais

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e/ou coletivas, assim como o “dividir e passar”, “passar e cortar”, “jogo de triângulo”,
“corta-luz indireto" e “corta-luz direto”. A partir dos desajustes a defesa terá que se
adequar às novas situações, causando um desequilíbrio defensivo e promovendo
situações de vantagens ao atacante.
Ação realizada entre dois(as) jogadores(as), um(a) JCB tentando criar uma vantagem
Corta-luz direto espaço-temporal e/ou numérica, e um(a) JSB responsável por realizar o corta-luz,
plantando seus pés no chão, com base aberta e joelhos semiflexionados.
Bloqueio de frente Refere-se ao(a) bloqueador(a) em bloquear/impedir “de frente” o(a) adversário(a) direto
“Pick” do(a) JCB.
Refere-se ao(a) bloqueador(a) em bloquear/impedir “de costas” o(a) adversário(a) direto
Bloqueio de costas
do(a) JCB.
Ângulos de corta-luz
Quando o(a) JB bloqueia/impede o(a) DJCB com a linha dos pés paralelas a linha de
Vertical fundo, fazendo com que a trajetória de ataque do(a) JCB seja vertical para um espaço
interno ou externo.
Quando o(a) JB bloqueia/impede o(a) DJCB com a linha dos pés em diagonal a linha
Diagonal de fundo, fazendo com que a trajetória de ataque do(a) JCB seja angulada para um
espaço interno ou externo.
Quando o(a) JB bloqueia/impede o(a) DJCB com a linha dos pés perpendicular à linha
Horizontal de fundo, fazendo com que a trajetória de ataque do(a) JCB seja paralela à linha de
fundo, para um espaço interno ou externo.
Opções do(a) JCB no corta-luz
Caracteriza-se quando o(a) JCB que está utilizando o pick/bloqueio decide não
ultrapassar o(a) bloqueador(a), negando a ação e atacando de outra forma, como uma
Negar
rápida mudança de direção, cortando seu(a) defensor(a) direto(a), que tentava antecipar
a ação.
Caracteriza-se quando o(a) JCB que está utilizando o pick/bloqueio decide ultrapassar
Utilizar o(a) bloqueador(a) buscando atrasar seu(a) defensor(a) direto(a), jogando assim com
vantagem espaço-temporal.
Opções do(a) JB no corta-luz
Caracteriza-se quando o(a) JB após o pick/bloqueio abre e ocupa uma posição externa,
Abrir
se afastando do(a) seu(a) defensor(a), criando espaço para um arremesso ou um passe.
Caracteriza-se quando o(a) JB após o pick/bloqueio entra na direção da cesta,
Entrar
buscando receber um passe para finalização próxima.
Fonte: Os autores, baseado em: VÉLEZ et al. (2018); FIBA (2016); LOFRANO et al.
(2019); MARICONE et al (2016); MCHUGH (2012).

O Nível I do IBB está focado em organizar e descrever os princípios e ações


estratégico-tático-técnicas simples, do Minibasquete até o sub-14. Assim, as variações
complexas dessas ações, como por exemplo, corta-luz sequencial, repick, duplo, ou as
combinações complexas, como um bloqueio indireto seguido de mão a mão (conhecido
como zoom) ou realizar um corta luz indireto e logo em seguida receber um corta-luz
indireto (como exemplo a flex), não estão presentes neste manual. Estes são conteúdos
do nível II, a partir do sub-15.

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Figura 6- Mapa conceitual dos conteúdos estratégico-tático-técnicos defensivos da


categoria sub-14 de basquetebol.

Fonte: Os autores.

Sistemas, Ações Tático-Técnicas Individuais e Grupais Defensivos do Sub-14


Conteúdo Descrição
Consiste no abandono momentâneo de um(a) dos(as) DJSB para se tornar o(a)
segundo(a) DJCB, pressionando o(a) JCB a tentar uma ultrapassagem ou um passe
Dobras
para algum(a) companheiro(a) desmarcado. Possui duas fases principais, a dobra
defensivas
dos(as) jogadores(as) no(a) portador(a) da bola e a cobertura e interceptação das
linhas de passe dos(as) DJSB.
Defender o Corta Consiste na defesa realizada pelo(a) defensor(a) no(a) jogador(a) que realiza o corta
Luz Indireto luz durante a realização da ação.
(DJB)
Sem troca de marcação um(a) jogador(a) abandona, momentaneamente, seu(sua)
Sanfonar
adversário(a) direto, o(a) JB, para tentar atrapalhar o JSB de receber a bola ou ocupar
“Ajuda
um espaço, facilitando a recuperação defensiva de seu(sua) companheiro(a).
Alta/Passo
Normalmente é realizada com os pés paralelos à linha lateral, dificultando a linha de
agressivo”
passe.
Defender o Mão Consiste na defesa realizada pelo(a) defensor(a) no(a) jogador(a) que está com o
a mão (DJCB) controle da bola (realizando a ação) durante a realização de um mão a mão.
Decisão tomada pelo(a) DJB. Consiste no abandono permanente do(a) JB para dobrar
Dobrar
a marcação no(a) JSB, que acabou recebendo o passe e dessa forma se tornou o(a)

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JCB. Sendo assim, criando uma situação de superioridade numérica da defesa,


pressionando o(a) atacante, que pode acarretar uma perda da posse de bola.
Sem troca de marcação um(a) jogador(a) abandona, momentaneamente, seu(sua)
adversário(a) direto para tentar atrapalhar o(a) JSB de receber a bola ou ocupar um
Sanfonar espaço, facilitando a recuperação defensiva de seu(sua) companheiro(a).
Normalmente é realizada com os pés paralelos à linha lateral, forçando o(a) JCB
recuar.
Defender o Mão Consiste na defesa realizada pelo(a) defensor(a) no(a) jogador(a) que não está com o
a mão (DJSB) controle da bola (recebendo a ação) durante a realização de um mão a mão.
Decisão tomada pelo(a) DJSB. Consiste na ação do(a) DJSB passar por cima e se
comunicar com seu(a) companheiro(a) para realizarem uma dobra defensiva no(a)
Dobrar
portador(a) da bola. Sendo assim, criando uma situação de superioridade numérica da
defesa, pressionando o(a) atacante, que pode acarretar uma perda da posse de bola.
Defender o Consiste na defesa realizada pelo(a) defensor(a) no(a) jogador(a) que possui o
Corta Luz direto controle da bola durante a realização de corta luz.
(DJCB)
A partir da decisão do(a) JCB em um corta luz, o(a) DJCB acompanha seu(a)
adversário(a) de perto, passando “por cima” de seu(a) bloqueador(a). Essa abordagem
Por cima
impede a finalização de longa distância, entretanto faz com que o(a) defensor(a) saia
atrás para uma possível infiltração.
A partir da decisão do(a) JCB em um corta luz, o(a) DJCB acompanha seu(a)
adversário(a) de longe, passando “por baixo” de seu(a) bloqueador(a). Essa
Por baixo
abordagem facilita a finalização de longa distância, entretanto faz com que o(a)
defensor(a) tenha certa vantagem em uma possível infiltração.
Após corta luz, ocorre uma troca defensiva, fazendo com que o(a) DJB abandone
Trocar para DJB
definitivamente seu(a) adversário(a) direto(a) para interromper o avanço do(a) JCB.
Decisão tomada pelo(a) DJCB. Consiste na ação do(a) DJCB passar por cima e se
comunicar com seu(a) companheiro(a) para realizarem uma dobra defensiva no(a)
Dobrar
portador(a) da bola. Sendo assim, criando uma situação de superioridade numérica da
defesa, pressionando o(a) atacante, que pode acarretar uma perda da posse de bola.
Defender o Consiste na defesa realizada pelo(a) defensor(a) no(a) jogador(a) que realiza o corta
Corta Luz direto luz.
(DJB)
Após corta luz, ocorre uma troca defensiva, fazendo com que o(a) DJB abandone
Trocar para DJCB
definitivamente seu(a) adversário(a) direto(a) e troque de marcação para DJCB.
Decisão tomada pelo(a) DJB. Consiste no abandono permanente do JB para dobrar a
Dobrar marcação no(a) JCB. Sendo assim, criando uma situação de superioridade numérica
da defesa, pressionando o(a) atacante, que pode acarretar uma perda da posse de bola.
Afastar DJB se afasta de seu(a) adversário(a) direto(a), no caso o(a) bloqueador(a), para
“Ajuda baixa” cobrir um espaço vulnerável e impedir a progressão ao alvo.
Sanfonar Sem troca de marcação um jogador abandona, momentaneamente, seu(sua)
“Ajuda adversário(a) direto para tentar atrapalhar o JCB progredir até o alvo, facilitando a
Alta/Passo recuperação defensiva de seu(sua) companheiro(a). Normalmente é realizada com os
agressivo” pés paralelos à linha lateral, forçando o(a) JCB recuar.
Defender o Consiste na defesa realizada pelos(as) defensores(as) nos(as) jogadores(as) que estão
Corta Luz direto sem o controle da bola durante a realização de um corta luz direto.
(DJSB)
Sem troca de marcação um(a) jogador(a) abandona, momentaneamente, seu(a)
Sanfonar adversário(a) direto para tentar atrapalhar o(a) JCB progredir até o alvo, facilitando a
recuperação defensiva de seu(a) companheiro(a).

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Ação realizada pelo(a) DJSB. Após ultrapassagem, ocorre uma troca defensiva,
Trocar para DJCB fazendo com que o(a) jogador(a) na ajuda abandone definitivamente seu(a)
adversário(a) direto(a) para interromper o avanço do(a) JCB.
Defensores(as) próximos da bola se deslocam para longe de seu(a) adversário(a)
Dividir
direto para cobrir um espaço.
Defensores(as) do lado oposto (longe da bola) se deslocam para longe de seu(a)
Flutuar
adversário(a) direto para cobrir um espaço.
Fonte: Os autores, baseado em: VÉLEZ et al. (2018); FIBA (2016); LOFRANO et al.
(2019); MARICONE et al (2016); MCHUGH (2012).

Organizando uma sessão de treino para o sub-14

ATAQUE
Objetivo ataque: Pontos-chave do ataque:
• Aprimorar ações de bloqueios indiretos e • Observar os espaços vazios a serem ocupados
mão a mão • Perceber quando criar espaço a partir do drible e do passe
• Aprimorar os conceitos de Dividir e Passar e • Mudanças de ritmo e desmarques
Passar e Cortar • Leitura das novas ações para a tomada de decisão
• Aprender a jogar com corta luz Direto

PARTE 1 – Aprimorar ocupação do espaço interno


1) Bola ao centro – Variação Jogo Interno = 15 min.
- Posicionamento – 4 abertos e 1 interno, com atacantes externos para
fora da linha de três de pontos (utilização dos espaços propostos,
podendo-se utilizar estratégias de demarcação como cones ou
quadrantes ou não, esclarecendo que não é aconselhável limitar o
espaço a ser ocupado apenas pelo cone, mas sim a região da quadra) e
interno podendo utilizar todo o garrafão, defensores(as) posicionados
entre seus(as) adversários(as) e a cesta, protegendo o alvo do jogo;
- Início do jogo: Quando o(a) treinador(a) passar a bola para qualquer
atacante;
- Duração: 24 segundos de posse de bola ou até a defesa recuperar a
posse de bola e se inverter os papéis;
- Objetivo: Passar a bola para o(a) jogador(a) ocupando o centro do
espaço (garrafão) para receber 1 ponto, se atacante fizer a cesta também
se ganha 1 ponto, jogo até 10 pontos;
- Apenas um(a) jogador(a) pode ocupar o espaço interno por vez, sendo
proibida a permanência por mais de 3 segundos (regra da modalidade),
ou seja, a ocupação é transitória e deve ser constante;
- Movimentação defensiva é livre;
- Quando a defesa recuperar a bola, sendo por roubo da bola,
interceptação de passe, rebote defensivo ou cesta, os papéis
imediatamente se invertem;
- É contado um ponto para toda vez que os(as) jogadores(as) receberem
a bola dentro da área delimitada ou fizerem a cesta;
- É possível pontuar quantas vezes conseguir em uma única posse de
bola, entretanto, se for cesta, a posse de bola fica com a equipe que
estava defendendo;

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- Após receber o passe jogador(a) pode tentar finalizar, se fizer a


cesta ganha mais um ponto;
- Drible é liberado para cortar na direção da cesta, se cesta ganha 1
ponto.
PARTE 2 – Aprimorando o jogo no espaço interno, leituras após cortes, corta luz indireto, direto
e com mão a mão
2) 1x1 4 abertos – Variação Jogo Interno = 10 min.
- Posicionamento – 4 abertos, com dois(as) jogadores(as) na 45 (ataque
e defesa, posições 1 e 3) e dois(as) jogadores(as) na zona morta (apoios,
posições 2 e 4);
- Início do jogo: Quando o(a) treinador(a) passar a bola para 1 ou 3;
- Duração: 6 segundos de jogo;
- Objetivo: Passar a bola para o(a) jogador(a) ocupando a zona morta e
cortar na direção da cesta, se não obter vantagem ocupar o poste baixo
para jogar;
- Treinador(a) passa para um(a) dos(as) jogadores(as) da 45, quem
receber ataca, quem não, defende;
- Para jogar o(a) JCB precisa passar para apoio para receber de volta;
- Defensor(a) pode passar pela frente ou por trás do(a) treinador(a);

3) 2x2 4 abertos – 8 min + 8 min = 16 min.

3.1) Variação Corta luz Indireto = 8 min.


- Posicionamento – 4 abertos, com dois(as) jogadores(as) na 45
(atacantes, posições 1 e 3) e dois(as) jogadores(as) na zona morta
(apoios, posições 2 e 4), além de dois(as) defensores(as) nos(as)
jogadores(as) da 45 (posições 1 e 3). Bola começa na mão do
treinador(a);
- Início do jogo: Quando o(a) treinador(a) passar a bola para 1 ou 3;
- Duração: Máximo 14 segundos de jogo;
- Objetivo: Passar a bola para o(a) jogador(a) ocupando a zona morta e
fazer um corta luz indireto no(a) companheiro(a) próximo (variação de
posições é possível, utilizando a 45 e a zona morta por exemplo),
buscando vantagem para pontuar mais próximo a cesta ou não
contestado;
- Treinador(a) passa para um(a) dos(as) jogadores(as) da 45 (posições 1
e 3), ambos atacam contra seus(as) defensores(as);
- Defensores(as) escolhem como irão defender a ação.

3.2) Variação Mão a Mão = 8 min.


- Posicionamento – 4 abertos, com dois(as) jogadores(as) na 45 (ataque
e defesa, posições 1 e 3) e dois(as) jogadores(as) na zona morta (ataque
e defesa, posições 2 e 4);
- Início do jogo: Quando o(a) treinador(a) passar a bola para 1 ou 3,
jogo acontece em meia quadra longitudinal, portanto se treinador(a)
passar para 1, 1 e 2 atacam e vice-versa;
- Duração: Máximo 14 segundos de jogo;
- Objetivo: Após receber a bola pode derivar com drible ou passar e
receber mão a mão para jogar, buscando vantagem para pontuar mais
próximo a cesta ou não contestado;
- Defensores(as) escolhem como irão defender a ação.

3.3) Variação Corta luz Direto = 8 min.

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- Posicionamento – 4 abertos, com dois(as) jogadores(as) na 45 (ataque


e defesa, posições 1 e 3) e dois(as) jogadores(as) na zona morta (ataque
e defesa, posições 2 e 4);
- Início do jogo: Quando o(a) treinador(a) passar a bola para 1 ou 3,
jogo acontece em meia quadra longitudinal, portanto se treinador(a)
passar para 1, 1 e 2 atacam e vice-versa;
- Duração: Máximo 14 segundos de jogo;
- Objetivo: Após receber a bola pode derivar com drible e receber o
corta-luz direto (lado direito como exemplo) ou passar e realizar o
corta-luz direto (lado esquerdo como exemplo) para jogar, buscando
vantagem para pontuar mais próximo a cesta ou não contestado;
- Defensores(as) escolhem como irão defender a ação.
PARTE 3 – Ampliando a utilização das ações tático-técnicas inseridas na categoria (Corta-luz Direto) em
transição
4) Ataca, Defende (2x) e Sai – 10 min + 10 min. = 20 min.
- Posicionamento – Fundo da quadra nas filas, quantidade a ser definida
pela quantidade de jogadores(as) do ataque (3x3; 4x4);
- Início do jogo: Três atacantes e três defensores(as) na quadra,
treinador(a) faz o pulo bola no meio da quadra com um(a) jogador(a) de
cada time;
- Duração: 24 segundos a partir do momento de obtenção da posse de
bola;
- Objetivo: Jogo vai à 10 pontos, cestas derivadas de jogadas
individuais (jogo 1x1) valem 1 ponto, cestas derivadas de jogadas das
ações tático-técnicas exclusivos da categoria (Corta-luz direto) valem 2
pontos;
- Após dois ataques trocam os(as) jogadores(as) em quadra, somente
passando a bola para os(as) próximos(as) da fila;
- Jogadores(as) sempre trocam após a defesa.

- Variação – Obrigatório combinar o corta-luz direto com alguma outra


ação tático-técnica inserida anteriormente, como por exemplo: Corta luz
Indireto + Corta-luz Direto ou Mão a mão + Corta-luz Direto.

DEFESA
Objetivo defesa: Pontos-chave da defesa:
• Ajudas e Trocas • Comunicação
• Defender o jogo interno • Priorizar fechar os espaços internos
• Balanço defensivo • Evitar ser ultrapassado
• Lado oposto atento na cobertura • Estimular defesa próxima ao(à) atacante
• Defesa de corta luz (indireto e direto) e mão • Perceber quando ajudar – somente se o seu parceiro
a mão realmente for ultrapassado (senso de responsabilidade)
• Se atentar a oportunidades de dobras

PARTE 1 – Aprimorando conceitos da defesa com ajudas, trocas e dobras

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1) Passar pelo portal – Rotação defensiva = 8 min.


- Posicionamento – Fila de atacantes na linha de fundo (posições 1 e 2
em vermelho), fila de defensores(as) também na linha de fundo, com
dois(as) fora da linha de três (jogadores(as) 1 e 2 azul) e outro(a) na
própria linha de fundo (jogador(a) 3 azul). Um(a) jogador(a) fazendo o
papel de apoio com a bola no topo do garrafão (3 vermelho);
- Início do jogo: Quando JCB (3 vermelho) passar a bola para qualquer
atacante (1 ou 2 vermelho), passando a bola e saindo do jogo;
- Duração: 8 segundos de jogo a partir do passe do(a) atacante;
- Objetivo: Defensor(a) precisa impedir que atacante passe por qualquer
um dos portais (na figura são dois portais, caracterizados por cones) em
sua frente;

- Jogo 2x3;
- Estimular comunicação defensiva;
- Fechar os espaços e dificultar as linhas de passe;
- DJCB deve evitar ser ultrapassado(a), caso seja e não recupere o
time irá defender novamente e serão instruído(a) a melhorarem a sua
postura de recomposição defensiva ou a comunicação;
- Se defensor(a) for ultrapassado(a), mas recuperar e passar primeiro no
portal será elogiado(a), e se tornará atacante;
- Atacantes podem utilizar de diferentes ações tático-técnicas para
progredirem até o portal, é papel da defesa se comunicar para tentar
impedir a progressão.

2) Passar pelo portal – Dobras = 8 min.


- Posicionamento – Filas de atacantes na linha de fundo (posições 1 e 2
em vermelho) e um(a) próximo(a) ao meio da quadra (jogador(a) 3
vermelho), fila de defensores(as) também na linha de fundo, com três
fora da linha de três (jogadores(as) 1, 3 e 4 azul) e outro(a) na própria
linha de fundo (jogador(a) 2 azul). Treinador(a) com a bola no topo do
garrafão fazendo papel de apoio;
- Início do jogo: Quando treinador(a) “C” passar a bola para qualquer
atacante (1 ou 2 vermelho);
- Duração: 8 segundos de jogo a partir do passe do(a) atacante;
- Objetivo: Defensores(as) precisam impedir que atacante passe por
qualquer um dos portais (na figura são dois portais, caracterizados por
cones) em sua frente, realizando dobras nos cantos da quadra;

- Jogo 3x4;
- Estimular que jogadores(as) dobrem nas zonas mais vulneráveis,
fechando o meio e o fundo;
- Jogadores(as) que não estão defendendo a bola precisam fechar os
espaços e dificultar as linhas de passe.

PARTE 2 – Aprimorando defesa de corta luz indireto e mão a mão, introduzindo a defesa de corta
luz direto em ambiente restrito

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3) Jogo situacional em igualdade numérica – 3x3, 4x4 = 10 min.


- Posicionamento – 3 filas, 2 nas 45 (posições 1 e 3 em azul) e Zona
morta (posição 2 em azul). 3 atacando, 3 defendendo. No caso de jogo
4x4 adicionar mais um(a) atacante e um(a) defensor na outra Zona
morta (lado oposto do(a) 2). A bola iniciará da mão do(a) jogador(a) 1
azul e seu defensor(a) (1 vermelho) ao seu lado;
- Início do jogo: Quando JCB driblar a bola;
- Duração: Máximo 14 segundos de jogo;
- Objetivo: Após o drible do(a) JCB, DJCB precisa comunicar e
recuperar o(a) seu(a) jogador(a) ou receber ajuda para desacelar a
progressão de qualquer DJSB (Sanfona), ou trocar com DJSB (troca em
X ou troca tripla);
- Diminuir vantagem do ataque a medida que jogadores entendem a
dinâmica

4) Variação Corta luz Indireto ou mão-a-mão – 3x3, 4x4 = 8 min.


- Posicionamento – 3 filas, 2 nas 45 (posições 1 e 3 em azul) e Zona
morta (posição 2 em azul). 3 atacando, 3 defendendo. No caso de jogo
4x4 adicionar mais um(a) atacante e um(a) defensor na outra Zona
morta (lado oposto do(a) 2);
- Início do jogo: Quando o(a) jogador(a) 2 azul bater na bola, podendo
passar, driblar ou esperar a realização de um corta luz indireto entre
jogadores(as) 1 e 3 azul, como também realizar a ação de mão-a-mão;
- Duração: Máximo 14 segundos de jogo;
- Objetivo: Defensores(as) precisam se comunicar para decidirem de
que forma defenderão as ações ofensivas que poderão acontecer no
jogo, buscando evitar alguma situação de desvantagem;
- Espaço limitado até a linha imaginária da 45 (linha vermelha na
imagem).

5) Variação Corta luz Direto – 4x4 = 10 min.


- Posicionamento – 4 filas, 2 nas 45 (posições 1 e 3 em azul) e 2 nas
Zonas mortas (posições 2 e 4 em azul). 4 atacando, 4 defendendo. Bola
inicia na mão de qualquer jogador(a) posicionado na zona morta;
- Início do jogo: Quando o(a) jogador(a) 2 ou 4 azul bater na bola,
podendo passar, driblar ou realizar uma ação de corta luz direto com
o(a) jogador(a) 1 azul que se tornará JB;
- Objetivo: Defensores(as) precisam se comunicar para decidirem de
que forma defenderão os cortas luz diretos que poderão acontecer no
jogo (ver quadro de descrição das ações);
- Duração: 14 segundos de posse de bola;
- Todas as ações defensivas descritas poderão emergir nesse jogo, como
as ajudas, trocas e leituras do(a) DJCB, parte da estratégia do(a)
treinador(a) quais serão enfatizadas.

PARTE 3 – Explorando conceitos defensivos em atividade grupal ou coletiva

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7) Defende, Ataca e Sai em Superioridade numérica defensiva – 10


min + 10 min. = 20 min.
- Posicionamento – Fundo da quadra nas filas, quantidade a ser definida
pela quantidade de jogadores(as) da defesa. Bola começa com time que
atacará;
- Possibilidade de jogo 2x3, 3x4, 4x5;
- Início do jogo: Treinador(a) passa a bola para uma das equipes,
esquema de posses alternadas;
- Duração: 24 segundos de posse de bola a partir da inversão da posse
de bola;
- Objetivo: Jogo vai a 15 pontos. Para marcar pontos é preciso evitar as
finalizações da equipe ofensiva, ou seja, se em uma posse de bola o
ataque não finalizar, seja devido a um roubo de bola, interceptação de
passe ou erro a equipe de defesa recebe dois pontos, caso o ataque
finalize e a defesa obtenha o rebote, o time será recompensado com 1
ponto.
- Estimular que ao menos uma ação ofensiva da categoria (corta luz
indireto, mão a mão, corta luz direto) aconteça em cada posse de bola,
para enfatizar ações defensivas.

Jogo 4x5 (apresentado na imagem:


- Cinco filas no fundo da quadra;
- Quatro jogadores iniciam atacando (números de 1 a 4 em vermelho);
- Após o ataque, os(as) jogadores(as) saem da quadra e voltam para suas
filas;
- A equipe que defendeu atacará contra outros(as) cinco jogadores(as)
que entraram da fila;
- Jogador(a) que recuperou a posse de bola (roubo, rebote, etc.) irá
passar para um(a) companheiro(a) e sairá da quadra;
- Jogadores(as) sempre saem da quadra após o ataque.

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Outras Propostas de Jogos

As propostas de jogos englobam os conteúdos estratégico-tático-técnico para o


sub-12, 13 e 14, e são representativos da modalidade formal. Nesses jogos descrevemos
a fase de jogo enfatizada, bem como ações tático-técnicas principais. Também sugerimos
materiais a serem utilizados, espaço de jogo, número de participantes e regras. Por fim,
apresentamos uma discussão sobre cada jogo e as possíveis variações. Outras adaptações
podem ser feitas para a realidade do seu contexto e equipe, mas lembre-se sempre de
manter a coerência da proposta de jogo com o objetivo de ensino.

Vale destacar que todos os jogos do sub-12 podem servir para o sub-14, a depender
do seu objetivo na sessão de treino. Mas nem todos os jogos do sub-14 servirão para o
sub-12 ou sub-13, já que esses podem englobar conteúdos que ainda não são
recomendados para as categorias menores.

1x1 - Quadra inteira


ATAQUE
1) Variação ofensiva = 10 min.
- Até o meio não pode roubar a bola
- Chegando na metade da quadra, eles jogam joken-po, sendo que o
jogador com bola não pode parar de driblar a bola;
- Se o defensor perder ou empatar, deverá tocar num cone posicionado
na linha de 3m do vôlei para poder recuperar na defesa;
- O atacante terá o espaço até a linha oposta do garrafão para finalizar;
- Inverter o lado.

DEFESA
2) Variação defensiva = 10 min.
- Diminuir o espaço de ataque até a metade da quadra;
- Não tem mais joken-po

Situacional 2x2
ATAQUE

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3) Variação ofensiva = 10 minutos


- Fila do ataque e da defesa
- Início entre a central e a 45 + zona morta direita
- JCB iniciam com uma vantagem espaço temporal
- Defensor do jogador sem bola é livre para ajudar ou não
- Jogador com bola deve decidir se finaliza, ou se a defesa dividir, passar
- Jogo de transição em 2x2
- Quem finalizar ou errar (turnover), deverá tocar em um dos cones ao
fundo para poder recompor a defesa
- O jogo finaliza na ½ quadra oposta
ROTAÇÕES:
- Sobem os 4 das filas.
DEFESA
4) Variação defensiva = 10 minutos
- Defensores iniciam pisando na linha do garrafão, bola inicia com o defensor 1. = 10 min.
- Defensor 1 poderá passar para qualquer um dos atacantes, “aproxima e aborda”, joga-se 2x2.
- Tempo de ataque: 8 segundos.

3x3 com transição em superioridade temporária


ATAQUE
5) Variação ofensiva = 10 min.
- 3 defensores(as) se posicionam no semicírculo;
- O(a) treinador(a) faz o passe para um(a) dos atacantes,
posicionados(as) na linha de 3 pontos, conforme a figura.
Quem receber deve arremessar;
- O(a) DJCB deve aproximar e abordar para contestar o
arremesso, seguido do bloqueio de rebote e os DJSB
realizarem o bloqueio de rebote;
- Se a defesa pegar o rebote, deverá sair em transição e
poderá finalizar em contra-ataque. Quem arremessou
deverá ir até o cone para depois recuperar na transição da
defesa.
- Se na transição ofensiva configurar um ataque
posicionado, a equipe atacante deverá passar a bola nos
setores 1, 2 e 3 antes de finalizar;
- Tem a transição na ida e na volta.

DEFESA
6) Variação defensiva = 10 min.
- Defensores não precisam tocar no cone para recuperar na defesa e ataque terá 14 segundos para finalizar.

Alemão 4x4 ou 5x5 com zonas para progredir


ATAQUE

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9) Variação ofensiva = 10 minutos


- Se bola passar da zona 1 para a zona 3, ou vice-versa,
antes de finalizar, a cesta valerá 2 pontos
- Outras cestas = 1 ponto
- Variação: limite de 2 dribles por recepção

DEFESA
10) Variação defensiva = 10 minutos
- Limite de 2 dribles por recepção

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