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MINIBASQUETE
Autoras(es):
Larissa Rafaela Galatti
Yura Yuka Sato dos Santos
Cauê Peixoto Pacheco Goi
Lucas Mathias Alves Joaquim
INTRODUÇÃO...................................................................................................................... 3
INTRODUÇÃO ÀS ETAPAS DE MINIBASQUETE 1 e 2 ................................................. 7
COMO O MINIBASQUETE É ENSINADO NO MUNDO: o que nos dizem os programas dos
países top 10 do ranking da FIBA ........................................................................................ 10
O QUE TREINADORES E TREINADORAS DEVEM SABER SOBRE O JOGO DE
MINIBASQUETE? .............................................................................................................. 13
O Minibasquete ................................................................................................................ 13
Da Lógica do Jogo de Minibasquete e Basquete aos Conceitos de Estratégia, Tática e Técnica
.......................................................................................................................................... 16
A estratégia, tática e técnica e sua relação interdependente ....................................... 19
COMO ENSINAR MINIBASQUETE? O JOGO COMO AMBIENTE DE APRENDIZAGEM
.............................................................................................................................................. 21
PREMISSAS PARA A ORGANIZAÇÃO DE CONTEÚDOS DE ENSINO DO
MINIBASQUETE ................................................................................................................ 27
Especificidades do Minibasquete 1 (crianças de ± 6 a 8 anos) ........................................ 29
Necessidades gerais das crianças nessa etapa ............................................................ 29
Objetivo tático-técnico geral ........................................................................................ 31
Características das competições .................................................................................. 32
Estilo de jogo ................................................................................................................ 33
Conteúdos estratégico-tático-técnicos no Minibasquete 1 .......................................... 35
Organizando uma sessão de aula/treino do Minibasquete 1 ....................................... 45
Especificidades do Minibasquete 2 (crianças de ± 9 a 11 anos) ...................................... 57
Necessidades de praticantes dessa etapa ..................................................................... 57
Objetivo tático-técnico geral ........................................................................................ 58
Características da competição ..................................................................................... 59
Estilo de jogo ................................................................................................................ 60
Conteúdos estratégico-tático-técnicos no Minibasquete 2 .......................................... 61
Organizando uma sessão de aula/treino do Minibasquete 2 ....................................... 68
Outras Propostas de Jogos ................................................................................................ 73
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 86
INTRODUÇÃO
Olá, treinadores e treinadoras! Bem-vindos e bem-vindas ao tópico de METODOLOGIA
DE ENSINO DO BASQUETE do nível 1 da ENTB!
O basquete é um dos esportes mais populares do Brasil, possui ampla base de adeptos e
praticantes, e faz parte da Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2018). Nacionalmente, o
basquete é administrado pela Confederação Brasileira de Basquete (CBB), sendo que todos os
estados brasileiros têm uma federação de basquete (LEONARDI et al, 2021). O país tem um
histórico de vitórias em competições internacionais: entre os homens, a seleção tem três medalhas
de bronze olímpicas e dois campeonatos mundiais. As mulheres conquistaram um mundial e uma
medalha de prata nos Jogos Olímpicos. No entanto, nos últimos anos os resultados em competições
intercontinentais são menos expressivos. E esse é um dos motivadores do cuidado com as
categorias de base: o desenvolvimento de atletas adultos de nível internacional é em longo prazo e
exige respeito a cada etapa para se revelar um(a) atleta adulto(a). Da mesma forma, ter mais pessoas
que não cheguem a ser atletas adultos(as) de basquete, mas que conhecem, gostam e apreciam o
nosso esporte, aumenta as possibilidades de termos mais espectadores(as), gestores(as),
árbitros(as), além de interesse em financiar e investir no esporte (GALATTI et al., 2016; 2022).
Por isso, conhecer as etapas e sistematizar o ensino do basquete em longo prazo é primordial para
atingir esses objetivos.
Quando tratamos do ensino do basquete, logo nos vem algumas perguntas: Como organizar
os treinos? Por onde podemos começar? O ponto de partida para montar um plano de treino ou
qualquer outro processo pedagógico deve ser: para QUEM é a atividade?
A figura chave na construção dessa nova cultura são treinadoras e treinadores de todo o
país, que tem neste documento diretrizes para pensar o basquete pelos seus elementos estruturais e
específicos, e desenhar seus treinos a partir de JOGOS.
2. O foco deve estar no(a) PRATICANTE que joga basquete e se desenvolve como criança e
adolescente ao longo desta prática;
4. Na infância O JOGO em suas diferentes formas deve ser priorizado em detrimento de outras
estratégias de ensino mais fechadas (analíticas) - crianças são diferentes de jovens, brincar
importa;
DICA DE LEITURA
Para conhecer mais sobre o desenvolvimento em longo prazo e plural de atletas, consulte
gratuitamente o Modelo de Desenvolvimento Esportivo do COB, disponível no link:
https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/modelo-desenvolvimento-esportivo
2) O que treinadores e treinadoras devem saber sobre o jogo de minibasquete? Aqui passaremos
por premissas para o ensino do Minibasquete 1 e 2, a partir das abordagens baseadas no JOGO
(game-based approaches). JOGAR é o centro da proposta de ensino do basquete para as etapas
do NÍVEL I da ENTB, que está alinhada às propostas da FIBA, NBA e principais países no
ranking da FIBA de basquete, como Estados Unidos, Espanha e Austrália, além da também sul-
americana Argentina. Treinadoras e treinadores saberão mais sobre a lógica do jogo de
basquete, os conceitos de estratégia, tática e técnica e sua relação interdependente, bem como o
jogo como ambiente de aprendizagem. Evidências científicas sobre Pedagogia do Esporte e
desenvolvimento de atletas também sustentam este documento;
3) O que ensinar, quando e como? Aqui passaremos pela organização e aplicação do método de
ensino do basquete na iniciação e formação;
4) Como devemos jogar nas etapas do Minibasquete 1e 2? Nessa seção descrevemos a organização
de conteúdos de ensino do basquete, considerando os objetivos de aprendizagem e o estilo de
jogo em cada etapa. Os conteúdos estão acompanhados de possibilidades de atividades, assim
como exemplos de planos de aula elaborados a partir do ensino por meio do JOGO.
Buscamos os manuais dos programas nos sites oficiais das Confederações Nacionais para
o minibasquete e encontramos os seguintes: Argentina, Austrália, Canadá, Espanha (província de
Andaluza) e Estados Unidos 1. Além dos manuais dos países, também investigamos os manuais de
minibasquete propostos pela FIBA, por ser a instituição responsável por regularizar a modalidade
de basquete internacionalmente, e pela National Basketball Association (NBA), devido ao destaque
dessa liga no cenário mundial do esporte.
No Quadro 1 consta um resumo de cada manual analisado, seus objetivos em cada faixa
etária do minibasquete e algumas recomendações gerais para os(as) professores(as) e
treinadores(as) da modalidade.
Quadro 1: Objetivos e recomendações gerais para o ensino do minibasquete nos países melhores
classificados no ranking da FIBA nas categorias de base e adulto.
Os objetivos gerais centram o engajamento dos alunos nas três Olhar lúdico e uso do jogo;
etapas do minibasquete argentino: escuelas (6 a 8 anos), pre minis Diversificação do conhecimento;
(9 e 10 anos), mini (11 e 12 anos). Para o CABB os treinos Compromisso com a educação holística através do esporte;
dependem de cinco fatores principais: Conhecer o processo de aprendizagem para estimular as
Argentina
Diversão e Prazer; diferentes competências em um processo não-linear;
(CABB)
Sentir-se competente; As explicações devem abranger todos os atletas, não só os
Aprender novas habilidades; mais talentosos;
Estar com amigos; O treinador deve conhecer seus alunos para adaptar os
Atitude dos pais. conteúdos as suas necessidades.
1Não são apresentados os programas da França, Itália, Lituânia, Sérvia e Rússia, que também aparecem
no ranking citado, pois não encontramos um documento em rede web gratuitamente em língua dominada
pelos autores (português, inglês e espanhol).
FUNdamental (6 a 9 anos): desenvolver as habilidades físicas, Introdução ao fair play e ética no esporte;
afetivas, cognitivas e psicossociais básicas, com base na diversão e As atividades devem ser prazerosas e divertidas;
no engajamento das crianças na prática; O desenvolvimento dos atletas deve ser a longo prazo e
A fase de movimento abrange crianças de 6 e 7 anos na qual baseado em questões físicas, mentais, emocionais e
basquete é aprendido através das habilidades fundamentais de cognitivas das crianças e adolescentes;
movimento; Cada estágio reflete em um ponto de desenvolvimento dos
A fase de jogos modificados abrange crianças de 8 e 9 anos na qual atletas;
Canadá
o basquete é ensinado por meio de jogos como 1x1, 2x2, etc; Oportunidades iguais de participação.
Learn to Train (L2T) (9 a 12 anos): neste estágio as crianças
desenvolverão habilidades fundamentais de movimento e de
esportes, ademais habilidades específicas do basquete devem ser
enfatizadas, mas as práticas de outras modalidades devem ser
encorajadas. Outras habilidades psicológicas básicas como a
definição de metas podem ser introduzidas.
Desenvolvimento das capacidades necessárias para construir um Escolher uma concepção claramente humanística e
jogo coletivo complexo livre; formativa do basquete;
Etapa 1 (6 a 8 anos): potencializar o desenvolvimento da Utilizar uma metodologia ativa, na qual o jogador é a
capacidade individual de jogo em situações de oposição simples referência do processo educacional;
Espanha
(1x1); Na programação, tanto anual como em cada uma das
(Federação
Etapa 2 (9 a 11 anos): ampliar experiências relacionadas com a sessões de treinamento, é necessário ficar explícito os
Andaluza)
posse de bola, iniciando o conceito de cooperação mútua através valores que irão ser trabalhados;
dos meios táticos coletivos básicos do jogo 2x2. É necessário planejar as sessões de treinamento para que
todos os conteúdos referentes a prática sejam abordados de
forma íntegra.
Estágio 1 Active Start (0 a 6 anos): estimular as crianças a serem Promover o engajamento pessoal no minibasquete e em
fisicamente ativas todos os dias em um ambiente seguro e divertido. outros esportes.
A atividade deve incorporar habilidades fundamentais do Incluir atividades organizadas e informais lideradas por
movimento em todos os ambientes, maximizando o potencial físico pares.
das crianças. Estimular a diversificação esportiva.
Estágio 2 Fundamentals (6 a 9 anos): aprender todas as habilidades
NBA/ USA
fundamentais de movimento (construir habilidades motores gerais).
BASKETBALL
Diversificação esportiva é necessária.
Estágio 3 Learning to Train (8 a 12 anos): aprender todas as
habilidades fundamentais e básicas do basquete (construir
habilidades específicas do esporte). Dividir as atuais competições
entre jogos especiais (regras modificadas) e jogos 5x5, tentando não
focar na competição 5x5 até o fim dessa fase (últimas idade).
Fonte: os autores.
Para isso, as regras essenciais que constroem a lógica do basquete devem ser mantidas,
como por exemplo o deslocamento com bola deverá ser através de dribles, ou o alvo possuir
diâmetro um pouco superior ao tamanho da bola e estar em uma posição elevada em relação à altura
dos praticantes. Por outro lado, é preciso criar adaptações de regras, que chamaremos de regras
não-essenciais. Assim conseguimos manipular, por exemplo, a duração de um período de jogo, ou
as dimensões da quadra, além de outras regras que podem surgir ou serem adaptadas, com objetivo
de conseguir um maior ajuste às peculiaridades e necessidades das crianças que iniciam no esporte
(GALATTI et al., 2014; MARICONE et al., 2016). As adaptações nas regras não-essenciais
sugeridas pela ENTB para o ensino do minibasquete são apresentadas na seção de especificidades
do Minibasquete 1e Minibasquete 2.
O basquete está no grupo dos Jogos Esportivos Coletivos (JEC) considerados jogos
complexos devido à interação de diferentes fatores, que devem ser administrados de forma precisa
e em tempo adequado para que as ações culminem em um resultado eficaz (GALATTI et al., 2014;
MOREIRA; PAES, 2011).
Para os(as) jogadores(as) interagirem nesse sistema complexo que é o basquete, é preciso
que atuem estratégica, tática e tecnicamente. E ter uma base conceitual sólida pode ajudar bastante
nas suas escolhas como treinador(a) ao organizar seu treino. O Quadro 3 apresenta cada um dos
conceitos:
Quadro 3: Conceitos de estratégia, tática e técnica, adaptado de Galatti et al. (2017) e Kroger e Roth (2002).
Estratégia É o que está previsto antecipadamente, é o planificado, e se associa e sustenta a tática. Pode ser
relacionada à pergunta: como vamos jogar? Exemplo: sistemas ofensivos e defensivos.
Tática É a gestão intelectual do comportamento nas situações de conflito frente à oposição do(a)
adversário(a) e gestão do espaço de jogo. Em outras palavras, é a tomada de decisão que se dá
de forma instantânea, durante os processos de percepção e análise da situação de jogo.
Portanto, não há tática sem oposição. A tática pode ser relacionada às perguntas: o que fazer?
Qual a melhor decisão a ser tomada nessa situação?
Tática Ações de um(a) jogador(a) que, por meio de uma tomada de decisão e da seleção e aplicação
individual de uma técnica/sequência de técnicas, visa atingir um determinado objetivo no jogo.
Exemplo: situação de um atacante contra um defensor 1x1.
Tática de Ações entre dois ou três jogadores(as) da mesma equipe que, por meio de tomadas de decisão
grupo e da seleção e aplicação de uma sequência de técnicas individuais, visam atingir um objetivo
comum. Exemplo: situações de 2x1, 2x2, 3x2, 3x3.
Tática Ações que envolvam todos os(as) jogadores(as). Os(as) companheiros(as) de equipe devem
coletiva perceber coletivamente a situação e julgar com a maior sintonia possível quanto às ações mais
convenientes a ser executadas. Exemplo: abrir espaços na quadra, deslocamentos de acordo
com a movimentação bola e de seus companheiros.
DICA DE LEITURA
GALATTI, Larissa Rafaela et al. O ensino dos jogos esportivos coletivos: avanços metodológicos
dos aspectos estratégico-tático-técnicos. Pensar a prática, v. 20, n. 3, 2017. Disponível em:
https://revistas.ufg.br/fef/article/view/39593
O basquete contempla restrições de tempo que levam jogadores(as) a atuar sob constante
pressão, o que torna a tomada de decisão uma variável essencial para o sucesso no jogo. Afinal, o
jogo é estruturado em 4 quartos de 10 minutos, com 24 segundos para concluir o ataque, 14
segundos para um segundo ataque após um rebote ofensivo obtido com o cronômetro abaixo dos
14 segundos do primeiro ataque, 8 segundos para passar o meio da quadra e 5 segundos para
tomadas de decisão individual com a bola sem drible. Quanta pressão!
Isso exige de quem joga cooperar com colegas de time, estabelecer uma estratégia comum
de jogo, lidar com sua imprevisibilidade, leitura tática das situações que emergem, além da
execução de ações técnicas adequadas para a resolução dos problemas do jogo. E, principalmente,
exige competência pedagógica de treinadores e treinadoras em estruturar jogos que permitam que
aos poucos e em LONGO PRAZO as crianças consigam lidar com as restrições de tempo e espaço
de um jogo tão complexo. Aliás, é por isso que o minibasquete surgiu, para ser um jogo mais
adequado às crianças que o jogo de adultos. Crianças não são adultos em miniatura e devem ter seu
próprio jogo e metodologia de trabalho adequados para a infância.
Vale mais uma vez lembrar que as diretrizes são gerais e que, para além da idade ou da
categoria, treinadores e treinadoras precisam estar atentos(as) ao desenvolvimento de cada criança
e ao nível de jogo. Numa turma de minibasquete 2, por exemplo, é possível ter alunos(as) que se
desenvolvem mais rápido e/ou que já tenham experiências prévias e estejam num nível de
compreensão maior do jogo e, assim, encontrarem-se numa FASE DE DESCENTRAÇÃO. Por
exemplo, uma criança que pratique ou já tenha praticado outro esporte coletivo pode ter mais
facilidade em compreender os espaços e a lógica do jogo, por já ter experiências prévias e evoluído
seu nível de jogo.
o Elas aprendem quais são as ações mais eficazes a partir dos erros e acertos
= experimentar e praticar muito;
JOGOS PRÉ- Jogos de ataque e defesa entre duas equipes, que expressam a lógica
ESPORTIVOS estratégico-técnico-tática dos jogos esportivos coletivos. Ex: Pic-bandeira.
JOGOS
REDUZIDOS
Elaboração de situações de jogo com regra oficial ou adaptada. De
igualdade (1x1, 2x2, 3x3) ou desigualdade numérica (2x1, 4x3, 2X3 etc).
PEQUENOS JOGOS
Opções: coringa, apoio, diferentes áreas da quadra, com restrição/ênfase de
fundamentos, pressão de tempo.
SITUAÇÕES DE
JOGO
JOGO FORMAL Jogo com as regras específicas formais (no minibasquete, regras adequadas
às crianças).
Mas qualquer jogo basta? Deixar jogar ou aplicar qualquer tipo de jogo não será suficiente
no ambiente formal de ensino. Quando o processo é orientado por um(a) treinador(a) é preciso ter
intencionalidade, ou seja, treinadores e treinadoras além de saberem para QUEM, devem saber O
QUE, COMO e QUANDO se ensina e se aprende. Afinal, o jogo deve ser representativo e ter
significado para motivar quem joga. E na representatividade do jogo por meio da semelhança entre
os aspectos estratégico-tático-técnicos que as nossas crianças e adolescentes irão aprender a jogar
basquete.
DICA DE LEITURA
SCAGLIA, Alcides José; REVERDITO, Riller Silva; GALATTI, Larissa Rafaela. Ambiente de jogo e
ambiente de aprendizagem no processo de ensino dos jogos esportivos coletivos: desafios no ensino e
aprendizagem dos jogos esportivos coletivos. in: NASCIMENTO; RAMOS; TAVARES. Jogos
desportivos: formação e investigação. Florianópolis: UDESC, v. 4, p. 133-170, 2013.
Disponível em: https://9824e411-08c4-444f-bb2a-
10c9aa8c105e.filesusr.com/ugd/98b588_26e4ecaf95594cafbf26f51724d18b26.pdf
2. Tipo de competição ou evento esportivo festivo em que a equipe deve participar ou não;
3. O estilo de jogo que se propõe para cada fase do processo e que inclui uma análise desde
o ponto de vista (i) espacial, (ii) em função do ritmo de jogo, (iii) do grau de liberdade, (iv)
do grau de especialização de função e posição e das (v) ações tático-técnicas prioritárias
na etapa.
Vale destacar que os objetivos devem ser estabelecidos de forma progressiva ao longo do
processo de ensino-vivência do basquete, mas de forma não-linear, de acordo com as características
e necessidades dos praticantes de um contexto específico. Geralmente, o processo de organização
do ensino do basquete e as competições são estabelecidos a partir de categorias por idade, mas o
desenvolvimento e a aprendizagem são complexos e não lineares entre os praticantes de uma
mesma categoria. Desta forma, se o ritmo de desenvolvimento e aprendizagem se difere entre os(as)
praticantes, treinadores(as) devem estar atentos(as) para organizar conteúdos e estabelecer
objetivos específicos para os praticantes de uma mesma equipe. Isso significa que alguns
praticantes de uma equipe podem permanecer centrados no desenvolvimento de conteúdos de uma
etapa durante um ano, enquanto outros podem necessitar prolongar ou avançar.
• Conseguir o objetivo principal do jogo: fazer a cesta, razão pela qual a posse da bola faz
com que se sintam protagonistas do jogo e o ajuda a melhorar sua autoestima.
Os eventos esportivos com jogos amistosos, festivais ou mesmo competições podem ser
recomendados para todas as idades, inclusive no Mini 1. No entanto, é preciso observar se o modelo
de evento escolhido favorece que todas as crianças participem e com um equilíbrio que favoreça
aprendizado.
Se a opção for competições, são necessárias adaptações para favorecer o direito de todas as
crianças aprenderem com esse momento, sendo propostas algumas adaptações descritas na Tabela
1.
PENSANDO NA PRÁTICA
Se não for possível obter uma cesta com o aro a 1,80 metros de altura do chão, tente adaptar ou
construir uma com seus alunos e alunas. Há exemplos na internet de cestas feitas com aros de arame
encapado com “macarrão de piscina”, bambolês e paletes (exemplo abaixo), entre outras
possibilidades. Além de as crianças desenvolverem um trabalho coletivo, podem aprender mais
sobre o basquete e as suas especificidades.
Fonte: https://www.atibaia.sp.gov.br/
Estilo de jogo
Promover o jogo com sentido de profundidade com o intuito de cumprir com o princípio de
criação de perigo iminente, incentivando jogadores(as) a buscarem soluções para os problemas
enfrentados. Isso estimula um jogo mais agressivo, buscando infiltrações para se aproximar do alvo
e pontuar de maneiras mais simples. A busca pelo alvo é constante.
Além disso, é imprescindível que haja a compreensão e ocupação dos espaços exteriores e
interiores, aqui entendidos como sendo os foras e dentro do garrafão. O foco está em criar espaços
para infiltrações e desmarques em direção à cesta. Os espaços internos devem ser ocupados pelas
Ritmo de jogo
Uma das primeiras coisas que praticantes no Mini 1 devem ser introduzidos refere-se à
rápida troca de papéis entre defesa e ataque, de maneira que surpreenda adversários(as) para uma
cesta rápida ou para a recomposição defensiva. É fundamental que entendam a lógica do jogo e,
consequentemente, qual é o meio mais fácil de se pontuar, atacando rápido o suficiente para impedir
a recomposição do bloco defensivo adversário. Desta forma as crianças podem encontrar situações
de vantagem no ataque, como numérica (1x0, 2x1), ou espaço-temporal (estar mais próximo a cesta
para finalizar), assim diminuindo a dificuldade da ação.
Grau de liberdade
Todas as crianças deverão ter máxima liberdade para jogar e tomarem suas próprias
decisões baseadas em suas experiências com o próprio jogo. Limitar as possibilidades de ação nessa
etapa fará com que os jogadores(as) limitem suas experiências àquilo que o(a) treinador(a) o
limitou a vivenciar na iniciação.
Grau de especialização
Para apresentar todos os conteúdos técnicos atrelados aos conteúdos estratégico e táticos
de ataque do Mini 1, apresentamos a Figura 5. Nas colunas encontram-se os conteúdos estratégico
(sistema de ataque) e táticos, traduzidos em princípios balizadores e particulares. Estes, por sua
vez, influenciam nas técnicas. As técnicas podem ser executadas pelo(a) jogador(a) com a posse
da bola ou sem a posse da bola, sendo representado nas linhas. Portanto, uma técnica pode pertencer
ao mesmo tempo a uma ou mais colunas, dependendo da intenção tática do(a) jogador(a).
Conteúdo Descrição
É o sistema ofensivo caracterizado pelos jogadores(as) ocuparem apenas os espaços externos,
normalmente fora da linha de três pontos, com um bom espaçamento, fazendo com que os espaços
3 Abertos internos estejam livres para serem ocupados pelo(a) portador(a) da bola durante uma infiltração.
Devido aos parâmetros propostos para os jogos do Mini 1, utilizamos apenas três jogadores(as) para
a realização desse sistema.
É o princípio balizador caracterizado pelo avanço ou progressão de um(a) ou mais jogadores(as) até
Progredir à cesta
o(s) alvo(s) adversário.
Manter a posse de É o princípio balizador caracterizado pela manutenção ou conservação da posse de bola pelos(as)
bola jogadores(as), mantendo-a sob controle da equipe, evitando a recuperação pela equipe adversária.
É o princípio balizador caracterizado pela finalização aos alvos do jogo, normalmente a cesta,
Finalizar à cesta
exclusivamente pelo(a) JCB.
Buscar espaços
Refere-se ao princípio dos(as) JCB e JSB buscarem ultrapassar o(a) seu(sua) adversário(a) direto(a)
para a progressão à
e ganhar vantagem espaço-temporal em direção à cesta
cesta
Romper linhas Refere-se ao princípio dos(as) JCB e JSB buscarem a progressão da bola por entre as linhas
defensivas defensivas, exteriores ou interiores.
Realizar Refere-se ao princípio do(a) JCB efetuar tentativas de finalização ao alvo, independentemente da
finalizações técnica utilizada ou da distância até o alvo.
Ocorre quando o(a) JSB recebe a bola e realiza uma postura com os joelhos semiflexionados,
Tríplice ameaça glúteos e core ativos com a bola na altura da cintura, permitindo a possibilidade de três decisões
diferentes, podendo ser arremesso, drible ou passe.
Saída realizada com a mesma perna da mão que controla a bola. Essa saída é mais utilizada para se
Aberta ganhar espaço lateral e avançar sobre o(a) defensor(a). O drible deverá ser realizado antes que se tire
o pé de pivô do chão, caso contrário será uma violação de andada.
Saída realizada com a perna oposta da mão que controla a bola. Essa saída é mais utilizada para se
proteger a bola, colocando o corpo entre a bola e o(a) defensor(a), evitando que o(a) adversário(a) a
Cruzada
roube, como também avançar sobre o(a) defensor(a). O drible deverá ser realizado antes que se tire o
pé de pivô do chão, caso contrário será uma violação de andada.
Drible estacionário Refere-se à técnica de driblar a bola de maneira estática, sem movimento.
Drible com Caracteriza-se por driblar a bola com velocidade e força, tanto com a mão dominante quanto com a
velocidade não-dominante.
Troca de mãos pela
frente do corpo Caracteriza-se pela mudança rápida de bola nas mãos do(a) JCB, trocando-a em frente ao corpo.
“Crossover”
Caracteriza-se pela ação de esconder a bola do(a) adversário(a), de modo que o(a) defensor(a) não
Proteção de bola tenha a chance de roubá-la. O corpo deve permanecer entre a bola e o marcador(a) e a mão livre
deve ser utilizada para impedir a aproximação do(a) defensor(a).
Caracterizado pelo(a) JCB realizar o drible à frente de seu tronco, empurrando a bola para frente,
Drible de avanço com finalidade de deslocar-se com velocidade pela quadra, já que não se encontra nenhum(a)
defensor(a) a sua frente (face-to-face).
Caracteriza-se pela rápida mudança de velocidade que o(a) JCB realiza para criar uma vantagem
Hesitação (Parar e espaço-temporal sobre o(a) jogador(a) adversário(a) e facilitar a infiltração ou finalização. O
ir) movimento ocorre de uma velocidade normal/rápida para uma velocidade baixa ou parada e logo em
sequência para uma velocidade rápida, podendo mudar de direção ou não.
Troca de mãos pela Caracteriza-se pela mudança rápida de bola nas mãos do(a) JCB, trocando-a em frente ao corpo,
frente do corpo para desvencilhar-se do(a) marcador(a) durante o movimento. Importante que exista a transposição
“Crossover” do(a) adversário(a) para progressão ao alvo.
Arremesso Refere-se ao(à) JCB realizar um movimento de arremesso da bola em direção a cesta.
Ação realizada pelo(a) JCB. Esse arremesso se inicia a partir do drible do(a) JCB, sendo de fintas ou
Arremesso após o
não. O(A) JCB deve conseguir posicionar seu corpo e se equilibrar para realizar um lançamento
drible
eficiente após uma fase de movimento.
O passo zero se caracteriza pelo pé de apoio no momento em que um(a) jogador(a) recebe a bola
enquanto está em movimento, ou após completar um drible. A partir disso, é permitido dar dois
passos e lançar a bola à cesta em movimento de bandeja. Pode ser feito de diferentes maneiras,
como em progressão linear, mudando de direção, com o primeiro ou o último passo com os dois pés
Com passo zero juntos. Entretanto, não é permitido utilizar o mesmo pé de apoio em sequência. Por exemplo, passo
zero com o pé esquerdo, passo 1 com o pé direito e passo 2 com o direito novamente (ou qualquer
outra combinação).
Devido a implementação dessa regra em 2018, as crianças já deverão aprender que essa ação é legal
e pode ser utilizada, e não como uma exceção.
Refere-se a uma ação do(a) JCB para enganar o(a) seu(sua) adversário(a) direto(a), fingindo
Fintas
executar uma ação, para poder ganhar vantagem espaço-temporal quando for executar outra.
Caracteriza-se pela falsa tentativa de arremesso, a partir da tríplice ameaça, realizada pelo(a) JCB,
Finta de arremesso para induzir que o(a) marcador(a) tente impedir a finalização, o que pode facilitar a infiltração ou o
passe.
Caracteriza-se por uma passada em falso para um lado, com a mesma perna e mostrando a bola para
Finta de drible (Jab) o(a) defensor(a), a partir da tríplice ameaça, realizada pelo(a) JCB, para induzir que o(a)
- Aberta marcador(a) tente impedir a passagem do(a) jogador(a), o que pode facilitar o arremesso, drible ou o
passe.
Caracteriza-se por uma passada em falso para um lado com a perna oposta, escondendo a bola do(a)
Finta de drible (Jab) defensor(a) com o corpo, a partir da tríplice ameaça, realizada pelo(a) JCB, para induzir que o(a)
- Cruzada marcador(a) tente impedir a passagem do(a) jogador(a), o que pode facilitar o arremesso, drible ou o
passe.
Disputar Rebote Refere-se ao(à) JSB disputar a posse de bola após a tentativa de finalização ao alvo de algum(a)
Ofensivo companheiro(a) de equipe.
Diz respeito aos(às) JSB que se situam na área restrita. Referentes aos deslocamentos feitos com
Perto do alvo maior intuito de afastar os(as) defensores da cesta e/ou sair de bloqueios de defensores(as), tentando
manter a posse de bola com o ataque.
Diz respeito aos(às) JSB que se situam fora da área restrita. Se relaciona com o balanço defensivo e
Longe do alvo com a função de cada jogador(a) após a finalização. O(A) jogador(a) pode se deslocar com maior
intuito de se aproximar do alvo, buscando vantagem espaço-temporal para conseguirem o rebote.
Conteúdo Descrição
Consiste na defesa dos(as) jogadores(as) de maneira individual, ou seja, cada jogador(a) defende
Individual simples um(a) adversário(a) direto(a), sendo responsável, principalmente, por tentar impedir que esse(a)
jogador(a) pontue durante a partida.
É o princípio balizador caracterizado por dificultar ou até mesmo inibir a progressão de um(a) ou
Impedir a
mais jogadores(as) até o(s) alvo(s) da equipe. É realizado por todos(as) participantes do jogo durante
progressão ao alvo
as fases de defesa e transição defensiva.
Aproximação do(a) defensor(a) ao(à) atacante, possuindo ou não o controle da bola. Após isso, a
Aproximar e
abordagem seria, em posição básica de defesa, interceptar linhas de passe ou pressionar o(a)
Abordar
portador(a) da bola, com o intuito de dificultar a progressão e tentar retomar a posse de bola.
Induzir para zonas Ocorre quando os(as) jogadores(as) influenciam os(as) do ataque para zonas que possuem uma
de menor risco menor chance de conversão de arremessos.
Postura Defensiva Posição em que os(as) defensores(as) deverão se manter durante essa fase do jogo.
Ação realizada pelos(as) DJCB e DJSB. Consiste em manter as pernas ligeiramente afastadas,
Básica joelhos semiflexionados, tronco levemente inclinado para a frente, cabeça erguida e os braços devem
estar ativos para impedir alguma ação do(a) atacante.
Contestar Refere-se a ação de dificultar ou impedir a realização de um arremesso eficiente do(a) atacante,
Finalização diminuindo sua eficácia.
Ação realizada pelo(a) DJCB. Defensor(a) contesta o arremesso nas zonas internas da quadra,
Interna devendo erguer os braços de maneira que fique dentro de seu "cilindro imaginário", evitando invadir
o espaço do(a) atacante, causando uma falta.
Ação realizada pelo(a) DJCB. Defensor(a) contesta o arremesso nas zonas externas da quadra,
Externa possuindo mais liberdade para contestar o arremesso, podendo realizar diversos movimentos para
atrapalhar a execução adversária, somente evitando tocá-lo(a), causando uma falta.
Manter-se Entre o A partir da posição básica de defesa, temos a posição que, no geral, é melhor para defender um(a)
Adversário e o Alvo adversário(a), se mantendo entre ele(a) e o alvo, com o intuito de contestar e dificultar a finalização.
Ação realizada pelo(a) DJCB e DJSB. Depende do posicionamento do corpo em relação ao(à)
De frente
seu(sua) adversário(a) direto(a), se mantendo de frente.
Ação realizada pelo(a) DJCB e DJSB. Depende do posicionamento do corpo em relação ao(à)
De costas
seu(sua) adversário(a) direto(a), se mantendo de costas.
Deslocamento na Ação individual que é orientada por ações grupais. Função de acompanhar o(a) adversário(a) que
Posição de Defesa está marcando e impedir sua progressão ao alvo.
Ação realizada pelo(a) DJCB e DJSB. Referentes aos movimentos feitos no eixo longitudinal da
Vertical
quadra (de uma linha de fundo à outra).
Ação realizada pelo(a) DJCB E DJSB. Referentes aos movimentos feitos no eixo transversal da
Horizontal
quadra (de uma linha lateral à outra).
Ação realizada pelo(a) DJCB E DJSB. Referentes aos movimentos feitos em direção diagonal em
Diagonal
relação às dimensões da quadra (de uma zona morta à outra oposta).
Ação individual que é orientada por ações grupais. Consiste na disputa de dois ou mais jogadores(as)
Disputar Posição
por uma posição que lhe conceda alguma vantagem para realização de seu respectivo objetivo.
Ação realizada pelo(a) DJCB E DJSB. Referentes ao posicionamento do corpo em relação ao(à)
De frente
seu(sua) adversário(a), nesse caso a disputa ocorre de frente.
Ação realizada pelo(a) DJCB E DJSB. Referentes ao posicionamento do corpo em relação ao(à)
De costas
seu(sua) adversário(a), nesse caso a disputa ocorre de costas.
Ação realizada pelo(a) DJCB E DJSB. Referentes ao posicionamento do corpo em relação ao(à)
De lado
seu(sua) adversário(a), nesse caso a disputa ocorre de lado.
Inicia-se quando a bola deixa a mão do(a) jogador(a) que arremessou. Os(As) defensores(as) devem
Disputar Rebote
se posicionar favoravelmente em relação a cesta, bloqueando e/ou afastando os(as) adversários(as)
Defensivo
da cesta, facilitando o rebote da equipe.
Ação realizada pelo(a) DJCB e DJSB. Referentes aos deslocamentos feitos com maior intuito de
Perto do alvo
afastar os(as) atacantes da cesta, aumentando a chance de um rebote acabar com a defesa.
Ação realizada pelo(a) DJCB E DJSB. Referentes aos deslocamentos feitos com maior intuito de
Longe do alvo bloquear os(as) atacantes, impedindo que eles(elas) cheguem próximo a cesta, aumentando a chance
de um rebote acabar com a defesa.
Recomposição Recomposição do bloco defensivo realizada pelo(a) defensor(a) após sofrer uma ultrapassagem,
Defensiva sendo ela feita a partir de drible, movimentação ou erro de posicionamento.
• Planeje jogos e atividades que envolvam todas as crianças ativamente, evitando a formação
de filas e tempo ocioso de espera – uma dica simples: se as crianças passam mais tempo
esperando do que treinado, algo precisa mudar na organização do seu treino/aula;
• Planeje os pontos-chave de aprendizagem (coaching points) de cada atividade/jogo. Os
pontos-chaves representam os principais aspectos a serem observados para que o/a
treinador/a foque sua intervenção. Em uma atividade/jogo, muitas ações podem acontecer,
por isso, é importante que a intervenção seja OBJETIVA.
DICA DE LEITURA
O planejamento de pontos-chave vem sendo indicado nos manuais internacionais de
desenvolvimento de treinadoras/es em diferentes esportes e países e começa a se solidificar no
Brasil. Dentre os documentos em português que exploram esse tema, recomendamos o material
• Se possível, reserve alguns minutos antes e/ou depois da aula/treino para deixar o espaço
livre para as crianças brincarem e se organizarem de forma espontânea. Como comentado
na introdução deste documento, as crianças devem ter oportunidades e ser encorajadas a se
envolver em jogos conduzidos pelos(as) colegas, sem interferência de um adulto. O jogo
de basquete liderado por colegas permite que as crianças vivenciem atividades
autodeterminadas e intrinsecamente motivadas, sejam criativos(as) e se desafiem.
Pergunte para as crianças se conhecem algum(a) atleta de basquete. Explorando os exemplos dados por
elas ou apresentando um(a) atleta reconhecido(a) pela sua qualidade ofensiva e outro(a) pela defensiva,
dê o nome ao jogo a partir dessas referências (ex: Janethinhas X Varejões)
Objetivo do jogo é que os fugitivos (atacantes) consigam cruzar a quadra sem serem pegos
Dois pegadores (defensores) se posicionam no meio da quadra
Todos os fugitivos possuem bola e devem driblá-la para cruzar a quadra
Todos os jogadores devem colocar um colete do lado da cintura
Se o pegador retirar o colete o fugitivo está pego e vira o novo pegador
Pontos-chave: explorar os espaços vazios para atravessar a quadra; acusar-se de for pego(a).
PARTE PRINCIPAL
Mesmas filas da atividade anterior, sendo uma progressão para enfatizar a Saída Aberta
Uma fila começa com a bola e será de atacantes, a outra de defensores
A bola inicia na mão do atacante que irá encostá-la nas costas do defensor
Assim que o atacante tirar a bola das costas o defensor é livre para poder marcar
O atacante continua escolhendo em que lado irá finalizar
Pontos-chave: Agora preciso criar vantagem (espaço-temporal) do meu defensor, o que devo fazer? Se
eu tirar a bola das costas e ficar parado, será mais fácil ou difícil atacar? O que preciso fazer para ficar a
frente do meu marcador?
Se estou na frente do meu defensor, como busco a cesta mais fácil?
Mesmas filas da atividade anterior, sendo uma progressão para enfatizar a Saída Cruzada
Uma fila começa com a bola e será de atacantes, a outra de defensores
A bola inicia na mão do defensor que irá estender seu braço e “oferecê-la” ao atacante
Assim que o atacante tirar a bola das mãos do defensor o jogo começa
O atacante continua escolhendo em que lado irá finalizar
Pontos-chave: Agora preciso criar vantagem (espaço-temporal) do meu defensor, o que devo fazer?
Meu defensor já está de frente, além da vantagem preciso proteger a bola, o que eu faço? O que faço
para não perder a bola logo que eu tiro da mão do defensor?
Se estou na frente do meu defensor, como busco a cesta mais fácil?
• 2x2
• Competição finalizações
• 1x1 em ¼ de quadra
Pontos-chave: Estimular o defensor a pensar quais os lugares da quadra são mais “fáceis” de serem
defendidos; aprender o que são ações faltosas e que as crianças se acusem quando as cometerem. Propor
• 2x2
Pontos-chave: Para onde devo rolar a bola? Se meu adversário segurar a bola, o que eu devo
fazer? E o meu companheiro? Depois que o atacante segura a bola, quais são suas opções?
Cometi alguma falta? Por que foi falta?
• 3x3
Jogo de dois minutos ou uma cesta para que todos os jogadores rodem e não fiquem parados
Se o jogo acabar por tempo, ambas as equipes saem, se o jogo acabar por cesta, só a equipe
defensora sai
Máximo de três dribles por recepção para os atacantes, gerando mais situações em que o
atacante tem apenas duas opções (passe ou finalização)
Pontos-chave: observar se a criança que eu marco está fazendo muitas cestas. Se sim, por que
ela faz tantas cestas; como posso marcar melhor? Se não, o que estou fazendo bem e posso
reforçar?
Observar as ações faltosas e explicar o que foi falta e como não cometê-la novamente.
VOLTA À CALMA
• Competição finalizações
Conversa final a respeito da importância do rebote nas situações de jogo, sendo a forma de
recuperarmos a posse de bola. Discutir o porquê que temos que marcar com a postura defensiva
e não de pé. Entender onde os atletas pensam que são as zonas mais fáceis de se defender e
mais difíceis de se fazer cesta.
● Dividir e passar é definido como: o(a) jogador(a) com bola (JCB) supera por completo
seu(a) defensor(a) direto, ou seja, o(a) defensor(a) do(a) jogador(a) com bola (DJCB),
criando uma situação de superioridade numérica e uma vantagem espaço-temporal.
Nessa situação, o(a) JCB que superou o(a) DJCB terá a opção de: (1) continuar em
direção à cesta e tentar a finalização; ou, em caso de um ajuste defensivo, (2) terá a
opção de passar a bola para um(a) jogador(a) sem bola (JSB) livre. Este último
poderá, então, tentar a finalização ou dar sequência no conceito de dividir a defesa e
passar a bola, até que se crie uma situação de finalização (MARICONE et al., 2016).
Características da competição
Nessa etapa o espaço se estrutura da mesma forma que o anterior, com três espaços
exteriores menores e um espaço interno maior. Se difere do Mini 1 pelo espaço interno não
ser reservado apenas para movimentações transitórias e dinâmicas, agora, qualquer
jogador(a) sem bola pode se desmarcar e ocupar esse espaço interno, desde que o jogador(a)
com bola não tenha iniciado sua aproximação ao alvo a partir do drible.
Ritmo de jogo
No Mini 2 essas trocas já acontecem de forma mais fluida e dinâmica, aqui tentamos
potencializar as finalizações com vantagem numérica ou espaço-temporal, aproveitando-as
de uma melhor maneira. Nessa etapa o foco permanece o mesmo, pontuar da forma mais
simples possível, partindo de diversificadas situações de troca de posse, como roubos ou
rebotes defensivos.
Grau de liberdade
Assim como o Mini 1, nesta fase todos os praticantes deverão ter máxima liberdade
para jogar e tomarem suas próprias decisões baseadas em suas experiências com o próprio
jogo. Limitar as possibilidades de ação nessa etapa fará com que os jogadores(as) limitem
suas experiências e capacidade de interagir criativamente com as demandas imprevisíveis do
minibasquete.
Grau de especialização
Conteúdo Descrição
Mesma ideia do anterior, entretanto, devido aos parâmetros propostos para os jogos do
4 Abertos Mini 2, utilizamos quatro jogadores(as) para a realização desse sistema. Importante
ressaltar que é diferente do sistema 4 abertos e 1 interno.
Mesma ideia dos anteriores, com os(as) cinco jogadores(as) da equipe ocupando todos os
espaços externos da quadra. Atentamos que esse sistema deve ser utilizado apenas com
5 Abertos
as crianças que participam de competições formais, com a modalidade de cinco contra
cinco.
Refere-se ao princípio do(a) JSB manter as linhas de passe diretas ativas e/ou ajudar o(a)
Apoiar portador da
JCB a manter a posse de bola, como com um bom espaçamento, impedindo a perda do
bola
controle do(a) JCB por estar pressionado(a).
Refere-se ao princípio dos(as) JSB buscarem espaços, através de desmarques,
Criar linha de passe movimentações ou deslocamentos, de forma que o(a) JCB consiga realizar um passe
eficaz para um(a) JSB.
Refere-se ao(à) JCB não enfrentar o(a) seu(sua) marcador(a) direto(a) e, através do
Afastar
drible, aumentar a sua distância o(a) defensor(a), buscando para criar espaço.
Afastamento realizado, com uma das mãos, sem a realização de qualquer tipo de finta
Sem finta
para dificultar o roubo de bola do(a) adversário(a).
Afastamento realizado, com ambas as mãos, com a realização de qualquer tipo de finta
Com finta
para dificultar o roubo de bola do(a) adversário(a), como por exemplo o crossover.
Drible estacionário Refere-se à técnica de driblar a bola de maneira estática, sem movimento.
Caracteriza-se pelo(a) JCB realizar o drible puxando a bola para atrás da linha do corpo e
Drible frente e trás
depois empurrando-a novamente para a frente do mesmo, com ambas as mãos.
Caracteriza-se pelo(a) JCB realizar o drible, trocando de mãos, por trás de seu corpo,
Drible atrás do corpo
fazendo com que a bola troque de lado, com ambas as mãos.
Caracteriza-se pelo(a) JCB realizar o drible, sem trocar de mãos, de maneira que projete
Drible dentro e fora a bola na direção de sua mão oposta e depois, rapidamente, em direção oposta, fazendo
um movimento de dentro e fora enquanto em movimento.
Caracteriza-se pelo(a) JCB realizar uma sequência de dribles, combinando dois ou mais
Dribles combinados
dos citados anteriormente, sem perder o controle da bola.
Caracterizado pelo(a) JCB realizar o drible à frente de seu tronco, atacando seu(sua)
Atacar e afastar defensor(a), forçando-o(a) a recuar, com um sucessivo recuo, abrindo espaço entre os(as)
jogadores(as), possibilitando uma futura ação, livre de defesa.
Caracteriza-se pelo(a) JCB realizar o drible, trocando de mãos, por trás de seu corpo,
Drible atrás do corpo
fazendo com que a bola troque de lado, com ambas as mãos enquanto em movimento.
Caracteriza-se pelo(a) JCB realizar o drible, trocando de mãos, por entre suas pernas,
Drible entre as pernas
com ambas as mãos enquanto em movimento.
Caracteriza-se pelo(a) JCB realizar o drible, sem trocar de mãos, de maneira que projete
Drible dentro e fora a bola na direção de sua mão oposta e depois, rapidamente, em direção oposta, fazendo
um movimento de dentro e fora enquanto em movimento.
Refere-se ao(à) JCB movimentar um dos pés em qualquer direção, enquanto o outro
Pé de pivô permanece fixo no chão, sem tirá-lo ou arrastá-lo, para "pivotear" em qualquer direção
que deseja.
Com finalidade de colocar o corpo entre a bola e o(a) adversário(a), dessa forma,
Para proteção da bola
protegendo a bola.
Para criar espaço para o Caracteriza-se pela possibilidade do(a) JCB utilizar o pé de pivô para afastar o(a)
arremesso adversário(a) e facilitar a execução de um arremesso.
Caracteriza-se pela possibilidade do(a) JCB utilizar o pé de pivô para se afastar do(a)
adversário(a) e facilitar a execução de um passe.
Para criar linha de passe
Enquanto no Mini 1 o pé de pivô é ensinado com ênfase em criar espaço para o
arremesso, no Mini 2 também passa a ser uma ação para criar linha de passe.
Arremesso Refere-se ao(à) JCB realizar um movimento de arremesso da bola em direção a cesta.
Caracteriza-se em realizar uma bandeja, com qualquer tipo de passada, em que a bola é
Gancho
arremessada à cesta a partir da lateral do corpo, realizando um movimento de gancho.
Caracteriza-se em realizar uma bandeja, com qualquer tipo de passada, em que a bola é
arremessada à cesta a partir de um movimento de deixar bola na cesta, rolando-a por
Rolar com os dedos
todos os dedos até perder o contato com a mão e ir à cesta. Normalmente é realizada
quando a progressão é a partir da linha medial da cesta.
Caracterizado pelo(a) JSB realizar, em igualdade numérica, fintas, mudanças de ritmo,
Desmarque velocidade e direção com o intuito de conseguir vantagem espaço-temporal sobre o(a)
seu(sua) adversário(a), para receber a bola no espaço desejado.
Tipo de desmarque que se assemelha a letra "L". Com o(a) atacante se deslocando para
uma posição interior e, de forma repentina, realizar uma mudança de direção (em 90º)
"L"
para um espaço externo, mantendo-se de frente para o(a) JCB para receber um possível
passe.
Tipo de desmarque que se assemelha a letra "V". Com o(a) atacante se deslocando para
uma posição interior e, de forma repentina, realizar uma mudança de direção (em 45º),
"V"
retornando para o mesmo espaço externo que ocupava anteriormente, mantendo-se de
frente para o(a) JCB para receber um possível passe.
Caracteriza-se pela mudança abrupta de velocidade ao sair de um espaço externo e cortar
Tomar a frente em direção a cesta com o corpo entre o(a) JCB e o(a) adversário(a), tomando a frente
do(a) defensor(a).
Caracteriza-se pela mudança abrupta de velocidade ao sair de um espaço externo e cortar
em direção a cesta com o DJSB entre o(a) JCB e o(a) jogador(a), correndo pelas costas
Backdoor
do(a) defensor(a). Normalmente utilizado quando o DJSB está impedindo que o passe
seja realizado para o espaço externo depois de algum outro desmarque.
Caracteriza-se pelo avanço, sem drible, que o(a) JCB pode realizar, por regra, sem
Passada legal com bola cometer alguma infração. É utilizado para ganhar mais espaço antes de executar alguma
ação de jogo, como por exemplo a bandeja.
Refere-se ao(à) JCB efetuar um passe ao(à) JSB, trocando o controle da bola entre
Passe
jogadores(as) de uma mesma equipe, sem que a defesa intercepte.
Caracteriza-se pelo passe com a bola saindo da altura do peito do(a) JCB e chegando até
o peito do(a) JSB, sendo realizado com as duas mãos. Ao final do movimento, o(a)
Passe à altura do peito
jogador(a) deve terminar com os braços estendidos e paralelos, com os dedos voltados a
direção desejada e os polegares virados ao chão.
Caracteriza-se pelo passe em direção ao(à) JSB que, durante sua trajetória, há um quique
Passe quicado no chão antes de ser recepcionado pelo(a) companheiro(a). Pode ser realizado com uma
ou duas mãos.
Caracteriza-se pela recepção do passe com as duas mãos. No ato da recepção posicionar
as duas mãos à frente do corpo, de modo que as mãos fiquem espaçadas e a palma das
Com as duas mãos mãos viradas para a direção que a bola está vindo, para um melhor encaixe da bola. Além
disso, é interessante juntar os polegares e os indicadores das mãos, evitando com que a
bola apenas rebata nas mãos dos(as) jogadores(as).
Refere-se ao(à) JSB orientar-se ao JCB para que exista a possibilidade de realização de
Oferecer-se
um passe.
Refere-se ao movimento do(a) JSB “abrir espaço” para o deslocamento com drible do(a)
Abrir espaço JCB, deslocando-se para um novo espaço vazio, à medida que o(a) JCB ocupa o espaço
que era ocupado pelo(a) JSB.
Para o fundo Ação realizada pelo(a) JSB. Refere-se ao deslocamento, em direção ao fundo da quadra,
(em profundidade) do(a) JSB após uma derivação do(a) JCB para a posição que era ocupada pelo(a) JSB.
Para o meio Ação realizada pelo(a) JSB. Refere-se ao deslocamento, em direção ao centro da quadra,
(em largura) do(a) JSB após uma derivação do(a) JCB para a posição que era ocupada pelo(a) JSB.
Fonte: Os autores.
Conteúdo Descrição
Interceptar as Linhas de Refere-se a ação de dificultar ou impedir a realização de passes entre os(as) jogadores(as) de
Passe uma equipe.
Ação realizada pelo(a) DJCB. Defensor(a) pressiona o(a) atacante com o intuito de provocar
Pressionar durante o drible
um erro durante o manejo de bola, fechando espaços de progressão.
Ação realizada pelo(a) DJCB. Defensor(a) pressiona o(a) atacante com o intuito de provocar
Pressionar antes ou após o
um erro antes ou depois do drible, com o(a) adversário(a) segurando a bola, podendo provocar
drible
uma perda do controle ou um erro de passe.
Ação realizada pelo(a) DJSB. Defensor(a) pressiona seu(sua) adversário(a) com o intuito de
Pressionar o passe dificultar a criação de linhas de passe ou negar uma linha de passe direta, obrigando algum
desmarque.
Refere-se a ação dos(as) jogadores(as) de recuperarem a posse de bola após a tentativa mal
Interceptar passes
sucedida de passe entre adversários(as).
Ação realizada pelo(a) DJCB, no qual há um desvio do passe logo após sair da mão do(a)
DJCB
atacante, sendo recuperada pelo(a) DJCB ou DJSB, invertendo a posse de bola.
Ação realizada pelo(a) DJSB, no qual há um desvio ou interceptação do passe antes da bola
DJSB chegar à outro (a) jogador(a) do ataque, sendo recuperada pelo(a) DJSB que desviou ou
outro(a) DJSB próximo(a), invertendo a posse de bola.
o Tipo de arremesso: Atleta que escolhe, de fora do garrafão, de tabela, pulando com apenas uma
perna, usando apenas uma mão, etc.
Pontos-chave: observar e oferecer feedback quanto à trajetória da bola em direção à cesta, observando
com a criança se ajustes corporais e gestuais são necessários; contagem correta e honesta em voz alta
por todo o grupo.
PARTE PRINCIPAL
• 2x1 quadra inteira
Pontos-chave: observar a busca por espaços da quadra que favoreçam a finalização livre; valorizar a
diversidade e criatividade na execução técnica da finalização.
Contribuir com ajustes corporais e gestual a partir de perguntas que permitam à criança a autopercepção
da qualidade de sua finalização Exemplos: você procurou espaços vazios ou buscou o 1X1; por quê?
para onde seu tronco estava direcionado? Como sua mão está terminando o arremesso? Você notou que
realizou uma bandeja; conhece outras formas de fazer a bandeja? Treinadoras e treinadores: escolham
um elemento ou dois elementos para abordar em cada intervenção para evitar excesso de informação e
proporcionar uma comunicação mais efetiva.
VOLTA À CALMA
• Competição de arremessos em dupla
Conversa final a respeito da importância de dividir a bola com companheiros (se juntar para atingir um
objetivo em comum). Discutir as tomadas de decisão em superioridade numérica: se tenho a bola e não
estou marcado, o que eu faço? Se meu companheiro está livre? Qual a importância do espaçamento
nessas situações?
VOLTA À CALMA
• Bobinho
Conversa final a respeito da defesa. Ter vontade de marcar é essencial, correr para evitar passes fáceis.
Ocupar espaços e se posicionar de forma eficiente para recuperar a posse de bola.
Legenda:
Bola ao Capitão
Jogo Pré-desportivo
ATAQUE DEFESA
Superar adversário/Progredir ao alvo Retomar a posse de bola
Interceptar linhas de
Romper linhas defensivas passe/Aproximar e
abordar.
Descrição Esquema em Desenhos
ATAQUE DEFESA
Impedir progressão ao
Progredir ao alvo alvo
Realizar finalizações Aproximar e abordar
Descrição Esquema em Desenhos
Princípios enfatizados:
Jogo situacional
ATAQUE DEFESA
Princípios enfatizados:
Princípios enfatizados:
Princípios enfatizados:
JOGO DE BANDEJAS
Jogo Pré-desportivo
Interceptar linhas de
Criar linha de passe/ Realizar finalizações passe/Aproximar e
abordar.
Princípios enfatizados:
REFERÊNCIAS
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